Colégio Estadual João Carneiro dos Santos.

Data: _______/____________/2019.
Aluno(a):__________________________________________________________________________________________________
Professor(a):______________________________________________________________________________________________
Série:____________ Ensino Médio Turno: ________________________ Valor:

LISTA DE EXERCÍCIOS

Leia o texto e, a seguir, responda os itens 1 e 2. encaixava em um eixo giratório” (1º parágrafo), o
termo “porque” pode ser substituído por
Livres, anônimos e abandonados
(A) e.
(B) que.
Fazendo um retrospecto na história, encontramos (C) mas.
que a primeira instituição com caráter de atendimento à (D) pois.
infância tenha nascido na Itália e se expandido por toda (E) embora.
Europa e, posteriormente, no Brasil. Chamava-se “Roda
Leia o texto e, a seguir, responda os itens 3, 4 e 5.
dos Expostos” e recebia essa denominação porque, em
sua entrada, havia um dispositivo que se encaixava em Cante lá que eu canto cá
um eixo giratório. Sua função era dar anonimato ao Patativa do Assaré
abandono de crianças. Para “expor” uma criança, bastava
colocá-la dentro da caixa, girá-la a 180º e apertar a Poeta, cantô da rua,
campainha. Do outro lado, ficava o funcionário para Que na cidade nasceu,
receber a criança abandonada. Nenhuma das identidades Cante a cidade que é sua,
era revelada. Esta era uma instituição do tipo total, pois Que eu canto o sertão que é meu.
as crianças passavam tempo integral de suas vidas e Se aí você teve estudo,
tinham nela seu único abrigo. No Brasil, esse tipo de Aqui, Deus me ensinou tudo,
instituição chegou por volta de 1726 e esteve em vigor Sem de livro precisa
até 1950. A partir de 1935, a Casa de Expostos de São Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Paulo, localizada no bairro do Pacaembu, passou a ser
Cante lá, que eu canto cá.
conhecida como Asilo Sampaio Vieira. Posteriormente,
essa instituição passou a se denominar Educandário Você teve inducação,
Sampaio Vieira, depois Casa da Criança do Serviço Aprendeu munta ciença,
Social de Menores, e, por fim, constituiu-se como a Mas das coisa do sertão
Unidade de Triagem Sampaio Viana (UT-1), da Não tem boa esperiença.
FEBEMSP, que atendia crianças do sexo masculino e Nunca fez uma boa paioça,
feminino, de até seis anos e onze meses. Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhece bem,
Sociologia: ciência & vida, ano II, número 17 (adaptado). Pois nesta penosa vida,
ITEM 1 Só quem provou da comida
De acordo com o texto, quem expunha uma criança na Sabe o gosto que ela tem.
Roda a
(A) recebia. Pra gente cantá o sertão,
(B) atendia. Precisa nele mora,
(C) escondia. Te armoço de fejão
(D) revelava. E a janta de mucunzá,
(E) abandonava. Vive pobre, sem dinhêro,
Trabaiando o dia intero,
ITEM 2 Socado dentro do mato,
No trecho “(...) e recebia essa denominação porque, De apragata currelepe,
em sua entrada, havia um dispositivo que se Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.

Superando resultados!
 Você é munto ditoso, (A) adição, uma vez que esse termo, nesse contexto,
Sabe lê, sabe escreve, introduz a justificativa do eu poético ao que ele diz
Pois vá cantando o seu gozo, anteriormente.
Que eu canto meu padece. (B) alternância, haja vista que, nesse contexto, pode ser
Inquanto a felicidade substituído por “talvez”, já que apresenta uma ideia de
Você canta na cidade, possibilidade.
Cá no sertão eu infrento (C) explicação, por introduzir a justificativa do eu poético
A fome, a dô e a misera. em relação ao que ele afirma na estrofe anterior.
Pra sê poeta divera, (D) causalidade, já que nega a afirmação do eu poético de
Precisa tê sofrimento. que seu interlocutor não conhece o sertão para fazer
versos sobre ele.
Sua rima, inda que seja (E) oposição, já que, nesse contexto, pode ser substituído
Bordada de prata e de oro, pela palavra “todavia” sem que haja prejuízo semântico.
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro. Leia o texto e, a seguir, responda os itens 6 e 7.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito Cantiga de amor
Porque você não conhece Já nem prazer já nem pesar me acodem,
Nossa vida aperreada. que nunca mais, senhora, algum senti
E a dô só é bem cantada, depois que dos meus olhos vos perdi.
Cantada por quem padece. E sem prazer ou sem pesar não podem,
[...] senhora, meus sentidos estremar
Disponível em: <http://eadfreire.blogspot.com.br/2014/11/cante-la-que-eu-
cantoca-patativa-do.html>.Acesso em: 28 fev.2018 (adaptado). o bem do mal, o prazer do pesar.

