Sei sulla pagina 1di 93

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Comportamento Assintótico de Equações


Sistemas Hiperbólicos: Soluções
Periódicas Forçadas e
e
Convergência para Equilíbrio

Suely do Carmos Siqueira Ceron

UST.
IECMC

TI-
São Carlos SP
UFPE TPIN
ICN

DITA:

TO

COMPORTAMENTO ASSINTÓTICO:DE EQUAÇÕES E


SISTEMAS HIPERBÓLICOS: SOLUÇÕES
PERIÓDICAS FORÇADAS E
CONVERGÊNCIA PARA EQUILÍBRIO

SUELY DO CARMO SIQUEIRA CERON

Tese apresentada ao Instituto de Ciên-


cias Matemáticas de São Carlos, da Uni
rm
versidade de São Paulo, para obtenção
do Título de Doutor em Ciências (Mate-
o

máticas).
ig

Orientador: Prof. Dr. Orlando Francisco


TT

Lopes:
GIRA

Lala

e
e

pt

eo

- SP.
om

mr SÃO CARLOS
1984
mio

eo

emo

TOO

TATA

[
AOS meus pais.
AO Ceron e as
minhas filhas
Daniela,Lucia
na e Lia.
AGRADECIMENTOS

professor Dr. Orlando Francisco Lopes gostaria de ser ca


Ao

paz de expressar a minha gratidão pela orientação, amizade, re-


ceptividade, acolhimento, estímulo e confiança.
AO professor Dr. Ribeiro, pela ajuda e pe-
Hermano de Souza
la prontidão com que sempre nos atendeu.

AO professor Dr. Djairo Figueiredo pelo


Guedes de primeiro
estímulo para que todo esse trabalho fosse realizado.

AOS professores e colegas do ICM-USP, IMECC - UNICAMP e


DACG - SJRP - UNESP, pelo incentivo e apoio recebido.
ABSTRACT

In this work study the existence of periodic solutions


we

of periodically forced hyperbolic equations and systems as well


as convergence to equilibrium in the autonomous case.

For proving the existence of periodic solutions we use an


asymptotic fixed point theorem for a-contractions and the anal-
ysis of the convergence to equilibrium is made via the invariance
principle and some criteria for precompactness of bounded orbits.
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO O
.

-
.
Alguns
espaço de Banach
Teorema de Mazur
e...
PRELIMINARES

e. ÍNDICE

0.1 - Alguns resultados sobre a teoria de semi-grupos


fortemente contínuos definidos num espaço de
Banach : e o

resultados sobre equações


à

..
.

o
Je

e“...

.....
2.
e.

”.
. é

e
«oc

2.
i

ee.
>”

cce.

.
e

”e
A

de evolução em
A.
LA
” o o LA
o

eee.
à 2

CAPÍTULO I -— EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES PERIÓDICAS FORÇADAS. . 10

T.1 - Introdução ..e. 10

Um problema em linha de transmissões com perdas 14

Estabilidade da oscilação forçada . . . .


.. . 38

Equações hiperbólicas abstratas . . . . . . . . 40

CAPÍTULO II - CONVERGÊNCIA PARA O EQUILÍBRIO . . . . . . . 53

IT.1 - Introdução .

11.2 - Dois resultados de pré-compacidade..de


e... eee ee
AAA. órbitas
53

ee
limitadas . . é . e. e
cc. e. e A A

AAA. 53

e.
11.3 - Um novo espaço de fase ..
..... e... . .«

e. + e. 56

I11.4-- Principio da invariância.


. 0...
. 67

I1.5 - Aplicação . .
...e. 69

AA
II.6 - Uso da topologia fraca . . à
.. e.
. . . +
. + 76

BIBLIOGRAFIA . e. «é
é é «é «o e. e. e e. A A
83
INTRODUÇÃO.


No estudo do comportamento assintótico de soluções de equa
ções diferenciais ordinárias desfrutamos do seguinte fato impor-
tante: todo conjunto limitado no IR” tem fecho compacto; isso
nos permite falar
conjunto limite de soluções limitadas. Além
em

disso, dispomos também do teorema do ponto fixo de Brouwer (e


suas reformulações) que diz que todo conjunto convexo compacto
do IR” tema propriedade do ponto fixo. Esses dois fatos tem
sido bastante usados para estudo da convergência para um equi-
o

líbrio (no caso autônomo) e existência de soluções periódicas


(no caso de equações periódicas).
Neste trabalho estudamos esses dois problemas para as equa-
ções e sistemas hiperbólicos e as dificuldades essenciais são
que, num espaço de dimensão infinita, a bola unitária fechada não
ê compacta nem tem a propriedade do ponto fixo. No caso de sis-
temas parabólicos isso não causa maiores dificuldades porque oO

operador solução é compacto para t positivo, propriedade essa


que não vale para equações hiperbólicas pois para estas o opera-
dor solução é um portanto, não compacto) e,por
homeomorfismo (e,
tanto novos métodos são necessários.
No Capítulo 0 apresentamos um breve resumo das noções e
dos resultados necessários para o desenvolvimento do trabalho.
NoCapítulo I enunciamos um teorema de ponto fixo assintó-
tico para a-contrações e introduzimos uma classe de oa-contrações
que é ligeiramente maior que a habitual; essa pequena modifica-
ção É crucial para se estudar a equação de onda com atrito não
linear. Em seguida demonstramos um resultado abstrato sobre
ii
existência soluções periódicas e fazemos algumas
de aplicações...
O problema da linha de transmissão foi estudado em [8] para o ca
so sem perdas (R = 0 =G) transformando-o numa equação . diferen-
cial funcional do tipo neutro; no caso de haver perdas essa redu
ção é impossível. teorema de existência de solução
O periódica
para a equação de onda melhora substancialmente um teorema de
Nakao [11]; no caso da equação da viga desconhecemos qualquer re

sultado de existência de solução periódica.


No Capítulo II atacamos Oo problema de convergência pára um

equilíbrio no caso de equações autônomas. O' caso dá. linha de


transmissão (equação IT.5.l1) foi tratado por Brayton e Miranker
[4] e nossa
contribuição para esse problema se resume nos seguin
tes itens: (1) especificamos claramente o espaço de fase e .mos-
tramos que oO
problema de valores iniciais é bem posto; mos- (ii)
tramos que a prê-compacidade de órbitas limitadas é um fato ge-
ral e que não depende da existência de funcionais de Li apunov;
(iii) permitimos que haja uma curva de equilíbrio. A convergên =
cia para o equilíbrio no caso da equação de onda foi tratada por
Ball [2] no caso de atrito linear na velocidade; neste traba-
lho nós removemos essa hipótese.
CAPÍTULO O

PRELIMINARES

0.1. ALGUNS RESULTADOS SOBRE A TEORIA DE SEMIGRUPOS FORTEMENTE

CONTÍNUOS DEFINIDOS NUM ESPAÇO DE BANACH,.

DEFINIÇÃO 0.1.1. Seja (X,! |!) um espaço de Banach. Uma família a


um parâmetro (T(t), t > 0) operadores lineares contínuos de
de
XxX
em X e chamada um semigrupo fortemente contínuo de operado
res lineares contínuos sobre X se as seguintes condições são
satisfeitas:
(i) T(0) = II

(ii) T(t + s) = T(t) T(s) , Vt,s > O

(iii) lim T(t)u=su 1 Vu E X.

DEFINIÇÃO 0.1.2. O gerador infinitesimal A de um semigrupo for


temente contínuo (ÍT(t), t > 0) de operadores lineares contí- .

nuos definidos num espaço de Banach (X,! |!) é definido por

Au lim “TE)u-yu
t
="
+
t+0O

quando o limite existe. O domínio de definição de A denotado


por D(A), ê o conjunto de todos os elementos u€EX para os
quais o limite existe.
É claro que A &éê
um operador linear definido em D(A) com

valores em X e que D(A) ê um subespaço vetorial de xX.

TEOREMA 0.1.3. [13]. Seja (T(t), t>0) um semigrupo fortemen-


te contínuo de operadores lineares contínuos definidos num espa-
ço de Banach (X,l |!) com gerador infinitesimal A. Então

(i) existem constantes reais w > O e. M>1 tais que


IT(t)ul < Meflul ,vuex,t>O;
(ii) para todo u&€E &X,
T(tju é uma aplicação contânua de

.
TR em X*;

(iii) D(A) é denso em X;

“(iv) A é um operador linear fechado;


+oo
Fo
:

(v) Nn D(A)) é denso em xXx, onde D(A”). ê o domínio de


n=l
(vi) se u &€E
D(A), então T(t)u€E D(A) e & T(t)u=AT(t)u =

= T(t)A(u).

-0.2. ALGUNS RESULTADOS SOBRE EQUAÇÕES DE EVOLUÇÃO EM ESPAÇO DE

BANACH.

Equação -linear não


Consideremos o problema de
homogênea.
.
valor inicial não homogêneo em

um espaço de Banach (X,l 1)

Ult) = Au(t) + f(t) 7


t>O
.
u(0) !! o
onde A éê
o gerador infinitesimal de um semigrupo fortemente
contínuo (T(t),t >0) operadores lineares contínuos defini
de
dos sobre X e £f uma função contínua de [0,+%=) em X,.

DEFINIÇÃO 0.2.2. definida para todo t > O


Uma função com u
valores em X, é solução forte de 0.2.1 se u(t) ê continuamen-
te diferenciável para t.> 0, u(t)&EebD(A),t>0 e 0.2.1 é
satisfeita.

TEOREMA 0.2.3. [13]. Sejam A e f como na definição anterior.


Então

(1) a solução de 0.2.1 quando existe, é única e é dada por

t
U(t) T(t)u
º
+ / T(t-s)f(s)ds =
0

t
T(t)u o + Í
o
Tís)f(t-s)As , t >
= 0;

(ii) o problema 0.2.1 possui uma solução forte u(t), para


todo u, E D(A) see somente se à função definida para
t > 0 e com valores em X

v(t) = J
t T(t-s)f(s)ds = |o
t. T(t) f(t-s)ds
o)

é diferenciável em [0,+%-);
(iii) se £ : [0,+%*) + X classe c!
é de
eu, E D(A), en-
tão u(t) &E
D(A), u(t) é de classe c* e

t
U(t) = T(t)Au O +TC) EO) + | 0
T(t-s) A£(s)
ds

Au(t) = ú(t) - £()

DEFINIÇÃO 0.2.4. Consideremos A e f comona definição 0.2.2


e
u EX;a função

t
u(t) = T(t)u, + Í
o
Tí(t-s)f(s)ds t>O
2

é chamada solução "mild" de 0.2.1. Essa função é solução da equa


ção original no seguinte sentido: se a D(A*), então (a, u(t)) &€

é derivável e é

& LCaju(t)Y = (A*Ky ult)) + Ca, f(L)).:

Equação não linear


Consideremos.o problema. de valor. inicial e um espaço de
Banach (X,!l 1)

u(t) = Au(t) + f(t,u) y t>O


onde A éê
o gerador infinitesimal de um semigrupo fortemente
contínuo (f(T(t), t > O) de operadores lineares contínuos defini
dos sobre X e f uma função de [0,+%) x X em X.

DEFINIÇÃO 0.2.6. Uma função ul(t) definida em [torto + b) com

valores en X é uma solução forte de 0.2.5 se u(t) é continuamente


diferenciável para t - [Et tb), u(t) E D(A) e 0.2.5 é satisfeita,

DEFINIÇÃO 0.2.7. Uma solução da equação integral

t
0.2.8. u(t) =
T(t-t)u
0 o
+ |+ T(t - s)f(s,u(s))ds
o

é chamada uma solução "mild" do problema (0.2.5) onde A e £f são


como na definição 0.2.6.

TEOREMA 0.2.9. [9] e [13]. Seja £ : [0,+m) x X + X função


contínua em (t,x) e lipschitziana com respeito a x em conjun-
tos limitados de [0,+%) x X e A -o gerador infinitesimal de
um semigrupo fortemente continuo (fT(t), t > 0) de operadores li
neares contínuos definidos em X; então para todo (Eru) E [0,+) x x
existe b > 0 e uma única solução da equação integral 0.2.8 de-'
finida em [torto + b) com u(t,) =u,.. Se f &é
Gataux derivã
vel em relação.a. u, f,(t,u)v é linear em v e vV
vfixo £ (Ero)v
ê contínua e u, E D(A) então a solução ul(t) é forte.

DEFINIÇÃO 0.2.10. Uma solução a : [0,b) + X é uma continuação


da solução u: [0,b)>X se b>b e X(t)=x(t) para te |[O,b).
4.
Uma solução que não tem continuação é chamada maximal e seu in-
tervalo de definição ê chamado intervalo maximal.

TEOREMA 0.2.11. Nas hipóteses do teorema 0.2.9, para todo )&E


(tu
E [0,+%) x X existe alt ,u,) (finito ou não) e uma única solu-
a maximal de 0.2.8
ção
À

2. defini
definida em [t,, a(t,,u));. se
ult;t
:
a, )
denota a solução que satisfaz ult =Uu, definida no con
tu)
junto E =
((t,tru,) :t,)<t< alt ul, então E êum con-
junto aberto e ult,t uu) é uma função contínúua de seus argu-
mentos. Além disso, se ult,t uy) é uma solução maximal com

aí(t ,u)
oo
<
ww, então lim
-

t>+a(t o" ,u)


|Jutt;t ru )|
“o
oO
=
+,
Em particular, se ult,t,,u)) é solução maximal limitada
então aí(t,u)o o”
=+o%,

OBSERVAÇÃO: Note-se que estamos. supondo £f£


lipschitziana em con
juntos limitados e isso implica que f leva conjuntos limitados
de [0,+º) x X em conjuntos limitados de X.

