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TEMAS PARA A PROVA 1

1. BIOSSEGURANÇA NA ASSISTENCIA DO PACIENTE NA U/E


Objetivos:

 Identificar as principais situações de risco de exposição a materiais biológicos


potencialmente infectantes.
 Conhecer os procedimentos de precaução padrão e as atitudes preventivas no ambiente
de trabalho em saúde.
 Conhecer os passos recomendados em caso de exposição.

Definição de Biossegurança:

 Conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle, minimização ou eliminação


dos riscos presentes nas atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos
animais, a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Riscos ocupacionais em serviços de saúde:

 Risco de acidente: queimaduras, cortes e perfurações.


 Risco ergonômico: transporte de peso, os movimentos repetitivos, postura inadequada.
 Risco físico: pressões anormais, temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações
ionizantes.
 Risco químico: líquidos, gases ou partículas de poeiras minerais e vegetais.
 Risco biológico: materiais biológicos e/ou animais infectados com agentes biológicos
que possuam a capacidade de produzir efeitos nocivos sobre os seres humanos, animais
e meio ambiente.
o Agentes biológicos: microrganismos, geneticamente modificados ou não, as
culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons.
Órgãos e entidades de biossegurança para profissionais da saúde, pacientes e ambiente
hospitalar:

 Segurança do trabalhador (NR 32).


 Preservação do meio ambiente: segregação do lixo, destino correto do lixo hospitalar
(PGRSS).
 Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA): descrição dos agentes biológicos.
 Segurança dos medicamentos: armazenagem, validade, administração (conselho de
farmácia).
 Segurança de outros pacientes (CCIH).

Segurança do trabalhador – NR 32:

 Estabelece medidas de proteção e segurança a saúde dos trabalhadores em qualquer


serviço de saúde.
 Empregadores do serviço de saúde, terceirizados, cooperativas, prestadoras de serviço,
etc.
 Cumprimento da NR 32 é de responsabilidade solidária (ou seja, compartilhada) entre
contratantes e contratados.
 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO):
o Áreas de risco.
o Vigilância médica dos trabalhadores expostos (admissional, periódicos).
o Vacinação.
o Procedimentos para diagnostico, acompanhamento e prevenção de doenças
infecciosas em caso de acidente.
o Comunicação de acidente de trabalho (CAT).
 Vestuário, adornos.
 Vestiário, refeitório.
 Capacitação contínua e permanente.
 O empregador deve vedar:
o A utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos.
o O ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos
de trabalho.
o O consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho.
o A guarda de alimentos em locais não destinados para este fim.
o O uso de calçados abertos.
 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção
individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.

Vias de transmissão dos agentes biológicos:

 Precaução padrão.
 Precaução para transmissão por contato.
 Precaução para transmissão por gotículas.
 Precaução para transmissão por aerossol.

Precaução padrão:


 Higienização das mãos – 5 momentos:
o Antes do contato com o paciente.
o Antes da realização de procedimentos assépticos.
o Após risco de exposição a fluidos corporais.
o Após contato com o paciente.
o Após contato com áreas próximas ao paciente.
 Transmissão/precaução por acidentes com perfuro-cortantes:
o HIV, HTLV, HBV, HCV, Chagas, sífilis, creutzfeld-jacob (príons).

Precaução de contato:

 Doenças transmitidas pelo contato direto ou indireto:


o Herpes simples, herpes zoster, feridas com secreção abundante, diarreia
infecciosa (Clostridium).
o Bactérias multirresistentes: MRSA, Gram negativo ESBL, acinetobacter
baumannii, psudomonas resistente a carbapenemicos, VRE, etc.

Precaução de gotículas:

 Doenças transmitidas por gotículas:


o Bronquiolite, coqueluche, conjuntivite viral, epiglotite, difteria, escarlatina,
gripe, influenza H1N1 e resfriados, meningite bacteriana, caxumba, rubéola.

Precaução de aerossol:

 Conceito de aerossol: Partículas residuais (<5µm), resultantes de gotículas evaporadas


que contem microrganismos e que permanecem suspensas no ar por períodos
prolongados ou partículas de pó que contem agentes infecciosos ou esporos.
 Doenças transmitidas por aerossol:
o TBC pulmonar, TBC laríngea.
o Varicela/herpes zoster.
o Varíola.
o Sarampo.


EPIs – sequência de colocação e de retirada:

 Colocação:
o 1. Avental; 2. Máscara; 3. Óculos; 4. Luvas.
 Retirada:
o 1. Luvas; 2. Óculos; 3. Máscara; 4. Avental.

Abordagem do acidente com material biológico:

 Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados


devem ser tratados como casos de emergência médica.

Acidente com material biológico:

 Tipos de exposições:
o Percutânea: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes, como,
por exemplo, agulhas, bisturi e vidrarias.
o Mucosas: por exemplo, quando há respingos envolvendo olho, nariz, boca ou
genitália.
o Cutâneas: por exemplo, contato com pele não integra, como no caso de
dermatites ou feridas abertas.
o Por mordeduras humanas: consideradas como exposição de risco quando
envolvem a presença de sangue. Devem ser avaliadas tanto para o indivíduo que
provocou a lesão quanto para aquele que tenha sido exposto.
 Risco de transmissão de HIV:
o Lesão profunda.
o Sangue visível no dispositivo.
o Procedimento com agulha previamente em veia ou artéria do paciente.
o Doença terminal no paciente-fonte/carga viral alta.
 HBV pode sobreviver em superfícies por até uma semana.
 O risco de transmissão do HCV a partir de superfícies contaminadas não é significativo.
 Avaliação do paciente-fonte:
o Paciente-fonte: é o indivíduo identificado como a fonte do material biológico.
O paciente-fonte pode ser outro funcionário e não necessariamente um paciente
internado.
o Acidentado: funcionário vítima da lesão.
o Fonte conhecida: solicitar testes rápidos HIV, HBV e HCV.
o Fonte desconhecida:
 1. Conduta imediata: lavar abundantemente o ferimento ou mucosa.
 2. Comunicar a chefia imediata do acidentado.
 3. Identificar o paciente-fonte.
 4. Chefia imediata preenche o CIAT (comunicado interno de acidente de
trabalho).
 5. Chefia imediata encaminha o funcionário para o pronto atendimento
de referência.
 6. O médico do PA avalia o acidentado, registra e solicita o exame do
acidentado e da fonte, prescreve Terapia AntiRetroViral (TARV) se
necessário e indica imunoglobulina HVB se necessário.
 7. Funcionário realiza sorologias 1, 3 e 6 meses e é acompanhado por 3
a 6 meses pelo serviço de referência.
 Cuidados locais:
o Lavar com agua e sabão.
o Lavar mucosas com soro fisiológico.
o Não ordenhar a lesão, sugar, etc.
o Pode-se utilizar degermantes.
o Não utilizar cáusticos.

Prevenção HIV:

 PEP = profilaxia pós-exposição (sexual consentida, ocupacional e violência sexual).


o Indicar a PEP sempre que o risco de transmissão de HIV não puder ser afastado.
 1ª escolha: TDF + 3TC + ATZ/R por 28 dias.
o Tenofovir + lamivudina + atazanavir/ritonavir.
 Início em até 72 horas.
 Preferencialmente em menos de 2 horas.

Prevenção HBV:

 Vacina - imunoglobulina específica – imunoglobulina humana anti-hepatite B


(IGHAHB).
 Vacina HBV:
o Para trabalhadores da saúde: 3 doses (0, 1, 6 meses).
o 10-20% dos vacinados não alcançam os títulos protetores de anticorpos. A
eficácia da vacina diminui com a idade (menor em > 40 anos, entre 40-60%).
o Anti-HBS para avaliação da soroconversão um a dois meses após a última dose:
 Anti-HBS > ou = 10 confere proteção.
 Anti-HBS < 10, repetir esquema de 3 doses (2ª serie).
 Se anti-HBS < 10, 1 a 2 meses após a terceira dose do segundo
esquema, não repetir esquema vacinal, considerar o indivíduo
como suscetível não respondedor.
 Anti-HBS < 10, decorrido muito tempo após a terceira dose do primeiro
esquema – aplicar uma dose e repetir a sorologia um mês depois.
 Se anti-HBS < 10, completar o esquema com mais 2 doses.
Prevenção HCV:

 Medias pós-exposição relacionadas ao HCV:


 Não existe nenhuma medida específica para redução do risco de infecção pelo vírus da
hepatite C, após exposição ocupacional. O único fator de eliminação desse risco é a
prevenção do próprio acidente.
 Acompanhamento para detecção de HCV aguda.

Acompanhamento após acidente com material biológico ocupacional (3-6 meses):

 A toxicidade medicamentosa associada a PEP.


 O diagnóstico de infecção aguda pelo HIV/AIDS, HBV ou HCV.
 Avaliação laboratorial (hemograma, bioquímica e sorologias).
 A prevenção de transmissão secundária.

Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde (ANVISA - RDC nº 306/2004):

 GRUPO A: possível presença de agentes biológicos (luvas, que, por suas


características, podem apresentar risco de infecção.
 GRUPO B: substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao
meio ambiente (inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade).
 GRUPO C: radioativos
 GRUPO D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
 GRUPO E: Materiais perfurocortantes
2. ORGANIZAÇÃO DA REDE DE U/E NO SUS
PORTARIA 2048/2002

Regula a classificação e o regulamento técnico dos serviços de U/E.

Delimita os recursos existentes em cada serviço.

Determina a função do médico regulador (Cap. 2):

 Julgar e discernir o grau de urgência de cada caso.


 Enviar os recursos necessários para cada caso
 Julgar a necessidade ou não de mandar unidades móveis.
 Fazer uso da vaga zero em situações de necessidade extrema.

Aborda o cenário de U/E na UBS.

Aborda o cenário de U/E nas unidades não hospitalares.

 UPAs.
 De acordo com seu porte.

Aborda o cenário de U/E no atendimento pré-hospitalar móvel.

 SAMU, SIATE.
 Equipe de profissionais.
 Transporte aeromédico.

Ambulâncias (tipos, do A-F, suporte básico, suporte avançado).

 TIPO A – transporte em decúbito horizontal de pacientes sem risco de vida. Usado em


remoções simples e de caráter eletivo.
o Motorista + auxiliar/técnico de enfermagem.
 TIPO B (suporte básico) – transporte intra-hospitalar de pacientes com risco de vida
conhecido e atendimento pré-hospitalar.
o Motorista + auxiliar/técnico de enfermagem
 TIPO C – ambulância de resgate para atendimento pré-hospitalar de vítimas de acidentes
ou em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e
alturas).
o Motorista + Militares com capacidade de salvamento e SBV
 TIPO D (suporte avançado) – atendimento e transporte de pacientes de alto risco ou
transporte inter-hospitalar de pacientes com necessidade de cuidados intensivos.
o Medicamentos:
 Lidocaína sem vasoconstritor, adrenalina, epinefrina, atropina,
dopamina, aminofilina, dobutamina, hidrocortisona, glicose 50%.
 Soros: glicosado 5%, fisiológico 0,9%, ringer lactato.
 Psicotrópicos: hidantoina, meperidina, diazepan, midazolan.
 Fentanil, ketalar e quelecin.
 Agua destilada, metoclopramida, dipirona, hioscina, dinitrato de
isossorbitol, furosemida, amiodarona, lanatosideo C.
o Motorista + Médico + Enfermeiro.
 TIPO E – aeronave de transporte médico.
 TIPO F – embarcação de transporte médico.

Aborda o cenário de U/E hospitalar.

 Classificação.
 Hospitais tipo 1,2,3.
 Recursos (pessoal, material, físico).

Unidades hospitalares GERAIS de atendimento as U/E:

 Tipo 1:
o Instaladas em hospitais gerais de pequeno porte.
o Atende o primeiro nível da média complexidade (M1).
 Tipo 2:
o Instaladas em hospitais gerais de médio porte.
o Atende o segundo nível da média complexidade (M2).
o Profissionais mínimos: medico clinico geral, pediatra, GO, cirurgião geral,
traumato-ortopedia, anestesiologia, assistente social.
o Recursos tecnológicos mínimos: Laboratório de análises, ECG, RX.
 Recursos outros: endoscopia, banco de sangue e USG.
Unidades hospitalares de REFERENCIA de atendimento as U/E:

 Atendem M3 e alta complexidade.


 Tipo 1:
o Instalados em hospitais especializados. Atendem U/E clinicas, cirúrgicas nas
áreas de pediatria, trauma e cardiologia.
o (Pessoal mínimo)


o Serviços de suporte: Psicologia, nutrição, assistência social, fisioterapia, terapia
ocupacional, farmácia e hemoterapia.
o (Recursos mínimos):


 Tipo 2:
o Instalados em hospitais gerais e atendem U/E de naturezas clinico e cirugica.
o Pessoal:

o Recursos:


 Tipo 3:
o Instalados em hospitais gerais e atendem U/E de natureza clínica, cirúrgica e
traumatológica.
o Recursos humanos:


o Recursos tecnológicos:

Transferências e transportes inter-hospitalar.

