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Escola Secundária Emídio Navarro

Ano lectivo 2001/2002

Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Unidade I
Conceitos básicos da informática

Luís Moreira
Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Índice

Tecnologias de Informação e Sistemas Informáticos................................................................................. 3


Tecnologias de Informação e Informática .................................................................................................. 3
Técnica ....................................................................................................................................................... 3
Tecnologia .................................................................................................................................................. 3
Informação.................................................................................................................................................. 4
Critérios de Qualidade de Informação........................................................................................................ 4
Tecnologias de Informação ........................................................................................................................ 6
Área de Controlo......................................................................................................................................... 7
Área de Comunicação ................................................................................................................................ 8
Área do Computador ................................................................................................................................ 11
Sistemas Informáticos .............................................................................................................................. 11
Hardware .................................................................................................................................................. 11
Software.................................................................................................................................................... 13
Firmware................................................................................................................................................... 13
Classificação dos sistemas informáticos quanto ao número de utilizadores ........................................... 14
Estrutura e funcionamento de um Sistema Informático ........................................................................... 14
Estrutura geral .......................................................................................................................................... 14
Computador .............................................................................................................................................. 15
Organização básica de um computador................................................................................................... 15
Esquema de Von Neumann ..................................................................................................................... 16
Unidade Centra! de Processamento ou Microporcessador ..................................................................... 16
Como é que a UCP executa as instruções dos programas ..................................................................... 17
Motherboard ou Placa Principal ............................................................................................................... 19
Tipos de memória ..................................................................................................................................... 19
Memória primária...................................................................................................................................... 24
Memória Secundária ................................................................................................................................ 25
Tipos de acesso........................................................................................................................................ 25
Periféricos ou dispositivos ........................................................................................................................ 31
Periféricos de entrada (Input) ................................................................................................................... 34
Periféricos de saída (Output).................................................................................................................... 37
Periféricos de entrada/saída (Input/Output) ............................................................................................. 38
Unidades de medida de informação......................................................................................................... 39
Medidas de velocidade............................................................................................................................. 39
Sistemas de numeração binário e decimal .............................................................................................. 41
Dados Alfanuméricos ............................................................................................................................... 43
Famílias de computadores ....................................................................................................................... 43
Evolução histórica do computador ........................................................................................................... 46
Sistemas multimédia................................................................................................................................. 48

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Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Tecnologias de informação e sistemas informáticos

Tecnologias de Informação e Informática

Técnica
As técnicas são formas de actuar sobre os problemas reais, utilizando conhecimentos práticos e teóricos
com o objectivo de resolver necessidades humanas.

Tecnologia
A tecnologias é o conhecimento adquirido através do estudo efectuado com base num conjunto de
instrumentos, métodos e processos específicos de qualquer técnica.

Exemplo: electricidade.

A palavra tecnologia tem origem em duas palavras gregas:


Techné – de onde derivou a palavra “técnica”, que significa saber fazer;
Logia – que significa conhecimento organizado e que deu origem à terminação de muitas
disciplinas cientificas. Por exemplo, Biologia, Geologia, Antropologia, Geografia, entre outras.

Unindo a definição destas duas palavras, podemos concluir que a tecnologia é um conhecimento voltado
para a prática. É um saber fazer.

Enquanto as técnicas são os processos e os meios de actuar na realidade humana, as tecnologias são o
conhecimento adquirido a partir da aplicação de um conjunto de técnicas.

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Informação
Os dados são a base para a formação de um juízo ou cálculo. Para os sistemas informáticos, os dados
são a sua matéria prima.

A informação é o conjunto de dados recebidos do exterior, devidamente articulados a fim de terem um


determinado sentidos e significado.

Cada vez mais se assiste nos dias de hoje, a uma necessidade crescente de transmitir a informação pelos
diversos meios existentes ao nosso dispor, isto é, a televisão, rádio, Internet, etc. Essa informação não é
mais que conjuntos de símbolos, números, dados, etc., que depois de agrupados adquirem significado.

Com muita frequência, se utilizam nas tecnologias de informação os termos dados e informação sem que
entre estes seja efectuada alguma distinção. No entanto, podemos dizer que os dados são elementos
isolados que o sistema informático vai transformar em informação.

Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma a terem um


determinado sentido e significado.

O processo de dados é o conjunto de todas as operações que o computador efectua sobre os dados,
desde a sua leitura até ao momento em que nos fornece os resultados sob a forma de informação.
Sendo assim, podemos concluir que o processamento de dados é o conjunto de todas as operações que
permitem transformar dados em informação.

Conclusão final:
A informação, como já foi acima referido, é o conjunto de dados com um determinado significado. O
essencial para que a informação seja fidedigna é que os dados a transmitir não sejam falsos e nada seja
omitido.

CRITÉRIOS DE QUALIDADE DE INFORMAÇÃO


A informação obtida como resultado de um processamento deve obedecer a determinados critérios de
qualidade que garantem a sua validade e justifiquem os meios e os custos envolvidos. A informação é a
base da comunicação entre as pessoas, e como tal deve possuir uma qualidade que a torne interessante e
fiável, de modo a que a comunicação seja estabelecida com rigor e contribua para um efectivo
enriquecimento de conhecimento de cada um de nós.

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Usualmente exige-se que a informação respeite quatro tipos de critérios de qualidade fundamentais:
rigorosa, atempada, significativa e relevante.

Rigorosa – a informação deve ser exacta, ou seja, isenta de erros, de modo a pode-mos analisá-la com
confiança e sobre ela tirar conclusões correctas e tomar decisões importantes. Se a informação contiver
erros ou imprecisões, pode ocasionar que as decisões que sobre ela se venham a tomar produzam danos,
por vezes irreparáveis, numa empresa ou levar ao insucesso um projecto importante, ou ainda pôr em
risco bens materiais e vidas de pessoas.

Atempada – uma informação, além de rigorosa, deve também ser oportuna, pois se for obtida tardiamente
pode ser tão inútil como se não existisse. Por exemplo, se os resultados de uma prospecção do mercado, ,
efectuada por uma empresa para o lançamento de um novo produto, chegarem demasiado tarde, isso
pode significar que uma outra empresa concorrente se antecipe e assim tornar inútil todo o esforço até aí
desenvolvido. Muitas empresas e projectos têm sido desfeitos por não dispor a tempo de elementos que
permitam tomar as decisões necessárias.

Significativa – a informação deve ser significativa, isto é, compreensível para a pessoa ou pessoas a
quem se destina. Só se for clara a informação pode ser convenientemente analisada e usada. Se a sua
apresentação for confusa ou ambígua, pode levar a más interpretações e ao não reconhecimento da sua
validade. Devemos ter sempre presente que a informação é objectivamente um elemento de
comunicações entre as pessoas e, portanto, se não for compreensível, não conseguiremos transmitir as
ideias pretendidas, podendo até levar ao engano as pessoas que a recebem.

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Tecnologias de Informação

As Tecnologias de Informação são tecnologias que se baseiam em sistemas informáticos, nos quais se
processa, armazena e transmite a informação, logo, a informação é o objecto principal da área das
Tecnologias da Informação.

As Tecnologias da Informação dizem respeito a processos de tratamento, controlo e comunicação de


informação, baseados em meios electrónicos, isto é, computadores ou sistemas informáticos.

Com o avanço tecnológico que se tem vindo a registar, as Tecnologias de Informação são uma área com
um nível de crescimento cada vez mais forte. Dada a necessidade actual que a sociedade tem de estar
constantemente informada de tudo o que se passa no mundo, a informação circula a grande velocidade,
beneficiando assim do avanço tecnológico registado ultimamente nos meios e nas formas de transmissão
dessa informação.

