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EXAME SIMULADO DE TEOLOGIA EXEGÉTICA E BÍBLICA


Rev,. Dario estará no Seminário às 16h da segunda-feira com o gabarito e
para retirada de dúvidas.
Presença obrigatória.

Antigo Testamento
1. Sobre a autoria do livro de Isaías, qual argumento abaixo está correto?
a) O livro de Isaías tem um único autor. Muito embora Isaías não apareça no livro
como autor, não há indício de interrupção ou mudança de autoria em nenhuma das
divisões do livro.
b) Profetas do Antigo Testamento se referem aos escritos de Isaías como tendo um
único autor, bem como os escritores do Novo Testamento.
c) No livro de Isaías, a ênfase dada à eternidade de Deus em 40-66 difere da ênfase
dada à majestade de Deus em 1-39.
d) Dificilmente Isaías teria tido apenas um autor pois seu estilo literário varia
muito.
e) Nenhuma das respostas.

2. Qual conceito bíblico faz a ligação de Boaz e Jeremias com Jesus?


a) "Parente resgatador"
b) "Servo sofredor"
c) "Filho do Homem"
d) "Filho de Deus"
e) Nenhuma das respostas

3. Quanto ao método alegórico de interpretação, é correto afirmar que:


a) É historicamente relacionado à cidade de Antioquia, seu principal expoente
cristão foi Paulo e buscava realizar uma leitura cristã do Antigo Testamento.
b) É historicamente relacionado à cidade de Paris, seu principal expoente cristão foi
Hugo e defendia que a intenção do autor determinava o sentido do texto.
c) É historicamente relacionado à cidade de Alexandria, seu principal expoente
cristão foi Filo e defendia que o método só deveria ser usado quando o sentido
literal era impossível.
d) É historicamente relacionado à cidade de Alexandria, seu principal expoente
cristão foi Origines e buscava descobrir o sentido espiritual subjacente ao texto
e) É historicamente relacionado à cidade de Antioquia, seu principal expoente
cristão foi Teodoro de Mopsuéstia e defendia a ligação entre o sentido literal e o
espiritual do texto bíblico.

4. No que diz respeito às possíveis maneiras de tradução do modo imperfeito

(incompleto) da língua hebraica, não é correto traduzir a palavra ‫ ׅיכְת ֹב‬da seguinte
forma:
a) ele escreveu
b) ele escreverá
c) ele escreve
d) escreva
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e) mais de uma alternativa está incorreta

5. Qual destas expressões está de acordo com o método gramático-histórico de


interpretação?
a) O expositor deve apresentar o sentido literal, espiritual, moral e profético do
texto.
b) O expositor deve reconstruir o contexto original do texto para descobrir o seu
sentido.
c) O expositor deve explicar tão claro quanto possível o que o autor quis dizer
quando escreveu o texto em questão.
d) O expositor deve interpretar o texto de acordo com o contexto de vida de seus
ouvintes.
e) O expositor deve explicar a seus ouvintes como interpretar os relatos
sobrenaturais da Bíblia.

6. Quanto ao texto bíblico nas línguas originais, é correto dizer que a Confissão de Fé de
Westminster afirma que:
a) ele foi escrito por homens santos, por meio de ditado, para transmitir às gerações
futuras a fé de Israel e a fé dos cristãos, sendo de valor inestimável para todos os
homens.
b) um texto não pode ser usado para esclarecer outro.
c) ele foi inspirado por Deus, conservado puro em todos os séculos e, por ser
autêntico, deve ser buscado pela Igreja como supremo tribunal em todas as
controvérsias.
d) os textos originais foram inspirados por Deus, mas foram corrompidos por erros
no decorrer dos séculos, o que faz necessário um zeloso estudo dos documentos a
fim de que a Igreja possa resolver com segurança suas controvérsias.
e) a Confissão de Fé de Westminster não trata sobre este assunto.