. DEFINIÇÃO 0.2.12. [17]. Suponhamos A e £f como no teorema 0.2.9.


Se £f(t,0)=0 paratodo t > dizemos que a solução nula de O

0.2.13 Ult) = Au + f(tjo) , t>O


ê

(i) uniformemente estavel (US) se para todo e€ > O


existe um

número $ó(e) > 0 tal que se ug! < ôó( ec), temos
|

ult;tyru,)
. <e paratodo t >>
,
Il

t, .
(ii) assintoticamente estavel (U.A.S)
unifgonmemente se ela é
uniformemente estável e existe um número ô > O
e uma

função T(ce) > 0, e >O0 talque se lul <


6, então
Iult;tçu)! <e paratodo t > t. + T(c).

(iii) globalmente uniformemente assintoticamente estavel (G.U.A.S)

se ela é uniformemente estável existe uma função "T(E,R)


e
tal que Iult;t.u)! <Ee se lujl < R e t> t, + T(e,R).

(iv) exponencialmente globalmente uniformemente assintoticamen-


te estavel (exp. G.U.A.S) seexiste.)1 > O
tal que
-A(t-t)o
In(t;t o" ,uo )! <K e u
o , Vu,
o
Vt >
= t. “o

DEFINIÇÃO 0.2.14. Dizemos que a equação 0.2.13 é uniformemente


finalmente limitada (U.U.B) (uniformly ultimately bounded) se
existem uma constante R, e funções a(R) e T(R) tais que
! ul < ult;t. ru) < a(R) t> t,
|

implica
i
para e
j
R W
; IV
< >

Iutt;tru)! <R,; para t > T(R) +t..


Equação autônoma

Consideremos a equação autônoma

0.2.15. :

ú(t) = Au + f(uU)

Nesse caso tomaremos t, = O, ult,u)) é solução e uí0,u,) = Uu,

DEFINIÇÃO 0.2.l16. &Se V:X+> R é uma função continua,definimos


.
Vv(u,) = lim sup
Víulh,u,)) - vu) - Dizemos ainda que V é uma
h
h+ 0"
função de Liapunov de 0.2.15 se Víu,)) <O0 paratodo u, E X.

DEFINIÇÃO 0.2.17. Um conjunto MC X se diz invariante em rela-


ção a 0.2.15 se para todo u, €M existe solução "mild" —u(t)

de 0.2.15 definida em (-m, +=) com u(0) = u, e u(t) EM ,

Vt E IR.

DEFINIÇÃO 0.2.18.
(i) trajetória da solução, denotada 1º (u,) passando por u, E

EX êoconjunto em IR x X definido por

T
+
(u) SS
= T(t,ult;ju)),
. t ER + l.

(ii) Orbita. da solução, denotada Y (u,) passando por “u EX


é a projeção em X -definida por

Y
+ —
(uu) = tult;u,),
:
tem). +

(iii) um ponto c EX chama-se ponto crítico ou ponto de equili


briode 0.2.15 se xtto) = (co) istoéê uílt,o) =c Vt.

(iv) conjunto-—w-limite -de- uma-órbita-da-solução—ult), —— com——


u(o0) =
u, denotado por wu), é o conjunto dos pontos
y EX tais que existe sequência t,) ? +º* quando n>++w
uma

tal que ut) > y quando n ++ OU equivalentemente


(uu)
o
=
n>1
nNn

Íult;u)
o
rr
t>n)
2

+
|


TEOREMA 0.2.19. Se vxY
(u,) tem fecho compacto, então O conjunto":
w
(u,) êéê
não vazio, compacto, conexo, invariante e lim díu(t),
Ep
>+o
we
(u)) = 0,

DEMONSTRAÇÃO: É feita como no caso de equações diferenciais ordi


nárias, ver [9].

0.3. TEOREMA DE MAZUR. [6]

DEFINIÇÃO 0.3.1. Seja (X,! 1!) um espaço de Banache ACCX, o

conjunto co(A) (closed convex hull) é a intersecção de todos os


conjuntos convexos fechados que contém A.

TEOREMA 0.3.2. Sejam (X,! 1!) um espaço de Banach e AC X,


&
um

conjunto compacto. Então co(A) é compacto.


CAPÍTULO TI

EXISTÊNCIA DE SOLUÇÕES PERIÓDICAS FORÇADAS

IT.l. INTRODUÇÃO

Consideremos a equação de evolução num espaço de Banach X

I.l.1. u=AuU+ fí(tiyu)

A e f como anteriormente; se f(t + p,yu) = fí(t,u) para todo


(tju) E TRealgum p > 0,&éê fácil ver que se u(t) é solu
x X

ção "mild" de 1.1.1 então v(t) = u(t + p) também é; portanto,


se valer unicidade para o problema de valor inicial (que é O ca-
so nas hipóteses do teorema 0.2.9) e u(p) = u(0), então
ult + p) = ult) e ut) é solução periódica de I.1.1.
Se S:X>X
denotar a transformação contínua S
(u,) =
=
uíp,0;u) (supondo todas as soluções definidas em [0,p]) vemos
então que a existência de solução periódica de T.1.1 é equiva-
lente à existência de ponto fixo de S&S.

Neste capítulo definimos a-contração, apresentamos uma nor


va classe de a-contrações,enunciamos um teorema de ponto fixo pa
ra a-contração-e-fazemos--diversas-aplicações— a existência de so- —.
luções periódicas.

DEFINIÇÃO I.1.2. Se A é um subconjunto limitado de um espaço


de Banach, define-se
11

a(A) = infíd > O


tais que A = INES
F.À com diâm F,
i
< d).
i 72

DEFINIÇÃO I.1.3. Uma pseudo-métrica p em X é pré-compacta se


toda sequência de X limitada em norma tem uma subsequência que
ê de Cauchy em relação a p.

LEMA 1.1.4. Se p ê uma pseudo-métrica pré-compacta e BC X é-


limitado na norma de X, então para todo e >O0 existem Career Ch
.m.
tais que B = U Cc. e p(x,yy)&< e se x,y E
C..
is) À

DEMONSTRAÇÃO. É a mesma de que um conjunto com fecho compacto é


totalmente limitado.

TEOREMA I.1.5. Seja S:X+ X uma transformação satisfazendo:


ISs(x) - S(y)l < qlx - yl + p(x,y), para todo x,y em X, onde
p ê uma pseudo-métrica prê-compacta. Então a(S(A)) < .
qgoa(A) pa-
ra todo AC X limitado.

DEMONSTRAÇÃO. Seja a(A) =c. Dado e > 0 existem conjuntos


n
tais <c+e, i=1,...,n.
:

FareeosP, que A = VU
F; e diam F;
' i=1l
m
Alêm disso, pelo lema anterior, A = U Cc. com píx,y) < e se
i=1
x,y pertencem a C..- Então A=U (F. n Cs), i=l,...,/0,jelfoc, Mm

e S(A) =US(F, AO

cx). Se x,y E
F; n Cj; temos !S(x)-S(y)l <
<aqalx-yl + p(x,y) <qí(c+e) +
e, donde concluimos que
diam S(F, n e) <qlc+e)+e,e portanto, a(S(A)) <q(íc+e)t+e
o que prova o teorema.
12

OBSERVAÇÃO. Da fica claro que o teorema continua vã


demonstração
lido se a pseudo-mêétrica estiver definida somente numa bola de
raio conveniente.

DEFINIÇÃO I.l1.6. Uma transformação S:X>xX é uma o-contração


se existe 0
<q<1 tal que a(S(A)) < qo(A), para todo subcon
junto limitado A de X.

classe bastante conhecida de a-contrações é a das trans


Uma

formações da forma Q+U onde Q ê uma contração e U com- &ê

pacta (incidentalmente, esta classe estã contida na dada pelo


teorema IT.1.5 acima pois se compacta a
U &é
pseudo-métrica
p(x,y) = IU(x) - U(y)l é prêé-compacta). Portanto o teorema exi-
be umaclasse bastante parecida com essa. Entretanto, essa peque
na modificação será crucial numa das aplicações que faremos.

DEFINIÇÃO I.l.7.
raio espectral essencial
O
+ (o) de um opera-
dor linear limitado num espaço de Banach XX &
definido por:

r
mero
(0) =
finito
infír
de
> O tais
autovalores cada
que c(Q) Ní|1|
um com
>rl]) consiste de um nú-
multiplicidade finita).

TEOREMA 1.1.8. [5], [7] e [12]. Se S=Q+U onde U ê com-


é linear limitada com
pacta e Q
r. (o) < 1l, então, a menos de

uma mudança de norma para outra equivalente, S é uma a-contração.

DEFINIÇÃO I.l.9. Uma transformação S:X-> xXx


é U.U.B. se exis-
tem um número R, € funções a(R) e n(R) tais que xl <R
acarreta !S'(x)! < a(R) paratodo n>1 e IS (x)! < R, se

n> n (R).
13

TEOREMA 1.1.10. [7]. Se S:X>X é contínua, U.U.B e a-contra


ção, então S tem um ponto fixo (obviamente na bola de raio RJ).

Em [5] Darbo provou um teorema do ponto fixo para a-contra


ção assumindo a existência de um conjunto convexo limitado fecha
do, qual é levado nele mesmo por S5; nas aplicações
o teorema wo

T.1.11 é mais conveniente pois ele admite uma classe maior de


funcionais de Liapunov e não apenas de funcionais convexos (como

exigido para aplicar o teorema de Darbo).

TEOREMA I.l1.11. Consideremos a equação IT.l.l e suponhamos sa-


tisfeitas as seguintes condições (além daquelas do teorema de
existência e unicidade 0.2.9).

(i) f:IR xXX>+> X é compacta e p-periódica em t, p > O;

(ii) r. (T(p)) < 1, onde T(t) é o semigrupo gerado por A;

(iii) I.1.1 é U.U.B. (ver definição 0.2.14).

Então Ss
(uy) =ulp,0;u) é U.U.B. e a-contração a menos de mu-

dança de norma. Em particular, existe ponto fixo de S (e portan


“to solução periódica de 1.1.1).

DEMONSTRAÇÃO. Que S é U.U.B. é óbvio. Além disso, como uí(t) =

t
= T(t)u º + |o T(t - s)f(s,u(s))ds temos que :
Su
o
= Típ)u O +

P
+ Í
o
T(p-s) f(s,u(s,0;u ))ds. Do fato de L.l.l. ser U.U.B.

a
- que se
segue-se us! R então |
uís,0;u,)
; L«< aí(R) e
!

<
!
Ss
<
0<s<p e, portanto, f(f(s,u(s,0;4,)), O0O<s<p, lu! <R) tem
14

fecho compacto o mesmo acontecendo (Í(T(p-s) fís,u(s,0,U)


com hOo<—
)

<s<p lu
:

< R) pois -(t,u)>T(t)u é contínua. Como

P
Tr f Típ-s) f(s,uls,0;u ))ds € colT(p-s) f(s,uís,0;u )), a con
o

clusão segue do teorema de Mazur 0.3.2 e do teorema I.l1.8.

OBSERVAÇÃO. Se £ não depende de t (caso autônomo) usando ar-


gumentos de [7], nas hipóteses do teorema acima, pode-se mostrar
existência de um ponto de equilíbrio (solução estacionária).

I.2. UM PROBLEMA EM UMA LINHA DE TRANSMISSÃO COM PERDAS.

I1.2.l.: INTRODUÇÃO AO PROBLEMA,

Consideremos uma linha de transmissão


perdas que apre-com

senta um dispositivo não linear na sua terminação

ilx,t)
$ R
O
T '

víx,t) glv(t,t))
Te (Date
15

Na figura:
iíx,t) indica a corrente elétrica na linha de transmissão à dis-
tância. x do início da linha no instante tt;

v(x,t) indica à tensão da linha de transmissão à distância x do


início da linha no instante tt;

R, e E(t) indicam, respectivamente, a resistência interna


força eletromotriz variável com o tempo t da fonte da 1i
e.
nha de transmissão;

Cc, indica a capacitância capacitor colocado no final da 1i


do
"nha em paralelo com um dispositivo gerador de uma corrente

elétrica H(t) variável com o tempo e com um outro disposi


tivo no qual a corrente elétrica, que O atravessa, é uma
função g, &em
geral, não linear da tensão víx,t) e 4%
in-
dica o comprimento da linha de transmissão.

As diferenciais parciais de primeira


equações ordem para a
corrente elétrica iílx,t) etensão víx,t) são: [3]

E ilx,t) = -
= víx,/t) - 2
it)
0<x< 24, tEIR
+ víx,t) = - &
q it) - S v(x,t)

onde —C,yGy L—e- R são, respectivamente, a capacitância especí


fica, a condutância específica, a indutância específica e a re-
sistência específica da linha de transmissão.
As condições de fronteira são:
16

E(t) = v(0,t) + R, i(0,t) , em x=O

ilL,t).= d
C) dE VILt) +tog(v(L,t)+H(t) , em x=4.

