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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE


URUGUAIANA-RS.

PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGENCIA.

PEDIDO DO TRÃMITE PREFERENCIAL DO ECA.

LUCIANO GABRIEL ALI PORTO, brasileiro, solteiro, desempregado,RG:3071337591 CPF;


805.951.030-49, residente e domiciliado nesta cidade à Rua Quadra 10, Casa nº 172, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu procurador (instrumento
anexo) que esta subscreve, propor a presente AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA E GUARDA COMPARTILHADA, com fulcro
nos artigos 1583 e 1584 do Código Civil em face de

JOANA RENATA ALVES HERNANDEZ, brasileira, solteira, do lar, CPF e RG desconhecidos


do autor, podendo ser consultados pelo douto juiz, residente e domiciliada nesta cidade à Rua
hercules Alaor Bom nº 951, Bairro Cidade Nova, pelos fatos e fundamentos.

INICIALMENTE- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O autor é pessoa pobre, atualmente sobrevive de bicosl, informa que não tem veículo ou
imóvel, e não tem condições de arcar com as despesas processuais sem que com isso venha a
impor prejuízo no seu próprio sustento, conforme declaração em anexo. Requer, então, a
concessão do benefício da justiça gratuita. Neste sentido Orientação do TJRS.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. ENUNCIADO Nº
2 DA COORDENADORIA CIVIL DA AJURIS. O benefício da assistência judiciária gratuita é deferido àquele que declara ser
hipossuficiente, nos termos do art. 4º da Lei 1.060/50, gozando essa alegação de presunção relativa de veracidade, que cede
somente diante de prova em contrário, inexistente no caso em exame. Conforme entendimento consolidado neste colegiado, com base
no Enunciado nº 02 da Coordenadoria Cível da AJURIS de Porto Alegre, com a modificação ocorrida em 14 de outubro de 2011, o
benefício da gratuidade deve ser deferido, sem maiores perquirições, àqueles com renda inferior a 5 salários-mínimos (R$
3.620,00, atualmente), como no caso em exame. DOU PROVIMENTO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (A.I Nº 70062867130, Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 07/01/2015)

DOS FATOS

1-O Requerente é pai do menor BENJAMIM HERNANDEZ PORTO, (certidão anexa), fruto de
uma união estável que teve com a requerida.

2-Na constância da união estável, o requerente cuidava do menor, dando todo amor e carinho
que uma criança necessita, nunca deixou nada faltar dentro de casa para o sustento e criação do
menor, obrigação alimentar que faz até hoje.

3-Após o fim da união estável a requerida às coisas começaram a mudar, e, o requerente já não
pode mais ver o filho conforme havia sido firmado verbalmente pelas partes, pois a requerida cria
empecilhos de toda a ordem.

4-O requerente que sempre esteve presente na vida do filho se vê agora impedido de ver seu
descendente, cabe aqui deixar ciente que nunca deixou de cumprir com suas obrigações de pai
todos os meses repassa 30% do salario mínimo, mesmo demonstrada toda a preocupação e
amor que este pai tem por seu filho ele está sendo impedido de conviver.

DO DIREITO

É bem sabido, que o direito de visitas regulares pelo pai, aos filhos, é um dever/direito ao qual
este não pode ser privado, sendo sua presença fundamental para o desenvolvimento dos
menores. Tal situação não pode mais perdurar, posto que é direito dos filhos ter o pai em sua
companhia, para receber a assistência garantida a toda criança.

Como visitar e ter consigo o filho lhe é um direito assegurado, por disposição expressa em lei,
pretende o requerente ter o filho consigo nos finais de semana, pegando a criança na quarta
feira das 20:00 horas e devolvendo na quinta pela manhã, também em fins de semanas
alternados, pegando aos sábados após as 20:00 e entregando a sua mãe no domingo às
20:00 horas, feriados alternados, dia dos pais, festas de fins de ano alternadas e férias
escolares divididas.
É um direito da criança a convivência com seu pai. Colhe-se do caput do art. 19 da Lei n.
8.069/1990: “Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar
e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias
entorpecentes, resta ainda que, conforme preceitua o Art. 1.584 “A guarda, unilateral ou
compartilhada, poderá ser”:

“II – Decretada pelo juiz, em atenção à necessidade especificas do filho, ou em razão da distribuição
de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe”.

Advém a necessidade do contato e a convivência entre pais e filhos, pois assim as


crianças poderão crescerem cercadas de muito amor, carinho e afeto, tendo um bom
desenvolvimento físico e psicológico. Lembrando que os pais dos menores não estão
mais vivendo juntos, portanto imprescindível que o requerente tenha contato com os
filhos, sob pena de virem ter conflitos futuramente, pela falta de convivência.

