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Ementa: AÇÃO DE EXONERAÇÃO E REDUÇÃO DE ALIMENTOS.

FILHOS QUE ATINGIRAM A MAIORIDADE


E FILHO MENOR. TUTELA PROVISÓRIA. DESCABIMENTO. 1. Para a revisão do encargo alimentar, deve
haver prova segura da efetiva modificação da fortuna de quem paga ou das necessidades de quem
recebe. 2. Como inexiste prova cabal da alteração da condição econômica do autor e da ausência de
necessidade dos filhos maiores e da redução das necessidades do filho menor, não é cabível a pretendida
exoneração e revisão liminar do encargo alimentar no momento. Recurso desprovido.(Agravo de
Instrumento, Nº 70074738212, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando
de Vasconcellos Chaves, Julgado em: 25-10-2017)[0]

Trata-se de conflito negativo de competência em que é suscitante o JUÍZO DE DIREITO DA 7ª


VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM - PA e suscitado o JUÍZO DE DIREITO DA 6ª VARA DE FAMÍLIA DE
JOÃO PESSOA PB, nos autos da ação de alimentos ajuizada por P. M. DE A. contra I. F. O. DE A.
O suscitado entendeu que a ação, por envolver exoneração de alimentos, deveria ser julgada
no foro do domicílio da parte alimentanda, ainda que esta tenha atingido a maioridade (e-STJ
fl. 81). O suscitante entendeu que a competência é relativa, pois não se aplicaria, no presente
caso, o art. 53, II, do CPC/2015 (e-STJ fls. 131/132). Parecer do Ministério Público Federal pela
competência do JUÍZO DE DIREITO DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM - PA (e-STJ fls. 144/147).
É o relatório. Decido. Conforme a jurisprudência do STJ, as ações conexas à demanda alimentar
seguem a regra de competência fixada para a pretensão de alimentos. A propósito: CONFLITO
DE COMPETÊNCIA. CONEXÃO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE
ALIMENTOS. PREVALÊNCIA DO INTERESSE DO ALIMENTANDO. COMPETÊNCIA DO FORO DA
RESIDÊNCIA DESTE. 1. É firme nesta Corte o entendimento de que em discussões como a que
ora se trava, prepondera o interesse do hipossuficiente, devendo prevalecer o foro do
alimentando como o competente tanto para a ação de alimentos como para aquelas que lhe
sucedam ou que lhe sejam conexas 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de
Direito da 1ª Vara de Família e Sucessões de Rondonópolis - MT, o suscitado. (CC 50.597/MS,
Relator Ministro FERNANDO GONÇALVES, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/9/2007, DJ
24/9/2007, p. 241.) AÇÃO DE ALIMENTOS. COMPETÊNCIA. O FORO DO DOMICILIO OU DA
RESIDÊNCIA DO ALIMENTANDO É O COMPETENTE PARA A AÇÃO EM QUE SE PEDEM
ALIMENTOS, DAI DECORRENDO A COMPETÊNCIA PARA AS AÇÕES QUE LHE SÃO CONEXAS.

CONFLITO CONHECIDO E DECLARADO COMPETENTE O SUSCITANTE.

(CC 278/PI, Relator Ministro NILSON NAVES, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em

28/11/1990, DJ 4/2/1991, p. 560.)

Frise-se que esta Corte Superior tem entendido nesse sentido mesmo

nos casos em que a parte passiva da demanda exoneratória tenha

atingido a maioridade. Confira-se, assim, a seguinte decisão

monocrática: CC n. 155.093/RJ, Relator Ministro MARCO BUZZI,


Publicada em 2/3/2018.

No presente caso, os alimentos foram fixados em acordo homologado

pela Justiça do Estado do Pará, a qual era competente porque

correspondia ao foro de residência do alimentando, filho da parte

autora, que era menor à época da homologação (fls. 2/3). Portanto,

seguindo a orientação do STJ, a demanda exoneratória deve ser

apreciada pelo referido juízo, cujo foro ainda é o local de domicílio do alimentando.

