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Muitos dos atuais esforços para manter o progresso humano, para atender às necessidades humanas e
para realizar as ambições humanas são simplesmente insustentáveis - tanto nas nações ricas quanto nas
pobres. Elas retiram demais e a um ritmo acelerado demais, de uma conta de recursos ambientais, já
a descoberto, e no futuro não poderão esperar outra coisa que não a insolvência desta conta. Podem
apresentar lucro nos balancetes da geração atual, mas nossos filhos herdarão
os prejuízos. Tomamos um capital ambiental emprestado às gerações futuras, sem qualquer intenção
ou perspectiva de devolvê-lo.”
Esse Relatório extremamente importante é um documento histórico, intitulado Nosso Futuro Comum, e foi
publicado em 1987, no qual desenvolvimento sustentável foi concebido como sendo:
Pouco mais de 20 anos depois, analisando esse parágrafo, encontramos uma curiosidade: o uso das
“palavras chave” (em negrito) muito comuns no jargão do mundo das finanças para fazer uma reflexão
crítica e clara diante do nosso desrespeito a uma lógica bastante simples:
“Não podemos gastar tudo o que temos, pois desta forma, irá faltar no futuro.”
Ao longo da historia da humanidade, tivemos vários avisos de que os nossos sistemas estavam em
desequilíbrio e a dinâmica que rege todos os sistemas vivos estava sendo desrespeitada. Parece-me,
entretanto, que esses avisos quase sempre ocorriam de forma isolada. A natureza de vez em quando
dava um grito, vez por outra algum fato relevante relacionado a algum tipo de crise social ou econômica
ao redor do mundo acontecia, mas o que chamava a atenção mesmo eram as grandes descobertas da
ciência e da medicina, as grande conquistas do homem, os avanços da tecnologia.
Enfim, o “progresso” falava mais alto e tínhamos a impressão que o mundo estava se “desenvolvendo”.
Infelizmente, não é o que está acontecendo, e como disse recentemente o professor Raimundo Soares da
Fundação do Cabral: “esquecemos de perceber a vida”.
O fato é que agora, em pleno século 21, os avisos vêm em forma de “manada”: Mudanças Climáticas,
Aquecimento Global, Poluição, Escassez de Água, Terrorismo, Tisunamis, Desertificação, Crise
Econômica Global jamais vista, entre outros numerosos acontecimentos, todos praticamente de uma só
vez.
O relatório elaborado, há mais de 20 anos, já reafirmava uma visão crítica do modelo de desenvolvimento
adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento e ressaltava os
riscos do uso excessivo de recursos naturais, sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.
O documento apontava para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de
produção e consumo vigentes, já naquela época. Ficou muito claro que nas relações homem-meio
ambiente não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade, há também um limite
máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.
É bem verdade que, apesar de tudo, muita coisa está sendo feita em todo mundo para que possamos
reverter o quadro atual. E, talvez nesse momento, diante dessa “manada” de acontecimentos
avassaladores, nos faça voltar a “perceber a vida” e tenhamos a consciência de que devemos respeitar
o Nosso Futuro Comum, parando de passar cheques a descoberto, pois infelizmente quem irá
descobrir mais tarde que estão sem fundos são os nossos filhos e netos. E o grande problema é que
eles não terão recursos para pagar essa conta e, também, não terão de onde tomar emprestado, pois
só temos um planeta.
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O meio ambiente e as transformações do planeta fazem parte da agenda política de
dirigentes de todo o mundo. Mas, até chegarmos ao ponto em que a
sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável tivessem tanta atenção foi
trilhado um considerável caminho. E o relatório Brundtland, também conhecido
como relatório Nosso Futuro Comum, é um dos principais marco desta trajetória.
Segue abaixo um pequeno trecho do relatório para que se compreenda o tom das
ideias que deram origem às práticas de desenvolvimento sustentável, atualmente
desenvolvidas em todo o mundo:
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões
de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em
risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os
solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo
de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos,
a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em
harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e
necessidades humanas.”
O relatório Brundtland trazia ainda dados sobre o aquecimento global e a
destruição da camada de ozônio, temáticas que também eram bastante novas para
o momento de seu lançamento. Por fim, colocava uma série de metas a serem
seguidas por nações de todo o mundo para evitar o avanço das destruições
ambientais e o desequilíbrio climático. Foi a primeira tentativa já que, até a
atualidade, as nações ainda não conseguiram criar um consenso sobre como agir
em conjunto em prol do desenvolvimento sustentável.
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Em 1983 foi criada pela Assembléia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland à época
primeira-ministra da Noruega e Mansour Khalid, daí o nome final do documento. A comissão foi
criada em 1983, após uma avaliação dos 10 anos da Conferência de Estocolmo, com o objetivo
de promover audiências em todo o mundo e produzir um resultado formal das discussões.
O trabalho surgido dessa Comissão, em 1987, o documento Our Common Future (Nosso
Futuro Comum) ou, como é bastante conhecido, Relatório Brundtland, apresentou um novo
olhar sobre o desenvolvimento, definindo-o como o processo que “satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades”. É a partir daí que o conceito de desenvolvimento sustentável passa a ficar
conhecido.
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório
Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de
produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser
humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação do
crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais.
O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento global e a destruição da
camada de ozônio (conceitos novos para a época), e expressou preocupação em relação ao
fato de a velocidade das mudanças estar excedendo a capacidade das disciplinas científicas e
de nossas habilidades de avaliar e propor soluções.
Entre as medidas apontadas pelo relatório, constam soluções, como:
• diminuição do consumo de energia;
• o desenvolvimento de tecnologias para uso de fontes energéticas renováveis e o aumento da
produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente
adaptadas;
• limitação do crescimento populacional;
• garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes
energéticas renováveis;
• aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias
ecologicamente adaptadas;
• controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;
• atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
• proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, etc, pela comunidade
internacional;
• banimento das guerras;
• implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de
desenvolvimento sustentável são:
• uso de novos materiais na construção;
• reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
• aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a
geotérmica;
• reciclagem de materiais reaproveitáveis;
• consumo racional de água e de alimentos;
• redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.
A médica norueguesa Gro Harlem Brundtland, que à frente da Comissão Mundial de Meio
Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas coordenou a elaboração do documento, diz
que a humanidade está avançando. Mas ainda está longe de fazer o que é necessário e a
realidade impõe, de maneira contundente, a cooperação internacional.
“Em um mundo globalizado, estamos todos interconectados. Os ricos estão vulneráveis
às ameaças contra os pobres e os fortes, vulneráveis aos perigos que atingem os
fracos”.
Nesse cenário, ela preconiza o estabelecimento de um novo consenso de segurança.
“Não haverá paz global sem direitos humanos, desenvolvimento sustentável e redução
das distâncias entre os ricos e os pobres. Nosso Futuro Comum depende do
entendimento e do senso de responsabilidade em relação ao direito de oportunidade
para todos“.
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Relatório Brundtland
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Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common
Future), publicado em 1987. Neste documento o desenvolvimento sustentável é concebido
como:
“ ”
O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Índice
1Contexto histórico
2Medidas propostas
3Ver também
4Referências
5Ligações externas
1992 eco 92
Medidas propostas[editar | editar código-fonte]
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas
pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas: