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FEITIÇO PARA SABER QUEM LHE AFETOU COM ENERGIA ÓDICA

1 copo de vidro transparente com água.


3 pedaços de carvão pequenos
um pequeno punhado ou colher de sal grosso

Com o copo já cheio de água, coloque o sal grosso.


Pegue os carvões nas mãos e conjure-os dizendo:

"Carvão eu te conjuro e te ordeno que afundes todas as vezes que alguém invejoso ou
negativo entrar em minha casa. Carvão eu te ordeno para que possas fazer qualquer
invejoso se sentir muito mal todas as vezes que em minha casa entrar".

Então conforme diz a tradição todas as vezes que alguém em sua casa entrar e não for
de confiança, seja ele invejoso ou nefasto esse mesmo se sentirá tão mal que irá
embora. Com o passar do tempo o carvão poderá afundar por ter absorvido muita
energia ódica do local ou das pessoas que circulam na casa até mesmo você. Se
quiser é indicado colocar no copo uma pedra ônix e uma "vassourinha de bruxa" (pedra
encontrada em lojas de artigos esotéricos ou de artigos religiosos). Essas duas pedras
irão reforçar o poder do feitiço. Se possível mantenha sempre uma vassoura próxima
do local de entrada de casa. E a tradição aqui do Brasil também se tem uma outra forma
de combater esse tipo de energia que é colocando um copo atrás da porta com "Olho
de Boi" (também encontrado em lojas de Artigos Religiosos). E certamente é de muita
eficiência também se colocado junto com esse outro copo, porém em copos separados.
Se quiser ascenda sempre que puder uma vela perto desse copo de carvão oferecendo
a alguma divindade especial de sua devoção ou até mesmo à alguma entidade.
Lembrem-se sempre é bom reforçar a proteção de nossas casas e de nós mesmos com
banhos e velas firmando nossa conexão com nossos espíritos guardiões.

ARET VOODOO

(O objetivo desse tipo de wanga é banir o mal expulsando de nossas casas e familiares,
ele reforça a proteção do local)

1 vela branca
4 pregos enferrujados
Rum ou Cachaça
Uma tigela de metal (pode ser um caldeirão pequeno)
Raspas de côco ( que seja ralado no ralador e não o industrializado)
Tijolo vermelho (melhor ainda se for de igreja católica)

Ascenda a vela branca, conjure-a:

"Vela eu te conjuro e te domino e te dou poder,


Vela eu te ordeno que tu possas trazer proteção à esta casa e todos que estão nela.
Que pelo poder deste feitiço que eu conjuro nesta hora e neste local, todo mal desta
casa e das pessoas que nela habitam possa serem banidos para todo sempre..."

Prosiga rezando por três vezes o Pai Nosso e três vezes a Ave Maria,
Quando estiver terminando a última Ave Maria vá colocando prego por prego na tigela
ou caldeirão.
Agora escreva o nome de cada membro da família ou da casa onde você reside e logo
abaixo o endereço completo e coloque por cima desses pregos que estão dentro do
recepiente.
Despeje um pouco da bebida (rum ou cachaça). Bata palma por três vezes e peça aos
Espíritos e Loas que possam guia-lo e guiar a proteção de todos que pertencem aquela
casa e que eles possam vigiar a casa por 24 h por dia sempre protegendo você e seus
familiares. E que se houver algum mal por perto que expulse e que também possam te
alertar sobre.
Ao terminar essa prece, bata palma por três vezes, coloque mais bebida dentro da tigela
ou caldeirão e taque fogo dentro.
No término desse wanga, espere esfriar os pregos e enterre-os nos quatro cantos da
casa, pode ser em vasos de plantas com ervas de proteção específicas de sua região.

FEITIÇO PARA ACABAR COM FOFOCAS

(Adaptação de um feitiço afro-brasileiro)

1 vela branca
1 cabeça de galinha preta
1 pé de galinha preta
Fitas vermelhas, preta, azul marinho e branca (cerca de 3 metros cada)
Cebola roxa cortada em quatro (não deixe-a partir por completo, corte-a de forma que
fique aberta)
Raspas de Chifre de Veado (encontrado em lojas de artigos religiosos)
Pó de Andorinha (encontrado em lojas de artigos religiosos)
Pó de sumiço (encontrado em lojas de artigos religiosos)
Terra de Estrada (de preferência uma bem longe de sua casa, de outra cidade ou
Estado)
3 folhas de "Comigo-Ninguém-Pode".
3 folhas de "Vence Demanda".
1 prego ou mais enferrujado.
Uma panela de barro
Papel com os nomes dos "fofoqueiros".
1 ramo de Jamborandi e Abre-Caminho (será usado no banho)

Escreva os nomes de formas repetidas (duas vezes) pedaços de papel diferentes.


Amarre uma parte no pé da galinha com as fitas. O outro papel coloque dentro do bico
da galinha de forma enrolada e amarre mentalizando e conjurando "Assim como amarro
o bico dessa galinha, amarro a boca dos meus inimigos que falam mal de mim".
Misture os pós conjurando um por um de acordo com a finalidade (que neste caso é
mandar embora, banir pra sempre essas pessoas de seus caminhos!). Forre a panelinha
de barro com as ervas de forma que fiquem arrumadas, coloque a cebola partida no
meio e dentro da cebola coloque de cabeça pra baixo a cabeça da galinha. Jogue os
pós por cima da cebola e da cabeça de galinha, agora dobre as partes das pontas das
folhas pra dentro da panela de forma que fiquem como se fosse um embrulho.
Crave um prego enferrujado por cima para prender bem o feitiço.
Tampe a panela com a tampa de barro dela. E amarre muito bem dando três nós cada
fita prendendo bem a tampa sob a panelinha.
Vá a uma estrada bem longe de sua casa e enterre com o auxilo de uma pá, por cima
faça um símbolo mágico de sua escolha de acordo com a divindade escolhida.
ascenda uma vela por cima e entregue aos Espíritos das Estradas e das Encruzilhadas
para que possam levar para bem longe esses inimigos e deixa-los de boca fechada para
que nunca tenham força de falar de você e que possam esquecer pra sempre você.
Depois vá um formigueiro que estiver perto e coloque dentro dele o pé da galinha,
pedindo que as forças da terra possam consumir as forças desses inimigos não
permitindo que eles tenham poder para chegar perto de você nunca mais.
Ao chegar em casa tome o banho de ervas. Tenha certeza desse feitiço pois é muito
eficiente !!!

FEITIÇO PARA AFASTAR PESSOAS INCONVENIENTES DE SEUS CAMINHOS

1 cabaça de tamanho pequeno;


Areia de praia;
Raspa de chifre de veado;
Pó de sumiço;
Pó de andorinha;
2 velas brancas;
1 vela azul;
Pedaço de tecido amarelo;
rolha de garrafa para fechar a cabaça.

Dentro da cabaça primeiro coloque os nomes de forma separada um a um, adicione


areia de praia,
pó de andorinha e pó de sumiço e raspas de chifre de veado. Feche bem com a rolha e
o tecido amarelo, vede-o com a cera da vela branca. Sacuda de vagar conjurando o
feitiço, pedindo que essas pessoas possam ir embora e que as águas do rio possam
levar para bem longe de você da mesma forma que as águas do rio desaguam no mar...
Antes disso vc terá que ter invocado os elementais das águas e as divindades ou
entidades relacionadas as águas como os Espíritos dos pescadores e marinheiros. Por
isso se usa a outra vela branca e a vela azul (!).
Aos poucos se agache nas águas do rio e deixe que a correnteza possa levar a cabaça.
Pronto está feito, agradeça aos Espíritos e aos Elementais do local e retire-se sem olhar
pra traz.

PÓ DE CASCARILLA
(Usado no Voodoo, Hoodoo e Santeria)

Cascas de Ovos secas;


Sal grosso;
Água benta;
Ervas de limpeza/proteção;

Triture as cascas de ovos com sal e uma colher de água benta e adicione as ervas de
sua escolha (no máximo três são o suficientes), sempre conjurando o espirito de cada
erva.
Reze o Salmo 23 por três vezes e peça que o Grande Espírito Bon Dieu que está
trabalhando com os outros Loas possa lhe trazer limpeza, purificação e proteção.
WANGA DE PAPA LEGBA PARA PURIFICAÇÃO E LIMPEZA

Este ritual é feito todo dia, durante 3 dias: Segunda, Terça e Quarta.

9 ovos de galinha preta (3 ovos para cada dia)


Óleo de palma;
Rum ou cachaça;
4 velas brancas para ascender para Papa Legba sob a Vevê dele;
1 maço de cigarros (qualquer marca);
Saco de papel de pão ou mercado;

Pegue os 3 ovos, esfregue-os com óleo de palma e pulverize-os com rum e a fumaça dos
cigarros. Coloque os itens em um saco de papel, em seguida, esfregar todo o seu corpo da
cabeça aos pés. Peça a Papa Legba para que possa purificá-lo de sua negatividade. Pegue os
ovos e esmague-os em 3 lugares separados longe de sua casa. Enquanto estiver esmagando
os ovos peça a Papa Legba para purificá-lo e remover todos os obstáculos de seu caminho da
mesma forma que os ovos são esmagados. Continue o feitiço nos outros dias.

Obs: Neste Wanga de Legba faça um tipo de altar onde possa dispor de cachaça ou
rum e velas com a vevê dele devidamente traçado no chão com farinha de trigo ou amido
de milho conforme a tradição Voodoo, faça numa encruzilhada perto de uma estrada. E
retorne ao mesmo lugar nos próximos dias retocando a vevê e reforçando as oferendas
de invocação de Papa Legba.

FEITIÇO VOODOO COM ERZULIE PARA TRAZER DE VOLTA O AMOR

1 vela rosa de sete dias ou "grossa";


1 vela vermelha em formato de amantes ou (2 velas sem formato caso não encontre);
2 claras de ovos;
Óleo ou essência de Rosas vermelhas para untar a vela ou Óleo tradicional
Hoodoo/Voodoo;
Vevê de Erzulie Daomei;
Papel com o nome do parceiro (a);
Essência de baunilha.
Escreva da base da vela vermelha pra cima (em uma o seu nome e na outra o dele (a),
se for uma vela em forma de amantes não terá como escrever (!). Vista a vela com o
óleo ou essência da base pra cima. Posicione as velas inclusive a principal que é a de
Erzulie sobre a vevê e na frente do recipiente de cerâmica branco as velas vermelha ou
vela "amantes" juntas uma de frente pra outra com os nomes de frente um para o outro.
Bata as claras de ovos pedindo pra Erzulie seu amor de volta a seus caminhos, coloque
dentro da tigela de cerâmica. Depois por cima ponha o papel com o nome do parceiro
(a). Bata palma por 3 vezes e ofereça a Erzulie Dahomei como uma oferenda para trazer
seu amor de volta. Coloque essência de Baunilha na clara de ovo (!).

MAIONGA VOODOO PARA PROSPERIDADE NO LAR OU COMÉRCIO

Componha uma Lavagem de Chão a base de água, cânfora, noz moscada e anil.
Lave o local da porta de dentro até os fundos com um pano limpo e branco ou verde
com auxilio de uma vassoura. Lembre-se o local tem que estar limpo fisicamente e
espiritualmente !

FEITIÇO PARA DINHEIRO RÁPIDO OU EMPREGO.

Compre um galo preto e leve até uma mata e ofereça esse galo aos Loas, espíritos e
elementais que ali habitam. Ofereça este galo em troca de dinheiro rápido (diga o
motivo) ou emprego firme um pacto com os Loas e espíritos do local dizendo que assim
que conseguir irá com esse dinheiro comprar outro galo e dar como pagamento.
Entregue o galo aos espíritos e vá embora sem dar as costas, faça com reverência.

HONEY JAR PARA PROSPERIDADE


(Frasco de mel Hoodoo composto por mim)

1 frasco de vidro;
1 vela verde;
3 moedas douradas;
1 chave dourada ou prateada;
mel para cobrir o frasco;
3 folhas de louro;
Noz moscada em pó;
Feno grego;
Canela em pau;
Petição (em breve vou postar um modelo muito comum de petição e postar vídeos sobre
como fazer);

Quando eu faço esse tipo de feitiço conjuro cúrio por cúrio, erva por erva ordenando que
ela trabalhe a meu favor trazendo a prosperidade, riqueza, dinheiro, etc... Aos pouco vai
se colocando dentro do franco, acrescento o mel, dobro a petição em minha direção
(nesse caso de atrair) e coloco dentro do frasco e o frasco bem. Ascendo a vela vestida
com algum óleo tradicional do Hoodoo ( da base para cima) e conjuro a vela ordenando
que ela não apague enqunto não cumprir com o seu objetivo que é trazer riqueza e
prosperidade pra mim. Eu geralmente peço a Ganesh e Lakshimi toda riqueza, mas
cada um deve pedir ao Deus e Deusa que quiser desde que faça com fé. Esse tipo de
feitiço é tipico do Hoodoo e Voodoo. A única diferença é que o Hoodoo não é uma
religião e sim uma prática mágica (feitiçaria tradicional) e a mesma agrega nossa fé. Já
o Voodoo é uma religião especifica na qual se cultua os Loas e Espíritos. Mas enfim
isso é assunto para outro post!

Essa foi a primeira parte sobre feitiços, como podem ver muitos deles de origem afro,
alguns eu aprendi com minhas pesquisas sobre Hoodoo e Voodoo, porém reconheço a
eficiência comprovada pois muitos deles eu já fiz para pessoas que me pediram.
Em breve mais posts de feitiços.

DARSHAN LE BARON - BRUXO TRADICIONAL, CONJURE E


HISTORIADOR.

Witchcraft Before Wicca" por Michael Howard


Traduzido por Iohan sob autorização do autor

Atualmente a imagem popular da bruxaria na mídia de massa e nos livros e


revistas é amplamente definida pela Wicca. Como sabemos a bruxaria moderna
não se iniciou com Gardner e ela tem uma história oculta antes mesmo dele
nascer. A partir dos anos 1800 havia vários avivamentos da bruxaria na Grã-
Bretanha baseados em precedentes históricos. Estes foram retirados de crenças
e práticas registradas do culto das bruxas medievais e cunning people [1] rurais
ou magos populares, avivamentos do paganismo clássico e fontes de magia
cerimonial, diabolismo e neo-druidismo e também foram influenciados pelo
Rosacrucionismo e Maçonaria. Hoje, tais formas de bruxaria tradicional pré-
wiccana são também conhecidas como “Arte Tradicional”, a “Antiga Arte”, a
“Velha Arte”, a “Arte Sabbática”, a “Arte Sábia”, “A Arte Sem Nome” e o “Caminho
Sinuoso”.