A Internet é um exemplo desse mesmo avanço tecnológico, sendo hoje a maior fonte de informação do
mundo.

Por vezes também se utiliza a designação de T.I.C., isto é, Tecnologias de Informação e Comunicações,
pois o tratamento da informação está cada vez mais ligado aos processos d transmissão ou comunicação
dessa informação de uns locais para outros.

Como principais áreas das Tecnologias de Informação temos (3C’s).

Áreas das Tecnologias de


Informação

Robótica
Controlo
CAD-CAM

Telecomunicações
Comunicação
Telemática

Informática
Computador

Burótica

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ÁREA DO CONTROLO

Actualmente, as Tecnologias de Controlo estão directamente relacionadas com as tecnologias de


informação. Isto, porque cada vez mais se utilizam os sistemas informáticos para o controlo de processos
industriais, o que permitiu:
melhorar a produtividade e a qualidade do produto final;
reduzir os custos de produção;
maior competitividade do produto final.

Muito embora este facto tenha aumentado o desemprego, permitiu no entanto, a mobilização das pessoas
para as actividade mais criativas e o desenvolvimento de todas as áreas associadas à informática.

Aplicação
É uma ciência que faz a projecção e construção Linha de montagem de uma
de Robôs, isto é, consiste na conjugação da fabrica de automóveis, de
Robótica
automática com a informática. (CIM, CPC, e bebidas, de aço, tecnologia
STAD’s) espacial,...
(Computer Intergrated Manufactoring)
Consiste no nível de fabrico muito avançado, Gestão das linhas de
CIM
baseado na sua totalidade em sistemas montagem.
informáticos.
(Controlo de Processos por Computador) Sensores existentes nas
Consiste em sistemas baseados em sensores em linhas de montagem que
CPC
que intervêm dispositivos que controlam controlam o volume, o peso
processos de produção industrial. e a temperatura.
Sensores existentes em
(Sistemas de Aquisição de Dados) Consiste em
indústrias químicas e
sistemas sistemas cosntituidos por sensores e
STAD’s farmacêuticas que fazem a
outros dispositivos electrónicos que captam
leitura de temperaturas,
dados do exterior.
peso, pressão.
(Computer Aided Design / Computer Aided
CAD-CAM Manufactoring) Consiste no sistema de fabrico Desenho e fabrico de peças.
controlado por computador.

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Controlo, o emprego das novas


tecnologias permite melhorar a
produtividade e a qualidade.

ÁREA DE COMUNICAÇÃO
Termo muito hoje em dia para referir as Tecnologias de Informação, uma vez que o tratamento de
informação cada vez mais se articula com os processos de transmissão ou comunicação dessa informação
de um local para o outro, a pequenas ou grandes distâncias.
Esta áreas das tecnologias de informação tem como objectivo o estudo dos diversos processos de
automatização na transmissão da informação.
Aplicação
Consiste na transmissão de informação à Emissões de rádio e
Telecomunicações
distância. televisão.
Resulta da associação dos meios informáticos
às telecomunicações. Actualmente, é uma das
Telemática
áreas em crescente desenvolvimento. Cada vez Gestão de contas bancárias;
(Telecomunicação +
mais se assiste a uma necessidade crescente Vídeo conferências,...
informática)
que as pessoas têm d trocar informação umas
com as outras em tempo real.

Área de Comunicação.

Comunicação, Transmissão de informação via satélite.

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A forma mais simples de efectuar uma comunicação telemática é utilizar um modem, ligando um
computador pessoal à rede telefónica e assim poder entrar em contacto com outro computador ou outro
sistema informático.

O exemplo mais conhecido de comunicações telemáticas nos dias de hoje, é a Internet, a qual permite
serviços como sistemas de pesquisa de informação, sistemas de correio electrónico, transferência de
ficheiros, grupos de mensagens, conversação em directo, videoconferência, etc...

Comunicação telemática através da ligação a um modem.

ÁREA DO COMPUTADOR
Compressão, processamento, armazenamento e pesquisa de informação.
Aplicação
Consiste na utilização dos sistemas informáticos
no tratamento, armazenamento e transmissão
Burótica de dados dentro de um escritório. Escritório electrónico
A palavra Burótica provém do francês bureau
que significa escritório.
Consiste na utilização dos meios informáticos Na medicina, na educação;
Informática para o tratamento e transmissão automáticos da no controlo de tráfego; na
informação. investigação...

Área do computador.
A informática contém diversas áreas como actividade cientifica, técnica e profissional:
Concepção e implementação dos componentes de hardware – informática na óptica da Engenharia de
Hardware;
Concepção e desenvolvimento do software necessário ao funcionamento do hardware – informática na
óptica da Engenharia de Software;

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Operação ou utilização dos sistemas informáticos para a realização de determinadas tarefas


de tratamento de informação, com fins diversificados, assim como, elaboração de documentos,
manipulação de informação de bases de dados, desenho assistido por computador, etc. –
informática na óptica do Utilizador;
Montagem, manutenção e reparação de sistemas informáticos – informática na óptica dos
Técnicos de Sistemas.

Paralelamente, existem diversos tipos de programas, também designados de aplicações informáticas:


Programas de processamento de texto;
Ex.: Microsoft Word, Microsoft Works.
Programas de folhas de cálculo e outros tipos de cálculos;
Ex.: Microsoft Excel, FoxPro.
programas de bases de dados;
Ex.: Microsoft Access, SQLServer, Oracle.
programas de desenho, sistemas de CAD (Computer Aided Design);
Ex.: Paint Shop Pro, Corel Draw, AutoCAD.
programas de acesso à Internet e utilização dos seus serviços;
Ex.: Internet Explorer, Internet Navigator.
etc...

A palavra informática surge da concatenação das palavras:


Informação + Automática.
A informação é o tratamento de informação por meios
automáticos (computadores). É a ciência de tratamento lógico de
conjunto de dados utilizando um conjunto de técnicas e
equipamentos que possibilitam a sua transformação em
informações, consequentemente o armazenamento e
transmissão dessas mesmas informações.

Actualmente, a informática e imprescindível em todos os sectores


da sociedade, desde a investigação cientifica, à medicina,
educação, passando pela indústria e pelo comércio, até mesmo nos momentos de lazer se faz uso
constante da informática. Ela faz parte integrante das nossas vidas, do nosso quotidiano.

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Sistemas Informáticos
O computador é um sistema capaz de receber dados, de os armazenar e de efectuar cálculos de forma
automática. A informática assenta em três grandes áreas:

Informática
Hardware

Software

Firmware

Um sistema informático ou sistema de informação é constituído por dois componentes principais:


hardware; software.

Hardware
Hardware são todos os componentes físicos de um computador. Estes componentes apenas funcionam se
forem comandados por programas especiais (Software).

Exemplos:

Software
Software são todos os programas que permitem o funcionamento dos mecanismos electrónicos que
constituem o computador (hardware).

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No entanto, podemos dividir o software em duas partes:


Software de Sistema – é composto essencialmente pelo sistema operativo, ou seja, consiste num
conjunto de instruções que transformam o hardware num sistema funcional com o qual o utilizador pode
interactuar e fazer funcionar os seus programas.
Exemplos:

Software de Aplicação – é composto pelos programas de computador com os quais o utilizador vai
desempenhar determinadas operações, como por exemplo: programas de processamento de texto;
programas de imagens, de apresentação gráfica; entre outros.
Exemplos:

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Firmware
Firmware são todos os programas que se encontram permanentemente no interior do computador em
circuitos integrados de memória, que são gravados para posteriormente serem instalados, e os que o
computador apenas pode ler. Todas as instruções de procedimentos básicos que um computador realiza
(por exemplo quando ligamos um computador e «ele toma consciência de si mesmo» - teste e controlo da
memória, dos periféricos,...), bem como as instruções responsáveis pelo carregamento do sistema
operativo encontram-se no firmware.