ITEM 3 Por nada mais prazer posso sentir,

ou pesar, se de vós me separei.
De acordo com o eu poético, para cantar o sertão é E se não mais no mundo os sentirei,
preciso não vejo como possam conseguir,
(A) morar nele. senhora, meus sentidos estremar
(B) cantar na rua. o bem do mal, o prazer do pesar.
(C) nascer na cidade.
(D) cantar a felicidade. Se de vós me afastei e desde então
(E) saber ler e escrever. perdi quer o pesar quer o
prazer que me destes outrora a conhecer;
ITEM 4 se ambos perdi, como é que poderão,
senhora, meus sentidos estremar
A partir da análise da linguagem utilizada no poema, o bem do mal, o prazer do pesar
deduz-se que seu falante, em seu grupo social, é D. Dinis. In: Cantares dos trovadores galego-portugueses. Organização e
identificado como sendo um adaptação da linguagem por Natália Correia. 3ª ed. Lisboa: Estampa, 1998. p.
224 – 5
(A) morador de uma comunidade urbana que utiliza
expressões diferenciadas. ITEM 6
(B) morador de uma área rural que defende seu ponto de Do poema, infere-se um eu poético
vista com uma linguagem formal.
(C) sertanejo que habita uma comunidade urbana, mas (A) satisfeito.
utiliza palavras arcaicas. (B) desiludido.
(D) sertanejo, morador de uma área rural, que utiliza (C) indiferente.
expressões regionais e informais. (D) conformado.
(E) sertanejo, morador de uma área rural, que utiliza uma (E) esperançoso.
linguagem predominantemente formal.

ITEM 5
No trecho “Pois nesta penosa vida(...)” (2ª estrofe), o
termo “pois” estabelece uma relação de
ITEM 7

