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O livro que ora Golfinho apresenta como "Livro do Mês", além de abordar os principais
aspectos da Programação Neurolinguística como instrumento de mudanças e de liderança,
agrega, com muita eficácia, o modelo cerebral proposto por Paul D. Mac Lean, ou seja, de que
somos um ser que possui três cérebros em um: o cérebro primitivo ou reptiliano, que
compartilhamos com os peixes, as tartarugas marinhas, os répteis e vertebrados inferiores. Em
nós, o cérebro primitivo corresponde basicamente ao tronco cerebral e à formação reticular, e
governa, particularmente, a nossa agressividade e a reação de fuga ou luta diante de um
perigo externo. O sistema límbico, que inclui o septo, a amídala, o hipocampo, centro das
pulsões e das emoções. E, finalmente, o novo cérebro mamífero ou córtex, "o local do
pensamento consciente, da elaboração de estruturas imaginárias e da invenção, do raciocínio,
da intuição e da linguagem complexa específica do homem".
Aborda, também, e com muita propriedade, numa linguagem bastante acessível, as pesquisas
da moderna neurobiologia, que levaram a concordância de que na maioria das pessoas, "o
hemisfério esquerdo toma a iniciativa de tudo aquilo que é auditivo temporal", enquanto que o
"hemisfério direito toma a iniciativa de tudo que é visual espacial".
E fazendo, também, uso dos criativos mapas mentais, de Tony Buzan, Pierre Longin vai
demonstrando como a PNL é o instrumento ideal para o líder, o empresário, o "coach",
aprimorar e/ou desenvolver capacidade de comunicação, de negociar, de lidar ecologicamente
consigo mesmo e com os outros.
Nos ensina como criar imagens mentais, associadas e dissociadas e, como bom cientista,
explica-nos como funciona a visão. Apresenta, de maneira inovadora, a utilização de âncoras:
autoancoragem de estados internos e recursos, uso de âncoras para gerar emoções em outra
pessoa, empilhamento de âncoras. "Estabelecer e atingir objetivos" é outro capítulo muito
interessante. O autor está sempre a lembrar que os nossos objetivos devem ser ecológicos.
Buscando, quase sempre, fazer paralelo com outros esquemas existentes, para comparar com
os de PNL, apresenta o esquema clássico da comunicação para, depois, desenvolver todo um
processo de bem aplicar as ferramentas da Programação Neurolinguística. E aprendemos
como encontrar a distância interpessoal, o espaço de conforto e o espaço de perigo, a
sincronização postural e gestual, o estabelecimento de relação de confiança, a triagem da
informação, aprofundamento de rapport.
Outro capítulo que também merece registro especial é o capítulo 8, que trata
da linguagem verbal, pois explicita, com muita clareza, como a PNL, a partir das formulações
de Noam Chomsky, trabalha com dois níveis de linguagem: uma estrutura profunda, e
uma estrutura de superfície.
Há, também, anexos, respostas aos exercícios, um excelente glossário, e bibliografia, alguns
dos títulos existentes em português, mas não registrado pelo editor brasileiro.