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1.

Identificar os elementos constituintes do ato de conhecer tendo em conta como


se descreve o processo de conhecimento (perspetiva fenomenológica).
A epistemologia é a disciplina que investiga problemas como:
 A natureza do conhecimento: o que é o conhecimento? O que determina o
conhecimento – o sujeito ou o objeto?
 A origem do conhecimento: qual é a fonte do conhecimento: a sensibilidade
ou a razão?
 A possibilidade do conhecimento: o que podemos conhecer? Conhecemos a
realidade em si mesma? Podemos ter a certeza daquilo que conhecemos?

Conhecer é uma atividade que se exprime num ato e um ato de apreensão de um


objeto por parte de um sujeito.

Os elementos fundamentais do ato de conhecer são:


 O sujeito: entidade responsável pela apreensão e interpretação dos dados do
Mundo exterior à mente - sujeito cognoscente porque é aquele que conhece
 O objeto: entidade apreendida pelo sujeito e passível de ser conhecida;
transcendente ao sujeito – objeto cognoscível porque se deixa apreender pelo sujeito.
 A relação de conhecimento que aqueles estabelecem entre si.
O objeto transcende o sujeito e ambos são entidades distintas.
Para que haja conhecimento, devem existir as seguintes condições:
 Contato ou relação entre sujeito e objeto - Sensação
 Órgãos dos sentidos que recebem estímulos e transmitem ao sistema
nervoso central os dados do objeto - Perceção
 Configuração dos dados, dando-lhes significado de modo a construir a
representação mental do objeto – Razão/Entendimento
2. Esclarecer o conceito de conhecimento de acordo com os diferentes tipos.
Existem três tipos de conhecimento:
 Conhecimento de aptidão ou “saber-como”: trata-se do conhecimento
prático ou saber-fazer. Exemplo: saber andar de bicicleta.
 Conhecimento por contacto ou “conhecer algo ou alguém”: é o
conhecimento direto ou presencial de um objeto. Exemplos: conhecer Paris,
conhecer a Ana.
 Conhecimento proposicional ou “saber que”: é o conhecimento dos
factos; descreve um facto. Chama-se proposicional porque as proposições
são os factos afirmados nas proposições declarativas.
3. Identificar as condições necessárias para haver conhecimento de acordo com a
conceção tradicional de conhecimento (CVJ).
O conhecimento proposicional envolve três requisitos: a verdade, a crença e a
justificação.

Esta conceção, de matriz platónica, é também chamada definição tripartida de


conhecimento. Tripartida, porque nela se estabelecem três condições para que haja
conhecimento:
 a existência de uma crença - não é concebível termos conhecimento de factos
em que não acreditamos; o conhecimento não pode ser-nos atribuído se não
acreditarmos nos factos em questão;
 a verdade dessa crença- A verdade depende do mundo e não do sujeito. Se não
é um facto que o mundo é assim não há conhecimento. Atribuir conhecimento
a alguém é, então, considerar que essa pessoa está informada dos factos,
domina verdades.
 a justificação da crença - Boas razões que formam a justificação apropriada das
crenças. Existe um esforço genuíno do sujeito para apresentar essa
justificação. Ela garante que a crença não é simplesmente verdadeira por
mero acaso, acidente ou sorte. “Prende” a verdade e permite que o
conhecimento se verifique

Se consideradas conjuntamente, são condições suficientes para que haja


conhecimento. Se consideradas separadamente, são apenas condições necessárias.
4. Expor a objeção de Gettier
Na filosofia contemporânea, Edmund Gettier foi um dos filósofos a colocar em questão
a definição tradicional de conhecimento. Para tal, recorreu a contraexemplos. Nos
contraexemplos, verifica-se que:
 P é verdadeira;
 S acredita que P;
 S tem uma justificação para acreditar que P.
Os dois contraexemplos elaborados por Gettier são situações em que as três
condições estão conjuntamente suficientes sem que seja possível afirmar que S sabe
que P. Gettier quis demonstrar que as três condições avançadas pela conceção
tradicional de conhecimento podem não ser suficientes para que haja conhecimento
proposicional. Gettier afirma que a justificação pode ser fruto do acaso, pode ser uma
coincidência

