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Centro de origem
Coffea arábica -> originado nas regiões montanhosas da etiópia (alta altitude – temp. amenas),
produzindo em sub-copa a aprox. 22ºC anuais.
Caule único
Planta autógama
Bebida de alta qualidade
Não resistente a Ferrugem
Principal concorrente - colômbia
Coffea canephora -> Originário na região da bacia do rio congo em baixas altitudes (500m) e
temperaturas mais elevadas. 26ºC anuais.
Obs. Uma limitação do plantio do café é a temperatura. ele é muito sensível a geada. Em 1975
em função de uma geada na região sul houve a mudança de vários plantios pra soja devido ao
impacto na cultura.
Obs. As médias de produção altas são do café empresarial mecanizado e irrigado sob pivô.
Obs. Temperaturas altas também são muito prejudiciais. A partir de 30ºC o metabolismo do
arábica é de ganho zero. O que produz de energia é consumido na respiração. Nestes casos o
pivô ajuda a reduzir a temperatura.
Obs.
Biologia
Coffea arábica
Como dito a frutificação sempre ocorre nos nós. Portanto para estimar a produção, e
considerando um bom manejo de pragas e doenças, basta contar o numero de nós prontos a
produzir, isto é, com botões florais, ou ainda o número de nós sem botões que dão a produção
do ano seguinte. Um ramo com 12 nós com folhas é representativo de uma boa produção.
A raiz emite uma raiz pivotante ortotrópica de curta extensão (aproximadamente 45 cm) as
raízes laterais são mais finas se concentram nos primeiros 20 cm de solo mas podem penetrar
profundidades de até 2 m.
Fruto cor de maturação Vermelha e amarela. Planta-se normalmente 5000/hectare mas pode-
se plantar até 2000. Deu a cultivar typica, que é chamada de crioulo.
Coffea canephora
Possui vários troncos se abrindo na forma de taça e devido a esta ocupação mais desordenada
da parte aérea pode fechar facilmente a entrelinha. Principalmente em fase de frutificação,
quando o peso dos frutos fazem seus galhos penderem.
A colheita é realizada pela derriça manual em lonas ou com equipamentos que realizam a
poda (esqueletamento) da planta que um maquinário realiza a separação dos frutos dos ramos
cortados. Isto une duas fazes no manejo do café conilon.
Bienalidade
Diz-se popularmente que em um ano o fé cobre a sí e no ano seguinte cobre ao Dono. Isto tem
a ver com a fisiologia da planta, isto é, a competição por fotoassimilados entre a parte
reprodutiva (flores, frutos, enchimento do grão) e a parte vegetativa (lançamento de ramos,
folhas, raízes).
Os frutos são o dreno mais forte dos fotoassimilados portanto quando há muitas folhas velhas
eles tomam precedência e a produção de nós novos é menor. Neste ano se tem bienalidade
positiva (quando a produção é alta).
No ano seguinte a formação de poucos nós do ano anterior acarreta numa produção menor de
frutos que faz com que a produção seja menor, assim, sobra fotoassimilados para o
crescimento vegetativo e a formação de ramos com muitos nós. Neste ano se tem bienalidade
negativa.
A bienalidade pode realizar a redução de produção de 40 sc/ha para 20 sc/ha em sequeiro
entre um ano e outro. As principais práticas culturais para reduzir o “degrau” envolvem a 1º
irrigação, 2º fertilização, 3ª poda.
Ciclo produtivo
Fase Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1
2
3
4
5
6
7
1- Pousio vegetativo da planta (pouco crescimento só maturação)- nesta fase também
ocorre a formação das gemas florais.
2- Pré-floração e floração – inicia com a quebra da dormência das gemas florais
3- Crescimento do fruto
4- Maturação dos frutos
5- Colheita
6- Plantio de novas plantas
7- Renovação da parte vegetativa
Fruto.
Tipos de fruto:
Pericarpo – casca
Mucilagem ou mesocarpo – doce e escorregadio
Pergaminho ou endocarpo – membrana que envolve a semente
Perisperma – membrana prateada – envolve a semente é mais clara no café arábica e
mais amarela no conilon
Semente – duas por frutos na forma de cabeça de parafuso. Quando vem uma
semente no fruto se diz do fruto moca ou moquinha. As causas podem ser a
predisposição genética ou deficiência de boro ou ainda estresse hídrico.
