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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO

GILSON CARLOS OLIVEIRA

ANÁLISE DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS FIBRAS


ADICIONADAS AO CONCRETO

Orientador: Prof. Dr Erika Peterson Gonçalves

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP


JUNHO/2016
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me proporcionar mais essa vitória na minha vida.
Aos meus pais e minha esposa pela incondicional ajuda e confiança, por terem me
apoiado em todos estes momentos.
A orientadora, Prof. Dr. Erika Peterson Gonçalves por me influenciar, pela paciência,
confiança, apoio, amizade e incentivo.
Aos familiares e amigos que me acompanharam nesta longa jornada.
Aos meus professores, que me orientaram durante todo o curso.
Sumário
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

2.CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO .............................................................................. 7

2.1.FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESISTÊNCIA DO CONCRETO ................ 7

2.2. ....... CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM FIBRAS DE AÇO, CARBONO E


POLIPROPILENO ........................................................................................................................... 8

2.3.PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO ...................................................... 9

2.4.FATOR ÁGUA/CIMENTO ............................................................................................. 9

2.5.AGREGADOS GRAÚDOS E MIÚDOS ......................................................................... 9

2.6.CONDIÇÕES DE CURA ............................................................................................... 11

2.7.CALOR DE HIDRATAÇÃO ......................................................................................... 11

2.8.TEMPO DE PEGA DE ENDURECIMENTO ............................................................. 12

2.9.TRABALHABILIDADE ................................................................................................ 12

2.10.RETRAÇÃO .................................................................................................................. 12

2.11.DILATAÇÃO TÉRMICA ............................................................................................ 12

2.12.PERMEABILIDADE ................................................................................................... 13

2.13.RESISTÊNCIA MECÂNICA ...................................................................................... 13

2.14.DURABILIDADE ......................................................................................................... 13

2.15.AR INCORPORADO ................................................................................................... 14

2.16.TEMPO .......................................................................................................................... 14

3.CARACTERISITICAS DAS FIBRAS ................................................................................. 14

3.1.FIBRAS DE AÇO ........................................................................................................... 14

3.2.FIBRA DE AÇO .............................................................................................................. 15

3.3.FIBRA DE POLIPROPILENO ..................................................................................... 17

3.4.FIBRAS DE CARBONO ................................................................................................ 20

3.5.INFLUÊNCIA NA ADIÇÃO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO .......................... 25

3.5.1.PROPRIEDADES FÍSICAS ................................................................................... 25

3.5.2.PROPRIEDADES MECÂNICAS .......................................................................... 25


3.6.INFLUÊNCIA DE ADIÇÃO DE MATERIAL DE REFORÇO NO CONCRETO.. 26

3.7. .................... FUNÇÃO DA MATRIZ (CONCRETO) E O REFORÇO FIBROSO NO


COMPÓSITO .................................................................................................................................. 27

3.8.MATRIZ CIMENTÍCIA FIBROSA ............................................................................. 28

3.9.METODOLOGIA DE ANÁLISE .................................................................................. 29

4.RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................... 30

5.CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 34

6.PROPOSITURAS PARA FUTUROS TRABALHOS ........................................................ 35

7.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 35


RESUMO
As fibras para reforço de concreto já veem sendo utilizados há décadas, porém existem
particularidades nas fibras que o mercado precisa estudar.
O objetivo deste trabalho é servir como parâmetro para expor as características de cada tipo
de fibra estudada, buscando obter a melhor forma para dosagem das fibras no concreto, sendo
muitas propriedades das fibras ainda são desconhecidas por parte da sociedade tendo grande
avanço tecnológico que buscam garantir além de melhores compósitos, o aumento
considerável na segurança de estruturas de concreto.
O trabalho visa numa revisão bibliográfica, onde os temas abordados no qual foram discutidos
as características dos materiais, a influência das fibras, função de matriz x compósito,
métodos de dosagem.
Foi observado nos relatórios que, a adição de fibras na matriz, não houve ganho de resistência
mecânica, porém, proporcionou ganhos de resistência a cargas mesmo após as primeiras
fissuras.
Foi possível observar que no aspecto geral, o ganho considerável em fator segurança, peças de
concreto com melhores acabamentos e com a redução das indesejadas patologias de
fissuração de concreto.

Palavras Chave: Concreto, fibras, Aço, Polipropileno, Carbono.


ABSTRACT

The concrete reinforcement fibers have already been used for decades, but there are
peculiarities in the fibers that the market needs to study.
This work objective is to be a parameter to display the characteristics of each type of studied
fiber, looking for the best way to dose fibers in concrete, as many fibers properties are still
unknown by the society but the great technological advances ensure besides better composites
the considerable increase in the concrete structures safety.
The work aims at a bibliographic review, where the themes in which the characteristics of the
materials were discussed, the influence of fiber, matrix function x composite, dosing methods.
It has noticed in the reports that the fibers addition in the matrix did not increased the
mechanical strength; however, it gave load-bearing gains even after the first cracks.
In general it was noticed that the appearance of the considerable gain in safety factor, concrete
pieces with better finishes and the reduction of unwanted pathologies of concrete cracking.

KEYWORDS: concrete, fibers, steel, Polypropylene, Carbon.


1. INTRODUÇÃO

O concreto, por ser de fácil trabalhabilidade, baixo custo e a capacidade de se adequar


à infinitas formas e variações, garantir a este material o posto de mais utilizado no mundo.
Apesar disso, apresenta algumas limitações, aferidas a resistência/peso e o fator de resistência
do produto somente aos 28 dias de cura, ou seja fatores que influenciam no desempenho
estrutural.
O surgimento do concreto se deu com uma evolução nos materiais de construção,
pesquisas realizadas procuram diminuir suas deficiências, principalmente sua fragilidade
quando submetidas a esforços de deformação a tração. Assim, surgiu para suprir essa
deficiência o concreto reforçado com fibras, sendo hoje o estudo de concreto com uma linha
de investigação de grande interesse por parte acadêmica.
Por possuírem alto módulo de elasticidade, elevada resistência a tração e ductilidade, as
fibras podem proporcionar um aumento na relação a tenacidade nas estruturas de concreto,
melhorando sua resistência ao impacto e fadiga, contribuindo para o aumento da durabilidade
destas estruturas e por estas razões, o presente trabalho busca compilar melhorias nas
características dos concretos através de adição das fibras no concreto, com o intuito de avaliar
o desempenho e ser economicamente viável a sua utilização para reforços de concreto.
Segundo Figueiredo, a prática de utilização do concreto reforçado com fibras no Brasil,
pode ser descrita como uma atividade inovadora e não desenvolvida, pois é muito frequente a
utilização de teores fixos de fibras e a total ausência de procedimentos de controle de
qualidade do compósito. Os consumos de fibras são normalmente fixados como múltiplos de
5 kg/mᵌ e não há a preocupação da realização de uma dosagem para a otimização da mesma,
dado que não há a verificação de desempenho. Apesar da fibra de aço custar cerca de quinze
vezes mais que o cimento, a dosagem da fibra não recebe a mesma atenção pelo fato do

6
concreto reforçado com fibras ser aplicado em grandes volumes, numa condição típica das
suas principais aplicações.
A partir desta ideia, buscou-se no presente trabalho, melhorias nas características do
concreto com adição das fibras, com o intuito de avaliar as estruturas, sendo submetidas
estudos matemáticos através da regra da mistura para elaboração da correta dosagem,
evitando assim perdas excessivas durante o seu uso nas estruturas.

2. CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO

2.1. FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESISTÊNCIA DO CONCRETO

A evolução do concreto segue o desenvolvimento gradual e o avanço tecnológico do


cimento tende a atingir misturas mais homogêneas com resistências muito superiores do que
na década passada. Para que isso ocorra, o avanço nas propriedades do cimento e suas
variações de cimento Portland vêm sendo desenvolvidas para suprir cada necessidade de
mercado.
Mundialmente, existe uma grande quantidade de tipos de concreto que são
proporcionados por uma variação das especificações dos cimentos. As normas brasileiras
classificam os cimentos Portland em cinco tipos, sendo: CPI- comum, CP II- composto, CP
III-alto forno, CP IV- pozolânico e CP V- alta resistência inicial.
Para outros fins, quem necessitam de um caráter especial, às vezes são utilizados
cimentos brancos ou com pigmentos que, aliados a agregados apropriados, fornecem o efeito
desejado. Quando esses tipos de cimentos são utilizados em ambientes mais agressivos,
sujeitos a ação de sulfatos é indicada sua utilização na forma de cimento Portland resistente a
sulfatos que obedece às características do tipo de cimento com a propriedade de uma maior
resistência ao ataque de sulfatos. Atendendo as condições especificas de variação de
temperaturas, de um baixo calor de hidratação para a concretagem de peças com grande
volume de concreto, assim foi normatizado o cimento Portland de baixo calor de hidratação.
Existe, ainda, um cimento especial, o Cimento Portland destinado à cimentação de poços
petrolíferos, pela NBR 9831.
Na escolha do tipo de cimento a ser aplicado, o importante é a definição das
propriedades físicas e químicas desejadas, cada tipo de cimento tem uma caracterização
especificada por norma que fornecerá ao produto um desempenho apropriado. No caso do

7
concreto os agregados, juntamente com o cimento, fornecerão as propriedades e
características de aplicação do produto final [11]
Os diversos tipos de cimento foram desenvolvidos para atender uma infinidade de
aplicações nos mais variados ambientes, proporcionando durabilidade e trabalhabilidade,
porém, essa característica do concreto não é exclusivamente dada pelo cimento, tendo
infinitas formas de interferência externa, tais como, origem do agregado, formulação do traço
e ambiente de trabalho.

2.2. CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM FIBRAS DE AÇO, CARBONO E


POLIPROPILENO

A redução de custos na produção foi a razão original para o desenvolvimento de


cimentos Portland composto. Porém, com o desenvolvimento da tecnologia do concreto
verifica-se vantagens (melhora da plasticidade do concreto, economia no processo de
fabricação) adicionais no uso de cimentos compostos se comparado ao cimento comum, além
da economia de energia.
O cimento Portland composto com escória é designado pela sigla CP II- E, que indica a
adição de escória de alto-forno, um produto não metálico constituído essencialmente de
silicatos e alumino silicatos de cálcio e outras bases. A escória granulada é produto vítreo ou
não-cristalino formado quando a escória de alto-forno fundida é rapidamente resfriada, como
por exemplo, em imersão em água.
O CP II-Z é o cimento Portland composto com pozolana. Uma pozolana é definida
como um material silicoso ou sílico-aluminoso que possui pouca ou nenhuma propriedade
cimentante, mas numa forma finamente dividida e na presença de umidade, reage
quimicamente com hidróxido de cálcio a temperaturas ambientes para formar compostos com
propriedade cimentante.
Na classificação dos cimentos compostos podem ser incluídos os filers até um certo teor
máximo. O filer é um material finamente moído, com aproximadamente a mesma finura do
cimento Portland, que devido às suas propriedades físicas, tem um efeito benéfico sobre as
propriedades do concreto, tais como trabalhabilidade, densidade, permeabilidade, exsudação
ou tendência à fissuração.

8
Os filers utilizados em diversas partes do mundo e são geralmente inertes. No Brasil a
norma de cimento Portland composto prevê como filer materiais carbonáticos finamente
divididos constituídos em sua maioria por carbono de cálcio. [11]

2.3. PRINCIPAIS PROPRIEDADES DO CONCRETO

A seguir são citadas apenas as principais propriedades do concreto nos seu estado
fresco e endurecido. Para estudo de caso, será considerado o cimento Portland composto,
devido à sua trabalhabilidade, tendo a curva de cura iniciada já nos primeiros dias de
hidratação.

2.4. FATOR ÁGUA/CIMENTO (A/C)

O fator a/c representa a relação entre quantidades de massa destes dois materiais
constituintes do concreto. Esse fator é responsável por grande parte das propriedades obtidas
por um concreto, tanto no estado fresco como no estado endurecido.
A resistência dos sólidos tem uma relação inversa com a sua porosidade. A resistência
está baseada na parte sólida de um material, consequentemente, os vazios são prejudiciais à
resistência. O volume de vazios na pasta depende da quantidade de água adicionada ao
cimento no início da hidratação e do grau de hidratação do cimento. O grau de hidratação do
cimento depende das condições de cura: duração da hidratação, temperatura e umidade[2].
Cabe salientar que as relações a/c tratadas na prática correspondem à água da mistura do
concreto. A água do concreto é constituída daquela adicionada à mistura e daquela que está
retida nos agregados. Como os agregados na obra, geralmente, estão úmidos existe água
adicional além da condição considerada ideal do agregado que é saturado superfície seca
(SSS).

2.5. AGREGADOS GRAÚDOS E MIÚDOS

9
Grande parte da massa do concreto é constituída pelos agregados, portanto, suas
características tem considerável importância nas propriedades do mesmo. Dividindo em dois
grupos: agregado graúdo e agregado miúdo, essa variação de medida é definida pela
granulometria dos grãos[7].
O agregado custa menos que o cimento e, portanto, é econômico usar no concreto,
quanto mais agregado e menos cimento possível, maior será a economia, sendo que não é a
única razão de se usar o agregado, pois ele confere ao concreto vantagens técnicas
consideráveis, entre elas pode-se citar a maior estabilidade dimensional e melhor durabilidade
do que a pasta de cimento pura.
Em tecnologia do concreto dá-se a uma grande atenção relação água/cimento (a/c)
quando se estuda a resistência, porém quando a influência do agregado não é levada em conta,
pode-se causar alguns problemas. No caso dos agregados sua resistência não é o único fator a
ser considerado já que esta é maior do que a resistência da matriz ou da zona de transição, ou
seja a área entre as partículas de agregados graúdos e pasta, considerada a região mais fraca
do concreto. Assim, a resistência do agregado raramente é utilizada porque a ruptura é
determinada em outras duas fases.
Existem, contudo, outras características do agregado além da resistência, tais como:
tamanho, forma, textura da superfície, granulometria (distribuição granulométrica) e
mineralogia. Normalmente, os efeitos das características do agregado são vistos como uma
alteração no fator a/c e, consequente criam variação na resistência do concreto, mas
independente da relação a/c, o tamanho, forma, mineralogia e textura da superfície do
agregado influenciam nas características da zona de transição e portanto, afetam a resistência
do concreto.
A mudança no diâmetro máximo do agregado tem consequências distintas, se acontece
um aumento no diâmetro do agregado com uma distribuição granulométrica bem graduada,
para um mesmo teor de cimento, existe uma redução na quantidade de água requerida para o
amassamento do que aquela necessária para agregados menores, com uma alteração na
relação a/c. por outro lado, os agregados grandes proporcionam maiores zonas de transição
com tendência de serem mais fracas contendo mais microfissuras internamente[3].
Misturas de concreto confeccionadas com agregados aderentes (abrasivos, ásperos)
tendem a apresentar maior resistência se comparadas a misturas similares confeccionadas com
agregados de superfície mais lisa ou que sofreu intemperismo natural.

10
Uma mudança na distribuição granulométrica dos agregados pode influenciar a
resistência do concreto sem qualquer variação no fator a/c, se esta mudança alterar a
consistência e as características de mudança da mistura. Se o agregado for totalmente graúdo,
haverá muito espaço a preencher, se for totalmente miúdo será necessária muito cimento para
envolver a superfície. O volume dá área será mínimo sempre que existir boa quantidade de
agregado graúdo, mas com espaços entre os grãos grandes preenchidos sucessivamente por
grãos menores, ou seja, com granulometria variada[4].
Uma boa granulometria do agregado, além de reduzir a quantidade de pasta utilizada e
aumentar a resistência, dá maior trabalhabilidade, ficando homogênea a mistura otimizando o
uso do cimento e reduzindo o custo do concreto.

2.6. CONDIÇÕES DE CURA

O termo cura do concreto trata dos procedimentos destinados a promover a hidratação


do cimento, controlando tempo, temperatura e umidade. A cura é iniciada no momento em
que o concreto é lançado e adensado nas formas. O objetivo da cura é manter o concreto
saturado ou mais próximo possível da saturação, até que os espaços da pasta fresca,
inicialmente preenchidos com água tenham sido preenchidos com os produtos da hidratação
do cimento que é uma condição necessária[2].
Em condições normais de temperatura, alguns constituintes do cimento Portland
começam a se hidratar a medida que é adicionada a água, mas o processo de hidratação quase
cessa quando a pressão de vapor de água nos capilares cai para menos de 80 % da umidade de
saturação. Este é o motivo pelo qual a cura ideal deve ser realizada no estado saturado, onde
uma hidratação a velocidade máxima pode se processar[4].
Nos processos de hidratação, o tempo e a umidade desempenham importantes papéis na
difusão da água. A temperatura, como em todas as reações químicas, tem um efeito acelerador
nas reações de hidratação[2].
É importante que se impeça a perda de água de saturação do concreto não somente para
não prejudicar o aumento da resistência, mas também para evitar a retração plástica, a
permeabilidade excessivo e a redução da resistência a abrasão.

2.7. CALOR DE HIDRATAÇÃO

11
Na hidratação do cimento acontecem reações exotérmicas. Por efeito do calor a massa
considerada é expandida. Ao resfriarem, as camadas externas, que estão em contato com o ar,
contraem-se. Como o interior do volume ainda está expandido e o concreto não adquiriu
coesão suficiente as camadas externas fissuram, comprometendo a estrutura. Esta propriedade
é importante em todas as obras, mesmo para as pequenas e, principalmente, nas que utilizam
peças com maiores volumes de concreto.

2.8. TEMPO DE PEGA DE ENDURECIMENTO

É um fenômeno químico resultante das reações do cimento, onde o agregado deve ser
inerte. Existe a perda de plasticidade e o ganho de resistência. A pega pode ser descrita como
etapa onde ocorrem simultaneamente o endurecimento da pasta/agregados, desprendimento de
calor e reações químicas. O endurecimento é o período de fenômenos de consumo de água e
formação de cristais.

2.9. TRABALHABILIDADE

Chama-se de trabalhabilidade à facilidade de manuseio, transporte, lançamento e


adensamento. O concreto deve apresentar trabalhabilidade assegurando plasticidade máxima,
segregação mínima e consistência apropriada. Além disso, a trabalhabilidade de que se
necessita em cada caso depende dos meios de adensamento disponíveis. Por essas razões, a
trabalhabilidade deve ser definida como uma propriedade física inerente ao concreto sem
referências às circunstâncias de um tipo particular de construção.

2.10. RETRAÇÃO

O concreto tem no seu interior vazios na forma de poros, enquanto úmido, tais poros
encontram-se cheios de água, a medida que se processa a hidratação aparecem esforços que
equivalem a pressão externa, e a peça diminui de volume. Da retração resultam poros
capilares que podem tornar-se perigosos levando a um concreto mais permeável.

2.11. DILATAÇÃO TÉRMICA

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O concreto apresenta um coeficiente de dilatação térmica que, embora não seja elevado,
deve ser considerado na construção a fim de calcular-se as juntas de dilatação.

2.12. PERMEABILIDADE

Permeabilidade de um concreto é a sua capacidade de se deixar ser atravessado por


água. A permeabilizarão deve ser evitada, mesmo nos casos onde não é necessária
impermeabilização, pois a umidade pode gerar corrosão às armaduras metálicas e as
armaduras ao processo de corrosão. Este processo corrosivo, danifica não somente a armadura
mas pode acarretar a carbonetação da matriz cimentícia.

2.13. RESISTÊNCIA MECÂNICA

As peças de concreto estão sujeitas a todo tipo de solicitação, podendo ser de tração,
flexão ou torção, mas as características desse material colocam a resistência à compressão
como sua principal propriedade mecânica, visto que essa é bem superior quando comparada
com as demais resistências. E, somente a combinação do concreto com o aço, formando o
chamado concreto armado, que possibilita as incontáveis aplicações desse material, onde o
aço responde às solicitações trativas em que o concreto é menos indicado.

2.14. DURABILIDADE

É definida como a vida útil de um material sob dadas condições ambientais. Essa
propriedade começa a ter maior atenção por parte de estudos científicos, visto que as peças de
concreto têm vida útil a ser considerada. Acreditou-se, em outras épocas, que uma obra
executada com concreto de boa resistência mecânica seria uma obra com tempo de vida
prolongado. Sabe-se, entretanto, que concretos resistentes do ponto de vista mecânico podem
ser pouco duráveis. Assim, a durabilidade de um concreto não precisa esta relacionada
diretamente com a resistência mecânica, tendo outras propriedades como permeabilidade e
difusibilidade de íons com maior influência nessa propriedade. Devem ser considerados os
efeitos físicos que influenciam negativamente a durabilidade como o desgaste da superfície,
fissuras causadas pela pressão de cristalização de sais nos poros e exposição a temperaturas
extremas[2].

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2.15. AR INCORPORADO

Outro aspecto importante a ser estudado é a incorporação de ar nas estruturas de


concreto, podendo ter suas propriedades influenciadas pelo adensamento e lançamento (ar
incorporado), cimento, agregados, água, condições de mistura, cura e ensaio. A relação entre
as quantidades dos materiais (traço), também, desempenha papel fundamental nas
propriedades do concreto tanto no estado fresco como no estado endurecido.
Na maioria dos casos é o fator água/cimento que determina a porosidade da matriz da
pasta de cimento para determinado grau de hidratação. Entretanto, quando vazios em forma de
ar são incorporados ao sistema, em consequência de adensamento inadequado ou uso de
aditivo incorporador de ar, têm o efeito de aumentar a porosidade e reduzir a resistência do
sistema.

2.16. TEMPO

As reações de hidratação e endurecimento do cimento não cessam com o tempo. Quanto


maior o tempo, para um determinado fator água/cimento, maior será a resistência
desenvolvida do concreto. Essas condições de hidratação e endurecimento são válidas para a
cura úmida e temperatura normal. A exemplo de peças que tem a água dos poros capilares
perdida por evaporação as condições de cura ao ar prevalecem e a resistência não aumentará.

3. CARACTERISITICAS DAS FIBRAS

3.1. FIBRAS DE AÇO

Geralmente, as fibras de aço possuem extremidades na forma de gancho para aumentar


sua ancoragem e tem comprimento variando de 25 mm chamadas de fibras curtas e 60 mm
para fibras longas, podem ser fornecidas, soltas ou coladas em pentes para o processo de
mistura e homogeneização do material.
Como mencionado, o Brasil já conta com a norma de especificação para as fibras de
aço. Sua elaboração contou com a participação direta do autor na comissão de estudos. Esta
norma traz várias contribuições com a determinação de uma tipologia e classificação de fibras

14
de aço[2]. Esta classificação dos tipos e classes de fibras previstas pela norma. Permitiu
estabelecer os requisitos e tolerâncias específicas do material. Em conjunto com as demais
exigências da norma. São previstos na norma três tipos básicos de fibras em função de sua
conformação geométrica.
Tipo A, Refere-se a fibra de aço com ancoragens nas extremidades
Tipo C, Refere-se a fibra de aço corrugada
Tipo R, Refere-se a fibra de aço reta.
Deve-se atentar para o fato que esta configuração geométrica, associada a cada um dos
tipos de fibra de aço, não contempla o formato da seção transversal, mas somente o perfil
longitudinal da fibra. O formato da seção transversal irá depender do tipo do aço utilizado na
produção da fibra que pode ser trefilado ou laminado. Assim, além dos tipos, a especificação
brasileira prevê três classes de fibras, as quais foram associadas ao tipo de aço que deu origem
as mesmas:
Classe 1: fibra oriunda de arame trefilado a frio
Classe 2: fibra oriunda de chapa laminada cortada a frio
Classe 3: fibra oriunda de arame trefilado e abrasiva

3.2. FIBRA DE AÇO

Figura1 – Ilustração da fibra de aço solta

Fonte: fibra de aço-Dramix-BELGO


Os primeiros estudos teóricos sobre o uso de fibras como reforço de concretos
ocorreram na década de 60 [11] e tratavam primordialmente do comportamento de concretos
reforçados com fibras de aço que, desde então, têm atraído mais pesquisas que qualquer outro
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tipo de fibra. A adição de fibras de aço ao concreto traz uma série de benefícios ao material.
Resultados experimentais indicam um aumento na resistência à compressão que varia de zero
a cerca de 25%. Acrescentam que a presença desta fibra também torna o material mais
resistente à abrasão, erosão e cavitação (é o nome que se dá ao fenômeno de vaporização de
um líquido pela redução da pressão, durante seu movimento) [9].
Após a fissuração da matriz, a presença de fibras de aço proporciona aumento da
ductilidade e percebe-se, em alguns casos, ganho de resistência à tração. Entretanto, a
magnitude deste aumento dependerá de uma série de fatores, tais como: volume de fibras,
arranjo, comprimento da fibra e método de mistura. Fibras alinhadas na direção das tensões de
tração produzem grandes incrementos na resistência à tração direta, como exemplo um
aumento de 13% na resistência foi encontrado quando 5% de fibras lisas de aço foram
utilizadas [2]. Contudo, fibras aleatoriamente distribuídas podem apresentar baixo ou nenhum
aumento da resistência à tração [11].
Estudos realizados com compósitos reforçados com fibras de alto módulo, como a fibra
de aço, revelaram que para uma determinada fração volumétrica de fibra, a maior rigidez é
obtida com o uso de fibras longas, enquanto que o amortecimento produzido por tais
compósitos é necessariamente baixo. Isto se deve, entre outros fatores, à boa interface
fibra/matriz que dificulta o deslizamento friccional e, consequentemente, a dissipação de
energia que ocorre neste processo. Quando os compósitos são reforçados com fibras curtas de
aço, porém, o processo de arrancamento das fibras encontra menos resistência e em alguns
casos isto é acompanhado de um aumento na taxa de amortecimento do material[6].
Observaram que fibras de aço não promovem nenhum efeito na resistência à fadiga sob
carregamento compressivo, mas sob tração direta elas aumentaram a resistência à fadiga do
material que passou a contar com 65% a 70% da tensão estática última (argamassa ou
concreto simples obtiveram apenas 50% da tensão estática última). Por fim, relataram que
com fibras deformadas, o limite de resistência de flexão foi aumentado para 90% a 95% da
resistência estática, quando comparado ao concreto sem a adição da fibra e foi observado que
a resistência à fadiga aumenta com o aumento do volume de fibra de aço[7].
Em relação ao impacto, concretos reforçados com fibra de aço possuem uma
performance bem superior à dos concretos simples, pois as fibras contidas no material
dificultam a propagação de fissuras após a incidência dos carregamentos de impacto.
Pesquisas realizadas usando uma máquina de Charpy instrumentada, mostraram que os
valores de energia de fratura de fibra de aço sob carregamento de impacto foram cerca de

16
70% a 80% mais altos do que os obtidos em carregamentos estatísticos e a energia de fratura
dos concretos reforçados com fibras de aço foi aumentada de 40 a 100 vezes em relação ao
concretos simples. As resistências de impacto dos concretos reforçados com fibras de aço de
aço foram cerca de 50% a 100% mais altas que as resistências estáticas. Resultados
semelhantes a estes também foram encontrados em um série de estudos, nos quais os
impactos eram aplicados por um peso em queda livre onde, mais uma vez, ficou evidenciado
que a presença de fibras de aço traz benefícios ao material sob incidência de cargas de
impacto[9].

3.3. FIBRA DE POLIPROPILENO

Figura2- Ilustração da fibra de polipropileno

Fonte: fibramix

Atualmente as fibras sintéticas, como fibras de polipropileno, também são utilizadas


como reforço de concretos em escala industrial. Produzidas em uma grande variedade de
formas, estas fibras possuem baixo módulo de elasticidade, grande deformação, resistência a
alcalinidade e baixo custo. Suas desvantagens são a baixa resistência ao fogo, sensibilidade à
luz solar e aderência limitada à matriz. Entretanto, estas desvantagens são contornáveis, pois
como trabalham embebidas na matriz, são minimizados os efeitos de sensibilidade e
resistência ao fogo e com um tratamento superficial, adição de micro agregados e aditivos

17
inorgânicos se contorna o problema de aderência fibra/matriz. Estas fibras auxiliam no
controle da micro fissuração durante o endurecimento da pasta de cimento e, por este motivo,
seu uso é recomendado em estruturas onde existam grandes superfícies, como em pisos
industriais e pavimentos[16].
Estudos indicam que até uma fração volumétrica de 0,1% a adição de fibras poliméricas
não afeta quaisquer propriedades do concreto endurecido. A uma fração volumétrica de 0,5%,
no entanto, uma redução de 5 a 10% na resistência à compressão pode ocorrer, gerada talvez
por uma maior dificuldade de homogeneização que estas misturas apresentam. Para
argamassa reforçada com fibras de polipropileno retorcidas, resultado obtidos por registram
uma redução na resistência à compressão de cerca de 30% a 35% quando foram adicionadas à
mistura 2 a 3% de fibras. Resultados anteriores também mostram que mudanças no módulo de
elasticidade podem ser consideradas desprezíveis em razão da adição de fibras à matriz. Por
outro lado, a adição de fibras contribuiu consideravelmente para a ductilidade da matriz após
a fissuração. Essas observações sugerem que a modificação na curva tensão-deformação da
matriz depende de uma série de fatores nos quais se incluem a fração volumétrica e o tipo de
fibra[1].
Um efeito importante da adição deste tipo de fibra é o de aumentar a capacidade de
absorção de energia em tração. Isto possibilita ao material uma melhor performance em
flexão, principalmente na etapa de pós-fissuração.
Na qual as fibras sofrem o processo de arrancamento da matriz. Este processo permite
que o material ainda resista, graças aos mecanismos de transferência de tensões fibra/matriz, a
determinados níveis de tensão enquanto ocorre o deslizamento friccional. Como este processo
envolve dissipação de energia, espera-se que possa haver alguma mudança no comportamento
dinâmico do material.[16]
As fibras de polipropileno possuem taxas de amortecimento mais altas que a matriz
cimentícia, uma vez que estes materiais apresentam boas propriedades visco elásticas.
Contudo, o mecanismo para produzir bom amortecimento pode não vir da perda de energia da
matriz no entorno das extremidades das fibras, devido ao ciclo de deformação, pois elas são
adicionadas nos compósitos a base de cimento, geralmente, a baixas frações volumétricas.
Recentes estudos em interfaces de compósitos reforçados com fibras sintéticas revelaram que
a aderência interfacial é mecânica e que a força de aderência não é muito elevada. Estes
aspectos favorecem a dissipação de energia durante os ciclos de carregamento, pois, sob
certas condições de tensão e deformação, as fibras sofrem deslizamentos em relação a matriz.

18
Na flexão dinâmica, por exemplo, as fissuras presentes no concreto podem se abrir e fechar
durante a vibração, resultando em dissipação de energia pelo atrito da superfície da fibra com
a matriz. Portanto, é provável que a adição desta fibra contribua para a elevação da taxa de
amortecimento do material[16].
Os estudos sobre a resistência à fadiga de compósitos cimentícios reforçados com fibras
de polipropileno ainda são pouco difundidos. Contudo, observa-se que este tipo de fibra traz
algum benefício ao material quando este é submetido a ciclos de carregamento. Em fadiga por
flexão, por exemplo, foi observado que a adição de 0,3% de fibras de polipropileno gera um
aumento de aproximadamente 18% em sua resistência à fadiga[1].
Em relação à resistência ao impacto, estudos mostram que a performance do compósito
cimentício é extremamente influenciada pelo volume de fibras de polipropileno contida na
mistura. Ensaios realizados, demonstraram que a resistência ao impacto utilizando 1% a 2%
de fibras de polipropileno era similar à encontrada para fibras de aço. Estudos concluíram que
a adição de 0,1% em volume de fibras não traz significante aumento da resistência ao impacto
aumentava em 30% a 80% [16]. Afirmam que o aumento na resistência ao impacto para um
volume de 0,5% de fibras foi de apenas 22%. Como se pode observar, os incrementos na
resistência ao impacto podem variar de um estudo para outro. Isto se dá porque em grande
parte dos estudos são utilizados ensaios qualitativos, como o de queda livre de um peso por
exemplo, onde a resposta de impacto é avaliada visualmente. Este tipo de ensaio é usado
principalmente para uma avaliação comparativo dos diferentes tipos de fibras utilizados como
reforço, onde são observados os danos causados pelas seguintes situações: estado do espécime
depois da aplicação de um ou mais golpes, contagem do número de golpes até a abertura da
primeira fissura e contagem do número de golpes necessários para causar a ruína do
espécime[1].

As fibras de polipropileno, são fornecidas de duas formas básicas: microfibras e


macrofibras. As microfibras, por sua vez, possuem dois tipos básicos, quais sejam, as
monofilamento e as fibriladas. As fibriladas apresentam-se como uma malha de finos
filamentos de seção retangular. A estrutura em malha das fibriladas promove um aumento na
adesão entre a fibra e a matriz, devido a um efeito chamado de intertravamento. As fibras
chamadas de monofilamento consistem em fios cortados em comprimento padrão.[1]
As macrofibras de base polimérica surgiram no mercado internacional na década de 90
quando começaram a ser fornecidas em cilindros que consistiam em feixes de um grande

19
número de fibras unidos por uma fita externa. As primeiras aplicações ocorreram para o
concreto projetado, utilizadas inicialmente na Austrália e no Canadá.[16]
Aos poucos esta tecnologia se disseminou e chegou no Brasil em anos mais recentes.
Atualmente, existem vários fabricantes disponibilizando diferentes tipos de macrofibras no
mercado brasileiro. No entanto ao contrário das fibras de polipropileno convencionais, estas
macrofibras foram concebidas para se obter um reforço estrutural, nos mesmos moldes que
uma fibra de aço. Também se encontram atualmente disponível ao mercado brasileiro, fibras
que mesclam estes dois tipos de polipropileno, estas figuras compostas foram produzidas com
a intenção de propiciar ao concreto para pavimentos uma condição otimizada de controle de
fissuração nas primeiras idades e reforço no estado endurecido.
O papel que a fibra irá desempenhar no concreto irá depender de uma série de
característica da mesma. No entanto, para a classificação básica do material, as propriedades
que são mais relevantes são o módulo de elasticidades e a resistência mecânica, pois estas
duas propriedades irão definir a capacidades de reforço que a fibra pode proporcionar ao
concreto.
As fibras possuem módulo de elasticidades inferior ao do concreto endurecido, como as
de polipropileno são chamadas de fibras de baixo módulo. Já as fibras que possuem módulo
de elasticidade superior ao do concreto são conhecidas como fibras de alto módulo.

3.4. FIBRAS DE CARBONO

A matriz é responsável por envolver completamente as fibras, proporcionando proteção


mecânica e proteção contra agentes agressivos, além de garantir a transferência, integram as
tensões do elemento estrutural para as fibras por atrito ou adesão[8].
As matrizes utilizadas em polímeros reforçados com fibras constituídas por resinas
termoplásticas ou resinas termo rígidas, as quais devem apresentar compatibilidade química e
térmica com a fibra.
As resinas termorrígidas ou termo fixas são aquelas em que a cura é feita pela ação do
calor, ou tratamento químico com catalisadores formando um produto final infusível e
insolúvel[13].
As resinas termoplásticas são aquelas em que o processo de cura é reversível, ou seja,
podem ser fundidas por meio do aumento de temperatura tornando a se solidificar ao serem
resfriadas[14]

20
Em reforço estrutural utiliza-se resinas de origem termorrígida, dentre as quais pode-se
citar o poliéster, o ester-vinilico, o uretano metacrilato, o fenol e principalmente o epóxi.
As resinas epóxi são as mais utilizadas pois apresentam excelente aderência,
durabilidade, compatibilidade com o concreto, boa resistência a tração, bom comportamento a
fluência, boa resistência química e a solventes, forte adesão com fibras e baixa retração
durante a cura. A qualidade do reforço com compósito de fibra de carbono(CFC) depende da
quantidade de fibras em contato com a resina epóxi. [14]

Figura3- Fibra de Carbono envolvidas com resina epóxi

Fonte: Bascle et al. 2000

Atualmente os CFC são utilizados para reforçar vigas a flexão e a força cortante, por
meio de confinamento ou para redução de deformações, alguns exemplos nas figuras abaixo.

Figura 4- Reforço de lajes a flexão e a força cortante com tecidos de fibra de carbono

21
Fonte: karbhari,1998

Figura 5-Reforço de ponte a esforço cortante com reforço de fibra de carbono

Fonte:karbhari,1998

As fibras de carbono (FC) começaram a ser comercializadas no princípio da década de


60, após extenso programa de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos, Inglaterra e
Japão[5].

22
Este material foi utilizado durante muitos anos principalmente pelas indústrias
aeroespacial e automobilística. Mais recentemente, também vem sendo utilizado em
elementos estruturais, particularmente em ambientes agressivos e ataques químicos.
“A ideia de reforçar estruturas de concreto com CFC surgiu no início dos anos 80 no
Japão. Os abalos sísmicos nessa região da Ásia, causando diversos danos as estruturas,
mostraram a necessidade de recuperação e reforço a curto intervalo de tempo. Esses foram os
principais aspectos considerados para utilização desse material no confinamento de
pilares[14].
No Brasil a primeira aplicação de CFC para reforço estrutural ocorreu em 1998 no
viaduto Santa Tereza localizado em Belo Horizonte. O CFC foi escolhido principalmente por
aspectos estéticos, pois se tratava de uma estrutura tombada pelo patrimônio histórico[3].
O CFC apresenta diversas vantagens quando comparado com os materiais usualmente
utilizados para reforço, dentre as quais pode-se citar:
 Alta resistência e rigidez
 Massa especifica reduzida
 Alta resistência à fadiga
 Baixo coeficiente de dilatação térmica
 Ótima resistência contra ataques químicos e corrosão
 Rapidez e facilidade de instalação.
Como desvantagens, o sistema de reforço CFC apresenta incompatibilidade com
superfícies irregulares, baixa resistência ao fogo e a exposição a raios ultravioletas, e pode
estar sujeito a vandalismo. Estes problemas também são apresentados por outros sistemas de
reforço, como as chapas de aço coladas com resina epóxi[14].
O sistema de reforço CFC é composto por fibras de carbono envolvidas por uma matriz
polimérica, e apresenta-se nas seguintes formas conclui “Lima”
 Fios de fibra de carbono: são enroladas sob tensão e colados sobre a superfície
do concreto.
 Chapas pultrudadas: são chapas de polímeros reforçados com fibras de carbono
impregnadas com resina epóxi e complexos, que são colados sobre a superfície
de concreto com adesivo.
 Tecidos de fibra de carbono: são tecidos pré-impregnados, colados sobre a
superfície com resina epóxi, com espessura similar à do papel de parede. Este