RESOLUÇÃO CFM 2139/2016

O médico intervencionista apenas constata o óbito.

 Encaminhar o corpo para o IML.


 Ele não atesta óbito.

RESOLUÇÃO CFM 2077/2014

Essa resolução não se aplica as UPAs.

Acolhimento e classificação de risco são obrigatórios, e seu acesso deve ser imediato (art. 2º).

O que se define por Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência (SHUE): prontosocoro


hospitalar, pronto atendimento hospitalar, emergências de especialidades (Art. 1).

Todo o paciente com acesso a SHUE deve ser atendido e manejado por um médico (art. 3).

Passagem de plantão sempre deve ocorrer medico-a-medico (Art. 8).

Cada paciente deve ter seu prontuário, com o resumo dos atendimentos e os médicos envolvidos
(Art. 9).

Todo o paciente deve ter um médico responsável (Art. 13).

 Proibida internação em nome do serviço (Art. 15).


 As intercorrências devem ser atendidas pelo médico plantonista (Art. 12).

Tempo máximo de permanência no SHUE = 24 horas (Art. 14).

 Após 24h, alta, internação ou transferência.


 Não interna no SHUE.

Vaga zero (Art. 17, parágrafos 1,2,3).

 Situação de exceção, para pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso.


 Responsabilidade da regulação, detalhar o quadro clínico e o motivo pelo qual quer a
vaga zero.

Superlotação do SHUE, o diretor técnico do hospital deve notificar o CRM (Art. 18).

Definição de leito de retaguarda.

 São aqueles leitos de internação dedicados a atenção de pacientes agudos ou agudizados


internados pelo SHUE, devendo esses leitos ser dimensionados conforme o volume
esperado de internações.

Classificação de risco.

 Pode ser feito por médicos ou enfermeiros.


 Todo paciente classificado por enfermeiro, só pode ser transferido/liberado após
consulta médica.
 O paciente deve ser classificado assim que chega ao serviço.
 O paciente deve receber atendimento médico em no máximo 120 minutos, estando
classificado como menor urgência.

Sistema de fluxo.

 Os pacientes podem chegar por demanda espontânea, ou por serviços pré-hospitalares


(SAMU, SIATE).
 De acordo com a gravidade do caso, os pacientes podem seguir por 3 fluxos:
o Pacientes graves – sala de reanimação.
o Pacientes com potencial de gravidade.
o Pacientes sem potencial de gravidade.
 Sala de reanimação é definida como a área onde se atende pacientes com risco iminente
de vida ou sofrimento intenso, necessitando de intervenção médica imediata.
o Mínimo dois leitos de capacidade.
o Paciente deve ficar por no máximo 4 horas.
 Sala de observação é onde são mantidos os pacientes que necessitam de vigilância
constante e possível intervenção imediata.
 Deve-se ter isolamentos (para infectocontagiantes) e salas específicas para atendimentos
psiquiátricos.

Coordenação do fluxo.

 Deve-se ter um médico coordenador de fluxo para serviços com mais de 50.000
atendimentos/ano (art. 5).
 Sua formação é médica com funções exclusivamente administrativas.

RESOLUÇÃO CFM 1886/2008

Normas mínimas para funcionamento dos consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos
para procedimentos com internação de curta permanência.

Classificação de estabelecimentos

 Tipos 1,2,3,4.

Unidade tipo 1:

 Consultório médico independente de hospital.


 Destinado a procedimentos clínicos ou diagnósticos (uso de anestésico local, sem
sedação.
o Dose inferior a 3,5 mg/kg de Lidocaina.
 Sem necessidade de internação.

Unidade tipo 2:

 Estabelecimento independente de um hospital.


 Realiza procedimentos clinico-cirúrgicos de pequeno e médio porte.
o Uso de anestesia loco-regional, com ou sem sedação.
 Possui condições para internações de curta permanência em salas adequadas.
 Deve conter com salas de recuperação ou observação de pacientes.
 Deve-se ter um hospital de apoio em caso de pernoite.

Unidade tipo 3:

 Estabelecimento independente de um hospital.


 Realiza procedimentos clinico-cirúrgicos de pequeno e médio porte.
o Uso de anestesia loco-regional, com ou sem sedação.
o Uso de anestesia geral com agentes de rápida eliminação.
 Possui condições para internações de curta permanência em salas adequadas, previsão
de tempo de internação máximo de 24 horas.
 Deve conter com salas de recuperação ou observação de pacientes.
 Deve-se ter um hospital de apoio em caso de necessidade de internação prolongada.

Unidade tipo 4:

 Unidade anexada a um hospital geral ou especializado.


 Realiza procedimentos clinico-cirúrgicos com internação de curta permanência.
o Uso de anestesia loco-regional, com ou sem sedação.
o Uso de anestesia geral com agentes de rápida eliminação.
 Pode utilizar estrutura de apoio do próprio hospital e equipamentos de infraestrutura.
 Não prevê internações com mais de 24 horas.

RDC ANVISA 063/2011

Gerenciamento da qualidade.

Segurança do paciente.

Condições organizacionais.

Prontuário do paciente.

Gestão do pessoal.

Gestão de infraestrutura.

Proteção à saúde do trabalhador.

Gestão de tecnologias e pessoas.

RESOLUÇÃO 2153/2016

CONSULTÓRIO MÉDICO PADRÃO

 A privacidade e a confidencialidade devem estar garantidas


 2 cadeiras ou poltronas-uma para o paciente e outra para o acompanhante
 1 cadeira ou poltrona para o médico
 1 mesa/birô
 1 maca acolchoada simples, revestida com material impermeável
 Lençóis para as macas
 1 armário vitrine
 1 balança antropométrica adequada à faixa etária
 1 balde cilíndrico porta detritos
 1 biombo ou outro meio de divisória
 3 cadeiras ou poltronas
 2 cestos de lixo
 1 escada de dois degraus
 1 esfigmomanômetro infantil
 1 esfigmomanômetro adulto
 1 estetoscópio clínico adulto
 1 estestoscópio clínico infantil
 1 lanterna clínica para exame
 1 negatoscópio ou outro meio digital que possibilite a leitura da imagem
 1 otoscópio
 1 oftalmoscópio
 1 pia ou lavabo
 Toalhas de papel
 Sabonete líquido

SALA DE NEBULIZAÇÃO (SE HOUVER A SALA, OS ITENS SÃO ESSENCIAIS)

 Balde cilíndrico porta detritos com pedal


 Cadeira ou poltrona
 Nebulizador (caso seja individual)
 Biombo (caso seja coletiva)
 Central de gases
 Máscara de nebulização
 Relógio de parede
 Suporte para fluido endovenoso
3. ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE GRAVE E CENÁRIO PRÉ-HOSPITALAR
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES

O médico que atende emergências desenvolve a que talvez seja a mais importante habilidade
nessas situações: SABER PRIORIDADES.

Neste primeiro momento, diagnósticos sindrômicos como choque ou insuficiência respiratória


já são de grande valia, pois são o ponto de partida para investigações mais específicas.

Identificar pacientes potencialmente críticos:

 Afecções em qualquer órgão ou sistema do nosso organismo podem implicar doenças


graves, como regra geral, essas condições irão se tornar uma emergência quando
repercutirem em um dos três grandes sistemas: cardiovascular, respiratório ou
neurológico. O que torna esse paciente uma prioridade no atendimento.
 Um paciente que apresente os seguintes achados de história ou de exame físico deve ter
seu atendimento priorizado e ser atendido como uma potencial emergência:

 É importante salientar que tais sinais não são patognomonicos de emergências, e


existem emergências que não apresentam necessariamente esses sinais.
ACHADOS CLINICOS E TRATAMENTO INICIAL

Uma vez identificada uma situação de potencial emergência, o primeiro passo é sempre pedir
ajuda, conforme preconizado pelo suporte básico (BLS) e avançado de vida (ACLS).

Caso se suspeite de uma parada cardiorrespiratória (paciente não responde), é essencial solicitar
o desfibrilador.

Suporte avançado de vida:

 Nas situações de potencial emergência que ocorrem dentro do ambiente hospitalar,


deve-se proceder obedecendo os mesmos princípios.
 Chamar ajuda dentro do hospital também é fundamental, e consiste em chamar pelo
auxílio do enfermeiro e do desfibrilador.
o O atendimento nunca será tão rápido e eficiente quanto um atendimento
realizado por um médio e um enfermeiro. Sendo importantes os aparatos
técnicos para o atendimento.
 Uma vez desencadeada a solicitação de ajuda, o atendimento inicial deve seguir as
mesmas recomendações do suporte avançado de diva (ACLS):
o C: Checar pulso carotídeo. Caso não se constate pulso no máximo em 10
segundos, iniciar as compressões torácicas e seguir os protocolos estabelecidos
pelo ACLS. Caso se constate presença de pulso, realizar a sequência “M.O.V”.
o A: Checar e permeabilizar a via aérea.
o B: Checar a respiração. Caso não haja respiração espontânea, fazer duas
ventilações de resgate.
M.O.V:

 M.O.V é a sigla para monitorização, oxigênio e veia. Consiste em realizar a


monitorização cardioscópica, de pressão arterial e de oximetria de pulso. Através dessa
monitorização obtém-se os principais sinais vitais.
 Oxigênio suplementar deve ser oferecido a todo o paciente em potencial emergência.
o Caso saturação periférica de oxigênio menor do que 90%, oxigênio deve ser
ofertado através de dispositivos com maior oferta de O2, como mascaras de alto
fluxo, máscaras de Venturi ou máscaras de Douglas.
o Caso encontre-se saturação maior do que 90%, cateter nasal de O2 com fluxo de
3L/min é muitas vezes suficiente neste primeiro momento.
 Providenciar um acesso venoso calibroso (jelco calibre 16 ou 18), com preferência pelas
veias cubitais.
 Nos casos de rebaixamento agudo de consciência, o exame de glicemia capilar pode ser
realizado já neste momento.
Queixa e duração de forma objetiva:

 Objetividade é o principal aspecto neste ponto. Fazer as seguintes perguntas ativamente:


o O que o senhor (a) está sentindo agora?
o A que horas começou?
o Já sentiu isso antes?
o Como é a dor: um aperto, uma queimação, uma pontada?
 Dependendo da resposta, pode mudar completamente a hipótese diagnóstica.
 Perguntar também por fatores associados, antecedentes patológicos importantes, se o
paciente utiliza ou utilizou medicações, se faz acompanhamento médico, se trouxe
alguma receita ou exame prévio.
 Médicos bem treinados em emergência muitas vezes tiram a história enquanto fazem o
exame físico nessas situações. O exame físico na emergência possui algumas
particularidades, sendo a principal delas a falta de tempo.
 Do mesmo modo, uma vez constatada ou obtida a situação de estabilidade, tanto a
história, quanto o exame físico deve ser reavaliado com o detalhamento necessário.
 Com esses dados de história e exame físico, o emergencista deve ser capaz de elaborar
uma hipótese diagnóstica sindrômica inicial (choque, insuficiência respiratória aguda
ou rebaixamento de nível de consciência).
CHOQUE

O resultado do bom funcionamento do sistema cardiovascular é a boa perfusão dos demais


órgãos e sistemas. A avaliação desse sistema envolve necessariamente a avaliação da perfusão
tecidual.

No exame cardiovascular mínimo durante um atendimento inicial à emergência devem constar


obrigatoriamente: avaliação de frequência cardíaca e pressão arterial, avaliação de estase
jugular, ausculta cardíaca nos 4 focos principais, avaliação dos pulsos periféricos radial e tibial
posterior, avaliação do tempo de enchimento capilar e avaliação da temperatura de
extremidades.

Uma vez realizada a estabilização inicial do quadro e afastado o risco imediato a vida,
independente da causa, o organismo priorizara os tecidos nobres, como o cérebro e o próprio
coração.

A avaliação das extremidades trará valiosas informações para esse diagnóstico. Um enchimento
capilar lentificado é relacionado a vasoconstrição periférica, mecanismo comum nas fases
iniciais de saturações de baixo débito.

 Enchimento capilar lentificado associado a diminuição de temperatura nos membros é


um achado bastante sugestivo de situações de baixo débito cardíaco.
A palpação dos quatro pulsos periféricos pode trazer informações compatíveis com
diagnósticos de dissecção de aorta torácica ou de doença arterial periférica.
Sistema venoso:

 Constitui o lado de menor pressão.


 A pressão venosa é determinada basicamente pela capacitância do sistema venoso e pelo
grau de seu enchimento.
 Pode der avaliado através da observação estimativa do grau de estase jugular ou, de
forma invasiva, pela pressão venosa central.
 Situações que aumentam a pressão venosa média ou que aumentem a pressão de átrio
direito frequentemente se apresentam com estase jugular.
Cronotropismo:

 O cronotropismo é facilmente avaliado pela medida da frequência cardíaca.