Superando resultados!
Qual das alternativas, a seguir, apresenta um trecho
em que o eu lírico se dirige diretamente a seu/sua
interlocutor (a)?
(A) “(...) senhora, meus sentidos estremar (...)”.
(B) “(...) depois que dos meus olhos vos perdi”.
(C) “E sem prazer ou sem pesar não podem (...)”.
(D) “Por nada mais prazer posso sentir (...)”.
(E) “(...) não vejo como possam conseguir (...)”.
Leia o texto e, a seguir, responda os itens 8 e 9.
Para que serve a febre
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal
no organismo. Mas cientistas do Roswell Park Center
Institute, nos EUA, afirmam que ela é bem mais do que
isso. Segundo um artigo publicado por eles na “Nature
Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o
sistema de defesa do organismo a identificar a causa de
uma infecção e combatê-la.
Num estudo com camundongos, eles viram que
quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de
defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para
o corpo se proteger de infecções.
Ana Lúcia Azevedo – revista O Globo, n. 123.
ITEM 8
No trecho “A febre é um sinal de alerta de que algo
vai mal no organismo.” (1º parágrafo), o termo “mal”
dá uma ideia de
(A) causa.
(B) modo.
(C) tempo.
(D) adição.
(E) negação.
ITEM 9
Este texto apresenta uma linguagem essencialmente
(A) formal.
(B) poética.
(C) jurídica.
(D) regional.
(E) informal.
Ser goiano
José Mendonça Teles
Ser goiano é carregar uma tristeza telúrica num coração
aberto de sorrisos. É ser dócil e falante, impetuoso e
tímido. É dar uma galinha para não entrar na briga e um
nelore para sair dela. É amar o passado, a história, as
tradições, sem desprezar o moderno. É ter latifúndio e
viver simplório, comer pequi, guariroba, galinhada e
feijoada, e não estar nem aí para os pratos de fora.
Ser goiano é saber perder um pedaço de terra
para Minas, mas não perder o direito de dizer também
Superando resultados!
uai, este negócio, este trem, quando as palavras se
atropelam no caminho da imaginação.
O goiano da gema vive na cidade com um carro-
de-boi cantando na memória. Acredita na panela cheia,
mesmo quando a refeição se resume em abobrinha e
quiabo. Lê poemas de Cora Coralina e sente-se na eterna
juventude.
Ser goiano é saber cantar música caipira e
conversar com Beethoven, Chopin,Tchaikovsky e Carlos
Gomes. É acreditar no sertão como um ser tão próximo,
tão dentro da alma. É carregar um eterno monjolo no
coração e ouvir um berrante tocando longe, bem perto do
sentimento.
Disponível em: <http://www.curtamais.com.br/goiania/o-que-e-ser-goiano-de-
josemendonca-teles>. Acesso em: 28 fev. 2018 (adaptado).
ITEM 10
No trecho “O goiano da gema vive na cidade com um
carro-de-boi cantando na memória.”, infere-se que o
autor do texto considera que o goiano é
(A) triste.
(B) solitário.
(C) orgulhoso.
(D) tradicional.
(E) melancólico.
ITEM 11
De acordo com o texto, ser goiano é amar o(s)/a
(A) passado.
(B) juventude.
(C) panela cheia.
(D) música caipira.
(E) pratos de fora.
Leia o texto e, a seguir, responda o item 12.
Olá, equipe do Esporte Interativo!
Quero, em primeiro lugar, agradecer à Revista
Bom Esporte pelo espaço destinado aos leitores, pois aqui
nossas opiniões são ouvidas e atendidas. Venho aqui para
parabenizar a equipe do Esporte Interativo pela cobertura
da transferência do atacante Neymar, do Barcelona, para
o Paris Saint Germain, porque foi o único canal que
esteve a par de tudo, enviando correspondentes para a
França e Barcelona. Vi que o atacante Neymar se
manteve em silêncio durante todo o período de
especulações, mas a eficiente equipe do Esporte
Interativo obteve informações privilegiadas para seus
telespectadores. Apesar de a matéria sobre a transferência
de Neymar ter sido um sucesso e da competente
cobertura de campeonatos internacionais, sugiro a
participação mais frequente de toda a equipe do canal na
cobertura do Campeonato Brasileiro da Série A, pois,
ultimamente, vejo a necessidade de uma emissora mais
informativa sobre o assunto, acredito que com isso vai
duplicar sua audiência. Obrigado pela melhor cobertura
do futebol mundial!
Francisco Airton Lopes Borges, São Gonçalo do
Amarante-CE.
Disponível em: <http://tudosaladeaula.blogspot.com.br /2017/09/interpretacao-