DA TUTELA ANTECIPADA DE URGENCIA

Ainda, considerando os arts. 300 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, requer
a antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera parte, para que o requerente possa
exercer de pronto seu direito de visita.

Inexiste controvérsia acerca do direito do autor, consoante determina claramente o


citado art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como as referidas
disposições da Lei n. 12.318/2010; portanto, presente o requisito da verossimilhança
das alegações bem como a prova inequívoca. Mister realçar que a melhor prova da
imperiosidade da antecipação da tutela é o sucesso de ser necessário ao autor, para
que possa exercer o seu direito de visita, a propositura da presente ação.

Também patente o dano irreparável, porquanto não pode visitar seu filho agora,
jamais recuperará as horas perdidas, como dita o cediço brocardo: factum fieri
nequit infectum. Não se pode, na vertente hipótese, sequer aguardar a citação da
parte contrária, porquanto a duração de tal procedimento poderia prejudicar
irreparavelmente o direito do autor. Além disso, a Lei n. 12.318/2919, no art. 4º, permite
a concessão de medidas provisórias inaudita altera pars, para que se resguarde o direito
do infante, inclusive determina tramitação prioritária ao processo e faz ressalva especial
ao direito de visita:
“Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em
ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido
o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou
do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre
ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de
visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da
criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das
visitas”.

Dessarte, sobejamente demonstrada as condições para a concessão da tutela


antecipada, bem como para a procedência final da presente ação .

DA SANÇÃO PECUNIÁRIA- (MULTA)


A fim de garantir o resultado fático da presente demanda, com fulcro no poder geral de efetivação (art.
814, do Novo Código de Processo Civil), requer, proferida sentença de mérito dando provimento aos
pedidos narrados nessa peça vestibular, ou concedida a antecipação da tutela, seja fixada sanção
pecuniária no valor de metade do salário mínimo vigente (R$ 477,00, v. Dec. n. 7.655/2011)
No caso de eventual descumprimento do ato imposto à ré, isto é, caso a genitora obste o direito de
visita do autor. A antecipação dos efeitos da tutela pretendida quando, no caso em tela, não há
qualquer dúvida a respeito do direito do autor, posto que sendo pai, a lei lhe confere
dever/direito de ter o filho em sua companhia e ainda fiscalizar sua manutenção. De toda sorte, a
maior, provados fatos alegados, é a necessidade de ajuizamento do presente para ver seu filho,
pois com relação ao dano irreparável, este é patente, em razão da proibição da genitora do
menor em permitir que o pai exerça o direito de visitas ao filho.

DOS PEDIDOS FINAIS, por todo o exposto requer:

a). A antecipação dos efeitos da tutela de urgência (art. 300 do Novo CPC), inaudita altera
parte, para que o autor exerça de pronto seu direito, nos termos delineados supra (§ VIII),
porquanto presentes, como demonstrado acima (§§ X e XI), os requisitos de verossimilhança das
alegações, de prova inequívoca, bem como o fundado receio de dano irreparável;

b).A citação da Requerida para contestar o pedido, se o quiser, sob pena de revelia.

c). Seja marcada a audiência de conciliação.

d).Que ao final seja regulamentado o direito de visitas nos termos acima propostos, pegando a
criança na quarta feira das 20:00 horas e devolvendo na quinta pela manhã, também em fins de
semanas alternados, pegando aos sábados após as 20:00 e entregando a sua mãe no domingo
às 20:00 horas, feriados alternados, dia dos pais, festas de fins de ano alternadas e férias
escolares divididas.

e).Seja a requerida condenada às custas e honorários advocatícios e demais cominações.

f).Requer ainda, que seja concedida ao autor a gratuidade de justiça, por não dispor de meios
econômicos para custear o processo sem prejuízo a seu sustento nos termos da lei 1060/50,
conforme declaração anexa.

g).A tramitação prioritária do presente processo, consoante a Lei n. 12.318/2010, art. 4º.

h) Seja fixada sanção pecuniária, na forma descrita acima (§ XIII), com base no art. 814, do
Novo CPC, no valor de metade do salário mínimo vigente (R$ 477,00), na eventualidade de a ré
descumprir a decisão que antecipe os efeitos da tutela ou a sentença de mérito.

i) Seja na solenidade decretada a Guarda Compartilhada dos menores.

j) Seja em tudo seja ouvido o digno representante do Ministério Público.

k)Sejam produzidas todas as provas em Direito admitidas.

Dá-se a causa o valor de R$ 477,00,apenas para fins fiscais.

Termos em que, pede e espera deferimento.

Uruguaiana, 30 de julho de 2018.

Mauro Honório Lemes

OABRS 93708

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