Sei sulla pagina 1di 9

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ligamentos capsulares e a túnica interna é

sinovial (lisa e brilhante).


JUNTURAS 2. cavidade articular: encontra-se preenchida pelo
Artrologia líquido sinovial.
Gr. Artron 3. cartilagem articular: geralmente cart. hialina.
Reveste as superfícies articulares dos ossos,
JUNTURA = meio de união entre as partes rígidas do reduzindo a pressão e o atrito exercidos.
corpo do animal, com o objetivo de formar o esqueleto. Comumente tendem a acentuar a curvatura do
PARTES RÍGIDAS = ossos e cartilagens. osso.
Funções da articulação 4. membrana sinovial: é a túnica interna, lisa e
- União entre as partes brilhante, da cápsula articular, sendo altamente
- Movimento inervada.
5. líquido sinovial (sinóvia = clara de ovo). É
Todas permitem união, nem todas permitem movimento transparente e viscoso, composto de mucinas.
Nutre a cartilagem hialina, que não é
As junturas que permitem movimento são as articulações vascularizada e mantém coesas as superfícies
propriamente ditas, ou junturas sinoviais. articulares.
CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS

1. FIBROSAS (Sinartroses)
Gr. SINA = UNIÃO
O meio de união é o tec. conj. fibroso e são classificadas
de acordo com a localização.
1.1 Suturas
Crânio. Dependendo da forma das bordas de união são de
3 tipos:
1.1.1 Planas: bordas retilíneas (sutura internasal)
1.1.2 Escamosas: forma de bizéu (processo frontal do
zigomático)
1.1.3 Serreadas: forma de serra (sutura interfrontais)
No feto a maioria das suturas é de tec. conj. fibroso o que
facilita o crescimento e o parto.
1.2 Sindesmoses
Fora do crânio. Cartilagens costais, união entre os MTC’s
e MTT’s dos equinos e caninos. Com a idade podem
sofrer sinostose. Os elementos acessórios de uma juntura sinovial são 5:
1. Ligamentos
Sinostose é o processo de ossificação de suturas que Faixas de tecido fibroso que auxiliam a união dos
ocorre no animal adulto. segmentos articulares. Os ligamentos capsulares são
espessamentos da cápsula articular, os ligamentos extra-
1.3 Gonfoses capsulares estão fora da cápsula articular e os
Entre o dente e o alvéolo. Nos ruminantes permite um ligamentos intra-articulares estão no interior da cápsula
certo grau de movimento. Essa movimentação recebe o articular.
nome de gonfíase e ocorre apenas nos incisivos. 2. Discos (ATM) e meniscos (Joelho)
2. CARTILAGINOSAS (Anfiartroses) Estão interpostos entre duas superfícies articulares e têm
Cartilagem hialina ou fibrosa como função amortecer a aumentar a congruência das
2.1 Sincondroses (cart. hialina) superfícies em questão. São bicôncavos.
mandíbulas de ruminantes 3. Coxins
disco epifisário Almofadas, constituídas de tecido adiposo revestidas
esfeno-occipital parcialmente por membrana sinovial. Ex. coxim adiposo
2.2 Sínfises (cart. fibrosa) infrapatelar.
sínfise pelvina 4. Lábios
interesternebrais Projeções cartilaginosas que aumentam a profundidade
discos intervertebrais das articulações, evitando fraturas nas bordas. Ex. entre o
Também podem sofrer sinostose acetábulo e a cabeça do fêmur (lábio acetabular) e entre a
3. SINOVIAIS (Diartroses) escápula e o úmero (lábio glenoidal).
Espaço entre os ossos que se articulam é preenchido pela 5. Bolsas Sinoviais (Bursas)
sinóvia ou líquido sinovial. A união permite grande São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos,
capacidade de movimento. tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos
Os elementos essenciais de uma juntura sinovial são 5: fechados de revestimento sinovial. Facilitam o
1. cápsula articular: possui duas túnicas, uma que deslizamento de músculos ou de tendões sobre
se continua com a camada externa e outra que se proeminências ósseas ou ligamentosas.
continua com a camada interna do periósteo. A
túnica externa é fibrosa, reforçada pelos MOVIMENTOS EXECUTADOS PELAS
JUNTURAS SINOVIAIS
Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009
1. Angulares (aumentam ou diminuem o ângulo Funções dos músculos
entre os segmentos) - Locomoção
1.1 Flexão (diminui o ângulo) - Produção de calor
1.2 Extensão (aumenta o ângulo) Caracterísiticas dos músculos: Alta capacidade de
contração pela presença de proteínas contráteis (alteram
até 50% do tamanho original).
Células musculares não se regeneram ou se multiplicam,
com exceção do músculo liso que é capaz de se
hiperplasiar. Quanto mais especializada é uma célula,
menor sua capacidade de regeneração.