Há uma abundância de evidências a partir de fontes históricas, contos folclóricos,


casos judiciais e, mais tarde, reportagens de jornais na Grã-Bretanha, das
atividades destes então chamados cunning folks e outros praticantes de magia
que eram popularmente considerados como bruxos. Nas crenças e terminologia
popular, eles eram também conhecidos como “bruxas brancas”, “magos”,
“feiticeiros”, “conjuradores”, “prestigitadores”, “planet readers” (astrólogos) e
“hedge doctors” (herbalistas). Estes praticantes de magia operavam amplamente
nas áreas urbanas e rurais das Ilhas Britânicas e eram consultados por todas as
classes sociais, de trabalhadores rurais aos donos de grandes propriedades
rurais e ricos da classe-média nas cidades.

Estes assim chamados “bruxos” ofereciam uma ampla gama de serviços aos
seus clientes. Eles eram popularmente creditados de possuir a Segunda Visão
ou a habilidade de prever o futuro, exorcizar fantasmas e banir espíritos e
poltergeists, lançar feitiços para atrair amor e dinheiro, localizar posses perdidas
ou roubadas e pessoas desaparecidas usando divinação ou pela consulta à
espíritos e curar humanos e animais doentes usando a “imposição das mãos” ou
remédios herbais. Mais importante, na medida em que os seus clientes estavam
preocupados, elas podiam contra-atacar os feitiços nefastos lançados pelos
então chamados bruxos “cinzas” ou “negros”. Em alguns casos, o cunning folk
até mesmo agiu para a população em geral e autoridades como caçadores de
bruxas não oficiais. Entretanto, acreditava-se que todos estes tipos de bruxas
eram capazes de curar e amaldiçoar, enfeitiçar e curar.

Embora haja semelhanças óbvias com algumas das práticas mágicas modernas
realizadas por wiccanos, a maioria dos métodos e técnicas usadas pelas bruxas
dos tempos antigos têm pouca semelhança com aqueles utilizados pelos atuais
bruxos neo-pagãos. Muitas vezes os cunning folks praticavam uma adoração por
ambas as mãos e para os encantos, amuletos, orações e encantamentos, eles
costumavam invocar Jesus, a Virgem Maria, a Trindade e a companhia dos
santos. Os salmos eram usados para propósitos mágicos como feitiços e eles
ainda são em alguns círculos modernos de bruxaria tradicional. Com a chegada
da nova fé do Cristianismo e com a supressão das antigas religiões pagãs,
objetos como crucifixos, medalhões de santos, a hóstia e a água benta foram
amplamente utilizados pelos magistas populares porque acreditava-se que eles
possuíam “virtude” ou energia mágica e poder de cura inerente.

O simbolismo cristão era usado em rituais de magia popular envolvendo proteção


psíquica, contra-feitiços e cura. Muitos dos antigos encantos pagãos foram
cristianizados e alguns santos pegaram os atributos anteriores de deuses e
deusas pagãos. Fontes sagradas anteriormente dedicadas a deusas, por
exemplo, foram re-dedicadas a Virgem Maria ou a santas femininas como
Winifrida e Brigite. Encantos de cura substituíram os nomes de deidades pagãs
como Odin, Loki e Tor por aqueles de Deus, Jesus e do Espírito Santo. Muitos
dos grimórios usados pelas bruxas e pelos praticantes de magia popular também
continha simbolismos judaico-cristão.

Alguns modernos bruxos tradicionais ainda seguem uma adoração de ambas as


mãos usando salmos para propósitos mágicos, trabalhando na companhia dos
santos e empregando imagens, simbolismo e liturgia cristã, geralmente de forma
herética e subversiva. Isto é parecido a algumas práticas similares que podem
ser encontradas no vodu, hudu e Santeria. Macumba, ju-ju e abeah na América
do Sul e do Norte e África. Em comum com as bruxas e o cunning folk do
passado, a moderna bruxa tradicional também cura ou amaldiçoa na medida do
necessário.

Uma quantidade considerável do velho paganismo sobreviveu na crença popular


no Povo Bom ou fadas. Há muitos exemplos históricos de bruxas e do cunning
folk viajando por uma hollow hill [2] ou montanhas ou visitando um túmulo pré-
histórico para encontrar a Rainha de Elfame (“elf home” ou Terra das Fadas).
Alguns mortais entram em “casamentos feéricos” com os então chamados
amantes do demônio e em troca eles são instruídos em técnicas de cura e
divinação, herbalismo e concessão da Visão. Estes dons são passados de
geração em geração como no caso dos famosos “fairy doctors” ou médicos de
Mydffai no Sul da Gales, que recebiam seu conhecimento herbal de uma “Dama
do Lago” local.

Esse conhecimento de encantamentos mágicos, ervas medicinais e


conhecimento secreto das plantas foi passado oralmente em família ou por meio
de textos escritos. Muitos do cunning folk e bruxas dos séculos XVIII e XIX eram
pessoas alfabetizadas e vários dos cunning men mais famosos ou magos eram
médicos, professores e até mesmo clérigos. Grimórios como o medieval
Clavícula de Salomão e livros sobre magia, adivinhação e astrologia estavam
livremente disponíveis. Eles podiam ser comprados de livreiros em Londres que
se especializaram no ocultismo e pornografia. No século XIX, várias revistas de
astrologia e ocultismo foram também publicadas e conquistaram um amplo
público popular. Há também evidências de grimórios ou manuais mágicos
escritos à mão conhecidos por “Livros Negros” circulando por entre bruxos e
magistas. Estes eram similares ao moderno “Livro das Sombras” wiccano, exceto
de que, no lugar de rituais sazonais neo-pagãos, eles continham feitiços,
encantamentos, informações astrológicas e receitas para remédios herbais.

Porque acreditava-se amplamente que algum cunning folk podia “farejar”


praticantes malévolos das artes mágicas, vários dos famosos cunning men foram
creditados serem capazes de localizarem ou mesmo controlarem bruxas vivendo
em sua vizinhança. Foi apenas um pequeno passo a partir desta crença para a
idéia de que alguns desses “mestres das bruxas” ou “mestres bruxos” podessem
secretamente ser líderes do coven local. De acordo com contos populares
vitorianos, tais covens ou covines encontravam-se na zona rural às luas cheias
para cultuar o Velho Chifrudo (o Diabo) e praticar os seus feitiços maléficos
contra o povo temente a Deus, esgalgados na cama. Estes podem ter sidos
contos romantizados, mas há evidências de que cunning men e wise-women
solitários se encontravam com outros na sua localidade para praticar magia,
apanhar receitas para feitiços e trocar conhecimentos ocultos. É lógico que, para
evitar olhares indiscretos, tais encontros clandestinos seriam realizados em
pontos solitários no campo e nas noites quando a lua fornecia mais luz.

E sobre a bruxaria tradicional de hoje e as diferenças entre esta e a wicca


moderna? Ao contrário de muitos wiccanos, a bruxa tradicional prefere trabalhar
ao ar livre. Por esta razão eles não vão “skyclad” [3], preferindo vestes e capas
como capuz sobre suas roupas comuns. É por isso que alguns grupos algumas
vezes são chamados de “covens vestidos”. Como seria de se esperar do fato
que eles geralmente trabalham ao ar livre, o genii loci ou “espíritos do lugar”, os
wights [4] ou espíritos da terra, são muito importantes para suas práticas mágicas
como é o conceito de “lugar sagrado”.

O conceito místico de lugar sagrado ou encantado é importante porque, apesar


de todas as formas de bruxaria tradicional ter semelhanças, elas também se
relacionam como a região onde são praticadas e isso cria diferenças locais na
prática e crença. Muitos bruxos tradicionais se consideram como mordomos ou
guardiões humanos de antigos sítios como círculos de pedra, menires e túmulos.
Eles irão frequentemente trabalhar em ou perto de vestígios pré-históricos que
marcam “caminhos dos espíritos”, “estradas fantasmas”, “estradas de cadáver”
ou linhas imaginárias que cruzam a zona rural britânica entre estes “centros de
poder” naturais. Embora reconheçam o poder mágico inerente à fauna e à flora,
bruxos tradicionais são menos propensos a ser sentimentais em relação ao
meio-ambiente do que os neo-pagãos. Tradicionais reconhecem que a natureza
pode ser “vermelha nos dentes e na garra”[5] e que as leis naturais são baseadas
na “sobrevivência do mais forte”.
Ao contrário de covens wiccanos que são dirigidos por uma Alta-Sacerdotisa com
seu Sumo-Sacerdote como consorte e a iniciação é sempre do sexo masculino
para o feminino ou feminino para o masculino, covines tradicionais são
conduzidos por um líder masculino conhecido como Magister, Mestre ou “Diabo”.
Ele pode iniciar homens e mulheres na Arte. Isto se deve à polaridade sexual
não ser um aspecto tão importante da Arte Tradicional, e por esta razão, muitos
grupos tradicionais são conhecidos como “knowledge covines”. O Magister
algumas vezes tem um substituto masculino chamado de Convocador que é
responsável por organizar as datas, horas e lugares de encontro. A líder feminina
de um covine tradicional é conhecida variavelmente como Magistra, Mestra,
Donzela ou Virgem, Senhora, Dama ou Rainha do Sabbat. Alguns grupos
também possuem um Verdelet ou Homem Verde cujas atribuições é ensinar aos
outros coveners os segredos dos poderes mágicos e as propriedades curativas
das ervas, árvores e plantas. Outros papéis dentro de um covine podem incluir
o Escriba, o Vidente e a Mistress of the Robes. Em algumas tradições, como a
moderna Clã de Tubal Caim fundada pelo falecido Robert Cochraine, é a
Donzela ou líder feminina que assume a posição de autoridade.

Dentro das práticas operatórias ou mágicas da bruxaria tradicional, pode ser


encontrado o conceito de vôo do espírito (projeção astral) para o Sabbath das
Bruxas usando o sabbati unguenti ou “unguento de vôo” feito de plantas
narcóticas. Técnicas de visão psíquica, transe, mediunidade, “sonho desperto” e
possessão espiritual são também usadas para contatar o Outro Mundo em
maneiras familiares às formas étnicas de xamanismo. Elementais e espíritos são
invocados e há uma comunhão com o reino das Fadas, o uso de familiares,
fethches (o duplo astral de uma bruxa) e espíritos-guia, shapeshifiting em uma
forma animal, feitiços e maldições, divinação, necromancia e herbalismo (curar
com ervas e plantas).

Bruxas tradicionais abordam a divindade de uma forma duoteísta ou politeísta.


As deidades ou espíritos reverenciados na Arte Tradicional são os “deuses do
crepúsculo”, os ctônicos associados com os poderes de vida e morte, criação e
destruição. Eles também são os que a religião ortodoxa descreve como os
“poderes das trevas”. É por isso que, historicamente, a bruxa sempre foi
considerada uma pária social e uma rebelde religiosa.

A deusa das bruxas possui um aspecto claro e um escuro. Por esta razão, ela é
às vezes associada com a lua crescente e minguante ou com a lua cheia e lua
negra e também com o destino e o submundo. Ela pode ser personificada
mitologicamente como a Dama Hécate, Diana, Frau Holda, Habondia, Lilith e
Titania ou a Rainha das Fadas. O Deus-Chifrudo também é bi-facetado como o
Senhor da Floresta Selvagem e o Homem Verde em seu aspecto verão e o
Senhor da Caçada Selvagem e Senhor da Morte no inverno. Em termos míticos
ele pode ser representado como Herne, Wayland, Puck ou Robin Goodfellow,
Caim, Tubal-Caim, Silvanus, Lúcifer, Shemyaza ou Azazel e Oberon ou o Rei
dos Elfos. Ele aparece em forma animal como um veado, boi, cabra, carneiro ou
um cão preto.

Alguns bruxos tradicionais, no entanto, preferem não associar suas deidades


com nenhuma mitologia antiga. Ao contrário, se referem a elas obliquamente em
termos genéricos como Os Antigos, Owd Lad e Owd Lass, o Homem Velho e a
Mulher Velha, o Senhor e a Senhora, O Cornudo, Velho Chifrudo, o Diabo, a
Antiga Dama ou mesmo apenas Ele e Ela.

Embora algumas bruxas e bruxos tradicionais e hereditários (aqueles que


pertencem a uma tradição familiar) saíram das sombras nos últimos anos, eles
são muito mais relutantes do que wiccanos na procura de publicidade. Eles não
são suscetíveis de aparecer na televisão durante o dia vestindo roupas de veludo
amassado, carregando um crânio de carneiro e um bastão, agitando espadas e
cobertos de jóias ocultistas. Eles geralmente vivem na zona rural e eles
frequentemente se parecem surpreendentemente normais, usando roupas
comuns e se harmonizando com a paisagem. Porque eles possuem um fundo
de conhecimento sobre constelações, fauna e flora, história antiga e local e o
clima, pessoas comuns podem apenas achar que elas teem um grande interesse
em assuntos do campo, natureza e folclore.

O neo-paganismo obviamente atrai muitas pessoas atualmente, especialmente


aquelas buscando uma forma política de tendência “verde” de espiritualidade
que cultua a natureza. Entretanto, aqueles que seguem a moderna bruxaria
tradicional não são “adoradores da natureza” e alguns, nem mesmo se
consideram como “pagãos”. Muitos não crêem que a Arte seja uma religião per
se e, certamente, não uma “religião natural”. Pelo contrário, eles a consideram
como um culto de mistérios oferecendo uma herança antiga de conhecimento
mágico e conhecimento oculto (escondido) proibidos. Ela é um caminho místico
que conduz a uma iluminação espiritual e, finalmente, à gnose e união com o
Divino. Como tal, ela representa uma lanterna brilhante no escuro para aqueles
buscadores dedicados que queiram entrar em contato como os antigos Mistérios
no mundo moderno.