Com a hipótese de que E(t) é uma função diferenciável, de


finamos

I(x,t) = i(x,t)

Víx,t) = víx,t) - E(t).

Obtemos para I(x,t) e Ví(x,t):

à 1 3 R
TE I(x,t) =. —.
TZ
ax Víx,t) CT I(x,t)

1.2.2
À

3
sl 2 -s -Ss
-
com condições de fronteira

V(O0,t) + R,1(0,t) = 0 , em x=O0

1(9,t)
' =C,
1
E
vt
ae 2
Ar + (ve t)
TIS +E(t)) + H(t) +C, À
18E2
E(t)

O problema IT.2.2 pode ser escrito como


17

1.2.3. u(t) = Au(t) + f(t,yu) , t>O

no espaço de Hilbert (H,l 1) onde H =


1 [0,2] XL [0,4] XxR,

| (f,g,d)l =
o
R

0
|£(x) ao
| “dx + Rc
f |g(x) “ax
0
+
2
a]
1/2
' Víf,g,d) E H,

A:D(A)CH+H é o operador linear fechado com domínio


'

denso
em H definido por:

A(d,U,b) = (- EV -Roras-Ev e)
com C, Ca" G, L, R e. R números reais, C > O, Cc, > O, L>O,
G>0,R>0,R >O,

D(A) = ((6,y,b) eH: d,V E ACIO,t], dp E


L, [0,2] ,

v(O0) + R$ (0) 0, b=v(1)) ea função fí(t,u) dada por

fí(t,u) = (0, - ola E (t) ei


TE E(t), - 2 g(b E() E nO -& E(t))
1
+

Conforme pode ser visto em [15] o operador A é o gerador


infinitesimal de um semigrupo fortemente continuo (T(t), t > O)

de operadores lineares contínuos definidos no espaço de Hilbert H..

Supondo que a função lipschitziana em


g(v) é localmente
v, H(t) contiíinua.e E(t) continuamente diferenciável, podemos
garantir fí(t,u) acima satisfaz as hipóteses do teo
que a função
rexa 0.2.9 de existência e unicidade de solução.
18

T.2.4. DETERMINAÇÃO DE PONTOS DE EQUILÍBRIO (SOLUÇÃO ESTACIONÁRIA)..

Considerando O caso autônomo:

TE
9
I(x,t) 2=
12
Tx V(x,t) -RT I(x,t).
1.2.5
9

E Víx,t) ==.l1 3
Cx I(x,t) -S
C V(x,t) -S
&
E

com as condições de fronteira


x
V(0,t) + R, I(0,t) = O
' em x =O0

2at v(g,t) = dd 104,0) - —


Cc, Cc,
g(vi4,t)+B)- E
Cc,
,em x=2
»

onde E e H são constantes, vamos determinar os pontos de equi


líbrio.

Para-isso .precisamos-achar——Ií(x)e V(x) tais que

a I(x) + GV(x) —- GE = o
Tx

0<x<”
a
dx Vtx) + RI(x)&=O0

com as condições
19

V(0) + RI(0) = o

I(4) - g(V(4) + E) =
H=0.-

o que é equivalente a determinar a solução do problema de valor


inicial

q
I(x) | 0 -G I(x) — GE

ax -
too
1.2.6
Víx).
| -R o V(x) o

1(0) 1(0)

V(0) —- R I(0)

para cada 1I(0) dado, que satisfaça a condição

T(2) = G(V(L) + E) + H.

A solução do problema de valor inicial

cadx [x6 Po -eT7 ft1co

[|
]

V(x) -R V(x)

[ro 1(0)

| vco |)

-RI(O)
20

para cada I(0) é:

| ixo

T (x) 2/8
MN
1(0) A+ E-R Je "R “
V (x) - 100) | Age Age es —

Usando a fórmula da variação das constantes temos que a so


lução de 1.2.6 é dada por:

1(x)

V (x)
2
2/8
NM
1(0O)

(0) :
| Aço
[Asa Fx Anne «|
RX,
,(/R-RJe -/GR
|
e”GR x (1 =
e ERA, — ao /GR x (ER XX
)
ou seja.

I (x) (coshyGR x + Rn Vê senh /GR x) I(0) -


e senh VC x

V (x) - (R, cosh /GR x + E senhy/GR x) I(0) + E(cosh/GR x - 1)


21

Esta solução deve satisfazer à condição

I1(%4) = g(V(1) +E) +H, ou seja

gí(- AR senh/GR &


+R, cosh /GR 4)I(0) + E coshYGR 4)) - HC, =
l

-
= (cosh/GR
|

4 +
R /Eyg senh/GR 4)I(0) - E
GC

R
=
senhv/GR &

ou seja

1.2.7 g(y) = Ky + y

onde K< 0 e y são constantes dadas por

K=-
coshvyGR 4 + Ro A senhvyGR 24

——
A senhvyGR 4 + R, coshvGR 4

- R, /ER
2 ce

coshyGR 4 - senh yGR4 coshvyGR 4 senhvGR 4

/E senhy/GR 4+ Ry cosh/GR 4— |

e y=- AR senhyGR 4 + R, coshvyGR 2) 1 (0) + E.coshvGR &

Portanto cada solução. v, da equação T.2.7 dá origem a um


ponto de equilíbrio (1, (x) ' VV, (x) , V200) do sistema original.
O
22

1.2.5. Supondo que um tal ponto de equilíbrio foi achado, vamos


estudar sua estabilidade assintótica. Para facilitar vamos pri-
meiro fazer uma mudança de variável

J(x,t) = I(x,t) - 1 (x)


U(x,t) V(X,t) - V, (X)

de modo que nas novas variáveis o ponto de equilíbrio seja I=O0

e U=0.0O novo sistema fica

3d

TE J(x,t) = 2122
-
T 9x U(lx,t) -
:
RR

xL J(x,t)
O0<x<?&

dum
sp UlX,t)
=
= 212
sa Ikt) oss U(X,t)

1.2.8 com condições de fronteira

U(0,t) +
RI (0,t) = oO
em xs= o

Ut)
dE “eÃ
:
= 2 IO,t) - 2 h(U(L,t))
o,
1 Ai)
Vir
EL
gr
1
, em
x
x=&

onde h(U):= g(U + V(*) + E) - g(VÇ(t) + E) (observe que


h(0) = O).

Para analisarmos a estabilidade de um ponto de equilíbrio


construiremos um funcional de Liapunov cuja derivada em relação
23

às soluções de 1.2.8 satisfaz uma desigualdade diferencial esca-


lar bem simples.

TEOREMA 1.2.9. (ESTABILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO). Se

E
2 2

tio
R R |
m > - 2,7 L1 2-7 dd
se R, <6ó ou R, >Y
FT rt C

|
ou

nm?
C

2/GR E: G R
|

é
G R
se
6<R
onde

e
ge
E
2/GR
ES, R GR IC E

A e
l
então a solução nula de 1.2.8 é exponencialmente
E e-e|
G.U.A.S.

OBSERVAÇÃO: Se = EO
as hipóteses se reduzem à:
24

ou

DEMONSTRAÇÃO. Consideremos o seguinte funcional

j
80
Cc

Wiu(t)) = 2/1 - 7º (1,0) + h, E Uº(x,t) + 2b J(x,t) U(x,t) +

+ DJ
2
xt) fax ,

onde u=(I,U,/U(%4,-)) e b>0O0 será escolhido. (veja observa-


ção no fim da demonstração).
W é dado por:

=
2
+| EE,2U(x,t)
Cc

W(u(t)) l1-b & 2U(L,t)U(L,L)


o
-

= Úlx,t) + 26 J(x,t) Ulx,t) + 2b J(x,t) U(x,t) +

+ 2JI (x,t) J(x,t) |ax =

-= AX
TE
1 /1

262
="b E
C
O
BU) (Ss
um,O

ee
J(R,€) d h(UMM;t)))
Cc
ntva; +

+
ft/, race

E U(xX,t) . (- 13TX J(x,t)


Cc
-—
G
c Ulx,t)) +

+ 26 J(x,t) (- ã e. J(x,t) - É UGx,t)) + 26 Ulx,t) -


25

(= à = U(x,t) - X J(x,t)) + 23(x,t) (- EL U(x,t) +

"LT
R
It)|ax S

=

= 2
" A-pº2: vulgo
- 24-12 via,
P C
LULA
U(L;t)

2 [ut 2ge
E aura Jo
1El KT) +) 2 utx,t)|a
gg 2) jox
- apl
LE
À

É
U(x,t)

2
1 2
x h lê
à 0 G
TX U(x,t) + Tc J(Xx,t) 3 (x,t)Jax 2 U (x,t) +

+ b(& + o) Ulx,t) J(x,t) + = (x)|ax .

Calculando as duas primeiras integrais, substituindo U(0,t)


por -R,I(0,t) e utilizando a hipótese que inf = m, temos:
2
o.
|+
W(ult)) < - [& 1 - pº E m+> U2(L,t) - 2(/ 1- 1º E

d+ Eo | 24 ol.
2
2R
-
UU, À
b 2
+ bh e,7idà
R
-

2
R
G,R
É
2 G 2 R 2
(xt) Jax
,

" J (0,t)
UU
(x,t) +b(+ Z)U(x,t)J(x,t) .
26

Utilizando as hipóteses sobre m vamos mostrar que -


b po
de ser escolhido de modo que

1.2.10. [ 2/1-pºEn+b)
1-bTm+r)
X
U
vºçãt)
(%,t) 20/1-p?
- 2(/1-b OP

- NU(Lt)-
-
J(L,t) + O 9º (2,6)
|
é uma forma quadrática positiva definida nas variáveis U(L,t)
e J(%,t);

o,l o
2
R 2R
1.2.11. DITA Toa -P<O

=
|

2 R R 2
1.2.12. (x,t) J(x,t)
GG

(X,t)
GG.

U + b(q + D)U(X,t) +
7

é uma forma quadrática positiva definida nas variáveis U(x,t)


e Jíx,t).
As afirmações I.2.10, I.2.11 e 1.2.12 são equivalentes à
encontrarmos b > 0 e

m>
|
e DL Ltch
,

=-/l |
LL?
b 2E Cc

:
1. .
b<
O
L
2R..

o,
+=)
,l
:
e

b < ———— ., respectivamente.


27

a) Se R <ôóô ou R, 2 y, temos que:

2R, 2/GR
Ê

(
L Voo +
1
=
GR
L(S + Z)

2R
Considerando b = ——— r T1T.2.11 e 1T.2.12 estão sa2
LI +
R
o 1

tisfeitas e 91.2.10 se reduz à

que
m> 2107

está satisfeita
Observe que
2
2 R
0,7

em
2

esta escolha
Lh

virtude
| |

o.
[TOC
à

de

de
RS

nossa hipótese.

b. também fornece l-b


2
Ole v o
s
- ser no caso crítico R, = /EL quando então
a não
. o
se verifica
ses a -

igualdade. Para evitar isso tomamos b ligeiramente menor que o


dado pela igualdade acima, O que não prejudica as demais desi-
gualdades.

b) Se é <
R, <
y, temos
28

Considerando b = -—C—— ,1.2.11e 1.2.12 estão satis-

feitas e 1.2.10 se reduz à

que
oc
está satisfeita
[e,R GR
letPCICEI)o
c

em virtude de nossas hipóteses.

2R, 2/GR

rt
G R 1
OBSERVAÇÃO. Se 3YF=>)
C L temos óô=y= 3)
C e

<

GR
——

rito O, ,l
2

——
2R &

1.2.2 sereduz
ce
Considerando b = 1 a m > - T R,
Ro
1
LT + =)

se R,<YE
/L m >
R
1
º R,?
/L
e"

Portanto, a expressão

2
(z /1-rº & m+R).Uº(1,t)-2(/1-bº E -1) UML J(L,/t) +BI(L,t)

é uma forma quadrática positiva definida nas variaveis U(4,t) e


J(4,t), O que implica que existe e. > O
tal que

(2/1 Em+b-e)U ,0 -20/1-6º E-DU(t)


L C L JU) +
BI (1,L)
29

é ainda uma forma quadrática positiva definida nas variáveis


U(L4,t) e J,t) .

Então,

W(u(t)) <r- |[&/2-2 En+2- E)

o
a
NM

O
o bo.
cr —O

I l2 /1- rp? &


- 1) J(4,t) VIL,t) +23 PO | +

nf
- E U2(L,t) + 2 j |& U2(x/t) + 2(É + =) U(x,t) J(x,t) +
:

o !

+ 5X

Poa <

IA F EU (2,t) +2 Í
|
R

| vº (x,t) + 2(6+D)U(X/t) sto E Poe o)

Agora, Wlult)) = 1—=/l-b =" 2 E 2


(2,t) +

2
É

:

| J(x,t) U(x,t) Jº(x,t) ax


'

+ U2º
(x,t) + 2b + ,

E U2(x,t) + 2b J(x,t)U(X,t) + Jº (x, t)

ê uma forma quadrática positiva definida nas variáveis U(x,t) e


J(x,t) pois em ambos os casos para Ry' b pode ser escolhido de
30

pb?
forma que > = .

