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Referência:

PILETTI, Nelson; R OS SA TO, S o lange Marques Psicologia


cla apren dizagem da teorta do condicionamento ao
20 1 8
construtivismo 1 ecl. 6. reimp ao Paulo Contexto
-

SruNNrzu coNDtcloNAMENTo E APRTNDIzAGEM

"Ensino é arranjo das contingências de reforço que acelera a


o
aprendizagem. Um aluno aprende sem que lhe ensinem, mas
aprenderá mais eficientemente sob condições
"""t:;;;;,

Este primeiro capítulo é dedicado ao behaviorismo ou com-


port^*..rì"lismo, destacando principalmente as contribuições de
Skinner paÍa a compfeensão do compoftamento e dos processos
de aprendizagem considerados relevantes para a educação'
os behavioristas, na busca por compreender o compoÍtamento
(bebauior, em inglês) observável ou manifesto, enfatizam as rela-
em seus estudos
ções entre este e o ambiente, ou seja, enfocam
o papel e a influência dos estímulos ambientais na determinação
de nossas ações.
A opção teótica e metodológica do behaviorismo, de apenas
estudar (observar e descrever) o comportamento observável como
que,
forma de ajustáJo ao meio, pode ser entendida em fazào de
nos anos 1950, os Estados Unidos (palco central do behaviorismo)
vivenciava um crescente processo de utbanização, com o avanço
industrial e a expansão do sistema escolar. Processo que contribuiu
para que a Psicologia tivesse um papel ativo em conformidade com
ã exigência de adequação dos indivíduos às escolas, às fabricas,
14 Pstcorocrr DA ApRENDTz
^ctM SKINNTR 15

colaborando nos exames, na crassific açã.o,


nasereção, no controle experimental dos processos fisiológicos, não negando a existência
sobre o indivíduo, necessários nesses
novos espaços.
o behaviorismo constitui um conjunto de teoiias, com da mente, mas destacando que ela perde sua autonomia, na medida
variantes (comportamentalismo, anâIiseobjetiva,
muitas em que depende sempfe e se explica completamente em tefmos
anâIisedo compor_
tamento), que focarizam o comportamento de sistema nervoso
como o mais adequado
objeto de estudo da psicorogia. Nesse caso,
os sentimentos, os pen-
samentos' a inteligência, a consciência
e ouffos estados mentais ou
subjetivos não são tomados em sua abordagem
teóri;;,na medida PrucunsoRrs Do BEHAVlozusMo
em que não podem ser esrudados empiricamente,
motivo pelo
qual o corpo (visto como uma,,caixapreta,,) Na busca por métodos objetivos embasados na experimenta-
e seu funcionamento
são caracterizados como algo que não (1874-1949) ficou conhecido por sua
pode ser conhecido e ao ção, Edward Lee Thorndike
mesmo tempo como irrelevante para "Lei do efeito", a qual pteconizava que o indivíduo responde à
explicar as rerações entre os
estímulos e o comportamento.
punição ou à recompensa. Qualquer fesposta que o organismo
Desse modo, para o behaviorismo,
explicar um fenômeno considera satisfatória tende a se repetir, pois se associa a essa si-
significa demonstrar sua funcionaridade,
ou seia, d.-o.rrtr"r sob tuaçáo, e qualquer fesposta que resulta num efeito desagradâvel
que condições ele ocorre e com quais
características, que mudanças dificilmente se repetirá.
no ambiente resultam nele, numã busca
por compreehder por que Idâ, portanto, uma ênfase nas sensações agradâveis e desagra-
fazemos o que fazemos, e o que devemos
e não devemos fazer. dâveis,como importantes fixadoras das respostas dadas pelos indi-
o que pode resultar disso, segundo esta veftente
teórica, é o fato víduos. Verifica-se que o efeito do prazer é o que ftxa a resposta'
de que explicar o comportamento é
assumir controre sobre ere.
se pensarmos no nosso aruno, sabemos Em suma, destacava-se nessa lei a associação entre uma Íesposta ou
que exercemos contro-
le sobre seus comportamentos, na medida um comportamento e suas consequências, ou seja, o papel das con-
em que o.o.rh...rrror,
em que sabemos quais consequências têm sequências naaprendizagem,base para o behaviorismo de Skinner.
um varor reforçador \watson (1878-1958), o primeiro a vsaÍ o termo
para ele (como, por exemplo, a atenção John Broadus
do professor, a nota) e, a
p":!, disso, planejamos uma sequência râd^ behaviorismo em 1913, com a publicação do artigo "Psicologia:
@ etapa'ía^atividade
realizada passo por sua cafieirae rhe
faço um erogiã), de tal modo como os behavioristas a veem", declaruva que o grande foco da
'que aumente a possibiridade de que ele Psicologia, enquanto ciência objetiva, deveria sef o compoÍtamento
passe ã. em
acordo aos objetivos previamente estaberàcidos " "o-portaf
n rauçíoensino- concÍeto do ser humano, visando à sua previsão e controle' Dá
aprendizagem em questão.
início a lma série de publicações que dissemina a sua abordagem
Essa visão contrariava movimentos
teóricos existentes em teórica, que se estende até meados de 1950, quando o behaviorismo
fins do século >co<, dentre eles a escoÌa
funcionalis ta de \)7illiam é tido como a força dominante na Psicologia, principalmente nos
James (1'542-7g1,0), que buscava expricar o comportamento
aprendizagem humana através da aÃâlise ea Estados Unidos (Lefrançois, 2008).
ência, e responder ,,o que fazem
introspecti va daexperi_ Assim, essa "ciência do comportamento", frindada por \ratson,
os homens e por que o fazem,,,
tomando a consciência como foco das preocupações. veio a ser chamada de anâlise comportamental, ainda que pensa-
Edward Bradford Titchener (1,867_g2^,
Temos ainda dores tal como Baum (2006) acreditem que o behaviorismo não é
qu" i.;pil;;; estudo ciência ern si, mas uma Filosofia da cilência'
16 Pstcorocta DA ÂpRtN DtzÁcIM
SKINNER 17

