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DIREITO PENAL
Do Concurso de Pessoas e de Crimes
Prof. Douglas Vargas
SUMÁRIO
1. Introdução..............................................................................................3
2. Concurso de Crimes.................................................................................4
3. Concurso Material....................................................................................7
4. Concurso Formal......................................................................................9
5. Crime Continuado.................................................................................. 15
6. Concurso de Pessoas.............................................................................. 19
7. Autoria, Coautoria e Participação............................................................. 28
Resumo.................................................................................................... 43
Questões de Concurso................................................................................ 49
Gabarito................................................................................................... 55
Gabarito Comentado.................................................................................. 56
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1. Introdução
Querido(a) aluno(a)!
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ções acima. Veremos, de uma forma simples e direta, como funcionam os institutos
2. Concurso de Crimes
determinada situação, que foi praticado pelo mesmo autor, por meio de uma ou
É possível que um determinado autor pratique mais de um crime com uma única
ação ou omissão!
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da pena do autor. Isso ocorre pois cada espécie adota um tipo de sistema de apli-
cação da pena!
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Em nosso Código Penal, no entanto, não são todos os sistemas acima listados
que foram adotados pelo legislador. Classificando por espécie de concurso de cri-
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Agora, sim! Já conhecemos o conceito do concurso de crimes, quais são suas es-
pécies e quais são os sistemas adotados pelo CP. Podemos, finalmente, ver cada uma
3. Concurso Material
Como você já sabe, o concurso material ocorre quando o autor pratica mais
guintes espécies:
Nessa situação, mediante duas condutas diferentes, o autor praticou dois cri-
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É possível que uma mesma conduta criminosa possua vários ATOS. Entre-
tanto, nesses casos, estará configurado um único crime e não há que se falar em
concurso de crimes.
Por exemplo:
Na situação acima, o agente delitivo perpetrou vários atos, mas a sua condu-
ta foi apenas uma: subtrair coisa alheia móvel (art. 155, CP). Não há o concurso
material de oito delitos de furto. Apenas um único furto foi praticado, mediante
diversos atos!
O art. 69 do CP é a norma que rege o concurso material, cuja leitura, para fins
de prova, é obrigatória:
Concurso material
Art. 69. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de li-
berdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão
e de detenção, executa-se primeiro aquela.
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Além disso, é recomendável realizar a leitura dos parágrafos do art. 69, a saber:
§ 1º Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de
liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substitui-
ção de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2º Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simul-
taneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
Dessa forma, note que, em caso de concurso material, se for aplicada pena
privativa de liberdade não suspensa para um dos crimes praticados, não mais será
cumprimento simultâneo das penas compatíveis entre si e sucessivo das que não
forem compatíveis.
4. Concurso Formal
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tante, pois influi no tipo de sistema de cálculo de pena que será aplicada. Vejamos:
mediante uma ação ou omissão, pratica mais de um crime. Está previsto no art.
Concurso formal
Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais,
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.
mais grave aumentada de 1/6 a 1/2 ou, no caso de penas iguais, apenas uma
Essa é uma excelente pergunta. O critério para decidir se o aumento deve ser
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Uma vez que já sabemos como calcular a pena no caso de concurso formal pró-
prio, precisamos conhecer em quais situações tal instituto será aplicável. São três:
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Cabe observar que a questão dos crimes dolosos sem desígnios autônomos
já foi objeto de jurisprudência tanto do STF quando do STJ, que confirmaram que
concurso formal.
concurso formal. Afinal de contas, é mais provável que somar as penas resulte
Entretanto, em alguns casos, pode ser que o sistema de cúmulo material seja
Indivíduo praticou dois crimes, com uma única ação (concurso formal). A pena do pri-
meiro delito foi fixada em 20 anos de reclusão, enquanto a do segundo delito foi fixada
em um ano de detenção.