Em forma de conclusão, podemos dizer que, num sistema informático, temos a considerar o hardware,
software e o firmware. O Hardware, como um conjunto de todos os órgãos físicos de um computador. O
software, como o conjunto de programas que controlam o computador (software de sistema) e ordenam a
execução de tarefas práticas (software de aplicação). Por último, o firmware, como o conjunto de
instruções que se encontram permanentemente no interior do computador circuitos integrados de
memória.

Classificação dos sistemas informáticos quanto ao número de utilizadores


Monoposto – monotarefa
Sistema monoposto
Monoposto – multitarefa
Sistemas informáticos
Sistema multiposto
Sistema multiutilizador
Rede de cmputadores

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Estrutura e funcionamento de um Sistema Informático


Estrutura geral
Os três pontos principais de um sistema informático são:
Processador ou unidade central de processamento;
Dispositivos de entrada (inpuf);
Dispositivos de saída (output).

Os dados são introduzidos através dos dispositivos de entrada (input) e enviados para a unidade central
de processamento ou processador.
Após esta ter efectuado todos os cálculos, estes são enviados para os periféricos de saída (output).
Para que o sistema informático fique completo, é necessário considerar também os dispositivos de
armazenamento de informação.
O hardware ou dispositivos físicos de um sistema informático por si só são incapazes de comunicar, pelo
que se toma necessário a intervenção de uma componente lógica - software. O software vai permitir a
comunicação entre os diferentes dispositivos físicos, ficando o sistema informático apto a realizar um
conjunto de tarefas que lhe foram destinadas.

Computador
Um computador é uma máquina de tratamento de informação, constituída por unidades ligadas entre si
formando um sistema. Isto é, um computador é uma máquina que pode ser programada para aceitar
dados, processá-los de modo a transformá-los em informação.
A sua organização interna pode ser representada pelo seguinte esquema:

Organização interna de um sistema de computação.

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ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM COMPUTADOR

Principais componentes de um sistema informático.

ESQUEMA DE VON NEUMANN

Esquema de John Von Neumann

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UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO ou MICROPROCESSADOR


A Unidade Central de Processamento corresponde ao microprocessador nos computadores e constitui o
coração do computador, à volta do qual tudo o resto funciona.
É responsável pelo controlo e execução de todas as tarefas necessárias ao funcionamento do computador.
Faz a manipulação dos dados de entrada e transforma-os na informação pretendida. Comunica com os
dispositivos de input, output e de armazenamento.

A estrutura do C.P.U. é algo muito complexo e variável consoante a marca ou versão, no entanto podem
destacar-se as seguintes secções e componentes fundamentais:
U.C. - Unidade de controlo, envia sinais aos diferentes componentes, controlando as operações
a realizar pela C.P.U.. É uma espécie de sinaleiro, que controla não o transito mas sim a
circulação dos dados dentro do computador.

A.L.U. - Unidade Aritmética e Lógica, onde se efectuam as operações aritméticas e lógicas, isto
é, aqui são realizados todos os cálculos e todas as comparações.

Registos Internos - São componentes capazes de armazenar informação temporariamente, para


depois a unidade aritmética e lógica poder efectuar as suas operações. Guardam os dados a
serem processados e os resultados já processados.

Microprocessador.
Os dados ou informação são introduzidos na C.P.U., por via de um ou mais dispositivos (periféricos) de
entrada (Inpuf), como teclado ou leitor de disquete, para serem assimilados pela memória interna que os
irá enviar à U.C. para daí serem distribuídos quer para a A.L.U. quer de retorno à memória interna, que os
receberá já com indicações precisas sobre o seu destino.

Como é que a UCP executa as instruções dos programas


Antes de que uma instrução possa ser executada, as instruções do programa e os dados devem ser
colocados na memória a partir de um dispositivo de entrada de dados ou de um dispositivo de memória
secundária. A unidade central de processamento executa os seguintes passos para cada instrução:
1. A UC obtém a instrução da memória.

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2. A UC descodifica a instrução, isto é, decide o que ela significa, e dirige a colocação dos dados
necessários da memória para a ALL). Estes dois passos são chamados tempo de instrução,
instrution time ou I-Time.

3. A ALU executa a instrução aritmética ou lógica, isto é, a ALU toma o controlo e realiza a operação
sobre os dados.

4. O resultado da operação é guardado na memória ou num registo.

5. A UC a seguir poderá dirigir a colocação do resultado da memória para um dispositivo de saída ou


para um dispositivo de memória secundária.

MOTHERBOARD ou PLACA PRINCIPAL

Placa principal de um Computador Pessoal (PC).

A constituição de uma motherboard pode variar bastante consoante o respectivo fabricante e o tipo de
computador em causa. Apesar disso, as partes principais da motherboard de um PC são:
Processador - É um circuito integrado formado por milhares de componentes electrónicos, cuja
estrutura interna foi concebida para efectuar o processamento de dados. O processador é o
componente fundamental de um sistema informático, uma vez que é ele que efectua as principais
operações de processamento.
Memória RAM (Random Access Memory) - Constituída por chips (pastilhas de circuitos integrados)
que armazenam temporariamente as instruções de software com que o computador funciona, bem
como os dados que o utilizador introduz ou manipula, etc.;
Memória ROM (Read Only Memory) - Constituída por chips que contêm instruções fixas para o
desempenho de funções básicas do sistemas;
Chips de controlo - Diversos chips destinados a controlar a circulação dos dados entre os diversos
componentes da motherboard;

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Slots de expansão - Conjunto de encaixes de formato rectangular e relativamente alongado, onde se


inserem placas que controlam a ligação dos periféricos ao processador, como placas gráficas, placas
de som ou placas de rede;
Bus ou barramento - Sistema de canais ou fios condutores por onde circulam 05 dados entre o UCP,
memória RAM, placas de expansão dos periféricos, etc.;
Conectores - Diversos conectores para cabos internos e para alguns dispositivos de I/O, como o
teclado.

As principais partes de uma motherboard.

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TIPOS DE MEMÓRIA
Memória primária
Parte do computador que guarda as instruções e os dados para serem processados. Nela são
armazenados os dados e as instruções que o C.P.U. necessita. Armazena dois tipos de dados:
os que entram no sistema através dos dispositivos de input e que ainda não foram processados;
os que já foram processados e que ainda não foram enviados para os dispositivos de output.
Existem dois tipos de memória primária:

Memória RAM (Random Acess Memory) - Constituída por chips (pastilhas de circuitos
integrados) que armazenam temporariamente as instruções de software com que o computador
funciona, bem como os dados que o utilizador introduz ou manipula, etc.; a parte principal da
memória RAM, também conhecida por DRAM (Dynamic RAM), é constituída internamente por
transístores e condensadores, que lhe conferem maior capacidade de armazenamento; uma outra
parte da RAM é designada por cache, é do tipo SRAM (Static RAM), constituída internamente por
circuitos flip-flop, conferindo-lhe maior rapidez de funcionamento, pois contém a informação mais
utilizada no decorer do processamento. Evita que o C.P.U. aceda tantas vezes à memória primária
cujo o tempo de acesso é superior. No entanto, tem menor capacidade de armazenamento.