Sigilo de Caim

______________
Notas do tradutor:
[1] Cunning people e cunning folk poderiam ser livremente traduzidos como
pessoas sábias, sendo arquétipos semelhantes aos “curandeiros” de nossa
cultura.
[2] literalmente “monte oco”, uma colina com um cavidade natural rochosa frontal
formando um tipo de gruta.
[3] “vestidos de céu”, expressão wiccana para a nudez ritual.
[4] do folclore britânico, termo para descrever uma criatura ou um principio de
ser senciente. Na literatura fantástica contemporânea os wights são equiparados
aos morto-vivos.

[5] “red in tooth and claw” no original, expressão inglesa utilizada para fazer
alusão aos aspectos insitintivos ou agressivos da natureza, principalmente dos
animais.

O Caminho Luciferiano e o Sabbath das Bruxas

Texto por Michael FordTraduzido e Editado por Darshan Le Baron.

O Caminho Avesso do Sabbat reside no crepúsculo, o espaço entre o sono e os sonhos,


no qual a carne toma o voo sem peso; trata-se no sentido de uma comunhão dos
reunidos sob os fogos do mundo Elphame. É o transe que orienta o espírito para esta
escuridão da terra ou o luz do ar, onde o espírito é iluminado à luz abundante de auto-
deificação. O Sabbat existe na mente mas é realizada no espírito. O Luciferiano tem
instintivo conhecimento de que tenha aberto uma corrente, por sua própria predileção,
que combina intrinsecamente o reino da fantasia com a realidade em carne. Quando
alguém cai de joelhos na floresta ou lugar escondido, convoca o poder da terra e que
se encontra em seu círculo do ser, a mente é guiada ao Celestial e Empírico (ou seja, o
mais alto dos céus, baseado na experiência e na observação, metódicas ou não).

Sabbath - desde aquelas palavras cantado em vigília podem os peregrinos serem


atendidos e o Desejo ser feito em carne.
O Caminho Luciferiano na verdade, é baseado nas sombras; É aquele que começa na
escuridão, mestres os aspectos infernais de sua / seu ser e em seguida, procura
iluminar ainda mais a luz da imaginação; a chama da consciência e isolamento - isso é
conhecido como a Chama Negra.

As formas divinas associadas com a Chama Negra e a auto-iluminação (apoteose) são:


Lúcifer (chamado Azal'ucel), Set (o deus egípcio), Lilith (a deusa do Caminho
Luciferiano), Cain (Senhor dos Magos e bruxas) e Ahriman (O Dragão das Trevas, que
assume muitas formas). Tais formas divinos abrangem várias culturas e idades, mas a
sua essência reside na ideia do Sabá das Bruxas e o Caminho Luciferiano da bruxaria
e feitiçaria.
O iniciado começa o Caminho das Sombras, a partir do qual ele ou ela são modelos da
lenda de Lúcifer caindo da luz. E isso foi essencial para Azazel- Lucifer, para “crescer”
ele tinha que entender e perceber a escuridão, para provar as sombras e tornar-se como
“Deus” ( Do conhecimento do bem e do mal ).
O início do Caminho Luciferiano explora a escuridão como um ponto de
desenvolvimento, existem testes de espírito e a possibilidade de auto isolamento.
Como o início confronta em várias formas o que é chamado o Diabo, o avesso e Que
dá vida ao espírito, o peregrino torna-se então “espírito”.
A Bruxa ou Feiticeiro tornam-se mais forte em seus resultados de prática mágica, e eles
começam a notar resultados concretos dentro e fora do Self.

Neste ponto, muitos irão falhar, a face do Diabo ou o lado sombra, muitas vezes, levam
o indivíduo a enfrentar seus piores medos e fraquezas, o que pode destruir o indivíduo
não é forte ou preparados o suficiente para tornar-se como um Deus ou Deusa.

É neste ponto que o símbolo do Pentagrama Invertido começará a ressoar dentro do


Ser dos feiticeiros , é mais do que um símbolo, é um sigilo que representa a maneira e
sombra-divindade, que caiu do céu para provar escuridão.

O Pentagram Invertido é, portanto, a Estrela Luciferiana que representa a beleza


isolada, poderá através dela enfrentar o desconhecido .
O Algol Sigil é uma de 8 pontas Estrela do Caos com um Pentagrama Invertido
no centro.
Isto é explicadas no Glossário desta seção e contempla um poderoso mas
perigosa fórmula
mágica. Algol é um espelho que provoca loucura ou sabedoria, dependendo
sobre a força
de Vontade do Magista que olha para ele.

O Sigilo do Adversário é uma imagem do deus egípcio SET com duas cabeças,
ele enfrenta a Escuridão e a Luz. Isto é um dos dois Estados do bruxo que é
equilibrado
entre Sombra e Luz. Ele provou ambos os êxtases e cresceu em sabedoria,
a partir dessa experiência.
O Alfabeto do Desejo possui 5 sigilos ao redor do círculo estão focados formas
de poder
que possam surgir no consciente (por resultados da Vontade-Desejo-Crença)
pela Arcana do subconsciente.

O Demônio Feminino ou Deusa, é de fato Lilith-Hecate. Ela tem muitos nomes e


máscaras,

mas revelou que é algo mais terrível e belo do que seja esperado.

Ela é a mãe de toda a Magia, ela vive na Chama enegrecida do homem e da


mulher.

Ela devora ou abençoa, seu beijo significa tudo.


Invocar a Deusa e ouvir bem às suas palavras. Ela é Babalon, prostituta
escarlate que cavalga

a besta infernal do Dom. Ela é AZ, o instinto primal de fome sexual, Ela é a Deusa
Branca,

que quer acariciar você antes de remover a pele de seu rosto pálido para revelar
um Lobo Voraz.

Lilith - Hecate é a triplice lua iniciadora, Ela que orienta sobre o Caminho.

Caim foi iniciado por Lilith. Ela é a fonte, o ponto da transferência luciferiana.

A finalidade das descrições dos Grimórios é oferecer uma forma básica de


orientação

através deles, como se pode obter o máximo de cada um. Esta não revela
qualquer um

dos Segredos iniciáticos que o bruxo descobrirá através da prática mágica.

Ele se faz, no entanto, a intenção de dar um "foco" direcional no sentido de


iniciação estudos

e prática.

Hékate, a Rainha das Bruxas

Lilith, Mãe dos demônios, Senhora dos Inkubus & Sukkubus.

Bruxaria Tradicional por Andrew D. Chumbley


O que é Bruxaria Tradicional?

"A Bruxaria Tradicional é o Caminho Sem Nome da Arte Mágicka. É o Caminho da


Bruxa, o chamado do coração que indica a vocação do Homem de Conhecimento e da
Mulher Sábia; é o Círculo Secreto de Iniciados constituindo o corpo vivo da Antiga Fé.
Seu ritual é o Sabbat do Sonho-feito-Carne. Seu mistério jaz no Solo, abaixo dos pés
Daqueles que trilham o caminho tortuoso de Elphame. Sua escritura é o caminho dos
Homens de Conhecimento e fascinadores, o tesouro da tradição relembrada por
Aqueles que honram os Espíritos; é a gramática do conhecimento sussurrado ao pé do
ouvido, amados por Aqueles que mantém sagrados os segredos dos mortos e
confiados Àqueles que olham sobre adiante... As respostas a quem pergunta sobre a
Bruxaria Tradicional jazem na suas terra nativa: o Círculo da Arte das Artes!"
Tais são os meus pensamentos sobre essa questão e como tais eles são somente
meus e, nãomenos do que isso, eles são os pensamentos de um homem que
caminhou muitas vezes em volta do círculo do povo astuto. Para a questão "o que é
Bruxaria Tradicional?" há tantas respostas úteis quanto há praticantes desta crença
misteriosa. Não há uma resposta direta somente para tal indagação e é a maravilhosa
diversidade de respostas possíveis que os genuínos praticantes oferecem que é, para
mim, mais atraente. O escopo de práticas e crenças que o nome "Bruxaria Tradicional"
abrange é desconhecido e deve assim permanecer para sempre; e, todavia, se uma
percepção dessa diversidade puder ser alcançada por um discurso, nós podemos
então talvez intuir a natureza secreta que nos unifica a todos. Quando me refiro acima
para "respostas úteis", eu quero dizer especificamente aquelas respostas que possam
ser de uso e valor diretos para irmãos praticantes. Pois o espírito no qual esse
discurso é entendido é aquele que possa ser de préstimo para cada um de nós todos
para os quais a questão é endereçada. Contudo, existe um certo número de pessoas
que pode prestar contas sobre a natureza da Bruxaria Tradicional. Tais adeptos são,
em verdade, poucos e discretos. Durante tempos recentes tem havido uma evidente
mostra da superfície da Arte Antiga no domínio público da literatura publicada, livros e
artigos. Esta atividade pública é o eco de um reerguimento interno de conhecimento. A
florescência da Fé Antiga está tornando público a sua essência vital, fervendo os
canais subterrâneos da prática mágica, subvertendo o seu poder para as veias que se
entranham pela terra, alimentando e nutrindo a terra verdejante de Albion novamente.
Pois nós que partilhamos do Mistério da Fé Antiga somos os guardiões da terra: nosso
conhecimento é o arcano do seu coração e também do nosso. À este caminho nós
devemos ser fiéis! A manifestação pública da Fé Antiga não tem aparecido de um
modo uniforme, ao contrário, tem exibido uma variedade estimulante de formas. A
estes vários canais da Tradição alguém pode se referir como "costumes" do Antigo
Rito; cada um diferindo de acordo com o Mestre ou Mestra responsável pela
distribuição do seu conhecimento. Alguém poderia pensar que a existência da
literatura pública disponível indicaria a tendência rumo um enfraquecimento – uma
diluição – da essência espiritual da Tradição, mas este não tem sido o caso. De fato,
exatamente o contrário é que é verdade: a direção é rumo a um alargamento e
aprofundamento na riqueza espiritual da Fé Antiga. A Arte Antiga está emergindo
como um Caminho que possui uma amostra de aspectos diversos, estendendo-se da
feitiçaria prática gerada no nível da magia popular – as artes dos homens de
conhecimento e fascinadores – até o espectro de técnicas mágicas apreendidas,
alcançando em apoteose as alturas de um genuíno misticismo. Com o intuito de
esclarecer esta diversidade é útil citar e dar um breve resumo de tradições exemplares
e específicas que estão na vanguarda do nosso presente ressurgimento:
O Caminho dos Oito Ventos: este é o ressurgimento Anglicano Oriental da Arte sem
Nome exposto por Nigel Pennick. Essencialmente, representa uma escola específica
de prática mágicka, derivada do caminho iniciático de "Sigaldry", uma tradição de
conhecimento rúnico, incorporando tanto elementos pagãos quanto cristãos em uma
síntese mágica coerente. Seu modo de sucessão é, de acordo com Pennick, passado
de mestre para discípulo e é perpetuado por transmissão de conhecimento tanto oral
quanto escrito. É importante notar que no seu livro SecretsofEastAnglican Magic, é
feita uma referência à AntientOrderofBonesmen, à fraternidade mágica de cultuadores
de cavalos e aos mistérios solitários dos homens e mulheres-sapos. Estas são outras
formas de práticas mágicas ainda operativas nas mesmas regiões e às quais podem
ser referidas, em termos generalistas, como "Bruxaria Tradicional."
O Caminho dos Oito Ventos: este é o ressurgimento Anglicano Oriental da Arte
sem Nome exposto por Nigel Pennick. Essencialmente, representa uma escola
específica de prática mágicka, derivada do caminho iniciático de “Sigaldry”, uma
tradição de conhecimento rúnico, incorporando tanto elementos pagãos quanto
cristãos em uma síntese mágica coerente. Seu modo de sucessão é, de acordo
com Pennick, passado de mestre para discípulo e é perpetuado por transmissão
de conhecimento tanto oral quanto escrito. É importante notar que no seu livro
Secrets of East Anglican Magic, é feita uma referência à Antient Order of
Bonesmen, à fraternidade mágica de cultuadores de cavalos e aos mistérios
solitários dos homens e mulheres-sapos. Estas são outras formas de práticas
mágicas ainda operativas nas mesmas regiões e às quais podem ser referidas, em
termos generalistas, como “Bruxaria Tradicional.”

