Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CANTO GREGORIANO
Ismael Hernández
E-mail: hdez_ism@yahoo.es
www.centroward.no.sapo.pt
e: www.meloteca.com
c) técnicas de Transposição;
6.— Breves Notas para a direcção de uma «Schola» Gregoriana (por Mr. A. Le Guennant,
Director do antigo «Instituto Gregoriano de Paris»);
8.— Apêndice:
a) Bibliografia citada;
b) Peças do repertório Gregoriano, quer para estudo individual, quer para a prática
de canto em conjunto.
________________________
N.B.— Para maior comodidade dos utentes — por uma questão de maior rapidez no
carregamento dos respectivos ficheiros, a partir da INTERNET — os Capítulos que
concernem a estes temas foram subdivididos em vários "subcapítulos", segundo uma ordem
lógica, tendo em atenção a sua extensão (mais ou menos longa) e os temas neles versados.
«Liber Usualis»;
Seguramente, será difícil obter, hoje em dia, um «Liber Usualis», dado que, com a
chamada "Reforma Litúrgica" do Concílio «Vaticano II», esse livro foi sendo substituído,
pouco a pouco, pelo novo «Graduale Romanum», isto, quando em não poucos casos,
infelizmente, foram — em actos de autêntica malvadez — atirados para o lixo, ou até mesmo
queimados! (nessa famigerada onda de anarquia e vandalismo «progressista» sem
precedentes…), por gente sem escrúpulos e absolutamente irresponsável…, e isto, com maior
gravidade, tratando-se de clérigos, seminaristas e religioso(a)s…, portanto, pessoas que
deviam ter um mínimo de bom senso…, para preservar um património milenário e
inigualável do tesouro Musical e Espiritual da Igreja Católica!
No entanto, apesar de todos estes desmandos, talvez ainda hoje fosse possível
encontrar (…?) algum «Liber Usualis» nalguma estante poeirenta de uma qualquer
"esquecida" biblioteca de um antigo Mosteiro, ou numa igreja de província, ou nalguma
Catedral que o(s) tenha votado ao caruncho… e ao ostracismo!… O mesmo digo em relação
ao antigo «Antiphonale Monasticum», que talvez ainda se pudesse encontrar… e/ou obter
nalgum Mosteiro Benedictino onde, até há pouco tempo, ainda se cantasse o Ofício Divino
em Gregoriano…
Abbaye Saint-Pierre
________________________
Segundo o Livro dos Actos dos Apóstolos, foram os Apóstolos que organizaram e
regularam o Culto Cristão, tendo S. Paulo ditado normas gerais sobre a Liturgia.
"Se é importante que a língua dos livros Litúrgicos seja fixa e inviolável, que não seja
puramente nacional, está também na sua natureza ser misteriosa; o que não deve ser
é vulgar. É um sentimento universal, porque é fundado na natureza, aquele que leva a
velar as coisas Santas, sob a sombra das palavras misteriosas... Todas as Sagradas
Escrituras carregadas de figuras — às vezes, tão ousadas — cheias, de uma ponta à
outra, de alusões arrancadas ao Oriente, será sempre, para o vulgo, apesar das
traduções, um Livro misterioso... O mais profundo conhecimento dos Livros Santos
em nada diminui o exercício da Fé... Ora, se assim é para as Sagradas Escrituras, por
que não o será também, e por mais forte razão, para a Liturgia, na qual se operam os
Mistérios que os Livros Santos se limitam a anunciar?" («Instituições Litúrgicas»,
Tomo III, Cap. III, pg. 75-76).
E também:
"O Latim não é a única língua da Igreja, pois no Oriente, existem Liturgias em Grego
e em Russo antigos; mas é a mais espalhada. Para a quase totalidade do Mundo
Católico, o Latim é a língua da Unidade" (Abade Léon Rouyet, «Le Lutrin», Ed.
1953, N.º 1, pg. 10).
"A língua própria da Igreja Romana é o Latim. É, portanto, proibido, nas funções
solenes do Culto, cantar, seja o que for, em língua vulgar; é-o, mais ainda, cantar em
língua vulgar as partes variáveis, ou comuns, da Missa e do Ofício" («Motu
Proprio», III, §7).
Hoje, perante a actual postura do Clero post-Conciliar, podemos afirmar que a Igreja
se passou, de um extremo ao outro, radicalmente oposto!
Padres há, que dizem que a «Instrução Musicam Sacram» e outros documentos
Conciliares estão “ultrapassados”! Pois bem: apresentem-me um novo documento — que
terá que ser, inevitàvelmente, uma nova «Instrução sobre Liturgia e Música Sacra»,
promulgada pelo Papa — e então… eu me renderei perante a evidência de tal e tão eminente
documento! O que sucede, pura e simplesmente, é que não há nenhum documento oficial da
Igreja que tivesse revogado a citada «Instrução Musicam Sacram»… pelo que, de
momento, ponto final no assunto!