Hipertrofia = aumento do tamanho


Hiperplasia = aumento da quantidade

TIPOS MORFOFISIOLÓGICOS DE MÚSCULOS


1. LISO
Células fusiformes, mononucleadas, com núcleo central,
Estende-se ou flexiona-se uma articulação, não um não há estriações transversais nem anastomoses,
segmento. contração involuntária e lenta, ocorrem nas paredes das
1.3 Abdução (afasta do PSM) vísceras.
1.4 Adução (aproxima do PSM) 2. ESTRIADO CARDÍACO
Possui várias células por fibras (anastomoses); junções
específicas, denominadas discos intercalares, células
multinucleadas, com núcleos centrais. Contração
involuntária, rítmica e vigorosa. Ocorre no coração.
3. ESTRIADO ESQUELÉTICO
Células muito alongadas (até 30cm), 1 célula por fibra,
polinucleada, com núcleos periféricos (São empurrados
pelas fibras de actina e miosina), presença de estriações
transversais, não há anastomose (união feita por tecido
conjuntivo frouxo), contração voluntária, rápida e
vigorosa. Localizam-se ao longo do esqueleto,
atravessando uma ou mais articulações. Há alguns que
não se relacionam com o esqueleto, se originando e se
inserindo em um músculo (m. cutâneo, mm. orbiculares e
2. Rotação (Ex. art. atlantoaxial) mm. esfíncteres, m. sóleo).
2.1 Pronação (em direção ao PSM)
2.2 Supinação (contra o PSM) Não há contração parcial. O grau de força depende
3. Circundação (engloba todos os movimentos apenas do número de células recrutadas.
anteriores) Ex.: coice ORGANIZAÇÃO BÁSICA
1. Origem (cabeça)
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS JUNTURAS Extremidade geralmente voltada para o tendão fixo.
De acordo com o número de eixos e de planos, podem ser 2. Inserção (cauda)
simples ou compostas. Extremidade geralmente volgada para o tendão móvel.
3. Ventre (barriga)
Quanto aos eixos podem ser: Parte carnosa do músculo
1. Monoaxial (flexão x extensão) 4. Tendões
2. Bi-axial (flexão x extensão / adução / abdução) São as extremidades dos músculos. Geralmente o tendão
3. Tri-axial (todos os movimentos) Ex. quadril. imóvel é o de origem e o tendão móvel é o de inserção.
Para os membros o tendão de origem é sempre o
Quanto ao aspecto morfológico da superfície articular, proximal. São extremamente resistentes, mas pouco
podem ser: irrigados.
1. Plana (carpo) Questão de prova: Aponeurose é um tendão laminar
2. Gínglimo = dobradiça (cotovelo)
3. Cilindroide (atlas x áxis) 5. Envoltórios
4. Esferoide (coxo-femoral) 5.1 Endomísio
5. Selares (forma de sela) Por dentro, envolvendo as miofibrilas
5.2 Perimísio
Delimita feixes musculares
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS 5.3 Epimísio (fáscia profunda)
MÚSCULOS, VASOS E NERVOS Por fora, delimita os músculos