detexto-carta-do-leitor.html>. Acesso em: 05 de maio 2018.
O autor da carta, além de agradecer e parabenizar a
equipe do Esporte Interativo pela cobertura da
transferência do jogador Neymar do Barcelona para o
Paris Saint-Germain, defende a necessidade de
(A) a emissora informar mais sobre o campeonato
Brasileiro da Série A.
(B) as opiniões dos telespectadores serem ouvidas e
atendidas.
(C) a Revista Bom Esporte ter um espaço reservado aos
leitores.
D) Neymar continuar em silêncio para evitar
especulações. (E) o canal se inteirar de tudo ao enviar
correspondentes para a França e Barcelona.
Leia o texto a seguir para responder os itens 12 e 13.
Capítulo I - Mudança
Na planície avermelhada, os juazeiros alargavam duas
manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia
inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente,
andavam pouco, mas, como haviam repousado bastante
na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas.
Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem
dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados
da catinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá
Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o
baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió
a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao
cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino
mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros
aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais
velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. - Anda,
condenado do diabo, gritou-lhe o pai. Não obtendo
resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas
o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se,
fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas
e esperou que ele se levantasse.
Disponível em: <http://www.portalentretextos.com.br/download/ livrosonline/
vidas_secas.pdf>. Acesso em: 15 maio 2018 (adaptado).
ITEM 12
Em qual fragmento pode-se identificar uma marca de
tempo cronológico
(A) “Fazia horas que procuravam uma sombra. ”.
(B) “A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através
dos galhos pelados da catinga rala. ”.
Superando resultados!
(C) “O menino mais velho e a cachorra Baleia iam
atrás.”.
(D) “O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se
no chão. ”.
(E) “Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e
esperou que ele se levantasse.”
ITEM 13
No trecho “Não obtendo resultado, fustigou-o com a
bainha da faca de ponta.”, o termo “o” substitui
(A) baú.
(B) ombro.
(C) Fabiano.
(D) filho mais novo.
(E) menino mais velho.
Leia o texto e, a seguir, responda o item 14
Álcool zero
A Lei 11.705, do “álcool zero”, constitui uma
das maiores excrescências já registradas na história
republicana brasileira. Contraria o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), Lei Federal nº 9.503, que admite
alcoolemia de até 0,6 g por litro de sangue, mas que
parece carecer de valor ou razoabilidade; foi aprovada
sem nenhuma constatação de que um motorista com
essa taxa de álcool se torne incapacitado para dirigir;
analogamente, não há registro de acidente associado
à alcoolemia-limite expressa no CTB, só bem acima,
de motoristas realmente embriagados. Pior, a nova
lei implica fiscalização extrema só agora, quando ela
deveria existir há bem mais tempo para fazer cumprir
o limite anterior, o que teria evitado muitas mortes. O
Brasil não precisa de mais leis, basta que se cumpram
as atuais.
B. S. – São Paulo
Disponível em:<htp://www.usinadeletras.com.br/exibelo texto.
php?cod=25652&cat=Cartas&vinda=S>. Acesso em: 05 maio 2018
(adaptado).
ITEM 14
Qual é a tese defendida pelo autor do texto?
(A) A Lei do álcool zero é uma conquista na história da
República no Brasil.
(B) A Lei Federal que admite a alcoolemia por litro de
sangue precisa de razoabilidade.
(C) Não existe registro de acidente ligado à alcoolemia -
limite no Código de Trânsito Brasileiro.
(D) Não há constatação de que um motorista
alcoolizado por 0,6 g por litro de sangue seja
incapacitado de dirigir.
(E) O Brasil não precisa de mais leis, basta que se
cumpram as atuais para se evitar mortes.
Leia o texto e, a seguir, responda o item 15.

