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10 – DIMENSIONAMENTO DE SECÇÕES RETANGULARES COM ARMADURA DUPLA

10.1 – INTRODUÇÃO

A armadura posicionada na região comprimida de uma viga pode ser dimensionada a fim de se
reduzir a altura de uma viga, caso seja necessário. O conceito é que a área de aço na região
comprimida ajudará a aumentar a resistência à compressão.

As figuras abaixo representam esquemas de secções retangulares com armadura dupla, em


uma ou duas camadas:

b b
d'

d'
d
d
h

h
d

d
d'
d'

As condições para o dimensionamento no Estádio III, as propriedades do concreto e do aço e


os tipos de ruptura são as mesmos já estudados para o caso de armadura simples.

10.2 – DIMENSIONAMENTO

A altura da peça com armadura dupla é menor do que seria se usássemos armadura simples; a
partir disso, a altura a ser adotada deve ser menor daquela obtida nos processos de cálculo já
estudados para armadura simples.

A armadura posicionada na região comprimida causará um incremento da área da região da


secção transversal destinada a resistir à compressão (área equivalente de concreto – 𝐴′ 𝑐 =
𝛼𝑒 . 𝐴𝑠). Uma maneira de estudarmos esta nova secção transversal é: mantemos o binário de
forças resistentes já estudado para secções com armadura simples e criamos um novo binário,
composto pela força resistente de compressão proveniente da nova armadura.

Os diagramas de tensões e deformações e o esquema dos esforços resistentes estão


representados na figura abaixo:

corte
transversal deformações tensões/esforços resist.

Ecd=3,5mm/m 0,85 fcd Rc2=A's.f'yd


d'

E's Rc1
A's
x
d

cf
z

As
Rt1
d'

Eyd Rt2=As2.fyd

Onde:
As – armadura calculada p/ peça armada com armadura simples;
A’s – armadura comprimida;
’s – deformação (encurtamento) da armadura comprimida, nas condições de ELU;
f’yd – tensão de compressão da armadura, nas condições de ELU.

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Percebe-se no esquema acima a existência de mais um binário de forças resistente ao
momento solicitante, formado pelas forças Rc2 e Rt2, separadas pela distância cf.

O processo de cálculo para armadura dupla consiste em se dividir o momento de cálculo


atuante (Md) sobre a viga em duas parcelas:
 M1d – valor do momento que a secção resiste com armadura simples;
 M2d – momento complementar, que deve ser resistido pela armadura comprimida.

A parcela M1d do momento total e a respectiva armadura são calculadas pelas equações já
estudadas:

𝑴𝟏𝒅 = 𝝁. 𝒃. 𝒅𝟐 . 𝒇𝒄𝒅

𝑴𝟏𝒅
𝑨𝒔𝟏 =
𝒇𝒚𝒅 . 𝒅. 𝝋

𝑴𝟏𝒅
𝑨𝒔𝟏 =
𝜶. 𝒅

A parcela M2d do momento é o que falta para o momento total: 𝑀2𝑑 = 𝑀𝑑 − 𝑀1𝑑

Esta parcela do momento deve ser resistida pela novo binário criado. Pelo esquema acima,
temos:
𝑴𝟐𝒅 = 𝑹𝒄𝟐 . 𝒄𝒇 = 𝑹𝒕𝟐 . 𝒄𝒇
onde:
Rc2 – força resultante de compressão na armadura – Rc2 = A’s . f’yd;
Rt2 – força resultante de tração na armadura – Rt2 = As2 . fyd

A equação de equilíbrio anterior pode ser escrita da seguinte forma:

𝑴𝟐𝒅 = 𝑨′𝒔 . 𝒇′𝒚𝒅 . 𝒄𝒇 = 𝑨𝒔𝟐 . 𝒇𝒚𝒅 . 𝒄𝒇

Resolvendo cada parte da equação acima, teremos as fórmulas para o cálculo das armaduras.

 Armadura comprimida – A’s

𝑴𝟐𝒅
𝑨′𝒔 =
𝒇′𝒚𝒅 . 𝒄𝒇

f’yd – tensão na armadura comprimida  depende da deformação – 𝒇′𝒚𝒅 = 𝑬𝒔 . 𝜺′𝒔

onde:
Es – módulo de elasticidade do aço – Es = 210 GPa ou 2100000 kgf/cm2;
’s – deformação da armadura comprimida

Pelo diagrama de deformações acima, podemos deduzir a equação:

𝒙 𝒙 − 𝒅′ 𝒙 − 𝒅′
= → 𝜺′𝒔 = . 𝜺𝒄𝒅
𝜺𝒄𝒅 𝜺′𝒔 𝒙

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1 𝑥
Multiplicando a fração acima por , fazendo  = e sabendo o valor da deformação limite do
𝑑 𝑑
concreto, podemos escrever a equação acima da seguinte maneira:

𝒅′
( − )
𝜺′𝒔 = 𝒅 .𝜺
𝒄𝒅

Tendo-se em mãos o valor de ’s, devemos fazer uma comparação desse valor com a
deformação de escoamento para o correspondente aço da categoria A, que chamaremos aqui
de o.
𝑓𝑦𝑑
𝜀0 =
𝐸𝑠

A tabela abaixo fornece os valores para a tensão na armadura em função da deformação ’s e
os coeficientes de correção para o cálculo da tensão em armaduras, no caso de aço de
categoria B.