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fica para o autor (reduzindo em mais de dois anos o total da pena cominada à sua
conduta).
tema do cúmulo material, por expressa previsão no art. 70, § único do CP, que
veda que a pena aplicada ao concurso formal exceda a pena cabível para o caso de
Art. 70. Parágrafo único – Não poderá a pena (do concurso formal) exceder a que
seria cabível pela regra do art. 69 (concurso material) deste Código.
pratica dois ou mais crimes dolosos mediante uma ação ou omissão. Entretanto,
Por exemplo:
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Kyle praticou uma única ação e dois crimes (duplo homicídio). No entanto,
note que ele tinha a intenção de levar ambas as vítimas a óbito. Por isso, in-
que no concurso material de crimes. Dessa forma, quando estamos diante de con-
curso formal impróprio ou imperfeito, as penas dos delitos devem ser somadas
(aplicadas cumulativamente).
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5. Crime Continuado
Crime continuado
Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primei-
ro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
dade delitiva. Note que houve mera decisão do legislador em considerar tal situa-
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Requisitos
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Crime continuado
Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e
outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primei-
ro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo único – Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com vio-
lência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os an-
tecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75
deste Código.
A divisão é a seguinte:
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modo que o art. 71, parágrafo único (crime continuado específico) apresenta a pró-
pessoas!
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6. Concurso de Pessoas
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
prática. Eventualmente, quando tais delitos são praticados por mais de um indiví-
duo, dizemos que ocorreu o chamado concurso eventual, que nada mais é do que
tam figuras típicas que exigem a pluralidade de agentes para sua configura-
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Coautores e partícipes
Outro ponto sobre o qual o Código Penal não trata de forma explícita é a clas-
sificação dos indivíduos que concorrem para a realização de uma infração penal.
cessário e que aqueles que concorrem para a execução de um delito podem ser
adiante!
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provas. Muitas vezes, um menor de idade vai agir em concurso com um maior de
querido pelos examinadores. Questões nas quais um dos partícipes executa uma
você deve ficar bastante atento a essa informação: se a conduta do indivíduo for
Por exemplo:
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Note que, no caso acima, a conduta de Aurélio em nada influiu na prática do de-
lito. Emprestando ou não a arma para John, o homicídio teria sido praticado. Houve
a quebra da relevância causal de sua conduta, de modo que não se pode mais falar
em concurso de pessoas.
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Por exemplo:
Na situação acima, a conduta de Tyler irá contribuir para o delito de furto a ser
praticado por um terceiro. Embora não tenha existido prévia combinação, Tyler quis
atuar para auxiliar o infrator, de modo que ficou configurada sua vontade de aderir
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nenam uma mesma pessoa, sem saber da vontade do outro de matar a vítima.
Nesse caso, não teremos um concurso de pessoas e sim a autoria colateral (cada
para um mesmo resultado delitivo e cujas condutas tiveram relevância para causar
Como sempre, vamos comparar dois exemplos para que você entenda melhor:
Veja como agora ficou fácil entender a diferença entre a autoria colateral e o
Já na autoria colateral, temos uma mera coincidência. Dois indivíduos, sem saber
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MESMO crime.
Para entender melhor esse requisito, precisamos estudar as teorias sobre o con-
nista, pluralista e dualista. Para fins de concurso público, no entanto, basta que
Dessa forma, quando dois indivíduos concorrem para a prática de uma trans-
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tícipe e Arya como autora) irão responder pelo mesmo crime (art. 121, CP – ho-
Na situação acima, Tyrion incidirá no art. 333 do Código Penal (corrupção ATI-
VA), enquanto que Bronn terá praticado o art. 317 (corrupção PASSIVA). Estamos
diante de um único fato, mas de um crime para cada agente delitivo. Aplica-se,
portanto, a teoria pluralista!
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Autor
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cutaram os núcleos dos tipos penais, ou seja, o verbo das condutas de roubo e
fraude) e Dylan responderá como partícipe (pois não executou o elemento dos tipos
O “problema do partícipe”
pe, o que irá influir no cálculo da pena, beneficiando indevidamente o agente delitivo.
ceberá uma pena menor, por nunca ter “colocado a mão na massa”, por
assim dizer.
