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MANUAL FORMAÇÃO PME

GESTÃO DA PRODUÇÃO E QUALIDADE

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OBJECTIVOS DA FUNÇÃO PRODUÇÃO .......................................... 3
A CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO......................... 5
INFRA-ESTRUTURAS................................................................ 10
EQUIPAMENTOS...................................................................... 12
CONCEPÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS...................... 13
PLANEAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO................................... 15
GESTÃO E NÍVEL DE STOCKS ................................................... 19
MANUTENÇÃO ........................................................................ 21
QUALIDADE............................................................................ 23
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO .......................... 26
AMBIENTE E ENERGIA ............................................................. 28
IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS FORTES E DOS PONTOS FRACOS.... 31

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OBJECTIVOS DA FUNÇÃO PRODUÇÃO

A função produção é , no contexto global da empresa industrial, um dos


sectores mais complexos e aquele onde o sentido do termo “optimização”
tem maior potencial de aplicação. A análise da estrutura produtiva e da sua
eficiência numa óptica de integração de processos, permite obter uma visão
mais rigorosa dos métodos , organização e gestão da produção .

O conhecimento detalhado dos processos produtivos e das sua variáveis ,


possibilitam a detecção de oportunidades de melhoria na actividade
produtiva e o aumento o desempenho da Empresa , para o que se torna
necessário construir uma ferramenta de análise importante : O Diagnóstico
Técnico e Produtivo

O Diagnóstico Técnico e Produtivo tem por objectivos:

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Avaliar a estrutura ¾ Identificar o Know-How da Empresa
produtiva da empresa ¾ A Descrição das instalações e dos recursos
¾ Caracterizar a Organização da Estrutura
Produtiva
¾ Identificar vantagens e debilidades do seu
sistema Produtivo

Definir o que deve ser ¾ Definição de medidas sectoriais ou Globais e


feito a curto e a médio respectivas condições de implementação
prazo ¾ Identificar as Necessidades de investimento
tecnológico e Humano
¾ Prever os mecanismos de monitorização das
melhorias
¾ Caracterizar posição relativamente á
concorrência

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A CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO

A realização de um diagnóstico deverá ter em atenção a especificidade de


cada sector de actividade. Cada sector é dotado de uma lógica própria,
sendo necessário situar a empresa e definir a sua área de actuação de
forma a permitir estabelecer uma orientação correcta ao diagnóstico e
fundamentar a avaliação efectuada. O diagnóstico deverá atender a factores
tais como:

• Ciclo de transformação;

• Dimensão da empresa.

CICLO DE TRANSFORMAÇÃO

Três grandes tipos de sistemas de produção são estabelecidos a partir deste


critério:

EXTRACÇÃO, REFINAÇÃO E PRIMEIRA TRANSFORMAÇÃO

A partir da natureza dos produtos fabricados, as principais características


deste tipo de actividade são a simplicidade de produção, a importância dos
meios materiais, custos de exploração elevados e número de clientes
limitados.

O principal aspecto consiste em optimizar ao máximo os recursos


materiais (grandes investimentos necessitam de grandes meios
financeiros, ex.: explorações petrolíferas e indústrias químicas).

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INDÚSTRIAS DE SEGUNDA TRANSFORMAÇÃO

Este tipo de indústrias fabrica produtos que entram no processo de fabrico


de produtos mais elaborados.

O aspecto a reter consiste na necessidade de séries de fabrico


grandes e de cadências de produção elevadas (economia de
escala e prazos de entrega).Estas indústrias podem ser divididas
entre indústrias de produtos de consumo e indústrias de bens de
equipamento

Os principais problemas destas Empresas , resultam das estratégias


utilizadas de acordo com a dimensão da Empresa e o volume da Empresa :

se a produção é em grande série, exigências de produtividade e de custos


competitivos,
se a produção é efectuada em pequenas séries, exigências de qualidade,
diferenciação de produtos, inovação e criatividade).