CoNotcloNAMENTo cLAsstco
se pensarmos, por exemplo, em comportamentos como escrever
um texto, assistir a um progÍz;ma de televisão, veremos que estes
Ivan P. pavlov (Lg49-1936), um fisiologista
russo, deu início são rcalizados pelo indivíduo como forma de influenciar o seu
em 7902 ao desenvorvimento dos estudos
áo chamado condicio- ambiente, ou seja, estamos diante de comportamentos operantes,
namento clássico. Ele é considerado um
dos primeiros cientistas definidos como fespostas (comportamentos) determinadas por suas
da ârea da psicorogia a dekar de estudar
os fenômenos subjetivos relações com as consequências.
do comportamento humano.
Pavlov rcalizou uma série de experimentos
que resultou na
base desse conceito. Estudou o comportamento
reflexo, que en- CosntcloNAMENTo oPERANTT: SrusNrR
volve as respostas não voluntárias (o sugar
do bebê quando lhe é
colocado um objeto na boca, arrepiar quando
sente oar frio etc.), Ao condicionamento clássico de Pavlov, também chamado
e demonstrou que, através da aprendizagem,
um novo estímulo, condicionamento respondente, apoiado no comportamento re-
definido como estímuro neutÍo, pode vir a
reflexa já existente (reflexo condicionado).
ericiar uma resposta flexo, Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), acrescentou o seu
Para merhor compreender o funcionamento
conceito-chave de condicionamento operante, compreendendo o
to, pensemos no experimento de pavrov
do condicionamen- compoftamento dos organismos não influenciado apenas por alte-
com cães: verificou que rações ambientais antecedentes. Nesse caso, o indivíduo, ao com-
esses animais, em presença de uma
comida, apresentavam o reflexo portar-se, provoca alterações no ambiente e este, ao mesmo tempo,
de sal-'vação' sem que houvesse a necessidade
de aprend izagem alten o modo como ele se comporta (Glassman eHadad,2006)'
para que assim ocorresse. No entanto,
descobriu que iocando uma Skinner foi um dos psicólogos mais conhecidos dos Estados
campainha e apresentando imediatamente
seguidas associações, o som ouvido passava
a comida ao cão, após Uàidos. Nascido na Pensilvània, nttma famíha em que o paí eta
a evocaï a mesma um advogado reconhecido, iâ na sua infância demonstrou grande
resposta que a comida, ou seja, a sarivação.
o som era um estímuro interesse pela leitura, boas habilidades manuais e um reconhecido
neutro, mas ao ser pareado com a comida
também passava a ericiar talento paraliterattra. Graduou-Se em Hawarde passou a dedicar-se
a Íesposta de sarivação; mesmo sem
a apresentação do arimento à pesquisa. No entanto, foi apenas após seu doutorado, em 1'931',
o animal jâ salivava.
E como poderia ser retirado esse comportamento e muitas pesquisas, que Skinner difundiu o que ele denominou
de salivar análise experimental do comportamento e foi o propositor do beha-
mediante o som do repertório do cão?
Isso ocorreria se, ao soar viorismo radical, que considerava os estados mentais inacessíveis
seguidas vezes a campainha, nãomais
fosse apresentado o arimen- ao estudo científico.
to ao cão. Teríamos, então, a exdnção da rãspost
a de salivação Realizou experimentos com Íatos em laboratório, colocando-os
mediante a exposição do som.
A importância do condicionamento crássico pafa em caixas-gaiolas, em que eles, ao tocaÍ uma alavanca, recebiam
behavioristafoi a de demonstrar que é possíver
a escola alimento, água. Ou seja, os ratos aprendiama associar o comporta-
contiorar respostas mento de pressionarvmaalavanca com o recebimento de alimento'
involuntárias-reflexas associando-as a
determinados estímuros. Daí, sempre que estivessem com fome, pressionavam a alavanca.
Vale mencionar que a dita teoria não
explic a as aprendiza_ Sua teoria resulta na convicção de que os comportamentos
gens vinculadas aos nossos comportamentos
voluntários. Assim, podem Ser goveÍnados. E o que ele busca são as leis que permitem
18 Pstcotocta DA ÀrRtNDlzAcÉM
SKINNER 19

