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Objetivos 1º teste Sociologia 2019/20

1. Definir Sociologia

Podemos definir Sociologia como o estudo científico das sociedades humanas e dos factos
sociais ou como uma forma específica e cientificamente fundada de conhecimento sobre o
mundo e a realidade social. Além disso, pode também ser considerada uma base sólida
para um olhar crítico e transformador face à sociedade.

A Sociologia tem, assim, as seguintes características:

• É uma forma de conhecimento científica e não experimental;

• Estuda a vida das pessoas em sociedade e os fenómenos sociais que daí


advêm;

• Estuda, portanto, as relações entre as pessoas, isto é, as relações sociais e


ainda os contextos em que estas se formam e ocorrem;

• Tenta dar resposta aos fenómenos humanos;

• Tenta diminuir os problemas da sociedade bem como solucioná-los.

Deste modo, percebemos que a Sociologia é uma atitude perante o mundo e perante a
realidade social sendo o seu laboratório o Planeta Terra, na sua totalidade e finitude. Este
laboratório contém vestgios e registos dos acontecimentos e das mudanças que se efetuam
constantemente.

Resumindo, a Sociologia interroga o que existe de mais profundo na nossa vida em comum.
Como tal, implica uma determinada forma de “ler” a realidade social a fim de poder ver para
além das fachadas aparentes. Assim, surge a expressão de imaginação sociológica que se
traduz na procura constante de histórias de vida individuais que se cruzem e na procura das
circunstâncias (económicas, políticas, sociais e culturais) em que elas se desenrolam.

2. Explique as caraterísticas dos factos sociais

Um exemplo simples ajuda-nos a entender o conceito de facto social, segundo Durkheim. Se


um aluno chegasse à escola vestido com roupa de praia, certamente ficaria numa situação
muito desconfortável: os colegas ririam dele, o professor dar-lhe-ia uma enorme
descompostura e, provavelmente, o diretor o mandaria de volta para pôr uma roupa
adequada. Existe um modo de vestir que é comum, que todos seguem. Isso não é estabelecido
pelo indivíduo. Quando ele entrou no grupo, já existia tal norma, e, quando ele sair, a norma
provavelmente permanecerá. Quer a pessoa goste, quer não, vê-se obrigada a seguir o
costume geral. Se não o seguir, sofrerá uma punição. O modo de vestir é um facto social. São
factos sociais também a língua, o sistema monetário, a religião, as leis e uma infinidade de
outros fenómenos do mesmo tipo. Para Durkheim, os factos sociais são o modo de pensar,
sentir e agir de um grupo social. Embora os factos sociais sejam exteriores, eles são
interiorizados pelo indivíduo e exercem sobre ele um poder coercitivo. Resumindo, podemos
dizer que os factos sociais têm as seguintes características:

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exterioridade – o facto social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua
vontade;

coercitividade – os indivíduos sentem-se obrigados a seguir o comportamento estabelecido.


Em virtude dessas características, para Durkheim os factos sociais podem ser estudados
objetivamente, como “coisas”. Da mesma maneira que a Biologia e a Física estudam os factos
da natureza, a Sociologia pode fazer o mesmo com os factos sociais.

Por último, as diferentes formas de pensar ou sentir que determinam o nosso comportamento
e as nossas atitudes não são imutáveis no espaço e no tempo pelo que variam, sendo portanto
relativas. Surge, deste modo, mais uma característica, a Relatividade.

3. Caraterize a estrutura social e sentido da ação social segundo Max Weber

Para Max Weber, a Sociologia estuda a forma de organização da sociedade, isto é, a estrutura
social, bem como o modo como os indivíduos atuam no interior dessa estrutura, ou seja, a
ação social. Desta forma, a Sociologia procura interpretar e explicar a ação de cada individuo
ou grupo enquanto partes de um sistema estruturado de relações e cuja ação pode refletir-se,
exatamente, nessa estrutura. Assim, a sociedade constituiria um sistema integrado de relações
que obriga os indivíduos a agir de acordo com o estatuto e o papel social, a etnia, a religião ou
a nacionalidade.

Max Weber defende uma Sociologia compreensiva: Defende a Sociologia com base no estudo
interpretativo da ação social. A compreensão e a interpretação são formas de estudar a ação
social.