Memória ROM (Read Only Memory) - constituída por chips que contém instruções fixas para o
desempenho de funções básicas do sistemas, como , por exemplo, a ROM BIOS (Basic Input
Output System), que é responsável pelo arranque do computador e pela sua interacção básica
com' os dispositivos de I/O. Dentro da memória ROM podemos encontrar as PROM (Programable
Read Only Memory), são memórias que apenas podem ser programadas uma única vez. Esta
programação é feita através de um dispositivo apropriado; EPROM (Erasable and Programable
ROM) e EEPROM (Electronic EPROM), estas memórias podem ser apagadas e reprogramadas
várias vezes.

RAM ROM

Memória de acesso aleatório. Memória de leitura.

Memória temporária. Memória permanente.

Armazena os programas que se escrevem. Armazena os programas introduzidos na


memória aquando a montagem do
computador.

Os .programas armazenados podem ser Os programas armazenados não podem ser


alterados. alterados.

Quadro comparativo das memórias primárias.

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Chip de memória RAM. Chip de memória ROM

Memória Secundária
Tendo em conta que as memórias secundárias têm como principal finalidade guardar grandes quantidades
de informação com um carácter mais duradouro, isto é, podemos mudar de aplicação ou até mesmo
desligar o computador que a informação não se perde.
Os dados armazenados neste tipo de memória não podem ser acedidos directamente pelo computador,
existindo necessidades de serem transferidos para a memória principal para assim poderem ser
processados.

As memórias secundárias mais utilizadas são:


Discos rígidos;
Disquetes;
Discos compactos (CD's);
Bandas magnéticas.

Exemplos de memórias secundárias.

Quando se fala em armazenamento secundário, existem dois pontos a ter em consideração:


O próprio suporte de armazenamento: disquetes, disco, CD, banda magnética;
O dispositivo que permite a comunicação entre o suporte da armazenamento e a memória
principal. Este dispositivo é conhecido como drive. A maioria deste dispositivos são
simultaneamente de I/O (input/outpuf), pois permitem a transferência de dados nos dois sentidos,
do exterior para a UCP e desta para o exterior. Existem algumas excepções em relação aos CD-
ROM ou DVD-ROM, que são apenas de entrada pois não permitem a escrita de informação.

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Quanto à tecnologia utilizada para a gravação e leitura da informação nestes dispositivos e suportes de
informação, podemos dividir nos seguintes grupos:
Suportes magnéticos (discos, disquetes, bandas magnéticas)
Caracterizam-se por terem superfícies revestidas de substâncias que podem sofrer alterações de
orientação nos seus campos magnéticos, permitindo dessa maneira a codificação e o armazenamento
da informação, sob a forma de zeros e uns (bits);
Suportes ópticos (CD, DVD)
Caracterizam-se por utilizarem a tecnologia laser para a gravação e leitura da informação;
Suportes magneto-ópticos (DVD-RAM, DVD-RW)
Utilizam a combinação das duas tecnologias anteriormente referidas.

Outra distinção entre os suportes é:


Suportes internos ou integrados
Este tipo de suporte é fixo no interior do computador.
Ex: discos rígidos.
Suportes amovíveis
Este suporte permite ser facilmente removível e reinseridos.
Ex: disquetes, cassetes, CD's.

Unidades de discos rígidos


As unidades ou drives de discos rígidos são dispositivos de I/O que lêem e escrevem informação em
suportes magnéticos com a forma de pequenos discos feitos de um material rígido.
Um disco rígido é constituído por um conjunto de pratos metálicos sobrepostos. Cada um dos pratos tem
duas faces revestidas de uma substância magnética que permite a gravação de informação. Depois de
formatado o disco, cada face do disco fica dividido em pistas concêntricas e estas em sectores. Para cada
prato existe um braço com duas cabeças de leitura e escrita, uma para cada face do prato. Este braço
desloca-se como uma peça única sobre as superfícies do disco. •
Os discos rígidos são indispensáveis num computador pois têm uma capacidade de armazenamento na
ordem dos gigabytes e são o meio de armazenamento secundário com velocidade de acesso mais rápido.
É no disco rígido que normalmente se instala o sistema operativo e os principais programas de aplicação
com que se pretende trabalhar.

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Unidades de disquetes
As unidades ou drives de disquetes são dispositivos de I/O que lêem e escrevem informação em suportes
magnéticos com a forma de pequenos discos flexíveis.
As disquetes mais conhecidas são as de 3 1/2 polegadas, com capacidade de 1.44 MB.
Também as disquetes necessitam de ser formatadas e depois desta operação ficam igualmente como os
discos rígidos divididas em pistas e sectores.
Hoje em dia, já se começam a vulgarizar as disquetes zip com a capacidade de 100MB e 250MB,
permitindo assim o armazenamento de maiores programas e trabalhos.

Estrutura de uma disquete.

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Drive de disquetes zip (externa - 100MB) e disquetes zip.

Unidades de bandas magnéticas


As unidades de bandas magnéticas são dispositivos de leitura e escrita em suportes magnéticos com a
forma de fitas ou bandas usadas em grandes sistemas.
As fitas magnéticas eram muito utilizadas para efectuar backups de grandes quantidades de informação,
mas estão a cair em desuso para serem substituídos pêlos discos ópticos como os CD's e DVD's.

Unidades de discos ópticos


As unidades ou dríves de discos ópticos são dispositivos que lêem e em alguns casos permitem a escrita.
Existem dois tipos de discos ópticos:

CD's (compact disks);


DVD's (digital versatile disks).

Em ambos os discos ópticos a leitura e a gravação da informação é feita por laser. A informação nestes
discos encontra-se organizada num pista em forma de espiral. A principal diferença entre estes discos
ópticos é que o DVD permite armazenar uma maior quantidade de informação em relação ao CD.

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Este último permite armazenar uma capacidade até 700 MB enquanto que o DVD permite uma capacidade
de 4 a 6 GB.

Existem vários tipos de CD's e DVD's:

Tipos de acesso
Tipos de
Descrição Exemplos
Acesso
O acesso sequencial é feito seguindo uma determinada
Acesso sequência, ou seja, para se aceder a uma determinada Bandas magnéticas ou
Sequencial informação tem de se percorrer toda a que está antes da tapes
informação.
Discos rígidos;
Acesso O acesso aos dados é feito directamente sem a necessidade
Disquetes;
directo de se seguir uma sequência.
CD’s...

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PERIFÉRICOS OU DISPOSITIVOS
Existem vários periféricos que permitem a comunicação entre o computador e o mundo que o rodeia. Este
periféricos podem ser agrupados em três grupos:

Periféricos de entrada (input);


Periféricos de saída (output),
Periféricos de entrada/saída (input/output).

Periféricos de entrada (Input)


Conjunto de componentes responsáveis pela introdução de dados no computador.

Teclado
O teclado é um periférico de entrada e é utilizado para escrita de instruções que o computador vai usar ou
para instrução de dados que o computador vai processar. É o meio mais comum de introdução de dados
no computador. Actualmente, o teclado liga-se à placa-mãe ou motherboard através de um conector do
tipo PS2.

Teclado.

Um teclado é constituído por diversas partes ou grupos de teclas com finalidades distintas:

Teclas de função (de F1 a F12);


Teclas alfanuméricas;
Teclas numéricas;
Teclas de movimento do cursor;
Teclas especiais.

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Descrição das teclas constituintes do teclado.

São utilizadas para funções específicas, consoante aquilo para que


Teclas de função foram programadas ao nível do sistema operativo ou dos ambientes de
trabalho dos programas
Corresponde aos caracteres alfanuméricos (letras e algarismos),
Teclas alfanuméricas
sinais de pontuação, barra de espaços, etc.

