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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Conflito Aparente de Normas Penais e Princípio da Insignificância�����������������������������������������������������������2
Princípio da Insignificância (Crime de Bagatela)����������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Parte Especial do Código Penal���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Conflito Aparente de Normas Penais e Princípio da Insignificância


O conflito aparente de normas penais trabalha com hipóteses em que paira alguma dúvida
quanto ao enquadramento da conduta do agente frente às denominações legais da infração. Sempre
que houver algum tipo de conflito, como no caso do enquadramento de determinada conduta em
contrabando ou tráfico internacional de drogas, utiliza-se dos seguintes princípios:
→→ ESPECIALIDADE: a regra, nesse caso, é que a norma especial prevalece sobre a norma geral. Ex.:
apesar de entorpecentes caracterizarem produto ilícito, a conduta de traficar drogas não incide
em contrabando, mas na lei de drogas.
→→ SUBSIDIARIEDADE: utiliza-se esse princípio sempre que a conduta for reprovável, mas não há
enquadramento em tipo penal mais grave. Ex.: disparo de arma de fogo.
→→ CONSUNÇÃO: nesse princípio, o crime fim absorve o crime meio. É o que acontece com o crime
de falsificação de documento para cometer um estelionato.
→→ ALTERNATIVIDADE: nos crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado, ainda que o agente
cometa, no mesmo contexto, dois ou mais núcleos do tipo penal, o agente ainda assim comete
apenas um crime. Ex.: quem guarda droga e depois a vende comete apenas um crime de tráfico.

Princípio da Insignificância (Crime de Bagatela)


Um dos princípios que vem ganhando força na doutrina e, sobretudo, na nossa jurisprudência
é o princípio da insignificância, ou também chamado princípio da bagatela. Para esse princípio, o
Direito Penal não deve se preocupar com condutas incapazes de lesar o bem jurídico. Esse princípio,
certamente, encontra fundamento jurídico no conceito de tipicidade, o qual, por certo, deve ser ana-
lisado sob dois aspectos: a tipicidade formal e a tipicidade material.
→→ A tipicidade formal é a correspondência exata entre o fato e os elementos constantes de um tipo penal.
→→ A tipicidade material é a real lesividade social da conduta. E é justamente, na tipicidade material,
que se revela o verdadeiro sentido do princípio da insignificância.
Não basta que a conduta praticada tenha apenas correspondência nos elementos de um tipo
penal. Faz-se necessário que a conduta seja capaz de lesar ou expor terceiros a risco, ou seja, provocar
lesões significantes ao bem jurídico tutelado.
O princípio da insignificância ou da bagatela encontra-se relacionado com o princípio da inter-
venção mínima do Direito Penal. Este, por sua vez, parte do pressuposto que a intervenção do Estado
na esfera de direitos do cidadão deve ser sempre a mínima possível, para que a atuação estatal não
se torne demasiadamente desproporcional e desnecessária, diante de uma conduta incapaz de gerar
lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado.
Por certo, a análise posta em debate leva necessariamente a um questionamento que merece
reflexão: como é que o aplicador do direito pode reconhecer se uma conduta é capaz ou não de gerar
lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado?
A jurisprudência de nossos Tribunais Superiores tem fixado certos requisitos OBJETIVOS e
SUBJETIVOS para que o aplicador do direito possa reconhecer a insignificância de determinada
conduta. São eles:
Requisitos OBJETIVOS Requisitos SUBJETIVOS
Mínima ofensividade da conduta; Importância do Objeto Material para a vítima;
Ausência de periculosidade social da ação; Circunstâncias e Resultado do crime.
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
Inexpressividade da lesão jurídica.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Tal princípio é essencialmente aplicado no caso concreto, cuja análise exige evidentemente certo grau
de bom senso do magistrado. Eis alguns casos em que hoje se aplica ou não o princípio da insignificância:
CABE! NÃO CABE!
Crimes contra o patrimônio SEM violência ou grave ameaça (furto,
Crimes habituais (Doutrina Majoritária + STF e STJ)
estelionato, dano simples...)
Atos infracionais Contrabando (Art. 334-A do CP)
CRIMES AMBIENTAIS! Crimes praticados por militares
Lesão Corporal Culposa Tráfico de drogas e armas
Descaminho (Art. 334 do CP) – Segundo o STF e STJ = R$ 20.000 Crimes contra a fé pública
Crimes contra a Administração Pública (quando houver inexpres-
-
sividade da lesão jurídica)