INDÚSTRIAS DE TERCEIRA TRANSFORMAÇÃO

Este tipo de indústrias fabrica produtos de maior complexidade e com grau


de especificidade elevado .

O aspecto a reter consiste na produção de pequenas séries e


grande numero de referencias , determinando a necessidade de
uma grande flexibilidade de fabrico . Estas indústrias
aproximam-se do fabrico artesanal e actuam em faixas limitadas
do mercado

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DIMENSÃO DA EMPRESA

A dimensão é o critério mais simples de classificação. O número de


trabalhadores de uma empresa é um dado facilmente mensurável e que
traduz frequentemente a sua dimensão , nomeadamente no que diz
respeito ao seu sector produtivo.

Uma pequena empresa possui vantagens e desvantagens em relação a uma


empresa de dimensão superior. Num diagnóstico produtivo é essencial ter
em linha de conta a dimensão da empresa em análise, dado que qualquer
análise e medidas sugeridas deverão atender à realidade da empresa, aos
recursos disponíveis e ao tipo de organização existente.

ÁREAS A ABORDAR

Todas as empresas industriais apresentam uma estratégia produtiva de


forma a atingir os seus objectivos:

• Objectivos de Produção
• Objectivos de Qualidade
• Objectivos de Mercado
• Objectivos de Lucro

Em algumas empresas a estratégia está formalizada em documentos


escritos (planos de investimentos, objectivos a atingir, etc.) e em outras ela
existe implicitamente, embora não esteja formalizada.

Em qualquer dos casos é essencial, para a realização do diagnóstico,


conhecer e compreender as estratégias industriais estabelecidas nos últimos
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anos e aquelas que se pretendem estabelecer. Este conhecimento permite
definir como os resultados técnicos foram obtidos e avaliar se as
orientações definidas são coerentes com os objectivos.

Após uma primeira caracterização da actividade industrial , a realização do


diagnóstico técnico e produtivo determinará a análise das seguintes
áreas:

Infra-estruturas (instalações, secções, iluminação e


serviços);

Equipamentos (produtivos e auxiliares)

Concepção e Desenvolvimento
(o porquê, quem e como)

Planeamento , Gestão e Controlo da Produção

Gestão e Nível de Stocks

Manutenção e Serviços de Apoio

Qualidade

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Ambiente e Energia

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A caracterização dos aspectos principais de cada uma das áreas deverá ter
um grau de detalhe proporcional à relevância de cada uma no caso de cada
uma das Empresas abordadas

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INFRA-ESTRUTURAS

Uma primeira análise das infra-estruturas é um aspecto fundamental,


porque permite um enquadramento da realidade da empresa no que diz
respeito ás instalações e estruturas de apoio às actividades relacionadas
directamente ou indirectamente com a produção.

Dados como a localização geográfica das instalações fabris , a Planta dos


edifícios , os espaços disponíveis para movimentação de produtos , a rede
de Energia , são exemplos de factores condicionantes do desenvolvimento
produtivo e que importa analisar com cuidado quando estamos perante a
realização de um diagnóstico da área de tecnologia e produção.

A recolha das informações necessárias deverá ser estruturada


por forma a contemplar dados técnicos e quantitativos
relacionados com os sectores e áreas de apoio à produção ou
que constituam infra-estrutura da própria produção

Geralmente estas áreas relacionam-se com :

¾ Instalações fabris

¾ Rede de abastecimento e distribuição de Energia eléctrica

¾ Produção de Energia Térmica e Rede de Fluidos térmicos

¾ Produção e Rede de Ar Comprimido

¾ Instalações de aspiração ou Climatização

¾ Abastecimento , Tratamento e distribuição de agua

¾ Tratamento de Efluentes

No quadro seguinte apresentam-se alguns dos tópicos a abordar .

