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A EMOCIONALIDADE NA

GESTÃO DOS MEDOS DE


CRIANÇAS EM CONTEXTO DE
URGÊNCIA PEDIÁTRICA: uma
competência do enfermeiro
1
José Vilelas;
O MEDO…. UMA EMOÇÃO

As emoções são consideradas como o


fundamento da nossa personalidade, o que
temos de mais intimo, o que dá aos nossos
atos e pensamentos o encanto, a razão de
ser, o impulso vital, sendo através delas que
interagimos com os outros, com o mundo e
com nós próprios.
(Diogo, 2015)

Diogo, P. (2015).Trabalho com as emoções em enfermagem pediátrica.2ªed. Lisboa: Lusociência.

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O MEDO…. UMA EMOÇÃO

A gestão das emoções que os enfermeiros


têm de realizar permite-lhes cuidar das
pessoas duma forma holística, pois vão ao
encontro das suas necessidades.
(Vilelas, 2013)

Vilelas, J. (2013). O trabalho emocional no ato de cuidar: uma revisão do conceito. Revista Salutis Scientia, 5: 41-50.

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medo remete-nos
EMOÇÃO para a tomada de
NEGATIVA: consciência de uma nível
determinada comportamental
ameaça real ou
MEDO imaginária e que
tem repercussões
para o individuo

nível biológico

Belzung, C. (2007). Biologia das emoções. Instituto Piaget.


Valdez, J. (2009). Teoría de la paz o equilibrio. México: Edamex.
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TIPOS DE MEDOS

Normais ou desenvolvimentais

os medos infantis são um fenómeno universal e omnipresente em


todas as culturas e tempos. A única explicação para a
universalidade deste fenómeno é a de que o medo tem uma
importante componente de valor adaptativo para a espécie. Note-
se que estas sensações que se vivenciam como desagradáveis por
parte da criança, podem cumprir uma função de sobrevivência no
sentido de a afastar de situações de perigo.
TIPOS DE MEDOS

Patológicos

quando este medo é desadaptativo (não obedece a nenhuma causa real


de perigo potencial ou quando se sobrevalorizam as possíveis
consequências) desproporcionado (excessivamente intenso para a
situação que se apresenta podendo traduzir-se em sintomas
desagradáveis como náuseas, diarreia, desmaios,) e persistente ao
longo do tempo, o resultado é um enorme sofrimento para a criança. O
medo pode, então, condicionar o funcionamento da criança e alterar
sensivelmente a sua capacidade para enfrentar situações quotidianas
ANSIEDADE VS MEDO

A ansiedade é uma EMOÇÃO NORMAL e ADAPTATIVA – ajuda-nos


a lidar com a dificuldade, bem como com situações desafiantes ou
perigosas.
Estudos de prevalência realizados no Reino Unido e nos EUA
indicam que entre 2 e 4% das crianças entre os 5 e os 16 anos
reúnem critérios de diagnóstico para uma perturbação de ansiedade
com interferência negativa no seu funcionamento habitual.
FORMAS DE ANSIEDADE

Fobias. Quando os medos nos fazem perder o controlo.


A maioria das crianças, ao longo do seu crescimento, vence muitos
medos. Isso acontece porque aprendem que aquilo que receiam não
é realmente perigoso ou aprendem a defender-se do perigo. Mas e o
que acontece com os medos que não desaparecem com o tempo?

Como saber se é uma fobia? Perguntar a si próprio se o medo te


afasta de coisas que quere e precisa mesmo de fazer. O medo é tão
grande que parece querer controlar a sua vida?
FORMAS DE ANSIEDADE

Ansiedade de Separação. Medo de estar longe dos adultos de


referência.
Muitas crianças crescidas sentem-se assustadas quando ficam
sozinhas em casa. Por vezes, mesmo na companhia de um familiar
ou uma ama, ficam nervosas depois da mãe ou do pai saírem. Mas
para algumas crianças, separarem-se dos pais, mesmo por um
período de tempo reduzido, gera muito medo e nervosismo. Às
preocupações intensas sobre estar longe dos familiares chama-se
ansiedade de separação.
FORMAS DE ANSIEDADE

Pânico. Medo que “paralisa”.


Quando uma pessoa sente um ataque de pânico, a ansiedade é tão
forte que parece apoderar-se de todo o corpo. A pessoa pode sentir
dispneia, taquicardia e sentir dificuldade em compreender tudo aquilo
que sente no momento. Mesmo quando todas estas sensações não
duram muito tempo, podem ser verdadeiramente aterradoras.
FORMAS DE ANSIEDADE

Stress Pós-Traumático. Medo e stress associados a uma


memória muito dolorosa.
Quando algo verdadeiramente assustador e perturbador acontece é
natural que a pessoa se sinta receosa em relação a esse
acontecimento.
Quando ocorrem acontecimentos muito graves, como acidentes ou
abusos – as emoções podem ser tão fortes e devastadoras que não
desaparecem com o passar do tempo, podendo originar uma
perturbação de stress pós-traumático.
MEDOS NA INFÂNCIA

0-6M Separação e ruídos fortes

6-12M Separação , de estranhos e objetos apresentados de


forma inesperada
Separação , de animais e de ruídos fortes
12M-2,5 anos
ex:trovoada
os seres sobrenaturais (monstros, fantasmas…), o
2,5-6 anos medo do escuro, das máscaras, das personagens
más da televisão, cinema, livros
medo do dano físico (acidentes, morte) ou de
6-11anos médicos (feridas, sangue, injeções), o medo do
fracasso escolar, da crítica e medos dos seus
pares, medo da separação ou divórcio dos pais
Adolescência crítica, do fracasso, da rejeição por parte dos
pares, medo das mudanças físicas
ESTRATÉGIAS DE AUTO AJUDA