Teclas numéricas Permitem a introdução de valores numéricos.

Teclas de movimento do Movimentam o cursor no ecrã de acordo com a posição que


cursor desejarmos.

Teclas especiais Este grupo de tecias contêm a tecla de Enter, Esc, Shift, Alt, Ctrl.

Rato
O rato, tal como o teclado, é um periférico de input fundamental no trabalho com o computador.
O rato foi concebido para a introdução de dados em ambientes gráficos e é um dispositivo do tipo
apontador. A movimentação do rato faz aparecer um cursor no écran, permitindo actuar sobre porções ou
objectos do écran dando entrada de instruções a executar mediante os botões.
Os ratos mais vulgares têm dois botões, mas existem actualmente ratos com apenas um botão e ratos
com três botões. Os ratos de um botão são usados essencialmente em equipamentos Macintosh e os de
três botões em sistemas operativos como o Linux. Recentemente surgiram ratos com dois botões normais
e mais um botão de rodar, que se destina a movimentar mais facilmente janelas ou páginas de texto com
barras de rolamento, como é o caso de muitas das páginas web da Internet.

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A utilização de um rato está dependente da utilização de um programa que permita o seu uso e de um
conjunto de programas que indicam ao computador como receber dados do rato. Esses programas
designam-so por mouse driver.
Para um funcionamento adequado do rato será importante proceder regularmente à limpeza dos
rolamentos onde gira a esfera, assim como possuir um tapete próprio para deslocar o rato.

Os computadores portáteis contêm um dispositivo de apontar que executa as mesmas funções que um
rato, encontrando-se este incorporado nos próprio portátil. Este dispositivos assumem formas como
pointing device, track ball, touch pad.

Dispositivo alternativo ao rato - Touch pad . Dispositivo alternativo ao rato - Trackball.

Dispositivo alternativo ao rato - Pointing device.

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Joystick
O joystick normalmente utilizado em jogos dos mais variados tipos, mas pode ser muito útil para desenho
técnico. Consiste numa alavanca que ao girar transmite ao computador um conjunto de sinais que
possibilitam c controlo de urna imagem no écran.
No computador deverá estar em execução um programa que 'sente' a posição dessa alavanca, ou o
sentido do seu deslocamento e actua no cursor gráfico de forma correspondente.
A alavanca normalmente tem um retorno automático à posição central, sendo nestes casos feita uma
detecção do sentido do deslocamento.
Normalmente existe no joystick um conjunto de botões que permitem desencadear programaticamente
algumas funções frequentes.
A instalação de um joystick num computador pessoal poderá exigir a sua ligação a uma
placa especial, no entanto, na maioria dos equipamentos mais recentes
essa ligação é feita directamente na placa de som.

Joystick.

Écran de toque (Touchscreen)


Os écran sensíveis ao toque são écrans especiais, envolvidos por uma película plástica que consegue
identificar a posição em que recebe o toque, normalmente através dos dedos do próprio utilizador. Ao
toque em zonas específicas do écran, irá responder o computador com uma ou várias acções, de acordo
com o programa.
Neste momento, em Portugal, está a ser desenvolvido um projecto de implementação de terminais de
informação turística, a serem colocados no exterior, que funcionam segundo estes processos, com
imagens e som estereofónico. A estes terminais de informação turística, dá-mos o nome de "quiosques
multimédia".

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Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Digitalizador imagens (Scanner)


Um scanner ou digitalizador de imagens representam um tipo de periféricos de input extremamente útil,
pois permite captar imagens e/ou texto contidos em folhas de papel ou livros, etc. através de processos
ópticos A captação faz-se convertendo a informação para um formato digital adequado para se poder
visualizar no monitor do sistema informático, gravar no disco ou imprimir na impressora.
Existem vários tipos de scanners:
Scanner de mesa (flatbed scanner)
É o forma mais vulgar de scanners. Este tipo de scanner possui uma tampa que se levanta,
permitindo que se coloque uma folha de pape! solta ou um livro sobre a superfície de vidro, onde é
captada a imagem
Scanner 'folha a folha'
Este tipo de scanner permite apenas que se coloque uma folha de papel solta de cada numa
ranhura do dispositivo, a qual é introduzida no interior do scanner e lida opticamente.
Scanner de mão
Neste tipo de scanner, o utilizador terá de segurar no próprio scanner e percorrer a superfície que
pretende captar para digitalizar.

Scanner de mesa.

Os scanners podem ser ligados ao computador através de uma porta paralela, uma placa SCSI ou por
uma porta USB.

Caneta óptica
Uma caneta óptica é um dispositivo que tem a forma de urna caneta ou lápis, mas que possui, no seu
interior, um mecanismo fotossensível que lhe permite captar e enviar sinais luminosos de e para o écran.

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O principio de funcionamento é muito simples. A caneta óptica é constituída por um tubo foto sensível que
apanha a luz do visor, e converte a luz num sinal digital, através de um sistema de conversão. A caneta
óptica funciona alternativamente de dois modos, quando é feita a activação de um ponto no visor, é
verificado se chegou alguma luz peia caneta. Quando chega a luz pela canela vai verificar-se qual o ponto
que estava a ser activado.

Leitores óptico de códigos de barras


Os feitores óptico de códigos de barras são normalmente utilizados um funções que exigem uma grande
rapidez de introdução de dados por parte do utilizador ou uma grande precisão na sua inserção. Um dos
exemplos é o leitor de código de barras que normalmente é utilizado para descodificar produtos em
actividades comerciais do tipo hipermercado, farmácias, vídeo clubes, etc.
A passagem do leitor sobre o código de barras retém toda a informação relativa ao produto. Os leitores de
códigos de barras mais utilizados têm a forma de uma caneta ou uma forma rectangular, normalmente
fixos a um suporte.

Câmaras digitais - fotográficas e de vídeo


Uma câmara fotográfica digital procede da mesma forma que uma câmara fotográfica tradicional, capta as
imagens através de processos ópticos. Mas a câmara fotográfica digital ao reter a imagem na película,
procede de imediato à sua conversão para formato digital, sendo estas guardadas num suporte de
armazenamento como as disquetes ou cartões de memória flash (tipo de memória RAM não volátil).
Estas imagens podem depois ser transferidas para o computador e tratadas como qualquer tipo de ficheiro
de imagens.
O funcionamento interno de uma câmara digital é algo semelhante ao de um scanner. O CCD (Charge
Coupled Device) capta os sinais luminosos do. exterior através de sensores próprios e converte-os em
dados digitais.

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As câmaras de vídeo digitais permitem a captação de imagens com movimento. Para tratar as imagens
captadas pelas câmaras de vídeo no computador pode-se ter uma placa de captura ou digitalizacão de
vídeo mas também existem câmaras que podem ser ligadas a uma porta USB.
As câmaras de vídeo digital podem também ser usadas para comunicar em directo através da Internet,
usando software especifico e um canal de conversação da Web.

Máquina fotográfica digital.

Periféricos de saída (Output)


Os periféricos de saída são conjunto de componentes responsáveis pela saída de informação, do
computador.

Monitor e placas gráficas


O monitor é um periférico que permite visualizar o resultado do processamento dos dados introduzidos no
computador, isto é, visualizamos nele os trabalhos que realizamos. Os écrans dos monitores podem ser
monocromáticos e policromáticos. A dimensão dos écrans, a qual é medida na diagonal, pode ser de 14"
(polegadas), 15", 17", 19" e 21". Existem monitores de dois tipos:

Monitores do tipo CRT (Cathod Ray Tube) ou tubo de raios catódicos;


Monitores do tipo LCD (Liquid Cristal Display) ou écans de cristais líquidos.