4. Caraterize o desenvolvimento da Sociologia em Portugal

O início da institucionalização da sociologia em Portugal só na década de 60 do início do século


XX conheceu um impulso decisivo com a criação do primeiro centro de investigação em
ciências sociais. Até então, o regime ditatorial vigente em Portugal considerava “incómodo” à
análise sociológica da realidade portuguesa, pelo que a disciplina se encontrava afastada dos
vários níveis de ensino e a profissão de sociólogo era inexistente. A sociologia tem conhecido
um notável crescimento: na abertura de licenciaturas, disciplina de sociologia no ensino
secundário, na variedade e qualidade da investigação e na diversidade dos campos
profissionais dos sociólogos. Em Portugal, a sociologia enquanto novo campo científico foi um
processo tardio lento e repleto de obstáculos. Hoje a sociologia tem o papel de ciência e
profissão.

5. Explique quais são as dificuldades da produção do conhecimento científico em


Sociologia

Os vários obstáculos do senso comum coloca à produção de conhecimento científico em


Sociologia podem ser sistematizados da seguinte forma:

Familiaridade com o Social: sendo o sociólogo também um ator social, pode existir uma
grande familiaridade com o seu objeto de estudo e isso pode alterar a forma como ele conduz
a sua pesquisa e, consequentemente, os resultados obtidos. Quanto mais próximo é o

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sociólogo da realidade que vai analisar, maior é o risco de enviesamento da pesquisa, mais
difícil é o processo de rutura, porque mais forte é a ilusão de transparência do social.

Explicações do tipo naturalista: por vezes tentamos explicar os fenómenos sociais recorrendo a
explicações naturais. Estas explicaç ões são perigosas do ponto de vista cientifico, porque
tendem a assumir-se como inquestionáveis e inevitáveis.

Exemplo: As mulheres são mais emotivas, logo têm cargos inferiores.

Explicações do tipo individualista: as causas sociais dos fenómenos nem sempre são evidentes
e torna-se mais simples recorrer a justificações do tipo individualista e psicológica.

Exemplos: “Alunos copiam porque não gostam de estudar” / “Desemprego existe porque as
pessoas não querem trabalhar”

Explicações de tipo etnocentrista: já quando olhamos para outras sociedades e outras culturas
e tomamos como referência a nossa própria realidade social e cultural, tendemos a explicar os
fenómenos dessas sociedades, e culturas de forma etnocentrista. Estas explicações
pressupõem um sentimento de superioridade, uma sobrevalorização da própria cultura e a
construção de juízos de valor que inferiorizam e desvalorizam o contexto social e cultural da
realidade observada e não têm por isso qualquer valor científico.

Exemplo: “Nazismo”

6. Distinga problemas sociais de problemas sociológicos

O problema sociológico é um problema de conhecimento científico que se suscita e resolve no


âmbito da sociologia. Ao contrário do que poderia parecer, formular corretamente um
problema destes constitui tarefa muito difícil, em regra só acessível a quem esteja a par do
estado de desenvolvimento da ciência em causa e seja dotado duma imaginação viva e
treinada na pesquisa.Só o são as questões formuladas de tal modo que as respostas a elas
confirmem, ampliem ou modifiquem o que se tinha por conhecido nessa ciência. É dizer que
apenas os cientistas estão em condições de as enunciar e resolver; que a sua formulação como
a sua solução pressupõem um esforço metódico de pesquisa e certas qualidades intelectuais; e
que tanto essas questões em si como as respostas a elas devem ter validade objetiva. De muito
diversa natureza é o problema social. Toda a gente denuncia a cada passo a existência de
problemas destes e, embora as pessoas não estejam de acordo pode-se dizer que toda a gente
tem razão porque a essência do problema social está na própria insatisfação experimentada
ante este ou aquele aspeto da realidade social, considerado inconveniente e superável. Um
dicionário recente de ciências sociais define o problema social como «uma situação que afeta
um número significativo de pessoas e é julgada por estas ou por um número significativo
doutras pessoas como uma fonte de dificuldade ou infelicidade e considerada suscetível e
melhoria.

7. Quais são as principais estratégias de investigação?

•Estratégia de Investigação Intensiva [características] – neste tipo de investigação, utilizada em


estudos que analisam grupos de dimensão reduzida, privilegia-se a abordagem direta das

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pessoas nos seus próprios contextos de interação, através da observação participante ou não.
Para além disto, tende-se a utilizar técnicas não só qualitativas como quantitativas ou
extensivas.

[adequação/quando utilizar] Uma estratégia de investigação deve ser de carácter intensivo


quando o universo a estudar é de pequena dimensão, pois só desta forma é que o sociólogo
pode recorrer a uma multiplicidade de técnicas que lhe permitam estabelecer um contacto
direto com a população em estudo.

