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Tipos de Trabalhos Acadêmicos: O fichamento

Segundo Severino (2007), o fichamento é o ato de registrar os estudos de um texto. O trabalho de


fichamento possibilita ao estudante, além da facilidade na execução dos trabalhos acadêmicos, a
assimilação do conhecimento. De acordo com Severino (2007), o fichamento deve ter a seguinte
estrutura: cabeçalho indicando o assunto e a referência completa da obra, isto é, a autoria, o título,
o local de publicação, a editora e o ano da publicação. Ainda segundo o autor, existem três tipos
básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e o
fichamento de citações.

[Os modelos a seguir foram cedidos por professores da FALE]

1. Modelo de fichamento de citações

Conforme a ABNT (2002), a transcrição textual é chamada de citação direta, ou seja, é a


reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo.


TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo:
brasiliense, 1993.
“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da
escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da
República” (p.30)
“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de
honra” (p. 132)
“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)

2. Modelo de fichamento de resumo ou conteúdo

É uma síntese das principais ideias da obra. O aluno parafraseia a informação lida de forma a
revelar sua interpretação.

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segunda capítulo.


TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo:
brasiliense, 1993.
O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos
feministas, como relato de uma prática.
A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500 –
1822), até os anos de 1975 em que foi considerado o Ano Internacional da Mulher.
A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches,
violência, participação em greves, saúde e sexualidade

3. Modelo de fichamento bibliográfico

É a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela. Neste
modelo, o estudante também parafraseia a informação lida.
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segunda capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo:
brasiliense, 1993.
A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de fontes
secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e
analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de 1500.
A autora descreve em linhas gerais todo s processo de lutas e conquistas da mulher

Referências:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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Tipos de Trabalhos Acadêmicos: O resumo

Para Schneuwly e Dolz (1999), resumir é uma das práticas lingüísticas mais freqüentes na vida
cotidiana. Saber resumir textos lidos é uma capacidade necessária nas sociedades letradas para o
desempenho de várias funções e atividades profissionais.

Resumir é também um saber-fazer necessário ao universo do ensino. Schneuwly e Dolz (1999)


acreditam que o resumo constitui-se num “eixo de ensino/aprendizagem essencial para o trabalho
de análise e interpretação de textos e, portanto, um instrumento interessante de aprendizagem” (p.
15).

Na prática acadêmica, a atividade de resumir é freqüentemente solicitada pelos professores de


ensino superior que propõem a produção de resumos de gêneros em circulação no contexto
universitário. Esses gêneros caracterizam-se por possuírem um enunciador “autorizado” pelo
meio científico para veicular conhecimentos advindos de estudos e pesquisas (Schneuwly e Dolz,
1999).

Recomendações para a elaboração de resumo acadêmico

[Nesta parte do texto, omiti as citações para que os alunos reconhecessem essa ausência e fizesse as
citações a partir das orientações da ABNT, à medida que a consultavam.]

Um bom resumo é resultado de uma boa compreensão do texto lido. A compreensão é facilitada pelo
conhecimento que se tem sobre o autor, sua posição ideológica e sua afiliação teórica. Para a compreensão do
conteúdo de um texto argumentativo, é igualmente importante identificar a questão discutida no texto, a tese
(ou posicionamento) que o autor rejeita e aquela que ele sustenta; os argumentos utilizados tanto para rejeitar
quanto para sustentar uma tese; os movimentos retóricos do autor; a conclusão do autor.

Para assegurar a coesão e a coerência do texto do resumo, é preciso identificar e explicitar as relações entre as
ideias do texto por meio do uso dos organizadores textuais.