Via Nocturna: a Convenção do Espírito da Caça. Este é o caminho iniciático de


ensinamentos da Sabedoria exposto por Nigel Aldcroft-Jackson, o Magista Janus
benAzazel. Seus ensinamentos são derivados de transmissões de conhecimento tanto
orais quanto escritas e, no seu conjunto, constitui uma síntese de muitos diversos
aspectos de tradições de bruxaria. Em resumo, o núcleo central da Convenção é
revelado dentro de um estado de gnosis mágica no qual o buscador se incumbe da
peregrinação espiritual noturna para o Sabbat. A Via Nocturna é, portanto, o conclave
invisível de iniciados reunidos através de uma paridade de experiências dentro de um
transe extático. Sua sabedoria é acessível para aqueles que passaram pelos portais
transliminares deste mundo e os quais já empreenderam a noite-jornada iniciática para
os reinos oníricos da orgia sabática. Este caminho particular de Bruxaria Tradicional é
notável em sua contribuição para o que pode ser chamado de "Misticismo Witânico", o
corpus de conhecimento derivado diretamente da experiência gnóstica da
formulaesabbática. Na sua contribuição para este campo de ação, a Convenção tem
sido instrumental em extrapolar a essência mística interior dos ensinamentos de várias
outras práticas da Arte, mais importante talvez do que aquelas do Clã de Tubal-Cain.
O Clã de Tubal-Cain: esta é a Tradição de Prática da Bruxaria perpetuada pelo
recentemente falecido Robert Cochrane. De acordo com Cochrane, o Clã era o corpo
de iniciados cujos mitos e métodos de prática oculta derivam das antigas bruxas
nórdicas. É notável que os componentes da sua construção mítica mostram evidências
da influência das últimas fontes daemonológicas medievais, especialmente em
consideração aos Ensinamentos que concernem a descida dos Guardiões, o papel de
Tubal-Cain e a reverência dada a ele como preceptor da genealogia iniciática, ou
sangue bruxo. A importância da contribuição do Clã para o desenvolvimento contínuo
da Bruxaria Tradicional é evidenciado na influência criativa que foi trazida para
conduzir para aqueles que foram diretamente envolvidos neste trabalho. O maior
pioneiro é Evan John Jones, que tem feito muito serviço para esclarecer vários
aspectos dos Ensinamentos do Clã, especialmente aqueles que rodeiam as formas
míticas do Castelo, da Caveira e da Rosa, e do Cabrito no Bosque Sagrado.
Cultus Sabbati: este é o nome adotado por razões de comunicação e identidade
entre diferentes grupos de iniciados em tradições de Bruxaria sem nome. Na sua
presente forma, o Cultus é servido pelo autor desse tratado no papel de seu
Presidente Magista. Como tal eu vou procurar descrever seu nome e função com a
objetividade cabível. O Cultus opera como veículo para a transmissão da Corrente
Mágica Quitessencial e é ativo no ressurgimento da prática mágica referido em
trasmissões orais, rituais e escritas como "A Feitiçaria do Caminho Tortuoso". Dentro
do Cultus várias práticas da Arte estão em operação concomitante; isto é refletido na
estrutura dos seus grupos constituídos. Estes grupos incorporam o contexto de
trabalho tanto de covens quanto de círculos menores de trabalho; a ênfase dos grupos
se dá na autonomia de cada iniciado. Uma importante função do Cultus é servir como
um mediador para a confluência dos seus forças mágicas de poder. Apesar deste
campo de operação estar presentemente centralisado dentro do condado de Essex, o
Cultus conhece um número de linhas iniciáticastrans-culturais de sucessão desde os
arredores do país até além dele. Os ensinamentos de sabedoria centrais são
passados adiante tanto oralmente quanto ritualmente, através da Feitiçaria
Transcendental e da Gnosis dos Mistérios Sabbáticos. Estes são apenas quatro
formas de expressão da Fé Antiga, mas a sua diversidade é o testamento da rica
estrutura da Espiritualidade Mágica Britânica.
A validade histórica destes quatro exemplos de "Bruxaria Tradicional" não é bem o
meu encargo afirmar ou questionar, mas, por outro lado, o impulso criativo diáfano que
eles geram são, para mim, a mais valiosa forma de autenticidade, independentemente
de qualquer outra coisa. Há uma impressão notável de insights e sincretismos criativos
concedidos pelos trabalhos publicados sobre estes exemplos e isso serve para futuras
"respostas" à minha questão inicial. É típico dos genuínos homens-de-conhecimento
utilizar o que quer que esteja à mão e mudar o rumo de todas as influências,
independentemente da sua procedência religiosa, para as causas secretas da Arte. É
por isso, então, que a Arte Antiga adota para si mesma uma grande opção de atitudes
e métodos, estendendo-se desde simples tópicos de feitiçaria até às mais altas formas
cerimoniais de conjuração.
Em todos os contextos, qualquer um pode achar partes de crenças e conhecimentos
mágicos de muitos tempos e lugares diversos, mas todos são achados para funcionar
dentro da arena trans-histórica da dimensão sagrada, quer seja o círculo mágico da
Bruxaria, quer seja o canteiro nônuplo de Sigaldry. Desde as suas raízes na magia
popular, em todos os seus muitos aspectos, a forma da Bruxaria Tradicional está
continuamente se desenvolvendo e é neste respeito que alguém pode perceber as
trajetórias em suas próprias possibilidades. A paisagem espiritual da Arte está sendo
moldada, através do poder da sua própria corrente, por uma potente estética de
ecletismo mito-poético; a sua rica variedade de conhecimento ancestral está
alcançando uma nova definição de forma, culminando no refinamento de uma
profunda metafísica de êxtase: um verdadeiro ensinamento de sabedoria de gnosis
mágica. Isto pode ser visto como um desenvolvimento natural de um estágio de prática
religiosa para um nível mais sofisticado, ou ainda – de um ponto de vista iniciático –
pode-se perceber a emergência de um Misticismo Witânico através do oportuno
desvelamento do conhecimento que tem sido o coração da Tradição. Pois assim como
o fogo queima brilhantemente no centro do círculo, também nós e o círculo devemos
girar eternamente ao redor do nosso eixo através das muitas estações do Tempo e
Destino e através da dimensão sagrada da Arte, nós nos aproximamos mais do centro
atemporal no meio da mudança do aeon e da hora.
É possível que alguém perceba um desenvolvimento em direção às aparentemente
abstratas alturas do pensamento místico que esteja ocorrendo em rejeição da simples
herança do "bom povo de Elphame" que viveu antes de nós, mas não é assim. Na
minha opinião e como exemplo, a meada da bruxaria – a corda atada – pode ser tanto
para cura quanto para ferir e também para a tarefa mística de contemplar os estados
da alma. O horizonte do círculo é sem limites e a extensão da nossa real iniciação é
mensurada somente pela nossa própria auto-limitação dentro do seu limite infinito.
Para retornar à questão inicial deste discurso e para seguir outro caminho através do
labirinto, deixe-nos considerar a Bruxaria Tradicional, seus nomes e sua significância
em discussões gerais sobre magia, e também os significados pelos quais o seu
Caminho é perpetuado.
Em termos gerais e através deste artigo a "Bruxaria Tradicional" refere-se às práticas
pagãs mágicas e religiosas que têm sido transmitidas desde pelo menos o começo do
século vinte. Geograficamente, o termo implica à magia popular britânica do passado e
contemporânea, mas pode se estender para abarcar crenças e práticas de
proveniência européia, principalmente do norte da Europa. A despeito da demarcação
espacial assumida em razão deste discurso, a Fé Antiga possui formas inumeráveis e
pode ser vista em muitas regiões da Terra. Além disso, as influências culturais que
caracterizam formas antigas e modernas da Bruxaria Tradicional na Bretanha são
muitas e diversas, caracterizando marcas de conhecimento que testemunham uma
mescla de métodos iniciáticos provindos do mundo todo.
Na literatura esotérica, histórica e antropológica da última metade do século XX, o
termo Bruxaria Tradicional é geralmente usado para se referir às práticas de magia
popular que antecedem, ou correm ao lado de, aos ressurgimentos modernos ou
"reformados" da prática da Arte. A forma moderna de Bruxaria é conhecida
genericamente como "Wicca", apesar de se dever notar que muitas variações deste
movimento modernos existem e são chamados por muitos outros termos. Em distinção
à "Wicca", a Arte Antiga é referida pelos seus adeptos como ‘Weikka’; este termo é
freqüentemente na linguagem da Arte como ‘Wytcha’ – que dizem significar "A religião
dos feiticeiros". Outras conexões e derivações úteis são as seguintes: da língua anglo-
saxã wicce/wicca – ‘witch’, wiccian – "fazer um feitiço’, witte – ‘wise’, wittan – "ser
sábio’; do germânico antigo Wikkerie – ‘Witchery’; do islandês vita – ‘saber’; vikti ‘um
mago’; do sueco wika – ‘dobrar, girar’; do norueguês vikja – ‘desviar, desconjurar,
exorcizar’; do anglo saxão wikken – ‘tornar malévolo’, hencewicked – ‘ser malévolo’ e
também ser yfel – além das barreiras do consenso mortal de percepção.
Muitas discussões são feitas sobre tais palavras e nomes; isto pode ser útil para o
praticante desde que possa encorajá-lo a ver novas perspectivas sobre o caminho,
mas quando isto não pode ser feito tais discussões são irrelevantes para aqueles
engajados na prática da Arte. As pessoas deveriam prestar atenção para o que é útil
dentro do círculo e o que não é.
Certos escolásticos da academia convencional tem alegado que a palavra wicca era
usada originalmente apenas em sentido pejorativo, ou seja, como um termo de abuso
ou insulto contra qualquer desafeto ou suspeito de malefício ou magia negra, e ficou,
de fato, fora de uso sob qualquer forma que fosse até o movimento da bruxaria
moderna. Apesar de tudo, pode-se citar o uso não-pejorativo de derivações
conectadas tais como witan "saber" – em vários exemplos históricos. Entretanto, a
despeito destas alegações, deve ser dito que a palavra derivada Wytcha esteve em
uso durante o século vinte entre certos descendentes contemporâneos das tradições
dos homens-de-conhecimento em Essex. Quer o termo tenha sido transmitido através
de séculos de prática secreta ou retomado como um nome de identificação apenas no
dia de ontem, é pertinente falar sobre algumas das razões para o seu uso atual. Da
perspectiva do praticante, a adoção deste termo é um meio auto-consciente de
expressar a sua identidade como pertencente aos Homens-de-Conhecimento, como
"Aquele que Sabe", um portador do sangue bruxo e também como um iniciado na
verdadeira tradição bruxa. Além disso, sendo que wytch significa "curvar ou girar" é
um termo apropriado em se considerando a natureza "tortuosa" do caminho dos
feiticeiros. Se o uso pejorativo de wicca for aceito, então o uso presente do Wytcha
também desse ser. O Homem da Arte move-se no limiar da sociedade; ele caminha
dentro do mundo da Humanidade, mas na verdade está fora dele. Um caminho de
culpa e da blasfêmia será apagado quando alguém se mover além dos parâmetros
normativos da sociedade.
Além do mais, alguém poderia dizer que ‘Wytcha’ é simplesmente a pronúncia correta
da palavra anglo-saxã wicca e que é usada auto-conscientemente por homens-de-
sabedoria contemporâneos como uma reinvindicação deliberada de uma identidade
única e distintiva dentro do espoco da religião mágica moderna. Tendo-se dito isso, é
uma preferência costumeira de tais praticantes usar o termo "feiticeiro" e "feitiçaria"
para si mesmo e para a sua Arte ou então, freqüentemente, não usar nome algum.
Outros epítetos em uso para os Práticas Ancestrais da Arte são, como mencionados
acima, ‘A Arte sem Nome’, ‘A Via Nocturna’, ‘A Arte Sabática’, entre outros. Todos
estes epítetos podem ser usados em discussões sobre magia para dar nome a "algo"
que por natureza não tem nome: nomes são funcionais para propósitos de
comunicação e auto-identidade.
Uma vez que é útil definir e então distinguir os vários modos de Antiga Arte uns dos
outros e das suas contrapartes modernas, deveria-se ter em mente que em certos
momentos a Antiga Arte se fundiu ou adotou crenças de tais práticas reformadas.
Dadas as inclinações naturais do praticante mágico em direção ao sincretismo, há
uma constante fertilização cruzada entre aqueles que interagem entre si dentro e foma
do círculo; conseqüentemente, nós todos emprestamos idéias uns dos outros.
Entretanto, as várias formas de Wicca moderna não são o assunto em questão e ainda
que elas tenham um papel importante na história e desenvolvimento da prática mágica
no século vinte, o propósito desta dissertação investigar a natureza daquelas correntes
da Arte cuja origem é de grande antigüidade.
Pois dentro de tais correntes será encontrado um sincretismo que tem simplesmente
sido operativo por um longo período e que é provável que tenha absorvido mais
influências e que as tenha integrado dentro de um corpo de grande maturidade
espiritual. A integração de influências wiccans modernas em correntes mágicas mais
antigas é apenas um aspecto em desenvolvimento; há muitas outras influências nas
práticas de Bruxaria Tradicional que também podem ser citadas. Ao se falar sobre tais
integrações, eu preciso, por motivos de cortesia, dar todo o respeito àqueles
praticantes da Arte Antiga que vêem as suas próprias práticas como puras e distintas.
O fato de haver influências de outras fontes não é nenhuma mancha e nem é
necessariamente um ato comprometimento; este fato pode ser uma parte consciente
de uma espiritualidade criativa em andamento. Dentro deste contexto do meu próprio
caminho eu tenho tido contato direto com iniciados de outras tradições mágicas
notáveis e tenho aprendido grandemente com tais interações. Tais contatos me
conduziram a envolvimentos ativos dentro dos Caminhos de UttarKaulaTantrikas e, em
um nível superficial, dentro da Tradição Sufi de Ovaysiyya. Este envolvimento tem
servido apenas para enriquecer o meu trabalho dentro dos Conclaves dos Mistérios
Sabáticos. Tanto através do CultusSabbati e como praticantes independentes, eu e
outros iniciados na Tradição dos Homens-de-Conhecimento de Essex temos
procurado conexões iniciáticas transculturais e através de tais esforços muitas
influências importantes tem servido para sustentar o reerguimento contemporâneo da
nossa prática. Uma consideração mais profunda de tais influências podem ser
deixadas para outra ocasião. Fundamentalmente, este é o motivo que fundamenta os
propósitos de tal interação a qual, para mim, distingue as várias correntes da arte. Em
Crença, todos nós somos guiados por motivações aparentemente similares, mas no
meio Prole de Cain há uma metodologia diferente de crença que surgiu da disposição
natural rumo a uma mentalidade feiticeira. Não é por nada que nó temos sido
chamados de "Homens-de-Conhecimento!"
Quando se fala em Bruxaria Tradicional faz-se freqüentemente muitas menções a ela
sendo deixada como legado ou sendo passada adiante. O que se entende por essas
duas frases diferentes?
Da minha própria experiência como iniciado e iniciador dentro da SabbaticCultus, eu
posso contar muitas maneiras pelas quais a Tradição é transmitida de uma pessoa a
outra de geração a geração. A maneira mais óbvia é a transmissão oral: a palavra
falada. Este é o "conhecimento passado de boca para ouvido" que é relatado de um
praticante para outro, seja de Mestre para aprendiz, seja como conhecimento dividido
em discussões entre contemporâneo de um círculo ou clã. Freqüentemente, é neste
contexto que os mais preciosos fragmentos dos ensinamentos são preservados e é ao
redor dessa sabedoria não-escrita que existe uma certa aura de tabu. Por serem
intraduzíveis para a palavra escrita, os ensinamentos orais da Arte existem no reino
entre o Pensamento e o Texto; eles habitam com os espíritos nos reinos movediços da
memória e da lembrança Quando deveriam tais ensinamentos serem escritos? – esta
é uma questão que eu tenho feito a mim mesmo. Em resposta, eu concluo que alguém
deveria escrever tais coisas quando há o perigo de eles serem perdidos ou
esquecidos. Apesar de tudo, eu acredito que nada é realmente esquecido sobre a
Arte, pois dentro do seu próprio domínio – o Círculo – os espíritos irão falar àqueles
com ouvidos para escutar. É de boca em boca que o verdadeiro e invisível grimoire
dos Homens-de-sabedoria é transmitido através das eras; é um livro cujas folhas
foram espalhadas por várias mãos e que mesmo assim são costuradas sob uma
mesma capa de pele e sangue.
Em alguns casos, a transmissão oral da tradição é executada no contexto formal de
instrução. É nestes casos que o modo falado de trasmissão é operativo dentro do
contexto especialisado da iniciação cerimonial. Isto nos leva à mais importante
maneira pela qual a Tradição é deixada como um legado: a genealogia do poder
espiritual transmitida ritualmente. Este é um assunto complexo devido à variedade de
procedimentos envolvidos, mas, basicamente, o processo ao qual estou me referindo
é o cumprimento da indução iniciática de um aspirirante através de um ritual conhecido
por "transmitindo o poder". Este é o ato mágico aonde todo o poder da Tradição é
transmitido diretamente do Iniciador para o seu (a sua) discípulo(a), de Mestre para
aprendiz. Dentro das várias corporações da Arte, e também dentro de fraternidades
afiliadas à Ordens Franco-maçônicas (ou delas derivadas), o ato de "transmissão" é
feito assim: o aspirante se abaixa, sustentando-se em um joelho, ante o iniciador, com
o joelho esquerdo tocando diretamente o chão e a perna direita formando um
quadrado com a terra. O candidato segura em ambas as mãos o grimório ou Livro