Consideremos 89>0 tal que

& EU) |
2
=p
TC
8
L
/1 C
+ / E
L
US
(x,t) + 2b J(x,t)U(x,t) +
o

+ L
R
J
2
coJa <

4
< eine) +2| 0 É
&
Ut
(x,t) + b(S+ BuU(X,t)I(x,t)
S+ + Pix,o) |ax :

Com esta escolha de 698, temos:

W(ult)) < - oW(u(t)), 8>O0

donde W(u(t)) < e ““w(tu(o)).


9

É fácil ver que O funcional Wíu(t)) é uma norma equivalen


te à norma de :
É e portanto podemos escrever que

Iu(t)l < KwW(u(t)) < Ke “fw(u(o)) < Me tiuço)l,

onde M e K são constantes positivas, Oo


que prova o teorema,

-—
OBSERVAÇÃO. cálculo feito acima para W(u(t)) pode parecer um
O

tanto formal pelo fato de estarmos lidando com soluções "mild" e


que, portanto, não tem derivadas com relação a tt.
31

Além disso, estamos utilizando U(4,t), 0O


que não tem sen-
tido se U(lx,t) está em L,- A justificativa para isso é a se-
guinte: devemos pensar no funcional VW(u) = W(J3I,U,d)) como sendo

2, 1-5 OIE ERa+


f, EXUº (x) + 2b J (x) U(x) + J *(» Jax .

inicial u, estiver no domínio do ge-


Agora se a condição
rador infinitesimal então pelo teorema 0.2.3., u(t) continua
nesse domínio para t > 0 e u(t) é solução forte. Para essas
condições iniciais a derivação '
em relação a t está
justificada e portanto a estimativa W(u(t)) < e *tw(u(o)) vale
se u(0) estáãem D(A). Para uma condição inicial qua iquer, bas-

ta passar esta desigualdade ao limite pois D(A) é denso em EH.

Essa justificativa se aplica aos futuros casos e não a fa-


remos novamente,

Vamos agora estudar o problema da existência de soluções pe-


riódicas forçadas.

TEOREMA 1.2.13. Se g(y) e E(t) são de classe C'”, H(t) contí-


ad E(t) são limitadas em [0,+%º)
e existe
N>O0 tal que

ygG(y + x) . >my 2aNÇC


+ N

para todo x tal que !x!l < suplE(t)l onde m é constante e sa-
tisfaz
2

-ã ||
Ho 1

ol R,2Y
:
2R L | se R,<6ô ou
32

ou
F R R

|
G
m> - E S<Ro <y
Cc

e +=) - IêC -
GG

(E se
L
2/ER
&L

onde

e
ção
2/6
L
[6 Podes
G
|O
R
Tt
G
IC

|
R

ro(+) er 2/GR
1
ÉG . R
+ É
G

R
=

então a equação T.2.3 é U.U.B. Além disso, ro (T(p)) <l1l, Vp>O;


em particular, se E(t) eH(t) tambêm são p-periódicas em t, en
tão existe solução periódica do sistema T.2.2.

DEMONSTRAÇÃO. Consideremos o seguinte funcional

Cc 2 !

Wíu(t)) = —L
L-
1-p? CC L VALE) + f ÉL Ve (x, t)+2bI(X,t) V(x,t) +
o

2
+ 1 (x,t) dx,

onde u=(L,V, V(4,-)) e b>O0 serã escolhido. Então

=
2 .
.
/1-p? e
Cc

VU, + | É 2V(x,t) Vix,t)


e

W(u(t)) 2V(L,t) +
33

20 IG t) V(x,t) +2b I(x,t) V(x,t) + 2I(x/t) -


txt) dk =

2C
—L/1
L - pn?
E VIE) |e 1
—-
1
I(4,t) - Tr
1
g(V(L4,t) + E(t))

21 n(t) -& E(t) ] f


C
1
+ tre
0
[E 2V(x,t) + 2b I(x,t))-

(
1x
C I(x t) - E
C
G
vix,t) - e E(t) - d
E E(t)) +

+ (2b V(x,t) +2I(X,t)) - (- = = Víx,t) - & rix,/t)) | dx =

-2/1272E
=> l1-b S V(L,t) I(4,t) 2/12/2E
L l1-b CS g(V(2,t) +E(t))V(14,t) -
|

- 2É/1-bÍ 3T V,t)(HE(t) +C, E(MH)) - a 2


É [v (x, t).

. 2
Tx I(x,t) + I(x,t) 7X
3
vix,t)
| dx - 2b L, tra
É I(x,t)

2 VIx,t) |ax - E
2
G 2
I(x,t) += Víx,t) ox
2 Í VOIO +

+
bc
G R
+ Z) I(x,t) Víx,t)
R
+ —.
L
1º exe)
| dx -
34

3
f, É dá E(t) (é Víx,t) bI(x,t)
no)

E(t) dx.
2 +
dE | +

Calculando as duas primeiras .integrais e substituindo


V(0,t) por -R,(0,t), obtemos:

W(u,t)) =- &/1-vº E g(VIL,t) +E(t)) V(L,L) +É/1

- V(L,t) I(4,t) - É/1- (H(t) +C, de


E() VULL)

E Pim

RI (0,t)
2
TF
b
I(4,t)
2 b
z V
.,2

(4,t) + l,o
Pica
R
2
I (0,t)

2
-2 J
o
É ve (x 1t) +b(É + =)I(X, t)V(x, t) + 1º (x,t)|ax

f
R 2X

tao FUIVOGE x
2C G d G

O f, (& E(t) —-
2b (& E(t) +

+ — E(t)) I(x,t)dx.

mos:
Para a
ro e o; números reais estritamente positivos te

- a pr
UE 2 à
H(t) +C) À ec
| <3 [Ego +01 (H(8) +C) & eco
35

= VD EntNM
+ É sei]
[E a2 (S
2 Cc
E(t) +

+ d
ec)? 2

t)
LEE =
| E(t) + Â eco
«FO
2

3
af (É E(t) +

+ d
ae E(t)) |
2

Considerando essas desigualdades e que VÍ(4,t)(g(V(L,t) +

+ E(t)) > m VALE) + N, temos:

W(u(t)) < -
[En"o /1-628+8 vio - 80/1217?
La .
É

| e
2R
10, +
R
- 1) V(Lt) À 1º (2,5 + br2+D- | 1º(0,t) -

- 2
“RE
(= - ——)
E
V
V
(x,t) + DIS
GS
+ T BIO
x, VOO
x, +
o 210,

+ (= R Dz)
20 3
1º (x,t) Jax - 2/1 - pº E
| + 3(8(t)

qe ge) em)
*
+
à E(t) + (S+EM) + º(E al
*2 +
baz)ax
CC,
o
€ dt L 3
36

Como por hipótese 4


E(t), H(t), at E(t) são funções limita-
das, podemos considerar uma constante M
tal que:

UN
1-5? 2LE |N +
1
2() +c,
d
É (to) 2
i

dem)?
N

+
| o
(É + E(t) +
de . (Ee?
1 “2
+
2
baz)dx < M.

Com as hipóteses feitas sobre m, e um cálculo semelhante


ao que foi feito na demonstração do teorema 1.2.8 temos que

&/1-7ºEm+D) vVº(g,t) + 2-/1-65º E)I(LO VOO +

+ T
b II
2
(4,t) e
Ss
L
Ve
(x,/t) +b(8++BIX, E)V(X,t) + 1º (x,t)
L

são formas quadráticas positivas definidas nas variáveis V(4,t),


I(L,t)
b
RS
(3 + S)
1,
e Víx,t), I(x,€) respectivamente;
2
LT R, < O.
e além " disso

Então existem constantes reais a, Aa. s e az: estrita-


mente positivas, tais que

E moço pr
=
Cc
Boa vºt,) + -/1-272E)
37

|
- I(L4,t) V(OL,t) + e 1º(L,t) e

|é -—G C
) V
2
(x,t) +bí SE) It) Vit) + (E =
E)
20,L
" 207

são ainda formas quadráticas positivas definidas.

Portanto:

.
W(u(t)) < - [ av? (2,5)
| 2
[É - Ez)
210,
vê(x,t) + bl Cc EL

-
I(x/t) V(x,t) +
E16 207
Jax + M.

Consideremos 69 > 0 talque W(u(t))<-eW(ult))+M donde


W(ult)) < e ** w(u(0))

a
+ À . Portanto
luttya 1? = lu? <
va Tot
<kK*te Wíu(0)) + MR
Too
R+ > O oO
que implica que a -
equação
1.2.3 é U.U.B.
|

:
'
o,,P
De acordo com [15] sabemos que r2(T(p)) = e , onde

(RC + GL) 1 le = Ro]

º 77 tnlyogRg> se
+
RC
%o

2%4/LC o O

/L
zO ÁR,e O
o Oo =-%- se R
Oo
= z,.— com zZ,=/G -

Portanto % < O.

Além disso, a aplicação


38

G à 1
£(t,o,4,b) = (0, - E(t) - dE E(t), - cx g(b + E(t))
:

AL
Cc
H(t) - C
1 2de E(t)) é claramente compacta
P .

A conclusão final segue do teorema I.l.11.

OBSERVAÇÃO. Se g'(y)>m+e para y grande, é fácil ver que


a hipótese do teorema sobre g estã satisfeita.

1.3. ESTABILIDADE DA OSCILAÇÃO FORÇADA.

TEOREMA IT.3.1. Se E(t), H(t) são funções contínuas p-periódicas,


E(t) continuamente diferenciável e g satisfaz inf
(

2 gis =

= inf g'(x) =m e.

m > -—E&
2/GR
Sê + = - |ê - E se S<R <Y",

efe
onde

Aa
l
|G R
L
G
Cc e||
R
39

então I.2.3 tem uma solução p-periódica que é G.U.A.S.

.—
DEMONSTRAÇÃO. De acordo com a observação cima, vemos que as hipô
teses sobre g no teorema I.1.11. estão satisfeitas e portanto
existe solução p-periódica.
Seja (1 (xt), V(Xst), Vo (2,t)) uma solução p-periódica
de 1.2.2.
Consideremos a seguinte mudança de variáveis em 1.2.2;

J(x,t) = I(x,t) - IT, (x,t)

U(l(x,t) = V(x,t) - V (Xx,t).

Obtemos para Jí(x,t) e Ulx,t):

8ap Tx)
:
:
= 212 3 yUlx,t) -
=
Tx
R
LT J(x,t)

3
U(x,t) 2132 J(x,t) -Ss Ulx,t)
E =
xCT CG

condições de fronteira

U(0,t) + RJ(0,t) = O
o , em x=0

d
= J(4,t) +=,[9012/040,9 +E(t)) - gv, j rem x=l
-
(1) + E(t) =
Fe U(L,t) “õ
376
40

Considerando o funcional

W(v(t)) = —
Pp
/1-72E vº(eo) QE + |
,
o [Eve +20 0
Ulx,t) + 9º (x,t)| dx , onde víx,t) = (J(x,t), UlxX,t), U(L,t) ,

com b >0 conveniente e utilizando raciocínio análogo ao de


um

senvolvido na demonstração do teorema 1.2.9, obtemos tv (t) <


1

< Me ** Iv(o)!, onde v(t) = (J(t), U(t), U(ML,t)), O que demons


tra o teorema.

I.4. EQUAÇÕES HIPERBÓLICAS ABSTRATAS.

Nesta seção estudaremos a existência de solução periódica


da equação

1.4.1. up 7 Cu + h(u,) + g(u) = e(t)

num espaço de Hilbert H real


produto escalar com (,) e nor
“ma |
|, 0ou, 0o
que dãno mesmo, do sistema

us=yv
t
1.4.2.
.

vV = Cu - h(v) - g(u) + e(t)

onde suporemos que C:D(C)€ H+H é um operador auto-adjunto


negativo definido (em particular, (Cu,u) < x, lul? para algum
41

24,

"
> O
etodo u€E D(C)).
O sistema T.4.2 pode ainda ser visto como uma equação abs-
trata:

1.4.3. W = Aw + f(t,w)

no espaço de Hilbert real X = p(-c)X/? xH comnorma !wlº =

= Píu,v) 1º?
= |(-C)
1/2,
|? + lvi?, onde w=(u,v), Aw = (v,Cu) ,
D(a) = D(C) x DI) /2 e flt,w) = (0,-h(v) -g(u) + e(t)).
Sabemos que A gera um Cc, grupo unitário em x (como con
sequência do teorema de Stone), portanto, se h:H>H e

g: p(-c) */? + H são localmente lipschitzianas, aplicam conjun


tos limitados em conjuntos limitados e e : IR>+H ê contínua,
todas as condições para a aplicação do teorema 0.2.9 de existên-
cia local e unicidade estão satisfeitas. Vamos supor também que
h e g sejan Gataux deriváveis. É importante observar que mesmo

para soluções "mild" (u(t), v(t)), u: [0,b) + H ê de classe el,


W/?2
embora u : [0,b) > p(-o) seja apenas contínua.

LEMA I.4.4. (ver [17]). Se existe uma função escalar de classe


C, V(w) definida em [0,+%-) x X, com as seguintes propriedades:

(G) a (Iwl) < V(w) <b(lwl), onde a(r) e bí(r) são funções con-
tínuas crescentes e a(r) >+%- quando r > +%;

(ii) 3r
ê
> 0 tal
positiva e contínua;
que V(w) <-c(lwl) para Iwl >
r ,0onde c(r)

então as soluções de 1.4.3 são U.U.B.