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Aspectos a Analisar

Questões a colocar
; Qual a área total? E a área coberta?
; Quais as secções produtivas? A que área
Instalações correspondem?
; Como estão implantados os equipamentos?
; Quais os fluxos de materiais?
; Qual a Potencia instalada ?
; Qual a Potencia contratada vs Potencia consumida ?
Rede de energia
; Existem custos de Energia reactiva ?
eléctrica
; Existem contadores por secções e equipamentos
principais?
; Qual o Tipo e características dos Geradores ?
; Que combustíveis são usados ?
Produção de ; Quais os Fluidos térmicos que são obtidos ?
Energia Térmica ; Quais os utilizadores do Calor e para que fins ?
; Quais as Condições de distribuição e
armazenamento ?
; Qual a Pressão da rede e de utilização?
Rede de Ar ; Qual o capacidade de Produção de Ar comprimido ?
Comprimido ; Quais as condições de distribuição e utilização do Ar
Comprimido no processo ?
; Quais as Fontes de abastecimento e os Caudais ?
Rede de Água ; Quais os dispositivos de tratamento de águas e
Efluentes?
; Como é que são constituídos ?
Sistemas de
; Que equipamentos é que servem e com que
Aspiração
caudais?

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EQUIPAMENTOS

Os equipamentos existentes nas empresas são o resultado das políticas


praticadas no que diz respeito à área industrial e técnica. É necessário
analisar se os equipamentos utilizados são tecnologicamente adequados e
permitem à empresa atingir os seus objectivos.

A par da recolha de informação relativa aos equipamentos é necessário


obter informação relativa a previsão de investimentos em equipamentos
produtivos..

Torna-se necessário listar os equipamentos, a sua data de


aquisição e instalação e a sua capacidade produtiva nominal

É fundamental para a empresa a criação de um ficheiro de equipamentos


que se irá articular com os registos de intervenção dos serviços de
Manutenção.

Questões a colocar
; Que Equipamentos de produção ou apoio existem em cada secção?
; Quais as suas capacidades de Produção e para que produtos?
; Quais são as utilidades que consomem (Energia , Ar , água , etc) e
quanto?
; Quais os Efluentes emitidos e em que Quantidade ?

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CONCEPÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

A concepção e o desenvolvimento corresponde à abordagem organizada e


criativa que permite investigar e encontrar as possíveis soluções para um
dado problema (ou novo produto), tendo em conta a necessidade de
conciliar os parâmetros em jogo, como sejam :

¾ Tecnologia de Fabrico

¾ Custo de Fabrico

¾ Aceitação no mercado

A concepção e Desenvolvimento deve apoiar-se no conhecimento adquirido


pela Empresa (Know-How) através de instrumentos como manuais, fichas
técnicas ou dados de produção . Outras formas de preparar a concepção ,
passam pelo estudo dos artigos concorrentes ou pela aplicação de software
de desenvolvimento e simulação.

As etapas da concepção podem ser escalonadas da seguinte forma :

Caracterização Proposta de Experimentação


do Problema Solução e Resultados

Solução

Os instrumentos de concepção intervêm a dois níveis:

¾ o nível de elaboração do produto


¾ o nível da definição dos processos que permitem a realização
deste último

Uma vez definido o produto, os instrumentos de concepção permitem em


seguida pesquisar e conceber o processo que permite a sua fabricação.
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Durante o processo de concepção é necessário assegurar o maior
grau possível de aplicação das soluções evitando que , a
concepção de um produto seja incompatível com um processo
(em execução ou em custo).

Dada a sua estrutura e por não dispor de meios próprios, as PME poderão,
recorrer à subcontratação destes serviços a outras instituições do sector em
que se inserem , devendo esta função estar devidamente estruturada pela
Empresa , de forma a que o desenvolvimento das soluções seja compatível
com interesse e os objectivos da PME.

Dado que é na concepção de um novo produto que poderão ser


evitados problemas relacionados com dificuldades de Produção ,
defeitos e reclamações, entre outros , esta actividade é de
crucial importância para o sucesso da Empresa

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Aspectos a Analisar

Questões a colocar

; Porquê que é efectuada a concepção e o


desenvolvimento de novos produtos?
Motivo
; À Empresa tem “marca própria” ou processos
tecnológicos inovadores?
; A concepção é efectuada internamente ou por
Quem
entidades externas?
; Existem planos de concepção e responsabilidades
atribuídas?
; É efectuada a documentação de toda a informação
Como
elaborada?
; Estão estabelecidas as especificações e os critérios
de aceitação e de aprovação de protótipos?

PLANEAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO

Após a análise das políticas no domínio técnico industrial e a identificação


dos recursos materiais disponíveis, é necessário caracterizar o processo de
gestão da produção.

A metodologia de Gestão da Produção deverá procurar atingir alguns


objectivos base , que se identificam com :

¾ Optimização da utilização dos recursos


¾ Minimização de stocks finais ou intermédios
¾ Redução dos tempos de fabrico
¾ Manter a eficiência de transformação ao nível mais elevado

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Estes e outros objectivos são realizáveis através de uma Gestão racional da
Produção cuja metodologia assente no balanceamento permanente das
necessidades de venda com as disponibilidades de produção .

Deverá ser aferido com que eficácia é que o sistema de Planeamento da


Produção existente , põe em prática este equilíbrio entre necessidades e
disponibilidades de produção .

No âmbito do diagnóstico produtivo é necessário confirmar as capacidades


reais de produção , identificando os pontos de estrangulamento da Produção
e aferindo se está estabelecido o mais correcto equilíbrio de cargas de
forma a que não se verificam roturas no processo de fabrico

O diagnóstico tecnológico e produtivo , deverá evidenciar


aspectos relacionados com perdas de Produção motivadas pelas
condições em que a Gestão da Produção decorre , identificando
sempre que possível , as causas de cada tipo de perda

Para a devida aferição das capacidades de produção , devem-se identificar


os factores de perda de produção e quantificar o seu efeito na degradação
da capacidade teórica .
Na realidade a capacidade é menor devido a:

¾ Perdas por dificuldade de organização;


¾ Absentismo de pessoal;
¾ Defeitos de qualidade;
¾ Regulação das máquinas;
¾ Paragens dos equipamentos (manutenção/avarias).

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Entre os factores de perda atrás referidos , o de mais difícil quantificação é
o de Dificuldades de Organização da Produção , cujo significado é associado
à má definição de lay-outs Este factor deve merecer toda a atenção , pois
a actividade produtiva é consideravelmente afectada por fluxos complicados
de materiais e disposição incorrecta de equipamentos produtivos .

A definição de um lay-out não se deve limitar à mera arrumação


de equipamentos, dado que acarreta graves perdas de tempo e
eficiência no processo produtivo

Um parâmetro cuja avaliação é crucial para a avaliação do Controlo de


Produção, refere-se à quantidade e qualidade de informação gerada no
decurso da actividade produtiva e ao nível de monitorização da Produção
que essa informação oferece .

Deverá ser verificado se o Processo de obtenção (registos) e tratamento


(informatização) dos dados de Produção proporciona um conjunto de
informações (índices) que caracterizem o desempenho produtivo .

As respostas às questões colocadas devem permitir responder à questão:

A gestão da produção é eficaz?

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Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Existem fichas técnicas e de Estrutura dos Produtos ?


; Está definida a gama de fabricação e tempos
standard?
Informação para a ; Existe uma nomenclatura e codificação de produtos?
gestão da ; Existem registos de Produção e de Defeitos ?
produção ; Estão definidos planos de inspecção e ensaio?
; Está estabelecida a codificação e caracterização dos
centros de trabalho?
; Existe controlo de tempo de trabalho e absentismo?
; Como é efectuado o planeamento e controlo da
produção?
Planeamento e
; Qual o período standard do Plano de Produção?
Controlo da
; Ocorrem alterações frequentes ao Plano inicial
Produção
; Existe um sistema com apoio informático
centralizado?
; Existe um sistema estruturado de cálculo de custos
Custos da não
de não qualidade?
Qualidade
; São desencadeadas acções correctivas e preventivas?
; Existe um sistema de custeio de produtos?
; O custeio tem em conta parâmetros tecnológicos
Custeio de diferenciadores do artigo (perdas e tempos
Produtos específicos)?
; O desempenho dos sectores é efectuado pelo
Custeio?