Sagrado da(o) Ordem/Coven. O iniciador em seguida coloca a sua mão direita sobre a
cabeça do candidato e a sua mão esquerda sobre os seus pés direitos, formando um
grande quadrado. O iniciador então "intenta" todo o poder da Tradição para dentro do
corpo receptivo do candidato. Este ato, executado em muitas variações do modo
citado, é feito para "selar" o processo de aprendizado pelo qual o canditado passou. O
processo de aprendizado dura diferentes períodos de tempo e é construído de acordo
com aquele que está sendo ensinado.
Na Tradição Sabbática, o processo de aprendizado é dividido em duas partes.
Primeiramente, um período probacionista de nove meses é levado adiante, durante o
qual o aspirante é simplesmente avaliado por vários requisitos de caráter. Quando isto
se completa, o aspirante é convidado a fazer um ritual de dedicação; este rito os
declara ao caminho da Tradição e começa a fase formal de instrução que dura um ano
e um dia. Durante o ano iniciático, o candidato é literalmente guiado ao redor do
círculo em uma completa viagem de mente, corpo e espírito. No cumprimento deste
circuito, ocorre o rito formal de iniciação, o aspecto central daquilo que é o ato
anteriormente mencionado de "transmissão". O ato de "selar" o processo de instrução
efetivamente cria a posição verdadeiramente autônoma do novo iniciado. Pois dentro
do ato de transmissão todo o conhecimento da Tradição flui dentro do candidato em
um estado de transmissão gnóstica. É então da sua responsabilidade recordar-se da
Tradição de acordo com a sua própria predileção. Notar-se-á por aqueles que
passaram por este tipo de transmissão que há muitas variações da sua execução;
todas essas variações são igualmente válidas, pois é a significância iniciática
codificada dentro dos gestos rituais que é de importância única.
Uma terceira forma de "transmissão" é a transmissão textual dos ensinamentos; isto é
de alguma forma parecido com a maneira de perpetuação dos shastras ou versos da
escritura sagrada no Tantrismo. Na Arte, há alguns livros manuscritos ou grimórios da
Arte, os quais são passados de um iniciado para outro. Tais livros são os repositórios
dos ensinamentos que pertencem a correntes ou práticas específicas. Estes tomos
são conhecidos por vários nomes: O Celeiro Secreto; a Bíblia do Homem de Osso; a
Plantação do Demônio; O Livro do Dragão e outros.
Ao lado destes grimórios está o "Livro de Sombras", o nome genérico para um livro de
práticas wiccan escrito à mão. Este nome tem sido, em alguns casos, adotados por
certos membros da Antiga Arte; a sua ressonância poética é em geral a principal razão
para que isso aconteça. Em algumas formas da Arte, cada candidato deve fazer a sua
própria cópia manuscrita do livro do seu Mestre, pois o livro da Arte de cada membro é
queimado após a sua morte.
A natureza essencial de todos estes textos é a de que eles são coleções pessoais de
conhecimento mágico acumulado através da experiência direta e compreensão da
Arte. É assim que o seu conteúdo é a única preservação dos seus donos; este é com
razão o seu tabu natural. O Círculo da Arte é lançado em muitos níveis e, acima de
tudo, deve ser lançado sem falhas.
Similar ao modo de transmissão textual é a entrega de artefatos mágicos. Por
exemplo, presentear o aprendiz com o bastão do Mestre é uma forma deste costume
na Bruxaria em Essex. Isto estabelece uma ligação entre os iniciados de gerações
sucessivas e dá a esses objetos uma aura espiritual própria. Tais objetos
freqüentemente têm nomes que confirmam a crença de que eles vieram da moradia de
um espírito. Vale a pena mencionar que a transmissão de conhecimento mágico pode
ocorrer somente por intermédio de tais objetos. Isto por causa da sua natureza
talismânica e também porque o seu aspecto podem codificar certos arcanos através
de marcas de Sigaldry.
Da perspectiva de um iniciado, eu acredito que um objeto mágico pode conduzir
conhecimento através da atividade do espírito que mora dentro dele. Esta forma de
transmissão pode operar independentemente de qualquer outro meio e pode ser uma
ponte sobre a divisão de tempo e espaço. Uma pessoa pode, por exemplo, obter um
velho cristal em uma loja de antigüidades ou uma imagem entalhada em madeira de
uma fonte tribal estrangeira, tal como a África Ocidental.
Trabalhar cautelosamente com tal objeto permite que o iniciado se ocupar com o
espírito que nele reside e tirar dele, em transes ou sonhos, uma grande sabedoria sem
qualquer contato físico com os seus portadores anteriores. Tal método de trabalho
pode trazer novas influências para as práticas do iniciado em Bruxaria Tradicional e
pode ativar um estrato profundo de uma sabedoria ancestral que permaneceu
adormecida dentro tanto do círculo quando corpo. Ainda que um objeto carregado
magicamente obviamente partilhe do plano material, ele pode servir como um conduíte
para a transmissão de energias do tipo mais sutis e intangíveis.
A doação de artefatos mágicos é ela mesma um potente meio de continuação e
acumulação de conhecimento mágico e poder. Isto pode ocorrer através da
aparentemente acidental aquisição de conhecimento e poder, no contexto formal de
um ritual de iniciação, ou pode até mesmo parte de uma herança familiar. Esta última
forma pode se operar através do parentesmoiniciátio de descendência espiritual e/ou
através da linhagem genealógica de uma tradição hereditária.
Isto nos leva à próxima forma de "transmissão": Bruxaria Hereditária e Tradições
Mágicas Familiares. Este tipo de transmissão ocorre dentro do contexto de
descendência familiar: o conhecimentos, os costumes e/ou as posses mágicas de uma
crença pagã mágico-religiosa preservada dentro dos limites de um grupo fechado e
familiar. Tais formas de crenças podem variar grandemente de uma família a outra.
Exemplos com os quais eu estou familiarizado abrangem de tradições de feitiçaria
americana até a fé britânica cristo-pagã (às vezes chamada de fé dupla) no que
concerne ao poder dos santos como guias espirituais. Tais crenças podem ser citadas
como pertencentes, embora não exclusivamente, às Tradições Hereditárias; pois elas
podem ser encontradas se dividindo e tornando-se operativas dentro de outras
correntes. Eu tenho autorização de relatar, a partir de um contato pessoal, um
exemplo em que uma família preservou um interesse em assuntos mágicos e
ocultistas ao ponto de coletar material de fontes clássicas, que poderiam ser úteis em
conjurações aos deuses antigos. Quando a filha da família tornou-se envolvida com a
bruxaria moderna, ela então começou a usar o material passado para ela. A sua magia
familiar, ou como quer que queiram chamá-la, tornou-se operativa fora dos seus
parâmetros originais. Através de subseqüentes gerações iniciáticas tais materiais
mágicos "hereditários" integraram-se com outras práticas e se desenvolveram em sua
própria corrente de sucessão. Este exemplo contém elementos tanto de descendência
familiar quanto de sucessão iniciática ritual; e como tal, deve ser considerada como
uma parte distinta da Bruxaria Tradicional, pelo seu próprio direito.
O modo pelo qual as Tradições Hereditárias são perpetuadas varia de família para
família e pode ser passada para as próximas gerações usando-se alguns dos
caminhos citados previamente. Tradições Familiares são uma raridade e podem ser
altamente secretas. Em alguns casos, eles não desejam ser vistas como parte de
outras formas de paganismo e práticas mágicas, ou mesmo ter qualquer conexão com
elas. Isto deve ser respeitado como uma faceta intrínseca do seu caminho, e apesar
de tudo, estas sobrevivências de crenças pagãs são parte da essência espiritual que
ressuscita a Fé Antiga. Em exemplos aonde a Tradição Familiar interage com
Praticantes da Arte de fora da família, pode haver um enriquecimento mútuo de
conhecimento prático e uma garantia de que a sabedoria antiga sobreviva com
integridade. Esta interação deve, portanto, ser elogiada.
Ao lado dos caminhos descritos previamente pelos quais a Tradição é transmitida, há
outros caminhos de transmissão, tais como aquelas que pertencem ao reino sutil. O
meio principal é o da indução onírica.
É neste ponto que eu devo cessar de escrever sobre magia e começar a escrever
através da magia. Seria tolice persistir em discutir contextos sem conteúdo: o Místico
não precisa expressar a revelação do seu coração em outros termos que não aqueles
da línguagem do seu coração e nem o artista deveria desperdiçar tempo demais
construindo as molduras das suas pinturas e deixar de pintar o seu quadro. Tradutores
e emolduradores é que devem fazer estes trabalhos!
Há um tipo de feitiço o qual eu devo relatar e por ele procurar convidar o leitor,
independentemente da sua disposição, a caminhar para fora e depois para dentro dos
mistérios sobre os quais ele está lendo.
Para este feito da Arte um cordão de couro e uma pedra-de-bruxa são necessários; a
pedra-de-bruxa é uma pedra que tem um furo no meio, surgido naturalmente: um
portal gravado pelas mãos da terra e encantado para abrir os idiomas dos rios. Ao
obter uma pedra-de-bruxa, a pessoa deveria contemplar a sua abertura e rogar para
que ela seja uma entrada para a sua ação em sonhos. Então, a pessoa deveria pegar
o cordão de couro e, segurando-o em suas mãos, deveria imaginar os caminhos da
procissão mágica noturna. Considere os espíritos. Pense sobre Aquela que voa de
fora do corpo para a liberdade da sombria meia-noite.
Suba com os espíritos através das aberturas da carne; separe-se da sua moradia
mortal e vagueie pelos reinos espirituais com a companhia invisível do ar. Ande sobre
o vento e deite-se nos braços do céu. Ouça a sonora batida de asas de um passarinho
e das asas do espírito; ouça o ritmo do seu vôoocoando as palavras de encantamento,
enfeitando os planos noturnos com sigilos de desejos esquecidos. Contemple os
portais para o Outro Mundo: vislumbram-se silhuetas contra a abóbada das estrelas.
Esteja de acordo com elas; esteja de acordo com o seu anfitrião do céu que vagueia
pela noite. Deixe a brisa do rio estelar vivificar a sua alma e guiá-lo pelo rastro do
caminho intransitável. Ouça a batida das asas do espírito e sinta a batida do seu
coração; ouça a batida do coração e conte os seus passos até a dança sem limites do
deus, homem e fera. Contemple os participantes da dança circular. Contemple!
Em cada ambiente pungente de fantasia, dê um nó no cordão e então crie um rosário
de sonhos potenciais. Quando o cordão tiver sete nós, passe-o pelo furo da pedra-de-
bruxa e dê um nó de gravata nele para formar um laço pelo qual uma pessoa possa
passar a mão. Deve-se rogar à pedra e ao cordão com uma prece final, pedindo que o
feitiço funcione. Então, ao final do dia, a pedra deve ser segurada em uma mão
(geralmente, na mão menos usada) e o cordão, preso no pulso. A pedra deve
segurada na mão como uma criança no seu berço. Então eu diria para você esquecer
do feitiço até a manhã seguinte. Possivelmente, em sonhos, o seu espírito irá passar
pela abertura da pedra e vagar pela processão dos andarilhos da noite, que voam
livremente ao lugar que algum chamam de "Sabbat". Aonde quer que os seus sonhos
te leve, o cordão deve guiá-lo e trazê-lo de volta para casa, para acordá-lo quando
começar o dia.
Se nenhum sonho sobrevir a você à noite, então relembre do momento em que você
fez o feitiço – pois na fantasia estão os ecos daquilo que não é lembrado. Este é o
feitiço para entrar no sonho do Sabbat.
É dito por alguns praticantes destes mistérios que o verdadeiro Rito Sabático ou
Banquete-círculo da Arte é celebrado em estado de transe lúcido. Acredita-se que o
Sabbat é um reino oculto além dos mundos e entre os mundos da vigília, do sono e
dos sonhos comuns; é um domínio secreto para o qual os iniciados do Cultus podem
viajar, passando através fenda dos mundos que se abre na aurora, ao pôr-do-sol e à
meia-noite, para participar da Convocação da Arte. A estrada para o transe Sabbático
é acessado por determinados procedimentos, freqüentemente incorporando
complexas e obsessivas práticas de magia sexual e indução narco-extática. A gnosis
do Sonho Sabbático deriva especificamente das correntes iniciáticas da Arte cujo
trabalho foca-se no Misticismo Wytchan ou Witânico (a Convenção do Espírito da
Caça e CultusSabbati).
Nisto, o Sabbat é percebido como um protótipo de todos os trabalhos mágicos e como
um círculo unificador de um simbolismo vivo e vital, integrando todos os aspectos da
sabedoria da Bruxaria e da técnica mágica. Estes aspectos são reinterpretados via
mitopoética pessoal e então revitalizados diretamente por sonhos experimentais do
praticante iniciado. Da experiência do sonhador, elementos específicos são extraídos
e utilizados como a base para procedimentos rituais na hora do despertar. O inverso
também pode ser útil: aspectos do ritual do despertar podem ser traduzidos em
sonhos e então podem assumir novos e profundos significados. É assim que o Sabbat
do Místico Witânico opera como o cruzamento entre os mundos como sendo a arena
para a refeição de poder mágico primal da sua fonte e para além dela.
A Iniciação no Sonho Sabbático é diferente de outras formas de transmissão dentro da
Arte; ela ocorre fora do contexto da linearidade temporal e permite a entrada de
qualquer um que possua habilidade mágica o suficiente. Ainda que a transmissão
onírica seja freqüentemente uma parte do processo de instrução dentro do modo
formal de transmissão ritual de conhecimento, ela é, apesar de tudo, uma maneira
através da qual qualquer verdadeiro aspirante pode entrar no mistério sagrado da Arte.
Pode-se então supor que qualquer um possa reinvindicar um status iniciático via estes
meios. Isto pode acontecer, mas um contato genuíno com a corrente interna da gnosis
mágica é sempre aparente e não pode ser simplesmente assumida. Uma pessoa deve
ser chamada à noite, deixar a sua moradia carnal, o corpo, e voar com na Companhia
de Espíritos. O chamado do outro mundos da Convocação Sabbática guia o aspirante
diretamente para a fonte do poder iniciático. Alguns podem interpretar isto como uma
expressão imaginária ou como uma elaborada reinterpretação de path-workings
imaginados sob controle, mas eu asseguro a todos que o Sonho do Sabbat – a
Convocação Espiritual das almas andarilhas da Noite – é uma realidade além da
imaginação! É o segredo do Grande Retorno, segundo o qual nós podemos realizar
um congresso com o Arcanum do Ser Primordial e então com tudo e nada, que nós
chamamos de Tradição da Arte Mágica dos Sábios.
Voltemos à nossa questão inicial: "O que é Bruxaria Tradicional". Se nós tivermos
ganhado uma sensação – uma atmosfera de alguma coisa desta dissertação – então
possivalmente a "resposta" foi dada através da reunião nostálgica da verdade. Pois
nós podemos busca por muitos anos, mas é sempre entre as atmosferas de magia
que a sua essência pode ser apreendida de uma maneira que melhor conduz à
realização da sua substância. Eu tenho então procurado dar uma breve insinuação do
espírito que impregna a Arte Antiga e formas associadas de práticas mágicas. Com
este intento em mente, eu fiz referências a formas exemplares de atividade e uma
prévia de cinco caminhos pelos quais o seu conhecimento é perpetuado.
Todos estes aspectos transcendem as limitações impostas por nomes e todos são
freqüentementeintrelaçados em um profundo contexto de mitologia vida – em uma
auréola de mistério que cerca a realidade dos homens-de-conhecimento. Alguns
podem dizer que a questão deveria ser "Bruxaria Tradicional existe"? A pergunta-título
e a natureza desta dissertação são uma asserção afirmativa. As respostas do reino
são encontradas em livros de pele e sangue. Agora, quem são os "homens-de-
conhecimento" e foi realmente dada à questão inicial deste artigo qualquer forma de
uma resposta ou algo que o valha? Bem, deixe que os leitores decidam por si
mesmos. Sobre quem são os "homens-de-conhecimento", bem... eles estão no meio
da procissão Daqueles que andam pela Noite, sejam eles chamados de Bruxas,
Feiticeiros, Homens-de-Conhecimento ou Mulheres Sábias – eles são todos parte da
herança mágica e mística da Arte dos Sábios de Albion.
Proscrito: O meu trabalho na Arte me guiou a confiar um grande valor no
conhecimento oral, textual e ritual da Tradição e eu passei a apreciar profundamente o
que foi transmitido a mim. Durante os últimos anos, eu tenho ganhado uma
consciência mais profunda da responsabilidade que uma pessoa carrega por ser o
detentor de tal conhecimento; esta responsabilidade é em relação à própria Tradição e
àqueles que irão herdá-la em dias que virão. Conseqüentemente, eu tenho feito
contatos com vários companheiros iniciados e tenho procurado preservar qualquer
ensinamento que eles tenham confiado a mim. Esta interessão tem provado ser
valiosa e é um passo positivo em direção ao futuro do caminho, em todas as suas
formas.
Este esforço dá um encorajamento valioso a todos, revitalisando o sentido sem valor
da sacralidade e prevenindo a erosão da espiritualidade que prevalece nos nossos
tempos. Se algum leitor deste artigo se empatiza com estes sentimentos e estão
participando diretamente em forma de práticas e crenças pertencentes ao campo geral
da Bruxaria Tradicional, este é um convite aberto para se corresponder com o autor.
Este convite é preferido com a garantia de discrição mais estrita e se extende a
qualquer leitor que tenha contato direto com o conhecimento da magia familiar
tradicional, bruxaria, práticas dos homens-de-conhecimento e assim por dia. Que
sejam abençoados!
Andrew D. Chumbley c/o XOANON, PO Box 1821, Chelmsford, CM1 3UE. U.K.