42.

TEOREMA 1.4.5. Além das hipóteses feitas anteriormente suponha-


mos que as seguintes condições são satisfeitas:

H, - existe GG: p(-o) H/? * IR de classe Cc,


limitada inferior-
mente em p(-c) /? tal que g(u) = grad G(u) relativamente
ao produto escalar de H e existe uma função d crescente
contínua tal que G(u) < d(r) se lwl <r;

E, - (uryg(u)) é limitada. inferiormente em p(-co) X/? ;

H, - h(0) = 0 e existem constantes a,8>0 tais que alvl? <


<(v,h(v)) e |h(v)|< Bjv| para todo v em H;

H, -e:1R->H ê limitada.

Então 1.4.3 é U.U.B.

DEMONSTRAÇÃO. Consideremos o funcional '

2
Iv |

+ 2bí(u,v) + G(uU)
,.

com b>0 a ser escolhido satisfazendo a diversas condições,


so
a primeira das quais
;
b.
2
<
1*
TE Com essa escolha de Db
existem
;

constantes k, >
k, > tal que.

[e
Iv|
k (v|? + W/2u|%)
<a + 3 leo) W/2u [2 + 26 Cujv) <

< k. (v]*? + 1-0) 24%) para todo (u,v) em X.


43

A derivada de W ao longo das soluções de I.4.3 é dada por:

W
=-((v,h(v)) +2b(v,v) - 2b(u,h(v)) -

- 2b|(-C) 1/2,/2 + (v,e(t)) -2b(u,g(u)) +2b(u,e(t))

IA (2b = a) |v|? + 2bBlu||v| - 26/(-o) 1/2 |? V2u|/2


+ (v,e(t)

-2b(u,g(u)) +2b(uj,e(t)) .

Em seguida escolhemos b > 0 de tal modo que (2b = a) |v|2+


+ 2bfBjul|v| - 26 |
(-o) W/2u |? < -8 (|v|? + Neo) W2 un, para al-

gum 6 > 0; para isto usamos 2bBjlul|v| < 28 Neo Wu |+| e


1
pºg? 22
impomos Z
< 2b(a - 2b) o que é satisfeito se b <
7 - Le
1 +Ê-
a
4
vando. em conta as hipóteses Has E, e H, e usando as desigual

dades elementares (v,e(t))< o. Iv]? +


> let)
2m
|? e tuje(t))<=

<=mena,= Je(t) 2
2

(=C) 1/2. ul
/2,

= 1
le(t)| 2
el
v/º + | < |
+ com m pe-=
= .?2
2m
2 —
2m
2 :

queno vemos que. W<-Ylwl? +


k, onde k e y são constantes e
y > OO.

Pelo lema I.4.4. temos que a equação 1.4.3 é- U.U.B.

COROLÁRIO 1.4.6. Se Q: H+>H é um operador auto-adjunto posi-


tivo definido e limitado em um espaço de Hilbert H e C, h, 9g

e e(t) satisfazem as condições do teorema I.4.5,então a equação


E
44

1.4.7. Qu
tt - Cu + h(u) + g(u) = e(t)

e U.U.B.

DEMONSTRAÇÃO. Escrevendo essa última equação na forma

u
tt - o
teu + o
nu) og + = QT le(t)

e definindo um novo (equivalente) produto escalar em H


por
QUI 10) = Cuiou, ) eê- fácil verificar que Q ê-
e —-l
[uru,] = — . . .
C

autoadjunto negativo definido relativamente à ], e [, que


se g(íu) = grad G(u) com respeito à (,) , então tatu) o =

= grad G(u) com respeito à [,] e [u,0 tg(u)] = (u,yg(u)); fi-


nalmente Cura th (v)) = Cv,h(v)) e a conclusão segue do teorema
1.4.5.
Como um exemplo desse tipo consideremos um sistema

au, Frapli,
|

« =A>).+
-
+Oju-rh,(u) -
= gy (u) +
e, (+)
1.4.8.
anjuçe +
aU, = +C)U-h,(U)) - gí(u) + e (t)
no espaço produto H =NxN onde a matriz
3 é autoadjunta

positiva definida,
e. satisfazem as
e
mesmas
Cc, e
hipóteses
Ca" h,
como
e h,,
C,
n
h,g
e
e
gy
e no
e,
teore
e

ma I.4.5. Para verificar que 1.4.8 é de fato do tipo 1.4.7 ê


suficiente tomar em H =NxN o produto escalar
45

(<(ugrU,), (uzrU,) = Curo, D+ UU, )

Vamos agora dar condições sob as quais podemos garantir que


a aplicação periódica S é uma a-contração; estudamos duas si-
tuações diferentes.

TEOREMA 1.4.9. Além das hipóteses H, - H, no teorema 1.4.5 su


ponhamos que as seguintes condições são satisfeitas:
H.,
- e(t) é p-periódica;

H.
- existem constantes 0 <a<B tais que
2
alv, - v., < tv, 7 Va, hlv) - h(v,)) e
:

lh (v,) - hív,) |
< Blv, - v, | , para todo NY, em H;

H. - para todo R, existem constantes K > 0 e O0O<a<l


tais que |g(u,) - g(u,)| < Ku, - u, |? se [o Pu, | ,

10) Wu, <R5 |

Ho - p(-c) XV? êéê


compactamente imerso em H,

Então a aplicação periódica S é uma a-contração; em parti


cular existe uma solução "mild" p-periódica.

DEMONSTRAÇÃO. Sejam w, =
(uv), Wwa5=(Uz1V,) dois pontos em *X

e w, (t), w, (E), t > 0 as soluções tais que :

w, (O) E OW e

w2, (O) = W,. Como 1.4.2 é


temos que Ww, (E), w, (€) perma-
U.U.B
necem limitados por alguma constante R, para todo t > O. Con-
sideremos o funcional
46

E=L2 Iv 17”
- 2 2b(u 17423)
- v., "VV
Vq=V2) +
3 1, 1(-O) ,1/2 (wu, 2
-u,)|,
|?

|
onde b é escolhido como na prova do teorema I.4.5. Usando H
6
é fácil verificar que a derivada de E(t) ao longo do par, de so
luções (w,(t),w,(t)) satisfaz v

à E(t) - g(u,
TE < -6E(t) + (
v, (t) - v,(t), gu, (t)) (t)))

+2b6(u,(t) - u,(t), g,(u,(t)) - gu, (t))).

onde 8 >0O0O é uma constante e então, usando Ho, temos

E(p) < e “PE(O) a


+ k
7 Sup
0<t<p
lu(t) - u, (t) |” ,

ep
K, constante, e IS (wo) - S (w,)! <e
2
Uw, evvw]! + plw,w,) on
de MwW? = |
2
Iv]? +2b(uyv)+
a
L
2 2'
o
[=o) Wu |? e píw,.W,)
1 :
=

Ju,(t)-u 2 ()
|? segúência limita-
= K sup
0<t<p
1 . Seja
nn
(u .,v.) uma

da em relação à norma à Iv |? + 3 eo) Wu ?, do fato - de ser

U.U.B.
limitado por
e
concluímos que
uma
3 Iv
constante fixa para
(|? + à
t
|) (|
em
Wu
[0,p]l e
2

Hz
permanece
implica
que u, (E) tem fecho compacto em H
paracada t fixo; além
disso, |(u (t,) - u, (t,)
| < lt, - t21,
58, Iv, (s)
| e pelo teorema
47

Arzelá-Ascoli temos que a pseudo-métrica p é prê-compacta comres


2
[vu
peito à norma (—— + à po MW?
1/2)? e , consequentemente, com
a norma !l
(pois são equivalentes); as conclusões seguem
ll
dos
teoremas I.1.5 e T.1.10.

COROLÁRIO I.4.10. Consideremos a equação semilinear da onda

uu, = Au- h(u) -g(u) + e(t,x)

num domínio regular limitado &NQ

CR”, n = 1,2,3, com condições


de fronteira de Dirichlet: u=0 em 0d e suponhamos que as se
guintes condições estejam satisfeitas:
u .

HH - a função '
gí(u) = Í
0
gís)ds é limitada inferiormente para
u em IR;

H, - a função ug(u) é limitada inferiormente para u em 1R;

E —-
h(0) = 0, h:1IR > IR é ec!
e O0O<a<h'(v)<fkf paraal
gumas constantes a &eBb;

H -e: R-> L, (8) é p-periódica e contínua;

c*
HE Cgi RO OR é e satisfaz as seguintes condições dé cres
cimento |g'(u)]<a+ bjlulº,
<e6e<2 se n=-3; qualquer O

O
se n=2, e nenhuma restrição se n=l. Então existe uma so
lução "mild" p-periódica.
48

DEMONSTRAÇÃO. Não é difícil verificar que o funcional

G(u) = S J(uíx))dx e- bem definido em D(-a)V/? = HI(0) e sa-


sn

tisfaz AH. do teorema 1.4.5, tambêm


h : L, 1, (9) definida por h(v)x =h(v(x)) éê lipschitzia
(92) +

na e Gataux derivável e

g: He(0) > L, (9) definida por gíu)x =gí(u(x)) é lipschitziana e cc.


Para verificar H
7 quando n = 3 usamos as seguintes estimati-
vas:
9 (u,) - glu,) |, 2 IA

al) ul,
8 o
IA
(K, max(luz lo. , + K,) Ju - IA

2] =|
|

8 8
=
(K, max(la +K) jm rezsoç6<6 e
'

1 ,
|
A ;,

1º?

para n=1 ou 2 a verificação é semelhante. As outras hipóte-


ses nos teoremas 1.4.5 e 1.4.9 são obviamente satisfeitas e a
conclusão segue.

OBSERVAÇÕES.

l. resultado semelhante dado pelo coro


Nakao [11] provou um
lário T.4.10 admitindo 8 < 2 para n=3, mas requerendo e(t,x)
limitada por uma constante M,- O caso g= 0 foi tratado por
49

por Prodi e Prouse restrições sobre o crescimento de


com menos

h (ver [11] para essas referências). Em [14] Prodi estudou o ca-

so do crescimento linear em h e g3E0, mas ele colocou uma


restrição muito forte sobre o crescimento de go.

2. Se a equação da onda no corolário 1.4.10 considerada


é
com condições de fronteira de Neuman então. as mesmas conclusões

"—.
valem se existe uma constante C > O
tal que g(u) - Cu satis
faz as hipóteses A e Hs .

O próximo resultado trata de equações que representam vibra


ções de vigas.

TEOREMA 1,4.11. Suponhamos que o termo g(u) no sistema 1.4.2


tem a forma g(u) m(( Bu,u))-Bu onde m:1R > IR é uma fun-
Ce
=

ção : D(-e) /? + H é limitado, não negativo e autoad-


junto com respeito a (,) . Suponhamos também que as seguintes
condições são satisfeitas: .

r É

o - à função M(r) = Í
o
mís)ds é limitada inferiormente para
r>0;
=| ! &Á
função. rm(r) é limitada inferiormente para r > O;

H,
e H, como H, eH, no teorema 1.4.5. Então o sistema 1.4.2
é U.U.B. Além disso, se as hipóteses Ho, Hs e Hg do teorema
T.4.9 são satisfeitas, então a aplicação periódica S ê uma a-
-contração; em particular existe uma solução "mild" p-periódica.
50

DEMONSTRAÇÃO. Definindo G(u) = > M((Bujyu )) vemos que g(u) =

= grad G(u) com respeito ao produto escalar de H


eas hipóte-
ses H, -H, do teorema I.4.5 são satisfeitas e isso implica
que é U.U.B. Sejam (UV), (UuzrV,) dois valores iniciais em X,

(u, (€), v, (t)), (u, (t), (t)) as soluções com valores iniciais
va,

neles e definimos a função F(t) = E(t) - > mí((í Bu, (t) ,u, (t) )).
. Cu, (+) - u, (t), Bu, (t) - Bu, (t) ) onde E(t) como no teore-
&éê

à E(t)
anteriores para —-
ma I.4.9. Usando as desigualdades vemos que

ar
ae É 6 (F(t) +
1
m(<
Bu, (t)
:

7 u,(E€))) Cu, (t) - u,(t),Bu,(t) - Bu, (t) )


+ (m(CBu, (t), u, (€))) - m(( Bu, (t), u, (t£)))) Cv, (€) - va (t),

Bu, (t)) +2bíu, (t) - u, (t), g(u, (t)) - g(u, (€£))>

- m' (CBu, (t), u,(t))) Bu, (t), vi (€)) Cu, (€) - u, (€),

Bu, (t)

- (BuzrU,)
- Bu, (£)
-= (Blu,
), onde

+ 1.) ,
9 >0O

u, - u,
é uma

),
constante; asando (BM
o fato és que m é C
É

sl o e

que 1.4.2 ê U.U.B temos

F(p) <e Pr(o)+kK 1 sup |u 1 (t)


0<t<p
- u, (t)
| ,

E (p) IA e” ºP E(0) + K,
2 Sup
0<t<p
Ju, (€) - u, (t)
| e então
51

— op
2
NS(w) - S(w,)ll < e Me = TH + o
Gra)
onde ll
| &ê
como no teorema 1.4.9 e

p(w, 1W,) = VK, ( sup


0<t<p
Ju,
2 (t) - uu, (5) 1/2 .