5. Distinguir as seguintes formas de justificação do conhecimento: a priori e a


posteriori.
6. Demonstrar a posição cética acerca do conhecimento recorrendo aos
argumentos céticos.
Para os céticos, nem a experiência, nem o pensamento justifica devidamente as
nossas crenças, não garantem que não estamos enganados. Porque não há
justificação adequada, nenhuma das nossas crenças pode ser considerada
conhecimento. Devemos, por isso, “suspender o juízo”.
Os céticos aceitam o seguinte:
 Todos nós temos crenças.
 Sem crença não há conhecimento.
 Algumas das nossas crenças são verdadeiras (ou Deus existe ou Deus não
existe; uma delas pode ser verdadeira mesmo que não se saiba qual –
disjunção).
 Sem crença justificada não há conhecimento.

Os céticos têm 3 razões para duvidar da conceção de conhecimento:


 1º Argumento (trilema de Agripa)
o Regressão infinita da justificação: Justificação de uma crença com base
noutra crença; para que esta crença possa justificar a primeira, temos de
a justificar também.
o Raciocinar em círculo: recuar nas nossas justificações até, eventualmente,
voltarmos a uma crença que já usámos como justificação
o Parar numa crença não suportada: parar numa dada crença e não recuar
mais na cadeia das justificações, deixando essa crença sem qualquer
justificação.

 2º Argumento
o Divergências de opinião: Se alguma opinião estivesse devidamente
justificada não haveria razão para outras pessoas razoáveis não a
aceitarem
 3º Argumento
o Argumento da ilusão: os nossos sentidos iludem-nos frequentemente,
o que mostra que não são dignos de confiança

7. Avaliar a perspetiva cética.


Existem correntes que não concordam com a posição cética. Desde logo, o
Fundacionismo. As crenças fundacionais são crenças que: 1) se autojustificam ou
que 2) não precisam de justificação, (Ou o Porto ou o Sporting, ou o Benfica ganham
a Liga na próxima época); 3) são justificadas, não por outras crenças, mas, por
exemplo, pela experiência, que não precisa ela própria de justificação.
Além desta corrente, também Descartes, Hume, Infinitismo e Coerentismo.

8. Relacionar a perspetiva cartesiana com o ceticismo.


O objetivo de Descartes é mostrar que os céticos estão enganados e provar que o
conhecimento é possível. Descartes considera haver crenças que a razão, só por si,
pode justificar. Numa época marcada pelo ceticismo, Descartes adota esta perspetiva
provisoriamente – utiliza o ceticismo e a dúvida para encontrar o conhecimento
verdadeiro. Descartes sabe que encontrando verdades absolutamente indubitáveis a partir
das quais possa, ordenadamente, deduzir outras verdades, que, por isso, fica a saber serem
também indubitáveis. Descartes utiliza o método da dúvida metódica.

9. Explicar a dúvida metódica no sistema cartesiano.


Método da dúvida (a dúvida metódica): Este consiste em duvidar de tudo - de todos
os conhecimentos até então adquiridos ou daqueles que levantem a menor dúvida (é
o início do seu percurso). É essencial, pois tem 3 vantagens:

• libertar-nos dos preconceitos;


• desviar o espírito dos sentidos;
• impedir-nos de duvidar do que reconhecemos ser verdadeiro.

Descartes escolhe um método, a dúvida, e decide rejeitar como falso tudo o que
não for absolutamente indubitável. Todas as nossas crenças terão de ser
submetidas à dúvida e só serão aceites como justificadas se passarem no teste.
Passar no teste é tentarmos duvidar delas e não conseguirmos. Assim se chega
a uma crença indubitável. A dúvida é uma suspensão do juízo; tem uma função
catártica, liberta o espírito dos erros, dos preconceitos, que o podem perturbar ao
longo do processo de procura da verdade e impedir a reconstrução, com fundamentos
sólidos, do edifício do saber (exercício voluntário)