7. Pode-se dizer que a afirmação de Deus como o Criador de todas as coisas:


a) restringe-se aos primeiros capítulos de Gênesis.
b) está presente por toda a extensão do texto bíblico.
c) aparece apenas em textos de linguagem poética.
d) não ocorre nas páginas do Novo Testamento.
e) não é determinante no escopo do ensino bíblico.

8. Qual destas linhas não diz respeito ao estudo da Teologia Bíblica?


a) Promessa e cumprimento
b) História das tradições
c) História da redenção
d) História do pensamento
e) Temas bíblicos longitudinais
--
9. Qual das afirmações abaixo está errada:
a) A hermenêutica bíblica tem o mesmo papel da crítica textual;
b) A crítica textual procura determinar quais são as palavras exatas do texto
original;
c) A hermenêutica procura descobrir o sentido das palavras do texto original;
d) A exegese procura aplicar os princípios e regras estabelecidas pela
hermenêutica;
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e) Todos podem ter o livre exame, mas nunca a livre interpretação das Escrituras.

10. Da Reforma Protestante até agora, a hermenêutica bíblica tem sido controlada por
vários fatores. A ênfase hermenêutica na idade moderna foi:
a) A busca da intenção do autor;
b) A busca do significado pela intenção do leitor;
c) A busca da veracidade do texto;
d) A busca pela desconstrução do texto;
e) Todas as respostas estão corretas.

11. A chamada Hipótese Documentária articulada e defendida por Julius Wellhausen,


para determinar as fontes usadas por Moisés, para construir o Pentateuco é conhecida
como:
a) J. E. D. P
b) Guemara;
c) Cabala;
d) Fonte Quelle
e) Wellhausismo

12. O intensivo de uma ação, em língua Hebraica, está expresso em que grau:
a) Qal;
b) Hiphil;
c) Piel;
d) Hithpael;
e) Hophal;

13. A igreja cristã primitiva adotou alguns critérios para a determinação e


reconhecimento canônico dos livros do Novo Testamento. Escolha a questão que estiver
correta a seguir:
a) Apostolicidade inspiração; universalidade e espiritualidade dos escritos;
b) Antiguidade e qualidade dos escritos
c) Seriedade e praxidade dos escritos;
d) Historicidade e verticalidade dos escritos;
e) Todas as questões acima estão corretas.

14. "Crítica da Fonte" diz respeito ao seguinte trabalho literário relacionado às


Escrituras:
a) O tratamento da estrutura do texto e abordagem do mesmo como ele é;
b) A forma de transmitir os escritos literários sagrados;
c) A busca das fontes pré-históricas ao texto sagrado;
d) A pesquisa nas línguas originais para entender a aplicação do texto sagrado;
e) A interpretação correta do texto sagrado.

15. Teologia bíblica pode ser entendida ou definida como:


a) A ciência que trata de Deus e de suas relações com as suas criaturas,
compreendida de uma maneira lógica;
b) O ramo da teologia exegética que trata do processo da auto-revelação de Deus,
contido nas Santas Escrituras;
c) A ciência e a arte que lidam com princípios e regras da interpretação bíblica;
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d) O estudo que busca encontrar o significado original/intenção das palavras da


Bíblia.
e) Todas as respostas estão corretas.

16. A diferença básica entre a Teologia Bíblica e a Teologia Sistemática é:


a) A Teologia Bíblica é mais bíblica e a Teologia Sistemática é mais filosófica;
b) A Teologia Bíblica aborda questões da história salutis e a Teologia Sistemática
da ordo salutis.
c) A Teologia Bíblica é linear e sua abordagem, cronológica, enquanto que a
Teologia Sistemática é circular e lógica na abordagem das Escrituras.
d) A Teologia Bíblica lida mais com a veracidade do texto bíblico e a Teologia
Sistemática, mais com a veracidade doutrinária;
e) As respostas b e d estão corretas.

