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História A 12.

º ano

Da Revolução à estabilização da democracia

1) Considera a eclosão da ”Revolução de Abril” classifica as afirmações em verdadeiras (V) ou


falsas (F).

a) O movimento responsável pela revolução de Abril começou por ser um protesto


corporativo que evoluiu para um movimento que procurava uma saída para o problema
colonial.
b) A direção do Movimento dos Capitães seria entregue a Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de
Carvalho e Melo Antunes.
c) Na madrugada de 25 de abril de 1974, desencadeia-se a operação "Fim-Regime" com a
movimentação rápida das unidades com o objetivo de tomar pontos estratégicos
específicos.
d) O Movimento dos Capitães conduzirá o processo revolucionário do MFA até às eleições da
Assembleia Constituinte.

2) Considera as medidas adotadas pela Junta de Salvação Nacional e seleciona as opções


corretas.

a) Destituição do Presidente da República e do Presidente do Conselho, quadros


administrativos e governadores civis do Estado Novo.
b) Extinção da PIDE-DGS, Legião Portuguesa e Censura.
c) Amnistia e libertação dos presos políticos com exceção das personalidades mais
marcantes da política nacional.
d) Autorização da organização de partidos políticos e sindicatos livres, exceto a legalização
das organizações que operavam clandestinamente.
e) Agendamento do prazo para a realização de eleições constituintes.
f) Nomeação do General António de Spínola para Presidente da República.

3) Atenta no documento e seleciona as opções corretas.

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A situação de instabilidade política vivida no verão de 1975 deve-se:

a) À perda de terreno do pólo afeto ao General Spínola em favor das forças esquerdistas do
MFA.
b) À redução dos membros da Junta de Salvação Nacional devido à demissão do general
Spínola.
c) À forte ligação do primeiro-ministro Vasco Gonçalves ao Partido Comunista e ao
crescente protagonismo deste Partido no aparelho de Estado.
d) À manobra contrarrevolucionária ou Golpe militar encabeçado pelo General Spínola, que
tinha como objetivo neutralizar as forças mais à direita.
e) Ao boicote da manifestação de apoio ao general Spínola pelas forças de esquerda e à
radicalização do processo revolucionário.

4) Seleciona a opção correta.

Considera os fatores conducentes à radicalização do processo revolucionário.

a) Otelo Saraiva de Carvalho, à frente do comando do COPCON, incentiva várias ordens de


prisão de elementos moderados.
b) A formação do Conselho da Revolução passando a funcionar como órgão executivo do
MFA.
c) A ligação do ideário do Conselho da Revolução ao programa do Partido Comunista,
orientando-se para o desenvolvimento do PREC -Processo Revolucionário em Curso.
d) O declínio da agitação social durante a ação do PREC.
e) A feição extremista de algumas ações devido à miragem do Poder popular.

5) Analisa o documento enuncia os principais propósitos do Golpe Militar do MFA.

“Considerando que, ao fim de treze anos de luta em terras do Ultramar, o sistema político vigente
não conseguiu definir, concreta e objetivamente, uma política ultramarina que conduza à paz entre os
Portugueses de todas as raças e credos;
Considerando o clima de total afastamento dos Portugueses em relação às responsabilidades
políticas que lhes cabem como cidadãos, com crescente desenvolvimento de uma tutela de que resulta
constante apelo a deveres com paralela abnegação de direitos;
Considerando a necessidade de sanear instituições, eliminando do nosso sistema de vida todas as
ilegitimidades que o abuso do poder tem vindo a legalizar;
Considerando finalmente que o dever das Forças Armadas é a defesa do país, como tal se
entendendo também a liberdade cívica dos seus cidadãos:
O Movimento das Forças Armadas, que acaba de cumprir com êxito a mais importante das missões
cívicas dos últimos anos da nossa História, proclama à Nação a sua intenção de levar a cabo, até à sua
completa realização, um programa de salvação do país e de restituição ao povo português das liberdades
cívicas de que vem sendo privado. Para o efeito, entrega o governo a uma Junta de Salvação Nacional a
quem exige o compromisso, de acordo com as linhas gerais do Programa do Movimento das Forças
Armadas […] de promover eleições gerais de uma Assembleia Nacional Constituinte, cujos poderes, por
sua representatividade e liberdade na eleição, permitam ao país escolher livremente a sua forma de vida
social e política.”
Proclamação distribuída aos cidadãos pelo Movimento das Forças Armadas no dia 25 de Abril de 1974 e difundida, cerca
das 20 horas, pelo Rádio Clube Português.