 Bradiarritmias são causas importantes de situações de baixo débito cardíaco, e uma vez
suspeitadas, devem ser prontamente confirmadas e corrigidas, através de
eletrocardiograma e de intervenções específicas.
 Taquiarritmias diminuem o tempo de enchimento ventricular, comprometendo assim o
débito cardíaco.
Inotropismo:

 Na ausculta cardíaca, atenta-se para: ritmicidade, sopros, presença de 3ª bulha ou


abafamento de bulhas.
o O mecanismo que causa B3 ou ritmo de galope envolve a diminuição da fração
de ejeção sistólica, fazendo com que “sobre” sangue não ejetado no ventrículo
no final da sístole, gerando uma pressão residual elevada no final da sístole início
da diástole.
 Durante o período diastólico, quando esse sangue flui do átrio para o ventrículo,
encontra-o repleto de sangue, emitindo um som característico, a terceira bulha (B3),
bastante sugestiva de insuficiência cardíaca descompensada.
 Já o abafamento de bulhas ocorre classicamente em situações de tamponamento
cardíaco, embora a situação em que ocorre com mais frequência é em pacientes com
doença pulmonar obstrutiva crônica.
 Quando se suspeita de casos em que o inotropismo está aguardamente comprometido,
torna-se obrigatória a exclusão de síndrome coronariana aguda.
 Perguntar ativamente por dor torácica, por fatores de risco para doença cardiovascular,
realizar um eletrocardiograma e colher marcadores de necrose miocárdica.
Deve-se procurar por sinais indicativos de estados de má perfusão, em geral associados com
disfunção orgânica aguda, como hipotensão, taquicardia, oliguria, etc. Uma vez caracterizado
o estado de má perfusão, deve-se então tentar esclarecer a etiologia do choque:

 Choque hipovolêmico.
 Choque distributivo.
 Choque cardiogênico.
 Choque obstrutivo.
Lactato e base excesso:

 A acidose metabólica com hiperlactactemia é um dos grandes marcadores de


mortalidade do paciente grave. É um sinal precoce de evolução ruim.
 A acidose metabólica pode aparecer antes da hipotensão, indicando que o paciente é
grave. Válido especialmente em pacientes sépticos, em que a intervenção precoce e
agressiva é capaz de mudar a mortalidade de forma muito significativa.
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA

Define-se como insuficiência respiratória a incapacidade aguda do sistema respiratório em


manter a oxigenação arterial e eliminação do gás carbônico.

Divide-se a insuficiência respiratória em 2 tipos:

 Tipo 1: hipoxemica, definida como PaO2 < 60 mmHg.


 Tipo 2: hipercápnica, definida como PaCO2 > 50 mmHg e pH < 7,30.
Ventilação:

 Ventilação compreende a passagem do ar do ambiente externo até o alvéolo.


 Para que seja realizada, o centro respiratório no bulbo cerebral deve estar integro.
 Lesões cerebrais de tronco ou distúrbios tóxico-metabólicos graves podem
comprometer o estímulo a ventilação, levando a insuficiência respiratória.
 A intoxicação por opioides é uma causa importante de depressão do estímulo
respiratório, que pode ser revertida com o uso do antagonista específico, a naloxona.
 Uma vez que o centro respiratório esteja integro, o próximo passo para a ventilação
ocorrer é gerar uma diferença de pressão entre o alvéolo e o ar ambiente.
 Existem diversas situações clínicas que o musculo diafragma pode vir a fatigar.
o Essa fadiga normalmente é decorrente do aumento de trabalho imposto ao
musculo ou da diminuição da força muscular, em algumas situações, do efeito
somado de ambos.
Musculatura acessória:

 Uma vez que o diafragma apresentar fadiga, a musculatura acessória ajudará no


processo de expansão da caixa torácica.
 Quando houver fadiga desses músculos também, observara o aparecimento de tiragem
da fúrcula, decorrente do uso dos músculos escalenos e do esternocleidomastoideo.
 A seguir, o organismo utilizara o aumento do diâmetro das narinas para facilitar a
passagem de ar, ocorrendo o batimento de asa do nariz.
 Por fim, o organismo lança mão de um mecanismo extremo para expandir a caixa
torácica, que é a respiração abdominal.
Vias aéreas pérvias:

 Para que o ar possa passar pelas vias aéreas, elas devem estar pérvias.
 No adulto, a causa mais importante de obstrução de via aérea superior é a queda da
musculatura hipoglossa sobre a hipofaringe em situações de rebaixamento de nível de
consciência.
o Essa causa deve ser prontamente revertida com a manobra de abertura de via
aérea apropriada.
 A causa mais comum de obstrução de via aérea inferior é o broncoespasmo, suspeitado
na presença de ausculta pulmonar com sibilos.
 O tratamento inicial para broncoespasmo inclui broncodilatadores como beta2
agonistas, anticolinérgicos, e em casos de asma, anti-inflamatórios esteroideos.
O acometimento da ventilação levará a retenção de CO2 arterial e a insuficiência respiratória
tipo 2.

Oxigenação:

 Uma vez que o processo de ventilação esteja integro e o ar chegue ao alvéolo, inicia-se
então o processo de oxigenação.
 A passagem do oxigênio do alvéolo para o capilar é influenciada principalmente pela
fração inspirada de oxigênio (FiO2), pela pressão atmosférica, pela difusão entre a
membrana alvéolo-capilar e pela relação ventilação/perfusão.
 Déficits de oxigenação são as causas mais frequentes e mais graves de hipoxemia.
 A maneira mais rápida de se tentar corrigir a hipoxemia é aumentar a FiO2.
 Mascaras de O2 de alto fluxo, mascaras com válvulas de Venturi que fornecem FiO2
variáveis ou mascaras de douglas com reservatório de O2 são mais adequadas nessas
situações.
 Outro modo é aumentar a pressão atmosférica, fornecendo pressão positiva nas vias
aéreas, de forma invasiva ou não.
Alterações da difusão como causa de hipoxemia acontecem, são mais raras, restritas a doenças
pulmonares em sua fase avançada, como no enfisema pulmonar ou na fibrose pulmonar.

Espaço morto e efeito shunt:

 Alterações na relação V/Q são causas frequentes e que podem ser tratadas.
 Ocorrem secundariamente a redução da perfusão em unidades adequadamente
ventiladas ou a redução da ventilação em regiões que mantem perfusão adequada (efeito
espaço morto).

Gradiente alvéolo-arterial:

 Uma ferramenta para se diferenciar se a hipoxemia é decorrente da diminuição da


ventilação alveolar ou da oxigenação do sangue é o gradiente alvéolo-arterial.
 Considerando um paciente respirando em ar ambiente (FiO2 = 0,21), em pressão
atmosférica (760 mmHg), em condições de temperatura normal (pH2O = 47 mmHg) e
com o Qresp = 0,8. Obtemos a seguinte fórmula:
o G = 130 – (paO2 + paCO2).
o Valor normal até 20.
o Um valor G normal implica que a hipoxemia é decorrente exclusivamente da
diminuição alveolar de O2.
o Um valor G maior que 20 significa que há alterações no processo de oxigenação,
que podem ou não estar associados a hipoventilação.
Sinais, sintomas e manejo:

ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIENCIA

Define-se como consciência a capacidade do indivíduo de interagir com o meio que o cerca.
Depende de dois componentes básicos: nível e conteúdo.

 O nível de consciência depende do indivíduo estar desperto ou não. Caso o indivíduo


não esteja desperto, o comprometimento do nível de consciência pode ser avaliado de
acordo com a resposta que o mesmo apresenta ao estímulo realizado (em grau crescente
de intensidade, verbal, físico ou doloroso).
 O nível de consciência depende da integridade de uma estrutura presente no tronco
encefálico chamada sistema reticular ativador ascendente (SRAA) e de suas conexões
com os hemisférios cerebrais e o sistema límbico.
 O conteúdo da consciência é expresso pela capacidade de atenção do indivíduo, sua
orientação temporo-espacial, sua capacidade de raciocínio, memória e linguagem.
O coma é definido como a incapacidade do indivíduo de responder ao ambiente mesmo com a
estimulação vigorosa, é a causa de cerca de 17% das intubações em unidades de terapia
intensiva, e as disfunções do sistema nervoso central. Intimamente relacionadas com um pior
prognóstico.

Causas:

 As causas de alterações do nível de consciência dividem-se em estruturais e


metabólicas.
o As causas estruturais são aquelas ocasionadas por doenças neurológicas
primárias que ocasionam a compressão ou destruição do SRAA.
o As causas metabólicas levam ao comprometimento apenas funcional desse
sistema e são mais comuns que as estruturais.
Avaliação inicial.

 Alguns dados devem ser recolhidos durante a anamnese, como modo de instalação da
inconsciência (súbito/progressivo), sinais e sintomas neurológicos precedentes (déficits
focais, convulsões), drogas ilícitas e licitas, antecedentes de doença hepática, renal,
pulmonar, cardíaca e psiquiátrica, história pregressa de trauma craniano.
 Diante de um paciente que se apresente com alteração do nível de consciência, o médico
do serviço de emergência ou da UTI deve estar atento inicialmente aos sinais vitais e
tomar as seguintes precauções:
o Manter a via aérea pérvia. IOT indicada para Glasgow menor que 9.
o Garantir a oxigenação e a perfusão, com o uso de oxigênio suplementar, infusão
volêmica e drogas vasoativas, se necessário.
o Realizar glicemia capilar e tratar prontamente qualquer episódio de
hiperglicemia.
o Definir a causa provável da alteração da consciência (estrutural/metabólica.
Pupilas:

 O exame pupilar é importante, pois as áreas que controlam suas reações estão
localizadas no tronco encefálico, adjacentes as que se relacionam com a consciência.
o Pupilas midriáticas, fixas bilateralmente indicam lesão mesencefálica, com
comprometimento bilateral do III par craniano.
o Anisocoria pode indicar herniação uncal e é uma situação de extrema
emergência.
o Miose bilateral, com pupilas pontiformes, mas preservação do reflexo
fotomotor, é sugestiva de lesões pontinhas, uso de opiáceos e encefalopatias
metabólicas.
o O uso de barbitúricos associa-se a midríase e reflexo fotomotor extremamente
reduzido.
Padrão motor:

 O exame de padrão motor permite separar com maior grau de suspeição se a


encefalopatia é metabólica ou estrutural.
 Causas metabólicas se relacionam a achados simétricos a estimulação do paciente.
 Causas neurológicas primárias normalmente apresentam achados assimétricos, como
hemiparesia, embora isso não seja de todo verdadeiro.
Irritação meníngea:

 Pesquisa de sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca, Kernig, Brudzinski).


 A presença desses sinais reforça a hipótese de meningoencefalite e hemorragia
subaracnóidea e deve prontamente indicar coleta de liquor, após a realização da
tomografia computadorizada de crânio.
 A conduta não deve jamais atrasar o início da antibioticoterapia na suspeita da
meningite.
4. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (ACLS) E CUIDADOS PÓS-PARADA
INTRODUÇÃO

35% das mortes no Brasil são por causas cardiovasculares.

Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da parada cardiorrespiratória


(PCR), na qual a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para um melhor
resultado do atendimento.

ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE

A fibrilação ventricular (FV) é o ritmo inicial presente em mais de 40% dos casos.

A cadeia de sobrevida é constituída por cinco passos principais:

 Reconhecimento imediato da parada cardíaca e o desencadeamento do sistema de


emergência (chamar por ajuda).
 Aplicação das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com ênfase nas
compressões de alta qualidade.
 Rápida desfibrilação.
 Medidas eficazes de suporte avançado de vida.
 Cuidados organizados e integrados pós-parada.

O atendimento da PCR pode ser dividido em 2 etapas:

 Avaliação primária (suporte básico de vida – BLS): envolve o suporte básico de vida
associado as manobras para reconhecimento da PCR e o suporte hemodinâmico e
respiratório através da RCP.
 Avaliação secundária (suporte avançado de vida – ALS): envolve a aplicação de
manobras para o suporte avançado de vida, como a utilização de dispositivos invasivos
de via aérea, estabelecimento de acesso venoso, utilização de drogas, desfibrilações
elétricas e estabilização do paciente após a reversão da PCR com uso de vasopressores,
por exemplo.
As manobras de suporte avançado caracterizam ato médico na realidade brasileira.
MANOBRAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA

A abordagem inicial por essas manobras tem como objetivo instituir as condições mínimas
necessárias para a manutenção ou recuperação da perfusão cerebral, já que a viabilidade
neurológica que define em grande parte o prognóstico de vida da vítima.

Existem dois algoritmos, o simplificado e o algoritmo para profissionais da saúde para o


atendimento de suporte básico de vida.

As novas recomendações de 2010 (da AHA) são:

 O algoritmo universal foi simplificado.