17. Quanto ao método de se fazer Teologia Bíblica, qual é a posição do teólogo Alemão
Gerard Von Rad:
a) A Bíblia é histórica, progressiva em sua revelação, e está baseada em promessas
e cumprimento;
b) A Bíblia tem propósitos unicamente homiléticos;
c) A Bíblia é um amontoado de confissões de fé de um povo em várias etapas de
sua história e de outros povos;
d) O antigo Testamento é apenas "tipológico", no sentido de prefigurações;
e) As respostas b, c e d estão corretas.

18. Dentro do pacto que Deus estabeleceu com seu povo, há alguns mandatos,
denominados de mandatos pactuais. Escolha a única resposta incorreta:
a) Mandado Espiritual - diz respeito ao dever do homem de se relacionar com Deus
em culto;
b) Mandato Social - diz respeito ao dever do homem de se relacionar com a
sociedade;
c) Mandato Ético - diz respeito ao dever do homem de se relacionar com a política
e com o culto;
d) Mandato Cultural - diz respeito ao dever do homem de se relacionar com o meio
ambiente;
e) As respostas a, b e d estão corretas.

19. O povo hebreu tornou-se nação de Deus, oficialmente, em que momento histórico?
a) Na noite da Páscoa, no Egito;
b) Em Etã, quando recebeu, para acompanhá-los, uma coluna de nuvem/luz;
c) Quando Moisés lhe deu o Deuteronômio, nas Campinas de Moabe;
d) Quando entrou na terra de Canaã;
e) No Monte Sinai, quando Deus fez com ele um pacto e lhe deu as leis.

20. Com respeito aos verbos da língua hebraica, alguns se comportam de forma
irregular por serem caracterizados como verbos fracos. Das opções listadas abaixo, qual
não expressa verbos nessa categoria?
a) Verbos cuja raiz começa com a consoante vav.
b) Verbos cuja raiz começa com uma consoante nun.
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c) Verbos cuja raiz possui uma gutural.


d) Verbos cuja raiz possui uma consoante do BeGaD KeFaT
e) Verbos cuja raiz começa com a consoante yod.

Novo Testamento
1. Sobre a crítica da forma, é correto afirmar:
a) Preocupa-se em estudar a contribuição peculiar que cada autor deu ao
evangelho por ele composto.
b) Um de seus objetivos é detectar formas padronizadas que remontariam à etapa
em que os fatos narrados nos evangelhos eram transmitidos oralmente.
c) Um de seus principais expoentes é Karl Barth
d) A maioria dos eruditos que se dedicam a sua aplicação aos evangelhos
sinóticos os considera como relatos historicamente confiáveis sobre a vida de Jesus.
e) Seu objeto de estudo são as fontes escritas utilizadas pelos autores dos
evangelhos sinóticos.

2. Sobre a crítica das fontes, assinale a alternativa verdadeira:


a) Ocupa-se com a identificação das fontes escritas utilizadas pelos evangelistas
para a composição dos evangelhos.
b) Um de seus principais expoentes é Rudolph Bultmann
c) Não tem qualquer relação com o problema sinótico.
d) Seus principais proponentes eram defensores ardorosos da fidedignidade
histórica dos evangelhos.
e) Preocupa-se essencialmente com o estudo da etapa de transmissão oral dos
fatos registrados nos evangelhos sinóticos.

3. O assim chamado problema sinótico:


a) Diz respeito a dificuldade de se estabelecer uma cronologia exata dos eventos
narrados nos evangelhos sinóticos.
b) É também conhecido como Sitz im Leben
c) Relaciona-se ao fato de haver uma estranha combinação entre
correspondência exata e grande disparidade nas narrativas contidas nos três primeiros
evangelhos.
d) Segundo a erudição, foi definitivamente resolvido pela teoria do proto-
evangelho proposta por G. E. Lessing, segundo a qual um evangelho primitivo, hoje
perdido, escrito em aramaico, teria servido de fonte para a composição dos três
evangelhos sinóticos.
e) Representa um grande desafio para a erudição conservadora, uma vez que
salienta as grandes discrepâncias dos relatos dos evangelhos sinóticos.