Um resumo é um texto sobre outro texto, de outro autor e isto deve ficar sempre claro,
mencionando-se frequentemente o seu autor, para evitar que o leitor tome como sendo nossas
as ideias, que, de fato, são do autor do texto resumido. Por esta razão, devemos iniciar o resumo
com o sobrenome do autor e a data do texto sendo resumido e reiterar essa referência em vários
pontos de nosso texto por meio de expressões como ‘o autor’, ‘nosso autor’, ‘ainda de acordo com
o autor’, etc. ou de pronomes pessoais como ‘ele’, ‘ela’, ‘eles’, conforme o caso.

Devemos nos lembrar que:


• O resumo deverá ser fiel às ideias do autor do texto resumido;
• O resumo é um guia para o texto original;
• O resumo é um texto breve, conciso e objetivo, não podendo conter pormenores;
• Antes do resumo, coloque a referência completa do texto.

Processo de Sumarização

Segundo Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004), sumarização é um processo cognitivo


essencial para a produção de resumos. Esse processo ocorre durante a leitura, mesmo quando não
externamos o produto do mesmo por escrito ou oralmente. Esse processo segue uma certa lógica
que depende, entre outros elementos, dos destinatários do resumo e do que julgamos que devem
conhecer sobre o texto segundo seus objetivos. A sumarização envolve os seguintes
procedimentos:

1. Apagamento de conteúdos facilmente inferíveis a partir de nosso conhecimento de


mundo;
2. Apagamento de sequências de expressões que indicam sinonímia ou explicações não
essenciais;
3. Apagamento de exemplos;
4. Apagamento das justificativas não essenciais de uma afirmação;
5. Apagamento de argumentos contra a posição do autor;
6. Reformulação das informações, utilizando termos mais genéricos (ex.: caderno, lápis,
borracha → material escolar);
7. Conservação de todas as informações factuais, uma vez que elas não são resumíveis.

Exercícios de aplicação.

Observe o processo de sumarização nos exemplos abaixo:


a) Discutiremos a construção de textos argumentativos, isto é, aqueles textos nos quais o
autor defende determinado ponto de vista por meio do uso de argumentos, procurando
convencer o leitor da sua posição.
Solução: Emprego do procedimento [2].
Novo texto: Discutiremos a construção de textos argumentativos.

b) O Iluminismo ataca as injustiças, a intolerância religiosa e os privilégios típicos do


Antigo Regime.
Solução: Emprego do procedimento [7].

c) De manhã, lavou a louça, varreu a casa, tirou o pó e passou roupa. À tarde, foi ao banco
pagar contas, retirar talão de cheques e extrato e, à noite, preparou aula, corrigiu os
trabalhos e elaborou a prova.
Solução: Emprego do procedimento [6]
Novo texto: De manhã cuidou da casa; à tarde, foi ao banco e, à noite, trabalhou.

d) Na linguagem comum e mesmo na culta, ética e moral são sinônimos. Assim, dizemos:
“Aqui há um problema ético” ou “um problema moral”. Com isso emitimos um juízo de
valor sobre alguma prática pessoal ou social, se boa, se má ou duvidosa. Mas
aprofundando a questão, percebemos que ética e moral não são sinônimos. A ética é parte
da filosofia. Considera concepções de fundo, princípios e valores que orientam pessoas e
sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos,
então, que tem caráter e boa índole. A moral é parte da vida concreta. Trata da prática real
das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é
moral quando age em conformidade com os costumes e valores estabelecidos que podem
ser, eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue costumes)
mas não necessariamente ética (obedece a princípios). (http://www.leonardoboff.com/)
Solução: Empregos do procedimento [2, 4]
Novo texto: Ética e moral não são sinônimos. A ética é uma parte da filosofia que considera
concepções e valores que orientam pessoas e sociedades. A moral trata da prática real das
pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos.

Para sumarizar, antes de qualquer coisa é necessário compreender o texto original. É preciso
identificar a ideia principal e as secundárias. Podemos eliminar, sempre que possível, exemplos,
sinônimos, explicações, justificativas e fazer generalizações. Os conectivos como, por
exemplo, mas, isto é, porém, portanto, porque auxiliam essa identificação e podem orientar os
processos de sumarização.