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GESTÃO E NÍVEL DE STOCKS

Pela análise de balanços e contas de exploração industriais conclui-se da


importância que assumem os stocks quer como elemento do activo, quer
como elemento gerador de encargos na estrutura de custos. Este aspecto
tem levado as empresas a procurar um ponto de equilíbrio entre duas
necessidades contraditórias:

¾ Reduzir e limitar as imobilizações financeiras em stock;

¾ Manter estabilidade nas cedências de produção e respectivos


custos, sem prejuízo da satisfação das necessidades expressas
pelos mercados e clientes.

Assim, há que estabelecer um equilíbrio entre os diversos objectivos que se


pretendem atingir com a constituição de stocks e a necessidade de reduzir
os encargos que a sua existência acarreta para o funcionamento ou
exploração da empresa.

A existência de um Stock é a sua dimensão deverá ser


justificada por razões processuais (manter a linha em carga) ,
tecnológicas (homogeneidade de MP) ou de dificuldades
especificas de abastecimento

O diagnóstico deverá avaliar da existência de Stocks desnecessários ao


nível do Armazenamento e no decurso do processo de fabrico ,
considerando as capacidades produtivas e o tempo médio de consumo do
Stock.

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Outro aspecto de considerável importância , reporta-se à qualidade dos
fornecedores da Empresa , quanto à fiabilidade das entregas e à
homogeneidade dos artigos fornecidos

Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Como é efectuado o controlo de stocks?


; Está implementado um sistema administrativo
(entradas e saídas de materiais) de apoio à gestão de
Controlo dos
stocks?
Stocks
; Estão definidos stocks de segurança, mínimos e
pontos de encomenda?
; Qual o período de inventariação de existências ?
; Estão definidos critérios de avaliação e classificação?
Selecção de ; É efectuada uma análise ABC de fornecedores?
Fornecedores ; Quais são os principais parâmetros de Avaliação e
que peso têm na classificação do Fornecedor?
; Existe uma zona de recepção e conferência de
mercadorias?
; Existem procedimentos de controlo de Qualidade na
recepção de Materiais e Matéria-Prima ?
Estruturas de ; Existe demarcação entre zonas de Armazenagem e
Apoio Quarentena ?
; Os Stocks intermédios da produção têm zonas
demarcadas e identificadas ?
; São conhecidos os custos de movimentação e
Embalagem ?

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MANUTENÇÃO

A manutenção é uma função que interfere com a disponibilidade dos


equipamentos e que, por conseguinte, interfere com a gestão e
planeamento da produção.

A redução da frequência de paragens dos equipamentos por avaria é


conseguida através da realização da manutenção preventiva. A sua
implementação passa pela existência de registos de paragens por avarias e
das intervenções efectuadas que permitam analisar rácios de manutenção e
adquirir alguma capacidade de previsão nas intervenções da Manutenção.

Para reduzir o número de avarias ,é necessário proceder à


substituição antecipada de peças, treinar os operadores e
envolvê-los na reparação das máquinas

A função Manutenção desempenha um papel muito importante na


optimização da capacidade de produção através da redução dos tempos de
paragem e calibração de equipamentos .

Grande parte dos sistemas de apoio (Ar Comprimido , Vácuo , Iluminação ,


captação de água , ETAR , etc) são supervisionados pelos serviços da
Manutenção pelo que deverão ser caracterizadas as funções e
responsabilidades deste sector na monitorização destes equipamentos

O Diagnóstico técnico e produtivo deverá determinar o grau de


coordenação entre a Gestão dos serviços de Manutenção e a
Gestão da Produção

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A avaliação da política de manutenção dos equipamentos da Empresa
pressupõe a constatação de aspectos como os seguintes:

• Procedimentos de Limpeza e Lubrificação por equipamento


• Procedimentos de Auto-inspecção pelos operadores;
• Atribuição de responsabilidades a operadores e a elementos de
Manutenção
• Requisição de serviços de Manutenção em caso de avaria
• Existência de Plano Geral de Manutenção aos equipamentos;
• Plano de Formação dos operadores;

Dado o custo elevado dos profissionais desta área , a existência de um


sector de Manutenção com muitos elementos nas PME´s é muitas vezes
impraticável , pelo que os operadores do equipamento são uma peça chave
na função manutenção , nomeadamente em funções de auto-inspecção.

