Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
ANDRE BRANDAO
HENRIQUES HENRIQUES MAIMONI
Dados: 2019.10.31 19:14:34
MAIMONI -03'00'
1
inscrito no CPF/MF 152.884.554-49, com endereço funcional na Esplanada
dos Ministérios, Praça dos Três Poderes, Senado Federal, Anexo II, Bloco A,
Ala Teotônio Vilela, Gabinete 25, CEP 70.165-900, Brasília, DF;
2
dep.edmilsonrodrigues@camara.leg.br, com endereço no Gabinete 301 -
Anexo IV - Câmara dos Deputados, Brasília – DF – CEP 70160-900;
GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA, brasileiro, deputado federal pelo
PSOL/RJ, portador do CPF nº 097.407.567-19 e do RG nº 13.354.941-0, do
título de eleitor nº 108161890370, 26ª Zona eleitoral, Nova Friburgo/RJ,
dep.glauberbraga@camara.leg.br, com endereço no Gabinete 362 - Anexo IV
- Câmara dos Deputados, Brasília – DF – CEP 70160-900;
LUIZA ERUNDINA DE SOUSA, brasileira, deputada federal pelo
PSOL/SP, portadora do CPF nº 004.805.844-00, título de eleitor nº
097564300132, Zona 259, Seção 0150, São Paulo/SP,
dep.luizaerundina@camara.leg.br, com endereço no Gabinete 620 - Anexo
IV - Câmara dos Deputados, Brasília – DF – CEP 70160-900;
MARCELO FREIXO, Deputado Federal pelo PSOL/RJ, Vice-líder da
Bancada do Partido do Partido Socialismo e Liberdade na Câmara Federal,
brasileiro, divorciado, portador da identidade no 066274192 IFP/RJ e CPF
n° 956.227.807-72, título de eleitor nº 0695 9364 0370, Zona 017 e Seção
0194, Rio de Janeiro/RJ, com endereço na Câmara dos Deputados, gabinete
725, anexo IV, CEP 70160-900, dep.marcelofreixo@camara.leg.br;
SAMIA DE SOUZA BOMFIM, brasileira, Deputada Federal pelo
PSOL/SP, portador a do CPF nº 391.547.328-67 e do RG nº 30.577.301-X,
dep.samiabomfim@camara.leg.br, com endereço: Gabinete 617 - Anexo IV -
Câmara dos Deputados, Brasília – DF – CEP 70160-900; e
TALIRIA PETRONE SOARES, brasileira, Deputada Federal pelo
PSOL/RJ, portadora do RG nº 12.608.655-2 e do CPF nº 111.382.957-52,
dep.taliriapetrone@camara.leg.br, com endereço no Gabinete 623 - Anexo
IV – Câmara dos Deputados, Brasília – DF – CEP 70160-900, pelos
advogados ao final indicados, vêm à presença de Vossa Excelência, com base
no que estatui o art. 102 da Constituição Federal, combinado com o art. 27
do Código de Processo Penal, apresentar
NOTITIA CRIMINIS
3
I – DOS FATOS
4
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, em especial aqueles
relacionados ao respeito à dignidade da pessoa humana e à democracia.
05. Basicamente este Ato concedia poder ao Presidente da República para dar
recesso à Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e às Câmara de
Vereadores. Quando em recesso, o Poder Executivo Federal assumiria as funções
destes. Além disso, não era mais necessário que o Presidente da República
respeitasse limites constitucionais, pois o ato permitia sua intervenção nos estados e
municípios sempre que julgasse necessário. Cabia também ao Presidente suspender
os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos e cassar mandatos de
deputados federais, estaduais e vereadores. O Ato suspendia ainda o direito de
habeas corpus em casos de crimes políticos, contra a ordem econômica, segurança
nacional e economia popular, além de estabelecer censura a jornais, revistas, livros,
peças de teatro, músicas e proibir manifestações populares de caráter político.
5
07. Portanto, a declaração do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro é
extremamente grave e atenta contra a Constituição, o ordenamento vigente e
diversos tratados e acordos internacionais que o país se comprometeu a observar.
6
definitiva os fatos ocorridos durante esses períodos, de maneira a afastar
controvérsias e permitir uma conciliação nacional que permita à sociedade seguir
adiante.
10. A Comissão Nacional da Verdade foi instituída entre nós pela Lei nº 12.528,
de 18 de novembro de 2011, e seus relatórios constituem a versão oficial dos fatos
ocorridos durante a ditadura militar.
7
15. Por essa razão, a declaração do representado motivou uma série de reações
de parlamentares e de entidades da sociedade civil. Para o Presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, a fala de Eduardo Bolsonaro é “repugnante e passível de
punição”. O Presidente lançou a seguinte nota:
8
É gravíssima a manifestação do deputado, que
é líder do partido do presidente da República. É
uma afronta à Constituição, ao Estado
democrático de Direito e um flerte inaceitável
com exemplos fascistas e com um passado de
arbítrio, censura à imprensa, tortura e falta de
liberdade6
6 Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/oab-condena-declaracao-de-eduardo-
bolsonaro-flerte-com-fascistas/
9
Santa Cruz quisesse, ele poderia dizer como seu pai sumiu no período da
ditadura militar. Mais tarde, Bolsonaro mentiu e disse que Fernando Santa
Cruz teria sido assassinado por militantes de esquerda da
época. Documentos das próprias Forças Armadas desmentem essa versão
fantasiosa do Presidente, e confirmam: Fernando Santa Cruz foi
assassinado pela ditadura militar. As declarações do Presidente, assim
como do seu filho, ora representado, são uma desumanidade e configuram
violação direta ao Estado Democrático de Direito e da dignidade da pessoa
humana.
II – Do Direito
10
pessoa humana e o pluralismo político e se rege em suas relações
internacionais pelo princípio da prevalência dos direitos humanos (art. 1º, I,
III e VI, e 4º, II).
28. Vale destacar também que o Estado Brasileiro, por meio da Lei n°
9.140 de 1995, reconheceu como mortas as pessoas que tenham participado,
ou tenham sido acusadas de participação, em atividades políticas, no
período de 2 de setembro de 1961 a 5 de outubro de 1988, e que, por este
motivo, tenham sido detidas por agentes públicos, achando-se, desde então,
desaparecidas, sem que delas haja notícias.
11
29. Já por meio da Lei n° 12.528, de novembro de 2011, o Estado
Brasileiro criou a Comissão Nacional da Verdade, para apurar graves
violações a direitos humanos no período previsto no art. 8º da ADCT, com
poderes para reconhecer, em seu relatório final, a prática de graves violações
aos direitos humanos no período entre 1946 e 1988 pelo Estado Brasileiro,
deixando absolutamente claro o caráter autoritário dos governos impostos, e
referindo-se expressamente ao regime inaugurado em 1º/04/1964, com o
golpe contra a democracia formalizado pelo Ato Institucional n° 1, de 09 de
abril de 1964.
12
Araguaia, em razão de não poderem exercer o seu direito de enterrar seus
mortos.
13
37. É claro também, diante de toda a legislação mencionada, que compete
ao Estado Brasileiro não apenas o dever de reparar os danos sofridos pelas
vítimas da ditadura militar, mas também o dever de não infligir a elas novos
sofrimentos.
Incitação ao crime
14
oportunidades pelo Estado Brasileiro por meio de seus representantes
constitucionalmente instituídos, desde a promulgação da Constituição de
1988.
III - DO PEDIDO
ANDRÉ MAIMONI
OAB/DF 29.498
ALBERTO MAIMONI
OAB/DF 21.144
15