ATENÇÃO! O entendimento do STJ (súmula 599) é pela INAPLICABILIDADE do princípio da


insignificância nos crimes contra a Administração Pública. No entanto, o STF já se pronunciou
admitindo SIM esse princípio.
É preciso analisar se o reconhecimento do princípio da insignificância deve ser feito unicamente
pelo nível ínfimo da lesão sofrida, isto é, pelo desvalor do resultado. Juntamente com o nível da lesão,
devem ser analisadas se as circunstâncias judiciais, como a culpabilidade do agente, antecedentes,
conduta social, personalidade, motivos do crime, consequências, circunstâncias, etc., são favoráveis.
Ora, se uma pessoa subtrair um único palito de fósforo, ainda que ostente maus antecedentes e tenha
personalidade voltada para o crime, deve ser beneficiada com o princípio da insignificância, pois a norma
proibitiva do Art. 155 do Código Penal certamente não foi criada para uma subtração tão insignificante.
Todavia, se a subtração não for insignificante, ainda que as circunstâncias do Art. 59 do Código
Penal sejam favoráveis, não há que se falar em princípio da insignificância. É possível reconhecer, e
isto tem se verificado na jurisprudência, que algumas variantes podem influenciar na análise do ma-
gistrado para a aplicação de tal princípio, como a situação em que se encontra a vítima e a lesividade
a esta causada, bem como os antecedentes criminais do agente, os quais podem demonstrar que o
modo de vida do sujeito é, por exemplo, viver “furtando”.
De qualquer forma, a análise, única e tão somente, do nível de lesão sofrida, para aplicação do
princípio da insignificância, deve ser feita quando evidentemente e inquestionavelmente ínfima a
lesão, em hipóteses como a subtração de uma bolacha, uma folha de papel, um palito de fósforo, etc.
O tema, por certo, não se fecha aqui. Muito pelo contrário, abre indagações, contestações, im-
pugnações. De todo modo, a aplicação do princípio da insignificância ou bagatela vem ganhando
espaço no estudo do Direito Penal, especialmente, quando nos confrontamos com delitos de gravi-
dade ímpar que exigem uma atuação estatal efetiva para garantia da paz pública e da ordem social.
ATENÇÃO! A aplicação do princípio da insignificância gera a atipicidade MATERIAL, e não formal!

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Parte Especial do Código Penal


A parte especial do Código Penal se inicia a partir do Art. 121. No entanto, antes de adentrar “de
cabeça” no crime de homicídio, é preciso se ter aquilo que se chama noção topográfica do Direito, a
qual demonstra a forma de organização das normas:

Exercícios
01. Sobre o conflito aparente de normas penais e os princípios dirimentes, é correto afirmar que
a) a norma especial prevalece sobre a norma geral e, necessariamente, descreve um tipo penal
apenado mais severamente.
b) o conflito aparente de normas penais tem por requisito a unidade fática; a pluralidade de
normas aplicáveis ao mesmo fato (aparente) e a vigência contemporânea de todas elas.
c) a norma subsidiária descreve um grau maior de lesividade ao bem jurídico e, necessaria-
mente, um tipo penal apenado mais severamente.
d) a consunção, pela qual uma conduta absorve outra, é possível no crime progressivo, no
crime complexo e na progressão criminosa. Em todos, necessariamente, há unidade de de-
sígnios do sujeito ativo, desde o primeiro ato.
e) pelo princípio da subsidiariedade, prescinde-se do caso concreto para se saber qual a norma
aplicável. A análise é feita de forma abstrata, confrontando-se as normas.
02. O princípio da consunção enseja a absorção de um delito por outro, sendo aplicável aos casos
que envolvam crime progressivo, crime complexo, progressão criminosa, fato posterior não
punível e fato anterior não punível.
Certo ( ) Errado ( )
03. É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a Administração
Pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.
Certo ( ) Errado ( )
04. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.
Certo ( ) Errado ( )
05. O princípio da insignificância autoriza o afastamento da tipicidade material.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - B
02 - Certo
03 - Errado
04 - Errado
05 - Certo
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