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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA

Prática 2: Carga específica do elétron

João Evangelista da Silva Filho


Disciplina: Mecânica Quântica
Professor: Nildo Loiola Dias

Fortaleza
2017
Objetivos
- Determinar a razão carga/massa do elétron;

Material
- Tubo de raios catódicos CENCO;
- Bobinas de Helmholtz;
- Voltímetro;
- Fonte de tensão múltipla (6.3VAC; 0…300VAC e 0…12VDC);
- Fonte de tensão/corrente (0..32V e 0…5A DC);
- Cabos;

Fundamentos
Tendo sua existência postulada pelo físico irlandês George Johnstone
Stoney (1826-1911) como resultado de seus trabalhos em eletroquímica, o qual
também cunhou o nome elétron e o considerava como sendo uma “partícula
fundamental da eletricidade”. Sua descoberta se deu devido aos trabalhos de J.J.
Thomson (1853-1940) ao estudar os tubos de raios catódicos, ele também
estabeleceu claramente o elétron como uma partícula fundamental.
Entretanto as características do elétron ainda tinha que ser determinadas;
Tal objetivo foi atingido como resultado dos trabalhos de Robert Andrews Milikan
(1868-1953) com a famosa experência da gota de óleo. Nessa prática iremos nos
deter em observar o comportamento de um feixe de elétrons submetidos a uma
região, onde se fez vácuo, e com a existência de campos cruzados elétrico e
magnéticos. Para gerar o campo magnético iremos nos valer de um par de
bobinas e das característica de que em tais arranjos o campo no centro da bobina
é perpendicular ao plano da espira e tem seu módulo dado por:

Os elétrons do feixe serão acelerados pelo campo elétrico e irão adquirir


enérgia cinética, conforme a seguinte expressão: , sabemos

também que a força magnética, surgida devido a presenção do campo magnético


gerado pelas espirar, irá alterar a direção do feixe, agindo assim como força
centrípeta, de forma que temos a seguinte expressão: , onde
r é o raio da trajetória descrita pelo feixe. Unindo as duas últimas expressões,
obtemos uma maneira de calcularmos a relação carga-massa: ,

onde U é a diferença de potencial geradora do campo elétrico e B o campo


magnético gerado pela espira, do qual o módulo é dado pela expressão
anteriormente determinada.
Dessa feita poderemos medir a relação carga-massa a partir de
característica externa facilmente mensuráveis.

Procedimento
Medição da razão carga/massa do elétron

Realizamos a montagem do aparato conforme orientado no texto do


procedimento. Tomamos o cuidado de mantermos as correntes e tensões dentro
dos padrões estabelecidos pelo fabricante e também citados no texto, evitando
assim redução da vida útil e/ou danos aos equipamentos.
Por fim, realizamos as medições e as sumarizamos na tabela abaixo:

U (V) I (A) B (T) r (cm) e/m (C/kg)

50,0 2,11 1,46 x 10-3 2,0 1,17 x 1011


54,9 2,72 1,89 x 10-3 2,0 7,42 x 1010
60,1 3,12 2,17 x 10-3 2,0 6,41 x 1010
64,9 3,34 2,32 x 10-3 2,0 6,04 x 1010
70,0 3,48 2,42 x 10-3 2,0 6,00 x 1010
75,0 3,68 2,55 x 10-3 2,0 5,75 x 1010

Prosseguindo com a orientação do procedimento, reduzimos a corrente


aplicada nas bobinas a zero e mudamos a polaridade. Repetimos os
procedimentos para obtermos novamente um feixe de elétrons e notamos que
com a inversão de polaridade o semicirculo passou a forma-se em sentido
contrário ao sentido inicial.
Questionário (respostas)
1. Qual o valor médio da razão carga/massa obtido experimentalmente?
R: 7,21 x 1010 C/Kg.

2. Qual o erro percentual do valor obtido para e/m em relação ao valor


conhecido da literatura?
R: Utilizando os valores para a carga do elétro e para a massa, encontramos
o valor de 1,76 x 1011 C/Kg. Em relação ao valor médio obtido no
experimento temos um erro de cerca de 67%.

3. Qual o valor máximo do campo magnético B, usado (por você) nessa


prática ?
R: O valor máximo foi de 2,55 mT.

4. Qual a velocidade dos electrons quando o potencial aplicado é de 60V?


R: Utilizando a equação 2.1 do roteiro de prática, encontramos um valor
para a valocidade do feixe de elétrons, a partir, do valor obtido
experimentalmente e/m = 1,76 x 1011 C/Kg, quando U = 60V, obtem-se um
valor aproximado de velocidade V = 4,6 x 106 m/s.

5. Como, neste experimento, foi possível variar a energia cinética dos


elétrons e qual o efeito desta variação sobre a trajetória dos mesmos
mantendo o campo magnético constante ?
R: Alterando-se a diferença de potencial U fornecida pela fonte 0..300V, ao
aumentarmos seu valor, aumentar o raio da trajetória descrita pelo feixe
para uma dada corrente aplicada às bobinas.

6. Como, neste experimento, foi possível variar a intensidade do campo


magnético e qual o efeito da intensidade do campo sobre a trajetória dos
elétrons, mantido o potencial, U, constante ?
R: Pelas expressões deduzidas vimos que a intensidade do campo magnético
é diretamente proporcional à intensidade da corrente aplicada às mesmas,
portanto para varia-lo bastava varia a corrente aplicada às bobinas. O
efeito sobre o raio da trajetória foi a redução do raio, pois, pelas expressões
vemos que o raio é inversamente proporcional a intensidade do campo
magnético.
Conclusão
O experimento é sem dúvida muito bonito e impressiona. Faz uma ligação
perfeita entre a teoria, donde a vemos comprovada e podemos perceber,
ajustando os parametros, os efeitos da ação de campos cruzados, elétrico e
magnético, em partículas carregadas. Infelizmente o resultado de algumas
medições não ficaram dentro de uma margem de erro muito boa, devido a
problemas nos aparelhos e pouco tempo para o refazimento das medições,
porém, o experimento serviu ao propósito de dar vida as predições teóricas e aos
efeitos dos campos cruzados.

Bibliografia
Fisica IV, Sears & Semansky 12ed.
Física Básica, Moysés Nussenzveig.

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