tal controle.Para skinner (zoo7), as causas do comportamento


estão consequências do comportamento, ou seja, os eventos que se se-
fora do organismo e o que o homem faz é resurtado
de condições guem avmaresposta, que interferem na probabilidade de ele ocor-
específicas, que' sendo descobertas, suas ações podem
ser deter- rer novamente. Tais consequências são os chamados reforçadores.
minadas, sugerindo que todo o comportamento pode
ser previsível Glassman e Hadad (2006) esclarecem que os reforçadores
e, portanto, controlável. o que exige conhecer as contúgências,
considerados básicos (primários) são os relacionados à sobrevi-
ou seja, como se dão as interações das ações do indivíduo com
vência, como âgua, comida, roupa quando se está com frio. Por
o seu meio e as alterações produzidas a partir destas, sob deter_
minadas condições. Desse modo, considerar essas contingências outro lado,hâ diversos eventos ambientais que não são baseados
é que permite compreender os comportamentos do indivíduo. na sobrevivência biológica e que, no entanto, funcionam como
Nesse contexto, ao dar ênfase ao mundo exterior reforçadores, são estímulos que foram associados a um reforçador
ao organismo,
a educação é reverada como de grande importância por primário e que são denominados reforçadores condicionados, como
propiciar
as contingências favoráveis, num modelo que o dinheiro, a atenção, o elogio.
dê conia do sucesso
do indivíduo. Uma apren dizagemoperante, para Baum(2006), ocorre como
A partir dessa abordagem teórica, para compreender consequência de uma relação entre um estímulo e uma atividade. Se
os
compoftamentos-fespostas dos alunos em sala de aura, uma ação ocoÍïe a fim de evitar uma consequência, estamos diante
pof exem-
plo, devemos entender como certas consequências assumiram de uma relaçáo (comportamento e resultado) negativa, diminuindo
valor reforçador para eles, o que, por outro rado, envolve as chances de a resposta se repetir. Pelos resultados insatisfató-
recorrer
à sua história de interações passadas com
o seu ambiente a fim de rios, aversivos decorridos, esse processo é definido como refor-
explicar e conhecer essas particularidades, ou seja, por
que, para çamento negativo; se houve uma diminuição da resposta pelo
eles, determinadas consequências (a nota, o erogio,
o castigo etc.) reforçamento negativo, ocorre o que Skinner chama de puniçã'o.
são reforçadoras, enquanto outras não exercem
influência sobre o Por outro lado, agimos também para obtermos uma consequên-
seu comportamento. cia positiva) uma recompensa (reforçador positivo), que torna mais
provável a resposta futuramente (reforçamento positivo). Por exem-
plo, se o aluno ganhar do professor um carimbo no caderno (com
CoNotctoNAMENTo ALcuNS coNCEITos significado de elogio), ao rcalizar stJ tarefa de casa, isso aumenta
''ERANTE: a probabilidade de ele realizar atatefa novamente.
De acordo com skinner (2007), o comportamento operante Será possível pensar que um reforçador negativo pode au-
realizarse sem nenhum estímulo externo observáver. mentar a probabilidade de um comportamento ocoÍïef novamente?
Nesse c so, a
resposta do organismo é,,aparentemente espontânea,,, Digamos que uma criança é punida, repreendida, poÍ não com-
pois ainda
que haja um estímulo provocando tal reação, portar-se bem na sala de aula e, com isso, ainda que a intenção
ere não é detectado
com a emissão da resposta. fosse eliminar tal conduta, houve um aumento da frequência de
No entanto, compoÍtamento nã.o é qualquer ação do indivi sua resposta; isso é possível devido à repreensão significaf 1 PaÍa
duo, mas aquela que afeta o ambiente e é afetadapor
ere. Assim, essa criança, atenção (olhar, falar com...), ou seja, um reforçador
os comportamentos (as respostas emitidas pelo
organismo) resul- positivo e, por outro lado, ficar quieta, manter-se sentada na ca-
tando em uma ação no ambiente são do ttpo
op.irnte. E são as deira etc., pode não resultar nessa mesma atençào e o professor
20 Pstcorocrr DA ApRENDTz^cEM Srrrutt 21