[As referências não estão padronizadas para que os alunos percebessem esse fato e fizessem
essa padronização de acordo com a ABNT, à medida que a consultavam.]

Referências

SCHNEUWLY, Bernard & DOLZ, Joaquim. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos
objetos de ensino. In: Revista Brasileira de Educação, nº 11, 1999, p. 5-16.

MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. Gêneros: teorias, métodos, debates. São
Paulo: Parábola, 2005.

MACHADO, A. R.; LOUSADA, E.; ABREU-TARDELLI, L. S. Resumo. São Paulo: Parábola,


2004.

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Tipos de Trabalhos Acadêmicos: A resenha


Segundo Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004), a produção de uma resenha é precedida pela
leitura, interpretação e sumarização do texto-fonte e apresenta as informações centrais do mesmo.
Assim, a capacidade de resumir bem o texto-fonte é condição para resenhá-lo.

Motta-Roth (2001) e Severino (2007), entre outros autores, consideram que a resenha é ao mesmo
tempo informativa e avaliativa. Para Motta-Roth (2001), a avaliação é a função definidora da
resenha.

Segundo Motta-Roth (1996, 2001), em uma boa resenha acadêmica, observamos que:

• A apresentação das informações do texto-fonte segue a ordem de ocorrência das
mesmas;
• A atribuição das ações do autor do texto-fonte se dá por meio de uso de verbos
(na voz ativa ou passiva e em diferentes tempos verbais), tais como: examinar,
classificar, analisar, comentar, propor, declarar, reiterar, sustentar, contrapor,
confrontar, opor, justificar, defender a tese, afirmar, objetivar, ter o objetivo de,
se propor a, apresentar, desenvolver, descrever, explicar, demonstrar, mostrar,
narrar, apontar, estruturar-se, concluir, eleger, abordar, debruçar-se sobre,
dedicar-se ao estudo de, fazer um relato de, etc. Opcionalmente, as ações podem
ser atribuídas ao texto-fonte: ‘o texto apresenta’, ‘o livro subdivide-se em’, etc.
• O texto apresenta um bom equilíbrio entre a descrição das idéias do autor do
texto-fonte e o posicionamento do autor da resenha a respeito das mesmas.
• Esse equilíbrio é explicitado pelo emprego de expressões enunciativas, tais como:
‘segundo x’, seguida de paráfrase ou citação direta; uso de aspas simples ou aspas
para termos técnicos usados pelo autor do texto original; discurso direto
destacado por aspas; discurso indireto introduzido por ‘disse que’, por exemplo;
‘minha compreensão de’, ‘entendo que’, ‘minha interpretação’, etc.
• As críticas do resenhista ao texto-fonte são polidas.

Motta-Roth (2001) denomina as partes de uma resenha acadêmica de ‘movimentos retóricos’.


Esses movimentos são estruturados em passos ou subfunções. O Quadro 1 a seguir demonstra a
organização global da resenha acadêmica:
ORGANIZAÇÃO RETÓRICA DA RESENHA

MOVIMENTOS E SUBFUNÇÕES
Movimento 1: APRESENTAÇÃO E AVALIAÇÃO INICIAL
Subfunção 1: Informar a referência bibliográfica no topo da página
Subfunção 2: Informar o tema do livro
Subfunção 3: Definir o público-alvo
Subfunção 4: Fornecer informações sobre o autor
Subfunção 5: Inserir o livro na área
Subfunção 6: Apresentar uma avaliação geral e concisa
Movimento 2: DESCRIÇÃO
Subfunção 7: Descrever a organização geral do livro
Subfunção 8: Especificar o conteúdo de cada parte
Subfunção 9: Citar outros materiais
Movimento 3: AVALIAÇÃO DE PARTES
Subfunção 10: Avaliar partes específicas
Movimento 4: AVALIAÇÃO FINAL
Subfunção 11: Avaliar o livro de forma geral

Subfunção 12: Recomendar ou não do livro OU


Recomendar o livro com restrições
Quadro 1: Organização Retórica da Resenha (Motta-Roth, 2001).