4. Segundo a opinião predominante entre os estudiosos do NT, entre as teorias que


procuram apresentar soluções para o problema sinótico, a que se sai melhor seria:
c) teoria do proto-evangelho aramaico.
b) teoria de Schleiermacher (acúmulo gradativo de fragmentos escritos)
c) proposta agostiniana
d) hipótese dos dois evangelhos
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e) hipótese das duas fontes

5. Sobre a hipótese das “duas fontes”, é correto afirmar:


a) Sustenta categoricamente que Mateus foi o primeiro evangelho escrito
b) Nega completamente a interdependência literária entre os sinóticos
c) Foi completamente abandonada após o advento da teoria dos dois evangelhos
d) Sustenta que Marcos e Q foram utilizados como fontes por Mateus e Lucas
e) Afirma que Lucas e Q serviram de fonte para Mateus e Marcos

6. Sobre a crítica da redação, assinale a alternativa verdadeira:


a) Dentre as disciplinas literárias, é a que menos oferece ajuda direta ao
intérprete.
b) Pressupõe que os evangelistas “modificaram” a tradição recebida com o
propósito de dar ênfases teológicas peculiares aos seus relatos.
c) Conservadores devem desconsiderá-la por completo, pois uma de suas
pressuposições fundamentais é que os evangelhos não são historicamente confiáveis.
d) Rudolph Bultmann é seu principal expoente.
e) Para os adeptos da teoria das duas fontes, Marcos é o evangelho em que a
crítica da redação é aplicada com maior eficiência.

7. Muitos eruditos da crítica da redação entendem que os evangelistas não apenas


modificaram a tradição, mas de fato subverteram a historicidade dos relatos. Diante
disso, podemos asseverar que:
a) Esses estudiosos são conduzidos a tal conclusão pelo fato de pressupor que é
impossível ser, ao mesmo tempo, historicamente preciso e teologicamente engajado.
b) É impossível realizar crítica da redação sem pressupor a anti-historicidade
dos evangelhos.
c) Essa disciplina não traz qualquer tipo de contribuição positiva ao estudo dos
sinóticos.
d) Estão corretos, pois uma vez que manipularam a tradição, apresentaram a nós
um retrato distorcido do Jesus histórico.
e) Estão completamente errados, pois os evangelistas não deram qualquer tipo de
contribuição pessoal às tradições que receberam, apenas transmitiram-nas passivamente.

8. Sobre a assim chamada nova crítica literária, é correto afirmar:


a) Sua grande contribuição foi resgatar a fidedignidade histórica dos evangelhos,
abalada pelas críticas da forma, das fontes e da redação.
b) Seus proponentes dão grande importância à intenção original do autor.
c) Tem como aspecto positivo focalizar o texto em si, e não suas origens
históricas.
d) Sua grande desvantagem é a preocupação excessiva com a “pré-história” do
texto.
e) Seus métodos podem ser usados pelos estudiosos dos sinóticos sem qualquer
preocupação com anacronismos.

9. Durante os séculos 18 e 19, a historicidade dos evangelhos sinóticos foi amplamente


questionada. Mesmo estudiosos mais conservadores passaram a reconhecer que há
certas passagens em que os evangelhos parecem se contradizer em relação aos detalhes
históricos. Diante disso, responda:
a) De fato, há contradições e erros cronológicos nos evangélicos; eles não são
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dignos de credibilidade histórica.


b) Ainda que os evangelhos não sejam historicamente confiáveis, isso não
importa; o cristianismo é uma questão de fé e não de história.
c) Os evangelhos são um produto da fé das comunidades cristãs dos séculos 1 e
2; os fatos ali narrados refletem a situação vivencial dos cristãos primitivos, e não a
realidade acerca de Jesus de Nazaré.
d) As aparentes contradições são decorrentes da indiferença dos autores dos
evangelhos com a cronologia, afinal eles arranjaram o material tematicamente, não
cronologicamente; isso não diminui a credibilidade dos relatos.
e) Se os evangelhos refletem fatos históricos ou não, isso é indiferente; o que
importa é que eles nos apresentam esse personagem magnífico chamado Jesus, cujos
ensinos éticos e exemplos morais são tão marcantes que nos levam a uma tremenda
experiência existencial.