Uma vez que mantém um contacto permanente com a máquina, ele pode
rapidamente constatar qualquer tipo de sinal de aviso actuar
preventivamente . O desenvolvimento das suas competências técnicas é
adquirido através de formação e treino.

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Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; São registadas as paragens por máquina?


Paragens de
; É identificado o motivo da avaria e a duração?
Máquinas
; São registados os materiais de substituição?
Tipo de ; Existe Manutenção preventiva ?
Manutenção ; Existe período de paragem anual ?
; Existe um Plano de Manutenção ?
Organização da ; Existe um cadastro de intervenções por máquina ?
Manutenção ; São quantificados os tempos e os materiais por
intervenção ?

QUALIDADE

A função Qualidade é uma nova definição do modo de gestão de uma


empresa, que traduz a vontade de controlar a qualidade segundo três eixos:

¾ O controlo de todo o ciclo do produto, onde todas as funções da


empresa são consideradas, e todos os procedimentos que
concorrem para o resultado final estão implicados;

¾ A associação do pessoal em que cada um, no seu nível de


responsabilidade, pode ter objectivos de qualidade, identificar
anomalias, tomar medidas correctivas;

¾ A implicação do ambiente da empresa, visto que o controlo da


qualidade se insere numa verdadeira rede de relações entre os
diferentes interlocutores da empresa: fornecedores, contratantes,
distribuidores, autoridades locais .
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Um processo de garantia da qualidade só pode ser progressivo e planificado
num longo período de tempo , visando a melhoria continua dos seus
métodos e produtos.

A melhoria da Qualidade ocorre ao longo do tempo , traduzindo


uma evolução em que é preciso passar de um defeito sobre dez
para um defeito sobre cem e, depois de um defeito sobre cem
para um defeito sobre mil

Para cada etapa são necessárias reorganizações, investimentos em meios


físicos e humanos e, finalmente, são necessárias acções de sensibilização e
formação dos colaboradores.

No âmbito do diagnostico técnico e produtivo , importa realçar a


caracterização das metodologias de controlo de qualidade ao longo do
processo de fabrico assim como identificar os registos e índices que
monitorizem o desempenho da produção segundo parâmetros de Qualidade
(reprocesso , perdas , refugo , etc)

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Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Estão definidos os critérios de aceitação e rejeição de


Produtos ou Matérias-primas?
; Existe um plano de inspecção que defina
frequências, responsabilidades e métodos de
Controlo da controlo?
Qualidade ; Existem procedimentos de tratamento de não
conformidades ?
; Existem instruções de trabalho e procedimentos para
operações relevantes da produção ?
; Estão implementados círculos de Qualidade
; Existe um mapa de indicadores (“Tableau de Bord”)
sobre o desempenho da empresa (produção,
Indicadores de
qualidade, eficiência, custos. . .)
Qualidade
; Estão definidos objectivos de Qualidade e
desempenho?
; É assegurado o tratamento das reclamações?
; São identificadas as causas e implementadas acções
Orientação para o
correctivas?
Cliente
; Estão estabelecidas garantias associadas ao produto?
; São fornecidas instruções de utilização?

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SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

A evolução técnica, económica e organizacional das empresas tem vindo a


gerar novos riscos ocupacionais e uma consequente necessidade de
desenvolver técnicas e metodologias para o seu controlo efectivo.

O uso crescente de substâncias perigosas, a aplicação de novas tecnologias


ou o desenvolvimento de sistemas complexos de produção exigem o
envolvimento de todos os sectores da empresa na área da Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho (SHST).

