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DIREITO ADMINISTRATIVO
Ficha de trabalho II (ato administrativo)
I)
II)
Por deliberação da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, de 17 de
Abril de 2014, João viu deferido, com condicionantes, o seu pedido de licenciamento da
construção de um edifício plurifamiliar e comércio. Em 14 de março de 2015, foi
solicitada a respetiva emissão do alvará de licença de construção. Na sequência de uma
reclamação apresentada pelos vizinhos de João, em 14 de abril de 2015, a Câmara
Municipal de Vila Real de Santo António decidiu anular a sua deliberação de 20 de abril,
de 2015, por entender que a mesma violava diversas normas do Regime Jurídico da
Urbanização e da Edificação (RJUE). João entende que esta decisão de anulação da
deliberação de 17 de abril, é ilegal porquanto:
a) A Câmara não podia em 20 de abril de 2015, anular a sua deliberação de 17 de
abril de 2014;
b) Além disso, João nunca foi ouvido no procedimento que levou à anulação da
decisão de 17 de abril de 2014;
c) Quando muito, a Câmara poderia ter revogado a sua deliberação de 17 de abril de
2014, mas nunca anulado.
III)
IV)
b) Ainda que não se entenda que o despacho padece de uma nulidade, seria sempre
anulável por violar o princípio da igualdade;
Resolução:
Requisitos de validade do ato administrativo:
Requisitos subjetivos - relacionados com os sujeitos
Requisitos objetivos- relacionados com o conteúdo e objeto da decisão
Requisitos formais- formas e formalidades
Requisitos funcionais- fim do ato
No caso a Maria diz que o ato viola o principio da igualdades, ou seja, o conteúdo
decisório viola o principio da igualdade e, portanto, trata-se de um requisito objetivo.
Falta um requisito de validade quanto ao conteúdo. A violação do principio da igualdade
por parte do conteúdo do ato gera um vicio de violação de lei, que neste caso, conduz à
anulabilidade, nos termos do art.º 163.º n.º1 CPA.
V)
António, técnico superior jurista do quadro do SMAS do município do Porto, foi
nomeado Diretor do Departamento Financeiro e de Aprovisionamento dos SMAS, em
regime de substituição e por um período de 6 meses, tendo o conselho de administração
dos SMAS prorrogado posteriormente a nomeação «até ao preenchimento do lugar por
via do concurso».
Tendo em conta que por deliberação 8/4/2015, o Conselho de Administração do
SMAS do Porto fez cessar o regime de substituição em que aquele se encontrava nomeado
no cargo de Diretor, imagine que António considerando-se vítima de um saneamento
político, vem colocar-lhe as seguintes questões:
VI)
JOÃO, tendo apresentado a sua candidatura ao concurso externo de admissão a
estágio, para três lugares, de técnico de 2.ª classe, na área de Relações
Públicas/Marketing, foi notificado, em 8.4.2015, da decisão do Presidente do Instituto
Politécnico de Leiria, de homologação da lista de classificação final, na qual surge
ordenado em quarto lugar. Neste contexto, pressuponha que JOÃO, suspeitando que
aquela decisão padece de diversos vícios, lhe vem pedir conselho. Mencione, pois,
justificando legal e doutrinalmente, a solução a apontar:
a) Que o ato é nulo, uma vez que nunca fora ouvido em audiência prévia, bem como
nenhum dos outros 20 licenciados em Comunicação Social que também foram
opositores ao mesmo concurso.
Resolução:
Requisito de validade. é um requisito formal o que não se verifica porque está relacionado
com uma exigência procedimental que é a fase da audiência dos interessados – 121.º a
125.º CPA. A audiência dos interessados é uma face obrigatória do procedimento, no
entanto há situações em que pode ser dispensada – 124.º n.º1 CPA. Para saber se houve
ou não violação do direito de João temos que verificar se a audiência podia ou não ter
sido dispensada. No caso, entende-se que sim, pois eram vários os interessados o que
fazia com que a audiência fosse impraticável. No entanto, 20 não é um numero excessivo
de interessados, mas se o fosse a administração deveria ter realizado uma consulta
publica, o que não fez. Há um vicio de forma. Em regra a falta da audiência gera a
anulabilidade da decisão exceto se:
Se está em causa o direito da audiência que vem consagrado na CRP, no catalogo
dos direitos fundamentais -art.º 32.º n.º5-, nestes caos porque se trata de um
direito, liberdade e garantias, a jurisprudência tem vindo a aceitar que a falta de
audiência gera nulidade
Quando no procedimento está em causa um exercício de um direito fundamental,
e a audiência não é realizada, também conduz à nulidade.
b) Que a decisão é nula, padecendo de um vício de forma, porque não traz aposta
uma fundamentação suficientemente clara.
Resolução:
Neste caso está em causa a fundamentação do ato de homologação, e estes não têm que
ser fundamentados, mas sim a proposta.