pode, nesse momento, não se dirigir ao aluno, mas, ao contrário, atenção, notas) até chegar à resposta desejada de ler o texto.
imediatamente o fazer diante de um mau compoÍtamento. Skinner (2007) chamou esse processo de rnodela.Sern, ou seia, um
Em suma: processo de reforçamento por aproximação sucessiva de uma res-
posta (esperada), em que o operante é o resultado de um contínuo
Reforçador positivo = aumenta a resposta (recompensa) processo de modelagem. "O condicionamento operante modela o
J comportamento como o escultor modela a atgila" (p. 101).
Retirad.a = redução da resposta
ParaBaum (2006), o convívio de uma ctiança numa cultura
Reforçador negativo = aumenta a resposta (fuga, esquiva, alívio) humana necessita de uma modelagem contínua, sem a qual seria
j provavelmente impossível aprender tudo de que precisa. Num
Punição = redução da resposta (castigo, penalidade) processo de aquisição de uma nova resposta, o instrumento funda-
mental da modelagem é o reforço, ou seja, a consequência de uma
Esses conceitos envolvem a compreensão de que dentro do açào quando ela é percebida por aquele que a pratica. No entanto,
condicionamento operante, o foco está sobre o que o indiuíduo essa necessidade de reforço, na medida em que o compoftamento
faz, as circunstâncias sob as quais faz e as consequências de sua ocorre, pode ser modificada. Por exemplo, a crLanç que está na
a.ção. Essa tríade, em seu conjunto, é definida por Skinner por alfabetização inicialmente tem seu compoÍtamento de ler reforçado
contingências do comportamento e deve ser objeto de análise, o pelo professor ou pelos pais e, posteriormente, pode ser reforça-
que permite compreender por que determinadas ações acontecem da pelo fato de conseguir ler sozinha Seus textos, Seus livros de
em situações distintas e coffÌ determinadas consequências. Enfim, história, não havendo mais a necessidade daqueles reforçadores.
quando um reforçador se dâ imediatamente depois de uma res- Dentro do condicionamento operante, um fator a ser consi-
posta, resulta num aumento ou diminuição na probabilidade de derado é que o reforçamento deve obedecer à contiguidade, isto
que essa resposta ocorra novamente sob circunstâncias similares. é, ele deve ocorrer imediatamente após a resposta pretendida, au-
Devemos lembrar que o valor (a importância) do reforçador é mentando a frequência da mesma. Desse modo, quando o aluno,
determinado pela própria pessoa e depende da privaçáo do orga- por exemplo, que resiste em ir ao quadro negro escrever algo que
nismo pan detetminado estímulo. No seu experimento com ratos, lhe foi solicitado, se ele o faz, ainda que reclamando, o professor
estes apresentam maior possibilidade de aperrar a alavanca para deverâelogiar de imediato essa conduta, aumentando as chances de
obter água se estiverem sem beber âgua por algum tempo. Com essa resposta de ir ao quadro, quando solicitado, acontecerde novo.
isso, é impoítante que seja observado o tipo do reforçador presente E o que ocorre se uma pessoa que recebia reforçamento por
3 a sua relaçáo com a resposta. um determinado comportamento, não o receber mais? Há a possi-
Assim, nessa teoria, ao ensinar uma criança a\et, por exemplo, bilidade de que aconteça uma queda na resposta, uma cessação,
necessitamos elaborar um programa de reforços educacionais, em quando o reforçamento é descontinuado, podendo resultar na
que as respo-stas adequadas, em suas unidades, sejam reforçadas extinção do comportamento. Por outro lado, se o comportamento
:om frequência, a fim de se chegar ao objetivo comportamental. já estiver instalado, ele pode se manter por bastante tempo sem
Até porque não se aprende a ler um texto de um momento para o necessidade de estímulo reforçador frequente, como é o caso do
rutro; pode-se aprender as letras, as sílabas, as palavras, as frases comportamento de birra em que os pais acabam dando o doce
3tc., e, em cada etapa a criança vai sendo reforçada (com elogios, para que acriança pare de grrtar, espernear, chorar, ainda que não
22 PsrcoLociA oA ApRtNDlzAcEM SKTNNER 23

a reforcem todas as vezes com o doce solicitado. No futuro, em Nesse casol pafa o efetivo estabelecimento de comportamentos,
condições semelhantes, é provável que a criança repita o mesmo a escola proporciona a aplicação de condicionamentos através de
comportamento, pois em algum momento obteve a consequência vma gama variada de reforçadores artificiais (elogios, notas, pro-
esperada: o doce. moções, diplomas etc.).
Vemos, portanto, que, em nosso cotidiano, nem sempre um o autor esclarece que a educação trabalha muito mais com a
reforço é dado continuamente, ainda assim aprendizagens ocorrem aquisição de novos comportamentos do que com a sua manutenção
e os comportamentos persistem, mesmo com um reforço intermí- e, nessa perspectiva, prepara seus alunos Para situações futuras,
tente. A exemplo disso, nem sempre somos elogiados quando co- que pfovavelmente irão ocorrer em determinadas circunstâncias,
zinhamos, mas continuamos a fazê-lo. Hâ vfuiaspossibilidades de que jâ nào estaráo vinculadas ao âmbito escolar. E determinando
reforçamento, que skinner definiu pot esquernas de reforçamento, ou não a manutenção de tal compoftamento, o qual é definido
como reforçar sempre, ou a cada período, ou a cada determinado pela sua ,,utilidade" pan a família, par^ a sociedade. Os objetivos
número de respostas. educacionais, ao sefem definidos antecipadamente, devem buscar
Quando, por exemplo, estou com sede (em pleno verão) e vou a possibilidade de proietar a modelagem de um adulto'
alé a geladeira buscar por âgua. E assim o faço, pois, em minha Em Suma, ensinar consiste no arranio de contingências de refor-
história de vida, é a resposta que mais me proporcionou reforçado- que a educação
ço sob as quais educandos aprendem, lembrando
res (acabar com a minha sede). No entanto, pode nào haver âgua está relacionada com a cultura na qual o indivíduo está inserido e
nesse local, e o que farei é ir buscar sànar minha sede de outras que se compõe de todas asvarííweís que o afetamde algum modo
formas: tomar âgua da torneira, comptá,-la em uma lanchonete, no i e que são dispostas por outras pessoas.
supermercado, ou seja, vou fecofrer a outros comportamentos que Falcone (2006) esclarece que o condicionamento operarrte i^
I

foram reforçados anteriormente diante da situação de sede. rì

nos anos de 1960 (nos Estados unidos) foi aplicado na âtea de


Por fim, lembramos que os reforçadores e punidores podem ..

educação, com a organizaçâo do ensino proSramado, consistindo


ser diversificados, diferem de cultura para curtura e, ao longo da na apresentaçâo de um material acadêmico para cada aluno e
vida, a pessoa pode mudar em relação a eles o que era reforça- imediatamente à Íesposta deste, era apresentado o reforço. Se a
-
dor pode deixar de sêlo. Baum (2006) explica que na sociedade, fesposta fosse correta, o aluno poderia continuar avançando, caso
certas ações são reforçadas ou punidas por membros do grupo, contrário deveria voltar às questões antefiores. Skinner centfava-Se
assim, são reforçados comportamentos definidos como normais na avaliação dos tipos mais adequados de sequência das matérias
para determinada cultura e punidos os considerados desviantes. a Serem lecionadas e nas técnicas de elaboração dos programas
educativos que, Segundo ele, ao Se utilizar de materiais projetados
para fecompensar oS avanços de cada um na aptendizagem, tofna-a
EnucaçÃo: AeUISTÇÃo DE Novos coMpoRTAMENTos mais rápida e interessante.

Na concepção de Skinner (2007:437), à educação évìstacomo


algo importante na vida da pessoa, tendo em vista que a mesma
compreende "o estabelecimento de comportamentos que serão
vantajosos pafa o indivíduo e pafa outros em algum tempo futuro".
24 PstcotoctA DA ÂpRENDrzAGrM SKTNNER 25

fu raçeo ENS rNo-AIRENDT zAGEM avahaçào e revisão das atividades, em consonância aos obietivos
fins. como se pôde constatar, é um planejamento da atividade do
De acordo com a perspectiva teórica de skinner, quando se aluno, mais do que da do Professor.
(197 2)
objetiva proceder a uma avaliaçã.o no que tange à adequação ou Analisando o processo ensino-apr endizagem, skinner
que
não de determinado procedimento de ensino, é preciso centrar-se considera que simplesmente "aprender fazendo" nã.o faz com
nas respostas emitidas em sua prâtica, ou seja, no alcance ou não um aluno aptenda. Apenas praticar, não significa que o aluno te-
do resultado que o mesmo fomece em relação ao que era esperado, nha aprendido a fazer de modo eficaz e também náo vaí elevar a
avaliando, assim, a sua eficiência (Luna, 2oor.Em consonància probabilidade de ocoffef novamente a fesposta emitida. O autor
com esse enfoque, os aspectos internos, as va"jâveis internas, são alerta para a importância da transmissão da cultura aos alunos e
abandonados como explicação, pois de nadavale elucidar e asso- que aos mesmos deve ser propiciado o acúmulo de conhecimen-
ciar as dificuldades dos alunos, por exemplo, ao seu desinteresse, à tòs, de prâticas sociais, de aptidões etc., o que náo é possível por
sua desmorivação, pois estas não nos proporcionam o apren dizado uma simples descobena. Os alunos não aprendem exclusivamente
sobre o modo como eles aprendem, revelam apenas quem está fazendo, ou mesmo ptaticando; estar em contato com o arnbiente
"interessado" em aprender. Assim, há nesse caso a necessidade de não resulta diretamente na aprefidizagem. Como já explicitamos,
mudanças nas condições ambientais. isso requer um comportamento e as suas consequências diretas,
Desse modo, deve-se analisar o comportamento do aluno a numa utrltzaçáo de técnicas específicas'
fim de verificar suas necessidades de aprendizagem, bem como o Numa abordagem comportamental, as contingências de reforço
repertório (de comportamentos, aprendizagens) que ele traz para as são essenciais para que ocorra a aprendizagem e o esquema em
situações de ensino eainda as consequências capazes de interagir que essas contingências surgem é o que vaí indícat a frequência
com ele e manter seu comportamento e, assim, estabelecer quais do comportamento aPrendido.
são os esúmulos c^pazes de reforçar o comportamento desejável de Para explicar o fato de que alguns alunos preferem determina-
seus alunos. o professor teria como tarefa descrever o repertório das atividades em sala de aula e não outras, como ler um livro de
de seus alunos e, com isso, planejar o que seria neces sârio para história, realizat operações matemâticas, ou escrever um texto, é
que estes atinjam o que se queira que eles alcancem. Aumentam importante que nos voltemos pafaahistória de interações passadas
as chances de esse professor obter sucesso se puder observar seus desses alunos com o seu ambiente. IsSo permite compreendef por
alunos em outros ambientes, como fora da sala de aula, nasbrinca- que certas consequências são reforçadoras, ou sáo tncapazes de
deiras, narua, buscando compreender os esquemas de reforçamento mantef o comportamento, ou ainda aversivas para outros. Além
presentes. Tarefa essa que nã.o é nada fâcil, pela necessidade e disso, agimos de determinados modos e, em relação a estes, há
inviabilidade de organizar um experimento com todo o seu rigor sempre consequências. Se elas são positivas pxa o organismo' a
científico; o que de modo algum exclui das escolas a presença do tendência é repetir tais comportamentos'
behaviorismo em seu cotidiano. O comportamento de ler setâ mantido, por exemplo, se hou-
Assim, de um modo geral e sob esta perspectiva, um bom ver algum valor reforçador, como o elogio, a expressão, o sorriso
ensino exige que o professor planeje as atividades dos educandos do práfessor, dos pais. A leitura pode promover ^ habilidade de
especificando o que eles deverã.o fazer, e em que circunstâncias, decifrar novas palavtas e com o tempo o relaxamento, o prazeÍ'
e estabelecer as consequências. Nesse processo, deverâ haver Skinner QAOD ressalta que há muita diferença entfe mantef um
26 Psrcorocra DÂ ApRtNDlzAcEM SKTNNER 27

aluno lendo pelo valor reforçador no comportamento de ler ou outfas, a de traçar objetivos que sejam significativos e conteúdos
pela possibilidade de ser reprovado se não o fizer. por isso, o en- que contemplem esta significação. A programaçào compreende,
sino deve ser cuidadosamente planejado para que gradativamente ainda, alguns elementos considerados básicos, levando em conta
o aluno possa emitir o comportamento desejado mesmo sem que conteúdos e objetivos específicos, aos quais o professot deverâ
ocorram os reforçadores externos. estar atento. Entre eles, tem-se:
Mais uma vez destacamos que cabe a quem "ensirìa" ser capaz a) É importante estabelecer, em cada disciplina, o que o
de arranjar as contingências de reforço (e para isso deve ter uma aluno não sabe e organizar-se pate- ensiná-lo, proceder a
boa formação e conhecimento da teoría comportamental) de for- observações, análise e avaliaçào do grau de preparo, paÍa
ma a facihtar a aprendizagem. Nessa lógica, se o professor é visto determinadas aprendi zagens, dos conhecimentos prévios'
como quem "ensina bem" é possível indicar que ele facilitaa aqui- b) Ao considerar as dificuldades do aluno, devem-se ensinar
sição de uma resposta pelo indivíduo, pois para Skinner (Ig72; 4) as primeiras coisas primeiro, ou seja, organizar a sequência
"ensinar é o ato de facilitar a aprendizagem" . A qualidade do ato de ensino numa progressão correspondente às suas dificul-
de ensinar do professor, e do método utilizad,o por ele, tem relação dades; definir que atividades o aluno deverá realizar para
direta com o ato de aprender do aluno. processo que é facilitado atingir os objetivos propostos. Como, por exemplo, pata
com o conhecimento do professor de como o aluno aprende e, poder realizar os cálculos de multiplicaçào, a criança deve
com isso, de qual a melhor forma de ensiná-lo. aprender noções de quantidade, dominar a aprendizagem
Se o aluno não aprende, possivelmente é porque o modo como somatória, de agrupamento, a tabtada etc.
ele aprende e o que faz com que ele aprenda, de alguma maneira, c) Ao organizar um ensino, deve-se planejâ-lo tendo em vista
náo foram compreendidos pelos responsáveis pelo ensino. o aluno e mantendo-o permanentemente em atividade.
Por fim, Skinner (1972) considera que toda criança ao nascer d) É necessário que se criem condições p^ra a autoavaliaçâo
possui potencial biológico par^ aprender alguma coisa, o que não e que a prâttca do feedback seja constante, de modo a
significa, por outro lado, que o conhecimento nasce junto com ela. possibilitar, se necessâtio, um replanejamento em busca
do sucesso na aprendizagem; avaliaçào do programa, dos
processos de ensino e dos alunos.
O pnorussoR E A INSTRUÇÃo IRoGMMADA e) O planejamento requer a atenção para que se organizem
etapas pequenas e que só se avance com o domínio de
Ao proceder a uma anâIise sobre o ensino empreendido, etapas anteriores, haiavistaque um acúmulo de dificuldades
Skinner (1972) defende que deve ocoffer com a aplica.çã,o de um pode resultar em desestímulo para o aluno'
programa constituído de uma sequência do material educativo Para tornar o aluno competente em determinada matétia, é
(textos programados), que resulta na divisão desse em pequenas fundamental que os reforços sejam contingentes ao fim de cada
partes, em unidades simples e, a serem ensinadas passo a passo. passo (mesmo que pequeno), em que a conclusão seia adequada.
À medida que cada etapa é vencida, o aluno é aàequadamente É importante utihzar o reforçador adequado para a resposta ade-
reforçado. Desse modo, para ele a organizaçã,o da prograrnação do quada. Assim, uma programaçã'o de ensino, se bem conduzida e
ensino orienta-se pela definição da sequência do material educativo, planejada, poderá levar ao sucesso do aluno. Skinner (1972) te-
pelos objetivos a serem almejados e pelo planejamento da avalia- vela que o professor tem papel fundamental no planejamento das
ção do progÍama. Tal organização envolve preocupações, dentre condições de aprendizagem, pois é de sua responsabilidade que
28 Psrcoroct DA ApRtNDlz^ctM Srrrntr 29

o aluno aprenda e, assim, uma avaliação do trabalho do professor do aos educadores e à instituição escolar definir a pÏogram^ção do
deve estar relacionada ao que o aluno aprendeu e não ào q.r" estudo. Esse aspecto do uso da máquina de ensino representa para
o
professor ensinou. Skinner (1972:25) que "a professora pode começar a funcionar,
A parte mais representativa do sistema educacional é o pro- não no lugar de uma máquina batata, mas através dos contatos
fessor. Para compreendêJo é preciso compreender as contingên- intelectuais, culturais e emocionais daquele tipo todo especial que
cias que reforçam o seu comportamento de ensinar. Nessa esfera, testemunh^m a s)^ {ratvfeza de ser humano"'
ele afirma que a remuneração pode, em algum momento, ser um para que essas máquinas possam ser utilizadas de maneÍa
atrativo para o trabalho do professor, mas efetivamente o compor- eficaz, é necessário que a resposta do aluno a algum questio-
tamento de ensinar emitido nas aulas é reforçado por outras con- namento, preferencialmente, não seia escolhêìa entre múltiplas
sequências, entre as quais se destaca o resultado da aprendizagem opções (reconhecê-la), e sim lembrála. Além disso, Para o aluno
do aluno, ou seja, "o efeito sobre o estudant e é a consequência aprender um compoftamento complexo, a mâquina deve fornecer
mais importante na modelagem do comportamento do professor" uma sequência bem estrururada de passos, em que gradualmente
(Skinner, 7972:239).
o aluno se lance rumo a alcançat o objetivo final'
Para que o professor possa realizar_se é preciso, então, que Skirrner(1972)aftrmaqueépossívelensinarumalunoaestudar
no pfocesso de ensinar ele dê conta de organizar as contingências e que pxa tanto deve-se ensinar-lhe técnicas de autogovernol a
de reforços essenciais para o arcance das respostas desejadas em fim de que possam ser aumentadas as possibilidades de que o que
relação ao aprendizado escolar. euanto maior for a capacrdade foi visto ou ouvido seja lembrado. Estudar por si mesmo também é
e
eficiência dos professores, possivelmente mais fortes ,"iao a apto- um comportamento e, poftanto, também deve ter sido aprendido
priaçã.o e o desenvolvimento da cultura. para poder ser realizado. Assim, ensinar o aluno a estudar por si
mesmo é fazer com que ele seja capaz de controlar o seu próprio
comportamento de aPrender.
-por
MÁqUINns DE ENsINAR: UMA P.SSIBILIDADE DE APRENDER fim, de acordo com essa peÍspectiva, tanto a mâq]d,ina de
ensinar quanto a instrução programada buscam levar o aluno a
Skinner (1972) aponte- como método eficaz em sala de aula estudar individualmente, sem intervenção direta do professof, com
as máquinas de ensinar, que são aparelhos com a r-rtirização
de apoio de um matertal previamente elaborado e organizado, com
passos graduais no processo de aprendizagem. Assim, o reforço aplicaçâo e reforçamento gradual, adaptado às possibilidades do
é dado por um sinal indicando o acerto da resposta do aprendiz educando, segundo seu ritmo próprio, maturidade e conhecimen-
à pergunta feita pela mâquina, imediatamente após cada tos anteriores.
resposta
correta. A máquina é programada de modo a permitir a apresen_
taçào gradual do conteúdo de forma a fazer a modelagem, como
também pode resolver o problema de toÍnar o reforço contingente SnIt DE AULA: A PUNIçÃO E OUTROS INTERIERTNTES
ao comportamento, apresentando-o imediatamente após este.
skinner acreditava que, justamente por exercer funções simples, Ao observarmos as salas de aula,verifrcamos, em boa medida,
as máquinas iriam livrar os professores de tais tarefas.
o papel da a eScaSSeZ com que são apresentados os refOrçadores positivos aos
mâquina consistiria em reforçar ou não a resposta do aluno, caben- alunos. Em alguns casos, o próprio aluno é capaz de observar o
30 PsrcoLocrr oÁ ÂTREND I ZÂG EM SKTNNER 31

sucesso de sua aprendizagem e ter seu comportamento


de aprender escola, chega atrasado etc. Além disso, muitas provas se consolidam
reforçado com isso, mas no início do processo a principar
fonte de em verdadeiras ameaças (ter nota ou não, ser aprovado ou não),
reforçamento é o professor.
numa exposição (negativa) do que os alunos não sabem e como
No entanto, diante do mau comportamento ou, ainda,do
mau arrnas pan tnduzi-los a estudar. De acordo com a concepção de
desempenho escolar, os alunos são punidos verbal
ou fisicamente, o Skinner, quando se aplica uma prova como forma de ameaça, de
que pode resultar em castigo (ficar num canto da
sala),em repreensão punição, esta pode ser acompanhada de ansiedade, interferindo
verbal (com exposição e humilhação), em ameaça,
expulsã o da sala, no desempenho do aluno.
fu em penalidade, como a retirad,a do recreio ou de um passeio, Assim, o reforço positivo, que falta muito em sala de aula,
7a atençào, de um brinquedo.
é mais eficaz do que a punição quando se quer alÍetat algum
Mas o que dizer da utirização da punição (resposta seguida comportamento (eliminar respostas indesejáveis), quando se
Je um reforçador negativo) no cotidiano escorar? skinner (zoo7)
quer que algo seja aprendido. Além disso, a punição desvia a
nanteve-se contundente em sua condenaçào à aplicaçào
desta. atenção para o comportamento indeseiâvel, ao invés de indicar o
$alia que estes métodos são bastante evidenciados nas escolas e comportamento desejável.
)utras instituições na busca de exercer controle sobre seus
mem- No contexto da sala de aula, o professor deve lembrar que sua
>ros. Acredita que os estímulos aversivos (punição,
castigo) resultam aprovaçáo ou feição funciona como reforçador e que ele pode se
:m efeitos colaterais indesejáveis, principarmente, com
respostas utilizar de materiais e outros recursos que atraiam os alunos, tor-
:mocionais que podem Tevar ao comportamento esperado
pelo nando a aula mais interessante, como quebra-cabeças, brinquedos,
rrofessor, desencadeando, porém, de forma mais relevante,
estados jogos pedagógicos, livros de literatura, músicas, filmes. Essas ativi-
mocionais negativos associados a quem pune.
dades diferenciadas podem ajudar a manter o aluno trabalhando
Ainda que a punição tenha condições de eliminar ou enfra_ e ser utilizadas pelos educadores como reforçadores, quando da
uecef algum comportamento inadequado, ela nào tem papel apresentaçáo de comportamentos adequados.
rstrutivo. Então, mesmo que altere determinado comportamento,
Para Skinn er (1'972) , o melhor processo paru favorecet a apren-
cmo a indisciplina, deixando o aluno quieto, isso não implica dizagem do aluno é o que ele denomina de reforçamento pelo
o seu aprendizado de prestar atenção. Além disso, quando a sucesso em sua capacidade de operar no meio. Nesse caso, esse
unição é suspensa, gradativamente o comportamento indesejado processo ocorre quando o aluno aprende algo e esse algo é capaz
:nde a reaparecer.
de fazer com que ele seja capaz de melhor compreender, modificar
Ao considerarmos essas questões, vemos que o professor e agír no seu ambiente, sendo reforçado por esse ambiente.
letém" o poder e a autoridade, e os alunos, muitas vezes, passam Portanto, um dos grandes problemas do ensino, na concepção
)a parte do tempo fugindo de técnicas aversivas, com a realiza- de Skinner (1972), consiste n^ utiliza'çào de controle aversivo. O
Ío de atividades que não têm reforços positivos e que não têm autor explica que as técnicas aversivas continuam sendo aplicadas
:otivação para executâ-las. Não é pof acaso, de acordo com essa pelafalta de desenvolvimento de alternativas que tenham resultados
:rspectiva teórtca, que muitas vezes o aluno mantém o compor-
mais eficazes. Para substiluir o controle aversivo nas salas de aula,
mento de desligado nas aulas, movimentando-se com frequência entre outras coisas, é preciso planeiar uma forma de fazet com
t cadeira, entrando e saindo da saIa, torna_se agressivo, não vem à que a aprendizagem do aluno gere consequências naturalmente
1) Pstcotocrr oa alRtruórzecru
Srrrrtr 33

reforçadoras ao aprender. Mas por que ir à aura jâ nã,o é


mais tão (e também as situações em que foi reforçado anteriormente). Lem-
interessante? serâ que os reforçadores que as crianças
possuem em bremos que se o comportamento não existe no repertório do aluno,
casa (televisão, compurador, atenção dos pais) sao
màis eficientes então será preciso ensinálo.
que os da escola?
Além dessas considerações, Skinner ressalta que um ensino
Existem diversas maneiras de ensinar um indivíduo afazer
argo. eficiente deve compreender tanto o comportamento do aluno,
como já vimos, a moderagem (método de aproximação sucessiva)
quanto o de quem ensina (os pais, os professores etc.) e de todos os
é uma delas. Skinner (ZOOD afirma que, apesar de ser eficiente
em vârias situações, esse método pode tfazer arguns sentimentos envolvidos no sistema educacional, os que estabelecem as políticas
educacionais. É preciso conhecer quais as contingências e regras
aversivos (como o tédio). Um método que pode ser
mais rápido do que influenciam o modo de agir e de pensar dos responsáveis pela
que a modelagem é a modelação por contingências
ou regras, em manutenção do sistema educacional.
que é fornecido um modelo de comportamento e toda
vez que o
aluno emite uma resposta bem próxima à do modero é reforçado
(ou autorreforçado). É possível ainda dizer
aoaluno o que ele deve
fazer e o professor reforçá-ro assim que o fizer; o qul
exige por
outro lado, que o aluno tenha, previamente, em seu repertório
as
respostas que serão exigidas pelo professor.
Para Skinner (1972), como vimos, um comportamento
pode
ser eliminado (extinto) se não for reforçado. Assim, quando
um
aluno que perturba a aura com risos e palavras tolas, e por
isso
tem a atenção dos colegas e do professor, perde esta atenção,
provavelmente deixarâ de emitir tal comportamento.
Hâ ainda a
possibilidade de esse aluno ser reforçado positivamente (o
pro_
fessor aproximar-se dele, passar a mã.o em sua cabeça,
elogiar sua
conduta positiva - sem fazer referência à negativa) quando
não
estiver emitindo tais comportamentos.
Devemos lembrar que, para qualquer método ou programação
que a instituição de ensino for utrlizal é necess ârio
o conheci_
mento dos interesses, da história de vida do indivíduo, pois
são
essas variáveis que vão determinar o que é reforçador
paru vma
pessoa. Além disso, um bom pranejamento das estratégias
a serem
utilízadas com comportamentos específicos é mais .frc^,
do que
as abordagens menos organizadas. paru isso é preciso mostrar
ao aluno que ele pode usar o que aprendeu num momento
em
situações diferentes, tendo como referencial a sua história
de vida

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