 O tradicional procedimento “ver, ouvir e sentir” se há respiração foi retirado do
algoritmo.
 Grande ênfase nas compressões torácicas de alta qualidade. É aceitável, inclusive que o
leigo realize apenas as compressões, sem ventilação.
 O tradicional ABC foi substituído pelo CAB (compressões, vias aéreas e respiração).
o O socorrista atuando sozinho deve iniciar a ressuscitação com 30 compressões,
em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na realização da primeira
compressão.
 A desfibrilação deve ser iniciada o mais rápido possível, se indicada.
Reconhecimento da PCR e chamar por ajuda (com desfibrilador):

 Após a definição de que a cena do evento é segura para a ação do socorrista, deve-se
checar se o paciente apresenta ou não algum grau de resposta.
 Se o paciente responder ao chamado ou apresentar movimentos voluntários sem
resposta, isso significa que ele possui fluxo sanguíneo suficiente para manter alguma
atividade do sistema nervoso central, a situação se afasta da PCR.
 Se o paciente não responde e não há movimentos respiratórios (ou ele apresenta gasps
agônicos), assume-se que o paciente está em parada cardíaca.
o Assim, o próximo passo deve ser o desencadeamento do sistema de emergência,
pedindo o desfibrilador.
 Para profissionais da saúde, a busca por pulso central não deve ultrapassar 10 segundos.
Se não houver pulso (ou mesmo se for duvidoso), deve-se iniciar as compressões
torácicas imediatamente.
Desencadeamento do sistema de emergência:

 O suporte básico de vida é fundamental para impedir a deterioração das condições da


vítima.
 A medida principal que determina o melhor prognóstico da PCR é o acesso rápido ao
desfibrilador.
o Quando a desfibrilação é realizada até o 3° ou 4° minuto da PCR em FV, existe
a reversão da parada em 47-72% dos eventos.
o A desfibrilação precoce é de grande importância e somente ocorrerá se o sistema
de emergência for acionado (pedir por ajuda), solicitando imediatamente o
desfibrilador.
Compressões torácicas:

 Após a identificação de uma vítima em PCR, as novas recomendações orientam o início


imediato das compressões torácicas.
 As pressões de perfusão cerebral e coronariana determinadas pelas manobras de RCP
são cruciais, pois determinam maior probabilidade de reversão da FV para ritmo
organizado com pulso após o choque e retardam o tempo de instalação da lesão
neurológica central hipóxica.
o A sequência ABC foi substituída pela CAB devido a necessidade de priorizar o
efetivo suporte circulatório.
o O que é mais importante na PCR: tentar restaurar a circulação.
 A técnica para realizar compressões de alta qualidade inclui:
o Devem ser aplicadas de forma rápida e intensa, sobre a metade inferior do
esterno, na linha intermamilar no centro do tórax.
o As mãos devem formar um ângulo de 90° com o plano horizontal.
o As compressões devem ocasionar uma depressão de no mínimo 5 cm do tórax.
o Após a compressão, deve-se permitir o retorno do tórax a posição normal.
o As compressões não devem ser interrompidas até a chegada do desfibrilador
automático, da equipe de suporte avançado ou até que ocorra a movimentação
espontânea da vítima.
o O número de compressões deve ser de ao menos 100/minuto.
 Para a realização de apenas compressões isoladas (leigos):
o Nas novas diretrizes de 2010, houve maior ênfase na recomendação de
compressões torácicas eficazes (100/min) sem ventilação quando a ressuscitação
é conduzida por leigo.
o A maioria dos adultos em PCR extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra
de RCP pelo público leigo.
o A RCP realizada por leigos om compressões isoladamente X a RCP
convencional (compressão + ventilação) mostrou resultados semelhantes.
o É mais fácil de ensinar, mesmo pelo telefone, a realização da compressão quando
comparado com compressão + ventilação.
o É importante lembrar que para vítimas de afogamento ou PCR por asfixia, essa
recomendação não se aplica.
 Para a realização de compressões + ventilação:
o Quando a RCP é realizada por profissionais da saúde, recomenda-se fazer ciclos
de 30 compressões torácicas seguidas de 2 ventilações até a chegada do
desfibrilador.
o Cada ventilação deve durar 1 segundo.
o Aplicar o volume corrente suficiente para elevar o tórax.
o Evitar ventilações forçadas ou rápidas.
o Quando uma via aérea avançada estiver colocada, aplicar 8-10 ventilações por
minuto não sincronizadas com as compressões torácicas.
o Um volume de 6-7 mL/kg é suficiente.
Manuseio das vias aéreas:

 A abertura de vias aéreas pode ser feita através da elevação da mandíbula e da


hiperextensão da coluna cervical ou pela tração da mandíbula.


 Preferencialmente, utilizar a manobra de elevação da mandíbula e hiperextensão da
coluna cervical, exceto na suspeita de lesão cervical.
 Para leigos realizando a RCP com compressão apenas, não existe evidencia para se
recomendar uma técnica específica, embora a hiperextensão do pescoço possa facilitar
a ventilação passiva.
 Mantendo-se a VA abeta, deve-se verificar a presença de respiração espontânea na
vítima.
 Caso se perceba a presença de ventilação no paciente, cabe apenas a checagem do pulso
a cada 2 minutos e o posicionamento da vítima em posição de recuperação (decúbito
lateral, mantendo via aérea aberta) até a chegada do sistema de emergência.
 Para leigos, a apneia tem o mesmo significado do que a ausência de pulso, definindo a
PCR.
 Para o socorrista treinado, a checagem de pulso carotídeo é obrigatória, mas não
devendo ultrapassar 10 segundos.
Desfibrilação:

 Sabe-se que o ritmo mais frequente nos primeiros minutos na PCR extra-hospitalar é a
fibrilação ventricular (FV) ou a taquicardia ventricular sem pulso (TV).
 Esses ritmos apresentam um bom índice de resposta a desfibrilação quando tratados em
tempo hábil.
 No entanto, evoluem rapidamente para assistolia ou tornam-se progressivamente
refratários ao choque quando tratados de forma tardia.
 Quanto mais precoce a desfibrilação, melhores são os resultados na sobrevida.
 Idealmente, o DEA deve estar facilmente disponível em ambientes de alto risco de
eventos cardiovasculares súbitos como hospitais, aeroportos e locais de alta
concentração de pessoas.
 Princípios da desfibrilação:
o O choque elétrico determinará uma assistolia elétrica em todo o miocárdio,
permitindo que o sistema de condução elétrica intracárdiaco possa reassumir de
forma organizada a despolarização miocárdica e o ritmo cardíaco organizado.
o A posição recomendada da vítima durante o atendimento é o decúbito dorsal
horizontal sobre a superfície rígida. Se a vítima estiver em posição de prona,
deve ser colocada em posição supina.
o Há a necessidade de manter sua coluna cervical sempre alinhada com o restante
do tronco durante a mobilização.
o A suspeita de lesão cervical deve sempre existir quando a perda de consciência
da vítima são foi presenciada ou quando a vítima sofreu trauma de crânio ou
cervical durante a perda da consciência.
o O posicionamento correto do socorrista em relação a vítima é ajoelhado na linha
dos ombros do paciente, essa posição permite acesso rápido ao segmento
cefálico (via aérea) e ao tronco do indivíduo (massagem cardíaca).
 Detecção de FV/TV:
o O desfibrilador automático/semiautomático possui um programa que lhe permite
identificar e reconhecer os ritmos de FV e TV, indicando então o choque. Se o
ritmo não for uma FV ou TV, o aparelho não indicará o choque, cabendo ao
socorrista manter a passagem cardíaca e as ventilações.
o Quando indicado pelo DEA, o choque inicial dera de 360 J (monofásico) ou na
energia máxima equivalente nos aparelhos bifásicos (entre 150-200 J). Não
havendo evidencia de superioridade entre o choque bifásico e o monofásico no
que se refere a reversão da PCR e sobrevida.
o No momento do choque, o socorrista deve certificar de que ninguém está em
contato com a vítima.
o Imediatamente após o choque, retoma-se a RCP por 2 minutos, quando o
aparelho reavaliará a necessidade de novo choque. Se indicado, aplica-se novo
choque na mesma energia empregada anteriormente, seguido de mais 2 minutos
de RCP e assim sucessivamente, até que o sistema de emergência se encarregue
do atendimento ou até que ocorra mudança do ritmo.
o Quando ocorrer uma mudança do ritmo, o aparelho não indica o choque,
devendo-se checar o pulso após 2 minutos de RCP. Se o pulso estiver presente,
houve reversão da PCR, devendo-se manter suporte ventilatório até a chegada
do sistema de emergência. Se ausente, as manobras de RCP devem ser mantidas
por mais 2 minutos até uma nova checagem de ritmo pelo desfibrilador.
o O uso de choques sucessivos e com energias progressivamente maiores não é
mais recomendado.
MANOBRAS DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

No suporte avançado, a identificação do ritmo cardíaco é feita pelas pás do monitor cardíaco,
poupando tempo durante o atendimento por permitir a rápida desfibrilação, caso esteja indicada.

Após a identificação do ritmo cardíaco pelas pás, podemos dividir a PCR em 2 modalidades:
(1) Ritmos que merecem choque imediato (FV/TV) e (2) ritmos que não devem receber
desfibrilação (assistolia ou atividade elétrica sem pulso, AESP).

Desfibrilação – PCR em FV/TV sem pulso:

 A forma mais frequente da atividade elétrica inicial na PCR extra-hospitalar é a


fibrilação ventricular. A taquicardia ventricular sem pulso também é comum.


 Ambas, somadas, são responsáveis por até 80% dos casos de morte súbita e são os
ritmos elétricos de melhor prognostico para reversão, desde que tratadas em tempo
hábil.
 Quando o evento é atendido pelo sistema de emergência e não recebeu o suporte básico
de vida até o 4° ou 5° minuto da PCR, o choque pode ser iniciado imediatamente ou
realizar 2 minutos de RCP seguida de desfibrilação.
 Em geral, a recomendação é evitar o máximo possível a descontinuação das
compressões torácicas e aplicar o choque o mais rápido possível.
 Imediatamente após o choque, deve-se realizar 2 minutos de RCP. Após esse período,
avalia-se novamente o ritmo, aplicando-se o choque ou não, e assim sucessivamente.
 A segurança durante a desfibrilação é de responsabilidade de quem manuseia o
aparelho.
 Caso ainda persiste a FV/TV sem pulso após o primeiro choque, é necessária a utilização
de drogas que melhorem a condição hemodinâmica da PCR e auxiliem na reversão da
arritmia.
 Portanto, após o 1° choque e mantida a PCR, é necessária a instalação de um acesso
venoso periférico ou intraósseo, a colocação de cia aérea definitiva para melhor
oxigenação e a monitorização cardíaca através de eletrodos do monitor.
Estabelecimento de via aérea avançada:

 A via aérea avançada pode ser obtida por intubação orotraqueal (IOT) ou por uma via
supraglótica (mascara laríngea, tubo esofagotraqueal ou tubo laríngeo).
 A IOT exige uma correta laringoscopia e visualização da glote.
 A via aérea supraglotica é uma alternativa aceitável e tem como potenciais vantagens:
Não necessita visualizar a glote, pode ser colocada sem interromper as compressões e é
mais fácil de ensinar e treinar.
 O tubo traqueal possibilita a administração de algumas drogas (vasopressina, naloxona,
epinefrina e lidocaína), também protege contra a aspiração e permite a aspiração de
secreções.
Confirmação da via aérea avançada:

 Intubação orotraqueal:
o Exame físico: expansão torácica bilateral, auscultar o epigástrio (sons
respiratórios não audíveis) e os campos pulmonares bilateralmente (devem ser
simétricos), se houver dúvida, utilizar o laringoscópio para visualizar o tubo
passando pelas cordas vocais.
o Detecção de CO2 exalado: Capnografia. Preferência capnografia quantitativa
em forma de onda.
 Permite confirmar a inserção correta do tubo orotraqueal e reconhecer
precocemente o deslocamento da via aérea.
 A amplitude da onda permite monitorizar a qualidade da RCP, inclusive
detectando quando houve o retorno a circulação espontânea.
o A fixação da cânula com material adequado é mandatória.
 Via aérea supraglotica:
o Deve-se proceder ao exame físico para verificar se a via aérea supraglotica está
correta e ventilando o paciente e usar um dos dispositivos para a detecção de
CO2 exalado.
Cuidados após a obtenção da via aérea avançada:

 Após a colocação da via aérea avançada, as ventilações devem ser aplicadas na


frequência de 8-10 vezes por minuto de forma assincronica com as compressões
torácicas.
 A hiperventilação deve ser evitada em virtude do prejuízo no débito cardíaco e no
retorno venoso pelo possível fenômeno de “auto-PEEP”.
 Caso o acesso venoso não esteja disponível, pode-se administrar a droga desejada pela
cânula sem demora, porém, as vias intraóssea e endovenosa são preferíveis.
 Para que a droga administrada pela cânula tenha o mesmo efeito da droga endovenosa,
é necessário administrar de 2,5 a 2 vezes a dose endovenosa pela cânula (com exceção
da vasopressina, que é aplicada na mesma dose).
 A dose via cânula deve ser seguida de um bolo de 10mL de soro fisiológico a 0,9%.
Sequência do atendimento da FV/TV sem pulso:

 Obedecer a seguinte ordem de atendimento: Choque, RCP em 2 minutos, checagem de


ritmo, novo choque, se indicado, RCP, choque.
 As drogas podem ser aplicadas durante o período em que carrega o desfibrilador ou após
o choque.
 O uso de um vasopressor durante o atendimento da parada se faz necessário, pois
determina melhora do retorno venoso e da perfusão coronariana.