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6) Seleciona as opções corretas.

Considera a política económica antimonopolista e identifica as suas principais ações.

a) O alargamento da intervenção estatal no campo económico e financeiro visava a


destruição dos grandes grupos económicos, de atuação monopolista e a apropriação dos
setores chave da economia.
b) Durante os IV e V Governos, o Estado intervém nas empresas que, de acordo com o D.-
L. 660/74, não contribuíssem para o normal desenvolvimento económico do país.
c) De acordo com o D.-L. 660/74, alguns corpos gerentes foram substituídos por comissões
administrativas geridas pelos monopólios.
d) O intervencionismo estatal aumenta na sequência do golpe militar de 11 de março.

7) Estabelece a correspondência correta.

Considera as tensões políticas e ideológicas do movimento revolucionário.

Coluna I Coluna II
1 – 28 setembro de 1974 A – Tentativa de Golpe de Estado da esquerda radical,
cujo controlo é retomado pelo General Ramalho Eanes,
neutralizando-se, desta forma, os setores mais radicais.
É o triunfo da via democrática e parlamentar.
2 – 11 março de 1975 B - Manifestação de apoio ao General Spínola, "maioria
silenciosa", interditada pelo MFA. Spínola acabaria por
pedir a demissão.
3 – 25 novembro de 1975 C – Golpe de Estado conduzido por militares afetos ao
General Spínola – a "Intentona Reacionária" com o
objetivo de neutralizar as forças mais à esquerda.

8) Seleciona a opção correta.

Considera as principais medidas económicas tomadas no rescaldo do 11 de março de 1975.

a) O processo da reforma agrária que conduziu à ocupação de terras pelos trabalhadores; à


sua expropriação e nacionalização pelo Estado, que ocorreria entre 1975 e 1982.
b) O processo da reforma agrária atingiria cobertura legal e são expropriadas grandes
propriedades com vista à constituição de Unidades Coletivas de Produção (UCP), tendo
estas total liberdade de autogestão.
c) A aprovação de novas leis laborais, de carácter socializante foi também uma das grandes
preocupações, destacando-se a instituição do salário mínimo nacional e a regulação dos
despedimentos.

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9) Atenta no documento e responde às seguintes questões.

“Artigo 1.º - O princípio de que a solução das guerras de Ultramar é político e não militar, consagrado no
nº 8, alínea a), do capítulo B do Programa das Forças Armadas, implica, de acordo com a Carta das
Nações Unidas, o reconhecimento por Portugal do direito dos povos à autodeterminação.
Artigo 2º - O reconhecimento do direito à autodeterminação, com todas as suas consequências, inclui a
aceitação de independência dos territórios ultramarinos e a derrogação da parte correspondente ao artigo
1 da Constituição política de 1933. “
Lei 7/74, de 27 de julho de 1974

a) Contextualiza a aprovação da Lei 7/74 pelo Conselho de Estado.


b) Identifica as principais determinações da política de descolonização portuguesa em
África.

10) Seleciona as opções corretas.

Caracteriza a forma como decorreu o processo de descolonização portuguesa.

a) O país revelou incapacidade para fazer frente aos conflitos que surgiram aquando do
processo de descolonização, dada a desmotivação geral do exército, a deterioração das
relações entre os militares africanos e os comandos europeus e a instabilidade política da
metrópole.
b) O processo de independência das várias colónias ocorreu em simultâneo, após um
período de transição, institucionalizado pelos acordos.
c) A situação mais grave de confrontos ocorreu em Angola, devido à existência de três
movimentos que se revelaram antagónicos, mas também, devido à ineficácia do Governo
de transição, conduzindo à Guerra Civil.