10. Caracterizar a dúvida cartesiana.


A dúvida cartesiana é:
• Metódica –porque procede de forma organizada e sistemática à investigação
das nossas crenças, baseada no princípio que só é verdadeiro aquilo de que
não houver nenhuma razão para duvidar; é um meio para atingir a certeza; é
a ferramenta da razão que permite evitar o erro.
• Provisória – porque não é um fim em si mesmo, como a dúvida cética, mas
um meio para alcançar a primeira certeza; o objetivo do filósofo é reconstruir
o edifício do saber, descobrir certezas e evidências que resistam à dúvida.
• Hiperbólica – rejeita como se fosse falso tudo aquilo em se note a mínima
suspeita de incerteza; nenhuma dúvida é disparatada ou exagerada, porque
considera como falso aquilo de que há razões para duvidar e inventa razões
para duvidar, como os argumentos dos sonhos e do Deus enganador;
• Universal – porque nada está imune á dúvida, aplicando-se sistematicamente
a todo o tipo de crenças (a priori ou a posteriori) e até às nossas próprias
faculdades racionais.
• Voluntária: animada por uma vontade de verdade e ciência
• Radical: dirige-se aos fundamentos, certa de alcançar com eles a queda de
todo o edifício.

11. Explicar as causas da dúvida (os argumentos da ilusão dos sentidos, do sonho
e a hipótese do génio maligno).
• Duvidou dos dados dos sentidos – não são fontes seguras de
conhecimento, pois se os sentidos nos enganaram antes não podemos estar
certos de que não nos enganam sempre; é como desconfiar de alguém que
já por várias vezes nos enganou.
• Argumento do sonho ou a não distinção entre o sonho e a vigília: duvidou
/ rejeitou tudo o que até então tinha entrado na sua mente porque nos sonhos
tudo se passa como se estivéssemos realmente acordados. Ora, se as
experiências que temos num caso e noutro são idênticas, como podemos
saber que, neste preciso momento não estamos a sonhar? Descartes conclui
que não podemos saber e que, portanto, tudo pode não passar de ilusão. O
argumento dos sonhos leva-o à conclusão de que podem ser falsas todas as
crenças que possuímos sobre o mundo. Será o mundo físico uma ilusão?
E, enquanto sonhamos acreditamos que tudo está a acontecer na realidade
e não apenas na nossa cabeça. Estamos a sonhar, mas parece que estamos
realmente acordados. Mesmo nos sonhos acreditamos que 2+2=4. Por isso,
independentemente de estarmos a sonhar ou não, há certas coisas que
parecem absolutamente certas – como é o caso das verdades matemáticas.
Mas, nem sequer isso escapa à dúvida. Assim, duvidou das noções e
demonstrações matemáticas, de todos os conhecimentos resultantes do
raciocínio.
• Hipótese do génio maligno: É uma experiência mental que consiste em imaginar
uma espécie de divindade enganadora que usa o seu enorme poder para se divertir
à nossa custa. Essa divindade manipula sistematicamente os nossos pensamentos
sem nos apercebermos disso. O poder desse génio seria tal que conseguiria causar
na nossa mente todas as crenças que bem lhe apetecesse. Por exemplo: enganar-
nos sempre que pensamos que 2+2= 4, fazendo-nos pensar que isso é verdade,
mesmo não o sendo. Quem sabe se a verdade não será: 2+2= 5? É possível,
portanto, que estejamos a ser sistematicamente enganados pelo génio maligno
quando acreditamos que 2+2=4. Logo, talvez o resultado do nosso raciocínio
matemático seja falso.
12. Mostrar o significado e o papel das operações da razão.
As operações da razão são:
• Intuição: apreensão direta e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis
/ ideias inatas; fonte de todo o conhecimento – é através dela que se atinge os
primeiros princípios. (ex. Princípios matemáticos)
• Dedução: encadeamento de intuições, ato pelo qual a razão conclui, a partir de
verdades conhecidas com certeza, outras verdades que lhe estão
necessariamente ligadas.