Recomendações para a construção de uma resenha

Segundo Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004), ao escrevermos um texto, devemos levar


em consideração nosso possível leitor, nossos objetivos, entre outros aspectos. As autoras sugerem
que completemos o quadro a seguir na fase de preparação para produzirmos uma resenha
acadêmica:

Autor (você)
Função social do autor
(sua)
Destinatário real
Imagem que o autor (você) tem que ter
de seu destinatário
Tema / Objeto (do texto-fonte)
Locais e / ou veículos de circulação do
texto (sua resenha)
Momento da produção
Objetivo do autor do texto-fonte

As autoras sugerem que façamos um levantamento daquilo que usaremos para valorizar o texto-
fonte e das restrições que tenhamos acerca dele. Veja as recomendações no quadro a seguir:
Aspectos para valorizar o texto-fonte Restrições ao texto-fonte
(escolher substantivos e adjetivos (escolher substantivos e adjetivos
cuidadosamente) cuidadosamente)
1.
2.
Etc.

Uma terceira recomendação feita pelas autoras é quanto ao uso dos seguintes marcadores textuais
para fazer o relato do resumo (ação que inevitavelmente precede a preparação da resenha) do
texto-fonte:
Santos (2009) .......
O objetivo de Santos (2009) .......
Para isso, a autora .......
O artigo divide-se em ......
Primeiro / Primeramente / Na primeira parte .....
No item seguinte ... / A seguir....
Finalmente, .....
A autora conclui que .....

FICHA PARA AUTO-AVALIAÇÃO DE RESENHA


Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004)
1. O texto está adequado ao objetivo de uma resenha acadêmica / escolar?
2. O texto está adequado ao(s) destinatário(s)?
3. O texto transmite a imagem que você quer passar de si mesmo? (Isto é, a imagem de
quem leu e compreendeu adequadamente o texto original e de quem soube se posicionar
em relação a ele de forma crítica?)
4. As informações que o autor do texto original coloca como sendo as mais relevantes são
por você abordadas na resenha?
5. Além do conteúdo propriamente dito, você abordou:
a) Dados sobre o autor do texto?
b) O conhecimento do autor em relação ao assunto?
c) A adequação da linguagem usada no texto para o público ao qual se dirige?
d) A organização global do texto?
e) Os mecanismos lingüísticos de que o autor se utiliza para construir sua
argumentação?
6. Você escolheu os organizadores textuais mais apropriados para ressaltar a relação entre
as idéias principais?
7. Você procurou ser polido em suas críticas?
8. Você utilizou adjetivos e substantivos adequados para expressar sua opinião sobre o
texto?
9. Você variou e escolheu os verbos mais apropriados para traduzir os atos realizados pelo
autor da obra?
10. Não há problemas de pontuação, frases incompletas, erros gramaticais, ortográficos, etc?

Outras questões: Acrescente outras questões a essa ficha com base nas conclusões
particulares das atividades e das discussões em aula.
Professora Izabel Maria da Silva acrescentou:
11. Você fez citações diretas e indiretas de forma correta?
12. Você tratou de forma correta a voz dos autores citados no texto-fonte?

Referências:

MACHADO; LOUSADA, E. & ABREU-TARDELLI, L. S. Resenha. Coleção Leitura e produção


de textos acadêmicos. v. 2. São Paulo: Párábola Editorial, 2004.

MOTTA-ROTH, D. Same genre, different discipline: a genre-based study of book reviews in


academic. The ESPecialist, São Paulo, v. 17 n 2, p. 99-131, 1996.
MOTTA- ROTH, D. Redação acadêmica: princípios básicos. Santa Maria, RS: UFSM/ Imprensa
Universitária, 2001.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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