•Estratégia de Investigação Extensiva [características] – neste tipo de investigação, utilizada


em estudos que analisam grupos de dimensão muito grande, tem de se formar e aplicar um
inquérito por questionário a uma amostra representativa do universo – devido à sua grande
dimensão que não permite o contacto direto com toda a população do universo do estudo –,
permitindo a generalização das suas conclusões ao mesmo. Para além disto, recorre-se
preferencialmente a técnicas quantitativas.

[adequação/quando utilizar] Para resolver este problema há que se optar por um carácter
extensivo, constituindo-se uma amostra. Desta forma, o sociólogo poderá aplicar, nessa
amostra, o inquérito por questionário que ia utilizar no universo do estudo. Após a recolha e
tratamento dos dados, os resultados poderão ser generalizados ao universo do estudo.

•Investigação-ação – neste tipo de investigação, o investigador é simultaneamente ator, pois


envolve-se diretamente com o grupo que vai analisar, aplicando diretamente os conhecimentos
produzidos. Para além disto, podem utilizar-se tanto as técnicas quantitativas como as
qualitativas.

8. Quais são as fases/etapas da investigação

As etapas de investigação seguem normalmente um modelo padrão do qual se destacam as


seguintes fases:

1. Definição do problema – deve ser clara, exequível e pertinente;

2. Estudo exploratório – recolha de informações sobre o tema a investigar, através da


pesquisa documental ou da análise de dados estatísticos, podendo-se também contactar
especialistas sobre o assunto.

3. Definição de hipóteses de trabalho – formulação de hipóteses explicativas do


fenómeno em análise, recorrendo à produção teórica já existente sobre o tema em análise.

4. Seleção e aplicação dos instrumentos de observação – Escolher os instrumentos


(técnicas) capazes de fornecer as informações adequadas para testar as hipóteses.

5. Recolha da informação – aplicação dos instrumentos de observação escolhidos, a todo


o universo ou apenas a uma parte, com o objetivo de recolher a informação útil para a
investigação.

6. Análise da informação recolhida – análise dos dados obtidos no sentido de verificar se


correspondem aos problemas e/ou hipóteses colocadas. Esta etapa corresponde ao processo
de verificação empírica, cujo resultado final poderá significar a comprovação ou a refutação
dos problemas e/ou das hipóteses formuladas.

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7. Conclusões – apresentação das conclusões do estudo e de todos os procedimentos
seguidos.

 9. Distinga técnicas documentais de técnicas não documentais

Os sociólogos dispõem de um conjunto de técnicas que, selecionadas pelo método, são


utilizadas para recolher e tratar a informação sobre a realidade social e que se dividem em dois
grandes grupos:

• Técnicas documentais, baseadas na observação de documentos escritos e não escritos,


englobam a pesquisa documental e a análise de conteúdo;

• Técnicas não documentais, que englobam a observação (participante e não


participante).

10. Caraterize as técnicas documentais

• Pesquisa documental – a pesquisa documental é uma técnica, de base qualitativa, que


tem por base a observação e a análise de documentos já existentes que se relacionem com os
fenómenos sociais em análise. Este tipo de pesquisa pode ser efetuado em documentos
escritos ou não-escritos e possibilita a formulação das hipóteses de trabalho e a sua posterior
verificação empírica.

• Análise de conteúdo – a análise de conteúdo é uma técnica, de base quantitativa, que


permite analisar texto a partir do agrupamento de significações (contando o número de vezes
que certas palavras ocorrem num texto, por exemplo). Este tipo de técnica visa captar as
informações explícitas no texto e o contexto em que foram produzidas.

1. Caraterize as técnicas não documentais

• Observação – é uma técnica fundamental da investigação sociológica, pois o contacto


direto pode mostrar características dos indivíduos e dos grupos impossíveis de descobrir
quando se utilizam as outras técnicas de investigação. Desta forma, a compreensão dos
comportamentos e das práticas sociais só é possível a partir da sua observação minuciosa e
sistemática.

Existem diferentes formas de observação, que dependem da integração ou não integração do


investigador no grupo em análise:

- Observação participante;

- Observação não participante.

2. Distinga observação participante de observação não participante

Na observação participante, é o próprio investigador o instrumento principal de observação.


Ele integra o meio a investigar, “veste” o papel de ator social podendo assim ter acesso às
perspetivas de outros seres humanos ao viver os mesmos problemas e as mesmas situações
que eles. A observação participante é uma técnica de investigação qualitativa adequada ao
investigador que pretende compreender um fenómeno que lhe é exterior e que lhe vai permitir
integrar-se nas atividades/vivências das pessoas que nele vivem.