10. Considere a seguinte assertiva:

“Na verdade, reconhecer Jesus como aquele em quem a palavra de Deus se encontra
com o homem, qualquer que seja o título dado a ele,... é um ato puro de fé,
independente da resposta à questão histórica... Sendo uma decisão pessoal, a fé não
pode depender do trabalho de um historiador.”

Levando em conta as pressuposições que você construiu sobre a historicidade dos


evangelhos sinóticos, como você avalia essa afirmação?

a) Concordo. A fé não depende do trabalho de um historiador.


b) Discordo. Hoje o relato dos evangelhos foi amplamente comprovado por evidências
externas, o que demonstra que os evangelistas eram, essencialmente, “historiadores” e
não “teólogos”.
c) Discordo. A historicidade dos fatos narrados nos evangelhos é essencial para a fé
cristã.
d) Concordo. A fé é um encontro pessoal com Jesus, independentemente do título que se
dê a ele.
e) Discordo. Jesus não é aquele em quem a palavra de Deus se encontra com o homem.
Apenas a Escritura pode ser chamada de Palavra de Deus.

11. Sobre a autoria do quarto evangelho, considere a seguinte afirmação:

Evidências literárias e históricas mais concretas cedem lugar a evidências


dedutíveis menos sólidas de reconstruções emendadas uma na outra. (...); é
preocupante quando são usadas para por de lado conjuntos enormes de evidências
concretas, literárias e históricas. [...] A interpretação mais objetiva das evidências
é ainda a tradicional: é altamente provável que João filho de Zebedeu escreveu o
quarto evangelho.

Analisando o texto, é correto afirmar:

a) Tal assertiva é falaciosa: conforme foi visto em classe, a defesa da hipótese


tradicional de autoria do quarto evangelho não se sustenta à luz dos avanços
exegéticos proporcionados pela moderna crítica-histórica da Bíblia, a qual
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demonstra que o quarto evangelho é um produto do final do segundo século,


fruto das reflexões teológicas da comunidade joanina.

b) Afirma-se acima, em outras palavras, que o compromisso com pressupostos


assumidos de que o quarto evangelho teria surgido tardiamente, como fruto das
reflexões de uma suposta “comunidade cristã joanina”, leva muitos eruditos
atuais a fazer vistas grossas às robustas evidências em prol da hipótese
tradicional.

c) A afirmação acima não condiz com a realidade: na verdade, as evidências


internas só nos permitem afirmar que o “discípulo amado” escreveu o
evangelho; as evidências externas, por sua vez, são muito contraditórias a
respeito da autoria joanina: apenas o grupo denominado “alogoi” foi unânime
em sustentar que João, filho de Zebedeu, escreveu o quarto evangelho.

d) Tal afirmação deve ser atribuída a estudiosos de linha crítica tal como Bultmann
e Fortna os quais, cedendo às evidências, acabaram por desistir de fazer crítica
das fontes no quarto evangelho e reconheceram a autoria joanina.

e) Tal asseveração é inócua pois, na prática, saber se o quarto evangelho foi escrito
de fato pelo apóstolo João ou se foi fruto de uma comunidade cristã do segundo
século não interfere de forma alguma seja na autoridade canônica do escrito seja
em sua interpretação.