A DANÇA DAS BRUXAS - ABRINDO O OLHO DO DIABO

A DANÇA DAS BRUXAS: Abrindo o Olho do Diabo


Copyright © 2003 by Robin Artisson

Reflexões sobre Assuntos Mercuriais de Saturno

Conforme a meu trabalho anterior na Arte chamado o “Sono do Crepúsculo" ou “O


Transe”, surgiram muitas vezes tópicos a cerca de de qual o melhor caminho para
alcançar um bom estado de transe funcional no desempenho de atos de feitiçaria.

A resposta é bastante simples: Não existe o “melhor” caminho.


Cada pessoa, sendo um indivíduo, é suscetível a uma variedade de inclinações e
técnicas, que faz com que algumas reajam bem ao transcendental praxes do transe, e
outros só respondem bem a métodos muito rígidos, concretos e somáticos.

O transe é importante por muitas razões, mas principalmente, porque permite novos
modos de percepção, o que por sua vez faz com que as forças espirituais invocadas
nos atos de Feitiçaria possam ser experimentadas de uma tal maneira que o seu
potencial para transformação é aumentado. O seu impacto está em um nível mais
imediato, um que pode ser experimentado, de alguma maneira, pela consciência do
praticante. Quando a Arte é feita com coração e fé, e com habilidade, é eficaz,
independentemente do estado de espírito da bruxa; No entanto, o prazer e a
profundidade da experiência é mil vezes maior quando os movimentos espirituais da
Arte se tornam aparentes.

Alguns atos da Arte exigem o transe para serem eficazes de forma significativa:
divinação, por exemplo, requer uma mudança em um estado onde as realidades e
mensagens sutis não sejam apenas aparentes, mas capazes de serem comunicadas.

Tenho escrito muito sobre a necessidade da pessoa mudar momento a momento o que
ele é como ser individual, para uma *verdadeira* e nova perspectiva capaz de alcançar
o transe; é preciso mudar a visão e compreensão de nossa relação com o que nos
aparece como sendo o "mundo que nos rodeia[1]".

Uma mudança de perspectiva mais profunda é realmente necessário para apreciar o


que o “transe" implica[2].

Eu tenho dito que o "transe" já é algo contínuo, ele já é uma parte de nós; e isto é
bastante verdade, no entanto, enquanto uma pessoa pode tomar essas palavras como
reais e realmente encontrar a “passividade” necessária para efetivar essa realidade,
outras têm dificuldades. Isto não implica alguma a falta de algum dom por parte de
ninguém; é apenas uma questão de Destino que nem todas as pessoas trabalhem a
abordagem do transe da mesma maneira[3]. Para alguns, medidas extremas, como a
self-mortificação e até mesmo o uso de substâncias devem ser introduzidas em certo
grau, para se obter a necessária expansão da consciência e da mudança de
perspectiva. Para outros, apenas o ritual é necessário. Para alguns, apenas
“relaxamento” e a concretização de que o sentimento de "estar aqui" e "a Natureza Toda
ao Redor" não é na prática VERDADEIRAMENTE como nós entendemos, e percebem
que "O Ser aqui" e a “Natureza Toda ao Redor” são dois aspectos de um Ser Maior, e
assim “tornam o salto” entre a menor percepção limitada e maior percepção da
Totalidade, muito mais fácil de acontecer.
O Osculo Infame - Beijando o Traseiro do Diabo

Eu decidi escrever este breve ensaio para comunicar uma outra técnica para a
realização do Sono do Crepúsculo, ou Transe, que também é conhecido como o “Sonho
Desperto”, também conhecido como “Expansão Paradisíaca”, “Abertura do Olho do
Diabo", e por muitos outros nomes.

Esta técnica, chamada a "Dança das Bruxas", não é realmente uma dança; mas requer
certas ações rituais, feitas de uma certa maneira, para conseguir esta intenção. Esta
técnica não é igual a técnica do "Manto", em que uma pessoa passivamente permite
que sejam dissolvidas as fronteiras entre si e o que parece ser "A Natureza Toda ao
Redor". Esta não é uma técnica que usa respiração, ou os sons da natureza; ou
enteógenos. Esta técnica é para pessoas que precisam de um método mais concreto
de despertar para o Crepúsculo.

Para executar esta técnica, é fundamental que você leia e entenda o meu famoso "DOIS
PEDAÇOS DE UM CONSELHO" - pois eles são a base desta técnica. Para evitar
confusão, vou escrever aqui.
"…Ao fazer qualquer Rito da Arte, de um simples Housle a todo um caminho para uma
maior sabedoria ou mecanismos de poder, É importante manter dois fatores simples em
mente, duas compreensões que farão de qualquer ritual uma experiência
verdadeiramente comovente e poderosa.

Em primeiro lugar, lembre-se sempre que todas as coisas estão ligadas, que não há
duas forças ou seres que são separados dentro do grande corpo da Natureza; Portanto,
qualquer invocação, qualquer pensamento ou sentimento tem um efeito que é tangível,
até mesmo o que parece ser a imensidão do espaço ou mesmo do tempo. Se você se
permite entrar no estado meditativo com a certeza de que todas as coisas estão unidas,
e que todos os movimentos e eventos e até mesmo palavras e pensamentos ecoam
através de um íntimo, inter-fechado sistema natural de relacionamento e Destino, você
será verdadeiramente capaz de apreciar os efeitos de suas invocações e movimentos
rituais, e terá uma maior capacidade de " sentir-lo" provocando a necessária e desejada
transformações no nível sutil. Manter a compreensão da conectividade em mente e a
confiança implícita é algo vital, e é a melhor coisa para você ter com você em seus ritos..

Em Segundo lugar, quando você executar os ritos e fazer invocações, ou qualquer coisa,
seja sempre suavemente, permita-se ser tão intencional e constante quanto possível -
quando digo isto, quero dizer que você deve sempre falar, agir, movimentar-se, e até
mesmo pensar de forma intencional, numa forma planejada, uma forma quase “lenta”
de sentir; esta é uma boa maneira de cair em um transe profundo que gostamos de
chamar de "tempo lento". Quando você levantar uma forquilha de madeira ou uma vara
ou uma tigela, quando você fizer invocações, deixe cada ação sua ser tão suave,
uniforme, constante e intencional quanto possível; Estas são ações poderosas, ações
sagradas, e merecedoras de CADA PEDAÇO de consciência e atenção. Quando você
falar, permita que suas palavras seja um fluxo constante e calmo, ressoando com foco
intencional.

A mente vai tentar "acelerar" em você, mas suavemente mantenha o foco reinando
dentro de si, e deixe a consciência aprofundar-se, constante e completamente absorvida
no que você está fazendo, não importa quão pequena ela pareça ser. O poder do rito,
os movimentos, tudo subitamente amplia-se de maneira surpreendente.

Algumas pessoas experientes gostam de entrar em transe antes do começo do rito, mas
outros conhecem uma outra verdade: que intencionalmente e de forma constante com
atenção total para os movimentos do Rito, ele torna-se uma porta para o transe, e, desta
forma, alguns acham que é mais fácil do que "colocar o manto[4]", antes de começar os
ritos. É simplesmente uma outra abordagem para este (ou quaisquer outros) Rito. Tente
ambos, ou use ambos, ou qualquer um deles quando você sentir a necessidade.

Você vai descobrir que estes "Dois Pedaços de Conselho" vai aumentar
consideravelmente o poder e efeito de qualquer rito, o sentimento recompensador de
qualquer rito é aumentado quando os participantes do rito estiverem descansando na
consciência segura da interconectividade de todas as coisas, celebrando toda palavra
e movimento final de um puro rito sagrado, com consciência focalizada e com firmeza
intencional."

Essa é a chave para a Dança da Bruxa. Não só você tem que ter fé que sua posição em
Destino ecoa suas ações, intenções e palavras em todas outras partes de Destino, você
também deve TER ISTO CONSTANTE (em você e viver isso). Cada movimento e gesto
único na Dança da Bruxa deve ser feito com a PLENA CONSCIÊNCIA. Isso significa
que, desde o início, você esvazia sua mente de qualquer desejo de entrar em um estado
de transe, e você não fica especulando durante o rito pensando sobre o que ele pode e
"vai realizar". Você deve ficar no AQUI e no AGORA.

Quando você pegar uma corda ou um taça, e levá-la algum lugar, você faz exatamente
isso e nada mais. Você foca a força de sua percepção sobre o item que está segurando
e está levando, você só fica com isso na mente e nada mais. Você foca sua mente e
percepção, com atenção excruciante, no item em si e em tudo que você faz com ele[5].
Quando você faz uma invocação ou um canto, sua consciência e atenção tem que entrar
e estar em TODA e cada palavra e em todo e único SOM que saem de sua mente, boca
e ser.