13. Descrever a descoberta do «Penso, logo, existo.»


Duvido de tudo; se duvido estou a pensar, pois a dúvida é uma forma de pensamento;
para pensar tem que existir um sujeito que realize este ato. Logo a existência do
sujeito é uma verdade indubitável.
Se duvido, penso, se penso existo.
A dúvida conduziu a uma certeza: a existência de um «eu», cuja natureza é pensante:
“[…] enquanto queria pensar que tudo era falso, eu, que assim pensava, era
necessariamente alguma coisa.”
Pensar implica a existência de alguém que pensa: Penso, logo existo.
(proposição obtida por intuição P implica Q). A proposição «Penso, logo existo.»
é necessariamente verdadeira, pois duvidar dela é verificar, mais uma vez, a sua
verdade.
14. Avaliar a importância do cogito para Descartes: como refutação dos céticos,
como verdade indubitável conhecida a priori e como princípio ou fundamento
do conhecimento.
É o cogito é a primeira crença básica. É uma crença que se justifica a si mesma
autojustifica-se (fundacional); Descartes ultrapassa o erro dos céticos – pensarem que
as nossas crenças são justificadas por outras crenças. Alicerce inabalável de todo o
conjunto de conhecimentos que a partir dele descobriremos ( “rocha sólida” que
Descartes precisava para alicerce de todo o conhecimento). Resiste à dúvida
hiperbólica à ficção teórica de um génio enganador. É uma verdade da razão e não
dos sentidos; fundamento de todas as crenças reside na razão (racionalismo
cartesiano).

15. Explicar o critério da clareza e distinção das ideias.


Uma ideia é clara quando acerca dela não recai nenhuma dúvida; isto é, a ideia capta
o que as coisas realmente são – a sua natureza.
Uma ideia é distinta quando não se mistura com qualquer outra. A ideia não contém
quaisquer características que só por acidente pertencem às coisas. Só assim
percebemos claramente; só a ideia clara e distinta é indubitável e objeto do nosso
assentimento.

16. Distinguir os três tipos de ideias.


• Factícias/inventadas: ficções do espírito humano; fabricadas pela imaginação
(ideias de dragão, sereia…).
• Adventícias/adquiridas: provêm dos sentidos, da experiência sensível; como
são obscuras, há que duvidar delas (ideias de barco, copo, cão, calor…).
• Inatas: constitutivas da própria razão; foram colocadas nela por Deus;
verdadeiras; puras; inteiramente independentes da experiência sensível,
limitámo-nos a descobri-las em nós (ideias de pensamento, de existência;
coisa; verdade; não as inventámos, nem aprendemos).

17. Explicar a necessidade de Deus para o sistema cartesiano, avaliando, assim, a


sua importância.
Descartes coloca o seguinte problema. Por que razão não me engano quando
concebo algo como claro e distinto? Dado que nada me impede que esteja a dar um
passo em falso ao confiar na clareza e distinção das ideias! Descartes conclui que
precisa de alguma garantia de que critério de clareza e distinção funciona
corretamente. Mas o quê ou quem pode garantir tal coisa?

Entre as ideias inatas que possuímos, encontra-se a noção de um ser perfeito, um ser
omnisciente, omnipotente e sumamente bom. A ideia de ser perfeito servirá de ponto
de partida para a investigação relativa à existência do ser divino.

18. Reconstituir os argumentos – de causalidade e ontológico – a favor da


existência de Deus.
• Argumento da causalidade: A causa da perfeição está no sujeito? Não, porque ele
é imperfeito (duvida) e, como tal, não pode ser a causa da ideia de ser perfeito, pois um
ser tão imperfeito como ele não pode ter sido a causa de uma ideia que o ultrapassa
claramente. (ser prova de imperfeição permite-lhe ver muito claramente que tem a
ideia de perfeição, pois sem o contraste com esta ideia não conseguiria ver que é
imperfeito). Os sentidos? Não. Essa ideia não pode ter sido adquirida através dos
sentidos, pois, nada do que alguma vez tenha observado é perfeito. Uma
realidade diferente dele? Sim. A ideia de ser perfeito existe, logo,
necessariamente, existe o ser perfeito que pôs essa ideia no sujeito pensante.
Deus, o ser perfeito, existe como causa necessária da ideia de perfeição, pois só
o que é perfeito pode ser a causa da ideia de perfeito. Assim se conclui que Deus
existe. Dedução:

• O cogito tem em si a ideia de Deus.

