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TERRITÓRIO
Pode-se dizer assim que Raffestin (1993) não recorta o espaço, mas transforma-o
em substrato para a “criação” do território. No entanto, vale notar que um território
enquanto tal, não exprime simplesmente um espaço, mas um espaço construído por um
ator sintagmático (que realiza uma ação) de acordo com seus objetivos e interesses.
Sem querer adentrar no mérito da questão, é oportuno frisar que não poucas
vezes o conceito de território tem sido eventualmente confundido com o de espaço.
Como sugere Eduardo (2006) a essência desta confusão reside exatamente no fato de
que “muitos autores, por partirem do pressuposto e que o território é efetivado a partir
da apropriação social do espaço – compreensão corretíssima – consideram-no apenas
como sinônimo de chão, de propriedade, de área, de limite administrativo” (p. 178).
Todavia, entende-se que evidentemente há diferenciações entre espaço e território,
isto é, eles não são sinônimos. “O território é uma construção histórica e, portanto,
social, a partir das relações de poder (concreto e simbólico) que envolvem,
concomitantemente, sociedade e espaço geográfico” – que também é sempre de alguma
forma natureza (HAESBAERT & LIMONAD, 2007, p. 42).
A esse respeito Saquet (2009, p. 81) faz questão de lembrar que:
Nessa perspectiva, o mesmo autor considera que o território pode ser entendido
como uma forma de apropriação social do ambiente; é o ambiente construído, em que
há múltiplas variáveis e relações recíprocas e unitárias. O homem age no território,
espaço (natural e social) de seu habitar, para produzir, viver (objetiva e subjetivamente)
(SAQUET, 2006, p. 81).
Território seria na concepção de Boligian e Almeida (2003, p. 241): “(...)
território é o espaço das experiências vividas, onde as relações entre os atores, e destes
com a natureza, são relações permeadas pelos sentimentos pelos simbolismos atribuídos
aos lugares. São espaços apropriados por meio de práticas que lhes garantem uma certa
identidade social/cultural.”
TERRITORIALIDADE