Geração do celular
Inaê Soares da Silva
O uso do celular é considerado, atualmente, o
maior entretenimento dos brasileiros, e tem ocupado
quase a metade das horas vagas da população e
especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas.
Os usuários não usam o celular ou a internet apenas
para olhar uma mensagem ou outra, e, sim, ficam
vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça, com os
amigos e até mesmo no trabalho. As pessoas precisam
aprender a ter mais contato com o mundo real.
As crianças estão passando horas do seu tempo
livre em frente ao computador ou celular em jogos,
e que poderiam ser utilizadas para a leitura de bons
livros ou para uma conversa com os amigos. Adultos
chegam do trabalho e já vão conferir as últimas
atualizações dos aplicativos de relacionamentos, e até
idosos estão aderindo à nova tecnologia. A cultura da
população está mudando e isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para
que nós tivéssemos mais contato com as pessoas,
mas está totalmente ao contrário. O que veio para
aproximar, acabou afastando. As redes sociais estão
fazendo as pessoas antissociais umas com as outras.
A comunicação que prevalece é a virtual e a prática
de boas atitudes humanas, como o “bom dia” e o “por
favor”, são raras.
Temos que incentivar as crianças, adolescentes
e até adultos a se desconectarem do mundo virtual
para se conectarem com o mundo real. Deixar o
celular desligado quando estiver em família, curtir um
passeio sem tantas selfies e dar preferência ao bate-papo
olho-no-olho são situações que fortalecerão o
relacionamento e o amor.
Disponível em: <htp://tudosaladeaula.blogspot.com.br/ 2017/09/interpretacao-detexto-
artgo-de.html>. Acesso em: 05 maio 2018 (adaptado).
ITEM 15
A tese defendida pela autora do texto está no trecho
(A) “O uso do celular é considerado, atualmente, o
maior entretenimento dos brasileiros [...].”.
(B) “Os usuários não usam o celular ou a internet
apenas para olhar uma mensagem ou outra, [...].”.
(C ) “As pessoas precisam aprender a ter mais contato
com o mundo real. ”.
(D) “Adultos chegam do trabalho e já vão conferir as
últimas atualizações dos aplicativos [...].”.
(E) “Acredito que as redes sociais foram criadas para
que nós tivéssemos mais contato com as pessoas,
[...].”
Leia o texto e, a seguir, responda os itens 16 e 17.
Em Santos, onde morávamos, minha mãe me lia
histórias, meu pai gostava de declamar poesias. Foi
em algum momento do ginásio – por volta do que
hoje seria a sexta ou sétima série – que li de começo a
Superando resultados!
fim um romance: Inocência, de Taunay, é minha mais
remota lembrança de leitura de um romance brasileiro.
Livro aberto nos joelhos, afundada de atravessado
numa poltrona velha e gorda, num quartinho com
máquina de costura, estante de quinquilharias e uma
gata branca chamada Minie.
Até então, leitura era coisa doméstica. Tinha a ver
apenas comigo mesma, com os livros que havia na
estante de quinquilharias de meu pai e com os volumes
que avós, tias e madrinhas me davam de presente. No
cardápio destas leituras, Monteiro Lobato, as aventuras
de Tarzan, os volumes da Biblioteca das Moças. O síto
do Pica Pau Amarelo, as florestas africanas, castelos e
cidades europeias constituíam a geografa romanesca
que preenchia meus momentos livres.
Mas um dia a escola entrou na história. Dona
Célia, nossa professora de português, mandou a gente
ler um livro chamado Inocência. Disse que era um
romance. Na classe, tinha uma menina chamada Maria
Inocência. Loira desbotada, rica e chata. Muito chata.
Alguma coisa em minha cabeça dizia que um livro com
nome de colega chata não podia ser coisa boa.
Foi por isso que com a maior má vontade do
mundo comecei a leitura do romance de Visconde
de Taunay, de quem eu nunca tinha ouvido falar:
visconde, para mim, era o de Sabugosa. Fui lendo a
frio, sem entusiasmo nenhum. [...]
Disponível em: <htps://muraldeaulas.blogspot.com.br/2012/06 /relato-pessoal.
html>. Acesso em: 05 maio 2018 (adaptado)
.
ITEM 16
Esse relato apresenta o tipo de narrador
(A) onisciente, pois sabe de tudo o que acontece na
narrativa, seus aspectos e o comportamento
das personagens, inclusive descreve situações
simultâneas, embora essas ocorram em lugares
diferentes.
(B) observador, pois presencia a história, mas,
diferentemente do que acontece com o narrador
onisciente, não tem controle e visão sobre as ações
e personagens, confere os fatos, mas apenas de
um ângulo.
(C) onisciente neutro, pois relata os fatos e descreve
as personagens, no entanto, não tenta influenciar
o leitor com opiniões a respeito das personagens.
(D) testemunha, pois é uma das personagens que vivem
a história contada, mas não é uma personagem
principal.
(E) personagem, pois além de narrar os fatos, verídicos
ou não, faz parte da história contada, logo, é
protagonista dela.
ITEM 17
Qual é o trecho que apresenta o espaço onde se
passa a história?
(A) “Em Santos, onde morávamos, [...].”.
(B) “Livro aberto nos joelhos, [...].”.
(C) “Tinha a ver apenas comigo [...].”.
(D) “No cardápio destas leituras, [...].”.
(E) “O síto do Pica pau Amarelo, [...].”.