Isto é o que faz você chegar ao transe. Lentamente, com firmeza e com plena
consciência do seu ser centrado sobre o que estiver que ser feito AQUI e AGORA, e
nada mais é permitido colocar entre você e sua realidade imediata. Eu sei que parece
simples, porém, você vai ver como a mente foge e tenta acelerar muito. Você deve
praticar essa técnica um pouco, antes de começar a trabalhar desta forma seus ritos.
Eu sei que também soa demasiado fácil para ser eficaz, mas esse é o milagre da
consciência. Tão simples e tão difícil, tão penetrantemente profunda.

Um Círculo e Três Bordas para o “Antigo Rei Cornudo”

Você começa traçando[6] ou imaginando um círculo no chão, com um triângulo


equilátero nele, apontando a leste. você deve ter um Arthame ou uma faca de dois
gumes, um cordão, um Cálice e uma tijela, fora desse círculo, no leste, onde estará a
ponta do triângulo faça um altar para o “Rei de Dois Dois chifres”. Caso não possa fazê-
lo, você pode visualizá-lo, ou ainda você pode usar o chão (forrado), ou uma mesa baixa
de madeira escura ou um toco de árvore, coberto com vegetação, seca e folhas verdes,
ossos e pedaços de chifre, vela, com uma crânio de algum animal Cornudo no centro,
como um buck ou um bode. O altar ideal para esta operação tem a palavra
"DHULKARNEN" pintado em vermelho na sua frente. Acho que é tão fácil de visualizar
como improvisar. Meu tempo pessoal favorito para este ritual é na mata, à noite, sob
uma lua cheia, com farinha sendo usada para riscar o círculo e o triângulo, porque ela
é da cor e forma como um fantasma brilha.

Saliento que quando se trabalha com o tradicional circulo-e-triângulo devotado para o


Senhor Secreto da Fé-Bruxa, o altar deveria estar postado dentro do centro do triângulo.
Porém, para este rito indicamos a forma a cima de altar.

Para iniciar o rito, você vai para o oeste, caminhando a partir do seu círculo e do altar,
e fecha os olhos, para acalmar-se. Neste ponto, você deve imaginar-se na escuridão,
algo que não é difícil de fazer com os olhos fechados, e realmente não é difícil de fazer
se você fizer este ritual após o sol se pôr. Quando estiver pronto, você abre seus olhos,
e olha a leste para o altar á distância, e imagine que uma luz no altar, (uma Luz a partir
do Oriente) está chamando você. Isto é realmente simples de fazer se você tiver um
altar real, com uma vela ou duas acessa.

Caminhe em direção ao altar. Quando você alcançar a borda leste do círculo, pare, eleve
suas duas mãos e toque as pontas de seus polegares e as pontas dos dedos indicadores
juntos, e ao mesmo tempo, formando um triângulo com as duas mãos, Olhe através dele
para o altar, e emoldure a luz neste triângulo, e lentamente pronuncie a seguinte fórmula
fonética: OZ. AH. EL. Prolongue as sílabas.

Depois entre no círculo e vá para os quatro instrumentos, (o cordão, o Arthame, a taça,


e a tijelas), que devem estar bem no centro do triângulo. Ajoelhando, mantendo as mãos
sobre eles dizendo: “EU ABENÇÔO ESTES SANTOS INSTRUMENTOS NO NOME
DO DIABO, O GRANDE REVERSOR, SECRETO SENHOR DOS SÁBIOS,PODERES
ACIMA E A BAIXO DA TERRA, OUÇA O MEU CHAMADO”
Em seguida, levante-se, pegue o cordão e segure-o na sua frente, de frente para o altar,
e ande em linha reta em direção ao altar com o cordão, e quando você atingir o leste,
comece a caminhar em sentido anti-horário em torno do círculo dando uma volta inteira,
chegando ao leste, então continui andando até que você esteja no norte, pare, se
ajoelhe, e coloque o cordão no chão. Como você o colocar no chão, lentamente
pronuncie a seguinte fórmula fonética: BEN. ZOH. ZEE. UH.

Agora você retorna ao centro e pega o Arthame, e de pé, segure-o na sua frente, de
frente para o altar, é claro. Quando caminhar com os instrumentos, você deve lembrar
de fazer isso lentamente, constantemente, e com a consciência plena do que está a
fazendo – caminhado e segurando este item com você. Ande em linha reta em direção
ao altar com o Arthame, e quando chegar na ponta oriental, de um volta completa,
lentamente, ao redor do círculo em sentido anti-horário, ao chegar ao leste, e quando o
fizer, ajoelhe e coloque o Arthame para baixo, e quando faz isso, lentamente pronuncie
a seguinte fórmula fonética: BAH. SAH. JAWN.

Retorne ao centro, pegue o cálice e a tigela, e segurando-os na sua frente, de frente


para o altar, caminhe nesse sentido. Quando você chega ao leste, de um volta completa,
lentamente, ao redor do círculo em sentido anti-horário, ao chegar ao leste novamente,
e você continua andando em sentido anti-horário até chegar ao sul. Então, você se
ajoelha e coloca o cálice a tigela no ponto sul, e quando faz isso, pronuncie lentamente
a fórmula fonética: AH. KARE. UH.

Como com todas essas fórmulas, você deve prolongar as sílabas, lenta e
profundamente, e sua mente não deve estar em nenhum outro lugar; seja
completamente suave, firme foco deve estar em cada som único e entonação que está
saindo de sua boca; Você não é apenas a fonte desses sons, mas os próprios sons.
Quando você estiver andando, ou realizar alguma coisa, ou fazendo QUALQUER parte
deste rito, é aí que sua mente deve estar, e você NUNCA tem que acelerar qualquer
parte disto. Leve o seu tempo e realmente fique profundamente envolvido em cada
detalhe.

Agora você retorna ao centro, e encara o altar. Erga suas mãos na direção dela,
lentamente chegue, ajoelhando-se mais uma vez na extremidade leste do círculo, que
também é a ponta do triângulo. Ajoelhado, cruze as mãos sobre o peito. Diga, em
silêncio: "VOCÊ MASTIGOU A CALDA DO BODE; OS CAULES CRESCERAM NA
IMPRESSÃO DE SEUS CASCOS. VOCÊ DEU O DOM DA SERPENTE PARA A MÃE
ANCESTRAL E O PAI ANCESTRAL DE TODOS NÓS VOCÊ VEIO DE CIMA, E
GOVERNA SOBRE UM REINO ABAIXO, ABENÇOA-ME, LIBERTADOR, CUJA
CARNE E SANGUE EU SEMPRE TENHO COMIDO. "

Agora vem a parte divertida. Em pé, você começar a ir em um ritmo constante em


sentido anti-horário em torno do círculo, mas você tem que cantar algo que você faz -
uma coisa pitoresca que alguém que é assim: "…Hobbe ho Hou, John 'i co!, Hobbe ho
Hou Kern!" Foneticamente, você diria: HOB. HO. HOO. JOHN EH KO. HOB. HO. HOO.
KERN.

Você deve ir ao redor do círculo cantando isso, e quando você alcança um instrumento,
como o cordão, ou o Arthame, ou o cálice ou a tijela, você tem que dar um salto curto
sobre ele, mais como um pequeno salto. Não fique indo rápido demais; fique com o
canto firme e os sons compassado. Sua consciência tem que estar, totalmente, com (e
em) tudo que você está, em qualquer determinado momento, e você tem que fazer cada
ação, significativamente e com atenção completa e reduzida velocidade, intenção fixa.

Você tem que fazer três rodadas como esta, em seguida, pare, a leste, e encarar o altar.
Se curve uma vez, então volte ao centro. Ajoelhe-se e coloque as mãos no chão em
forma de triângulo como você fez no começo. Lentamente cante: AH. KARE. UH.

Então coloque suas mãos ao lado de seu corpo voltadas para baixo e sua face voltada
para o altar novamente, e veja o que você pode ver. Algumas pessoas vêem o Cornudo
mesmo lá, atraído por todas este feitiço; outros preferem visualizá-lo; algumas pessoas
fazem ambos. Se você tiver feito corretamente esse rito, com firmeza total, facilidade e
profundidade de movimento, e com consciência PLENA de todo único som infernal
solitário, movimento e ação, posso assegurar-lhe, você estará em um perfeito estado de
transe, e não terá nenhum tremor de dúvida acerca do Grande Ser com Cascos que Eu
venho carinhosamente me referindo como "Pai".

O real modo para terminar este rito encantador é ir buscar cálice no Oeste e a tijela no
sul, e os colocar abaixo no centro do triângulo diante de você, e verta cerveja preta no
cálice, enquanto cantando sobre ele a fórmula: OZ. AH. EL.

Em seguida ergue-o e leve-o para o Altar;

Depois, você bebe metade do copo, e despeje o restante na tigela. Você carrega a tigela
para o leste, deixando-a sobre o altar ou no chão diante do altar. Alguns acham que,
você precisa se concentrar em algum objetivo que você precisa realizar ou pedir
proteção e cuidado que você necessita antes de beber e, compartilhar a cerveja preta,
as coisas têm uma maneira engraçada de trabalhar fora para você - isto é, se você tem
plena consciência de tudo que você fez, e até mesmo consciência plena de como você
compartilha esta Cerveja preta com o Antigo.

Eu sei que a primeira vez que você fizer este rito você pode achar os sons longos e
complexos, mas eu posso assegurar, pois tenho feito isso muitas vezes; o rito é muito
curto e simples, mas NÃO é "fácil" se você não tem uma mente que pode ser disciplinada
para estar em UM único lugar de uma única e só vez - isto é, o Aqui e no Agora – ou se
você não comando a sua plena consciência. A melhor parte sobre este rito é que pode
ser feito apenas com os quatro instrumentos necessários, e o resto, como o círculo e o
altar, pode ser visualizado, se for necessário. Ele é uma dança simples para um transe
poderoso.
___________________________
“THE DANCE OF THE WITCHES: Opening the Devil's Eye de Robin Artisson (2003).

Notas de Rodapé do Tradutor.

[1]Belenos do Corvo Sagrado nos ensina:” ... O mapa do mundo onde opera ou trabalha o bruxo
(ou xamane) pode ser entendido desde aquilo se chama psicologicamente “estados modificados
ou alterados de consciência”. Tais estados, aos que se acede geralmente através do período de
transição, às vezes são identificados como transe ou viagem. Evidentemente o estado alterado
de consciência é o período de transição entre dois estados habituais de consciência...”

[2] Compreende-se com isso o que diz Michael W. Ford em Vox Sabbatum quando expressa:
“...O Sabbat das Bruxas é assim um modelo de Auto-Deificação. O Sabbat é uma imagem a
partir do qual a mente e a psique estão livres das limitações ou restrições da realidade mundana
e da carne..”

[3]Mas uma vez recorremos ao que aprendemos com nosso Pai Belenos nos seguintes termos:
“...Portanto, reafirmamos: nada o explica, não é nem axioma nem lei desde o ponto de vista das
ciências, é mais o entendimento do mundo no qual as estruturas estão ausentes e nada obedece
a alguma lógica, mas pertence à ilogicidade e não obstante funciona...”

[4]Refrências veladas ao verdadeiro sentido da técnica de “Colocar Manto”pode ser encontradas


nos Escrito de Michael W. Ford (Calling Down the Moon and the Shades of Lilith, Michael W.
Ford - Book of Wamphyri and Shadows e Vox Sabbatum), nos de Belenos do Corvo Sagrado (Ap
06 e 07), e mas claramente nos de Terence Mackenna (O Alimento dos Deuses ) e Carlos
Castañada ( A Erva do Diabo); evidente que o termo encobre uma outra variante, no sentido de
encobrir a realidade fenômenal e descortinar A REALIDADE NO CORAÇÃO DE TODAS AS
COISAS.

[5] Por experiência própria a palavra “excruciante “ (doloroso, pungente, lancinante.) realmente
é o que se pode chegar de mais próximo das sensações obtidas neste trabalho ritual ( lembre-
se não se pode ficar fixado na sensção, apenas sentir e ser em plena consciência todos os atos),
o peso e o transe chega a ser algo quase que insuportável, beirando a barreira que soltam as
amarras do barro, vale salinetar, que o únco “manto” usado antes do teste foi “Marca de Jurema,
aromatizado com menta” e Sangue de Deus.

[6] Se for traçar o círculo ( e os sigilos) melhor que seja com farinha de ossos ou farinha de trigo
pura (sem fermento), branca como a cor do povo pálido do Outro-Mundo.