Monitor CRT. Monitor LCD.

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A placa gráfica desempenha um papel fundamental na parte gráfica de um sistema informático, pois a
resolução de um monitor depende também da capacidade da placa gráfica que estiver instalada no
sistema informático.

Vídeo projector e Data Show (projector de imagem de computador)


Os projectores de imagem de computador ou projectores de imagem de vídeo são periféricos que se ligam
ao computador através de um conector igual ao dos monitores. Existem modelos que consistem numa
placa de cristais líquidos que necessita da luz de um retroprojector (data show), mas existem outros
modelos que possuem uma fonte luminosa própria que projectam directamente num écran externo (vídeo
projector).
Os vídeos projectores têm bastante utilidade pois permitem fazer apresentações de um tema para uma
audiência como uma conferência, uma aula, etc.

Impressoras
Permite passar para o papel o resultado de uma trabalho que foi feito no computador, uma imagem, um
conteúdo de écran, etc. analisemos ires tipos de impressoras:
A impressora é um periférico de saída que permite passar para o papel ou acetato o resultado de uma
trabalho que foi feito no computador, uma imagem, um conteúdo de écran, etc.. A impressão assegura a
conservação dos trabalhos que se realiza no computador e a sua transmissão e reprodução na quantidade
que se deseja. Normalmente a impressora é ligada ao computador por urna paralela ou por uma porta
USB.

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Existem diferentes tipos de impressora:


Impressoras matriciais ou de agulhas
As impressoras matriciais ou de agulhas possuem uma cabeça de impressão composta por um conjunto
de 9 ou 24 agulhas formando uma matriz de impressão rectangular. Estas agulhas batam sobre uma fita
impregnada em tinta e passam os pontos para o papel formando os caracteres. A qualidade de impressão
aumenta proporcionalmente em relação ao número de agulhas.
Estas impressoras são bastante barulhentas, lentas e apresentam uma qualidade inferior de impressão.
Actualmente, são pouco utilizadas.

Impressora matricial ou de agulhas

Impressoras de jactos de tinta


As impressoras de jactos de tinta têm um funcionamento interno bastante diferente das impressoras
matriciais. Nestas existe um recipiente com tinta e através de um circuito electrónico é projectado um jacto
de tinta sobre a folha de papel. Estas impressoras podem ser monocromáticas ou policromáticas. As
primeiras possuem apenas um tinteiro de tinta preta. As impressoras policromáticas possuem um tinteiro
preto e outro com três cores, vermelho, azul e verde.
Estas impressoras são mais silenciosas, rápidas e com uma qualidade de impressão superior às
impressoras matriciais. Mas têm uma desvantagem que é não permitem imprimir em papel contínuo.

Impressora a jactos de tinta

Impressoras laser
Este tipo de impressora funciona através da tecnologia laser. Os grafismos a imprimir são transmitidos à
impressora, que os processa através de circuitos integrados próprios e envia-os resultados através de
feixes luminosos para um tambor que é sensível aos sinais laser. Este tambor ao rodar em torno de si
próprio, recebe uma tinta em pó que transmite ao papel os grafismos a imprimir. A tinta é fixada através de
um jogo de cilindros rotativos.

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São muito rápidas e a qualidade de impressão é boa, só que o preço é bastante elevado.

Impressora a laser.

Plotters
São impressoras especiais que utilizam canetas para o desenho cie figuras muito pormenorizadas, são
usadas para trabalhos que exigem grande superfície e qualidade, como é o caso das áreas de CAD/CAM,
da arquitectura e da engenharia.

Plotter.

Periféricos de entrada/saída (Input/Output)


Os periféricos de entrada/saída permitem a comunicação entre o computador e o mundo que o rodeia, isto
é, permitem a entrada de dados para a C.P.U. e a saída da informação da C.P.U. para as unidades
externas ao sistema informático.

Drives
São periféricos que permitem a entrada ou leitura dos dados dos suportes de armazenamento para o
C.P.U., bem como a saída ou escrita de informação do C.P.U. para os suportes de armazenamento.
Exemplo: Drives de disquete, drives de CD's, drives de discos magnéticos, etc...

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Placa de som
A placa de som é uma placas que permite transformar os sinais digitais do computador em sinais
analógicos os quais fazem vibrar E membrana das colunas, produzindo uma frequência audível.
Este dispositivo tornou-se indispensável para o sistema informático devido ao desenvolvimento das
aplicações multimédia.
Uma placa de som é um dispositivo de entrada / saída pois permite digitalizar sons, isto é, recebe sons do
exterior e converte-os num formato digital, mas também permite reproduzir sons para equipamento
exteriores através de simples colunas ou aparelhagens de som.

Colunas e placa de som.

Modems
Para que a comunicação entre dois computadores separados geograficamente seja possível é necessário
a utilização de um modem. Este dispositivo permita que os sinais do computador sejam transformados em
sinais que podem ser transmitidos pelas linhas de telefone normais.
Os modems podem ser de dois tipos:
Internos - Os modems internos são normalmente designado por placa modem. São mais baratos do
que os modems externos e ocupam menos espaço, pois fica no interior da unidade de sistema,
utilizando um slot de expansão livre.
Externos - Com a forma de caixa e conectado a uma fonte de energia, a uma linha telefónica normal e
ao próprio computador. Este tipo de modem tem a vantagem de possuir um conjunto de luzes que
facilitam a verificação da transmissão. São ligados só computador através de uma porta série.

Modem interno (placa modem).

Modem externo.

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Placa ou adaptador de rede


Uma placa de rede é um periférico que se encaixa num slot da placa mãe e que permite ligar um
computador a uma rede local.
Trata-se de um periférico de entrada/saída pois permite enviar dados de um computador para outros e
também receber dados provenientes de outros computadores.

Placa de rede.

Periféricos de entrada Periféricos de saída Periféricos de entrada/saída


(Input) (Output) (I/O)
Teclado; Monitor e placas gráficas; Drives;
Rato; Vídeo projector date show; Placa de som; Modems;
Joystick; Impressoras. Placa de rede.
Écran de toque;
Scanner;
Caneta óptica;
Leitores ópticos de códigos de
barras;
Câmaras digitais - fotográficas e
de vídeo.

Resumo geral dos periféricos.

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Unidades de informação de Informação


Os dados que se introduzem no computador, tenham eles forma de um texto, de um gráfico, em desenho
ou uma expressão aritmética, estão num formato no qual o computador é incapaz de entender. Por esta
razão é necessário traduzi-los ou codificá-los numa linguagem própria.
Essa linguagem é composta apenas por dois símbolos, O e 1. É extremamente simples para o computador
entender uma linguagem deste tipo, devido ao facto de toda a informação ser composta por conjuntos
destes dois algarismos.
A esta linguagem dá-se o nome de código binário e é com base nele que o computador transforma e
codifica toda a informação.

Sistema Binário:
Bit: unidade básica de armazenamento na memória do computador (O ou 1).
Byte: conjunto de 8 bits.