A prê-compacidade é provada da mesma maneira como no teorema


I.4.9. AS conclusões seguem dos teoremas I.1.5 e T.1.10..

OBSERVAÇÃO. O teorema I.4.11l vale também para sistemas do tipo


1.4.8 desde que g, (o) e 9, (u) são do mesmo tipo como gí(u) na
quele teorema.

COROLARIO I.4.12. Consideremos a equação

2
ul du + e(t,x)
NA?

u 24º =9 7Au h(u) + mí(|grad

em um domínio ;
so
regular limitado & CIR n e com condiçoes de sã fron
teira de Dirichlet u=O0, = = O em of?!
e suponhamos .que as
seguintes condições são satisfeitas:

(1) h : IR + NR &é ec, h(0) = 0 e existem constantes a,fÊ

tais que 0 <a<h'(v)<Bbk paratodo v em KR;

r
(il) m:IR > R é CC mís)ds rm(r) são li
|

e M(r) = J e

mitadas inferiormente para r > 0O;

(iii) e:1IR L, (8) é p-periódica e continua. Então existe


> uma

solução "mild" p-periódica.


52

OBSERVAÇÃO, O problema de valor inicial para a equação 1.4.1 com


h=0 e g do tipo indicado no teorema I1.4.11 foi tratado por
Medeiros [10] e para sistemas do tipo T.4.8 por Andrade [1].
Essas equações aparecem em conexão com problemas da teoria de

elasticidade.
CAPÍTULO II

CONVERGÊNCIA PARA O EQUILÍBRIO

IT.l. INTRODUÇÃO

anteriormente vistas não haja ter-


Supondo que nas equações
mo forçante (ou que esse termo seja constante em t) estudaremos
o problema de convergência para equilíbrio, isto é, estaremos
interessados em dar condições para que toda solução limitada ten
da para um vonto de equilíbrio (solução estacionária).
A têcnica empregada é a do princípio de invariância e fun-
cionais de Liapunov (como no caso de equações ordinárias). No

entanto, existe aqui dificuldade a mais. por não se saber a


uma

priori que as soluções limitadas tem órbita pré-compacta (fecho


compacto ou totalmente limitada). Em alguns casos a pré-compaci-
dade dessas órbitas será obtida através do decaimento exponen-
cial da parte linear "mais importante" da equação. Em outras a
convergência da solução na topologia fraca será usado como "um
passo intermeciário para se obter convergência forte.
v

II.2. DOIS RESULTADOS DE PRE-COMPACIDADE DE ÓRBITAS LIMITADAS

LEMA I1.2.1.Se um semigrupo ([T(t),t >0) num espaço de Banach

|T(t)|<Ke at , Ka o
:

satisfaz constantes e

|
XxX
> O, QCX é um con
t
junto compacto, então o conjunto das integrais T(s)h(s)ds,t>O,
o

onde h percorre o conjunto das funções contínuas de [0,+-%) em


54

Q é pré-compacto.

DEMONSTRAÇÃO. De fato,

S
t Tí(s)h(s)ds = S
t Tís)h(s)ds +
o o

t
|t
t
:

+ Í Tí(s)h(s)ds. Como Tís)h(s)as| <


t

A b-
sup |h(s)| elo (e at““"-
nat
- e*”), vemos que dado

t(e) tal que


t
e > 0, existe [| T(s)h(s)ds| <e , para
E :

t(e)
t t(e).

> Como as integrais Í o T(s)h(s)ds

formam um conjunto pré-compacto, o lema está demonstrado.


Consideremos a equação autônoma

I1.2.2, u = Au + f(u)

supondo válidas as condições do teorema 0.2.9.

TEOREMA II1.2.3. ([T(t), t > 0) gerado por A satis


Se o semigruno
faz at
|T(b] <XKeº*”,Ka>0 constantese f:X>X é uma função compacta,
então toda órbita de uma solução limitada de II.2.2 é pré-compacta.
55

DEMONSTRAÇÃO. Segue da igualdade

u(t) = T(t)u + f
t T(t-s) f(u(s))ds = T(t)u +

+ Í
t T(s) f(uít-s) )ds,
o

do fato de Tít)u, tender a zero e do lema anterior.

TEOREMA I1.2.4. Suponhamos que existam projeções P e Q con-


tíinuas complementares, isto é, PQ =QP=0,P+QE=1I, que comu
tam com T(t) para todo. t > O (ou, o que É coisa, P(X)
à mesma
e Q(X) são subespaços invariantes com relação a T(t) para todo
t> 0) tais que P(X) é um subespaço de dimensão "finita e
|T(E)Qu] < K e” “tioul, K,a constantes. Se, além disso,
> O,

f : X>X é compacta, então toda órbita de uma solução limitada


ult), t > O de ITL.2.2 é pré-compacta.
Webb, [18] estudou esse tipo de problema.

DEMONSTRAÇÃO. Como

t
u(t) =
T(t)u, +
| 0
T(s)f(uí(t-s))àds,
.
temos que

t
Qu(t) = T(t)Qu, + | o
T(s)Q fí(ult-s)ds

e portanto, usando as hipóteses e os argumentos do teorema ante-


rior concluímos que Qu(t), t> 0 tem fecho compacto, . Como

Pu(t), t > O está num espaço de dimensão finita e é limitado, o


56

teorema segue.

IT.3. UM NOVO ESPAÇO DE FASE

Numa das aplicações que faremos, o quadro funcional abstra-


to desenvolvido atê agora não se aplica diretamente. Por causa
disso somos obrigados a refazer parte da teoria para que ela se
aplique a soluções "mild" num sentido um pouco diferente do vis-
to atê agora.
Seja X> X
A:D(A) CC
o gerador infinitesimal de um semi-
grupo fortemente contínuo (T(t),t >0). Seja X, o espaço de
Banach D(A) com à norma lula = ul + |Au -. Supondo A inversi
vel (o que sempre pode ser feito generalidade) va-
sem perda de
mos tomar jJu|l,
A
= |Aul, a qual ê equivalente à anteriormente de-
finida.
Do teorema 0.13 segue que T(t) XX, +F
XxX, é um semigrupo
fortemente contínuo. Os lemas seguintes são de verificações qua-
se imediatas. :

LEMA II.3.1.
a) O espectro de T(t) em X,
A
é igual ao espectro de T(t)
em X;

b) Se
Are Ay são autovalores isolados de A e

N
EYE .
:

7 i

P= onde ê circunferência
n';A)AA uma.
R(A4. T
,
n=1 27i
— Tr
n
n

tal que A, é o único ponto de o(A) no seu interior, então

PIXX, ê uma projeção contínua, e P(X,)) é invariante em


57

relação a T(t), t > 0. Além disso, o (T()/p (x) TE)/pax)*

LEMA I1.3.2. Consideremos a equação linear não homogênea

I11.3.3. u=Au+ g(t)

e a solução "mild"

u(t) T(t)u o
t t
= + Í T(t-s)g(s)ds = T(t)u o + Í T(s)gí(t-s)ds
o o

se u, E D(A) e g:[0,+m*) > X é c!, u: [0,+0%) > x, ê contí


nua. Além disso,

. At
Ult) = T(t)AU, |
+ T(E)g(0) +
| o
T(s)g' (t-s)ds = T(t)Au, +

t
+ T(t)g(O) + Í T(t-s)g' (s)ds ,
o

Au(t) = ut) - g(t) e

t+h o
A U(t) = T(t)A JU, + l.
:

Z T(s)g(t+h-s)ds += h, Tís)gí(trh-s)ds +

+ [
t T(s)
g(t+h-s) -gít-s) ds
Jo h

onde
58

LEMA I1T.3.4. Se X éê
um espaço reflexivo e A, é comono lema
anterior, então para todo u em X tal |
que lim
h+0
inf IA
u | <o
segue-se que u€ bD(A).

DEMONSTRAÇÃO. Ver [2a], pg. 88, teorema 2.1.2.

Consideremos agora a equação

I11.3.5. o = Au + f(u)

onde f: X > X,.

DEFINIÇÃO II.3.6. Uma função u definida em [0,a] é solução de


I1I.3.5 se

(i) u : [0,a] > X, ê contínua

(il) u : [0,a] > X &éê


ct

(iii) a equação está satisfeita em [0,a]l.

TEOREMA IL.3.7. Suponhamos X reflexivo e que as hipóteses se-


.

guintes estão satisfeitas:

H., -f: x + X é diferenciável comderivada f'(u) no seguinte


ê linear, tem extensão contínua pa
sentido: f'(u) : x, > X
ra X (portanto f'(u) E L(X,X)) e f(uth) - f(u) - f'(u)h=s
= 9(h) com 28) so quando |nl, A > O.
Th]
59

H, -f' : leva conjuntos limitados em conjuntos limi


É, + L(X,X)

tados e é contínua no seguinte sentido: se Uru estão em


Xr &
uu >U em X com lau, |
limitada, então [£' (u)-
-f'(u)|>O0.
"Então para todo u, EX, existe a>0 e solução u(t) de
II1.3.5 definida em [0,a].

OBSERVAÇÃO. Dizer que diferenciável no sentido acima. é mais


f &éê

restrito do que dizer que £ : x, é diferenciável no senti-


X >?

do habitual pois estamos supondo que [e (n) + O


quando
lh |

em)!
lhl, > 0 emrnão que O
quando , |h|, + O.
xA
hz A
xA

Este teorema apresenta uma versão diferente da encontrada em


-
Segal [16], onde a função feC 2 nl
com derivada lipschitiziana.

Antes de demonstrar o teorema vamos. demonstrar alguns lemas


que podem ser vistos como um cálculo diferencial para essa nova
noção de derivada.

3.8. Se u:1>? XA e contínua e


TNMA I19. u:I>X é ct e va-

2
“Hl%m as hipóteses H, e E, acima, então f(u(.)):I>X é c*

a dd f(u(t)) = e

(u(t))u' ' (t). £f'


e!

DEMONSTRAÇÃO,

| £(ultts) —
f(u(t)) - £'(ult))u'
(tt), =
60

=| f(u(t) + ult+s) - u(t)) - £(ult)) - £' (u(t))u' (t)


= x

[£' (u(t)) (ultts) s -ut) só jun) + LUIS) TU(t) x


s

Como

9 (ultra)
-n() [6 (ult+s) -u(t) |, lult+s) -u(t) |.
os X
|[u(t+s) -u(t) |, Is]

e JjJuítis) - u(t) |, A
+ O
quando s>0 segue-se que Se £lu(t)) =
:

= £' (u(t))u' (t).


Quanto a continuidade de £'(u(t))u'(t) temos:

|£' (ult+e))u' (tre) - £' (ult))u' (t) |,

&< [|
£' (u(t+e) (u' (tre) -u' (t) |, + |(£' (ultre)-f' (u(t)) u' (t) |.

e isto vai a zero quando e > O


por E, e pela continuidade de
u' (O).

LEMA II1.3.9. Ainda nas hipóteses H, e H, valea desigualdade


do valor médio: |£(u) - f(v)| < sup JE (vrtíu-rv)] Ju-vl se
O<t<l
uev estão em Xp.
61

DEMONSTRAÇÃO, Do lema anterior temos:

de flv + tlu-yv) =
f'(v+tmu-vilu-v),
e a desigualdade segue por integração entre 0 e 1.

LEMA I1.3.10. Ainda nas hipotese H, e EH,

a) se u, : [0,a] > X é uma sequência de funções contínuas


que converge uniformemente (em X) para u : [0,a]*>X e u, (€) '
v(t) estão X, com Vau, (€) limitada para n = 1,2,...
em e
|

t E€
[0,a]l, então £' (u, (t)) + f'(ult)) em L(X), uniformemente em
[0,a];

b) Se X &ê
reflexivo, então f' é uniformemente contínua
em conjuntos compactos K de X tais que JAu|l < constante se
s
u EK,

DEMONSTRAÇÃO. Obvia (na parte b temos que usar o Lema IT.3.4).

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA I1I.3.7. Consideremos a equação integral

t
|
'

u(t) = T(t)u, + T(t-s)f(u(ís))ds em X.


o

Sejam b > 0 fixado, L= Sup |T(t)Au, | + sup Tt) Eu),


0<tx<b 0<t<b
M=4L,N= sup |T(S)f'(W|] e 0O<a<b talque aN < z .
o0<s<b
ul, <M
62

Definamos

u, (t) =
Títlu,

t
un 41 (E) = T(t)u, + Í T(t-s) f(u,(s))ds
0

e mostremos que JAu, (t)] < M, |Ju'(t)] < 2L, para 0 <t< a, De

fato se n= 1 essas desigualdades são verdadeiras, supondo vã-


lidas para n temos pelo lema IIL.3.2:

t
ut () = T(bAU +T(E) flu) + Í
o
Tí(t-s) £' (u,(s))u' (s) ds,

jul, (t)] <L+aN2L <2L.


|

donde Po

Além disso,
s

A Un+1 (Et) = uv
1 (t) - fu, (t)) =
n418) = flu(0) -

- Í
O
f'(u (s))u'(s)ds
n
n” , donde concluímos

ta.
[au () <2L+L+aN2L | <4L,e a indução está comple-

As desigualdades provadas acarretam

t
una, (E) - u, () |z = 1f. T(t-s) (f(u, (s)) - f(u, ,(s)) às], <
63

<aN sup ju(s)-u ,(s)|,<3l sup uí(s)-u



O<s<t
n n-l x 2
0<s<t n n-l .(s)]| x

donde concluímos que u, (t) + ut) em X uniformemente em [0,a]l.