Leia o texto a seguir para responder os itens 18 e 19.

O verde

Inácio de Loyola Brandão

Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que
era dominada por uma árvore incrível. Na época da
floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um
lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro
tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia
e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os
elementos característicos desta cidade.
Percebi certo dia que a árvore começava a morrer.
Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem
folha. é um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar
ou na padaria. Não voltou.
Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore,
e o técnico concluiu: fora envenenada.
Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos
na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos Disponível em: <http://lounge.obviousmag.org/traz_mais_
lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as uma/2012/01/mafalda-e-os-antigos-problemas-atuais.html >. Acesso em:
manhãs estava ao pé da árvore com um regador. 29 mar.2017.
Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, ITEM 20
e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, O humor da tirinha pode ser percebido no/na
agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore. (A) fala da menina de cabelo escuro no primeiro
— Por quê? quadrinho.
— Porque na época da flor ela sujava minha (B) expressão da menina loira ao responder a fala da
calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas. amiga.
Disponível em: <htps://brainly.com.br/tarefa/11733845>. Acesso em: 15 maio 2018. (C) discurso feito pela menina e que mostra seu
desagrado.
ITEM 18 (D) expressão da menina de cabelo preto diante da
No trecho “Na época da floração, ela enchia a calçada reação da amiga.
de cores”, o termo “ela” substitui (E) fato de que a fala da menina loira confirma a fala da
(A) flor. amiga.
(B) folha.
(C) árvore. ITEM 21
(D) vizinha. Os pontos de interrogação na fala da menina, no
(E) floração. terceiro
quadrinho, são usados com efeito de
ITEM 19
No trecho “[...] ficava sobre o passeio um verdadeiro (A)questionamento.
tapete de flores [...]”, a expressão “tapete de flores” (B) perplexidade.
significa que o passeio ficava (C) reflexão.
(D) retórica.
(A) sujo. (E) dúvida.
(B) limpo.
(C) colorido. Leia o texto e, a seguir, responda o item 22.
(D) manchado.
(E) desbotado. O homem que entrou pelo cano
Leia o texto e, a seguir, responda os itens 20 e 21 Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio
incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se
acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou
quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou

Superando resultados!
outra um desvio, era uma seção que terminava em
torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou
monótono. O cano por dentro não era interessante. No
primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança
brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então
percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À
sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a
cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo
interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro
da pia” Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A
menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo
Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0BzPewewk/
esgoto. SxkzR0lTX1I0bDRTZW8/edit>. Acesso em: 22 abr. 2017.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: ITEM 23

Global, 1988. p. 89.
Disponível em: <https://jucienebertoldo.wordpress.com/2014/08/29/ati
vidades-de-lingua-portuguesa-ensino-medio-com-descritores/>. Acesso O traço de humor do texto pode ser identificado no
em: 22 abr. 2017. fato
ITEM 22
de o

De acordo com o texto, o motivo pelo qual o homem (A) homem ver um rato roubando um biscoito.
desviou-se de sua trajetória foi porque (B) rato conseguir fugir do homem e do gato.
(C) gato pegar o biscoito e não o rato.
(A) ouviu muitos barulhos familiares. (D) homem ficar sentado na poltrona.
(B) ficou desinteressado pela “viagem”. (E) gato correr atrás do rato.
(C) estava “viajando” há vários dias.
(D) percebeu que havia uma torneira. Leia o texto e, a seguir, responda o item 24
(E) desejava começar nova aventura.

Leia o texto e, a seguir, responda o item 23

Superando resultados!
 /2014/08/29/atividades-de-lingua-portuguesa-ensino-medio-com-descritores/ >.
Acesso em: 22 abr. 2017.

ITEM 25
Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de
bicarbonato de sódio por causa

(A) das bactérias das cáries.

(B) do desgaste dos dentes.
(C) do controle das bactérias.
(D) do sabor do creme dental.
(E) das remoções das manchas.

ITEM 24
O ponto de interrogação no último quadrinho, sugere

(A) questionamento.
(B) incompreensão.
(C) perplexidade.
(D) reflexão.
(E) dúvida.

Leia o texto e, a seguir, responda o item 25.

Fórmula do sorriso

Mais importante que o sabor do creme dental

é o seu agente terapêutico, a fórmula química que
serve para controlar as bactérias que provocam as
cáries. Segundo a professora Lenise Velmovitsky,
da Universidade Federal Fluminense, que analisou
25 tipos de pasta de dentes em sua tese de
doutorado, a substância mais eficaz na escovação
é o tricloson, uns antimicrobianos presente nas
pastas de ação total ou global. O flúor recalcifica os
dentes e também combate as cáries. O bicarbonato
de sódio é um abrasivo e remove manchas, mas em
excesso desgasta os dentes. A dentista recomenda
o uso de escovas macias e uma quantidade de
pasta equivalente ao tamanho de uma ervilha, pelo
menos três vezes ao dia. Além de fio dental.
Veja. 10 abr. 2002.
Disponível em: <https://jucienebertoldo.wordpress.com

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