Na observação não-participante, o investigador não interage de forma alguma com o objeto


do estudo no momento em que realiza a observação, logo não poderá ser considerado

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participante. Este tipo de técnica reduz substancialmente a interferência do observador no
observado e permite o uso de instrumentos de registo sem influenciar o objeto do estudo.

3. Na observação não participante, o investigador, embora observando o grupo em


análise de forma direta, mantém uma posição de exterioridade relativamente a ele.
Deste tipo de observação fazem parte as técnicas de inquérito. Caraterize os
diferentes tipos.

• Inquérito por entrevista

A entrevista é uma técnica de inquérito cuja recolha de informações utiliza sempre a


comunicação verbal, pondo face a face o investigador com o entrevistado. Este tipo de
inquérito pode assumir diversas formas, das quais se destacam as:

1. Não diretivas (entrevista clínica e entrevista em profundidade) – é uma entrevista


informal, na qual o entrevistador intervém o mínimo possível, incentivando o entrevistado a
exprimir-se livremente o que permite uma grande riqueza informativa e atingir um elevado
grau de profundidade.

2. Semidiretivas (entrevista centrada) – Neste tipo de entrevista, o entrevistador dispõe


de uma série de perguntas abertas ou de tópicos a partir dos quais recolhe as informações,
embora estes (perguntas e tópicos) sejam abordados de uma forma aleatória, consoante o
decorrer da conversa e não de uma forma previamente definida.

3. Diretivas – a entrevista diretiva é uma entrevista inteiramente formalizada, na qual o


entrevistador utiliza um guião com perguntas pré-determinadas de acordo com uma ordem e
lógicas precisas. Essas perguntas podem assumir a forma de um questionário, com perguntas
abertas e fechadas, que será preenchido pelo entrevistador. Com este tipo de entrevista, os
resultados apresentam um elevado grau de padronização, sendo por isso mais fáceis de tratar e
de quantificar.

Vantagens das entrevistas:

-permitirem um elevado grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos porque o


entrevistador, ao tentar respeitar a linguagem e os quadros de referência dos entrevistados,
consegue compreender melhor o sentido que eles dão às suas práticas sociais e às situações
com que se veem confrontados.

-permitem também uma grande flexibilidade, na medida em que o contacto direto permite que
o entrevistador vá alterando e explicando melhor as perguntas de acordo com os objetivos que
pretende atingir e, por sua vez, o entrevistado vá respondendo de uma forma mais clara às
mesmas.

Deste modo, as informações recolhidas devem ser analisadas qualitativamente, recorrendo a


técnicas apropriadas, de preferência à análise de conteúdo.

Desvantagens das entrevistas:

As entrevistas também apresentam algumas desvantagens, como a dificuldade de se proceder


a generalizações se não se utilizar esta técnica (análise de conteúdo) juntamente com outras,
pois, embora permitam obter informações em profundidade, não permitem obter informações
em extensão, dado ser difícil efetuar um elevado número de entrevistas. Desta forma, as
entrevistas são aconselháveis, sobretudo, aos estudos intensivos.

• Inquérito por questionário

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O questionário é uma técnica de inquérito, cuja recolha de informação se baseia na aplicação
de um conjunto de perguntas estruturadas, de acordo com uma forma e uma ordem
previamente programas, a um determinado nº de indivíduos. Ao contrário da entrevista, pode
excluir a comunicação oral: nalguns casos, é preenchido pelos próprios inquiridos –
administração direta –, noutros, é o entrevistador que formula e regista as respostas dos
inquiridos – administração indireta. Neste tipo de técnica, as perguntas podem ser de:

1. Questões fechadas, cujas respostas estão previamente tipificadas pelo inquiridor,


tendo o inquirido de optar por uma delas. A informação que fornecem não é tão vasta, mas são
mais fáceis de tratar estatisticamente.

2. Questões abertas, nas quais o inquirido se pode exprimir livremente utilizando as suas
próprias palavras. A informação que fornecem é mais rica, mas o seu tratamento é bastante
mais difícil, pois, muitas vezes, tem de ser efetuada uma análise do seu conteúdo e dificilmente
são codificadas, impedindo assim o seu tratamento estatístico.

Nos inquéritos por questionário não se pode improvisar. Deste modo, existem várias fases no
processo de realização dos inquéritos por questionário:

1. Definição do objetivo do inquérito e das hipóteses de trabalho – após definir o objeto


de estudo e as respetivas hipóteses, o investigador tem de confirmar, face ao primeiro, que o
inquérito por questionário é de facto a técnica mais adequada para recolher os dados que
poderão validar as suas hipóteses.