12. No tocante às influências conceituais sobre o pensamento teológico do autor do


quarto evangelho, é correto afirmar:

a) Como filho de sua época, sem sombra de dúvida a cultura helênica foi o fator
determinante nas reflexões teológicas do autor do quarto evangelho.

b) O autor foi determinantemente influenciado pelo estoicismo, propagado no


oriente pelo filósofo alexandrino Filo, de onde extraiu o conceito de logos
utilizado no prólogo do evangelho.

c) A reflexão teológica do autor do quarto evangelho evidencia que seu


pensamento é uma dos mais belos exemplos de síntese entre a tradição rabínica
judaica e a cultura do mundo helenístico do século 2º.

d) A influência conceitual mais claramente perceptível no quarto evangelho é a do


gnosticismo, um movimento religioso sincrético derivado do neoplatonismo que
associa o que é bom ao espiritual e o que é mau ao material.

e) A Escritura Hebraica, embora não seja a única, é sem dúvida a mais importante e
decisiva das influências.

13. Muitos estudos atuais têm abordado o relacionamento entre o evangelho de João e
os sinóticos. No tocante a isto, é correto afirmar:
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a) Quando lidos em conjunto, os evangelhos sinóticos e João apresentam


contradições insuperáveis. Por isso, para preservar a fé dos cristãos mais simples
é importante desencorajá-los a traçar paralelos.

b) Tais estudos, embora abundantes em número, não trouxeram grandes


contribuições à interpretação do Novo Testamento.

c) Tais estudos demonstram que as “tradições” sinótica e joanina se “entrelaçam”,


esclarecendo muitos aspectos que, contemplados isoladamente, permaneceriam
obscuros; isso reforça a fidedignidade histórica dos quatro evangelhos.

d) À luz de tais estudos, é possível afirmar com toda convicção que o autor de
João, tendo acesso a um ou mais dos sinóticos, escreveu com o propósito de
corrigi-los, suplantá-los ou suplementá-los.

e) João e os sinóticos são tão distintos em sua mensagem que podemos afirmar
com convicção que apresentam “evangelhos” diferentes: enquanto para os
sinóticos Jesus é o Messias de Israel, para João ele é o Deus-encarnado.

14. Com respeito à autoria de Hebreus, é correto afirmar:

a) Estudos recentes têm favorecido a hipótese de que a epístola teria sido escrita
por Apolo, prosélito de Alexandria, descrito em Atos como “homem eloqüente e
poderoso nas Escrituras” (At 18.24).

b) Embora não haja consenso, o conjunto das evidências internas e externas é forte
o suficiente para se afirmar com muita contundência a autoria paulina.

c) Como a carta é anônima, nada é possível saber a respeito do autor de Hebreus;


todas as informações que dispomos são meras especulações da tradição da
igreja.

d) As evidências internas permitem traçar um perfil do autor: homem com coração


pastoral, profundo conhecedor do A.T., treinado na erudição helenística,
intérprete e pregador que apresenta sólido ensino apostólico.

e) Tendo em vista o uso que se faz do A.T. na carta, é imperativo deduzir que o
autor de Hebreus foi um judeu praticante do judaísmo, provavelmente um rabino
convertido.

15. Uma hipótese mais tradicional no tocante ao propósito da epístola aos Hebreus
pode ser assim formulada:

a) O livro foi escrito com fins didáticos, a fim de nutrir com o conhecimento da
Escritura uma comunidade que estava espiritualmente fraca;

b) O propósito é evangelístico: o autor escreve com a intenção de evangelizar


judeus da diáspora e prosélitos.
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c) O autor teria escrito com o propósito de enfatizar a judeus convertidos ao


cristianismo a superioridade de Jesus sobre os ritos da velha aliança, de maneira
que o retorno às velhas práticas implicaria em apostasia.

d) O propósito é polêmico: o autor teve como público alvo uma sinagoga hostil ao
cristianismo e escreveu para demonstrar a estes judeus a superioridade de Jesus.

e) O escrito tem vários propósitos evidentes: evangelização, catequese e edificação


da Igreja.