 Epinefrina ou vasopressina:
o Primeira droga a ser utilizada na PCR (FV/TV sem pulso, assistolia ou AESP).
o A dose de epinefrina é de 1 mg a cada 3-5 minutos por via venosa ou intraóssea
ou na dose equivalente através da cânula endotraqueal.
o A vasopressina é na dose única de 40 U, podendo ser utilizada em substituição
a primeira ou segunda dose da adrenalina ou como droga inicial.
 Amiodarona:
o A primeira droga antiaaritmica a ser utilizada é a amiodarona.
o Deve ser utilizada na dose de 300 mg EV em bolo, podendo ser repetida mais
uma dose de 150 mg.
o A manutenção após retorno de ritmo com pulso é de 1 mg por minuto por 6 horas
e 0,5 mg por minuto por mais 18 horas.
o A amiodarona se mostrou superior a lidocaína na FV/TV refratária no
atendimento extra-hospitalar. A lidocaína é aceita apenas quando a amiodarona
não estiver disponível.
o Quando ocorrer a reversão da arritmia, em qualquer momento durante a PCR,
uma dose de manutenção do antiarrítmico utilizado pode ser administrado por
12-24 horas para evitar a recidiva da arritmia.
Atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia:

 Após a colocação das pás no tórax da vítima, a identificação de qualquer atividade


elétrica diferente das atividades FV/TV sem pulso caracteriza uma PCR em ritmo não
passível de choque (AESP ou assistolia).
 A AESP se caracteriza por um ritmo elétrico que usualmente deveria estar associado a
pulso central.
 Geralmente existe algum fator impedindo o acoplamento entre a atividade elétrica
organizada do miocárdio e a contração muscular efetiva que deveria resultar dessa
atividade elétrica.
 O tratamento da AESP nunca deve ser realizado por meio de choque, pois já existe uma
atividade elétrica ventricular organizada potencialmente capaz de gerar pulso central. O
choque poderia desorganiza-la, gerando mais um problema durante o atendimento.
 São 10 causas reversíveis da AESP, os 5H e 5T.

o O tratamento das causas da AESP é o fator principal da reversão do quadro.


 A principal e mais frequente causa de AESP é a hipovolemia, que deve, sempre que
possível, ser tratada pela administração de volume endovenoso.
 A assistolia é a forma de pior prognóstico, caracterizando a ausência de atividade
elétrica no coração. Pois até 10% dos ritmos identificados inicialmente como assistolia
pelas pás apresentavam como ritmo verdadeiro a FV.
o Isso pode ocorrer porque o eixo elétrico resultante da FV pode ser, naquele
momento, perpendicular a derivação da monitorização pelas pás, gerando um
ritmo isoelétrico no monitor (assistolia).
 Assim, para a confirmação elétrica da assistolia, deve-se proceder ao protocolo da linha
reta, que consiste em checar a conexão dos eletrodos, aumentar o ganho do monitor
cardíaco e finalmente checar o ritmo em duas derivações.
 Confirmada a assistolia, prossegue-se o atendimento. As causas da assistolia são as
mesmas do AESP (5H e 5T), devendo-se iniciar a infusão de volume e procurar
tratamento adequado baseado nas causas possíveis.
 O uso de marca-passo transcutaneo na assistolia não é mais indicado.
 A primeira droga a ser administrada na AESP e na assistolia pode ser a epinefrina
(1mg/dose, a cada 3-5 minutos) ou a vasopressina (40U, dose única).
o A vasopressina pode ser aplicada como primeira droga ou em substituição a
primeira ou segunda dose de epinefrina.
 O término dos esforços deve ser considerado pelo meio da análise de diversos fatores
(tempo de PCR até o primeiro atendimento, tempo de atendimento da PCR, prognóstico
do paciente, idade da vítima, etc.).
 Na assistolia, se não ocorreu reversão da PCR após a realização das medidas
terapêuticas cabíveis, o termino dos esforços deve ser considerado.
CUIDADOS APÓS A RESSUSCITAÇÃO

Fazer uma estratégia sistemática de cuidados (pós-parada), com os seguintes objetivos:

 Otimizar a função cardíaca, respiratória e buscar normalizar a perfusão de órgãos vitais.


 Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI estruturado sistema de
tratamento pós-PCR.
 Identificar e tratar as SCAs e outras causas reversas.
A reabordagem do ABC deve ser realizada periodicamente, principalmente se houver o menor
sinal de deterioração clínica do paciente. Deve-se evitar a hiperoxia.
Recomenda-se manter a PAM > 65 mmHg ou PAS > 90 mmHg.

Outra medida terapêutica fortemente recomendada no período pós-PCR é a hipotermia induzida


(temperatura central 32-34°) por 12-24 horas para os pacientes que apresentam lesão
neurológica grave.

 Quando iniciada em até 6 horas após a reversão da PCR, a hipotermia determina melhor
prognóstico neurológico, bem como de mortalidade.
 A hipertermia deve ser evitada a todo o custo, assim como a hiperventilação.
Hiperglicemias acima de 180 mg/dL não devem ser toleradas.

Nos pacientes com síndromes coronarianas agudas precipitando PCR, a


cineangiocoronariografia de emergência melhora a sobrevida.

A ocorrência de estado de mal epiléptico não convulsivo nestes pacientes é frequente, devendo
ser realizada eletroencefalografia para descarte do diagnostico, conforme a evolução
neurológica do paciente.

 Caso ocorra quadro epiléptico, o uso terapêutico de anticonvulsivantes é recomendado.


Fatores prognósticos:

 A presença de alguns desses sinais após 24-72 horas do evento está correlacionada a um
pior prognóstico neurológico.
 ETCO2 abaixo de 10mmHg.
 Reflexos oculares ausentes após 72 horas do evento.
 Decerebração ou ausência de resposta motora a dor (Glasgow motor < 2).
 Ausência de reflexo vestíbulo-ocular por mais de 24 horas do evento (pacientes não
hipotérmicos).
 Redução ou ausência de potenciais evocados de tronco cerebral após 24 horas do evento.
 Padrão de sofrimento cortical difuso grave por mais de 24-73 horas após o evento.
CONCLUSÕES

Nenhuma situação clinica supera a prioridade de atendimento da parada cardiorrespiratória


(PCR), em que a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para o melhor
resultado do atendimento.

A cadeia de sobrevida é composta por cinco passos: reconhecimento da PCR e pedido de ajuda,
manobras de RCP com ênfase em compressões torácicas, desfibrilação precoce, suporte
avançado de vida eficaz e cuidados organizados pós-PCR.

Reconhecida a PCR, devem ser iniciadas as compressões torácicas alternadas com as


ventilações assistidas na sequência de 30 compressões torácicas intercaladas com 2 ventilações
assistidas. CAB (compressões, via aérea, respiração).

Para o leigo não treinado, é permitido apenas as compressões torácicas.

As compressões torácicas devem ser de alta qualidade e ter uma frequência mínima de 100 por
minuto.

As compressões e as ventilações não devem ser interrompidas até a chegada do desfibrilador.


Quanto mais precoce a desfibrilação, melhores são os resultados.

O choque deve ser de 360 J do monofásico ou 150-200 J do bifásico (carga máxima). O uso de
choques sucessivos e com energias progressivamente maiores não é recomendado.

Após o choque, deve-se realizar 5 minutos de RCP (30 massagens e 2 ventilações/ciclo) antes
de checar novamente o ritmo.

Para a confirmação da posição correta do tubo orotraqueal e para monitorizar a qualidade da


RCP, é essencial usar a capnometria quantitativa em forma de onda.

O tratamento da AESP nunca deve ser realizado através do choque. É importante buscar as
causas reversíveis da AESP e da assistolia (5H e 5T).

Para confirmar a assistolia, deve-se proceder o protocolo de linha reta. Não é mais recomendado
o uso de atropina.
“Cuidados organizados pós-PCR” é uma nova seção das novas diretrizes do ACLS 2010.

Nesse período, é importante transferir o paciente para uma UTI, otimizar a hemodinâmica e a
ventilação, evitar hiperoxia, evitar controle glicêmico rigoroso, buscar e tratar as síndromes
coronarianas agudas e crises epilépticas.

A hipotermia induzida após o retorno a circulação espontânea determina um melhor prognostico


neurológico e diminuição da mortalidade.

DROGAS UTILIZADAS NA PCR

EPINEFRINA (ADRENALINA).

 Alfa e beta adrenérgico estimulador.


 Possui ação vasopressora.
 Ação inotrópica e cronotrópica positiva.
 Faz vasocontrição periférica.
 Aumenta o fluxo sanguíneo muscular.
 Atua diretamente nos receptores beta1 no miocárdio e no tecido condutor e nas células
marca-passo.
 Aumenta a frequência cardíaca, trabalho cardíaco e consumo de oxigênio pelo
miocárdio.
 Ação broncodilatador.
 Aumenta as concentrações de glicose e lactato no sangue,
 Administrado via intravenosa na emergência.

AMIODARONA

 Altamente lipofílica.
 Administrada intravenosa no contexto da parada.
 Bloqueia os canais de sódio inativados.

LIDOCAINA

 Utilizada mais como anestésico local.


 Bloqueia os canais de sódio abertos ou inativados.
 Diminui o automatismo, reduz a inclinação da fase 4 e altera o limiar de excitação.
5. INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA AGUDA (IRPA)
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Composição do ar ambiente:

 N – 78%.
 O2 – 21%.
 Outros 1%.

Componentes do sistema respiratório:

 SNC: bulbo – centro respiratório – controla a respiração normal.


o A respiração é um fenômeno fisiológico involuntário.
 O estimulo vindo do SNC é deflagrado para os nervos periféricos.
 Esses nervos periféricos irão gerar a contração dos músculos respiratórios e da caixa
torácica.
o Quando o diafragma contrai, gera uma pressão negativa dentro do tórax e das
vias aéreas, o que atrai a entrada de ar.
o A inspiração é um processo ativo.
o A expiração é um processo passivo.
 Vias aéreas superiores e inferiores.
o Até atingir os alvéolos, que são o principal componente do parênquima
pulmonar.
 O oxigênio passa para o sangue através da barreira hematocapilar e se liga a
hemoglobina para poder ser transportado para o organismo.

Pulmão:

 Dividido em via de condução e em via de troca gasosa.


 Hematose:
o Processo que ocorre no alvéolo.
o É a troca de gases do alvéolo para o sangue.
 CO2 sai da corrente sanguínea para o alvéolo.
 O2 sai do alvéolo para a corrente sanguínea, pela hemoglobina.
 Espaço morto:
o Áreas que não participam das trocas gasosas.
o Dividido em espaço morto anatômico e em espaço morto fisiológico.
 Espaço morto anatômico: compreende a traqueia, brônquios e
bronquíolos.
 Espaço morto fisiológico compreende o ar que entra no alvéolo, mas que
não participa efetivamente das trocas gasosas.
 Volume corrente é o volume que entra e sai dos pulmões a cada ciclo respiratório.
 O volume minuto é o produto entre o volume corrente e a frequência respiratória.
o É a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões em 1 minuto.
o Nem todo o ar inspirado é trocado.
o Deve-se subtrair o espaço morto.

Ventilação/perfusão:

 As bases pulmonares possuem mais capilares e mais alvéolos.


o A ventilação e a perfusão são maiores nas bases pulmonares.
o Ambas vão diminuindo à medida que vai subindo no pulmão.
o “A ventilação cai menos que a perfusão”.
o Na base, tem-se mais fluxo sanguíneo do que na ventilação (favorece perfusão).
o No ápice, tem-se mais ventilação do que perfusão (queda do fluxo sanguíneo).
 Shunt: ocorre quando áreas do pulmão são adequadamente perfundidas, porém não são
adequadamente ventiladas.
o Gera fenômeno de hipoxemia (queda de O2 no sangue).
o Shunt verdadeiro – obstrução completa do alvéolo.
o Efeito shunt – obstrução parcial.
 Espaço morto: quando áreas do pulmão são adequadamente ventiladas, porém não tão
perfundidas.
o Não há formação de sangue desoxigenado.
o Aumento de áreas do pulmão que não participam das trocas gasosas.
o Gera Hipercapnia (aumento da Pco2).
 Pulmão de West:
o Zona 1: PA (pressão alveolar) > Pa (pressão arterial) > Pv (pressão venosa);
 ↑V/↓Q – Espaço morto.
o Zona 2: Pa > PA > Pv;
 V = Q – equilíbrio.
o Zona 3: Pa > Pv > PA.
 ↓V/↑Q.
Volumes pulmonares:

 1 – Volume de Reserva Inspiratório (VRI) = 3000mL. Presença de inspiração forçada.