Como
lo (€)]| < 2L, é fácil ver pelo lema I1T,3.2 que |
AO (t)]
permanece limitada uniformemente em h e n e, portanto, pelo
lema I1.3.4 u(t) está em. X,* Por passagem ao limite obtemos

u(t) =T(t)u o +
t
|o T(t-s) f(u(s))ds = T(t)u o
| t
do
T(s) f(uít-s)) ds.

———
————
Consideremos .a função v : [0,a]l >+-X contínua que resolve.

rt
v(t) = T(t)Au o + T(t)f(u)+!lio T(t-s)fF'(uls)) vís)ds
Oo
.

a
(observe que o núcleo é contínuo em t e s).
Então

=> u(t) T(t+h)u -T(tlu,. - T(tjau -T(t) f(u)


u(tt+h) -
- v(t) =
o o
h h
:

+ l
he
S
t+h
T(s) f£(u(t+h-s! ) ds
|

+ S
t T(s)| f(ultih-s)) f(ult-s))
o L
- A.
h
- £' (u(t-s)) vít-s) às .
=|
64

Como

f(uít+h-s)) -
h
f(u(t-s)) £' (ult-s)) vít-s) =

1
5 - u(t-s)
= d o £' (ult-s) + r(ul(t+h-s) - u(t-s) ) dr) "ult+ho-s)
h

1 .

£f' (u(t-s)) ví(t-s) = do (£' (ult-s) + r(u(t+h-s) - u(t-s))

£' (ul(t-s) ar) (2EHDAS)


h
= ultos), , gi(p(tos)).

| HE - h
uílt-s) - vítos)
:

obtemos

u(t) +
ult+h-s) uí(t-s)
|

u(t+h) -
v(t)|
—-

< yYn(t) + P S
h o ;
h

—-
vít-s) |ds, onde YR (t) + O
quando h > 0, uniformemente em

[0,a]l. Portanto

jultih) h -ulb) —
v()|>0 quando h > O.
65

EXEMPLO IL.3.11. Consideremos

u,, = Au + f(u) em Ss,

u = O em 239,

onde fQ C 1R? é um aberto limitado regular.


Escrevendo como sistema

=. = Aw + F(w)

w=(u,v), Alu,v) = (v,Ãu), F(u,v) = (0,f(u)).


Sabemos que A gera grupo unitário em nº x L, cujo domí-
nio ê (H* n nº) x nº
o o .
Hº (2) E C(M) (funções contínuas
Além disso, sabemos que em

N) com imersão compacta.

Portanto £ : nº nn > L, está bem definida se £ é de

classe c!. Mostremos que H, e H, estão satisfeitas:

f(urh) - f(u) - £f' (u)h


. -
la]
H, | | :

L
2
L,

|
1
(£f'(utt.h) - £' (u))dt-h], 1
|| 0 £' (urt-h) -£' (u)
o 2
= < ) dt |,
nl, 2 .

2
Quando
;

h+>+0 em H”, sup |h|l > 0, donde -


este último termo vai
66

à Zero,

- £'
H, (u) E E
(E) ê definida pela multiplicação por f'(u).
Portanto

[£'(u) - f'(u)
| E
(E)
=
fu) -
fl, co

Se
u *u em L, e un 2 "”< cte, - que
segue-se —Uu > u

em C(R)

O
pela imersão compacta,
fato é que £' leva limitados
donde

de
Eu) -E'(0)

em
|
limitados
L(L,)
+ O.

de
X,
L(L,) é óbvio pela mesma razao.

OBSERVAÇÃO. semelhantes pode-se demonstrar re-


Usando argumentos
sultados de continuação de soluções e dependência contínua em re
lação às condições iniciais, Dessa forma, se uílt,u)) éa solu-
ção de IIL.3.5 com ulO0,u,) = u, vemos que essa função ê contl
nua em (E,u)), t> o. e ult+s, uu) = ult,uís,0,)), t,s > O.

Nesse novo espaço de fase podemos enunciar e demonstrar re-


sultados semelhantes aos teoremas IL1.2.3 e I1I.2.4.

TEOREMA ITI.3.12. Se o semi-grupo ([T(t), &t > 0) gerado por A sa-


tisfaz |T(t)| <kKe “t ga >
0,aekK constantes e £fE:X
a
> X

é compacta de classe c! no sentido das kipóteses A. e H, e


f'(u)-h pertence a um conjunto compacto fixo se lulz A <cte
|
&e

nl, < l, então a órbita de tcda solução de "1.3.5 que é limitada


em [0,+m<) é&ê
prêé-compacta.
67


-
——PEMONSTRAÇÃO; Por definiçao-da-norma em Xx basta mostrar que
fau(t), t > 0) tem fecho compacto em X. Como Au(t)=u'(t)-E(u(t)),
basta demonstrar que (fu'(t),t>0) tem fecho compacto em X .

Mas

t.
u' (t) = T(t)Au, ;
+ Tit)f(u(o)) + | 0
T(s) £' (ul(t-s))u' (t-s)ds .

Pelo raciocínio anterior vemos que ([u(t), t > 0) tem fecho


compacto em X e daí concluímos que £'(uít-s))u'(t-s) pertence
.

a um conjunto compacto fixo. Portanto o resultado segue do lema


I11.2.1.
%

TEOREMA II.3.13. Se (T(t), t > 0)


satisfaz as condições do teo
rema I1.2.4 e f às do teorema anterior, então toda solução de
II1.3.5 que é limitada em [0,+%*) tem Órbita pré-compacta em Xp.

DEMONSTRAÇÃO, Como anteriormente.

II.4. PRINCÍPIO DE INVARIANÇA

DEFINIÇÃO II.4.1. Seja u(t),t >0O0 uma solução de I1.3.5 com .


u(0) =
u,. Dizemos que p € XxX, está no conjunto limite positivo
wu) de u(t) se existe uma sequência tt). ? +” tal que uít) * Pp.

em X. +

TEOREMA II.4.2. Se a órbita u(t)


de précompacta então

w(u,)
E não vazin. cenemnacto. conexo, invariante e dí(u(t), w(u)) + O
68

quando t > +<0% (essa distância ê em X,) -

DEMONSTRAÇÃO. A habitual.

DEFINIÇÃO II.4.3. Se YV
:RÇOTR ê uma função contínua defini-

mos v(u,) = lim sup


Víulh,u )) - V(u,)
« Dizemos ainda que V é
h + 0! h

uma função de Liapunov de IT.3.5 se Vu) < O


para todo
E
u, 4.º

TEOREMA II.4.4. Se V é uma função de Liapunov de II.3.5 e u(t),


t > 0 é uma solução com órbita précompacta, então w(u) CM, on
de M é onmnmaior conjunto invariante contido no conjunto dos pon
tos u tais que V(u) = O.

DEMONSTRAÇÃO. (A prova é habitual e será dada para maior clare-


za). De fato, como Víu(t))< 0, segue-se que Víu(t)) ê- uma

função não crescente.


tal que
existe
Como w +(u) ê não vazio,
lim ult,) existe e, portanto, lim Vvíuít,)) existe. Por
t. +
causa da monotonicidaãde concluimos que lim V(u(t)) existe e
isso acarreta que V &
constante em wu) o vez,
que, por Sua
implica V(u) = O em w (uu) pela invariância desse conjunto. A
afirmação final é também uma consequência da invariância de mw
(u).

OBSERVAÇÃO, Se V &ê
uma função ãe Liapunov de II.3.5 e
lim Víu)=+w-,é fácil ver que toda solução tem Órbita limita
ul,
“A
++
da em [0,%=).
69

COROLÁRIO II.4.5,. Se V(u) < -kK(jau + f(u) |). onde k(s) > O
pa
s > O, X(0) = 0, então o conjunto limite positivo de qualquer so
lução Órbita précompacta é formado de pontos de equilíbrio,
com
Em particular, se o conjunto dos pontos de equilíbrio é totalmen
te desconexo (isto é, as componentes conexas se reduzem a pon-
tos), segue-se que tal conjunto limite é formado por exatamente
um ponto de equilibrio.

IT.5. APLICAÇÕES

Consideremos uma linha de transformação com perdas como es-


quematizada abaixo.

i (x,t)

víx,t) |
g (v)

Como visto anteriormente esse problema pode ser visto como

uma equação abstrata.

IT.5.1. u = Au + f(u)
70

no espaço X = 1, [0,4] <L, 10,4] DIR, onde u=(d,,b) EX .,


Au = (-EV1'- RAN, det Êy, & $(1)).

D(A) = ((d,1,b) E X:d,y E ACIO/JAU, v',y' E


L, [0,4] , b=v(%4) ,

V(O) + R$(0) = 0) e f(u) =r0,- E, ZEHA,,.


Se gg: RR +I1IR é de classe ec! é fácil ver que £ : X, > X

satisfaz E, e H, do teorema I1.3.7, assim


as hipóteses como

as hipóteses dos teoremas IT.3.12 e IL.3.13.

TEOREMA II.5.2. A Orbita de toda solução de IT.5.1 que é limita-


da de [0,+»m) em A
ê prêcompacta.

DEMONSTRAÇÃO. É uma consequência imediata do teorema I1.2.4 pois


de acordo com [15] se

à > =
(RC e + LG)
:

+
:

1
àn o-Ro
|Ez |

2LC 24/LC 2, + RJ |

onde Z. = /E , existem PeçQ como naquele teorema.

Nosso objetivo agora é dar condições para que toda solução


de IT.5.1 convirja para um ponto de equilíbrio e, para isso, va
mos primeiramente usar o teorema I1.,4.4.

Seguindo [4] .e supondo g(v) função não linear de v tal


a
V
- IM).
'
.

que |o g (v) dv limitada inferiormente e. max


v 1
aA<

A > O, definimos O funcional VW


:
X, + IR por
71

1
4
W(u) (- 3 RIº (x) + 3 G(V(x) + E) = IX) V
x (x))dx
o

|:
V(L)+E 2
*).
:

+ 3 RI2(0) stmas 3 f, =(V, (x) - RE(X))? +

+ Et 1,60 - GV) +85) fax + 367 (1) - g(V(4) +E))?

u= (I(x), V(x), V(L)).

Mostremos |
inicialmente que W(u) > += quando jul, XxX

A
>
+,
De fato, W(u) pode ser escrito como

&
2
1
(x))? L 2
|

,R
:

W(u) 3R (= - x) S (RI (x) + V dx + 2R f VZ (x) dx +


o o
|
!

2 2
+ > I1º(0)+Ãoc ra f
| ;

R Í Ve (x) dx + (G(V(x) + E) +
Ni O 2 2C
o o

V(2)+E
+ II (x)) dx
2
+ nf Lo.(I1(4) - g(V(t) +E))
g(v)dv+—=-
2
x o 20,

2 2
2 a b
Usando a desigualdade (a +b)? + b > TT + nos termos
:

+
2X & &

Í (RI (XxX) + v,, (x) ) (dx VÊ (x) dx e f (T, (x) + G(V (x) +E)) dx +
o o O

2X

(G(V(x) + E) )? dx, o fato que R I(0) V(0)


:

+ f + = O e as
o
72

hipóteses sobre g e à podemos concluir que W(u) > +m<


quando


20
Pelo teorema II1.3.13 vemos que as hipóteses do teorema IL.4.4
estão satisfeitas.
Mostremos agora que W(u) < -k(| Au + f(u)]) onde k > 0; a
derivada de W em relação à 1.2.2 é dada por:
2

=
.

W(u) = —-
(R- XL) S (V,., (x) + RT (x) ) dx
OL

3
|

- (6+20) | (1, (x) + G(V(x) +E)) “dx +


oc

- (48, +9g «e(V(4) +E)) [da


de | ve vç12.
| R, AE I(0O)
2

Lt 2,l
ta
R

+ RI a(x)
2

2 VV
—l
<-k. U, ) +G(V(x) +E)) )dx
: :

+ =

(T(4) - g(V() +
))?| :

onde
.

k > O
pois max -—

E. 1

1
< A<T)Te Pio

Pelo corolário II.4.5 temos que todo ponto no conjunto limi


te de qualquer solução de IL.5.1 é um ponto de equilíbrio.
Consideremos a equação IT.5.1 com E &=0 ou seja

IT.5.3. Gú=au+flu) onde f(u) = (0,-8,92MO),,


73

TEOREMA IT.5.4. Se o .conjunto dos pontos de equilíbrio de II .5.3


é totalmente desconexo então o conjunto limite é formado de um
ponto de equilíbrio;se existir uma linha de equilíbrio e
h'(0) £ 0, onde h(1) será definida, vale a mesma conclusão.