23
sistema segue exatamente a curvatura do elemento e permite a aplicação em
cantos vivos.
As fibras tem como funções principais fornecer resistência e rigidez ao compósito. Estas
propriedades variam em função do tipo, tamanho, grau de concentração e disposição das
mesmas na matriz. A escolha da fibra a ser empregada em determinada situação depende do
tipo de estrutura, grau de solicitação e condições ambientais[5]
Abaixo estão listadas algumas propriedades da fibra de carbono
 Alta resistência a alcalidade/exposição a meios ácidos
 Quase nulo a expansão térmica, podendo causar altas tensões de aderência
 Alta condutividade elétrica
 Baixa tolerância a impactos
 Alta resistência à fadiga e Fluência

Os compósitos com fibras de carbono são os materiais mais indicados para o reforço de
vigas de concreto armado, pois apresentam alto desempenho mecânico e o aumento na seção
transversal original é praticamente desprezível. Abaixo estão as propriedades mecânicas de
alguns tipos de fibra.

A tabela 1, apresenta o comparativo da fibras, aço de construção e cordoalhas de


protensão e a matriz cimentícia.

Tabela 1- valores de resistência mecânica e módulo de elasticidade para diversos tipos de fibra e
matrizes
Material Diâmetro(um) Densidade(g/cm²) Módulo de Resistência Deformação
elasticidade(GPa) a na ruptura
tração(GPa) (%)
Aço 500 7,84 210 0,5 0,5
Vidro 15 2,6 80 2 2
Amianto 0.4 2,6 200 3 2
Polipropileno 200 0,9 7,7 0,5 8
fibrilado
Kevlar 10 1,45 133 3,6 2,1
Carbono 9 1,9 230 2,6 1
Nylon - 1,1 4 0,9 13
Celulose - 1,2 10 0,3 -

24
Acrílico 18 1,18 19,5 0,4 3
Polietileno - 0,95 0,3 0,7x10-3 10
Fibra de - 1,5 71 0,9 -
madeira
Sisal 50 1 - 0,8 3
Matriz de - 2,5 10 3,7x10-3 0,02
cimento (para
comparação)
Fonte: Bentur,mindess,1990

3.5. INFLUÊNCIA NA ADIÇÃO DE FIBRAS DE POLIPROPILENO

3.5.1. PROPRIEDADES FÍSICAS

Quando adicionado à matriz, sofre pouca influência, estudos realizados nota-se a


variação inferior a 0,5 % e em alguns casos mantendo-se inalterado para porosidade e
aumento da densidade variando entre 2,38% e 3,88 %[2].

3.5.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS

De acordo com estudos, observa-se decréscimos no valor da resistência dos concretos


adicionados as fibras de polipropileno quando incorporados na mistura. O concreto sofre um
decréscimo a resistência a compressão da ordem de 9,18 % quando adicionado 0,25 % de
fibra de polipropileno foi adicionado a mistura[2].
A adição de fibras de baixo módulo de elasticidade ao concreto reduz, em geral, a
resistência da matriz. A medida que o teor da fibra aumenta, existe a tendência de se reduzir
ainda mais a resistência, uma vez que a mistura torna-se menos trabalhável e
consequentemente as fibras provocam uma redução na capacidade da mistura.
Quanto ao módulo de elasticidade, estudos apontam um decréscimo de ordem de 5,36%
em relação ao valor do seu módulo de elasticidade original.
Em relação ao coeficiente de Poisson, a mistura apresenta redução de 22 % com a
adição de 0,25 % de fibra de polipropileno[11].
Observa-se que a adição de fibras no concreto ocasiona uma redução no valor de
deformação de pico. Isto ocorre porque as fibras ao serem adicionadas ao concreto, podem
introduzir defeitos na matriz, resultado de uma compactação ineficiente da matriz,
ocasionando redução da aderência da interface agregado-pasta de cimento.

25
3.6. INFLUÊNCIA DE ADIÇÃO DE MATERIAL DE REFORÇO NO CONCRETO

No concreto simples, uma fissuração representa uma barreira a propagação de tensões, o


que causa uma concentração de tensões na extremidade da fissura conforme figura 1.
Num determinado instante a concentração de tensões causa a ruptura da matriz, o que
leva a uma extensão da fissura, sendo este um processo contínuo até a ruptura completa do
concreto, caracterizando um comportamento frágil. De modo que não se pode contar com
nenhuma capacidade resistente do concreto fissurado conforme na gráfico 1.

Figura 6- Esquema de concentração de tensões para um concreto sem o reforço fibroso e com o
reforço de fibras

Fonte:Figueiredo,2000

Grafico1- Representação gráfica para as variações de quantidades de fibras introduzida no concreto


simples
26
Fonte: Figueiredo,2000

O trabalho de ponte de transferências de tensão de tração que a fibra realiza através das
fissuras no concreto é um mecanismo muito interessante de aumento de energia associada a
ruptura do material e a restrição a propagação das fissuras[11]
Quando se adicionam fibras de resistência e módulos adequados ao concreto, numa
quantidade apropriada(teor), o concreto deixa de ter comportamento frágil.
Isto ocorre pelo trabalho de ponte de transferências de tensões, exercidos pelas fibras,
que minimiza a concentração de tensões nas extremidades das fissuras.
Com isso, as fissuras propagam-se com menor velocidade, e o concreto passa a ter um
comportamento dúctil, isso é, apresenta uma capacidade resistente após a fissuração[3].
As fibras provocam o aparecimento de um número maior de fissuras, que se apresentam
com aberturas menores[5].

3.7. FUNÇÃO DA MATRIZ (CONCRETO) E O REFORÇO FIBROSO NO


COMPÓSITO

O conhecimento das propriedades dinâmicas (taxa de amortecimento, frequência


natural, resistência à fadiga e impacto, entre outras) dos materiais tem se revelado de grande
importância para a concepção de estruturas civis e militares, pois dependendo do intervalo de
aplicação das cargas, os esforços internos podem ser amplificados consideravelmente quando
comparados com os oriundos de ações estáticas. Outro efeito possível é a aproximação da
frequência de excitação com uma frequência natural da estrutura. Quando isto ocorre, a
27
estrutura poderá entrar em ressonância e, mais uma vez, os esforços internos serão
aumentados[13].
Algumas vezes a estrutura é levada à ruína pela má compreensão destes efeitos. A
prática de se transformar carregamento dinâmico em estático equivalente também pode
induzir a grandes erros de modelagem do comportamento estrutural. Um exemplo disto é
visto na aplicação de cargas de impacto que, certas vezes, geram inversão nos sinais dos
esforços internos, levando pontos da seção onde inicialmente existiam tensões de compressão
a ter tensões de tração que, senão forem corretamente previstas em projeto, poderão ocasionar
o colapso estrutural. Sendo assim, o número de pesquisas sobre o comportamento dinâmico
de compósitos cimentícios é crescente. Todavia, eles permanecem bastante limitados quando
comparados com os estudos de suas propriedades estáticas [6].