 2 – Volume Corrente (VC) = 500mL. Volume que entra e sai dos pulmões em uma
ventilação normal.
 3 – Volume de Reserva Expiratório (VRE) = 1100mL. Presença de uma expiração
forçada.
 4 – Volume Residual (VR) = 1200mL. Volume que nem entra, nem sai dos pulmões,
fica para manter os pulmões abertos e evitar o colabamento alveolar.

Capacidades pulmonares:

 CI – Capacidade inspiratória = VRI + VC.


 CV – Capacidade vital = VRI + VRE + VC.
 CRF – Capacidade Residual Funcional = VRE + VR.
 CPT – Capacidade Pulmonar Total = VRI + VC + VRE + VR.

Curva de dissociação da hemoglobina:

 Diz respeito a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio.


 Deve-se ter alta afinidade no pulmão e baixa afinidade na periferia.
 Existem condições que aumentam/diminuem essa afinidade.
o H+, pCO2, temperatura, 2,3-DGP.
o Estresse, acidose, sepse, infecção.

Controle respiratório:

 Controle primário acontece no bulbo: Sensível a variações da pCO2 e no pH


intraliquorico.
 Seio carotídeo: Sensível a aumento na PCO2, redução da PO2 e redução do pH.

Padrões respiratórios:

 Eupneia. Suspiro.
 Apneuse – lesão central.
 Cheyne-stokes.
 Gasping (hipoxemia e hipóxia grave, pré-PCR).
 Cluster. Respiração ataxica.
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA AGUDA

Definição: O sistema respiratório fica incapaz de captar O2 ou eliminar CO2 suficiente para
suprir a demanda do organismo.

Epidemiologia/etiologia:

 Alterações pulmonares e vias aéreas.


 Alterações no SNC.
 Alterações cardiovasculares.
 Alterações neuromusculares/periféricas.
 Disfunção da parede torácica, diafragma e pleura.

Principais mecanismos que levam a IRPA:

 Diminuição da complacência pulmonar – pulmão mais duro e difícil para ser expandido.
 Aumento da necessidade ventilatória.
 Dificuldade para gerar gradiente de pressão entre o ambiente e o espaço pleural.
 Diminuição da força muscular.

Mas qual a importância da IRPA:

 A IRPA mata rápido.


 Está elencada dentro do ABC da emergência.

Classificação:

 IRPA tipo 1 – hipoxemica (PaO2 < 60 mmHg).


 IRPA tipo 2 – hipercapnica (PCO2 > 45 mmHg com pH > 7,35 – acidemia -).
o SatO2 por oximetria avalia a ligação com a hemoglobina. Pode estar normal em
intoxicações por CO!
 Como diferenciar a IRPA tipo 1 da IRPA tipo 2:
o Gradiente alvéolo-capilar (PAO2 – PaO2).
 PA – Pressão alveolar.
 Pa – Pressão arterial.
o Na IRPA do tipo 1, esse gradiente estará elevado (> 15).
 Há um prejuízo da passagem do oxigênio do alvéolo para o sangue.
 Há alterações no processo de oxigenação, que podem ou não estar
associados a hipoventilação alveolar.
o Na IRPA do tipo 2, esse gradiente estará normal (< 15).
 Não há prejuízo da perfusão.
 A hipoxemia é decorrente exclusivamente da diminuição da pressão
alveolar de O2, consequência de hipoventilação.

IRPA tipo 1 – hipoxemica:

 PaO2 < 60 mmHg.


 Associada a um aumento do gradiente alveolar-arterial (> 15).
 Ocorre por prejuízo da difusão do oxigênio do alvéolo para o sangue.
 Shunt – uma parcela do sangue é desviada e chega ao átrio esquerdo desoxigenado,
misturando-se com o sangue proveniente de áreas bem ventiladas e determinando uma
concentração resultante menor de O2.
 Esses pacientes possuem ventilação mantida. PCO2 normal.
 Mecanismos geradores:
o Distúrbio V/Q: Shunt (atelectasia), espaço morto (TEP).
o Limitação da difusão de O2.
 Quebra da membrana alvéolo-capilar (edema intersticial, inflamação
intersticial, fibrose).
o Redução da FiO2.
 Incêndios, ambientes fechados, altitudes.

IRPA tipo 2 – hipercapnica:

 PCO2 > 45 mmHg associada a acidemia (pH < 7,35).


 Distúrbio principal é ventilatório.
 Há acumulo de CO2 no sangue com alteração do pH.
 Secundaria a hipoventilação alveolar.
 A elevação da PaCO2 pode ser decorrente da diminuição da frequência respiratóri ou
do volume corrente, ou ainda, do espaço morto fisiológico.
 Redução do drive respiratório (bulbo):
o TCE grave, com desvio de linha media.
o AVCI.
o Intoxicação por opióides.
 Acometimento de vias aéreas.
o Obstrução de via aérea.
o Bronquite.
o Enfisema.
 Doenças neuromusculares.
o Esclerose lateral amiotrófica.
o Miastenia gravis.
 Uso de musculatura acessória:
o Fadiga diaframática.
 Tiragem subdiafragmática e intercostal.
 Tiragem de fúrcula.
o Batimento de asa nasal.
 Respiração paradoxal abdominal.
 Iminência de parada respiratória.

Quadro clinico:

 Antecedentes de doenças cardíacas ou pulmonares, tabagismo, história de tosse, febre e


sibilancia.
 Alterações na consciência.
 Taquipneia, respiração paradoxal e uso de musculatura acessória.
 MV reduzido, estertores crepitantes e sibilos.
 Cianose, sudorese e taquicardia.

Diagnostico:

 Quadro clinico suspeito – pensar na etiologia.


 Confirmação: oximetria de pulso e gasometria.

Diagnostico diferencial:

 IC descompensada:
o Dispneia paroxística noturna.
o Estase de jugulares.
o Edema pulmonar.
 Acidemia:
o Hiperpneia sem hipoxemia.
o Alterações metabólicas.
o Respiração de kussmaul.
 DPOC:
o Tosse crônica produtiva.
o Dispneia aos esforços.
o Fatores de risco.
o Roncos/sibilos.
 Neuromusculares:
o Dor a compressão muscular.
o Amiotrofia.
 Asma:
o Sibilos.
o Uso de musculatura acessória.
o Roncos.

Sobre exames complementares:

 Oximetria de pulso:
o Sua acurácia é muito boa quando saturação de hemoglobina é superior a 70%.
o Método não invasivo.
o Demonstra resultado imediato.
 Gasometria arterial:
o Permite a avaliação da hipoxemia, da ventilação alveolar (pela mensuração do
CO2) e do estado metabólico pela mensuração do pH.
 Uma PaO2 acima de 60 mmHg é suficiente para uma adequada oxigenação dos tecidos.
 FiO2 normal = 0,21.
o Os pulmões normais são capazes de garantir uma oxigenação adequada com
21% de oxigênio na mistura dos gases (FiO2 = 0,21).
 Relação PaO2/FiO2 (critérios diagnósticos para SDRA):
o Considera-se normal uma PaO2 de 90 mmHg e uma FiO2 de 21%, sendo a razão
na ordem de 430 (maior que 300).
o Quanto mais baixa a relação PaO2/FiO2, maior a disfunção.
o Relação PaO2/FiO2 e classificação da SDRA:
 SDRA leve = < 300.
 SDRA moderado = < 200.
 SDRA grave = < 100.
Tratamento:

 Reconhecimento precoce da IRPA:


o MOV + ABC.
 A – Verificar se a via aérea está livre, falar com o doente.
 B – Ver, ouvir e sentir os movimentos do tórax.
 C – FA, FC, oximetria, gasometria.
o Avaliar fatores de mau prognostico:
 Gravidade, idade e histórico.
o Instituição do suporte apropriado:
 Invasivo, não invasivo.
o Reverter causa base: broncodilatação, diurético, antibiótico.

Protocolo:

 MOV.
 Radiografia de tórax.
 ECG.
 USG.
 Manter Saturação de oxigênio maior que 90% (Cateter ou máscara).
 Coleta de exames (hemograma, leucograma, ionograma [Na, K, Cl, Mg], ureia,
creatinina, PCR, gasometria arterial).
 IOT (se Glasgow < 9).
 Punção do 2° espaço intercostal (Se paciente tiver desconforto respiratório, instabilidade
hemodinâmica ou suspeita de pneumotórax hipertensivo).
 Tratamento direcionado a causa.
6. MANEJO DE VIAS AEREAS
Pontos a serem estudados:

 Parte 1: Abordagem das vias aéreas.


 Parte 2: Intubação orotraqueal.

Abordagem das vias aéreas:

 Sistema ABC para reconhecimento de causas que matam mais rápido o paciente.
 Letra A – Vias Aéreas:
o As vias aéreas estão pérvias?
o O paciente é capaz de proteger adequadamente as vias aéreas?
o O paciente consegue manter uma oxigenação adequada?
o Faça uma pergunta ao seu paciente:
 Se ele responder e falar, é sinal de via aérea pérvia, e que ele consegue
pensar e formular uma resposta adequada.
o Avalie o nível de consciência (escala de coma de Glasgow).

1 2 3 4 5 6
Ocular Não abre os Abre os olhos em Abre os olhos Abertura N/A N/A
olhos resposta a dor em uma espontânea
resposta ao
chamado
Verbal Emudecido Sons Palavras Confuso, Orientado, N/A
incompreensíveis desconexas desorientado conversa
normalmente
Motor Não se Extensão a Flexão Reflexo de Localiza Obedece a
movimenta estímulos anormal a retirada a estímulos comandos
dolorosos estímulos estímulos dolorosos
(descerebração) dolorosos dolorosos
(decorticação)

 Pacientes com Glasgow igual ou menor a 8, tem correlação com ausência


de proteção de vias aéreas, a intubação é mandatória.
o Procure por sinais de obstrução de vias aéreas.
 Estridor, respiração ruidosa, cianose e corpo estranho.
o Uma vez identificado problemas na letra A:
 Manobras de liberação de vias aéreas (inclinação da cabeça com
elevação do mento, chin lift) (jaw thrust, manobra da tração da
mandíbula).
 Retirada de corpos estranhos.
 Aspiração de secreções.
 Intubação orotraqueal.
 Ventilação mecânica.
 Letra B – respiração:
o Ver, ouvir e sentir.
o Avaliar simetria, padrão respiratório, frequência respiratória e uso de
musculatura acessória.
o Murmúrio vesicular, ruídos adventícios.
o Ação:
 Suporte O2.
 VNI.
 Intubação orotraqueal / ventilação mecânica.
 Tratamento etiológico.

Dispositivos de suporte de oxigênio:

 Cateter nasal de oxigênio:


o Baixos fluxos, máximo 5L/min.
o Indicação de casos menos graves.
o Cada litro/minuto aumenta em 3-4% a FiO2.
 Ex: 3L/min, FiO2 de 30-33%.
 Máscara de venturi:
o Consegue oferecer oxigênio a alto fluxo, através de mistura de ar-oxigênio.
o Uso para altos fluxos de O2 (3-15L).
o Ela fornece uma FiO2 precisa (entre 24-50%).


o Usada para necessidade de precisão de titulação de FiO2 (em doentes com
exacerbação de DPOC ou IRPA mista).
 Mascara não-reinalante:
o Possui uma válvula unidirecional e uma bolsa de acumulo de O2.
o O paciente vai inspirar o O2 a 100% que está acumulado na bolsa, e expirar
através a válvula unidirecional, impedindo a reinalação de CO2.
o Consegue fornecer altos fluxos de O2.
o Fornece alta FiO2 (60-90%).
o Possui uma bolsa inflável que armazena O2 a 100%.
o Possui essa válvula unidirecional.
o Indicada em casos de hipoxemia grave.
 Bolsa-válvula-mascara (ambu):
o Componentes:
 Válvula unidirecional.
 Bolsa de acumulo de O2 a 100%.
 Bolsa para fornecer ventilação ao paciente.
o Indicado para pacientes que não possuem drive respiratório adequado
(rebaixamento da consciência, bradipineia e drive inadequado).
o Serve para corrigir hipoxemia e hipoventilação.
o Consegue fornecer oxigenação com O2 em alto fluxo.
o Técnica para a ventilação: C e E.
 VNI – ventilação não invasiva.
o Características da VNI:
 Pressão positiva.
 PEEP.
 Máscara facial.
 Circuito único.
o Indicada em pacientes com DPOC exacerbado, ICC descompensada e EAP, IR
hipoxemica.
o Contraindicações para uso da VNI:
 Agitação psicomotora intensa, alterações do nível de consciência.
 Arritmias graves.
 Instabilidade hemodinâmica, choque.
 Incapacidade de proteção de vias aéreas, baixa eficiência do mecanismo
de tosse.
 Hemorragia digestiva alta, grande quantidade de secreção.
 Lesões faciais que impossibilitam uso de mascaras.
 Pacientes que necessitam de IOT.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

Indicações para IOT:

 Incapacidade de manter a via aérea patente.