Lt. = mus / Gr. = mios TIPOS HISTOLÓGICOS DE FIBRAS


1. Fibras brancas
Músculos são a parte ativa do sistema locomotor
Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009
Contração rápida, porém breve. Atividades de Quanto à disposição das fibras:
explosão. 1. Fibras paralelas:
1.1 Longos
2. Fibras vermelhas 1.2 Largos (ou planos ou laminares)
Contração lenta, porém constante. Atividades de 2. Fibras fusiformes
resistência. Fibras brancas podem se transformar em 3. Fibras peniformes
vermelhas e vice-versa. 3.1 Unipenado
3.2 Bipenado
De maneira geral quando há uma saliência óssea que 3.3 Multipenado
possa comprometer um tendão, pode haver estruturas de Quanto ao número de cabeças (origens)
proteção ou ‘almofadinhas’, conhecidas como: 1: não tem nome
Bolsa sinovial 2: bíceps
Tec. conjuntivo e sinóvia, de parede única, interposta 3: tríceps
entre saliências ósseas e tendões. São intensamente 4 ou +: quadríceps
vascularizadas. Inflamação: bursite Quanto ao número de ventres
2: digástrico
Em equinos ocorre ‘gato’, que é uma inflamação na + de 2: poligástrico
transição occípito-atlântica. Ocorre quando o animal se Quanto ao número de caudas (inserções)
debate e tenta se soltar do cabresto, provocando a 2: bicaudado
inflamação dessa bolsa sinovial. 3 ou +: policaudado

Já a brucelose pode provocar abcessos de cernelha.

Bainha sinovial
Membrana conjuntiva sinovial, de parede dupla, muito
vascularizada, que ocorre por grandes extensões. Envolve
os tendões e permitem vascularização e inervação.
Inflamação: tenossinovite.
Fáscias (fáscia = cobertura)
São membranas que envolvem músculos e conjuntos de
músculos. Dividem-se em:
Fáscia superficial: composta de tc frouxo e
forma a tela subcutânea ou hipoderme, importante para as
injeções subcutâneas.
Fáscia profunda: é o epimísio, composto de
tecido conjuntivo fibroso. Da fáscia profunda partem
septos que delimitam cada músculo (septos
intermusculares) que permitem que durante a contração a
força seja melhor distribuída e cria espaços para a
passagem de vasos e nervos.

Outro acessório dos músculos são os ossos sesamóides,


que permitem o deslocamento de tendões sem que estes
sejam ‘beliscados’ pelas articulações.
A atrofia muscular pode ser provocada por falta de uso
Já os retináculos são cordões de tecido conjuntivo ou falta de inervação. Além disso, o que determina se um
fibroso que mantém os músculos em seus lugares. músculo terá contração voluntária ou involuntária é o
tipo de inervação que ele recebe.
CRITÉRIOS PARA A NOMENCLATURA DE
MÚSCULOS VASOS
Rede tubular fechada na qual encontram-se sangue e linfa
De acordo com:
Posição: ARTÉRIAS
Peitorais, esterno-cefálico, mm. intercostais, etc. Podem ser de grande, médio e pequeno calibre, além
Forma: das arteríolas.Apresentam fluxo sanguíneo centrífugo ao
Trapezóide, rombóide, quadrado, redondo, serrátil, etc. coração. Em geral se ramificam.
Direção das fibras:
Reto, oblíquo, transversal
Tipo de ação:
Flexor superficial dos dedos, abdutor longo do polegar,
etc.

Músculo não flexiona osso, flexiona articulação.

CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS


Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009
A ramificação é terminal quando o diâmetro do ramo é Estruturas estrategicamente distribuídas que filtram a
menor e é colateral quando este não se altera. Pode ser linga e produzem linfócitos. Os linfonodos possuem
recorrente quando toma rumo oposto ao original ou córtex e medula.
colateral quando o rumo da ramificação é próximo e
similar ao da artéria original. A rede admirável ou rete ÓRGÃOS LINFÓIDES:
mirabilis é uma rede de arteríolas intercaladas no curso Tonsilas palatinas
de uma artéria. Acredita-se que sua função seja resfriar o Tonsilas faríngeas
sangue. As artérias são amareladas e quando rompidas Adenóide
provocam hemorragia em jato. Placas de Peyer (até 60.000 em equinos)
Timo (até a maturidade sexual apenas, produz linfócitos
VEIAS T, que são indivíduo-individuais)
Podem ser de grande, médio e pequeno calibre, além Baço (produz linfócitos B)
das vênulas. Apresentam fluxo sanguíneo centrípeto ao Em ruminantes há pequenas estruturas escuras ao longo
coração. Não se ramificam, se anastomosam. Suas do abdômen, denominadas hemolinfonodos, que drenam
paredes são bem mais finas que as paredes das artérias, o sangue da mesma forma que os linfonodos.
por estarem submetidas a pressões menores. São azuladas Possivelmente são responsáveis pela grande resistência
por causa do CO2. O diâmetro da correspondente a uma desses animais a infecções.
artéria é maior que o da artéria, visto que as artérias têm
capacidade de dilatação em decorrência da parede elástica Conjunto de linfonodos = linfocentro
e as veias não. Veias também não têm capacidade de Íngua = linfadenite = congestão de linfonodos
bombear o sangue, mas apresentam válvulas venosas,
que impedem o refluxo de sangue.Veias do encéfalo, do O termo gânglio linfático não é mais utilizado, uma vez
canal vertebral e as veias cavas não têm válvulas. Os que gânglio refere-se exclusivamente a sistema nervoso.
outros mecanismos que auxiliam no fluxo do sangue são
a força vis a tergo e a musculatura. De forma análoga ao NERVOS
que acontece com as artérias, que formam a rede Conjunto de axônios fora do SNC. A cor não é o melhor
admirável, as veias podem formar um seio venoso. atributo para diferenciá-los durante a dissecação. In vivo
Quando rompidas as veias provocam hemorragia em são rosados. Ao contrário das artérias os nervos não têm
lençol. elasticidade. Brilham por causa da presença de mielina e
gordura.
Em equinos a ranilha (ou cunha) facilita o retorno
sanguíneo, devendo sempre estar em contato com o solo. TEGUMENTO
Quando o animal for casqueado isso deve ser observado. Conjunto formado pela pele, por estruturas anexas da pele
e estruturas diferenciadas da pele (quando pele
TIPOS DE CIRCULAÇÃO diferenciada forma estruturas).
- Sistêmica (grande circulação)
Do VE ao AD PELE: órgão mais extenso, que recobre todo o corpo do
- Pulmonar (pequena circulação) animal e se continua com a mucosa dos sistemas
Do VD ao AE respiratório, genito-urinário e trato-gastrintestinal.
- Portal (sistema porta)
Porta-hepático, porta-hipofisário

OBSTRUÇÕES SANGUÍNEAS
Duas estratégias para contornar:
- Circulação colateral, por outros vasos
- Neo-vascularização, o efeito balístico do sangue
provoca a formação de novos vasos.

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
Não é contínua, os vasos terminam em fundo cego. Drena
a linfa, substância de alto peso molecular, composta por FUNÇÕES
moléculas de proteínas, gorduras e microrganismos. Ao - proteção mecânica, térmica, química e física
final mistura-se com o sangue hipoxigenado. - sensorial / tátil
- excreção
No SNC não há vasos linfáticos. Vantagem: dificulta - regulação hídrica e térmica
disseminação de tumores. Desvantagem: torna os - síntese de vitamina D
edemas cerebrabrais extremamente graves, dada a - sinalização química
dificuldade de drenagem. Também não apresentam - defesa
linfáticos a medula óssea e as cartilagens.
ANEXOS DA PELE
Entre a circulação linfática e a circulação sanguínea 1. Penas
podem existir barreiras, como a barreira hemato- Termorregulação e vôo
encefálica e a barreira hemato-liquórica. 2. Pêlos
LINFONODOS
Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009
1.1 Juba (é o termo correto que designa a crina dos 5. TOROS
equinos) Ocorrem em equídeos. Os toros cárpicos e toros társicos
1.2 Cirros são vestígios do dedo I e ficam ocultos sob os cirros. São
- Da cauda (‘vassoura’ da cauda) popularmente denominados ‘castanhas’. Já os toros
- Metatarsianos e metacarpianos, que constituem metacárpicos e os toros metatársicos são vestígios dos
os ‘machinhos’. dedos II e IV. São popularmente denominados ‘esporões’.
6. CASCO (úngula)
Os ‘machinhos’ são importantes porque desviam o suor e Estojo córneo que protege a falange distal. Possui
a água da chuva, impedindo que os cascos se tornem estruturas derivadas da epiderme (insensíveis) e estruturas
excessivamente úmidos, o que acarreta perda de derivadas da derme. (sensíveis).
resistência e torna o animal suscpetível a infecções nessa O casco se divide nas seguintes regiões:
região. 1. parede ou muralha: porção visível quando o
animal está de pé. Face interna côncava e face
1.3 Cerdas externa convexa. Superfície marcada por cristas
São os pêlos dos suínos. que indicam crescimento.
1.4 Lã 2. períoplo: proeminência em forma de anel que
São os pêlos dos ovinos. une o casco à ponta do dedo. Consistência
1.5 Pêlos táteis (não há consenso na nomenclatura) intermediária entre o casco e permite um certo
há pêlos táteis diferenciados que são grau de amortecimento.
denominados vibrissas. Para Dyce apenas os 3. sola: Não é visível quando o animal está de pé.
pêlos da cavidade nasal são vibrissas. Apresenta formato plano nos animais de tração e
1.6 Vibrissas côncavo nos animal de salto.
Pêlos especiais, nos quais entre o pêlo e a parede do 4. ranilha ou cunha: massa em forma de cunha,
folículo piloso há um plexo venoso rico em terminações importante na frenagem e no retorno venoso.
nervosas, aumentando sua sensibilidade. 5. cório: estrutura invervada e irrigada do casco,
dividida em várias regiões que não serão
Em equinos de exposição é comum a retirada de todos os estudadas.
pêlos táteis da cabeça por motivos estéticos. Há grande
prejuízo na orientação espacial do animal que se torna
propenso a acidentes na baia, principalmente em
condições de iluminação precária.