3.8. MATRIZ CIMENTÍCIA FIBROSA

Além do tipo de fibra, a geometria, a fração volumétrica, o arranjo de fibras, a aderência


fibra/matriz e os métodos de produção podem influenciar nas propriedades mecânicas dos
materiais compósitos a base de cimento. Um exemplo de como a fração volumétrica e o tipo
de fibra podem modificar a resistência de compósitos submetidos a diversos tipos de
carregamentos. Nela é possível observar os incrementos de resistência à compressão, tração
de fissuração, flexão e cortante, bem como a variação do módulo de elasticidade obtidos com
a adição, em diferentes volumes, de fibras de aço ou polipropileno. [14]
A eficiência do reforço fibroso pode ser caracterizada em dois estágios da matriz
cimentícia: pré e pós-fissuração. No primeiro caso, só se notará significativa mudança no
comportamento do material quando forem utilizadas técnicas especiais de mistura que
garantam altos volumes de fibra como, por exemplo, a SIFICON (slurry infiltrated fibre
concret). Este sistema consiste em adicionar inicialmente as fibras e depois infiltrar o cimento
fluido, preenchendo assim os vazios existentes, Desta forma é possível se trabalhar com
volumes de fibra entre 7 e 15%, mas em casos excepcionais, onde a SIFICON foi utilizada, já
foram obtidas misturas contendo até 27% de fibras [1]. Contudo, a trabalhabilidade dessa
mistura ficou comprometida e seu adensamento teve que ser feito por mais de uma hora. Para
casos normais, onde o volume de fibra utilizado é entre 1% e 5%, os valores obtidos para
tensões de tração e deformação são praticamente os mesmos de quando não há reforço com
fibras [16].

28
Na pós-fissuração, por outro lado, a presença de fibras pode modificar
significativamente o comportamento do material, pois o mesmo passa a contar com resistência
à tração e o seu valor pode até mesmo superar o encontrado na pré-fissuração da matriz
cimentícia, para uma mistura contendo alto volume de fibra. O aumento da capacidade
resistiva do material certamente traz benefícios em termos estruturais. Contudo, volumes
muito altos de fibra podem comprometer a trabalhabilidade da mistura, dificultando assim o
processo executivo. Um baixo volume de fibras aumenta o nível de tensão transferido da
matriz para cada fibra, levando mais rapidamente ao rompimento da aderência fibra/matriz e,
consequentemente, ao processo de arrancamento das fibras. Portanto, para um bom
aproveitamento do material deve-se buscar, sempre que possível, uma fração volumétrica que
promova aumento de resistência à tração, mas que ainda permita um bom nível de
trabalhabilidade à mistura[1].
O melhoramento de diversas propriedades físicas e mecânicas sob ações estáticas dos
compósitos cimentícios, após a inclusão das fibras, levou a crer que estes materiais fossem
menos susceptíveis a problemas ocasionados por carregamentos dinâmicos. Desde então,
diversas pesquisas têm sido realizadas para determinação das propriedades dinâmicas de
concretos reforçados com fibras [7].

3.9. METODOLOGIA DE ANÁLISE

Os concretos reforçados com fibra conferem alta resistência mecânica e rigidez, sendo
estas características expressas em termos de gráficos de resistência mecânica específica e
módulo específico, que correspondem, respectivamente, às razões de resistência mecânica
para massa específica e módulo de elasticidade para massa específica. Concretos reforçados
com fibra com altas resistências mecânicas e módulos de elasticidade tem sido produzidos
utilizando-se materiais de fibra e de matriz de baixas densidades.
Por meio de métodos de regra da mistura clássica, a qual a constante média representa a
composição da mistura obtida no qual estaremos dosando a matriz(concreto) e o
reforço(fibra), tendo por finalidade uma análise específica entre o módulo de elasticidade do
concreto e cimento Portland com a utilização de materiais fibrosos de baixa densidade,

29
respeitando o limite máximo para a regra da mistura clássica que é de 50% de reforço na
matriz.
Vale ressaltar que o intuito é comparar a relação de módulo de elasticidade, em
referência ao módulo inicial da matriz do concreto com cimento Portland.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a realização dos valores estimados pela aplicação da regra da mistura:


PF= Pa x % A + Pb x % B onde;
 PF: Produto final
 Pa: Produto da matriz
 %A: teor utilizado na matriz
 Pb: Produto do reforço
 %B: Teor utilizado do reforço
Obteve-se valores que aqui serão comparados
Exemplo de utilização para o teor de 5 % de adição de módulo de polipropileno no
compósito, assim temos:

PF= 10 x 0,95+7,7x 0,05= 9,885 GPa

A tabela 2, nota-se o elevado ganho do módulo de elasticidade, entre as dosagens do


material fibroso em relação a matriz, e de acordo com os estudos levantados, observamos que
a dosagem do material de polipropileno houve redução do módulo de elasticidade, devido a
influência do material fibroso na matriz. A medida em que o teor de fibra aumenta, logo, a
resistência da matriz diminui.

Tabela 2- Comparação na adição de reforço fibroso na matriz de cimento


Material Módulo de Matriz de Percentual da adição de fibras na matriz (GPa)
elasticidade(GPa) cimento (para
comparação)
(GPa)

30
10 0% 5% 10% 20% 30% 40% 50%
Aço 210 10 20 30 50 70 90 110
Polipropileno 7,7 10 9,885 9,77 9,54 9,31 9,08 8,85
Carbono 230 10 21 32 54 76 98 120
Fonte: O autor

A diminuição do módulo de elasticidade da matriz, não necessariamente significa na


redução das propriedades físicas, de acordo com estudos[14] a adição deste tipo de fibra é o
de aumentar a capacidade de absorção de energia em tração, isto possibilita ao material uma
melhor performance em flexão, principalmente na etapa pós-fissuração.
Estudos sobre estes compósitos ainda são pouco aprofundados, contudo, nota-se que a
pequena adição deste material entorno de 0,3 % da massa de concreto, gera ganhos de até
18% em relação a sua resistência a fadiga[1].
Sendo assim, estas fibras auxiliam no controle da micro fissuração durante o
endurecimento da pasta de cimento e, por este motivo seu uso é recomendado para pisos
industriais e ou pavimentos.

Grafico2: Adição de material fibra de polipropileno na matriz


12
Módulo de elasticidade em GPa

10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Percentual utiizado

matriz de cimento para comparação polipropileno

Fonte: O autor

Para os compósitos com adição de fibra de aço e carbono, houve um ganho da


propriedade, sob a ações destes compósitos, após a inclusão das fibras, devido a alto módulo
de elasticidade do compósitos, notou-se um ganho em relação ao módulo inicial.

Gráfico 3: Adição de fibra de aço na matriz de concreto

31
120
Módulo de elasticidade em GPa
100
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Percentual utiizado

matriz de cimento para comparação aço

Fonte: O autor

Nos compósitos com adição de fibra de carbono, tabela mostra o ganho do módulo de
elasticidade do compósito fibroso.

Gráfico 4: Adição de fibra de carbono na matriz de concreto


250
Módulo de elasticidade em GPa

200

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Percentual utiizado

matriz de cimento para comparação carbono

Fonte: O autor

Naturalmente, a dosagem das fibras irá influenciar nos resultados do compósito, a


dosagem deve ser feita a atender a trabalhabilidade e desempenho mecânico especificadas em
projeto.
Neste documento é possível observar aspectos ligados aos concretos reforçados com
fibras, sendo possível tirar conclusões, nas quais há um aumento gradativo de módulo de

32
elasticidade do concreto, sendo possível atingir o limite crítico para o teor das fibras de aço e
carbono
Citou-se também que a adição de fibras no concreto, ocasiona uma redução de valor de
deformação de pico, isto ocorre por que as fibras ao serem adicionadas ao concreto, podem
introduzir defeitos na matriz, resultado de uma compactação ineficiente da matriz,
ocasionando redução da aderência da interface agregado-pasta de cimento.
No concreto simples, uma fissuração representa uma barreira de propagação de tensões,
o que causa uma concentração de tensões nas extremidades da fissura, e o reforço fibroso,
serve como ponte de transferência destas tensões, de modo que, evite ou a minimize a
concentração de tensões na extremidade da fissura, sendo seu uso, para diminuir o efeito da
fissura e, assim o concreto pode ter comportamento dúctil, ou seja a capacidade resistente
após fissuração.
Foi possível observar que houve redução de resistência no compósito de fibra de
polipropileno, o resultado em análise pelo método de regra da mistura nos mostrou que é
possível dosar a quantidade de fibra no compósito, sendo que obtivemos resultados muito
próximos ao qual já foram estudados, talvez por uma dificuldade de homogeneização que as
misturas apresentaram e devido ao seu módulo de elasticidade baixo, podendo chegar até a
9,18% quando adicionado o teor máximo para o volume nos estudos correlacionados.[11]
No caso das fibras de carbono e aço, notou-se um ganho de módulo de elasticidade,
naturalmente pois as fibras de aço e carbono têm módulos de elasticidade maiores do que a
matriz.
Este mesmo estudo foi aplicado para resistência a tração, nota-se que obteve acréscimos
significativos para os compósitos, portando pode-se considerar a influência da adição das
fibras no percentual ganho de resistência a deformação.