2. Determinação do universo e construção da amostra – determina-se o universo e, face


à impossibilidade de inquirir todo o universo, há que se construir uma amostra estratificada e
representativa do universo de acordo com uma das variáveis pré-identificadas. Esta deve ser
aleatória, de modo que todos os elementos do universo tenham a mesma probabilidade de
serem incluídos.

3. Redação do questionário – os objetivos do inquérito deverão ser traduzidos em


linguagem, isto é, em questões, sendo necessário refletir sobre as questões a incluir,
nomeadamente quanto:

a. À sua forma e ao seu conteúdo

b. À sua ordem e sucessão

4. Formação dos inquiridores e realização material do inquérito – quando é efetuada por


via indireta, a aplicação do inquérito por questionário exige a constituição de uma equipa de
entrevistadores. Assim, dá-se a formação aos elementos da equipa através da organização de
sessões de preparação com vista a que os mesmos comuniquem claramente com os inquiridos,
informando-os sobre os objetivos do estudo e formulem correctamente as diferentes
perguntas que o compõem. Uma vez constituída e preparada a equipa de entrevistadores,
passa-se à realização material do inquérito.

5. Codificação dos questionários – o investigador trata a informação manualmente ou


recorrendo a meios informáticos. Caso recorra a meios informáticos é essencial que o
investigador codifique as respostas às perguntas do questionário, criando categorias de
resposta identificadas por um número. Após a codificação, poderá registar-se no computador o
conjunto de todas as respostas, distribuindo-as pelas categorias definidas.

6. Tratamento das informações recolhidas – os dados são tratados tendo em vista a


comprovação das hipóteses que se estabeleceram de forma manual ou utilizando meios

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informáticos. Por um lado, utilizando-se meios informáticos, os dados são introduzidos no
computador, podendo ser tratados estatisticamente através de programas que normalmente
estão instalados nos computadores pessoais ou de programas específicos. Por outro, se os
dados forem tratados manualmente, o investigador tem de construir tabelas com o número de
inquiridos dentro dos subgrupos que responderam de forma idêntica às perguntas que referem
às variáveis.

7. Validação da amostra e análise dos resultados – o investigador analisa os dados


obtidos, verificando se os resultados obtidos comprovam as hipóteses formuladas. Caso não se
confirmem as hipóteses formuladas, o estudo poderá permitir colocar novas hipóteses e novos
problemas não previstos pelo investigador.

8. Redação do relatório – redige-se uma comunicação escrita onde são apresentados os


objetivos, as hipóteses, a metodologia utilizada, os resultados obtidos e as conclusões do
inquérito por questionário.

14. Dar uma noção de cultura

A cultura é um conjunto complexo e articulado de normas, valores práticas sociais e crenças


que condicionam os seres humanos, bem como as realizações técnicas do grupo, conferindo a
cada sociedade o seu aspeto original. É, portanto, a maneira de pensar, sentir e agir de um
grupo. Assim, numa determinada cultura todos os membros têm lugar, pois a cultura é algo
partilhado que concede a cada um características básicas que o distinguem dos membros de
outro grupo.

15. Esclarecer o significado sociológico de cultura

A cultura separa-nos da natureza, afastando-nos dos restantes animais. Somos seres dotados
de cultura e não simples animais com cultura. A cultura contribui para a satisfação das nossas
necessidades, ela reúne normas, princípios, crenças e valores que nos ajudam a solucionar
cada situação que enfrentamos; a vida em grupo exige partilha de uma cultura, é pela cultura
que o grupo se exprime e realiza, é ela que identifica e distingue as sociedades.

Por isso todas as sociedades humanas produzem-na e vivem-na.

1. Explicar os elementos materiais e espirituais de uma cultura

De qualquer cultura fazem parte dois traços fundamentais: material e espiritual.

Os elementos materiais dizem respeitos aos utensílios\instrumentos de trabalho, obras


realizadas e técnicas com as quais o homem domina a natureza e satisfaz as suas necessidades.
Estes elementos estão diretamente relacionados com o meio ambiente, adaptando-se á
natureza para podermos moldar em nosso proveito. Podem ser variáveis de grupo para grupo
ou de uma região para a outra.

Os elementos espirituais abrangem as normas, os valores, as crenças, os costumes, as ideias, a


moral e a religião que moldam a nossa existência e lhe confere um sentido. Toda a nossa
vivência social seguia por esses princípios normativos.

Estes dois elementos de uma cultura correlacionam-se, interagindo um com outro, não são
autónomos, condicionam-se reciprocamente. Os elementos espirituais e materiais formam um

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todo com sentido. A desarticulação entre estes dois elementos pode conduzir à destruição de
uma cultura.

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