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PROCESSO Nº 0000268-13.2019.5.19.0009
I - DOS FATOS
Informa que durante todo o período em que laborou para o Reclamado, em que pese
ter sido contratado em Maceió/AL, o Reclamante exerceu sua atividade no Estado de Sergipe, nas
cidades de Nossa Senhora do Socorro (primeiros 4 meses) e nos meses restantes até a demissão,
laborou na cidade de Itabaiana.
Informa ainda que a empresa Reclamada, através de seu preposto Rogério, proibia
o Reclamante, assim como os demais trabalhadores, de voltar para casa pelo período mínimo de 01
(um) mês a partir do início do labor para a Reclamada.
Por fim, alega que fora demitido sumariamente pela Reclamada sem justa causa no
dia 21.11.2018, nada recebendo a título de verbas rescisórias e sem CTPS assinada.
II – PRELIMINARMENTE:
II.1 - INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL POR FALTA DE DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS
À PROPOSITURA DA AÇÃO:
O artigo 840, §§ 1º e 3º, da CLT, com redação dada pela Lei 13.467/17, estabelece
que a reclamação deverá conter o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu
valor, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito.
Não pode ser desvirtuada a natureza do benefício da gratuidade judiciária, visto que
destinada a pessoas sem possibilidade de sustento próprio e de sua família.
Ab initio, vem esta Reclamada, pautada na boa fé, afirmar a Vossa Excelência que
sempre buscou honrar com seus compromissos, respeitando e cumprindo seus deveres legais, como
empresa, buscando sempre cumprir com seus deveres, sem tolher direitos trabalhistas de seus
empregados, pagando a seus trabalhadores o que era devido, bem como tratando seus funcionários
com cordialidade e urbanidade, jamais faltando com respeito com seus empregados e colaboradores.
Importante destacar que constitui ônus do Reclamante provar suas alegações, como
bem sedimentam os artigos 818 da CLT e 412 do CPC, não se desincumbindo o Reclamante de
provar o alegado em sua Reclamação, ao tentar obter vantagens indevidas e deturpando a realidade
dos fatos.
O Reclamante alega que foi contratado pela reclamada em 06/02/2018 para exercer
a função de AUXILIAR DE PRODUÇÃO. Alega que percebia como remuneração, aproximadamente,
R$1.950,00 (mil, novecentos e cinquenta reais) por mês.
Assim, deve no caso em tela ser configurado o abandono de emprego, pelas razões
e provas que ora são produzidas e ainda serão no decorrer da instrução processual.
Desta forma, resta comprovada a rescisão do contrato de trabalho por justa causa,
devido ao abandono do emprego, não podendo assim requerer o Reclamante as verbas provenientes
de uma rescisão sem justa causa, eis que não faz jus.
Ainda, caso tenha havido horas extras, as mesmas eram devidamente pagas.
Conforme pode ser observado nos comprovantes de pagamento, os valores pagos ao Reclamante
eram VARIÁVEIS, conforme comprovantes juntados pelo próprio Reclamante, o que demonstra que
havia o pagamento do salário base no valor de R$ 1.050,97 e mais os encargos devidos no mês,
como as horas extras.
Ainda, o aviso prévio NÃO é devido em razão de que o Reclamante abandonou seu
emprego.
Por fim, nos pedidos finais o Reclamante não procedeu com o pedido de
condenação de danos morais em relação à situação alegada, nem ao menos condenação de
adicional de insalubridade. Pelo que requer a improcedência TOTAL dos pedidos.
III.6 - INAPLICABILIDADE DAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT:
Tal pedido presente da peça vestibular deve ser rejeitado, uma vez que tal multa
somente é imposta no caso de matéria incontroversa, e a partir da apresentação da peça do
reclamado e sua alegação, torna o assunto controverso, bem como pelo fato de não haver parcelas
a serem pagas em audiência incontroversas. Assim, não há possibilidade da aplicação de tal sanção.
A inexistência de ato/omissão danosa por parte da Empresa Reclamada já faz cair por
terra a ocorrência de dano. Entretanto, ainda que assim não se considere, o Reclamante não trouxe
aos autos qualquer comprovação da mácula moral que alega ter sofrido pelo não pagamento das
supostas verbas rescisórias que entende fazer jus.
Inexistentes o dano e a prática de ato ilícito pela Empresa Reclamada, perece a fixação
de nexo causal, fazendo cair por terra o pleito de indenização por danos morais formulado pelo
Reclamante, cujo indeferimento se requer.
d) A total improcedência do pedido de condenação nas multas dos Arts. 467 e 477 da CLT;
e) A total improcedência do pedido de condenação em danos morais, tendo em vista que não
fora demonstrado qualquer dano sofrido pelo Reclamante;
g) improcedência total do pedido de férias, 13º salário, aviso prévio indenizado, pagamento das
diferenças de FGTS + multa de 40% do valor do FGTS;
Termos em que,