A análise de riscos constitui a primeira abordagem de um


programa de segurança no trabalho. Tem como objectivo o
levantamento de todos os factores do sistema de trabalho (factor
humano, máquina e ambiente) que podem causar acidentes

As empresas têm que estar conscientes que, para além da necessidade do


cumprimento da legislação, a ausência de uma política de SHST, e de meios
de prevenção do acidente e doenças profissionais, reflecte-se em custos
acrescidos para elas próprias, resultantes de agravamentos dos seguros,
danos em equipamentos e instalações, aumento das taxas de absentismo,
quebras de produção, entre outros.

O Diagnóstico deverá identificar e avaliar os principais factores de risco do


processo produtivo e dos sistemas de apoio , relativamente aos aspectos de
Higiene e Segurança envolvidos .

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Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Está definida uma política de segurança?


; Estão atribuídas responsabilidades pela área da
Responsabilidades
SHST?
; Existe equipa de prevenção e Segurança?
; Estão identificados os principais riscos profissionais?
; Os colaboradores estão sensibilizados para o uso de
equipamento de protecção?
Riscos ; Os equipamentos possuem dispositivos de segurança
Profissionais adequados? Estão em funcionamento?
; Existe sinalização adequada nas instalações?
; São realizadas simulações de acidentes e
evacuações?
; Possui registos de acidentes de trabalho?
Sinistralidade ; Os índices de sinistralidade da empresa são
habitualmente calculados e tratados?
; Existem equipamentos de protecção colectiva e
Equipamentos de
individual?
Protecção
; São utilizados e adequados aos riscos?

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AMBIENTE E ENERGIA

Desde finais do sec. 19 que o desenvolvimento social e industrial


determinou um enorme crescimento na extracção e consumo de recursos
naturais , sem grandes preocupações com o baixo aproveitamento dos
recursos e os desperdícios daí resultantes.

Uma vez que os recursos naturais pareciam inesgotáveis e que os mercados


não paravam de crescer , os problemas ambientais não tardaram a ocorrer
dado o crescimento imparável da industrialização. Contudo , só nos finais
dos anos 70 , é que os problemas ambientais , resultantes de uma
actividade económica predadora , assumiram a dimensão de problema á
escala planetária.

O final do século 20 , foi decisivamente marcado pela necessidade de o


Homem repensar a sua actividade nos termos da maior sustentabilidade no
consumo dos recursos e na poluição por ele produzida .

Competindo à sociedade, como maior interessada no crescimento


económico sem degradação ambiental, fiscalizar e proporcionar condições
para que se estabeleça um compromisso de desenvolvimento sustentável.,
cabe às empresas o papel mais importante na optimização do uso dos
recursos que extraem da natureza e minimizar os impactos negativos que
os seus produtos e as suas actividades possam gerar.

O papel das Empresas, é determinante quanto ao rumo do


desenvolvimento, sendo por sua vez regulado, por uma
sociedade (Mercado) cada vez mais consciente da necessidade
de valores ambientais que respeitem a capacidade de obter um
desenvolvimento sustentado

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Nesta área , são cruciais dois parâmetros associados à actividade industrial
, cuja análise e tratamento , poderá contribuir , em escalas diferentes , para
a optimização dos processos de produção :

¾ Ambiente e Poluição
¾ Produção e Consumo de Energia

No caso dos problemas Ambientais , para além do mero cumprimento da lei


, a Empresa pode ganhar com a reflexão que faz em volta dos desperdícios
(Efluentes) que produz , procurando desse modo encontrar soluções para
melhorar o seu rendimento de transformação e assim reduzir custos.

No caso da produção e consumo de Energia , a Empresa que já paga um


custo elevado pelo seu valor unitário , terá todo o interesse em racionalizar
os seus consumos e através do aumento da sua eficiência energética , obter
dois resultados :

¾ Reduzir custos energéticos dos seus processos


¾ Reduzir a poluição associada

PROBLEMAS AMBIENTAIS

Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Quais os Processos com produção de Efluentes?