Podas
Antes de falar de poda algumas considerações devem ser tecidas. Primeiro toda poda tem
impacto negativo na parte subterrânea, segundo a produtividade do café está diretamente
relacionada com o suprimento de folhas da planta. Portanto a poda é sempre realizada após a
colheita, inclusive além de ser uma pratica cultura par ajudar a operacionalização lavoura
auxilia a renovação da parte aérea.
A poda pode ser realizada par manter a forma retangular ou a forma de pinheiro. A vantagem
desta ultima é que proporciona uma maior insolação da saia. O esqueletamento corta os
ramos superiores para manter 20-30 cm de comprimento e os inferiores para manter 30-50.
Antes da poda deve-se fazer uma avaliação de sua necessidade e isto deve estar relacionado
com fatores como a perda de vigor na saia, o fechamento de entrelinhas, a altura irregular das
plantas. Em casos mais graves de cafezais velhos, com espaçamentos muito amplos, ou com
cultivar pouco produtiva ou não adaptada a região vale a pena avaliar a custo de renovação
das plantas.
Tipos
Safra Zero
A safra zero é um meio de condução de lavoura que visa aproveitar a da bienalidade da planta
para aumentar a produção na colheita e reduzir custos. Consiste em possuir um ano sem
colheita, o ano de bienalidade negativa, logo safra zero.
Lembrando que a poda não é uma regra não é realizada todos os anos e nem a cada dois anos
nos cultivos convencionais e tem mais a ver com a necessidade.
Manejo
Mudas.
Arábica – é por semente. Normalmente hibrida. Em saquinho plástico com terra de barranco
(70%) esterco curtido (20%) e adubo rico em fósforo (osmocot e yoorin) (sem contaminantes e
sementes de plantas daninhas). Em tubete de 180ml se usa substrato.
As mudas devem ter 6 meses de idade e 4 a 6 pares de folhas quando no saco. Para prevenir
enovelamento costuma-se cortar 1 cm do fundo do saco para eliminar qualquer raiz
enovelada.
A muda do conilon é feita por propagação vegetativa. No plantio se planta vários clones para
não comprometer a fertilização e formação do fruto – em função da autoincompatibilidade.
Espaçamento
Antigamento o espaçamento era de 4x1 atualmente e de 3,7x0,7 a 3x0,5 (isto é 2,6 m² a 1,5 m²
por planta.) em plantios super adensados 2x1; 2x0,5; 1x1; 1x0,5. Tabela abaixo
Arborização
A arborização pode ser feita para dar um certo nível de sombreamento, que melhora a
qualidade da bebida e a cultura arbórea pode trazer diversificação no retorno financeiro.
Neste caso o espaçamento de 9X6 de árvores madeireiras nas linhas de café não provoca
perda de produção. Um sombreamento de 30% pode realizar a redução da temperatura em
até 3ºC.
No Brasil se usa bananeiras para arborização temporária. A seleção de arvores perenes para
arborização deve seguir critérios:
Irrigação
O empresarial no pivô ou pivô central. São plantios bem adensados onde a irrigação lança um
dose de água localizada sobre a planta. O banho que a planta recebe ajuda no controle de
temperatura.
Em lavouras bem manejadas o ideal é que cerca de 80% dos frutos na colheita estão em
estagio de cereja. No entanto tanto a florada como a maturação dos frutos pode durar vários
meses (entre novembro de fevereiro). Para sincronizar a maturação a técnica envolve
sincronizar as gemas florais.
A sincronização das gemas florais é feito por um estresse hídrico moderado durante sua
formação. No final de junho (período seco) é cessada a irrigação para evitar a abertura dos
botões mais desenvolvidos e apressar o desenvolvimento dos mais atrasados. O estresse deve
durar por volta de 60 dias ou até 80% da gemas atingirem estágio de dormência. A sinalização
para florada é uma irrigação/chuva de 40mm. Essa irrigação deve ocorrer até o inicio de
setembro quando as temperaturas ainda não são muito elevadas para não ocorrer a queima
dos botões.
Solo
Profundos(1,5m no mínimo), bem nutridos, bem drenados , livres de compactação.