11) Atenta no documento e caracteriza a importância política do Documento dos Nove.

“ […] Formas selvagens e anarquizantes do exercício do poder foram-se instalando por toda a parte (até
no interior das forças armadas) […] O MFA, que inicialmente se havia afirmado como suprapartidário, viu-
se cada vez mais enleado nas manipulações politiqueiras de partidos e organizações de massas, acabando
por se ver comprometido com determinado projeto político que não correspondia nem à sua vocação
original nem ao papel que dele esperava a maioria da população do país. […] o país encontra-se
profundamente abalado, defraudado relativamente às grandes esperanças que viu nascer com o MFA. […]
É necessário repelir energicamente o anarquismo e o populismo, que conduzem inevitavelmente à
catastrófica dissolução do Estado […]. É necessário reconquistar a confiança dos portugueses, acabando
com os apelos ao ódio e as incitações à violência. Trata-se de construir uma sociedade de tolerância e de
paz e não uma sociedade sujeita a novos mecanismos de opressão.”
Documento dos Nove (7-8-1975)

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12) Analisa o documento e caracteriza o impacto da revolução política portuguesa na relação


do país com a Europa e o mundo.

“ […] O Governo Português manifesta a esperança de que uma vez que adotou medidas concretas para
respeitar as disposições da Resolução n.º 1514, a Assembleia Geral das Nações Unidas possa reconsiderar
as suas anteriores decisões sobre o assunto e dar a Portugal a possibilidade de participar plenamente nos
programas social, económico, financeiro e técnico das Nações Unidas e das agências especializadas, bem
como participar nas atividades daqueles órgãos. […]”

Comunicação do Presidente da República, general António de Spínola, aquando da visita do Secretário-geral das Nações
Unidas, Kurt Waldheim, 4 de Agosto de

13) Caracteriza sucintamente a política externa portuguesa após o 25 de Abril.

14) Enuncia as principais transformações políticas decorrentes da Revolução dos Cravos.

15) Qual o significado atribuído ao projeto do MFA sintetizado nos três D.

16) Atenta no documento e responde às seguintes questões.

Os Receios do general Spínola

[…] Ao constatar a perfeita orquestração dos excessos que se repetem por toda a parte; ao
constatar ser impossível atribuir a reações espontâneas a inversão de toda a ética a pretexto da liberdade,
inversão a que se assiste quotidianamente nas ruas, nas empresas, nas escolas e até em setores da
função pública de alta responsabilidade social […] ressaltam à evidência as linhas de força que estão na
origem da situação a que urge pôr cobro, pois encontram-se em jogo o prestígio do povo português e a
liberdade de que desejamos usufruir. […]

Creio não ser necessário documentar quanto afirmo, pois a grande maioria dos portugueses
decerto bem o reconhece. Mas importa que a ameaça seja enfrentada a tempo, pois não podemos
consentir que à sombra da liberdade se instalem ditaduras; nem poderemos consentir que se continue a
atribuir apenas às forças da reação a origem dos desmandos que a pouco e pouco começam a revelar o
contexto em que se inserem. Não se fez uma revolução para que o poder apenas passasse de um
extremo ao outro à custa do povo português. […]

Discurso do Presidente da República, general António de Spínola, na tomada de posse do II Governo Provisório,
em 17-08-1974

a) Identifica os excessos a que se refere o autor.


b) Enuncia os blocos políticos que surgiram da fracionação do poder no rescaldo do Golpe
militar.
c) À luz dos acontecimentos comenta a frase em destaque no texto.

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Da Revolução à estabilização da democracia Soluções

1.
a), c), d).

2.
a), b), e), f).

3.
a), b), c), e).

4.
a),b), c), e).

5.
A necessidade de definição de uma política ultramarina; combater o afastamento em relação às
responsabilidades políticas dos cidadãos; o dever de sanear as instituições existentes
eliminando os seus abusos; a concretização de um programa de salvação do país.

6.
a), b), d).

7.
1–B
2–C
3–A

8.
b), c).