Unidades de medida de informação

Unidade Equivalência
E a mais pequena unidade de medida, que corresponde ao digito 0 ou 1 do
código binário.
Bit
Assim; O (ou 1) = 1 bit
1001 =4 bits
Conjunto de 8 bits, ou seja, de qualquer combinação de 8 zeros e uns.
Byte
Assim: 10101011 = 1 byte
Representado por Kb
Kilobyte
1 Kb = 1024 bytes
Representado por Mb
Megabyte
1 Mb = 1024 Kilobytes
Representado por Gb
Gigabyte
1 Gb = 1024 Megabytes
As unidades anteriores são as mais utilizadas em relação à capacidade dos computadores actuais. Só
entanto, existem muitas outras unidades normalmente utilizadas para caracterizar sistemas de grande
capacidade.
Representado por Tb
Terabyte
1 Tb = 1024 Gigabytes
Representado por Pb
Petabyte
1 Pb = 1024 Terabytes
Representado por Eb
Exabyte
1 Eb = 1024 Petabytes

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Medidas de velocidade
No interior da unidade de sistema um componente é o responsável peia gestão do próprio computador o
microprocessador também designado por C.P.U.. Este, determina a velocidade de execução das ordens,
ou seja, a rapidez com que o computador recebe e trata os dados e transmite a informação.
A velocidade de processamento é determinada por um relógio interno que todos os computadores
possuem, é medida em megaciclos (milhões de ciclos por segundo). Por esta razão se pode dizer:

O meu computador é um PENTIUM III a 800 Mhz

Isto significa dizer, que o tipo do microprocessador é um PENTIUM e que funciona a 800 milhões de ciclos
por segundo.
A velocidade de um computador pode ser medida de várias formas. Para os computadores pessoais o
método mais utilizado é feito através de velocidade de relógio, cock speed. A velocidade de relógio é
geralmente expressa em megahertz (MHZ), que representa um milhão de impulsos de relógio por
segundo. O relógio sincroniza o funcionamento do computador de forma que quanto mais rápido for o
relógio mais rápido será o computador.

Unidade de Fracção de Notação


Interpretação
tempo segundo Matemática

Uma bofa atirada a uma velocidade de 95


-3
Milissegundo Um milhar 10 milhas por hora (mph) deslocar-se-ia
ms 1/1 000 menos de duas polegadas nesta fracção de
tempo.

Uma nave espacial viajando a 1 00000


Microssegundo Um milhão 10-6
(mph) deslocar-se-ia menos de duas
µs 1/1 000 000
polegadas.

Nanossegundo Um bilião 10-9 Existem tantos nano-segundos num


ns 1/1 000 000 000 segundo como segundos em 30 anos.

Pisossegundo Um trilião 10-13 O pisossegundo está para o segundo como c


ps 1/1 000 000 000 000 segundo está para 31710 anos.

Unidades de tempo para medir a velocidade dos computadores.

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Sistemas de numeração binário e decimal


Os sistemas informáticos processam a informação de muitos tipos como textos, imagens, sons, etc., sendo
isto possível porque o software que possuem converte a linguagem máquina de forma a que o utilizador a
possa entender. Os computadores são formados por circuitos digitais, sendo a informação e os dados
codificados em zeros e uns (linguagem máquina).
Desta forma, nasceu o bit, que repressenta a unidade mais pequena que se pode armazenar na memória
de um computador - 0 significa Off, 1 significa On.

Uma vez que um único bit não é capaz de representar todos os número, letras e caracteres especiais que
é necessário processar através do computador, os bits são agrupados num grupo chamado byte. Um byte
é constituído por 8 bits .
Cada bit só pode conter um dos seguintes estados, O ou 1. Mas se agruparmos dois bits já teremos 4
combinações, etc.

1 bit 2 combinação 0 ou 1

2 bits 4 combinações 00; 01; 10; 11

3 bits 8 combinações 000; 001; 010; 011; 100; 101; 110 ; 111

8 bits 256 combinações 00000000 a 11111111

Regra:
Numero de combinações possíveis = 2n
Com n igual ao número de dígitos ou espaços para dígitos binários.

A palavra do computador, word, è definida como sendo o número de bits que constituem a unidade de
armazenamento da dados, sendo uma característica própria do computador. O comprimento da palavra
varia de computador para computador. As mais comuns são de 16 bits para os microcomputadores, 32 bits
para minicomputadores e 64 bits para supercomputadores.

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1. Converter um número decimal em binário


Para se converter um número decimal para binário, basta efectuar divisões sucessivas por 2, até que o
quociente seja inferior ao divisor. O número binário resulta do agrupar do último quociente e dos restos da
divisão por ordem inversa àquela pela qual foram encontrados.
Exemplo 1:

Exemplo 2:

Decima! Binário

0 0000

1 0001

2 0010

3 0011

4 0100

5 0101
6 0110

7 0111

8 1000

9 1001

Número decimal e a respectiva representação em binário.

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Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

2. Converter um numero binário para decimal


Para se efectuar a conversas inversa, ou, seja pensar ti e binário para decimal, podemos utilizar o seguinte
processo. Começando a ler o número da direita para a esquerda temos:
O primeiro dígito representa a potência de base 2 e expoente 0;
O primeiro dígito representa a potência de base 2 e expoente 1;
O primeiro dígito representa a potência de base 2 e expoente 2;
O nésimo digito representa a potência de base 2 e expoente n-1;

Depois de encontradas as potências atribuídas a cada dígito do número binário a converter, basta somar
as multiplicações parciais efectuadas entre o digito e a potência a ele atribuída.
Exemplo:

Podemos também utilizar a seguinte formula:

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Dados Alfanuméricos
O código alfanumérico representa não apenas algarismos decimais mas também as letras (A, B, ...), os
símbolos especiais (#, &, ?, ...), e os "espaços em branco". A representação interna deste tipo de
informação é feita por vários códigos.

Código BCD - Foi desenvolvido um código, baseado no binário que permite saber com exactidão o
numero de bits necessários na respectiva representação.
Esse código tem o nome de BCD (do inglês Binary Coded Decima), parte da correspondência entre os dez
algarismos decimais (0 a 9) e a respectiva configuração binária.
Como o maior algarismo decimal (9) necessita de 4 bits para ser representado:
9(10) =1001(2)
O sistema BCD usa então 4 bits para representar qualquer numero decimal. Vejamos um exemplo de um
numero decimal em BCD:
3671(0) = 0011 0110 0111(BCD)
Este código possuía uma grande limitação só podia representar dados_numéricos.

Mais tarde foi concebida uma versão com 6 bits (26=64).Este já possibilitava a inclusão das letras do
alfabeto e alguns caracteres especiais.

Código EBCDIC (Extended Binary Coded Decimal Interchange Code) - Este é uma extensão do código
BCD, em que cada caracter é codificado em 8 bits. O campo zona agora tem 4 bits, a totalidade do
caracter codificada com um byte.
Pode-se escrever este mesmo código usando símbolos em hexadecimal.

Código ASCII (American Standard Codes For Information Interchange) - Este código é definido como
padrão e aceite internacionalmente. A versão original deste código utilizava combinações de 7 bits. Hoje
em dia este código utiliza combinações de 8 bits.

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Famílias de computadores
Para a escolha de um computador é conveniente atender, entre outros, a requisitos de ordem económica e
funcional. Quanto aos primeiros, deverá ser feita uma análise sobre a quantia que se pretende e pode
investir inicialmente e a que será investida anualmente em hardware, software, revistas e livros os
especializados. Relativamente aos segundos, a análise a fazer deverá debruçar-se sobre os seguintes
aspectos:
Quem irá utilizar o computador?
Com os objectivos do utilizador? Que tipos de trabalho este irá realizar?
Que tempo médio irá o utilizador gastar?
Que tipos de conhecimento tem o utilizador ao nível da informática?
Depois de responder a estas questões iremos determinar qual o computador com melhor performance
para realizar o conjunto de trabalhos do utilizador.

Em sentido lato, são três as famílias ou classes dos computadores:


Mainframes (grande porte);
Minicomputadores (médio porte);
Microcomputadores (pequeno porte).