DEMONSTRAÇÃO, Como vimos em IT.2.4 os pontos: de equilíbrio de


IT.5.3 são

IG). (cosh (RG x + R$/E senh (RG x) I1(0)

V(x) -(R, cosh y RG x +/8 senh / RG x) I(0).

com a condição. g(T1(0)) = kIT(0) onde

2 AA
coshvRG %+ R senh RG 2&

IT.5.5. k =- À

.
RA senh (RE 4 + R, cosh (Rê 4

Se o conjunto dos pontos de equilíbrio é totalmente des cone


xo, a conclusão do teorema segue pelo resultado anterior e pelo
corolário IL.4.5.
conjunto dos pontos de equilíbrio não é totalmente des
Se o
conexo então existe um intervalo [a,b] onde a equação g(X (0))
= kI(0) está identicamente satisfeita, ou seja g é linear em

[a,b] .
74

4
AA
+
—— e
PP

a b (0)

Considerando a equação característica h(,) dada em[15] por

o eKi
h(4) = (à + RX17 (22) + X12 (22) +

R
o l
1 1

x, (28,2) X52 (212).

a (À) Sem
- Teixo) [a (9) 2)
cosh [a (2)
'

&]

-
Si senh. [a (1) 21. cosh [a (4) 4].

se a(2) =/(CL))º + (CR + GL)A + GR


0;
75

se.

KA)

22
x. (211) 1 (CR+Ê DO
=.6t -=
a
==
xo) (A) X 2 (2,2) o 1

(ER
GL)
se

R
a =-
=-
E
=

x] (2) x. (L12) (GR C0)L 1

e k dadoem IT.5.5, temos h(0) =0 e

h'(0) = — —
Je (R cosh VR & +

e /R senh / RG 4 + R, coshyRG 4) |

+/2
GG
:

senh/RG 23?

R2
1.
+ + 2
'

RE
|
(2

R
À)
G

222
o
2R
+
(CR = GL)
((&+=)senh/RG
:
4 coshvyRG 4 + º senh“
2
(RG 24)|.
2/Rê /RG

Admitamos que h'(0) 0, 0ou seja zero É um auto valor sim


ples e suponhamos que existam ARAÇO E wu), W. Ê WII então exis
te hiperplano passando por um ponto de equilíbrio entre w, E Wy
76

invariante pela equação II.5.3, Como w,y e w,€Eu(u) existe


n, E tal que” uít, ) pertence ao hiperplano
MN
e pela invariân-
o
cia temos que u(t) pertence ao plano t > t. 1 O que ê um absur
o
do.

IIT.6. USO DA TOPOLOGIA FRACA

Uma das técnicas para se provar que toda solução limitada de


uma equação de evolução converge para um ponto de equilíbrio é O

emprego da topologia fraca. Essa técnica consiste em pvrovar pri-


meiramente que toda solução limitada converge fracamente para um

ponto de e depois, usando algum outro argumento,


equilíbrio pro-
va-se que a convergência na realidade é forte.
Seja X um espaço de Hilbert separável (portanto a topolo-
gia fraca éê metrizâavel em conjuntos limitados).

LEMA IT.6.l. Consideremos em X a equação abstrata

IL.6.2. u = Bu+ f(u) + h(t)

e suponhamos satisfeitas as seguintes condições:


77

(1) B é o gerador de um semigrupo fortemente contínuo;

(ii) h: [0,+%-) > X


|
& contínua e lim
t+ +%-/t |
lh(s)
t+1
!
dás = O

(ii) f :X + X é lipschitziana em conjuntos limitados e £f:


X,?X,
é contínua, onde X, é o espaço X equipado com a topolo-
gia fraca.

Se u(t),t>0,é uma solução de I1.6.2 que é limitada em

[0, +60), conjunto limite positivo, na topologia


então o fraca,
YO) dessa solução é não vazio, compacto e conexo em X,'
d(uít),Y w CO) + O quando t+ +m (À Ea distância que dá a
topologia fraca) e 7%, (u) é invariante em relação à equação
limite.

I1I.6.3. úu
= Bu + f(u)
s

Além disso, se No E YO). no


=
Lim ult,) e n(t) é a so-
lução de IT.6.3 com n(0) =
n,, então n(t) = lim
wW
u(t+t ) uni-
formemente em conjuntos compactos de [0,+0%).

DEMONSTRAÇÃO. Ver [2].

Consideremos agora a equação abstrata de segunda ordem.

IT.6.4. eutt - Au + h(u,) + g(u) = O

num espaço de Hilbert separável H.


78

Essa equação foi estudada por Ball [2] no caso de h ser 1i


near em u,; aqui trataremos o caso de h não linear. A dificul
dade que isso traz é que a aplicação v €E
1, (2) + h(v) EL, (9) em

geral não ê fracamente contínua se h for não linear. De fato,


se h (v) ê definida por

o se v<o
h(v) =

Vv
se v>O0

2T -
ê fácil ver que Í
o
.

h(sen nx)dx = 2. Portanto, sen nx —> O e

h(sen nx) —/>0. Como consequência, h(v) =h(v)+v também não


é fracamente contínua e este éê
precisamente o tipo de h que con
sideraremos.
Escrevendo como anteriormente IIL.6.4 na forma de sistema
s

ÍI.6.5. w=Bw+ E(w)

no espaço de Hilbert X = D(-a)V/? x H onde w= (u,v), BwWw


=

= (v,Au), £(w) = (0,-h(v) - g(u)) D(B) = D(A) x D(-a)V0?, poder


mos demonstrar o seguinte:

TEOREMA I1.6.6. Suponhamos satisfeitas as seguintes condições:

(i) A auto-adjunto negativo definido;


é

(ii) go: D(-Aa)*


/2 + H é fracamente contínua, lipschitziana em
conjuntos limitados e g(u) = grad G(u) no produto escalar
de H, onde G é limitada inferiormente em conjuntos limi
tados e G fracamente contínua;
79

(iii) h : H> H
é lipschitziana em conjuntos limitados e

,a>0
2 .

(v,h(v)) > alvl e alvl</h(v)]< Blvl;

(iv)
;
D(-A) 1/2ê :
compactamente imerso em EH;

(v) o conjunto dos pontos de equilíbrio é finito. Então o con-.


junto limite forte de toda solução limitada é formado de um

ponto de equilíbrio.

DEMONSTRAÇÃO. Seja (u(t), v(t)) uma tal solução limitada em

[0, +%º) e consideremos o funcional

W(u,v)
dv?
= ——
2
+
jeate? 7
+ G(u) .

Então

Y
2
W(t) = = tv,h(v)) <- alv| < O..

Como limitada em [0,+%-) segue-se de (ii)


(u(t), v(t)) é
que W(íult), v(t)) é limitada inferiormente e, portanto lim W(t)
t+ +
existe; em particular, |v(t) 2 <- E acarreta que

ft+l :
las
2
!

lim J |v(s) = O e esse fato juntamente com as desigual-


t+ +m 't

dades
: |

|
t+l1

t
lh(v. (s) |àds < / J
t+1
t
|lhív(s) |
2
“ds <B
| t+1
t
lv(s)
2
|úàás
<
80

t+1
0,
-

nos permite concluir que lim J lh (v) (s) |àás =


t+ + Je

Usando o lema então que IT.6.1


conjunto limite vemos o
fraco dessa. solução é invariante. em relação. àã equação limite.

< HU
Au - g(u)

Sejam (UyrV) um ponto desse conjunto limite e (u(t) , vt, ))


tal que (ut), vt )) ——
(UV). De acordo com o lema IT.6.1
(ult+t), v(t+t)) —= (U(t), V(t)) onde (U(t), V(t)) é a so-
lução da equação limite com condição inicial (UV). Em
parti-
cular, |v(s) |? < lim inf Iv(s+t |? usando o lema de Fatou con
cluimos que se t >0 temos

Í t. 2
ds lim inf Í
t |v(s+t n |? ds <lim inf(-L) f tº. +tn Jds
|IVv(s) IA
- W(s
|“

o o o2 o

2 (+)
Ê

lim inf (- - WU) =


O.

Trabalhando da mesma forma com t<0 obtemos S


t Iv(s) |ºas = 0
o

para todo t real acarreta que as solu-


donde V(s)=0 o que.

ções do conjunto limite fraco. são equilíbrios da equação limite


e da equação original pois h(0) = O. Como os pontos de equilí-
brio são isolados, concluimos que esse conjunto limite fraco tem
um só ponto e, portanto (u(t), v(t)) — (U,0).
81

Fazendo uma translação podemos tomar U=0.e g(0) = O.

Com essa mudança (u(t), v(t)) —— (0,0).



Vamos agora mostrar que essa convergência é forte, isto é,
+ |(-A) 1/2u(t)|
2 2
que |v(t)|“ + O quando t>++%-,. Primeiramen-
e o

te observemos que esse limite existe pois lim W(t) existe e


t+ + co

lim Gíu(t)) também existe devido as hipóteses sobre G. Além


Ep+ +oo

disso,

& (u,v) = Iv]? + (Cu, Au - h(v) - g(u)) =

= Iv]? - ea) Wu? - (u, h(v)) - <(u,g(u)) =

2lv/2 = (lvl? + [ear


2) - cu, h(v)) - Cujg(o)):;

integrando essa identidade entre t e t+l e observando que:

(1) (Cult), v(t)) — O, Cu(t), h(v(t))-> O e (Cu(t),g(u(t))— O

(pois u(t) — O em H por causa da imersão compacta).

t+ lv(s) |?2 ass 0


(5) J
t
t+1
u(s) |º) ds
VW?
concluimos que S dvis) |? + Lea) — O quando
t
t ++m e, portanto, que
:

lim (vt) |? + Lea) 0? u(t)| 2 = 0.


p+ +oo

OBSERVAÇÃO. O caso em que h depende tambêm de u pode ser tra


tado de forma semelhante.
82

TIT.6.7. APLICAÇÕES

Consideremos a equação de onda

h(u,) +t+g(u)=0 em
u,,
tt = Mu + 9

com condição de fronteira u=0 em 39f.

h (v)
Suponhamos h(0)=0, |h'(v)| <M e 0
<a<— para
todo v real. Suponhamos ainda que g: R > IR seja
1 - =
e satisfaça às mesmas condiçoes de crescimento s
como anterior.
» O

Cc

e que o conjunto dos pontos de equilíbrio é finito.


Usando os difícil
teoremas de imersão não é de ver que as
hipóteses do teorema IT.6.6 estão satisfeitas.
- Esse teorema pode ser também aplicado às equações abstra-
tas e concretas tratadas no final do capítulo TI.
s
BIBLIOGRAFIA

1) ANDRADRE, N.G., Onnonlinear system of partial differen-


a
tial equations, J. Math. Anal. and Appl. 91l, (1),
(1983), 119-130.

21 BALL, J.M., the asymptotic behavior of generalized pro-


On

cesses, with applications to nonlinear evolution equa-


tions, Journal of Diff. Equations, 27, (1978),224-265.
4

[2a] BUTZER, P., BERENS, Operators and


H., Semi-groups Of Ap-
proximations, Springer-Verlag, 1967.

E BRAYTON, R.K., Nonlinear oscillations in


work, Quartely of Appl. Math., Vol.
a distributed net-
XXIV,(1967) ,289-301.

[4] BRAYTON, R.K. and MIRANKER, W.L., A stability theory for


nonlinear mixed initial boundary value problems ,Arch.
Rational Mech. Anal. 17, (1964), 358-376.

[5] DARBO, G., Punti uniti in transformazione a condominio non


compatto, Rend. Sem. Mat. Univ. Padova, 24 (1955),
84-92.

[6] DUNFORD, N. and SCHWARTZ, J.T., Linear Operators, Parte I:


“General Theory, Interscience, New York, (1964).
84

[7] HALE, J.K. and O.F., Fixed point theorems and dis-
LOPES,

sipative processes, Journal of Diff. Equations, 13,


(1973), 391-402.

[8] LOPES, O., Stability and forced oscillations, J. Math.


Anal. and Appl., 55, (3), (1976), 686-698.

[9] MARTIN, R. Jr., Nonlinear: Operators an


Differential Equa-
tions in Banach' Spaces, Interscience, New York, (1976).

[10] MEDEIROS, L.A., On à new class of nonlinear wave equations,


J. Math. Anal. and Appl., 69, (1), (1979), 252-262.

[11) NAKAO, M., Bounded, periodic or almost periodic solutions


of nonlinear hiperbolic partial differntial equations, |

J. Diff. Equations, 23, (3), (1977), 368-386.

[12] NUSSBAUN, R., Some asymptotic fixed point theorems, Trans.


Amerc. Math. Soc., 171, (1972), 349-375. .

[13] PAZY, A., Semigroups. of Linear Operators and Applications


to Partial Differential Equations, University of
Maryland, Lecture Notes, Vol. 10, (1974).

[14] PRODT, G., Soluzione periodiche di equatione .. a derivati


parziali di tipo iperbolico nonlineari, aAnnali di
Mat., XLIT, (1956), 25-49.
85

[15] RIBEIRO, H.S., Teoria espectral para um sistema hiperboli-


co e bifurcação de Hopf, Tese de doutoramento,ICMUSP,
São Carlos, SP, Brasil, (1980).

[16] SEGAL, T., Nonlinear semigroups, Annals of Mathematics ,

Vol. 78, no 2, (1963), 339-364,

[17] YOSHIZAWA, T., Stability Theory by:Liapunov's Second Me-

thod, The Math. Soc. of Japan, (1966).

[18] WEBB, G.F., A Bifurcation Problem for a Nonlinear Hyperbolic


Partial Differential Equation, STAM J. Math. Analysis
Vol. 10, nº 5, set. (1979),

Potrebbero piacerti anche