As origens da Bruxaria e do “sangue-bruxo” segundo a tradição


antiga
Existe uma lenda antiga que conta que Lúcifer era um dos anjos mais belos do céu e
que possuía uma suprema sabedoria e conhecimento. Um dia Deus criou outros seres
e ordenou aos anjos do céu que estes o lhe servissem. Lúcifer rejeitou, ele questionou
a Deus esse tamanho absurdo: ‘Como um anjo um ser tão superior ao homem deveria
servi-lo?’.
Houve então uma grande rebelião no céu. Lúcifer se rebela contra Deus e é então
expulso do céu e condenado a viver na Terra junto com todos os outros anjos que
também se rebelaram contra Deus. Segundo o ponto de vista cristão essa rebelião
seria um tipo de absurdo, pois os anjos deveriam ser submissos e obedientes a Deus.
Mas nesse mito tem todo um sentido de que o questionamento faz oposição contra a
dita ordem natural que pra mim tem um outro nome: Dogma. O que Lúcifer fez foi
apenas rejeitar os Dogmas, ele se rebelou e se fez oposição.
Ao serem expulsos para Terra, esses “Anjos Caídos” se apaixonaram pelas filhas dos
homens, provando assim do “pecado” (o sexo). Esses “Anjos Caídos” deram origem a
uma raça híbrida de seres especiais, eram metade anjos e metade humano.
Aprenderam a arte de arar a terra (agricultura), a arte dos metais (metalugia), a arte de
casar a Terra com o Céu (Magia) e a Arte da Bruxaria/Feitiçaria. Tinham esses seres
originais o chamado “sangue-bruxo” ou sangue das fadas como também é dito em
mitologias pré-cristãos.
Esse mito enfatiza que a Arte da Bruxaria é um dom mágico que conota poderes
psíquicos e outras habilidades que já nascem com o indivíduo “bruxo”.
Ele molda a realidade de acordo com sua vontade, tem uma visão mais ampliada das
coisas na vida, é um opositor dos dogmas, um questionador do sistema e da
sociedade. Conhece a Arte de casar a Terra com o Céu. É um livre pensador; sábio e
conhecedor das Artes Antigas. A natureza é sua única religião e o seu dom é a magia
de curar ou destruir. Todo Bruxo é filho legitimo do Portador da Luz, e essa Luz se
opõe a Escuridão (ignorância que assola toda humanidade que está presa nos
grilhões dos dogmas religiosos e sociais).
Voltando a falar sobre Lúcifer, o Portador da Luz que mais tarde foi demonizado
acredito eu que a partir desse mito judaico-cristão que tem como objetivo desviar o ser
humano do caminho da Luz e da verdade tão explicita. Essa verdade só pode ser
alcançada quando comemos da fruta da Arvore do Conhecimento da Vida e da Morte
(Alta Magia).
Lúcifer aparece na Mitologia Romana como um deus de menor importância que surge
no céu como uma “estrela” (planeta Vênus). Seu nome vem do latim Lux Ferre
(Portador da Luz), que vem anunciar a chegado do dia, um novo amanhecer no
horizonte ou o anoitecer. Essa estrela matutina anuncia o nascer do sol (hélios) junto
da deus Aurora e reaparece no crepúsculo anunciando a chegada da noite. Vejam
aqui dois aspectos de Lúcifer, um aspecto branco e outro escuro como a noite,
caótico. Lembrando que em diversas culturas antigas, a noite (o caos) precede a
ordem instaurada pelo dia. É necessário “destruição” (caos) para que haja um “novo
nascimento” (ordem). Os ciclos de morte-vida e renascentismo estão inseridos na
natureza e isso podemos ver todos os dias, quando o dia morre dando origem a noite.
Tudo aqui é dualidade, dia-noite, inverno-verão, sol-lua, morte-vida, caos-ordem,
amor-ódio etc... A Arte da Bruxaria é assim compreender os ciclos da natureza e
aceita-los, é a lei do mais forte vencendo o mais fraco, a lei da caça e do caçador.
Essa é a grande ética da natureza: o gato caça o rato, mas poderá ser caçado por um
leão, pois o leão é mais forte e mais poderoso que um gato.
Lúcifer pode ser um de nossos aspectos, é o desdobramento da consciência ancestral
de bruxo, que se opõe e se rebela contra os dogmas da sociedade e das religiões
patriarcais.
Lúcifer é nosso Mestre Leonardo, nosso “Diabo interior”, aquele que se opõe, aquele
que nos instrui. Ele é a outra face de Deus. Deus é o Deus-Diabo é a outro lado da
moeda, o Diabo é um desdobramento de “Deus”. Não me refiro ao “deus” do
cristianismo e nem de nenhuma religião, mas aos “D’us” como consciência suprema
que desdobra em muitos e em muitas formas na natureza. Tudo está interligado, esse
é meu ver.

E sobre a ética de minha Arte?

Somos descendentes de Caim, filhos de Tubalcaim e temos o val dos “deuses que
vieram do céu” para praticar nossa Arte tão antiga quanto o tempo. Um bom bruxo tem
que saber matar e dar vida, saber curar e saber amaldiçoar o seu inimigo. Eu como
um bruxo sem fazer muitos feitiços, mas não só feitiços, pois eu sei respeitar meu
próximo e reconheço e que todos nós estamos conectados como uma teia. Não
acredito que em “bruxos do bem” e “bruxos do mal”, pois todo Bruxo tem que fazer
aquilo que é preciso, pois esse é seu ofício. Um bruxo não está preso aos dogmas de
crenças, esses conceitos de bonzinho ou malévolo são todos conceitos recentes e
modernos... bruxos moderninhos pensam assim, pois se preocupam imensamente
como o que a sociedade vai achar. A sociedade não tem que achar nada, quem tem
que ser o dono de meu nariz sou eu. É obvio que existe uma Lei de retorno, mas nada
dessa balela de “lei do 3 X 3” (fez o mal, três vezes pagará por ele).
Esses conceitos foram criados por bruxos modernos para pôr rédea nos “novos
iniciados”.
Na Bruxaria o bruxo já nasce iniciado, e não é uma religião, pois essa palavra vem de
“religare”, o bruxo já está intimamente ligado ao seus antepassados, ou por laços
consanguíneos ou não. Ele já nasce conectado! Não precisa de conectar novamente,
a Bruxaria veio bem antes de todas as religiões existentes. O conceito de bem ou mal
depende da percepção e do ponto de vista de cada um. E aí é que mora a ética da
feitiçaria como “Arte Bruxa”. Tudo que eu faço poderá voltar pra mim algum dia de
forma ou outra, mas não como dizem por aí...
Eu particularmente uso o conceito de “Justify” (justificativa). Esse sistema ou conceito
é usado por muitos praticantes de Hoodoo. Como sou um Bruxo e também “Conjure”
uso como forma consultar um oráculo seja qual for, pode ser o Lenormand ou até
mesmo o Tarot para saber “se faço ou não o mal”. Se o oráculo responder que “sim”
eu o farei. Pra quem não sabe é através do oráculo que os espíritos falam conosco, os
espíritos são intermediário entre os Deuses ou “Deus” e os homens. Então como é dito
no Hoodoo, “Deus” é quem dá autorização ao Conjure ou Rootworke (praticante
Hoodo) para “cruzar” (amaldiçoar) ou não o inimigo.
Portanto o que diferencia o Bruxo dos demais homens são essas características,
somos livres e temos um dom especial: o de saber moldar e temos uma lendária
origem mítica segundo a Antiga Tradição.

DARSHAN LE BARON - BRUXO TRADICIONAL E CONJURE

O que de fato é a Bruxaria?


Se você acha que Bruxaria é uma coisa "bonitinha" pra você ir a encontros e fazer
suas comprinhas consumistas você está muito enganado. Ser bruxo não é passar o
resto de sua vida lendo livrinhos e fantasiar um mundo de conto de fadas purpurinadas
onde você vai usar uma pela túnica ou manto bordado com um capuz enorme. Esse
esteriótipo parece que saiu dos filmes de Hollywood ou de pessoas que se preocupam
em agradar a sociedade com uma proposta de bruxaria "bonitinha" e do bem. Não que
a Bruxaria seja uma Arte do Mal (somente), mas é um Ofício sério onde se exige
muito estudo e muita prática.
Trata-se de saber manipular ervas, encantos, bruxedos, filtros e poções. Fazer aquilo
que é necessário sem se preocupar com a "lei do retorno" ou seja lá o nome que
alguns grupos queiram dar. Venho através deste artigo desmistificar a imagem de
Bruxaria que estão fazendo por aí. Onde fazem dela um local de encontro e de
festividade, só sabem celebrar mas nada de ervas conhecem, nem se esforçam em
aprender mais sobre a feitiçaria. Apenas conhecem feitiços aleatórios de banca de
jornal. Não se aprofundam em sua Arte Bruxa e ficam por aí "dando pinta" com manto
de veludo.
É até bonitinho pra "inglês ver". Um universo florido e todo "cor de rosa" cheio de
varinhas de Harry Potter (sinceramente não sei qual a graça acham naquele filme).
Desculpem a sinceridade dita nesse artigo, mas por muito tempo tenho observado
esse tipo de comportamento em certos círculos que se preocupam mais com a beleza
de sua vestimenta do que com o fundamento verdadeiro da Arte. Se preocupam muito
com o reconstrucionismo de religiões esquecidas do que com a Bruxaria de fato. Aí
me pergunto: o que eles querem de verdade? Apenas usar o título "bruxo" para exaltar
o ego e sua vaidade?
Não estou querendo aqui desmerecer a prática de ninguém, mas estou vendo as
pessoas se perderem em fantasias e acho que dessa forma nunca serão respeitadas
pela sociedade. Antes nos viam como pessoas que cultuavam o demônio (bem muitos
ainda nos veem assim), mas agora devido a essas pessoas que se dizem bruxos tem
gente nos vendo como se fossemos loucos ou hippies.
Não vou citar nomes e nem termos, meu objetivo aqui é criticar de forma construtiva
esse tal comportamento. Vale ressaltar que é de direito meu expressar minha opinião,
desde que eu não ofenda ninguém. Estou colocando apenas minha opinião, minha
forma de pensar. Pois não quero ver a imagem da Arte da Bruxaria como essa na qual
tem se apresentado em blogs, artigos e grupos de facebook. O que mais vejo é um
comércio da Bruxaria por muitos "charlatões da fé" que se aproveitam da fé das
pessoas pra explorar e se enriquecer e se auto promover as custas dos outros. Vejo
muito consumismo no meio da Arte, não vejo Bruxaria de fato, apenas mentiras e
pessoas que acabam de ler determinados livros e já saem por aí se dizendo bruxas.
Nem se questionam o que estão de fato fazendo, são apenas modistas de livrarias e
bancas de jornal que colecionam livros e montam blogs recortando e colando artigos
de outros sites. Hoje vejo quanto tempo perdi caminhando por essa via confusa e
escura. Mas hoje posso dizer que estou caminhando em direção a Luz e despertando
em mim o verdadeiro vigor e liberdade. Se as pessoas pudem ler e se questionar
mais, procurar a verdadeira Arte que não vem só de livros mas de dentro. Se permitir
mergulhar na verdadeira Arte Feiticeira e se forjar pelo fogo do caldeirão. Vamos então
direto ao assunto: o que de fato é a Bruxaria?

A Bruxaria é uma Arte assim como muitos chamam "craft". Arte no sentido operacional
e prático. Uma arte para manipular ervas, conjurar feitiços, fazer frascos, filtros,
bruxedos, e todo tipo de feitiçaria tanto para o bem como para o mal. Para o Bruxo não
existe esse de fazer só bem com intuito de parecer ser o bonzinho. Um Bruxo faz
aquilo que é necessário "sem mi mi ou blá blá", toda arte tem sua consequência. A
Bruxaria é um ofício e não uma religião. Não que deixe de ser um culto, pois exitem
deuses que são cultuados e demônios que são conjurados. Não é uma religião no
sentido da palavra propriamente dita que vem do termo religare, pois o bruxo já
nasceu conectado e ligado ao divino. O bruxo é um ser divino, tem nele o poder de
conjurar, o poder do verbo. Ele possui o sangue-bruxo que o liga aos seus ancestrais
e seus antepassados de sua Arte. Há uma antiga lenda que diz que foram os Anjos
Caídos junto com Lúcifer que ensinaram e instruíram as primeiras bruxas e bruxos na
aurora da humanidade. Esses Anjos desceram a Terra e se apaixonaram pelas filhas
dos homens que eram formosas dando assim origem a uma nova linhagem de seres
humanos com sangue de anjo. Esses eram os primeiros bruxos da humanidade, meio-
anjo e meio-humano uma raça híbrida. Todos nós descendemos destes primeiros
bruxos. Por isso é comum dizer que em nossas veias correm um sangue-bruxo.
Quando se diz "sangue-bruxo" não se refere a uma linhagem interrupta de bruxos
hereditários de uma determinada família, mas sim de pessoas especiais diferentes das
outras. Essas pessoas nasceram com um dom, o dom de conjurar espíritos, conjurar
feitiços, evocar os Deuses Tutelares da Arte Bruxa e invocar demônios. Gritam
imprecações contra seus inimigos, abençoam os que necessitam, curam aqueles que
estão doentes e conjuram a morte aos homens maus e injustos. São sensitivos natos,
intuitivos, desenvolvem poderes extrassensoriais com mais facilidade. Muitos se auto
projetam psiquicamente desde pequenos indo de um cômodo da casa a outro, tem
visões aguçadas como uma águia e clarividência e/ou clariaudiência. Sentem
presenças de espíritos e seres não vivos que desejam se comunicar. Em geral no
histórico de sua infância já presenciou ou já teve algum tipo de experiência fora do
comum. Desde pequenos já se sentiam atraídos pela Bruxaria e por livros de
ocultismo. Amam a natureza e os animais, gostam de folhas, ervas e árvores são
pessoas amáveis mas também furiosas quando irritadas.
Um bruxo além de ter facilidade com plantas e ervas e todo tipo de feitiçaria e
conjuração, são pessoas muito sensuais e altamente sexuais. O prazer de viver é uma
de suas qualidades. Gostam de viver em liberdade sem estar preso à padrões e
esteriótipos modernos para agradar a sociedade como já foi dito.

Quanto aos objetivos da Arte da Bruxaria pode se dizer que ela tenta buscar ativar a
sabedoria antiga e ancestral que descansa codificada dentro do praticante, portanto,
cada praticante e cada forma de se lidar com a sabedoria ancestral é ímpar, mesmo
que se compartilhe da mesma herança ancestral, usualmente chamada de "sangue
bruxo". Possuir esse sangue, significa carregar dentro de si os impulsos mágicos da
feitiçaria, é pertencer a um chamado espiritual que está muito além do que muitas
pessoas possam imaginar. Ser bruxo é não usar uma fantasia com numa festa de
Halloween como muitos fazem. O poder de um bruxo legítimo não está em sua roupa
e sim em seu sangue, dentro de si mesmo.

Segundo Andrew Chumbley antigo Magister da Cultus Sabbati: “É a típica e genuína


Sabedoria-Popular (Cunning-Folk) de se utilizar qualquer coisa que se esteja à mão e
transformar todas as suas influências, independente da proveniência religiosa, aos
propósitos secretos da Arte”.

Portanto a Bruxaria é uma Arte, um ofício para os verdadeiros Bruxos que conjuram a
magia de moldar tudo a sua volta conforme sua Vontade (desejo). É uma Arte herdada
pela terra, pelo céu e pelo sangue, e é anterior a qualquer religião. A Arte de forjar
nossa vontade no fogo do caldeirão e na fogueira da paixão. A Arte para os livres e
não para os cativos dos sistemas patriarcais e monoteístas, feita somente para os
lobos e não para os cordeiros.

Adoradores do Bode Negro do Sabá uniu-vos, nosso tempo chegou!


Que o Anjo iluminado possa nos abençoar e nos instruir no verdadeiro caminho de
nossa Arte Real.
Louvado seja Azael Qayin.
Ave Nomina Dei Nostre Lucifer Excelsi!

"Sabá das Bruxas" por Francisco Goya

DARSHAN LE BARON - BRUXO TRADICIONAL E CONJURE

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