 Incapacidade de proteger as vias aéreas contra a aspiração.
 Incapacidade de ventilar.
 Incapacidade de oxigenar.
 Antecipação de uma deterioração clínica iminente.

Os 7Ps da intubação:

 Preparação.
 Pré-oxigenação.
 Pré-tratamento.
 Posicionamento.
 Paralisia com indução.
 Passe o tubo.
 Pós-intubação.

Preparação:

 Monitorar o paciente adequadamente (MOV): oximetria de pulso, PA, cardioscopia,


capnografia.
 Obter um acesso venoso de qualidade.
 Testar o laringoscópio e as laminas, testar o tubo e o balonete (cuff) escolhidos.
 Fio guia.
 Selecionar as drogas e prepara-las.
 Testar bolsa-máscara (ambu) e aspirador disponíveis.
 Avaliar o paciente quanto a via aérea difícil.

Pré-oxigenação:

 3 minutos de O2 a 100% com o intuído de denitrogenar o pulmão.


 O objetivo aqui é colocar a maior quantidade de O2 dentro do pulmão e criar um
reservatório de O2 dentro do pulmão com o objetivo de prevenir hipoxemia.
 Prevenir a hipoxemia durante a intubação.
Pré-tratamento:

 Reduzir a descarga adrenérgica, aumento da PIC e resposta broncoespástica durante a


intubação.
 Fazer drogas analgésicas:
o Lidocaína 1,5mg/kg (frasco-ampola com 20mL).
 1% - 10mg/mL (200mg/20mL) – usar 10-15mL
 2% - 20mg/mL (400mg/20mL) – usar 5-10mL.
o Fentanil 3µg/kg (frasco ampola com 2mL, 50µg/ml, 100µg/2ml) – usar 2/3
ampolas.

Posicionamento:

 Alinhar os 3 eixos: boca, faringe e laringe.


 Extensão do pescoço com flexão da cabeça (posição do cheirador).
 Colocar um coxim sub-occipital.
 Ver se o tragus está alinhado com o esterno.

Paralisia com indução:

 Usar um sedativo para indução seguido de um bloqueador neuromuscular.


 Sedativos:
o Etomidato 0,3mg/kg (ampola com 10mL, 2mg/ml) – usar 2/3 ampolas.
o Midazolan 0,3mg/kg (ampola com 3ml, 5mg/ml) – usar 2/3 ampolas.
o Ketamina 1,5mg/kg.
o Propofol 1-2mg/kg (frasco-ampola com 50mL, 20mg/mL) – usar 5/10mL.
 Bloqueador neuromuscular:
o Succinilcolina 1,5mg/kg (pó para solução injetável – 100mg/500mg)
 Possui meia-vida mais curta e tempo de início de ação mais rápido.
 Paciente pode fazer fasciculações. Paciente parou de fascicular = TUBO.
 Manuseio:
 Diluir 1 ou 2 frascos em 10mL de SF0,9%.
o Rocuronio 1mg/kg (ampola com 5ml, 10mg/ml) (50mg/5ml) – usar 1,2 ampolas.

Passe o tubo:

 Segure o laringoscópio com a mão esquerda.


 Abra a boca com a mão direita.
 Introduza o laringoscópio no canto direito da boca.
 Empurre a língua para a esquerda.
 Avance e veja a epiglote.
 Levante a epiglote.
 Veja as cordas vocais.
 Pegue o tubo com a mão direita.
 Passe o tubo sob visualização direta.
 Instalar o cuff e confirmar o posicionamento.

Pôs-intubação:

 Auscultar epigástrio, base esquerda, base direita, ápice direito e ápice esquerdo.
 Fixação do tubo.
 Rx de tórax.
 Sedação.
 Ajustar ventilação mecânica.

Avaliação de via aérea difícil:

 Extensão do pescoço limitada (< 35º).


 Índice de Mallampati (3, 4).
 Índice de Cormack/lehane (3, 4).
 Distância dos interincisivos (< 3,5 cm).
 Distancia tireomentoniana (< 6,5 cm).
 Distancia esternomentoniana (< 12,5 cm).
 Limitação da mobilidade mandibular.
7. VÍTIMA DE TRAUMA NA VIA PÚBLICA: ACIDENTE AUTOMOBILISTICO,
QUEDA DO MESMO PLANO E PLANO ELEVADO.

CINEMÁTICA DO TRAUMA

Introdução:

 Lesão que causa alteração estrutural e fisiológica no organismo.


 Principal causa de mortalidade em jovens
 3ª causa de mortalidade no brasil.
 Distribuição trimodal:
o 1 – Mortes imediatas: ocorre na cena do acidente.
o 2 – Mortes precoces: 2/3 horas após o acidente (na chegada ao hospital).
o 3 – Mortes tardias: 24 horas após o acidente (por complicações do próprio
trauma ou complicações do tratamento).

Avaliação da cena do acidente:

 Determinar as lesões resultantes das forças e movimentos envolvidos:


o Danos no veículo.
o Distancia da frenagem.
o Posição das vítimas.
o Uso do cinto de segurança.
o Lesões aparentes (marcas de cinto, sangramentos, etc).
 Primeira lei de newton – inercia.
 Lei da conservação da energia.
o Energia cinética:
 Com a frenagem se transforma em energia térmica.
 Com a colisão, se transforma em energia mecânica.
 Essa energia mecânica que gerará deformidade, a qual será
transmitida a vítima do trauma.
o Ec = mv².
Efeito cavitação:

 “Quando um corpo em movimento colide contra o corpo ou quando este for lançado
contra um objeto parado, há transferência de energia. Os tecidos são deslocados, criando
uma cavidade”.
 Pode-se criar dois tipos de cavidades:
o 1 – Temporárias: As estruturas voltam a posição inicial. EX: agressão física.
o 2 – Definitiva: O trajeto não é regenerado. EX: FAF.
 Trauma penetrante:
o A energia se concentra toda em uma única ponta, causando ruptura da pele.
o Exemplos: FAB, FAF.
o Não retirar objetos no ato, pode causar alguma hemorragia. Retirar no centro
cirúrgico.
 Trauma contuso:
o A energia se concentra em grande área. Barotrauma.
o Exemplo: Colisão Automobilística.

Fases de evolução da vítima do trauma:

 Pré-colisão: tudo o que antecede o evento em si,


o Ingestão de álcool/drogas.
o Doenças preexistentes.
o Condições ambientais.
o Idade da vítima.
 Colisão: momento da colisão/trauma:
o Direção da variação de energia.
o Quantidade de energia transmitida.
o Forma como as forças afetaram a vítima.
 Pós-colisão: consequências da colisão e lesões sofridas pelas vítimas.

Formas de colisão:

 Colisão frontal: deformidade do volante e do pedal sugerem lesões (cabeça, pescoço,


tórax, abdome, pelve, mmii).
 Colisão traseira: movimento de chicote do pescoço.
o Hiperextensão de vertebras.
o Contusão torácica.
 Colisão lateral: paciente x porta do carro. Choque entre passageiros.
o Trauma de pescoço (ruptura de partes moles, luxação de vertebras), fratura de
clavícula, ruptura de outros órgãos e mmii.
 Capotamento: um pouco de tudo.

Acidente de motocicleta:

 Colisão frontal – motociclista com ejeção (lesão é mais grave), fratura de fêmur
bilateral.
 Colisão lateral – esmagamento de estruturas (trauma de mmii).

Atropelamento:

 Adulto – Lesões de mmii, ejeção por cima do carro.


 Criança – Impacto nas regiões de tórax, abdome e pelve, lançamento para baixo do
veículo.

Quedas:

 Altura da queda (considerada importante quando a altura excede em 3 vexes a altura do


paciente).
 Maneira de como o paciente caiu (o que entra em contato com o solo primeiro recebe a
maior parte das lesões).
 Superfície da queda (+ rígida = maior impacto).
 Síndrome de d’juan – fratura bilateral dos calcâneos.

Explosões:

 Tipo de explosivo, ambiente (confinado/aberto).


 Formas de lesão:
o Onda de energia.
o Arremesso de objetos.
o Queda.

ATLS – ATENDIMENTO INICIAL

Objetivos:

 Estabelecer as prioridades de atendimento ao politraumatizado.


 Entender o protocolo ABCDE.

Preparação:

 Pré-hospitalar.
o Regulação do paciente.
 Intra-hospitalar.
o Transferência com contato prévio.
 Planejamento e preparação.
o Triagem.

MOV:

 Monitorização:
o Monitor cardioscópico.
o Oxímetro.
o Esfignomanometro.
 Oxigênio.
 Veia (pelo menos 2 acessos calibrosos para reposição volêmica).
o ATLS: todo o paciente vitima de politrauma irá ganhar 1 litro de ringer lactato.

Avaliação primária:

 A – Vias Aéreas.
 B – Boa respiração.
 C – Circulação.
 D – Disfunções neurológicas.
 E – Exposição do Paciente.
o O ABCDE é feito para identificar o que mata primeiro em um trauma (ou o que
mata mais rápido).
o Identificar e tratar os problemas de cada letra.
o Só ir para a próxima letra depois que identificado e tratado os problemas da letra
anterior.

A: VIA AEREA

 Imobilização da coluna cervical e permeabilidade das vias aéreas:


o Colar cervical: evitar lesões neurológias secundárias a mobilização.
 O colar cervical faz bloqueio apenas dos movimentos de flexão e
extensão.
 Mesmo com o colar cervical, segurar a cabeça da vítima ou uso de
redblocks.
o Procurar sinais de obstrução.
 Falar com o paciente.
 Analisar sons, fragmentos e substancias que saem da voz da
vítima.
 Manobras básicas:
o Chin lift – elevação do mento sem hiperextender o
pescoço da vítima, eleva a língua.
o Jaw thrust – protrusão da mandíbula. Segurar nos 2 ramos
da mandíbula e elevar a mandíbula.
o Guedel – acopla e fica na boca do paciente, eleva a língua,
garantindo a via aérea pérvia.
o Aspiração.
 Via aérea avançada:
o Intubação orotraqueal.
o Cricotireoidostomia.
o Avaliação da coluna cervical.
 Traqueia móvel e centralizada.
 Jugular.
o Suporte de oxigênio.

B: BOA RESPIRAÇÂO

 Fornecer um adequado suprimento de oxigênio e garantir as trocas gasosas.


o Inspeção, ausculta, palpação, percussão.
o ATLS: todo o paciente vítima de politrauma merece um suprimento de oxigênio.
o Buscar lesão, crepitações, sons de percussão (hipertimpanismo, timpanismo),
ausculta (MV presente/simétrico/reduzido/abolido, bulhas cardíacas).
 Lesões torácicas potencialmente letais:
o Pneumotórax hipertensivo.
o Pneumotórax aberto.
o Hemotórax maciço.
o Tórax instável.
o Tamponamento cardíaco.

C: CIRCULAÇÃO

 Investigar e conter hemorragias (choque).


o Nível de consciência.
 Ansioso, confuso, letárgico.
o Pele.
 Cor, temperatura, umidade.
 Tempo de enchimento capilar.
o Pulsos.
 Qualidade, frequência, ritmo.
o Pressão.
 Hipotenso.
 No trauma: sinais de má perfusão tecidual é igual a choque hipovolêmico, que é igual a
presença de sangramento ativo.
o Buscar e interromper o sangramento.
 Locais de sangramento:
o Tórax (hemotórax maciço).
o Abdome (lesão hepática, esplênica, peritonismo).
o Pelve (fazer exames de estabilidade pélvica, compressão da pelve em busca de
cisalhamento ósseo, compressão do anel pélvico).
o Ossos longos (MMII e MMSS).
o Exterior.
o TCE (hemorragia intracraniana) – NÃO CAUSA CHOQUE HIPOVOLEMICO.

D: DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

 Avaliação da escala de coma de Glasgow e pupilas.


o Nível de consciência – Glasgow.
o Pupilas:
 Isocóricas – mesmo tamanho, simétricas.
 Fotorreagentes – reativas a luz.

E: EXPOSIÇÃO
 Prevenir hipotermia:
o Despir o doente.
 Inspeção do dorso.
 Fraturas em membros.
 Perfusão das extremidades.
 Lesões sangrantes.
o Prevenção da hipotermia.
 Cobertores.
 Soluções aquecidas.

Avaliação secundaria:

 História S AMPLA (colher b-HCG se mulher).


 Sondas.
 Avaliação radiológica.
 Serie de trauma:
o Rx cervical.
o Rx tórax.
o Rx pelve.
o Tc tranio.

SE VOCE SE PERDER, VOLTE PARA A LETRA A.