2. CHIFRES
Podem ser sazonais ou perenes. Constituem o estojo
córneo que protege o corno. Seu crescimento ocorre a
partir dos botões germinativos.

Descorna: São comuns as complicações decorrentes de


descorna mal feita. Durante a descorna, que deve ser
realizada preferencialmente antes da idade adulta, pode
haver exposição dos seios frontais com possível sinusite.
Além disso, se os botões germinativos do chifre forem
retirados apenas parcialmente pode ocorrer crescimento
irregular de parte do chifre. Para a cauterização podem
ser utilizados ferro em brasa ou pomada à base de ácido,
que se mal usada pode acarretar cegueira e outras
complicações ao animal.

3. CORNOS
Constituem a base óssea do chifre. Lembrar do processo
cornual.
4. UNHAS E GARRAS
São estruturas epidérmicas. As garras são expostas
quando os dedos são recolhidos. Não ficam expostas o Todas as informações sobre o casco dos equinos servem
tempo todo para evitar desgaste. Humanos têm unhas, para qualquer casco, com exceção da ranilha.
felinos têm garras e os caninos têm unhas com
características intermediárias entre estas e as garras, Durante o processo de casqueamento deve-se atentar
visto que envolvem parcialmente a falange distal e são para que a ranilha fique totalmente em contato com o
incapazes de recolhê-las. solo visto que é uma estrutura extremamente importante
para o retorno venoso e para a frenagem do animal.

Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009


ÓRGÃO DA VISÃO Mucosa que reveste a face posterior das pálpebras, a
O olho é apenas uma parte do órgão da visão. córnea e a esclera. Forma os sacos conjuntivos superior e
inferior.
Não se utiliza o termo humor vítreo, uma vez que humor 3.3 Pálpebras
refere-se a líquidos. Assim, o correto é corpo vítreo. Pregas de pele, revestidas por mucosa, que protegem os
bulbo do olho. Utiliza-se a denominação pálpebra
1. Bulbo do olho superior e pálpebra inferior. As glândulas társicas,
Localiza-se na cabeça, em posições diferenciadas de situadas na pálpebra, produzem um sebo, que se mistura à
acordo com a posição do animal na cadeia alimentar, lágrima e permite que ela se espalhe pela superfície do
estando localizado rostralmente em predadores e olho.
lateralmente em presas. Essas posições conferem ao
animal maior habilidade em enxergar longe ou em cobrir A inflamação da glândula társica recebe o nome de
uma maior área com a visão. hordéolo, vulgarmente conhecida como tersol.
Divide-se em 3 camadas:
1.1Externa (fibrosa) Durante o exame clínico é importante se analisar as
Formada pela córnea e pela esclera. A córnea, que mucosas, visto que são as estruturas que melhor refletem
constitui a primeira barreira física. É formada por tecido o estado de saúde do indivíduo.
conjuntivo modificado, é avascular, extremamente
inervada e transparente. O limbo da córnea separa a Em algumas espécies existe uma estrutura, denominada
córnea da esclera. A esclera é branca, firme, formada por terceira pálpebra ou membrana nictitante. Pode ser
tecido conjuntivo fibroso e serve como sustentação ao clinicamente importante.
bulbo do olho. É brilhante porque é revestida pela
conjuntiva. A protrusão da terceira pálpebra é um dos primeiros
1.2 Média (vascular) sinais de infecção por C. tetani.
Camada altamente irrigada e pigmentada (melanina).
Composta por três estruturas: 3.4 Aparelho lacrimal
1.2.1 Íris: composta por musculatura lisa, 3.4.1 Glândula lacrimal
delimita uma passagem, a pupila. Localiza-se dorso-lateralmente ao bulbo do olho e
apresenta ductos excretores.
Tanto a midríase (abertura da pupila) quanto a miose
(fechamento da pupila) são provocadas por contração 3.4.2 Vias lacrimais
da íris. O que ocorre é que ela possui fibras musculares Constitui-se de:
circulares e radiais. - pontos lacrimais superior e inferior
- canalículos lacrimais
1.2.2 Corpo ciliar: auxiliam na fixação da lente, - saco lacrimal
produzem e absorvem o humor aquoso. - ducto naso-lacrimal (desemboca na cavidade
1.2.3 Corióide: reveste todo o pólo posterior do nasal)
bulbo do olho. É extremamente pigmentado - óstio nasal do ducto naso-lacrimal (ONDNL)
para absorver a luz após esta sensibilizar a
retina. Em algumas espécies ocorre ainda o Em equídeos o ONDNL é mais rostral. Clinicamente é
tapete lúcido, que aumenta a captação de luz importante porque permite a passagem de sondas para o
nas espécies de hábitos noturnos. tratamento de afecções dos olhos dos equídeos.
1.3 Interna (nervosa)
É a retina. Na maioria das spp são 10 camadas de ÓRGÃO VESTÍBULO COCLEAR ou
neurônios, aderidas à corióide. As terminações nervosas ORELHA
podem ser de 2 tipos. Os cones são receptores de cores e Otis = ouvir
os bastonetes são responsáveis pela visão em preto e Auris = orelha
branco. O descolamento da retina pode ocorrer entre as
camadas ou entre a retina e a corióide. Funções:
2. Lente ou cristalino Audição (1/3 das estruturas)
Estrutura biconvexa, que atua como lente, focalizando a Equilíbrio (2/3 das estruturas)
imagem. Seu formato é modificado e com o passar dos Origem embriológica é o sistema nervoso. É considerado
anos perde parcialmente sua capacidade de acomodação, uma expansão do sistema nervoso. A endolinfa e a
dificultando a focalização das imagens. Pode ainda se perilinfa derivam do líquido cérebro espinhal (LCE).
tornar opaco, originando a catarata.
3. Órgãos anexos O Órgão Vestíbulo-Coclear (OVC) divide-se em 3 partes:
3.1 Músculos do bulbo do olho 1. Orelha externa
Ao todo são 7 músculos, sendo 4 mm. retos (m.. reto Parte timpânica do osso temporal
dorsal, m. reto ventral, m.. reto lateral e m.. reto medial),
2 mm. oblíquos (m. oblíquo dorsal e m. oblíquo ventral), 1.1 Pavilhão auditivo (cartilagem hialina + pele)
e 1 m. retrator do bulbo do olho (ausente em humanos). 1.1.1 Escafa ou quilha
3.2 Conjuntiva Pregas da escafa.

Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009


A colocação de brincos jamais deve ocorrer nas pregas OTOESCLEROSE: A surdez em idosos pode ter como
da escafa. causa o enrijecimento das articulações sinoviais entre os
ossículos do ouvido.
1.1.2 Concha
Presença de pêlos Músculos estriados esqueléticos
- M. estapédio:
1.2 Meato acústico externo (epitélio com gl. - M. tensor do tímpano (afasta martelo e
ceruminosas) bigorna)
1.2.1 Parte óssea Esses músculo preservam a integridade auditiva. Em
1.2.2 Parte cartilagínea situações de ruído intenso esses músculos relaxa,
Forma a cartilagem anular. amenizando a intensidade das vibrações transmitidas para
o tímpano.
O trajeto do meato acústico externo varia muito. No cão
é mais sinuoso e é 3 vezes mais extenso que no homem. Nervo facial
As otites são freqüentes, principalmente em determinadas Provê inervação motora em todos os mm. da face, exceto
raças. m. masseter. Alguma otites podem levar à inflamação do
n. facial, provocando PTOSES. Podem ainda provocar
PTOSE AURICULAR: Carrapatos de orelha em cão HIPERACUSIA.
podem corroer a cartilagem escutiforme fazendo a orelha
ficar ‘troncha’. Além disso a orelha seca, como se fosse 2.2 Tuba auditiva
uma folha. Liga a bula timpânica à faringe (nasofaringe) permitindo
equiparação da pressão exercida sobre a membrana
Na base da orelha externa encontra-se a cartilagem timpânica.
escutiforme.
Em perissodáctilos em geral, a tuba auditiva é diferente,
Membrana do tímpano apresentando uma saculação denominada bolsa gutural.
É oblíqua (+/- 60 graus) e constitui-se de 4 camadas. Acredita-se que sua função seja facilitar a equiparação da
Composta por duas partes: parte flácida e parte tensa. A pressão em animais que passam várias horas do dia com a
parte que apresenta mais problemas é a parte flácida. cabeça baixa, pastejando.

Em casos de otite média pode ser necessário lancetar a EPIEMA DE BOLSA GUTURAL: Inflamação, com
membrana do tímpano para drenar pus. A incisão deve acúmulo de pus, comum em eqüinos. Tto cirúrgico.
ser feita de forma oblíqua, para que na após a retirada
da agulha os orifícios não se superponham e ocorra 3. Orelha interna
vedação das camadas. É totalmente escavada dentro da parte petrosa do osso
temporal. Apresenta duas regiões:
A membrana do tímpano apresenta ainda 2 superfícies. A 3.1 Labirinto ósseo
superfície externa (côncava) e a superfície interna Canais semi-circulares (3 em âng. reto) equilíbrio
(convexa). A superfície interna é também chamada de Vestíbulo equilíbrio
mucosa e é transparente, permitindo a visualização do Cóclea
martelo. A visão desse ossículo através da membrana do
tímpano denomina-se estria malear. 3.2 Labirinto membranáceo
3.2.1 Ductos semi-circulares equilíbrio
Trago = bode ou cheiro de bode. A região é pilosa e 3.2.2 Utrículo e sáculo equilíbrio
lembrou, a quem descreveu, uma barbicha de bode, 3.2.3 Ducto coclear
recebendo então esse nome.
No labirinto ósseo há perilinfa, no labirinto membranáceo
Tímpano = tambor há endolinfa.

2. Orelha média
Formada pela parte timpânica do osso temporal e pela
parte petrosa do osso temporal. É composta por duas
regiões bastante distintas:
2.1 Bula timpânica
Função básica é amplificação do som
É revestida por mucosa
Nela se encontram os ossículos do ouvido
(l) martelo, bigorna e estribo (md)

Entre a bigorna e o estribo existe o osso lenticular, que é


o menor osso do esqueleto. Entre os ossículos do ouvido
existem junturas sinovias típicas.

Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009


JUNTURAS Corpo adiposo infrapatelar m. infra-espinhal
1.Articulação do ombro (coxim) retirado da peça m. redondo menor
Esferóide, tri-axial. 6.Articulação do tarso FACE MEDIAL DA
Lábio glenoidal Gínglimo, uni-axial ESCÁPULA
2.Articulação do cotovelo 3 porções: m. subescapular
Gínglimo, uni-axial. - Art. tibiotársica m. redondo maior
Cápsula articular - Art. intertársica Os músculos extensores são crânio-
Ligamento colateral lateral - Art. tarsometatársica laterais ou dorso-laterais.
Ligamento colateral medial Ligamento colateral lateral Os músculos flexores são médio-
Membrana interóssea do antebraço longo caudais ou médio palmares.
3.Articulação do carpo Ligamento colateral lateral BRAÇO
Gínglimo, uni-axial. curto m. bíceps do braço
3 porções: Ligamento colateral medial m. coracobraquial
- Art. Antebraquiocárpica longo m. braquial
- Art. Intercárpica Ligamento colateral medial m. tríceps do braço
- Art. carpometacárpica curto m. tensor da fáscia do antebraço
Cápsula articular 7. Articulações da cabeça m. ancôneo
Ligamento colateral lateral Única sinovial é a ATM ANTEBRAÇO E MÃO
Ligamento colateral medial Condilar, bi-axial m. pronador redondo
Ligamentos intracapsulares Disco articular m. flexor radial do carpo
Ligamento radiocárpico dorsal Cápsula articular m. flexor ulnar do carpo
Ligamentos intercárpicos dorsais Ligamento lateral m. flexor superficial dos dedos
Ligamentos carpometacárpicos Ligamento caudal m. flexor profundo dos dedos
dorsais As demais são suturas mm. interflexores
Ligamento radiocárpico palmar Sutura internasal m. ulnar lateral
Ligamentos intercárpicos palmar Sutura frontonasal m. extensor radial do carpo
Ligamentos carpometacárpicos Sutura temporoparietal m. abdutor longo do polegar
palmares Sincondrose intermandibular m. extensor comum dos dedos
Vários ligamentos intercárpicos Sincondrose esfeno-occipital m. extensor lateral dos dedos
interósseos Sincondrose interesfenoidal m. interósseo
4.Articulação sacro-ilíaca 8.Art. da coluna vertebral MEMBRO TORÁCICO
Plana Discos intervertebrais NERVOS
Ligamento sacro-ilíaco ventral Ligamento longitudinal dorsal AXILA, OMBRO E BRAÇO
Ligamento sacro-ilíaco dorsal Ligamento longitudinal ventral n. supra-escapular
Ligamento sacro-tuberal Ligamento supra-espinhoso nn. subescapulares
Sínfise pelvina Ligamentos interespinhosos nn. peitorais
5.Articulação do joelho Ligamento da nuca (funículo da n. musculocutâneo
Gínglimo, uni-axial nuca + lâmina da nuca) n. mediano
2 porções: 9.Articulação atlanto-occipital n. ulnar
- Art. Femoropatelar É condilar, mas funciona como n. radial
Ligamento femoropatelar gínglimo n. axilar
lateral 10.Art. atlanto-axial n. toracodorsal
Ligamento femoropatelar Ligamento atlantoaxial dorsal ANTEBRAÇO E MÃO
medial Ligamento longitudinal do dente n. radial
Ligamento patelar lateral * n. mediano
Ligamento patelar intermédio MEMBRO TORÁCICO n. ulnar
* MÚSCULOS PLEXO BRAQUIAL
Ligamento patelar medial * CINTURA ESCAPULAR Os nn. do plexo braquial originam-
* fundidos nos peq. rumin. m. cutâneo do tronco se entre C6 e T1. Existem trocas de
- Art. Femorotibial m. peitoral superficial fibras nervosas para assegurar a
Menisco lateral m. peitoral profundo inervação. São formados 3 troncos:
Menisco medial m. braquiocefálico 1o TRONCO
Ligamento colateral medial m. omotransversal n. supra-escapular
Ligamento colateral lateral m. trapézio n. sub-escapular cranial
Ligamentos intracapsulares m. rombóide cervical 2o TRONCO
Ligamento meniscofemoral m. rombóide torácico n. sub-escapular caudal
Ligamento cruzado cranial m. grande dorsal n. axilar
Ligamento cruzado caudal m. serrátil ventral n. radial
Ligamentos cranial e caudal m. subclávio n. torácico-dorsal
do menisco lateral FACE LATERAL DA 3o TRONCO
Ligamentos cranial e caudal ESCÁPULA n. do m. cutâno ramo proximal
do menisco medial m. deltóide n. do m. cutâneo mediano ramo
m. supra-espinhal distal
n. ulnar
Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009
Nas vértebras cervicais o nervo
correspondente é cranial à
vértebra. Nas vértebras torácicas o
nervo é caudal à vértebra.

Resumo Anatomia Veterinária 1 Gustavo L. Sales Medicina Veterinária – UFLA 2009

Potrebbero piacerti anche