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No caso do filme Truque de Mestre, por exemplo, Dylan não era mero partícipe:
No fim das contas, como poderia Dylan receber a menor das penas,
É obvio que punir Dylan como partícipe seria inadequado. Afinal de contas, a sua
conduta não era de menor importância! Pelo contrário: suas ações foram as mais
importantes, a despeito de nunca ter executado diretamente nenhum dos delitos.
Felizmente, a solução para esse problema existe, sendo apresentada por uma
outra teoria, a chamada teoria do domínio do fato.
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Autoria imediata
Vejamos um exemplo:
objeto de prova:
Autoria mediata
A autoria mediata, por sua vez, é aquela utilizada por um indivíduo que se
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Ainda sobre a autoria mediata, são observações importantes para fins de prova:
Autoria colateral
aquela que ocorre quando dois ou mais indivíduos concorrem para uma conduta
pessoas.
por algum motivo, após a execução do delito, não for possível determinar qual dos
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Além disso, quando ocorre uma autoria colateral em que o resultado só ocorreu
Autoria de reserva
É aquela autoria perpetrada pelo indivíduo que “fica esperando para ver se vai
Nessa situação, note que B poderá responder como coautor ou partícipe, depen-
sentamos até agora são as mais importantes e que são mais cobradas em prova. É
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Participação
Participação material
Por exemplo:
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Na situação acima, Charlize não será autora, e, sim, partícipe do delito de rou-
bo. Sua atuação, no entanto, não foi moral, e sim material, tanto na preparação
Participação moral
gação dos outros envolvidos na prática do delito. Vejamos qual é a diferença entre
Importância da participação
menor importância, ato em que poderá ser reduzida a pena do partícipe de 1/6
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§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplica-
da a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previ-
sível o resultado mais grave. Essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
sido previsível o resultado mais grave.
O que acontece é o seguinte: pode ser que dois indivíduos combinem de pra-
ticar um determinado crime e que um deles pratique uma conduta mais grave do
Nessa situação, se não era previsível esse resultado mais grave, o indivíduo
que concordou apenas com a prática de um delito mais leve deverá responder por
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Na situação acima, Charlize não queria participar de uma conduta mais grave
(roubo), que foi perpetrada por James. Dessa forma, Charlize responderá pelo de-
lito que inicialmente desejava praticar (furto), enquanto James responderá pelo
previsível, o autor ainda responderá pelo delito menos grave, mas com a pena
aumentada da metade.
Charlize e James decidem furtar uma casa, aproveitando que o proprietário está dor-
mindo. Planejam quebrar a fechadura do portão e furtar a televisão sem serem notados.
Charlize decide ficar aguardando no carro, enquanto James ficou responsável por ar-
rombar a fechadura e furtar a TV.
Acontece que James, ao quebrar a fechadura do portão, faz muito barulho, o que veio
a acordar o proprietário. Desse modo, James teve de usar de violência e grave ameaça
para conseguir subtrair a televisão.
(furto), era previsível que a conduta poderia se agravar, afinal de contas, o vizinho
estava em casa, apenas dormindo. Nessa situação, Charlize ainda responderá por
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime.
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Circunstâncias são outros dados relacionados ao crime, que não afetam o tipo penal
básico, mas que podem influenciar a pena cominada.
Um bom exemplo está no § 1º do crime de furto:
§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Agora que você sabe o que são elementares e o que são circunstâncias para
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A regra é a seguinte:
Indivíduo pratica um homicídio sob domínio de violenta emoção, logo em seguida à in-
justa provocação da vítima (homicídio privilegiado).
Nessa situação, se houver concurso de pessoas, a circunstância subjetiva do homicídio
privilegiado não vai se comunicar ao coautor/partícipe que não estava sob do-
mínio de violenta emoção.
Sabe por que essa circunstância pessoal não se comunica? Porque ela não é
uma elementar do crime (não faz parte do caput do art. 121, ou seja, não integra
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
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Infanticídio
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após:
Pena – detenção, de dois a seis anos.
também integra o tipo penal do art. 123. Dessa forma, suponha que a mãe peça
uma faca para um terceiro que está na sala, logo após o parto, e este terceiro a
Impunibilidade
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Vamos analisar esse artigo de uma forma fragmentada, para facilitar seu enten-
dimento:
não irá ensejar a punibilidade dos indivíduos, pois o delito nunca saiu da es-
fera de cogitação;
sa;
também não serão puníveis se o crime não entrar ao menos na fase de exe-
cução (tentativa).
Mas como sempre, só faltam duas coisas: revisar e exercitar! Então, nada de
descansar ainda!
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RESUMO
Concurso de crimes
É possível que um determinado autor pratique mais de um crime com uma única
ação ou omissão.
Espécies:
• Concurso material
crime.
• Concurso formal
crime.
• Crime continuado
do primeiro delito.
• Exasperação
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–– Crime continuado.
–– Concurso material;
Ato x conduta
É possível que uma mesma conduta criminosa possua vários ATOS. Entretanto,
nesses casos, estará configurado um único crime e não há que se falar em concurso
de crimes.
Resulta na aplicação da pena mais grave aumentada de 1/6 a 1/2 ou, no caso
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Art. 70, § único: não poderá a pena (do concurso formal) exceder a que seria
ca dois ou mais crimes dolosos mediante uma ação ou omissão. Entretanto, nesse
terial de crimes.
Crime continuado
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
primeiro.
Requisitos:
–– Pluralidade de condutas;
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Concurso de pessoas
• Concurso eventual:
• Concurso necessário:
• Autor:
• Partícipe:
• Teoria monista:
• Teoria pluralista:
como autoria, e não como participação, mesmo que o autor não pratique o núcleo
do tipo penal.
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Autoria imediata
Autoria mediata
Autoria colateral
Também chamada de autoria paralela, é aquela que ocorre quando dois ou mais
indivíduos concorrem para uma conduta visando um mesmo resultado, porém des-
Autoria de reserva
É aquela autoria perpetrada pelo indivíduo que “fica esperando para ver se vai
Participação
delito.
Participação material
instiga ou induz (sua participação não é moral), mas realiza conduta relevante para
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Participação moral
tica do delito.
terceiro.
Importância da participação
sexto a um terço.
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
Essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o re-
Impunibilidade
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
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QUESTÕES DE CONCURSO
solicitou a Maria a quantia de R$ 10.000 para não lavrar auto de infração decorren-
que pagar uma multa de mais de R$ 20.000, Maria prontamente concordou com a
go, por empréstimo, uma arma de fogo, dando-lhe ciência de sua intenção de utili-
zá-la para matar outrem, o amigo que emprestar a arma será considerado partícipe
não utilize tal arma para fazê-lo e que o amigo não o estimule a praticá-lo.
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sultado em crime mais grave, apesar de ele ter desejado participar de crime de
menor gravidade, a pena aplicada deve ser a referente ao crime menos grave, que
deve ser aumentada até a metade no caso de o resultado mais grave ter sido pre-
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. En-
tretanto, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
do o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idên-
teiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo tem de-
zessete anos e teve acesso ao local por intermédio de João, que é servidor da Casa.
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no caso narrado.
uma residência. Sem o conhecimento de Hugo, Ivo levou consigo um revólver para
escritório, Ivo foi surpreendido na sala por um morador e acabou matando-o com
um tiro.
Nessa situação hipotética, Ivo responderá por latrocínio, e Hugo, apenas pelo crime
de furto.
de arma de fogo matar duas pessoas, poderá responder por concurso formal im-
próprio de crimes.
soas, o CP adota a teoria monista, segundo a qual todos os que contribuem para a
coautoria fica condicionada, entre outros requisitos, ao prévio ajuste entre os agen-
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na aplicação da pena.
dade e lançou uma única bomba incendiária contra o automóvel, causando graves
lesões em diversas vítimas e a morte de uma delas. Nesse caso, Juca será apenado
putável, tenha determinado a Francisco, também imputável, que desse uma surra
em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha matado Maria. Nessa si-
crime, caso um dos agentes participe apenas de crime menos grave, será aplicada a
ele a pena relativa a esse crime, desde que não seja previsível resultado mais grave.
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ou coautoria.
elementares do crime.
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será
aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não
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me, o parentesco entre o autor e a vítima comunica-se, desde que elementar ao tipo.
de crimes, será afinal aplicada pena privativa de liberdade além daquela mais grave
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GABARITO
1. E 24. E
2. C 25. E
3. E 26. E
4. E 27. E
5. C 28. C
6. C 29. C
7. C 30. C
8. E
9. E
10. E
11. C
12. C
13. C
14. C
15. E
16. C
17. C
18. E
19. C
20. E
21. E
22. C
23. E
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GABARITO COMENTADO
solicitou a Maria a quantia de R$ 10.000 para não lavrar auto de infração decorren-
que pagar uma multa de mais de R$ 20.000, Maria prontamente concordou com a
Errado.
O examinador falou, falou, falou, mas foi apenas para tentar te distrair da última
Você, meu caro(a) aluno(a), bem sabe que tal afirmação é absolutamente incorre-
cação da teoria pluralista, como no caso dos delitos de corrupção ativa e passiva!
Certo.
A questão ficou um pouco esquisita, mas está correta. O conceito de autoria cola-
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Errado.
Mas é claro que não. O auxílio prestado ao agente depende não apenas da exe-
cução do delito, como também deve ser relevante para a obtenção do resultado.
Lembre-se do exemplo do indivíduo que empresta uma arma para que um terceiro
pratique um homicídio, mas que, no entanto, a arma emprestada acaba não sendo
ou se o crime não vier a ter a execução ao menos iniciada, não há que se falar em
go, por empréstimo, uma arma de fogo, dando-lhe ciência de sua intenção de utili-
zá-la para matar outrem, o amigo que emprestar a arma será considerado partícipe
não utilize tal arma para fazê-lo e que o amigo não o estimule a praticá-lo.
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Errado.
emprestada por seu amigo, o dono da arma não irá responder como partícipe do
homicídio, haja vista que sua contribuição será considerada irrelevante para a ob-
Certo.
O examinador falou difícil para te confundir, mas a afirmação está correta. No con-
com uma única ação ou omissão. No concurso formal próprio, por sua vez, é aquele
em que o agente pratica mais de um crime mediante uma única ação, uma omis-
Certo.
mesmo crime, e sim desígnios individuais que acabam, por coincidência, praticados
concurso de pessoas!
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sultado em crime mais grave, apesar de ele ter desejado participar de crime de
menor gravidade, a pena aplicada deve ser a referente ao crime menos grave, que
deve ser aumentada até a metade no caso de o resultado mais grave ter sido pre-
Certo.
Exatamente!
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º – Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. En-
tretanto, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
Errado.
Outra questão embasada unicamente no art. 29, parágrafo 2º, como você já sabe,
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do o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idên-
Errado.
Nada disso. Nesse caso, temos uma ação e vários crimes: Trata-se de concurso
carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo
tem dezessete anos e teve acesso ao local por intermédio de João, que é servidor
da Casa.
no caso narrado.
Errado.
e imputável.
uma residência. Sem o conhecimento de Hugo, Ivo levou consigo um revólver para
escritório, Ivo foi surpreendido na sala por um morador e acabou matando-o com
um tiro.
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Nessa situação hipotética, Ivo responderá por latrocínio, e Hugo, apenas pelo crime
de furto.
Certo.
Exatamente! Hugo quis praticar crime menos grave, de modo que deve responder
apenas pela conduta que desejava praticar, nos moldes do art. 29, parágrafo 2º, CP.
de arma de fogo matar duas pessoas, poderá responder por concurso formal im-
próprio de crimes.
Certo.
A chave desta questão está no termo PODERÁ. Oras, a pessoa poderá sim respon-
Se a intenção era matar duas pessoas com um único tiro, responderá por concurso
Certo.
As melhores questões, para mim, são essas: Simples, uma única linha, mas com
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Imagine o policial, que tem o DEVER de agir quando presencia um flagrante delito,
e que decide se omitir ao ver uma conduta de roubo, por exemplo. O autor (do
roubo) responderá pela conduta COMISSIVA (haja vista que o crime de roubo se
caracteriza com um FAZER) e o policial irá ser responsabilizado também pelo delito
de roubo, pois participou por OMISSAO (o policial era garante, tinha o dever de agir
para evitar o resultado do delito, e não o fez). Dessa forma, ocorreu a participação
soas, o CP adota a teoria monista, segundo a qual todos os que contribuem para a
Certo.
falando da regra geral, que como você sabe, é a adoção da teoria monista para
coautoria fica condicionada, entre outros requisitos, ao prévio ajuste entre os agen-
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Errado.
na aplicação da pena.
Certo.
É isso mesmo! Esses são os sistemas adotados pelo Código Penal, exatamente
dade e lançou uma única bomba incendiária contra o automóvel, causando graves
lesões em diversas vítimas e a morte de uma delas. Nesse caso, Juca será apenado
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Certo.
Exatamente!
Juca tinha a intenção de praticar vários delitos (vários homicídios e lesões) com um
único ato (o arremesso de uma única bomba incendiária), de modo que deve ser
putável, tenha determinado a Francisco, também imputável, que desse uma surra
em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha matado Maria. Nessa si-
Errado.
Negativo! Joana deve responder pela prática de lesões corporais seguidas de mor-
te, visto que não tinha a intenção de levar Maria a óbito. Ela não deverá responder
pelo homicídio visto que quis participar apenas de crime menos grave!
cipe apenas de crime menos grave, será aplicada a ele a pena relativa a esse crime,
Certo.
Mais uma vez o examinador abordando ao art. 29, parágrafo 2º do CP. Como você
já sabe, o partícipe que deseja atuar apenas em crime menos grave, em regra deve
ser apenado com base no delito que queria praticar, salvo se o resultado mais grave
for previsível.
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Errado.
não a participação. Por esse motivo, o indivíduo que ofereceu a gorjeta ao taxista
coautoria.
Errado.
Cuidado! Lembre-se dos casos em que a conduta do partícipe (que não pratica o
núcleo do tipo penal) pode ser mais importante do que a conduta dos autores e co-
autores, como ocorre por exemplo na teoria do domínio do fato, em que o indivíduo
que atua como partícipe na verdade tem a conduta de maior importância, devendo
ser apenado até mesmo de forma mais severa do que os executores do delito!
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elementares do crime.
Certo.
Errado.
não chegar ao menos a ser tentado. A exceção está no caso em que o examinador
Código Penal.
Errado.
Questão mais fácil de toda essa lista. A pena, no concurso de pessoas, é cominada
de forma individual a cada agente, na medida de sua culpabilidade. (Art. 29. Quem,
de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
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participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será
aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Errado.
Cuidado! Se for previsível o resultado mais grave, a pena deve ser aumentada até
a metade!
Errado.
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não
Errado.
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Certo.
me, o parentesco entre o autor e a vítima comunica-se, desde que elementar ao tipo.
Certo.
autor e vítima a tal fato ser elementar do crime, a assertiva está correta!
de crimes, será afinal aplicada pena privativa de liberdade além daquela mais grave
Certo.
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A pena, no concurso formal, será maior do que a pena do crime mais grave (ou
seja, irá além daquela mais grave) pois deve ser aumentada de 1/6 até a metade,
mas não deverá ser maior do que a somatória das penas (não pode ultrapassar o
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