ASSUMIR OS MEDOS COMO REAIS

AFASTAR PENSAMENTOS NEGATIVOS E VIVER COM OS POSITIVOS


ESTRATÉGIAS DE AUTO AJUDA

RESPIRAR PROFUNDAMENTE E VISUALIZAR

AFASTAR PENSAMENTOS NEGATIVOS E VIVER COM OS POSITIVOS


ESTRATÉGIAS DE AUTO AJUDA

ESCREVER

AFASTAR PENSAMENTOS NEGATIVOS E VIVER COM OS POSITIVOS


MATERIAL E MÉTODOS

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OBJETIVO GERAL

Analisar os medos das


crianças dos 6-12 anos, em
situação de urgência pediátrica

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever os medos das crianças dos 6-12 anos

Identificar estratégias de gestão emocional do medos das crianças

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TIPO DE ESTUDO

DESCRITIVO

ABORDAGEM
QUANTITATIVA
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POPULAÇÃO E AMOSTRA

Todas as crianças dos 6 aos 12 anos que


recorreram ao serviço de urgência de um
Hospital de Lisboa.

A amostra foi constituída por 50 crianças.

TÉCNICA DE AMOSTRAGEM INTENCIONAL

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INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS

estratégias
medos em
da criança
ambiente
na gestão
hospitalar
dos medos

QUESTIONÁRIO
estratégias
dos
o efeito do
enfermeiros
medo na
na gestão
criança
dos medos
das cr
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

-A maioria das crianças 52% é do sexo masculino;


-A média de idades das crianças foi de 10 anos com um desvio
padrão de 2 anos;
-90% pertencia ao meio urbano;
-86% possuia uma doença aguda;
-70% nunca teve outras experiências de internamento.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

MEDOS DA CRIANÇA EM AMBIENTE


HOSPITALAR

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MEDOS DA CRIANÇA EM AMBIENTE
HOSPITALAR

- Grande parte das crianças da nossa amostra referiu que tinha medo
de:
a) Sentir dor (62,5%)
b) Injeções (56,3%)
c) Ter soro (50%)
d) Ficar preso à cama (45,8%)

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MEDOS DA CRIANÇA EM AMBIENTE
HOSPITALAR

- As crianças referem que possuem medo de perder o


controlo da situação (50%), talvez agravada porque não
detém informação suficiente sobre o que lhes vai acontecer
no futuro (56%).

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OS MEDOS DAS CRIANÇAS EM CONTEXTO DE URGÊNCIA
PEDIÁTRICA: o enfermeiro enquanto gestor emocional

MEDOS DA CRIANÇA EM AMBIENTE


HOSPITALAR

- Não recuperar totalmente da doença, é um outro medo


vivenciado pelas crianças (59,4%), bem como a possibilidade
de vir a morrer (48%).

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MEDOS DA CRIANÇA EM AMBIENTE
HOSPITALAR

- Relativamente aos profissionais de saúde, as crianças


afirmam não possuir medo dos enfermeiros (62,5%).

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

CONSEQUÊNCIAS DO MEDO NA CRIANÇA

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CONSEQUÊNCIAS DO MEDO NA
CRIANÇA

As crianças do estudo quando submetidas a situações


geradoras de medo ficam:
a) Nervosas (62,5%)
b) Choram (47%)
c) Não conseguem dormir (34,4%)
d) Ficam mais próximas dos seus pais (53,1%)

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

ESTRATÉGIAS QUE AS CRIANÇAS


UTILIZAM PARA GERIR O MEDO

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ESTRATÉGIAS QUE AS CRIANÇAS
UTILIZAM PARA GERIR O MEDO

As crianças do estudo fazem a gestão do seu medo utilizando


as seguintes estratégias:
a) Procuram obter informação sobre o que lhe vão fazer
(68%) e sobre a sua doença (56%)
b) Ajudam os enfermeiros nos cuidados (36%)e querem a
presença dos pais (56%)
c) Procuram atividades tal como a distração (48%), através do
jogo (48,4%) ou da música (45,2%).

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

ESTRATÉGIAS DOS ENFERMEIROS NA


GESTÃO DO MEDO DAS CRIANÇAS

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ESTRATÉGIAS DOS ENFERMEIROS NA
GESTÃO DO MEDO DAS CRIANÇAS

As crianças salientam que os enfermeiros utilizam


as seguintes estratégias para gerirem o seu medo:
a) São empáticos (66,7%)
b) Demonstram sensibilidade (76%)
c) Dão amor (68%)
d) Transmitem confiança (79,2%)
e) São bondosos (83,3%)

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CONCLUSÕES

É comum considerar o medo como uma emoção negativa, embora as


crianças do nosso estudo demonstrem uma boa adaptação à situação
de hospitalização.

Os medos mais comuns estão relacionados com o cuidado e com a


necessidade de informação.

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CONCLUSÕES

As intervenções de enfermagem demonstram a preocupação com a


humanização dos cuidados à criança/pais e o fortalecimento das
relações de parceria.

Através deste estudo, podemos instituir mudanças nas nossas práticas


e desenvolver conhecimento sobre a experiência de medo das
crianças em contexto de urgência, área pouco investigada em
enfermagem.

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OBRIGADO PELA VOSSA
ATENÇÃO

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