16. Uma hipótese menos tradicional, mas igualmente plausível, no tocante ao


propósito do autor de Hebreus ao escrever a epístola poderia ser assim
formulada:

a) Tendo em vista a iminência de apostasia representada pelo retorno dos judeus


convertidos que constituíam a audiência do autor ao judaísmo, este escreve a fim
de demonstrar a superioridade de Jesus sobre os ritos da velha aliança.

b) Usando o A.T. de forma didática (não polêmica), tendo como pano de fundo a
história da redenção, o autor teria escrito com o propósito pastoral de nutrir sua
comunidade, fazendo uma revisão geral da fé apostólica para proteger e
fortalecer a Igreja.

c) O autor tem o propósito de estabelecer um diálogo com a comunidade judaica de


sua época, demonstrando que Jesus é o Messias: por isso a Igreja Primitiva teria
denominado o escrito de “epístola aos Hebreus”.

d) O autor tem o propósito claro de ensinar o A.T. a uma comunidade de gentios


convertidos ao cristianismo, que nada sabia sobre os ritos e histórias do passado.

e) Enquanto a hipótese tradicional vê o uso do A.T. como meramente didático, a


hipótese mais inovadora percebe que seu uso é essencialmente polêmico e
apologético.

17. Com respeito à data e ao propósito da escrita de Atos dos Apóstolos, à luz do
que vimos em sala de aula, é correto afirmar:

a) No ínicio do século passado, a escola de Tübingen, cujo representante mais


ilustre é Rudolph Bultmann, rompeu com as correntes liberais do século 19 e
retomou a posição tradicional da Igreja, ao considerar que Lucas, o médico
amado, escreveu Atos em meados do século 1º.

b) Ramsay, um renomado arqueólogo, após apurada investigação, demonstrou


que o livro de Atos é um produto do século 2º e seu autor em nada estava
familiarizado com as condições geopolíticas do Império Romano da época
descrita no livro.

c) A Escola de Tübingen, representada principalmente por F. C. Baur, propõe


que Atos dos Apóstolos é um produto do século 2º, escrito com o propósito
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de conciliar judeus e gentios; não há, contudo, evidências suficientes para


sustentar este sitz in lebem, sendo mais sensato dar crédito a tradição da
igreja que, de forma unânime, sustenta que “Lucas-Atos” é uma obra em dois
volumes escrita por Lucas, o companheiro de Paulo, na segunda metade do
séc. 1º.

d) As evidências internas de “Lucas-Atos” nos permitem afirmar, sem


dependência de fontes externas, que Lucas é incontestavelmente o autor
tanto do evangelho quanto de Atos dos Apóstolos, sendo esta a posição mais
aceita atualmente.

e) É impossível que Lucas, o companheiro de viagem de Paulo, tenha escrito


Atos, pois o apóstolo aos gentios é descrito de forma muito judaica no livro:
guarda datas, circuncida Timóteo e toma votos. A melhor explicação é que
no livro de Atos Paulo foi deliberadamente “judaizado” por alguma
comunidade cristã no século 2º com o propósito de harmonizar o
relacionamento entre judeus e gentios.

18. Sobre as influências conceituais mais importantes que moldaram o


pensamento teológico do apóstolo Paulo, é correto afirmar:

a) Embora as influências helênicas e judaico-rabínicas se façam notar nos


escritos de Paulo, seu pensamento teológico é moldado efetivamente pelas
Escrituras do A.T., agora verdadeiramente compreendidas à luz da vinda do
Messias e da chegada dos “últimos dias”.

b) É correta a leitura feita pela escola de Tübingen dos escritos de Paulo: ele é,
na verdade, essencialmente helenista – seu contato com a cultura e a filosofia
grega o levaram a tornar metafísicos e místicos os ensinos éticos simples do
rabino Jesus de Nazaré.

