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Nome da Instituição: Universidade da Integração Internacional da Lusofonia

Afro-Brasileira
Componente Curricular: Processos coloniais e construção da modernidade
Docente: Eduardo Estevam
Discente: Fernanda Márcia dos Santos Pinto
Curso: Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades

Resumo do filme Chocolate

O filme conta a história de Chocolate, um palhaço de circo que muito depois


descobrimos se chamar verdadeiramente Rafael Padilla. A trajetória do artista
se passa na França no final do século XIX
Rafael é um ex escravo que inicia sua carreira circense interpretando um canibal
de origem africana que fazia com que público se assustasse. Em uma de suas
apresentações ele conhece o palhaço Footit, que lhe propõem formarem uma
dupla de palhaços improvável para a época: um negro e outro branco. Com o
sucesso os dois vão para a capital, Paris onde se desenrola todo o restante da
história.
O filme retrata o racismo da sociedade francesa na era pós colonial. O palhaço
Chocolate em todas as apresentações é alvo de humilhações e tem sua
inteligência negada através de um espetáculo criado por um homem branco e
para o entretenimento de um público branco.
Através do personagem Chocolate é desnudado todo estereótipo acerca do
homem negro. A dupla era nada mais do que caricaturas de seus interpretes,
Footit enquanto homem branco é caracterizado como racional, íntegro e com
poder de liderança, enquanto Chocolate é o irracional, violento, submisso e
animalizado.
O sucesso da dupla acontece justamente pela ridicularização de Chocolate
durante os espetáculos. Fora dos palcos Rafael consegue melhorar sua situação
financeira e passou a incorporar hábitos dos homens europeus, contudo
continuou sendo visto como um ser inferior. Quando percebe todas as
implicações do racismo em sua vida ele decide encerrar a dupla e interpretar um
clássico de Shakespeare, Otelo. Uma literatura europeia que trazia um negro
como protagonista, mas que no teatro só era representado por atores brancos,
numa tentativa de negar o espaço a pessoas negras de serem retratadas com
humanidade e sem ridicularização.
Um momento que fica evidente o processo de desumanização de chocolate é
quando em uma campanha publicitária ele é desenhado como um macaco e
recebeu como justificativa de que era assim que as pessoas o enxergavam, já o
palhaço Footit teve suas feições humanas conservadas.
Ele também exige que passem a chama-lo pelo nome verdadeiro, Rafael. A
estrutura altamente racista não aceitou Rafael como Otelo, apesar da ótima
atuação, sob vaias e insultos o artista deixou o palco e não retornou mais. Rafael
chegou ao fim de sua vida trabalhando em um circo sem notoriedade, com
poucos recursos financeiros e muito doente.
A relação de Rafael com Footit era marcada pelo preconceito racial e pela não
aceitação de mesmo pelo sucesso e notoriedade que Chocolate trazia para as
apresentações, porém a motivação financeira fazia com que Footit não quisesse
a separação da dupla.
O racismo trouxe muitos impactos negativos para a vida de Rafael, entre eles o
vício em álcool e jogos de aposta, além de ter sua carreira encerrada
precocemente.
A estrutura racista pós colonial não permitia a mobilidade social de pessoas
negras. Não era possível aos negros serem reconhecidos como seres pensantes
e que não vivessem para entreter a sociedade branca. O mito do homem
europeu civilizado versus o africano selvagem colocava o negro em posição de
desvantagem e invisibilidade, confinando-o a um papel de eterna servidão.

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