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DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.º Ano (Licenciatura em Direito) – 2.ª Turma


1.º teste de avaliação repartida – 06.11.2017

1. Distinga sucintamente (2 val. X 2):

1.1. Administração direta e Administração indireta do Estado


Resposta: Administração estadual direta: serviços administrativos do Estado sob direção do Governo/
Administração indireta: setor da Administração constituído por pessoas coletivas que prosseguem
interesses públicos do Estado. Exemplos e referência à Administração indireta pública e privada

1.2. Função legislativa e Função administrativa


Resposta: A função administrativa no contexto das funções estaduais; em especial: os critérios de
distinção entre a função administrativa e a função legislativa; momentos de afastamento e momentos de
aproximação.

2. Responda (4 val.):
Identifique e caraterize o sistema de Administração a que se refere a seguinte afirmação:
“A Administração encontra-se subordinada a um ramo de direito (…) ou seja, submetida
a um conjunto de regras próprias. Estas regras aplicam-se nos casos em que a
Administração atua no uso dos seus poderes especiais (…) uma vez que está proposta à
satisfação de interesses públicos”.

Resposta: sistema continental ou de administração executiva onde se integra o sistema português. Traços
característicos: direito especial, organização administrativa e tribunais próprios. Referência especial à
autotutela declarativa e autotutela executiva por contraposição ao modelo saxónico.

3. Resolva (11 valores):


Decorre do artigo 89.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro o seguinte:
1 - As edificações devem ser objeto de obras de conservação pelo menos uma vez em cada período
de oito anos, devendo o proprietário, independentemente desse prazo, realizar todas as obras
necessárias à manutenção da sua segurança, salubridade e arranjo estético.
(…)
3 - A câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, ordenar
a demolição total ou parcial das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde
pública e para a segurança das pessoas”.

António é dono de uma moradia em estado de ruína, que se situa no Município de


Espinho, junto à fronteira com o Município de Vila Nova de Gaia.
1) Quais são e em que setor da organização administrativa se integram as pessoas
coletivas referidas no enunciado? (2,0 val)
Resposta: Municípios, integrados na Administração autónoma e, nesta, na de âmbito territorial
2) Pronuncie-se, justificando, sobre a validade das seguintes decisões:

a) Ordem de demolição por ameaça de ruina tomada pelo Presidente da Câmara


Municipal de Vila Nova de Gaia. (1,5 val)
Resposta: Falta de atribuições ou incompetência absoluta: órgão de uma pessoa coletiva (o
presidente da câmara que é um órgão do Municipio de Vila Nova de Gaia) que pratica um ato
administrativo que é da competência de outro órgão de outra pessoa coletiva (da Câmara
Municipal do Municipio de Espinho). Nulidade

b) Ordem de demolição por ameaça de ruina tomada pelo Presidente da Câmara


Municipal de Espinho. (1,5 val)
Resposta: incompetência relativa: órgão de uma pessoa coletiva (o presidente da câmara
Municipio de Espinho) que pratica um ato administrativo que é da competência de outro
órgão da mesma pessoa coletiva (câmara municipal de Espinho). anulabilidade

c) Ordem de demolição tomada pelo Presidente da Câmara de Espinho ao abrigo


de delegação de competências por parte da respetiva Câmara Municipal. (1,5 val)
Resposta: situação válida, na medida em que, por força da delegação, se permite que um
órgão pratique um ato administrativo que é da competência de outro órgão. Caraterização da
delegação como a qualificação de um órgão para exercer uma competência alheia (concessão
constitutiva)

3) Verificada a última situação, pode António recorrer da decisão do Presidente para a


Câmara Municipal? E o que pode esperar dela? Justifique (3,0 val)

Resposta: recurso para a Câmara Municipal como recurso para o delegante, por ser o titular originário da
competência (recurso administrativo especial– artigo 199.º, n.º 2 do CPA e referência à problemática da
necessidade de previsão legal expressa para a admissibilidade deste recurso); identificação dos poderes
envolvidos (em especial o poder de anular, revogar ou substituir o ato delegado – artigo 49.º do do CPA ).

4) E se pretender recorrer para o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e


do Desenvolvimento Regional. Pode fazê-lo? Justifique (2,0 val)
Resposta: Municipio como administração autónoma; a tutela do Estado sobre as autarquias locais: de
controlo traduzido na verificação do cumprimento da lei; tutela apenas nos casos expressamente previstos
na lei.

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