O LES, e uma doença auto-imune, sua fisiopatologia esta na não distinção
de componentes corporais com antígenos verdadeiros. Sendo que nosso organismo no lúpus passa a produzir anticorpos direcionados a nossas próprias células corporais. Estes anticorpos podem atacar diversas células e proteínas corporais. E considerada uma doença crônica e recidiante, onde o paciente apresenta estados de atividade da doença e outros estados de remissão desta. Entre os fatores predisponentes ao lúpus encontramos primeiramente os FATORES GENÉTICOS, principalmente aqueles relacionados ao complexo de histocompatibilidade. Os FATORES AMBIENTAIS são também importantes no aparecimento ou mesmo na reativação do lúpus uma vez que estes exibem diversos efeitos imunogênicos, entre os fatores ambientais encontramos, a exposição a luz ultra-violeta(UV-B), o uso de certos medicamentos, o estrogênio que pode estimular os linfócitos B, para a produção dos auto-anticorpos(sendo lúpus muito mais predominantes nas mulheres, por esta razão), certos vírus podem predispor ao lúpus também. Os PRINCIPAIS ANTICORPOS FORMADOS NO LÚPUS são os anticorpos antinucleares, principalmente os anticorpos anti-dna dupla hélice. Outros anticorpos produzidos no lúpus são o anti-sm, o anti-ro e anti-la, os contra as células do sangue, que atingem a membrana plasmática dessas células, como hemácias, leucócitos e plaquetas, e um anticorpo denominado anticorpo anti-p, que gera quadros psicóticos nos pacientes acometidos. O lúpus e uma doença sistêmica que atinge todo o corpo do paciente acometido, suas principais repercussões são sobre, a pele, tendo uma lesão dermatológica característica que e o o eritema macular, que acomete a região da face nos pacientes, e esta implicada na presença de auto- anticorpos anti-ro e anti-la, devido a estimulação da exposição da luz ultra-violeta que expõe os antígenos RO e La , nas membranas das células da pele. Há também repercussões cardíacas, como o aumento do segmento ST, no eletrocardiograma, bem como a pericardite (em geral o lúpus acomete as membranas seroras como a pleura pulmonar e o pericárdio). Outro local onde o lúpus afeta também são os rins, com o desenvolvimento da glomerulonefrite lúpica, que se da pela deposição de imunocomplexos do tipo anticorpo-antigeno no aparelho glomerular dos rins, isto faz com que a taxa de filtração glomerular diminuía e podendo inclusive levar o paciente a uma insuficiência renal. Há também um anticorpo dirigido contra, lipídios plasmáticos, em especial a um lipídio que realiza a anticoagulação, e quando este anticorpo esta presente o paciente tem um distúrbio da coagulobilidade, podendo levar a formação de diversos êmbolos. O DIAGNOSTICO DO LÚPUS e realizado tendo em vista 11 critérios, que são eles a presença de manifestações pulmonares, serosites (pleurite, pericardite), alterações hematológicas, presença do fator antinuclear positivo, presença do eritema macular, ulceras orais, eritema discóide, entre outros... sendo que o paciente que apresentar 4 critérios desses e considerado forte de preditivo de estar com lúpus. Os PRINCIPAIS EXAMES que devem ser requisitados são o FAN, que o fator nuclear, que quando esta presente pode indicar que há a presença de anticorpos anti-nucleares, embora estes não apenas exclusivos do lúpus e podendo ser apresentados em outras doenças, como a atrite reumatóide a exemplo. Os exames específicos seriam o auto-anticorpos nucleares, seriam para o anticorpo dupla hélice, e o anti-smith(sendo este mais especifico ainda), , a presença desses anticorpos comprova o lúpus, pode ser requisitado também hemograma completo, que poderá se apresentar alterados, uma vez que no lúpus existe anticorpos contra células do sangue, este poderá apresentar anemia, trombocitopenia, leucopenia. O TRATAMENTO do lúpus consiste no controle da doença, na prevenção de recidivas, a luz ultravioleta deve ser evitada, através do uso de protetores solares. Os pacientes com lúpus necessitam de um tempo maior de repouso, sendo que situações estressantes devem ser evitadas. Como medicamentos que devem ser utilizados encontramos os antiinflamatórios não esferoidais, que ajudam a controlar os processo inflamatórios como as artrites. Os corticóides também podem ser usados, uma vez que estes possuem propriedades de imunossupressão, controlando a doença de forma sistêmica, outros medicamentos como os agentes citotóxicos, podem também ser empregados, entretanto são indicados em último caso, quando os corticóides já não apresentam efeitos satisfatórios.