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O Direito Público é aquele ditado pelo Estado, através de normas de ordem pública e observação cogente.
• Direito Constitucional
• Direito Processual
• Direito Administrativo
• Direito Tributário
• Direito Penal
Direito Privado é aquele que regula as relações entre civis, trabalha na esfera da autonomia da vontade.
• Direito Civil
• Direito Comercial
• Direito do Trabalho
Funções do Estado
Administrativa – gestão dos serviços públicos – poder executivo.
Legislativa – traçar abstrata e genericamente as normas de conduta que formam o
direito objetivo – poder legislativo
Jurisdicional – Função pacificadora do estado, exercida diante de situações
litigiosas – poder judiciário.
Objetivos:
Imediato – aplicar a lei ao caso concreto
Mediato- promover e manter a paz social
Forma de Composição de conflitos
1.Autotutela → Em regra, a autotutela é proibida (art. 345 do Código Penal), salvo raras exceções, previstas em lei.
(ex. art. 25 do CP; art. 1210 §1º CC; Art. 578 CC; art. 9º CF).
2. Autocomposição → Em regra, só é possível quando se trata de direitos disponíveis. Pode ocorrer extra ou
endoprocessualmente.
3. Heterocomposição:
3.1. Arbitragem (lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. E lei nº 13.129, de 2015)
3.2. Jurisdição/ Processo.
TROLOGIA DO DIREITO PROCESSUAL
JURISDIÇÃO – Poder- dever do estado de dizer o direito
AÇÃO – Direito de exigir do estado o exercício da jurisdição
PROCESSO – Instrumento por meio do qual o Estado Exerce a Jurisdição
Síntese: Jurisdição é provocada pelo Direito de ação que se instrumentaliza através do processo.
FORMAS DE ESTADO
Estado Liberal - > Juiz Contido, “boca da lei”, aplicação da norma ao fato.
Estado Social -> Ativismo Judicial, juízes que extrapolavam os limites da divisão
dos poderes. (Judicialização ≠ Ativismo Judicial)
Estado Democrático de Direito –> Espera-se uma atuação razoável e ponderada,
privilegiando a conciliação e o diálogo entre as partes.
AULA 2
HISTÓRIA DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
MUNDO CLÁSSICO: GRÉCIA
Direito passou a ganhar contorno cientifico, desvinculando-se de religiões. O processo observava a oralidade o ônus da
prova cabia as partes, só excepcionalmente se
permitia a iniciativa dos juízes questões probatórias.
CONCEITOS DE JURISDIÇÃO
• Giuseppe Chiovenda - A Jurisdição é a função estatal que tem por finalidade a atuação
da vontade concreta da lei, substituindo a atividade do particular pela intervenção do
Estado. (adota a teoria dualista, o direito preexiste a atividade jurisdicional)
• Francesco Carnelutti - A jurisdição é a função do Estado que busca a justa composição
da lide, sendo esta última o conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma das
partes (caracterizada pela exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse
próprio), bem como pela resistência da outra Só haveria processo e jurisdição se
houvesse lide. Como ninguém teria qualquer direito até que o Judiciário (e não o
Legislativo) o conferisse, a jurisdição teria o intuito de resolver o litígio (Teoria
Constitutiva ou Unitarista).
• Luiz Guilherme Marinoni - Diante da transformação da concepção de direito, não há
mais como sustentar as antigas teorias da jurisdição, que reservavam ao juiz a função de
declarar o direito ou de criar a norma individual, submetidas que eram ao princípio da
supremacia da lei e ao positivismo acrítico. O Estado constitucional inverteu os papéis
da lei e da Constituição, deixando claro que a legislação deve ser compreendida a partir
dos princípios constitucionais de justiça e dos direitos fundamentais. Expressão
concreta disso são os deveres de o juiz interpretar a lei de acordo com a Constituição,
de controlar a constitucionalidade da lei, especialmente atribuindo lhe novo sentido
para evitar a declaração de inconstitucionalidade, e de suprir a omissão legal que
impede a proteção de um direito fundamental. (Teoria da jurisdição constitucional)
CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO
• Inércia: o juiz, via de regra, não age de ofício, necessita de provocação,
manifestada pela pretensão de uma das partes, em consonância ao disposto no
princípio da inércia ou demanda, esposado nos arts. 2º e 262 do CPC/1973 e nos
arts. 2º e 141 do CPC/2015.
• Substitutividade: ao vedar a autotutela, o Estado chamou a si o dever de prestar
jurisdição, substituindo se a atividade inicial das partes, aplicando o direito objetivo ao caso concreto.
• Definitividade: também conhecida como indiscutibilidade ou imutabilidade. A
decisão jurisdicional põe fim à controvérsia e impede que seja, no futuro,
novamente suscitada ou trazida a exame.
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
• Investidura: O juiz precisa estar investido na função jurisdicional para exercer a
jurisdição, art. 37, II, da CF.
• Territorialidade: o juiz só pode exercer a jurisdição dentro de um limite territorial fixado na lei.
• Indeclinabilidade: o juiz não se pode furtar a julgar a causa que lhe é apresentada pelas partes. art. 126 do
CPC/1973 e no art. 140 do CPC/2015.
• Indelegabilidade: significa que o exercício da função jurisdicional não pode ser delegado. Essa vedação se aplica
integralmente no caso do poder decisório, pois violaria a garantia do juiz natural. Há, porém, hipóteses em que
se autoriza a delegação de outros poderes judiciais, como o poder instrutório, poder diretivo do processo e o
poder de execução das decisões. São exemplos os casos previstos no art. 102, I, m e no art. 93, XI, ambos da CF.
• Inafastabilidade da apreciação pelo Poder Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF): fundamenta se na ideia de que o
direito de ação é abstrato e não se vincula à procedência do que é alegado. Não há matéria que possa ser
excluída da apreciação do Judiciário, salvo exceções previstas pela própria Constituição: art. 52, I e II.
• Juiz natural: consiste na exigência da imparcialidade e da independência dos magistrados.
ELEMENTOS DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
• Cognitio: poder de que o Estado dispõe para conhecer os processos; engloba o exame dos pressupostos
processuais, das condições de procedibilidade, das condições da ação e o recolhimento do material probatório.
• Vocatio: poder que o Estado tem para convocar ao processo todas as pessoas e objetos que possam esclarecer
os fatos em discussão
• Coertio: poder de determinar medidas coercitivas no curso do processo para reprimir eventuais ofensas feitas
contra o magistrado. É a atribuição de força às diligências e providências tomadas pelo juiz, permitindo o uso de
força policial em caso de descumprimento.
• Juditio: poder de que o Estado juiz dispõe de proferir o direito no caso concreto.
• Executio: poder de que o Estado juiz dispõe para determinar o cumprimento obrigatório e coativo das decisões
proferidas.
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
A rigor, não haveria espécies de jurisdição, eis que esta, como manifestação da soberania estatal, é UNA E INDIVISÍVEL.
• Quanto à pretensão: civil ou penal. Alguns admitem uma subdivisão da civil (lato sensu) em civil (stricto sensu) e
trabalhista, comercial e outros.
• Quanto ao grau em que ela é exercida: superior e inferior.
• Quanto à submissão ao direito positivo: de direito e de equidade. No Brasil é adotada a jurisdição de direito,
conforme preceitua o art. 127 do CPC/1973 e o art. 140, parágrafo único, do CPC/2015,cabe ndo algumas
exceções somente quando houver expressa autorização legal ( art. 1.109 do CPC/1973 – procedimento de
jurisdição voluntária – e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90, art. 6º).
• Quanto ao órgão que exerce a jurisdição: comum ou especial.
• Quanto à existência ou não da lide ou quanto à forma: contenciosa ou voluntária.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
A doutrina nacional majoritária afirma que a jurisdição voluntária não constituiria típica função jurisdicional, eis que sua
verificação decorreria de exigência legal, com o intuito de conferir validade a determinados negócios jurídicos escolhidos
pelo legislador. Nesse sentido, ela é definida como “administração pública de interesses privados”.
Em contrapartida, vem avançando na doutrina a TEORIA REVISIONISTA. entendem ser a jurisdição voluntária verdadeiro
exercício da função jurisdicional. Seus defensores argumentam:
• que a litigiosidade não deve ser considerada critério definidor, pois sequer seria essencial à jurisdição
contenciosa.
• que o juiz intervém decidindo como um terceiro imparcial, mantendo sua independência quanto aos efeitos
produzidos por sua decisão;
• que, além de constituir novos estados jurídicos, também possui função declaratória – típica da função
jurisdicional;
• IV. que só seria possível rediscutir a decisão prolatada em nova sede processual valendo se de nova causa de
pedir – circunstância superveniente – com ação diversa, o que afastaria o argumento da não constituição da
coisa julgada.
JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS
• Lei n. 7.244/84 - “juizados de pequenas causas”.
Constituição Federal 1988 - previu expressamente que deveriam ser criados Juizados
Especiais, pela primeira vez com essa nomenclatura, em seu art. 24, X.
• Lei n. 9.099/95, em atendimento à previsão constitucional do art. 98, que determinava a instituição de uma
Justiça especializada concebida para a resolução de causas de menor complexidade.
• Lei n. 10.259/2001, que trouxe a previsão dos Juizados Especiais no âmbito da Justiça Federal.
• Lei n. 12.153/09 previu a criação de Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios, sendo que estes, juntamente com os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, passarão a
integrar o “Sistema dos Juizados Especiais”, uma espécie de microssistema, norteada por critérios próprios.
• Teoria da Ação como Direito Abstrato: direito público, subjetivo, inquestionável, preexistente ao processo e
desvinculado do direito material ao permitir que o autor, no exercício de seu direito de ação, fizesse apenas
referência a um interesse seu, levando o Estado a proferir uma sentença por meio da atividade jurisdicional,
ainda que contrária aos interesses autorais.
• Teoria Eclética (adotada pelo nosso ordenamento, arts. 3º e 267, VI, do CPC): Elaborada por Liebman, a teoria
em questão tem assento na teoria abstrata, porém com a inclusão de uma nova categoria, qual seja, as
“condições da ação”.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
• Interesse de agir: implica a necessidade e/ou utilidade da tutela jurisdicional para que o autor obtenha a
satisfação do direito alegado.
• Legitimidade as causam: sujeito ativo da relação jurídica processual –, para a teoria
eclética, deve também ser um dos titulares da relação substancial posta à apreciação do
juiz. Assim, a legitimidade das partes corresponde à pertinência subjetiva da lide.
• dois planos: a legitimidade ativa se refere ao autor e pode ser ordinária ou
extraordinária. A regra é a legitimidade ordinária,
ELEMENTOS DA AÇÃO
• Partes - sujeitos que figuram respectivamente como autor e como réu na relação processual.
• Causa de Pedir: é o fato jurídico com todas as suas circunstâncias que fundamentam a demanda autoral (art.
319, III, do CPC/2015). Divide se em causa de pedir próxima –fundamentos jurídicos que embasam o pedido – e
causa de pedir remota – fatos constitutivos do direito do autor.
há 3 correntes:
• Teoria da Substanciação: a causa de pedir funda-se, eminentemente, nos fatos articulados pelo autor
• Teoria da individualização: A causa de pedir seria a qualificação jurídica dos fatos.
• Teoria Híbrida (Novo CPC) : eleva o contraditório também ao plano dos fundamentos jurídicos, como se
depreende da leitura do art. 10.
Pedido: Como regra, deve ser certo e determinado (art. 322 do CPC/2015). EXCEÇÕES em hipóteses nas quais,
quando do início da demanda, tal precisão não puder ser exigida do autor, em respeito ao princípio da
razoabilidade. (art. 324, § 1º, do PC/2015):
▪ nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
▪ quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
▪ quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
O pedido é sempre interpretado restritivamente. Exceção a essa regra são os chamados pedidos implícitos:
• dos juros legais,
• da correção monetária e das verbas de sucumbência, inclusive dos
honorários advocatícios (art. 322, § 1º),
• obrigações vincendas em relações de trato sucessivo (art. 323).
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
• SIMPLES (p. ex., dano moral e dano material);
• ALTERNATIVA (p. ex., obrigação de fazer ou compensação pecuniária pelo
serviço não prestado);
• EVENTUAL (p. ex., obrigação de fazer ou compensação pecuniária, mas com
preferência expressa por uma delas, ficando a outra como residual, no caso da
primeira não poder ser atendida); e
• SUCESSIVA (p. ex., caso em que o deferimento do segundo depende do
acolhimento do primeiro – p. ex., reconhecimento de paternidade e alimentos; o
juiz só examinará o cabimento da verba alimentar se concluir pela presença do
vínculo da paternidade).