Áreas de Poluição ; Qual a monitorização da Poluição que existe ?
; Qual a legislação e Regulamentação aplicável?

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; Que efluentes é que são produzidos e em que
quantidade?
; Que tipos de tratamento / separação é que estão em
Resíduos e prática ?
Efluentes ; Que processos de reciclagem de resíduos é que estão
implementados?
; Existe ETAR ? Com que capacidade ?
; Existe alguma unidade de incineração ?
; Foi efectuada uma avaliação do ruído?
Ruído
; Foram adoptadas medidas minimizadoras?

ENERGIA

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Aspectos a
Analisar

Questões a colocar

; Existe alguma auditoria Energética realizada ?


; Existe um Plano de Racionalização em Curso ?
; A empresa encontra-se abrangida pelo Regulamento
Situação actual
de Gestão dos Consumos de Energia?
; São conhecidos consumos específicos de referencia
para o sector de actividade ?
; Que formas de Energia utiliza ?
; Que combustíveis consome e em que quantidade ?
; A empresa possui instalação de Cogeração ?
Caracterização
; Existem contadores de Energia por sector ou
dos Consumos
equipamento principal ?
; Existem registos de consumos de Energia ?A Empresa
conhece o seu consumo especifico de Energia ?
; Existe um responsável pela Gestão de Energia ?
; São tomadas medidas conducentes a reduzir as
Gestão da Energia
perdas de Energia do processo ?
; São controladas as facturas Energia eléctrica ?

IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS FORTES E DOS PONTOS


FRACOS

Após a recolha de todos os dados referentes à área de Tecnologia e


Produção, a empresa está em condições de reflectir sobre os seus pontos
fortes e fracos.

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Nas empresas industriais podem-se identificar muitos problemas que são,
directa ou indirectamente, resultantes de:

¾ Ciclos de fabrico longos podem constituir um ponto fraco pois não


permitem a necessária flexibilidade e capacidade de resposta a
solicitações de clientes;

¾ Falta frequente de materiais é inequivocamente um ponto fraco. A


inexistência de uma política de gestão de stocks, sistemas de
classificação de fornecedores e níveis de stocks pode ser a causa
deste problema;

¾ Lay-outs incorrectos são geradores de custos devido ao


manuseamento excessivo de componentes ao longo do processo
produtivo, aos percursos extensos e complexos, stocks em curso
elevados, entre outros aspectos;

¾ Problemas frequentes de não qualidade são devidos à falta de


definição de critérios de aceitação/rejeição claros, à falta de prática
do auto-controlo e de uma formalização e sistematização do sistema
de garantia da qualidade;

¾ Sobredimensionamento de equipamentos produtivos, os quais


não são utilizados na sua máxima capacidade, não se retirando dos
mesmos a devida rentabilidade;

¾ Paragens frequentes dos equipamentos por avaria,


responsáveis por atrasos na entrega de encomendas, devido à
inexistência de um plano de manutenção e à prática de uma
manutenção curativa, tipo “apaga fogos”.

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O inverso destes e de outros pontos fracos, constituirão pontos fortes da
actividade produtiva. devendo ser realçados como factores de vantagem
competitiva da Empresa .

Regra geral , a avaliação detalhada da actividade produtiva ,


permite a identificação de situações com potencial de correcção
ou aperfeiçoamento e que deverão conduzir à melhoria de
desempenhos sectoriais ou da rentabilidade global dos processos

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QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

Tomando por base o Caso Mobilex, identifique as possibilidades de


optimização do processo produtivo e áreas de apoio da Empresa :

Infra-estruturas (instalações,
secções, iluminação e
serviços);

Equipamentos (produtivos e
auxiliares)

Concepção e
Desenvolvimento

Planeamento , Gestão e
Controlo da Produção

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Gestão e Nível de Stocks

Manutenção e Serviços de
Apoio

Qualidade

Segurança, Higiene e Saúde


no Trabalho

Ambiente e Energia

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