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O BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR

O Bullying é uma situação caracterizada por agressões diretas (verbais ou físicas) e


agressões indiretas (exclusão social e isolamento) que são feitas de maneira
repetitiva, essa forma de agressão está presente em todas as classes sociais, de
todas as maneiras possíveis, sendo mais frequente em instituições educacionais
independente de ser uma organização publica ou particular. O termo bullying deriva
da palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação
em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação
e maltrato.

De acordo com Mead, o bullying é um fenômeno social de grande relevância, que


possui características específicas, deve ser analisado a partir das peculiaridades de
cada contexto, considerando a subjetividade dos envolvidos bem como as
características sociais, culturais e econômicas de cada realidade.

O ser humano age com relação às coisas baseadas nos sentidos em que possuem
para ele, estas coisas incluem além de outros objetos, outros seres humanos,
podendo classifica-los em amigos ou inimigos. O sentido destes indivíduos surge da
interação social em que se estabelece com tais pessoas, que podem ser manipulados
e modificados através de um processo interpretativo. Esse fato pode ser observado
no bullying, ao afirmar que o ser humano possui um “self”, Mead enfatiza que o mesmo
age socialmente em relação a outras pessoas, e da mesma forma interage
socialmente consigo mesmo.

Muitas vezes o agressor pode apresentar baixa autoestima, atitudes agressivas e


provocativas, pode ser depressivo, ansioso, inseguro e inoportuno, por isso sente a
necessidade de atingir a vitima com repetidas humilhações ou depreciações para que
se sinta poderoso, popular, e para obter uma “boa” imagem de si mesmo. Esse
comportamento agressivo pode ter origem na relação familiar do agressor com seus
pais/criadores.

De acordo com Peter Berger e Thomas Lukmann, a criança na fase da socialização


primária é exposta a cultura de seus pais, assumindo o outro significativo, ela faz um
filtro sobre essa cultura que foi passada e internaliza esse papel. Mesmo não
concordando com essa cultura, ela troca o objeto, mas não troca a maneira como foi
socializado. Como por exemplo: A criança é criada em um ambiente onde tudo se
resolve em violência verbal ou física, mesmo não concordando com as atitudes ela
reproduz isso no ambiente escolar, afetando outras pessoas (vitimas), que geralmente
são pessoas que de alguma forma não se enquadram em um determinado perfil, ou
seja, fora dos estereótipos que a sociedade determina (pessoas quietas, acima ou
abaixo do peso, altas, baixas, com gostos atípicos, homossexuais...).

Quando a vítima se sente violentada ou ofendida, torna-se uma questão social.


Cada um tem sua maneira de reagir, pensar e atribuir significado a cada situação. As
duas reações que mais ocorrem são: Não interpretar de maneira ofensiva, agir como
se fosse uma brincadeira, não dar atenção, usando o riso e a aceitação como forma
de defesa, evitando que ocorra novamente a fim de fazer parte desse determinado
grupo. A segunda reação, a mais comum, é a vítima se sentir humilhada e violentada
interpretando de maneira ofensiva, sendo exclusa desse determinado grupo.

Existem casos de vitimas que se tornam agressoras, essas pessoas buscam se


compensar, reproduzindo os maus tratos com pessoas mais fracas do que ela, ou
seja, a pessoa que sofre bullying, se torna objeto de suas próprias ações, cuja mesma
é formada através das opiniões de quem a julga, que servirão de referência para ela.
Ela passará a “assumir o papel de outros” em relação a si própria.]

O bullying na internet (cyberbullying) envolve o uso de tecnologias de informação e


comunicação para dar apoio as agressões podendo envolver; ameaças, comentários
sexuais, discurso de ódio, ridicularização, declarações falsas, humilhação, etc... Na
escola, independente do gênero, seu único objetivo é envergonhar, perseguir ou fazer
ameaças on-line.

Muitas destas situações de bullying no ambiente escolar dependem de fatores


externos, onde as intervenções podem estar além da responsabilidade e da
capacidade das instituições de ensino e de seus funcionários, nesse ponto deve-se
pensar como algo que tem de ser feito em conjunto: família, escola, o poder público e
sociedade de um modo geral (O Art. 227 da Constituição Federal diz que: “É dever da
família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”). Por isso constatou-se
que o assistente social tem um papel de suma relevância na composição do âmbito
educacional, pois assim, além de orientar os funcionários dando suporte à instituição,
também pode ajudar a trabalhar com a família dos alunos. Dessa forma, o profissional
consegue estar presente na análise de todo o contexto no qual a criança frequenta,
prestando informações e sensibilizando sobre as consequências do bullying, fazendo
encaminhamentos até mesmo a outras políticas públicas. Sendo assim, o assistente
social consegue trabalhar em parceria com outros órgãos para garantir a efetivação
dos direitos das crianças e dos adolescentes para que estes não sejam violados.

As consequências do bullying escolar são as mais variadas possíveis e dependem


muito de cada indivíduo, dependendo de como recebem as agressões e de como
reagem em relação a seus agressores. No entanto, o bullying causa sofrimento a
todas as vítimas, em maior ou menor proporção. Geralmente a vitima tem desinteresse
pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, queda do rendimento escolar,
absentismo e evasão escolar. Muitas delas levarão marcas profundas provenientes
das agressões para a vida adulta, como problemas psicossomáticos, transtorno de
pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade
generalizada no qual necessitarão de apoio psicológico e/ou psiquiátrico para superá-
las. Em casos graves, podem ser observados quadros de esquizofrenia, homicídio e
suicídio.

É importante lembrar que nem todas as consequências do bullying resultam em


tragédias, como as citadas acima, no entanto, as agressões sempre causam
sofrimento, interferindo drasticamente nos processos de aprendizagem e
socialização, podendo deixar graves sequelas emocionais.

Podemos associar o determinado tema, conforme as implicações metodológicas de


Blumer, sobre a visão interacionista do grupo humano e da ação social que ele
sumariza em quatro concepções centrais:

1- As pessoas, individual ou coletivamente, estão preparadas para agir à base dos


sentidos dos objetos que compreendem seu mundo;
2- A associação das pessoas se dá, necessariamente, sob a forma de processo
no qual elas estão fazendo indicações uma à outra e interpretando as
indicações uma da outra;

3- Os atos sociais, não importa se individuais ou coletivos, são construídos


através de um processo no qual os atores notam, interpretam e avaliam as
situações que eles confrontam;

4- A intervinculação complexa dos atos que compreendem organizações,


instituições, divisão de trabalho e redes de interdependência são questões
moventes e não estáticas (1969:50).

De acordo com kurt Lewin “a própria existência de toda minoria só é possível graças
a tolerância da maioria no meio em que ela está inserida”. Isso significa que na relação
com o bullying, em quanto houver tolerância da sociedade, será difícil extinguir esse
grave problema que enfrentamos.

Diante desse trabalho, podemos concluir que o bullying é uma violência muito comum
no ambiente escolar, no qual pode acarretar muitos problemas tanto na vida do
agressor quanto na vida da vitima, que a presença de um assistente social e de um
psicólogo nesse ambiente pode reduzir a probabilidade da ocorrência desses
comportamentos, e também podem auxiliar as vitimas para que não haja
consequências drásticas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37003/000787333.pdf

http://www.scielo.br/pdf/ep/v42n1/1517-9702-ep-42-1-0181.pdf

http://www.conhecer.org.br/enciclop/conbras1/bullying.pdf

http://www.scielo.br/pdf/rlae/2015nahead/pt_0104-1169-rlae-0022-2552.pdf

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