Clima
Temperatura: Ideal para arábica é entre 18ºC e 22ºC – a partir de 30º C há
metabolismo de ganho zero. Onde a o que a planta produz acaba sendo consumido em
respiração.
Precipitação 1200 a 1800 mm por ano. A sazonalidade das chuvas auxilia o manejo
da irrigação e sincronização de floradas.
Altitude de 400 a 1200m sendo o ideal de 700-1000 m
Adubação
1. Calagem:
NC = (V2-V1)*T*f/100 = neste caso considerar V2 (saturação por bases) = 60%
2. Adubação de plantio
Quando usa-se super fosfato simples, que tem 18% P2O5, 18-27% de CaO e 8-12% de enxofre
(o principal benefício), ou materia orgânica não há necessidade de gesso (fonte de enxofre). Se
as fontes dos outros adubos não possuírem enxofre pode-se usar 100 a 200g de gesso por
metro linear de sulco. Associado com 200-400g de calcário dolomítico. Normalmente para
neutralização de Al3+ e suprimento de Ca em profunidade é aplicado 15 a 20% da dose de
calcário no sulco. Novamente a quantidade aumenta quanto mais fina for a textura do solo.
Se não foi feita adubação potássica aplicar formulações 20-0-20 ou 25-0-25 com 8 a 10 g por
planta*parcela.
4. Adubação do 1º Ano
No primeiro ano a produção ainda é pequena e não é comercial. Fósforo, Enxofre, Calcio e
Magnésio são suficientes as adubações de plantio por 3 Anos. Nos primeiros dois anos a
adubação é com nitrogênio e potássio
A adubação da lavoura produtiva tem alta relação com a produtividade esperada. Vale
considerar que esta produtividade é função não só da adubação, mas da variedade, do
suprimento de água, da região, temperatura entre outras. Quanto mais produtivo maior a
adubação obviamente
NPK
6. Micronutrientes
B – via solo é eficiente – 2-6 kg/há
Zn- 6 kg de sulfato de zinco ou óxido de zinco
Pode ser usado via foliar para deficiências severas e para resposta rápida
Cu – o suprimento via foliar pode ser feita com o uso de fungicidas protetores
cúpricos. Sulfato de cobre ou oxicloreto de cobre.
Mn – via foliar
Deficiência de Nutrientes
P – Folhas velhas com clorose e depois necrose na ponta (v normal)
K- Necrose do ápice e das bordas
Mn – reticulado grosso
Amostragem foliar
Na parte mediana da planta 3 e 4 par de folhas - 50 pares por planta em 25 plantas = 2500
folhas. Fase de chumbinho.
1. Bicho mineiro faz minas nas folhas = capaz de provocar altos níveis de desfolha
O Nível de controle é de 30% de folhas atacadas ou 15% de folhas com larva viva.
2. Broca do Fruto Grande problema em Coffea canephora que tem a casca mais fina. A
fêmea deposita ovos. O manejo exige a remoção de todos os frutos após a colheita
3. Nematoides tem sido um problema crescente, a persistência da praga nas área de
cultivo é um fator agravante podendo ser carreado com a água
4. Cigarrinhas perda de vigor e fonte de inócuo para doenças. existe controle sonoro.
É um problema principalmente para locais perto de matas.
5. Colchonilha da roseta provoca aborto floral – roseta banguela. Controle com
detergente ou óleo mineral (3%) na calda.
Doenças:
CONDIÇÕES DOENÇA
Lavouras Novas Bicho mineiro
ensolaradas Cercosporiose
poucas folhas
Lavouras velhas Broca-do-fruto
Sombreadas Ferrugem
muitas folhas
plantio adensado
Clima seco Ácaro Vermelho e da leprose
Bicho mineiro
Cercosporiose
Clima úmido Broca dos frutos
Clima Frio Phoma
Alta altitude Pseudomonas
Lavoura com carga pendente Ferrugem
Cercosporiose
Plantas Daninhas
As plantas daninhas tem alto potencial para redução da produção. São plantas daninhas as de
folha estreita – pé de galhinha, carrapicho, capim marmelada. De folha larga – picão preto,
trapoeraba. Perene – tiritica, capim gordura,braquiária.
Cultivares
A maioria dos cultivares comerciais tem alguma genealogia das variedades Typica (café crioulo)
ou Bourbon. No início o desenvolvimento de variedades estava focado na resistência a
ferrugem, bicho-mineiro, nematoides. Hoje há uma preocupação geral – produtividade,
sincronização, redução da bienalidade, tolerância a seca, temperatura etc. Não há cultivares
trangenicas.