 Armadura tracionada – As
𝑴𝟐𝒅
𝑨𝒔𝟐 =
𝒇𝒚𝒅 . 𝒄𝒇

A armadura tracionada total será


𝑨𝒔 = 𝑨𝒔𝟏 + 𝑨𝒔𝟐

EXEMPLO 18:
Dimensionar uma secção retangular para Mk = 5470 kgf.m, fck = 110 kgf/cm2, b = 10 cm, h = 40
cm, d’ = 4 cm, cf = 34 cm e aço CA 25.

EXEMPLO 19:
Dimensionar uma secção retangular para Mk = 8000 kgf.m, b = 20 cm, h = 43 cm, d = 40 cm,
cf = 37 cm, aço CA 50 B e fck = 135 kgf/cm2.

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11 – SECÇÕES COM LARGURA VARIÁVEL – VIGA T

11.1 – INTRODUÇÃO

Observa-se na prática que, quando se tem uma viga fortemente ligada a uma laje, e essa viga
se deforma, uma parte da laje se deforma com a viga nos levando à conclusão de que uma
determinada região da laje passou a fazer parte da viga e, consequentemente, pode estar
ajudando a absorver os esforços atuantes sobre a viga.

Considerando isso a nova secção da viga não será mais retangular, mas em T para as vigas
centrais e em L invertido para as vigas extremas. A região da laje que passa a fazer parte da
viga recebe o nome de mesa, e a região da viga que mantém a largura original recebe o nome
de nervura.

mesa mesa

nervura nervura

Ao se trabalhar com uma secção em T ou em L, devemos fazer algumas considerações quanto


ao sinal do momento fletor atuante sobre a peça e as regiões da secção sujeitas à tração ou à
compressão:
 quando a mesa está na região tracionada não existe colaboração para a absorção dos
esforços (despreza-se a resistência do concreto à tração);
 quando a mesa está na região comprimida podemos considerar esse aumento na área de
concreto, levando a um aumento na força resistente.

11.2 – LARGURA COLABORANTE DA MESA – bf

De acordo com a NBR 6118 – item 14.6.2.2, a largura colaborante bf será dada pela largura da
viga bw acrescida de no máximo 10% da distância a entre pontos de momento fletor nulo, para
cada lado da viga em que houver laje colaborante.

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A distância a pode ser estimada em função do comprimento L do tramo considerado, como se
apresenta a seguir:

• viga simplesmente apoiada......................................................a = 1,00 L


• tramo com momento em uma só extremidade ........................a = 0,75 L
• tramo com momentos nas duas extremidades.........................a = 0,60 L
• tramo em balanço.....................................................................a = 2,00 L

Além disso, deverão ser respeitados os limites b1 e b3 conforme a figura abaixo, onde:
• bw é a largura real da nervura;
• ba é a largura da nervura fictícia obtida aumentando-se a largura real para cada lado de valor
igual ao do menor cateto do triângulo da mísula correspondente;
• b2 é a distância entre as faces das nervuras fictícias sucessivas.

Para mais detalhes a respeito da largura colaborante da mesa, consultar a NBR 6118 – item
14.6.2.2.

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11.3 – DIMENSIONAMENTO DE VIGAS T COM ARMADURA SIMPLES

11.3.1 – COMPRESSÃO APENAS NA MESA

Tendo-se compressão na mesa, ou seja, desprezando a compressão na nervura, temos ainda


duas possibilidades: a mesa toda comprimida ou parcialmente comprimida.

 1o Caso: mesa toda comprimida – y = hf

bf
0,85 fcd
Rc

hf

y
região

z
comprimida

Rt
bw

Pelo esquema acima podemos ver que a distância y coincide com hf, sendo portanto conhecido
o seu valor. Dos esforços resistentes mostrados no esquema temos a equação de equilíbrio:
𝑴𝒅 = 𝑹𝒄 . 𝒛 = 𝑹𝒕 . 𝒛

Usando a primeira parte da equação obtemos a altura útil da viga:

ℎ𝑓
𝑀𝑑 = 𝑅𝑐 . 𝑧 𝑧=𝑑−
2
ℎ𝑓
𝑀𝑑 = 0,85. 𝑓𝑐𝑑 . 𝑏𝑓 . ℎ𝑓 . (𝑑0 − 2
)

𝑴𝒅 𝒉𝒇
𝒅𝟎 = +
𝟎, 𝟖𝟓. 𝒇𝒄𝒅 . 𝒃𝒇 . 𝒉𝒇 𝟐

OBS:
Usamos o valor de d0 como uma referência para sabermos qual será a região comprimida da
viga T:
para d = d0 – a mesa estará toda comprimida
para d > d0 – a mesa estará parcialmente comprimida
para d < d0 – a mesa toda comprimida e também parte da nervura

Com o valor de d0, podemos chegar à área de aço pela segunda parte da equação de
equilíbrio:

𝑀𝑑 = 𝑅𝑡 . 𝑧

ℎ𝑓
𝑀𝑑 = 𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑0 − )
2

𝑴𝒅
𝑨𝒔 =
𝒉𝒇
𝒇𝒚𝒅 . (𝒅𝟎 − 𝟐 )

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 2o Caso: mesa parcialmente comprimida – y < hf

bf bf
0,85 fcd
Rc

y
hf

região

h
comprimida

Rt
bw

Neste caso temos a altura da região comprimida y menor que a altura da mesa hf e assim,
como a resistência à tração do concreto é desprezada, a área de concreto que nos interessa
para o cálculo é apenas a porção hachurada no esquema acima. Diante disso podemos
calcular esta secção como sendo retangular, de largura igual a bf.

O dimensionamento da secção retangular é feito usando as equações já deduzidas:

𝑴𝒅 𝑴𝒅
𝒅 = 𝒓. √ 𝑨𝒔 =
𝒃 𝜶. 𝒅

EXEMPLO 20:
Dimensionar uma viga T para, bw = 20 cm, bf = 120 cm, Mk = 17500 kgf.m, aço CA 25, hf = 8
cm, fck = 120 kgf/cm2.

11.3.2 – COMPRESSÃO NA MESA E NA NERVURA

Quando adotamos para a secção da viga uma altura útil menor que o valor de referência d0,
parte da nervura estará também comprimida. Para facilitar o estudo da secção nessas
condições, vamos dividir os esforços resistentes em esforços provenientes da mesa e esforços
provenientes da nervura.

O esquema abaixo representa uma secção de uma viga T em que uma parte da nervura, além
da mesa, está comprimida.

corte colaboração colaboração


transversal da mesa da nervura
mesa bf
0,85 fcd 0,85 fcd
Rcm
Rcn
hf

hf

y
d

z1

nervura
z2

Rt1 Rt2
bw

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 Colaboração da mesa:
Torna-se mais fácil estudar em primeiro lugar a colaboração da mesa por ter esta uma área
constante. Pelo esquema acima podemos montar a equação de equilíbrio para os esforços
provenientes da mesa:

𝑴𝒎 = 𝑹𝒄𝒎 . 𝒛𝟏 = 𝑹𝒕𝟏 . 𝒛𝟏

Usando a primeira parte da equação acima, calculamos o momento máximo absorvido pela
mesa, sendo:

ℎ𝑓
𝑅𝑐𝑚 = 0,85. 𝑓𝑐𝑑 . (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤 ). ℎ𝑓 𝑧1 = 𝑑 −
2

A parcela do momento total de cálculo Md absorvida pela nervura será dada por:

𝑴𝒏 = 𝑴𝒅 − 𝑴𝒎

O estudo da nervura é feito como secção retangular, com as equações já deduzidas


anteriormente:

𝑑
𝑀𝑛 = 𝜇. 𝑏𝑤 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑 𝑟= 𝑧2 = 𝑑. 𝜑
𝑀𝑛

𝑏𝑤

EXEMPLO 21:
Dimensionar uma viga T para Mk = 25000 kgf.m, bf = 120 cm, hf = 8 cm, bw = 30 cm, d = 45 cm,
fck = 140 kgf/cm2, aço CA 50 A.

11.4 – DIMENSIONAMENTO DE VIGAS T COM ARMADURA DUPLA

A armadura dupla em vigas T permite o uso de alturas ainda menores do que as calculadas
anteriormente. O processo de cálculo consiste em se considerar as parcelas dos esforços
resistentes provenientes de compressão na mesa, na nervura e na armadura da região
comprimida.

corte colaboração colaboração colaboração da


transversal da mesa da nervura arm. comprimida
mesa bf
0,85 fcd 0,85 fcd R'c=A's.f'yd
hf

hf

Rcm
y

Rcn
d

z1

nervura
cf
z2

Rt1 Rt2 Rt3


bw

Determina-se o valor do momento a ser absorvido pela armadura comprimida subtraindo-se, do


momento total Md, as parcelas provenientes da colaboração da mesa e da nervura.

O dimensionamento da armadura comprimida é feito pelo mesmo processo estudado


anteriormente.

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