9.
a) A Lei 7/74 surge no rescaldo do Golpe Militar, sob as pressões internacionais da ONU e da
OUA que apelam à Junta de Salvação Nacional para que consagre o princípio de independência
das colónias; a decisão foi comunicada pelo Presidente da República a 27 de Julho de 1974,
contudo, mais tarde, o General Spínola advogaria que a decisão teria sido tomada/determinada
pela pressão dos acontecimentos, a seu contragosto, já que o seu projeto era mais moderado –
federalista.
b) A resolução política da questão colonial só se tornou possível após a Revolução de Abril,
demonstrando o carácter democrático e anticolonial do novo regime. A Lei 7/74 retoma as
propostas iniciais do Programa do Movimento das Forças Armadas, reconhecendo o direito dos
povos à autodeterminação o que implicava a aceitação da independência dos territórios
ultramarinos; dá-se a suspensão dos combates e iniciam-se as negociações com os
representantes dos diversos movimentos de libertação das colónias; estabelece-se ainda um
calendário para a independência dos territórios de Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe
e o reconhecimento imediato da independência da Guiné-Bissau; dá-se o regresso a Portugal de
meio milhão de “retornados”. Portugal assume, assim, a sua vocação europeia.

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10.
a), c).

11.
O documento reflete a opinião de um grupo de nove oficiais do Conselho da Revolução, de
postura moderada, encabeçados pelo major Melo Antunes e que criticam abertamente os
setores radicais do MFA; declaram o momento crucial a que chegou o processo revolucionário e
a necessidade de efetivar decisões relativamente ao futuro político do país; denunciam o rumo
que o processo revolucionário começa a tomar recusando para Portugal um modelo coletivista;
consolidam o afastamento da equipa dirigente e a consolidação das forças moderadas no poder.

12.
O impacto manifestou-se: na quebra do isolamento internacional pela aceitação nas instâncias
internacionais, como se depreende pelo resultado da comunicação do Presidente da República
ao Secretário-geral da ONU; no princípio do fim dos regimes autoritários que ainda persistiam
na Europa ocidental: Grécia, Espanha; na influência exercida pela revolução no enfraquecimento
dos últimos bastiões brancos em África: Rodésia e África do Sul.

13.
Fim do “ciclo imperial” através do processo de descolonização; abertura das negociações para
adesão de Portugal à CEE; empenho e aprofundamento da cooperação com os Estados da
Europa comunitária – vocação europeia; relacionamento com os PALOP; defesa dos valores de
autodeterminação dos povos.

14.
Desmantelamento das estruturas do Estado Novo; respeito pelos direitos humanos e liberdades
fundamentais (libertação dos presos políticos; regresso dos exilados) com vista à
democratização da sociedade portuguesa; direito ao associativismo (formação e legalização dos
partidos políticos); grande envolvimento político da população; descolonização dos territórios
ultramarinos; aprovação da Constituição de 1976 (consagração da democracia pluralista),
reforço do modelo político democrático com a revisão constitucional de 1982 (abolição do
Conselho da Revolução e sujeição dos militares ao poder político).

15.
-“Democratizar, Desenvolver, Descolonizar.”

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a) Os excessos referem-se a um período de grande agitação, reivindicações laborais, greves e
manifestações numa efervescência social incontrolável; conduziria à demissão do I Governo
Provisório.
b) Fruto das tensões políticas e ideológicas, o poder político fraciona-se: um grupo afeto ao
general Spínola (com uma perda substancial de influência) e o grupo da comissão coordenadora
do MFA e seus apoiantes.
c) A frase em destaque evidencia a radicalização que a Revolução tinha atingido, com a perda
de poder do presidente e a sua demissão: Otelo Saraiva de Carvalho comanda o COPCON, o
primeiro-ministro Vasco Gonçalves apresenta-se com forte ligação ao Partido Comunista. O
general Spínola denuncia a ameaça do poder passar precisamente de um extremo ao outro, ou
seja haver uma evidente inflexão à esquerda, e levá-lo-á a conduzir a tentativa de Golpe militar
de 11 março de 1975. Esta ameaça contrarrevolucionária conduzirá à formação do Conselho da
Revolução com forte ligação ao ideário do Partido Comunista e ao acentuar do radicalismo.

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