Sigmund Freud obras completas volume 12 - Introdução ao narcisismo,
ensaios de metapsicologia e outros textos (1914-1916)
Primeira parte do capitulo: o inconsciente (1915)
I. Justificação do inconsciente II. A pluralidade de sentidos do inconsciente E o ponto de vista topológico III. Sentimentos inconscientes IV. Topologia e dinâmica da repressão
I. JUSTIFICAÇÃO DO INCONSCIENTE
A Justificação do inconsciente descrita por Sigmund Freud relata sobre a
suposição de trabalhar com uma psique inconsciente onde a mesma muito contestada, sendo necessário e legítimo que possui várias provas da existência do inconsciente, o inconsciente é necessário pois a consciência tem muitas lacunas, pensamentos cujo não conhecemos e não tem conexão, muitas vezes fazem parte do inconsciente, o ganho da consciência é motivo para se ir além da experiencia imediata. Um ganho em sentido e coerência é motivo plenamente justificado, prova indiscutível da existência daquilo suposto. Então será preciso adotar o ponto de vista de que é uma pretensão insustentável exigir que tudo o que sucede na psique teria de se tornar conhecido também para a consciência. Podemos avançar um pouco e alegar, em favor de um estado psíquico inconsciente, deve de qualquer maneira, achar esse estado de latência por longos períodos de tempo, ou seja, em um estado de inconsciência psíquica. Resta então se questionar se o inconsciente é útil para o papel da consciência, deixando de lado a psicologia e pensando em outros campos da vida. Sabendo se o inconsciente é importante na vida pode se analisar outros estados latentes da psicologia de cada um, rejeitar o inconsciente pode nos mostrar que pessoas normais se limitam a velha sabedoria, existem maneiras de estudar o inconsciente, a hipnose por exemplo já foi utilizada para adentrar dentro do campo do inconsciente. Adotar a hipótese do inconsciente proporciona maneiras de pensar fora do habitual, a consciência proporciona conhecimento dos estados da alma, demonstrando o mundo em sua quase totalidade. A psicanálise interfere na própria pessoa, não se ligando a anseios espirituais, a interferência da psicanálise no inconsciente gera uma psique inconsciente, gera independência e pode gerar intermináveis estados de consciência. Com a psicanálise resta nos mostrar os processos inconscientes de percepção de mundo, não colocando o processo inconsciente como objeto desta percepção.
II. A PLURALIDADE DE SENTIDOS DO INCONSCIENTE E O PONTO DE VISTA
TOPOLÓGICO A inconsciência é um traço distinto da psique, existem características inconscientes como processos reprimidos, mal entendidos, tais como instintos e metas, mas isso pouco se pratica, não pode-se escapar da imprecisão da termologia “inconsciente”, para incluir o inconsciente em uma sistemática seria necessário bases para diferenciação e para investigação, de fato o inconsciente pertence ao sistema, ou seja ele é fechado, reprimido, dessa forma ele é determinado de forma equivocada sendo censurado de forma rigorosa, sobretudo nas questões da alma. O inconsciente pode ser descrito como a psicologia das profundezas, encontra-se ligado ao cérebro como um órgão no corpo, mas é desigual no que concerne preceitos espirituais, e fracassa em todos os sentidos da alma, nesse sentido, tem- se a percepção que temos o alcançável em nossas mentes que é a consciência e o que se busca que o inconsciente, que não está próximo, mas não tão simples alcança-lo, dessa forma, talvez nos aguarde a descoberta de que nossa colocação do problema foi insatisfatória, e que a distinção entre a ideia consciente e a inconsciente deve ser determinada de modo inteiramente diverso.
III. SENTIMENTOS INCONSCIENTES
Os sentimentos inconscientes fazem sentido em sua prática de forma instintiva não fariam, o instinto não pode se conectar com a consciência, pois é apenas um ideal, e ao inconsciente também não poderia, pelo mesmo fato de que o inconsciente não pode ser representado por uma ideia, se o inconsciente se ligasse a uma ideia nada poderia se saber sobre ele, mas se conectar os sentimentos inconscientes a impulsos reprimidos seria uma negligência de expressão, sendo que a resposta acerca dessa questão é fácil, visto que os sentimentos estão ligados a consciência em sua representação não em sua plenitude, a inconsciência excluiria totalmente os sentimentos, existe um paradoxo quando se fala de amor e ódio, pois a consciência culpa o inconsciente pelas angústias, e o afeto de forma geral estaria ligado a consciência.
IV. TOPOLOGIA E DINÂMICA DA REPRESSÃO
A repressão é um processo que se verificam ideias de fronteiras dos sistemas mentais, a repressão de modo pode se entender como retirada do investir de ideias, buscando ideais conservadores, ou seja, troca de investimentos que poderiam ser conscientes por inconscientes, seria como retirar um ideal de algo que já fora predefinido, se deparando então com ideais inconsistentes, sem continuidade, relata-se ainda sobre o do contra investimento e à ausência de descarga que a obra da repressão parece muito menos bem-sucedida na histeria de angústia e na neurose obsessiva que na histeria de conversão.
A temática demonstrada por Freud reflete sobre as várias demonstrações do
inconsciente sendo deveras vezes contestada sobre seu entendimento e justificativa, o inconsciente apesar de estudado é pouco explorado como ficou demonstrado, existe muita coisa que não se sabe sobre o inconsciente, existe obscuridade no inconsciente que gera muita discussão sobre fatos da psique e até mesmo dos sentimentos que geram muitas controvérsias, dessa forma transformando a consciência humana em uma pequena demonstração do que pode ser a inconsciência. Freud, também chamado de o pai da psicanálise. Começou seus estudos pela utilização da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria. Ao observar a melhora em seus pacientes de Charcot, criou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não do corpo. Essa hipótese teve como base para seus outros conceituações, como o do inconsciente. Sigmund Freud também é conhecido por teorizar os mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através da conversa e do diálogo entre o paciente e o psicanalista.