Os mainframes são computadores de grande porte ao nível sobretudo das suas capacidades de
armazenamento e de processamento de informação. São utilizados nas grandes empresas, permitindo
processar dados a altas velocidades. O preço varia entre centenas de milhares de contos e muitos milhões
de contos.
Exemplos: Bancos, companhias de seguros, organizações estatais, etc.

Os minicomputadores como o próprio nome indica, situam-se relativamente às suas capacidades, entre
duas as outras duas classes, e destacam-se pela sua grande capacidade de tratar grandes quantidades de
informação e de gerirem a comunicação entre um número elevado de postos de trabalho.
Exemplos: Médias empresas, estabelecimentos de ensino; etc.
Os microcomputadores estão cada vez mais a superar as suas capacidades iniciais e já não se limitam
ao simples computador pessoal (PC), podendo funcionar como servidores de uma rede de postos de
trabalho.
Actualmente os microcomputadores podem ser classificados e divididos em grupos ou famílias em sentido
restrito, relativamente ã sua configuração exterior, à existência ou não de compatibilidade e à sua
potencialidade.

Exemplos de Configurações exteriores dos microcomputadores:

Mini-torre
Desktop
Portátil

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Compatibilidade
No campo dos computadores pessoais, os vários modelos IBM servem de padrão e os sistemas de
computador classificam-se como compatíveis ou não compatíveis com a norma IBM.

A compatibilidade é o atributo que um equipamento informático tem que lhe permite desfrutar de software
e de ligações a periféricos de um outro equipamento, com o qual se diz compatível.

Os não compatíveis:
Macintosh - A gama Macintosh da marca Apple foi a que obteve maior sucesso comercial, depois dos
compatíveis com a IBM. Deveu-se essencialmente à sua facilidade de utilização, mesmo por parte de
quem não possuía qualquer conhecimento da matéria; * Amiga - Os computadores Commodore, da
gama Amiga, destinam-se a tratamento de som e imagem, graças às características que detêm neste
domínio. A maior desvantagem reside no facto de a maioria dos programas disponíveis no nosso
mercado serem jogos;
Atari ST - Estes computadores têm interesse essencialmente para experiências musicais. Podem ser
ligados a qualquer aparelhagem áudio e ainda a órgãos e guitarra eléctrica;
Next — Possui software próprio, sendo por isso de todo incompatível.

Compatíveis;
Os computadores do tipo IBM PC e compatíveis diferem dos demais essencialmente por possuírem um
processador compatível com os processadores Intel e utilizarem um sistema de exploração do tipo MS-
DOS e todos os programas que dele dependem.
Pc XT - Personal Computer eXtended Tecnology, utilizam um processador do tipo Intel 8088;
Pc AT- Personal Computer Advanced Tecnology, utilizam um processador do tipo Intel 80286;
Sistemas 336, 386SX, 486 e Pentium - Utilizam um processador do tipo Intel 80336, 80386SX, 80485
e Pentium respectivamente;
PS/2 e PS/1 - Utilizam um novo sistema operativo da Microsoft, o OS/2 que permite uma melhor
gestão de uma rede do que o MS-DOS da época.

44 Luís Moreira – etlmm@ua.pt


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Evolução histórica do computador


“De acordo com a estimativa do psicólogo cognitivo George Miller, a mente humana pode dar atenção
simultaneamente a um máximo de 5 a 9 assuntos. Deste modo, nunca poderá compreender o
comportamento de um sistema complexo com centenas de variáveis".
Dulce Magalhães de Sá. et all - Tecnologias, Porto Editora
Assim, surge a necessidade da criação de uma máquina que pode-se simplificar essa complexidade, até
obter urna quantidade de informação humanamente tratável.
Sabendo que os computadores efectuam, não só, mas também, processamento de cálculos matemáticos,
podemos dizer que o surgimento do primeiro computador deu-se por volta de 5000 a 3000 a.C., a este
computador deu-se o nome de ábaco que permiti-a a realização de operações elementares de
cálculo-ainda hoje é usado.
Para que se tenha uma visão melhor da evolução dos computadores, seria de referir:
em 1643, surge a calculadora mecânica de Pascal, que permite a realização de adições e de outras
operações baseadas na adição;
em 1673, surge a calculadora mecânica de Leibniz, que permite a realização de multiplicações e
divisões sob a forma de adições e subtracções sucessivas;
em 1804, surge o tear de Jacquard, este, foi considerado como a primeira máquina automática de
tecelagem que funciona através de cartões perfurados, estes cartões, nasceram de um sistema criado
para movimentar, teares automaticamente guiados por uma série de furos feitos em cartões. Apesar
de não ser um computador, visto não efectuar cálculos de espécie alguma, foi a primeira máquina com
programa, permite alterar o padrão dos tecidos, de acordo com a ordem dos furos do cartão utilizado
pelo tear;
em 1860, Charles Babbage apresenta uma máquina capaz de efectuar sequências de cálculos sem
intervenção humana devido à utilização de programas externos em fita de papel perfurado, e adianta
ideias sobre uma outra máquina que ele jamais construirá por falta de técnicas capazes de
concretizarem a sua ideia;
em 1890, surge o tabulador estatístico de Hollerith, foi construído nos EUA com o objectivo de
processar os resultados do recenseamento. Este sistema registava o nome, a idade, sexo e endereço
de cada pessoa sob a forma de furos feitos em cartão que depois eram contados electricamente;
em 1937, Claude Shannon concebe os circuitos eléctricos que tornavam possível a aplicação da
álgebra de Boole nas máquinas.
Nos anos 40 e em circuites restritos, a ideia de computador começa a ser alterada e este passa a ser
definido como "equipamento electrónico que é capaz de aceilar dados num formato preestabelecido e de
os tratar de forma a poderem ser fornecidos os resultados do processamento como informação. O
processamento deverá ser executado sob forma de um programa preestabelecido e internamente
armazenado".
Raul Verde in Dicionário de Computadores.

45 Luís Moreira – etlmm@ua.pt


Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Sistemas multimédia
Desde que nascemos começamos a tomar consciência do mundo que nos rodeia através de sons e de
imagens. Na escola aprendemos a ler e a escrever relacionando imagens, palavras e sons o que no fim de
um tempo nos permite adquirir um determinado vocabulário.
Podemos dizer que um sistema multimédia não é mais do que isto -> "Uma imagem vaie por mi!
palavras".

Num computador podemos encontrar som e imagem que são dois dos muitos constituintes da multimédia.

Actualmente somos confrontados com grandes quantidades de informação e com um fluxo constante de
tecnologias de informação, os sistemas multimédia poderão ser um contributo para a simplificação da era
da informacão/comunicacão.
Num ambiente multimédia podemos aprender naturalmente, uma vez que nos proporciona o contacto com
"mundos" que podemos controlar/manipular, tomando-se, assim, uma fonte com um enorme potencial que
pode ser utilizado em domínios como a educação, informação, lazer,...

46 Luís Moreira – etlmm@ua.pt


Introdução às Tecnologias da Informação – Bloco I

Alguns exemplos da utilização rios sistemas multimédia:

Apresentações comerciais; - Livros interactivos;


Distribuição de informação; - Educação/aprendizagem;
Treino de quadros; - Terminais de postos de venda;
Álbuns fotográficos; - Obras de consulta.

Existem vários suportes de multimédia:


Discos magnéticos; - Bandas magnéticas;
Discos ópticos; - CD's.
Cassetes;

Os CD's são o mais utilizado, visto que, uma aplicação multimédia requer grande quantidade de espaço de
armazenamento.

47 Luís Moreira – etlmm@ua.pt

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