8. DROGAS EM U/E

PRINCIPAIS FÁRMACOS DO CARRINHO DE EMERGÊNCIA


Medicamento Concentração Ação e indicação Dose Precauções
Adenosina 6mg/2mL Antiarrítmico (TPSV) 1ª: 6mg EV bolus + Asma grave;
flush 20mL SF 0,9% BAV 2º e 3º sem MC;
Doença do nó sinusal
2ª: 12mg EV (5 a 10min
interval)
Adrenalina 1mg / ml Vasoconstritor e broncodilatador. 1mg/dose EV a cd 3/3 Dose muito alta: IAM,
(epinefrina) Suporte hemodinâmico em ou 5/5min. AVC, TV, convulsões.
situações de parada
cardiorespiratória ou estados de
choque; Reações de anafilaxia ou
choque anafilático; Crise asmática
grave e pouco responsiva as
medidas terapêuticas habituais
Aminofilina 24mg/mL Broncodilatador, asma grave, Ataque: 5 a 6mg/kg EV Gastrite aguda, arritmias,
DPOC exacerbada. diluídos em 30mL de úlceras gástricas.
SF (correr em 10 a 30
min).
Amiodarona, 150mg/3mL Antiarrítmico classe III (TV, TSV, 300mg EV diluído em BAV 2º e 3º sem MC;
cloridrato PCR com FV/TVsp) 30mL SF fazer em Choque cardiogênico;
bolus. Dose Doença do nó sinusal;
suplementar de 150mg Disfunção hepática;
se refratária ou
recorrente.
Atropina, 0,25mg/1mL Tratamento de intoxicações por 1 a 2mg EV a cd Glaucoma;
sulfato inibidores da colinesterase (por 10/20min até efeito Doença Obstrutiva
exemplo: inseticidas atropínico; depois: a cd Intestinal;
organofosforados), drogas 4h (máx 50mg/24h) Uropatias
colinérgicas e muscarínicas;
bradicardias.
Clorpromazina 5mg/mL Anti-psicótico – neuroléptico: 25 até 400mg/dose IM Hepatopatias;
(Amplictil) crises esquizofrênicas, agitação ou EV Glaucoma.
Bicarbonato de 8,4% (mesmo Acidose metabólica e suas 1mEq/kg (=1mL); Hipopotassemia;
Sódio que manifestações 0,5mEq/kg EV a cd Tetania;
8,4mg/mL) 10min. Convulsão.
Diazepan 10mg/2mL Anticonvulsivante, sedação basal 0,1 a 0,2mg/kg/dose EV Glaucoma;
antes de procedimentos, lento (0,2mL/min) sem Miastenia.
ansiolítico, calmante (agitação diluir. Repetir SN até
motora, delirium tremens, pânico) 2x a cd 15min.
e alívio do espasmo muscular
reflexo devido a traumatismos Antídoto: Flumazenil
localizados
Dobutamina, 12,5mg/mL Inotrópico/cardiotônica não 5 a 10µg/kg/min EV e Miocardiopatia
cloridrato 250mg/20mL digitálica para tratamento da ICA, titular conf. resposta até hipertrófica;
estados de hipoperfusão por baixo 20µg/kg/min. Estenose subaórtica
DC, pressão de enchimento Evitar uso por mais de 2 hipertrófica.
ventricular aumentado dias.
Dopamina, 50mg/10mL Inotrópico/cronotrópico/hipertens Dose inotrópica e no Evitar uso com fenitoína;
cloridrato ora para tto de choque choque: 5 a 12
cardiogênico, hipovolêmico, µg/kg/min EV e titular
anafilático, distributivo (séptico), +/- conforme resposta.
IAM, hipotensão severa.
Etomidato 2mg/mL Hipnótico usado na 0,3mg/kg EV. Principal Choque séptico
anestesia/sedação indicação na HIC.
Fenitoína sódica 5% Anticonvulsionante; crises 20mg/kg EV direto ou Discrasias sanguíneas;
250mg/5mL convulsivas durante ou após diluído em SF 0,9% até Função hepática, renal ou
neurocirurgia; crises tônico- 50mg/min. tireoidiana
clônicas (grande mal) comprometidas.
generalizadas e crise parcial
complexa (lobo psicomotor e
temporal); -estado de mal
epiléptico
Fenobarbital 200mg/2mL Barbitúrico e anticonvulsionante; Convulsão e estatus Insuficiência Resp Grave
sódico prevenção de crises convulsivas epilepticus: 300 a em VM;
em indivíduos com epilepsia; 500mg EV, seguida de Insuf. Hepática ou Renal.
epilepsia tônico-clônica 100 a 200mg a cd
generalizada e nos ataques de lobo 30min até controle ou
temporal e focais, bem como nas dose máxima de 2g.
convulsões febris em crianças,
embora seja mais usado quando a
fenitoína não controlou
efetivamente os ataques. O
fenobarbital é sempre a droga de
escolha devido ao seu largo
espectro de ação e segurança
Fentanila, 0,05mg/mL ou Analgésico potente e sedativo 3µg/kg EV em 30 a 60s Asma;
citrato (Fentanil) 50µg/mL HIC;
Politraumas c/
hipovolemia.
Flumazenil 0,5mg/5mL Antídoto para a reversão completa 0,2 a 0,3mg EV Convulsões
ou parcial dos efeitos sedativos seguidas de 0,1 a 0,2mg
centrais dos benzodiazepínicos a cd 60s até o máximo
de 3mg/60min
Furosemida 20mg/2mL Diurético de alça; edemas devido a IC: 20 a 40mg/dose EV Insuf Renal anúrica sem
doenças cardíacas (IC aguda com 1 ou 2x e titular para resposta as doses.
edema pulmonar), hepáticas obter peso seco;
(ascite) , renais (sx nefrótica), IR: 40 a 80mg/dose EV
cerebrais, queimaduras, crises até o máximo de 1g
hipertensivas. total.
Glicose 50% (ou Hiperglicemiante: hipoglicemia, 40 a 60ml EV diluída CAD;
Hipertônica 50mg/10mL) coma alcóolico. em SG 5% 250mL HSA ou HIP;
Delirium tremens com
desidratação;
Como hepático.
Gluconato de 10% Hipocalcemia aguda, alcalose?, 10mL EV bolus lento Cálculos renais;
Cálcio 0,5mEq/mL ou depleção de eletrólitos: (3min). Fibrilação Ventricular;
1mg hipercalemia e hipermagnesemia; Titular concentração no FC <80bpm
coadjuvante na RCP caso de hipocalcemia
ou
hipermagnesemia/hiper
calemia.
Haloperidol 5mg / ml Como agente antipsicótico: em 2 a 5mg/dose IM a cd 4
(Haldol) delírios e alucinações na ou 8h. Máx 10mg/dose.
esquizofrenia aguda e crônica. Na
paranoia, na confusão mental EV: 1mg/min sob
aguda e no alcoolismo (Síndrome monitorização!!!.
de Korsakoff). Como um agente
antiagitação psicomotor: mania,
demência, alcoolismo, oligofrenia.
Agitação e agressividade no idoso.
Distúrbios graves do
comportamento e nas psicoses
infantis acompanhadas de
excitação psicomotora.
Movimentos coreiformes
Hidrocortisona, 100mg Distúrbios alérgicos agudos 100 a 500mg/dose EV Infecções não
succinato (estado asmático, reações de acordo com o controladas;
anafiláticas, picadas de inseto, problema/hipótese Imunocomprometidos
etc.), após ter-se tentado
epinefrina; choque secundário a
insuficiência adrenocortical.
Isossorbida, 5mg Vasodilatador; antianginoso 5mg SL. Repetir 3x em Hipotensão;
dinitrato (Sublingual) (angina pectoris) intervalos de 5 a 10min HSA, HIP;
(Isordil) Hipovolemia
Lidocaína, 2% sem vaso Antiarrítmico classe IB, anestésico 1 a 1,5mg/kg EV em BAV sem MC.
cloridrato 20mg/mL local e regional. Sedação em bolus até dose máx. de
pacientes com broncoespasmo e 3mg/kg.
HIC
Magnésio, 10% Torsades de Points (Taquicardia 1 a 2g EV diluído em Hipermagnesemia
sulfato 1,81mEq/mL Ventricular Polimórfica); 10mL de SG 5% e
Tratamento de hipomagnesemia. - administrar em 1 a 2min
Controle de convulsões causadas
por uremia aguda, eclampsia e
tétano.
Midazolam 5mg/mL Benzodiazepínico, sedativo e 0,3mg/kg EV. Titular Glaucoma;
(Dormonid) indutor do sono até estado desejado. Choque.
Metilpredinisolo 125mg Antinflamatório esteroidal. Asma, 60 a 125mg/dose EV x Infecções não
na, succinato DPOC, insuficiência 3 a 4x. controladas;
Sódico adrenocortical, crises alérgicas, Imunossuprimidos.
reumáticas, lúpicas, respiratórias,
Menigite tuberculosa...
Metoprolol, 5mg/5mL Antiarrítmico classe II, (TSV), 5mg/dose EV Choque cardiogênico;
tartarato IAM Bradicardia; BAV;
(Seloken) Broncoespasmo.
Morfina 10mg /ml Analgésico opioide forte, alívio de Analgesia: 2 a Asma; HIC;
dor intensa (Ca, IAM, lesões 5mg/dose EV lento a cd Tu intracraniano;
graves) 4h e titular pela Politrauma com
resposta; hipovolemia.
Sedação: 1 a 10mg EV
bolus a cd 1 ou 2h ou 5
a 35mg/h.
Nitroglicerina 50mg/10mL Vasodilatador, tratamento de Diluir 50mg (10mL) em Hipotensão;
(Tridil) hipertensão perioperatória; para 500ml SG 5%: HIC;
controle de insuficiência cardíaca 100µg/mL de Não usar equipos de PVC
congestiva, no ajuste do infarto concentração. devido a migração da
agudo do miocárdio, para Iniciar com 5 a nitroglicerina neste
tratamento de angina pectoris em 10µg/min e titular material;
pacientes que não respondem à conforme resposta. Angina.
nitroglicerina sublingual e
betabloqueadores e para indução
de hipotensão intraoperatória
Nitroprussiato 25mg/2mL Vasodilatador, hipotensor, edema 0,5µg/kg/min EV em Insuficiência hepática e
de sódio cerebral. Estimula o DC e reduz a infusão continuar. renal;
(Nitropuss) necessidade de oxigênio no Titular conforme a Dosar tiocianato a cd 24h
miocárdio na IC resposta. 10µg/kg/min se usar doses altas
dose máxima por
alguns minutos.
Naloxona, 0,4mg/mL Antídoto para intoxicação por 0,4 a 2mg/dose EV em
cloridrato opioides bolus ou IM, SC.
Norepinefrina, 8mg/4ml Simpaticomimético, Inicial: 0,5 a 4µg/min e Arritmias;
hemitartarato vasoconstritora, hipertensiva, tto titular pela resposta. Necrose tecidual
(Noradrenalina) de estados hipotensivos na sepse, Dose habitual: 8 a
IAM, reações à fármacos), 12µg/min em infusão
coadjuvante na PCR e hipotensão continuar e titulada
profunda conforme resposta.
Prometazina 25mg/mL Anti-histamínico usado para 25mg/dose EV Glaucoma;
(Fenergan) reações anafiláticas e Agitação: 50mg/dose Depressão do SNC
alérgicas/antieméticas associada a haldol
r-Tpa Alteplase 50mg/50mL Trombolítico, IAM, TEP e AVEi IAM: Hemorragia ativa ou
(até 4,5h do icto) - <65kg 15mg bolus EV recente;
inicial + 0,75mg/kg (até AVC hemorrágico;
50mg) em 30 min + Uso de heparina;
0,5mg/kg em 60 min; Coagulopatias;
- >65kg 15mg bolus EV RNI > 1,7;
inicial + 50mg em 30 Cirurgia recente;
min + 35mg em 60 min; MAV;
AVCi: PAS >185 ou PAD >110;
- 0,9mg/kg sendo 10%
da dose total em EV em
bolus de 1 minuto +
infusão contínua do
restante em 60 min;
TEP:
- 100mg em infusão
contínua em 2h.
Succinilcolina, 500mg Relaxante muscular/bloqueador 0,6 a 1,2mg/kg EV em HIC;
cloridrato neuromuscular. IOT bolus. Miopatias com CPK
elevado, K elevado
Terbutalina, 0,5mg/mL Broncodilatador (asma, enfisema, 250µg EV em 10min e Hipocalemia
sulfato bronquite, DPOC) relaxante no infusão contínua de 3 a
(Bricanyl) musculo uterino 12µg/min
Verapamil, 5mg/2mL Bloqueador de canal de cálcio, 5 a 10mg EV em 2 ICC com FE <30;
cloridrato antiarrítmico classe IV (TSP e minutos para BAV sem MC;
FA). cardioversão química Hipotensão grave.
Potássio, cloreto 19,1%/10mL Eletrólito. Hipopotassemia 600 a 900mg (8 a Hiperpotassemia;
KCL 19,1% 191mg/mL 12mEq) 3x ao dia. POI;
Trauma extenso de
tecidos.

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