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La poética de lo neutro 1. FABRIS, Annateresa.

Figuras do moderno
(possível). In: Schwartz, Jorge. Brasil, 1920-1950: da antropofagia a
Brasília. São Paulo: Cosac & Naify, 2002, pp. 41-51.

Para pensar sobre o modernismo brasileiro, é importante esclarecer que uma parte
da histografia da arte trata a produção modernista como momento de ruptura com
o passado. Porém, com um olhar mais atento a certos artistas e produções, é
possível perceber que aquilo que os modernistas começam a fazer no final da
década de 1910 e no início da década de 1920 não está muito distante do que já
vinha sendo feito desde o fim do século XIX.  
Naquele momento, havia um contexto institucional das artes consolidado com a
Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Muitos artistas que estão
fazendo a passagem do século XIX para o XX revelam uma certa inovação em
relação ao rigor da pintura de acadêmica, com pinceladas livres, uso de outras
paletas de cores e abordagem de temas nacionais. 
A questão do nacionalismo surge desde a formação de uma academia no Brasil, a
maneira de abordá-la é que se modifica de acordo com cada período da história
brasileira. Nesse caso, no fim do século XIX e início do XX, há uma vontade de
contar a história marginal dessa nação. 
Naquele momento, Monteiro Lobato vai criticar o tipo de produção com temas que
fogem aos temas nacionais (os grandes temas históricos, mitológicos, alegóricos).
Para Lobato, o artista deveria ter uma formação sólida para poder transgredir à
técnica e, assim, inovar, sendo que o artista moderno por excelência na visão do
crítico seria Almeida Jr. 
Na década de 1920, os artistas brasileiros vão ter conhecimento das vanguardas
europeias. Anita Malfatti será pontuada como uma figura icônica desse momento
pelo renovação da linguagem artística. Isso se deve a sua trajetória marcada pelo
diálogo com artistas europeus como o Grupo da Secessão, na Alemanha, onde
estudou de 1910 a 1914, recebendo uma formação artística pós impressionista, e
pela sua passagem pelos Estados Unidos, na Escola Independente de Arte que
recebeu muitos artistas europeus refugiados e onde as ideias das vanguardas
circulavam. 
A exposição de Anita Malfatti em 1917 será defendida por Mário de Andrade como
início do movimento modernista brasileiro e será tema para crítica de arte
brasileira: além de Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Monteiro Lobato
também apresentam resenhas sobre a mostra.
Para tratar da Semana de 22, foi citado como marco da literatura modernista o
texto Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade. Dentre os artistas que
participaram, foram destacados: Victor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti,
Wilhelm Haarberg, Vicente do Rego Monteiro, John Graz, Ignácio da Costa
Ferreira Ferrignac, Zina Aita.
Foi destacado que esse período do modernismo, da década de 20, os artista
brasileiros serão influenciados pelas tendências do chamado “Retorno à Ordem”
que acontece na Europa no início da 1a Guerra Mundial, trata-se de um retorno à
tradição, contrário à radicalização das vanguardas, destacado pela fidelidade
figurativa, e que apresenta um retórica nacionalista acordada com a necessidade
vista por esses artistas da criação de uma arte “brasileira”.
No final da aula foi apresentada um análise d’A Boba de Anita Malfatti, obra do
acervo MAC USP, que apesar de uma obra da fase estadunidense de Malfatti só foi
exposta pela primeira vez em 1945, em uma mostra ao lado da produção da
década de 40 da artista, e posteriormente em 1949, em uma mostra retrospectiva
do MASP, ao lado das obras mais icônicas de sua fase estadunidense: O Japonês;
Mulher de Cabelos Verdes; O Homem Amarelo; Estudante Russa, além do Retrato
de Mario de Andrade.
  
Obras apresentadas em slides na sala de aula:
1. Paisagem (Ventania) (1888) - Antônio Parreiras
2. Rua da Itália (1889) - Belmiro de Almeida                      
3. Efeitos de Sol (1892) - Belmiro de Almeida 
4. Cabeça (1907) - Lucílio de Albuquerque                 
5. Dia de Verão (1926) - Georgina de Albuquerque 
6. Vaidade (1913) - Angelina Agostini 
7. Caipira picando fumo (1893) - Almeida Jr
8. Caipira picando fumo (estudo) (1893) - Almeida Jr 
9. Uma rua da favela (1890) - Eliseu Visconti
10. No Verão [As Duas Irmãs] (1894) - Eliseu Visconti       
11. Moça no trigal (c. 1916) - Eliseu Visconti   
12. Retrato de um professor [Cabeça de velho] (1912/13) - Anita Malfatti                  
13. O Homem Amarelo (1915/16) - Anita Malfatti     
14. Soror Dolorosa (1920) - Victor Brecheret
15. Ídolo (1919) - Victor Brecheret
16. Mãe e filho (sd) - Wilhelm Haarberg
17. Amigos [Boêmios] (1921) - Emiliano Di Cavalcanti 
18. Retrato de moça (c. 1921) - Emiliano Di Cavalcanti
19. Ilustrações de Fantoches da Meia-Noite (1922) - Emiliano Di Cavalcanti
20. Retrato do Desembargador Gabriel Gonçalves Gomide (c.1917) - John Graz 
21. Paisagem da Espanha (c.1920) - John Graz
22. Paisagem da Espanha, (c. 1920) - John Graz
23. Homens Trabalhando (c. 1922) - Zina Aita
24. st  (c. 1923) - Zina Aita
25. Colombina (sd) - Ignácio da Costa Ferreira Ferrignac 
26. Retrato de Joaquim do Rego Monteiro (1921) - Vicente do Rego Monteiro
27. A crucifixão (1922) - Vicente do Rego Monteiro
28. A Negra (1923) - Tarsila do Amaral
29. Morro da Favela (1924) - Tarsila do Amaral
30. Menino com lagartixas (1924) - Lasar Segall 
31. Samba (1925) - Di Cavalcanti
32. Meninas Cariocas (1926) - Di Cavalcanti
33. Retrato de Mário de Andrade (1935) – Candido Portinari
34. Retirantes (1936) – Candido Portinari

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