OS DOCUMENTOS CONCILIARES
SOBRE OS TEXTOS EM VERNACULO
________________________
As adaptações usadas, quer para o «Ordo Missae», quer para o «Leccionário», quer
até mesmo, para os cânticos em língua vulgar, deixam muito a desejar… e, a maior parte das
vezes, nem sequer respeitam o texto oficial Latino! Os textos ditos «oficiais» enfermam,
constantemente, pela ausência total de poesia e musicalidade, pelo que, sem estes dois
elementos primordiais, tais textos são absolutamente inaceitáveis, quer para a proclamação
da Palavra de Deus, quer, com muito maior razão, para o canto dos Salmos!
Porém, embora nos possa parecer estranho, nada disto nos surpreenda, porquanto
estamos perante um movimento, a nível Internacional, apostado na destruição total do Canto
Gregoriano e, por analogia, da própria Igreja. Infelizmente, hoje em dia, já pràticamente, em
nenhuma Escola, Seminário, ou Mosteiro se lecciona e/ou se pratica o verdadeiro Canto
Gregoriano, antes bem pelo contrário, na maior parte dos casos, se difunde o «anti-
gregoriano», através das falaciosas teorias «cardinistas» e/ou, pior ainda, dos chamados
«mensuralistas», o que é inaceitável!
Por simpatia, o «Cardinismo» — ao pretender "ignorar" o «ictus» rítmico… — conduz,
fatalmente, ao «Mensuralismo». De facto, a maior parte dos «cardinistas» que conheço já
praticam o «Mensuralismo», como é o caso de alguns elementos da «Schola Antiqua», de
Madrid (Grupo este, que segue as "teorias" de D. Cardine).
– o Coro da «Escola Saint Grégoire de Le Mans» (em França, que, sob os auspícios
da Santa Sé, ascendeu ao Estatuto de Academia Internacional de Música Sacra);
– o Coro de monges da Abadia Benedictina de Notre-Dâme de Fontgombault
(também em França, pertencente à Congregação de Solesmes);
– o «Coro de Santa Maria de Belém» (da Igreja dos Jerónimos, em Lisboa, dirigido
pelo Prof. Fernando Pinto, tendo como assistente, desde 1995, Miguel Farinha, o qual
frequentou as «Semanas Gregorianas» de Fátima): fundado em 1990 e constituído por cerca
de uma trintena de elementos de ambos os sexos, tem feito um excelente trabalho de
educação vocal e de interpretação de um variado e magnífico repertório, quer em Acções
Litúrgicas, quer em audições de carácter espiritual e, inclusivamente, com a colaboração dos
organistas Prof. Sibertin-Blanc, António Mota e António Esteireiro e do «Grupo de Metais»
de Lisboa;
– o Grupo Vocal «Ançã-ble» (pequeno coro de vozes mixtas, dirigido pelo P. Pedro
Miranda): estupenda execução de um requintado repertório vocal "a Capella" (no entanto,
não me posso pronunciar sobre este Grupo, no que concerne ao Gregoriano, por nunca ter
tido oportunidade de verificar como — e se — o cantam e, como tal, não dispor de dados
para fazer um juízo a esse respeito);
– o «Audite Nova», de Lisboa (sob a regência de Fernando Cardoso, que fez os seus
estudos musicais no antigo «Centro de Estudos Gregorianos»). Este Coro nasceu na Igreja
Paroquial de S. João de Brito de Lisboa, em Alvalade, onde actuou durante alguns anos, nas
Acções Litúrgicas e em Audições de carácter Espiritual, chegando a estar subdividido em
Coro de adultos e Coro de jovens e crianças;
Ignoro se alguns dos Grupos Corais mencionados ainda hoje existem (excepto,
òbviamente, aqueles de cuja extinção tenho conhecimento … e que referi, ut supra), porque,
já há muito tempo que não tenho notícias sobre actividades organizadas pelos mesmos, para
poder pronunciar-me sobre eles. No entanto, não queria, de modo algum, deixar de os
mencionar, como pontos de referência obrigatória da boa Música Coral em Portugal.
DISCOGRAFIA:
Aconselho — de um modo muito especial — a audição das antigas gravações da
Abadia de Solesmes, sob a direcção de Dom Joseph Gajard, O.S.B., assim como das Abadias
benedictinas de St. Martin de Ligugé, de St. Wandrille de Fontenelle, de St. Benoît d'En
Calcat (todas em França: esta última, com alternância entre o Coro dos monges e a
«Escolanía» de "pueri cantores" da Abadia), do Coro de monges e monjas da Abadía
benedictina de Le Bec Hellouin (França), dos Padres da Congregação do Espírito Santo
de Chevilly (também em França), sob a direcção do Rev. P. Lucien Deiss, C.S.Sp., da
Abadía benedictina de Santo Domingo de Silos (Burgos, Espanha), sob a direcção de D.
Ismael Fernández de la Cuesta, O.S.B., e de D. Francisco Lara, O.S.B., assim como das
monjas benedictinas de San Pelayo (Oviedo, Espanha) e também as antigas gravações dos
monges benedictinos e da «Escolanía» da Abadía de la Santa Cruz del Valle de los Caídos
(Madrid, Espanha), dirigidos por D. Laurentino Sáenz de Buruaga, O.S.B., assim como da
«Schola Antiqua», de Madrid (há que reconhecer que a interpretação do Gregoriano, por
este Coro — apesar das suas "tendências" «cardinistas»... — é excelente).
________________________
U.I.O.G.D.
Ismael Hernández.
— DEZEMBRO DE 2006 —