O Bourbon é uma mutação do Typica. Ele possui porte alto e alta qualidade de bebida. 80% da
área plantada do Brasil, continua sendo Catuaí e Mundo Novo. Catuai tem 75% de Bourbon e
Mundo Novo tem 50%. Imagem abaixo em vermelho é mutação e em azul hibridação.
1. Bourbon – mutação do typica. Ilha de Reunião 1859. Cereja vermelha e cereja amarela.
2. Sumatra – muito parecida com o Typica
3. Mundo novo (desenvolvido pelo IAC ) – porte alto
4. Amarelo de Botucatu – mutação do Typica
5. Bourbon amarelo – da hibridação de amarelo de Botucatu e Bourbon vermelho –
planta de porte alto.
6. Caturra amarelo (mutação do Bourbon) de porte baixo
7. Catuaí vermelho e amarelo – do cruzamento de caturra de porte baixo com mundo
novo – 75% Bourbon de porte baixo.
8. Vila sarchi – porte baixo
9. Hibrido de timor- resultado do cruzamento natural do C. canephora e C. arábica.
Resistência a ferrugem.
Processamento
Frutos do café
Cereja, Verde cana, Verde e Boia ou passa.
A semente de fruto cereja CDD tem baixa acidez, melhor bebida, secagem mais rápida (não
tem casca), adocicado, e valor melhor de mercado 20% a 50% superior.
Secagem
O teor de umidade ideal para armazenamento do grão é de 11%. A secagem em terreiro dura
25 dias devendo a massa ser revirada 10 vezes ao dia evitando a ocorrência de sombra. Em
terreiro elevado há mais uniformidade e é mais rápido. No secador demora uns 10 dias.
Rendimento
O café descascado equivale a 50% do peso. 2 kg de coco = 1 kg de grão
Cada litro de café em coco por planta equivale a aproximadamente 10 sacas por
hectare.
Cada saca de café beneficiado (CDD) equivale a 3 sacas de café em coco.
Torrefação
O escurecimento dos grãos é devido a caramelização dos açúcares nos grãos. A torrefação
pode ser usado para mascarar características ruins de cafés de baixa qualidade. A qualidade da
bebida é uma função da genética e do ambiente (livre de pragas, sombra, temperatura
amena).
Quando a gema brota ela produz um rizoma chamado colmo primário que é semelhante ao
colmo aéreo com entrenós curtos. Nestes entrenós se desenvolvem os colmos secundários
nestes os terciários que formam a touceira.
Nos colmos terciários o sistema radicular já é próprio e começa a emissão das folhas em cada
entrenó. Na touceira cada colmo fica com 8 a 9 folhas morrendo-se as velhas para surgimento
das novas.
Nas variedades que florecem o florecimento é indesejável pois representa uma queda de
produção pelo consumo do caldo (isoporização)
Adubação
Cobertura de nitrogênio é de 60 a 150 kg/há.
Meiosi
É o método interrotacional ocorrendo simultaneamente. Visa aumentar a velocidade de
implantação do canavial com redução do número de colmos e economia.
Vantagens:
Esse sistema se adapta bem ao plantio de muda pré-brotada que é produzida pela remoção
das gemas dos internódios e semeadura em viveiro as mudas garantem um bom
estabelcimento das varas e vigor, podendo ser produzidas ou adquiridas por empresas. Esse
sitema ainda é viável economicamente.
Quebra quebra
Consiste do estabelecimento de um viveiro para produção de cana pra multiplicação. A cada
ano a depender da razão de multiplicação são implantadas novas áreas e estas áreas
proporcionam os colmos para ocupação até atingir a área total. em 3 anos a área pode
multiplicar em centenas de vezes.
Isso é só para multiplicação e não haverá o consumo da cana na usina. De certa forma esta
multiplicação é o estabelecimento do viveiro. A taxa de multiplicação pode ser influenciada
pelas condições climáticas das áreas de multiplicação e pelas praticas de manejo, como,
irrigação, adubação, controle de plantas daninhas e doenças, bem como a qualidade do
maquinário de colheita e seccionamento dos rebolos.