Tabela 3- Estudo comparativo entre as adições de reforço fibroso na matriz


Material Resistên Matriz Percentual da adição de fibras na matriz (GPa)
cia a de
tração( cimento
GPa) (para
compara
ção)
(GPa)

33
3,7x10-3 0 5% 10% 20% 30% 40% 50%
%
Aço 0,5 3, 28,52x 53,33x1 102,96x 152,59x 202,22x 251,85x
7x 10-3 0-3 10-3 10-3 10-3 10-3
10
-3
Polipropi 0,5 3, 28,52x 53,33x1 102,96x 152,59x 202,22x 251,85x
leno 7x 10-3 0-3 10-3 10-3 10-3 10-3
10
-3
Carbono 2,6 3, 133,35 263,33x 522,96x 788,26x 1042,22 1,30185
7x x10-3 10-3 10-3 10-3 x10-3 x10-3
10
-3
Fonte: O autor

Nota-se também que o ganho de tensão x deformação proporcionado pela fibra para a
fase pós fissura, onde sua atuação é fundamental, sendo o único elemento trabalhando pós
fissuração.

5. CONCLUSÕES

A intensa busca por melhorias e desenvolvimento de novas tecnologias dos materiais da


construção civil são necessárias para o desenvolvimento do setor da engenharia civil através
do aprimoramento de procedimentos e criação de novos métodos com o objetivo de otimizar
os processos e diminuir os custos envolvidos, levando em consideração as questões
socioambientais, visando uma maior durabilidade das construções.
No desenvolvimento deste estudo, nota-se que as fibras no aspecto geral, quando
adicionadas ao concreto constituem em um novo material, com propriedades distintas dos
concretos convencionais, isso ocorre devido a boa resistência mecânica a tração e ao seu alto
módulo de elasticidade que a fibra possui.
Através do estudo matemático executados, percebeu-se que a fibra de aço obteve um
ganho elevado no teor de elasticidade, devido ao módulo de elasticidade da fibra de aço ser
superior a do cimento, aconteceu no mesmo caso, quando adicionado a fibra de carbono, pelo
elevado módulo de elasticidade, nota-se que os dois materiais obtiveram sucesso no ganho de
tensão x deformação.

34
No mesmo estudo, foi observado que a fibra de polipropileno, ao ser adicionado ao
concreto, não obteve sucesso no aumento de módulo elasticidade do compósito, já que o
módulo de elasticidade da fibra ser inferior, o que ocasionou uma queda do módulo de
elasticidade do compósito.
O intuito deste trabalho é observar como funciona o mecanismo de absorção do reforço
na matriz, e os ganhos que ocasiona no compósito, neste procedimento, notou-se em aspectos
bibliográficos, no qual este trabalho se refere-se o ganho de resistência pós fissuração, sendo
o principal aspecto de pesquisa para estes reforços, mesmo pós fissuração, constatou que o
reforço fazia uma ponte de transferência de tensões.
Este aspecto, é muito importante pois os reforços fibrosos, usualmente em são utilizados
em pavimentos rígidos, tuneis ou em situações na qual a principal função é a resistividade de
inibir ou diminuir a fissuração, se isso acontecer o material ainda tem a característica de ser
dúctil, ou seja de manter a ponde de transferências de tensões.

6. PROPOSITURAS PARA FUTUROS TRABALHOS

Como sugestões a possíveis pesquisas relacionadas ao trabalho, podemos destacar


alguns aspectos importantes que possam vir a somar no resultado obtido, como uma pesquisa
mais aprofundada sobre os resultados de tensão x deformação e como esse material se
apresenta sobre a fadiga em relação ao tempo.

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Velasco, Reila Vargas. Concreto de Alto Desempenho Reforçado com Fibras de Polipropileno e
Sisal Submetido a Altas Temperaturas [Rio de Janeiro] 2002. XX, 132 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ,
M.Sc., Engenharia Civil, 2002)

[2] AITCIN, P. C. Concreto de alto desempenho. 1ª ed., São Paulo, PINI, 2000.

[3] NEVILLE, A. Propriedades do concreto. 2ª ed., São Paulo, PINI, 1997.

35
[4] GOMES, P. C. C. Estudo de parâmetros que influenciam a produção e as propriedades dos
concretos de alta resistência. Tese (Livre Docência), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 1995.

[5] Beber, A.J. Reforço Estrutural com Compósitos de Fibra de Carbono Tese(Livre Docência)
Universidade federal do rio grande do Sul, como parte de requisito para o título de Doutor em
Engenharia,2003.

[6] MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto – Estrutura, propriedades e materiais. 1ª ed. São
Paulo. PINI, 1994.

[7] ALVES, M.F. Estudo Comparativo de Métodos de Dosagem para Concreto de Alta Resistência.
Tese (Livre-Docência) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000.

[8] Santos, G.M.S. Analise da eficiência do Reforço estrutural com fibra de carbono em pilares curtos.
Tese (Livre Docência).Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Departamento Acadêmico da
Construção Civil-Engenharia da Produção Civil

[9] MOTA, M. C. O. Dosagem, tenacidade e efeito escala na resistência à tração e compressão do


concreto de alto desempenho. Tese de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2001.

[10] Associação Brasileira de Cimento Portland – Concreto de alto desempenho, 1999.

[11] Antonio Domingues de Figueiredo, Concreto com fibras. Concreto, Ensino, Pesquisa e
Realizações, São Paulo, Ed. Geraldo Cechella Isaia, IBRACON, 2005, pp.1194-1225.

[12] Associação Brasileira de Normas Técnicas-NBR15530/2007, Fibras de Aço para concreto

[13] 4° Seminário e Workshop em Engenharia oceânicaFUGR, Rio Grande/RS,Novembro de 2010,


Estudo de viabilidade de adição de fibras de aço no concreto exposto ao ambiente marítimo: Analise
da melhoria das propriedades de resistência. Acesso 15/05/2016.

[14] Machado, Ari de Paula- Reforço de Estruturas de Concreto Armado com Fibras de
Carbono, PINI, São Paulo,2002.
[15] Téchne. Reforço de Estruturas de Concreto com Fibras de Carbono. Revista TÉCHNE: a revista
do engenheiro civil, São Paulo: Editora Pini, n125, pag,23-27, agosto de 2007.

[16] Junior, E.S.D.;Rocha.L.F.S. Estudo de Concreto com Adição de Fibra de Polipropileno para
Controle de Fissuração,Tese(Livre Docência), Universidade da Amazônia, Centro de Ciências Exatas
e Tecnologia, curso de Engenharia Civil

ANEXO V

36
ENTREGA DO TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


ANO 2016

Declaramos que as correções solicitadas pelos AVALIADORES foram executadas.

TÍTULO DO TRABALHO: ANÁLISE DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS FIBRAS ADICIONADAS AO


CONCRETO

ALUNO: GILSON CARLOS OLIVEIRA

ORIENTADOR: Prof. Dr. ERIKA PERTESON GONÇALVES

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 23 DE JUNHO DE 2016

______________________________
GILSON CARLOS OLIVEIRA

De acordo

______________________________
ERIKA PETERSON GONÇALVES

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