c) Paulo jamais abandonou sua formação rabínica. Seus escritos são uma fiel
expressão da religião judaica do primeiro século, que sempre foi uma
religião da graça, um “nomismo pactual”, na qual a fé sempre ocupou um
lugar central e agora é mais bem definida por meio da fé no Jesus Messias.

d) Em Paulo, o judaísmo tradicional entrou em síntese com a cultura helênica;


os escritos de Paulo, portanto, de forma mais profunda do que quaisquer
outros do NT, representam aquilo que de fato é o cristianismo: uma fé
sincrética que amalgamou o pensamento grego com a religião hebraica.
Neste sentido, o cristianismo é, na verdade, melhor definido como
paulinismo.

e) Como o próprio Paulo afirma, ele não recebeu seu evangelho de homem
nenhum; a inspiração do Espírito Santo fez dele o autor de seu próprio
mundo conceitual; é isso que o leva a rejeitar sua formação rabínica e não ter
qualquer escrúpulo em apresentar novos ensinos contrários às Escrituras.
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19. Quanto ao uso de carta como meio de ensino por parte de Paulo e os
demais apóstolos, é correto afirmar:

a) Os amanuenses utilizados pelos apóstolos tinham grande liberdade no


tocante a composição dos seus escritos, o que explica as discrepâncias
teológicas que podem ser observadas, inclusive, dentro do próprio corpus
paulinus.
b) Era uma forma muito tradicional de se propagar ensinos religiosos no
primeiro século; os cristãos simplesmente se valeram de um método que
filósofos gregos já utilizavam há séculos.
c) Amanuenses eram muito utilizados na época por pessoas que tinham
dificuldades com a escrita; como o apóstolo Paulo era muito versado na
língua grega, ele nunca preciso se valer de tal expediente.
d) A hipótese de uma compilação gradual das cartas de Paulo, a medida que
estas eram remetidas às igrejas, é a que melhor explica a agregação dos
escritos paulinos ao cânon cristão. É possível que, ao final do século 1º, as
cartas já circulassem em conjunto, sendo improvável a hipótese de atividade
editoral por parte de um compilador tardio das epístolas paulinas.
e) Somente após a morte do apóstolo a Igreja se conscientizou da importância
de seus escritos; então, um compilador, provavelmente Onésimo, se
incumbiu da tarefa de reunir e editar os escritos paulinos, escrevendo Efésios
como caput da coleção.

20. Sobre a corrente hermenêutica contemporânea conhecida como “nova


perspectiva sobre o apóstolo Paulo”, é correto afirmar:

a) E. P. Sanders é seu principal proponente. Afirma que Paulo, movido por


influências conceituais helênicas, tornou místicos e complexos os ensinos éticos
simples de Jesus de Nazaré.

b) N. T. Wright é seu principal expoente. Sua contribuição foi apresentar a


história da redenção como a chave hermenêutica do pensamento do apóstolo
Paulo, sendo a cristo-escatologia a espinha dorsal da teologia paulina.

c) Kristen Stendall é seu principal formulador. Propõe que o ensino de


Paulo será melhor compreendido quando contemplado a partir de sua
experiência existencial na estrada de Damasco, quando após intensa luta
psicológica encontrou descanso para sua consciência agonizante na doutrina da
justificação pela fé.

d) J. G. Dunn é seu mais conhecido articulador. Ele propõe uma redefinição


da expressão “obras da lei”, partindo da premissa que a religião judaica na época
de Paulo era, na verdade, uma religião da graça; a polêmica de Paulo em Gálatas
e Romanos, portanto, não é de natureza soterológica, e sim eclesiológica,
motivada por sua atividade como apóstolo dos gentios.

e) Seu principal defensor é D. A. Carson. É na verdade uma retomada das


posições clássicas agostiniana e luterana, uma vez que a interpretação tradicional
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do apóstolo Paulo foi abandonada no início do século 20 por influência da ilustre


escola de Tübingen.

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