• A ideia de Deus tem de ter uma causa.

• Se a ideia de Deus tivesse origem no cogito, valorizava-se mais o efeito


do que a causa.

• O cogito não pode ser a causa da ideia de Deus.

• Logo, Deus é a causa da ideia de Deus

• Argumento ontológico: Constata-se que, na ideia de ser perfeito estão


compreendidas todas as perfeições. A existência é uma dessas perfeições. Por
consequência, Deus existe. O facto de existir é inerente à essência de Deus, de
tal modo que este ser não pode ser pensado como não existente. Deus, sendo
perfeito, não é enganador. Assim, o sujeito liberta-se da dimensão hiperbólica e
corrosiva da dúvida. Deus é a garantia da verdade objetiva das ideias claras e
distintas. Deus é criador das verdades eternas, é o fundamento da certeza. Deus
garante a adequação entre o pensamento evidente e a realidade, legitimando,
assim, a ciência; confere objetividade e validade ao conhecimento, pois é um ser
omnipresente, omnisciente, omnipotente; infinito; imutável; eterno; independente,
sumamente inteligente e sumamente poderoso – perfeito. Deus é o fundamento
do ser e do conhecimento. A ideia de Deus simboliza um método sólido para
os seres humanos procurarem a verdade. Deus, apesar de ter dado ao homem
um intelecto limitado garante, no entanto, que este é um instrumento fidedigno
para a busca da verdade e quando bem utilizado não o leva ao erro.

19. Saber que o conhecimento do mundo só é possível depois de se saber que Deus
existe.
Descartes passou em revista o conteúdo da sua razão e encontrou, uma outra
ideia, e só uma, que se lhe impõe com igual evidência: ideia de extensão. Causa:
Deus. A ideia de extensão materializa-se em algo real na natureza; extensão é a
propriedade fundamental da matéria, dos corpos e do espaço. Descartes chega,
assim, à conclusão que tem corpo, que existe o mundo à sua volta e constata-os
pelas sensações que estes provocam, sendo estas garantidas por Deus. O Mundo
não é o sonho pois é uma crença fundada na veracidade divina. Pelos sentidos
descobre-se muitas coisas, mas não são o fundamento do conhecimento. Por
isso, Descartes é racionalista.

20. Demonstrar o racionalismo cartesiano.


Filosofia de Descartes: Uma tentativa de construir uma teoria do conhecimento com
base no pressuposto de que uma crença tem de poder ser justificada de forma
indubitável para ser conhecimento.
21. Analisar criticamente a teoria explicativa proposta por Descartes.
• Círculo cartesiano (petição de princípio): Deus é garante de verdade, pois
permite ao cogito distinguir as ideias claras e distintas; mas é a partir de
uma ideia clara e distinta (critério de verdade) que se parte para
comprovar a existência de Deus. Justificação do critério de verdade a
partir do pressuposto que Deus existe. Descartes afirma que Deus é a
garantia da verdade do que conhecemos com clareza e distinção, mas ao
mesmo tempo usa a clareza e distinção para provar a existência de Deus
(uma vez que as premissas da sua prova da existência de Deus são por ele
consideradas claras e distintas). Descartes, deste modo, raciocina em
círculo e, portanto, comete uma falácia da petição de princípio.
• Argumento de Causalidade (Marca): Nada nos garante que a ideia que
temos de perfeição seja causada por um ser perfeito, neste caso, Deus.
Assim, deduzir a sua existência a partir da ideia que se tem de perfeição
não levará a uma proposição necessariamente verdadeira.
• Argumento Ontológico: a partir da definição da ideia/conceito de ser
perfeito não podemos concluir necessariamente que Deus existe. Ser
perfeito significa ser que tem todas as perfeições. Ser perfeito significa ser
que, entre outras coisas, existe; (a existência é considerada uma
característica desse ser perfeito). Logo não chegamos à existência de
Deus, antes ao significado do termo “ser sumamente perfeito”.
• Dogmático
• Exclusivista

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