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OBJETIVOS
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de:
• calcular as reações (incógnitas) de apoios em Pórticos (quadros);
• compreender o surgimento dos esforços solicitantes internos provenientes dos
carregamentos estruturais;
• determinar os esforços solicitantes internos em Quadros Isostáticos.
1. QUADROS PLANOS – pórticos isostáticos planos
Pórticos são estruturas formadas por vigas e colunas conectadas por ligações
rígidas, formando “Quadros” entre si. Também são denominadas de estruturas
aporticadas. Normalmente, o ângulo entre a viga e a coluna é de 90º, no entanto, pode-se
ter conexões em diferentes ângulos. Os Quadros podem consistir de uma única coluna
(pilar) e viga (Figura 1(a)) ou, como em um prédio de múltiplos andares, de muitas colunas
e vigas (Figura 1(b)).
FIGURA 1. (a) pórtico simples e (b) pórtico contínuo de prédio com vários pavimentos.
Nos quadros não contraventados, os nós estão livres para deslocar lateralmente,
assim como para girar. Como tendem a ser relativamente flexíveis comparados aos quadros
contraventados, sob carga lateral os quadros não contraventados podem sofrer grandes
deflexões transversais que danificam os elementos não estruturais associados, como
paredes, janelas, etc.
Para quadros (pórticos), costuma-se definir o momento como positivo quando produz
tensões de compressão na superfície externa da barra, em que se define como interna a
região dentro do pórtico, como ilustrado na Figura 3.
Para a obtenção das reações de apoio (𝐻𝐴 , 𝑉𝐴 , 𝑒 𝑉𝐷 ) dispõe-se das três equações de
equilíbrio universais da Estática no plano, visto que se trata de estrutura isostática. Assim
como ocorre nas vigas isostáticas, após os cálculos das reações, passa-se então para a
determinação dos Esforços Internos Solicitantes (EIS) e em seguida, a obtenção dos
diagramas desses esforços.
Diante dessa nova forma de estrutura (quadros planos), a determinação dos esforços
internos pode ser de fácil obtenção ao se isolar cada barra em uma estrutura já conhecida,
no caso, vigas isostáticas, como representado na Figura 5.
Exercício Resolvido: obter os diagramas dos esforços solicitantes para o quadro isostático
biapoiado ilustrado na Figura 7.
Determinação das reações de apoio
∑ 𝑀𝐴 = 0
−16 + 40 × 4 + (20 × 10) × 3 − 20 × 6 − 4 × 𝐻𝐵 = 0
𝐻𝐵 = 156 𝑘𝑁. 𝑚
∑𝑉 = 0
+𝑉𝐴 − 200 = 0
𝑉𝐴 = 200 𝑘𝑁
∑𝐻 = 0
𝐻𝐴 + 40 − 20 − 156 = 0
𝐻𝐴 = 136 𝑘𝑁
Identificação das barras e suas orientações em relação as fibras internas e externas (I, II e III) (Figura 8 (a),
(b) e (c).
a) b) c)
FIGURA 8. Orientação das barras I (a), II (b) e III (c).
ESFORÇO NORMAL – BARRA ❶ (Figura 9 (a)).
FIGURA 9 (b). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra II.
𝑁𝐸𝑎 = 0
𝑁𝐷 = 0 𝑁𝐸
𝑁𝐸𝑑 = −40 − 136 = −176
FIGURA 9 (c). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra II.
FIGURA 9 (d). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra III.
𝑁𝐹𝑎 = 0
𝑁𝐺 = 0 𝑁𝐹
𝑁𝐹𝑑 = +200 − (20 × 10) = 0
FIGURA 9 (e). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra III.
FIGURA 11 (b). Seções-chaves para determinação dos esforços cortantes na barra II.
𝑉𝐸𝑎 = −20 × 2 = −40 𝑉𝐹𝑎 = −20 × 10 + 200 = 0
𝑉𝐷 = 0 𝑉𝐸 𝑉𝐹
𝑉𝐸𝑑 = −20 × 2 + 200 = 160 𝑉𝐹𝑑 = 0
FIGURA 11 (c). Seções-chaves para determinação dos esforços cortantes na barra III.
FIGURA 13 (b). Seções-chaves para determinação dos momentos fletores na barra II.
FIGURA 13 (c). Seções-chaves para determinação dos momentos fletores na barra III.
∑ 𝑀𝐴 = 0
−𝑀𝐴 + 10 × 1 − 10 × 2 − 30 × 2 + (10 × 4) × 2 = 0
𝑀𝐴 = 10 𝑘𝑁. 𝑚
∑𝑉 = 0
+𝑉𝐴 − 30 − 10 − (10 × 4) = 0
𝑉𝐴 = 80 𝑘𝑁
∑𝐻 = 0
𝐻𝐴 − 10 = 0
𝐻𝐴 = 10 𝑘𝑁
FIGURA 16. Quadro isostático engastado.
Identificação das barras e suas orientações em relação as fibras internas e externas (I, II e III) (Figura 17 (a),
(b) e (c).
a) b) c)
FIGURA 17. Orientação das barras I (a), II (b) e III (c).
ESFORÇO NORMAL – BARRA ❶ (Figura 17 (a)).
FIGURA 17 (b). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra II.
𝑁𝐸𝑎 =0
𝑁𝐷 = 0 𝑁𝐸 𝑁𝐹 = 0
𝑁𝐸𝑑 =-10+10=0
ESFORÇO NORMAL – BARRA ❸ (Figura 17 (c)).
FIGURA 17 (c). Seções-chaves para determinação dos esforços normais na barra III.
FIGURA 18 (b). Seções-chaves para determinação dos esforços cortantes na barra II.
FIGURA 18 (c). Seções-chaves para determinação dos esforços cortantes na barra III.
FIGURA 19 (b). Seções-chaves para determinação dos momentos fletores na barra II.
𝑀𝐸𝑎 = −30 × 2 = −30
𝑀𝐷 = 0 𝑀𝐸 𝑁𝐹 = +80 × 4 − 10 − 10 × 4 + 10 × 2 − 10 × 3 − 30 × 6 − (10 × 4) × 2 = 0
𝑀𝐸𝑑 = −30 × 2 − 10 × 4 − 10 + 10 × 2 + 10 × 1 = −80
FIGURA 19 (c). Seções-chaves para determinação dos momentos fletores na barra III.
FIGURA 22. Quadro biapoiado com articulação e tirante representado apenas pelo esforço de tração.