Diante do exposto, CONHEÇO do presente conflito negativo de competência para DECLARAR


COMPETENTE o JUÍZO DE DIREITO DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DE BELÉM - PA. Publique-se e
intimem-se. Brasília (DF), 27 de abril de 2018. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Relator

Trata-se de conflito negativo de competência, em que é suscitante o JUÍZO DE


DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA DE ITAJAÍ SC e suscitado oJUÍZO DE DIREITO DA
VARA DE FAMÍLIA DE RIO DAS OSTRAS RJ.O suscitado declinou de sua
competência, alegando, em síntese, que écompetente o foro de domicilio do
alimentando, para discutir aobrigação alimentar entre maiores e capazes (e-STJ fl.
10).

O suscitante, por sua vez, considerou tratar-se de competência

relativa, não podendo ser declinada de ofício, nos termos da Súmula

n. 33/STJ (e-STJ fl. 12).

Parecer do Ministério Público Federal pela competência do JUÍZO DE

DIREITO DA VARA CÍVEL DE BARRACÃO PR (e-STJ fls. 39/43).

É o relatório.

Decido.

No presente caso, discute-se a respeito da competência para apreciar

ação de revisão de alimentos entre ex-cônjuges.

Conforme a jurisprudência desta Corte Superior, tratando-se de ação

alimentar entre maiores e capazes, "É competente o foro do domicílio

do alimentando para ação em que se pede alimentos. No entanto, por

se tratar de regra de competência relativa, não há óbice que impeça

a propositura da ação de alimentos em foro diverso do domicílio do

alimentando" (CC 57.622/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA

SEÇÃO, julgado em 10/5/2006, DJ 29/5/2006, p. 156).


Ainda nos termos do entendimento deste Superior Tribunal, a

competência nesses casos é considerada relativa, não podendo o Juízo

excepcioná-la sem a devida provocação do réu, nos termos da Súmula

n. 33 do STJ: "a incompetência relativa não pode ser declarada de

oficio" (Súmula n. 33, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/1991, DJ

29/10/1991, p. 15312). Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONTRATO BANCÁRIO.

FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. AÇÃO REVISIONAL.

AÇÃO PROPOSTA PELO CONSUMIDOR NO FORO ONDE O RÉU POSSUI FILIAL.

POSSIBILIDADE. 1. Nos casos em que o consumidor, autor da ação,

elege, dentro das limitações impostas pela lei, a comarca que melhor

atende seus interesses, a competência é relativa, somente podendo

ser alterada caso o réu apresente exceção de incompetência (CPC,

art. 112), não sendo possível sua declinação de ofício nos moldes da

Súmula 33/STJ. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no CC n. 124.351/DF, Relator Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA

SEÇÃO, julgado em 8/5/2013, DJe 17/5/2013.)

A propósito, bem pontuou o Ministério Público Federal em parecer

(e-STJ fl. 22):

O artigo 53, inciso II, do Código de Processo Civil estabelece que

"É competente o foro: [...] II - de domicilio ou residência do

alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;". Tal regramento

fixa competência territorial, portanto, relativa, de modo que, em

caso de inércia dos litigantes, prorroga-se a competência para foro

diverso do domicílio do alimentando.

Sabemos que, no caso de demanda que verse sobre alimentos de

menores, essa competência se toma absoluta, a teor do previsto no

art. 147 do ECA.

Ocorre que, na hipótese vertente, como bem ressaltou o Juízo

suscitante, as partes são maiores e capazes, não permitindo, por

isso, a declinação de competência, de ofício, pelo Juízo onde foi

instaurada a demanda.
Diante do exposto, CONHEÇO do presente conflito negativo de

competência, para DECLARAR COMPETENTE o JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE

FAMÍLIA DE RIO DAS OSTRAS RJ.

Publique-se e intimem-se.

Brasília (DF), 27 de abril de 2018.

Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA

Relator

89) Dos casos de Litisconsórcio Necessário nas ações


de alimentos.
Importante lembrar que quando os alimentos são arbitrados
ou acordados de forma global, para todo o grupo familiar,
sem pormenorizar as quotas de cada um, estamos diante dos
alimentos espécie "intuitu familiae", todos devem figurar
nos polo passivo da ação (quando exoneratória ou revisional),
tendo em vista a formação do litisconsórcio passivo unitário
necessário, previsto no artigo 116, do NCPC.
No entanto, no polo ativo (quando do cumprimento de
sentença ou execução de alimentos), tratando-se de alimentos
fixados "intuitu familiae", qualquer dos alimentandos pode
exigir, por inteiro, a pensão (precedente: STJ, REsp nº
1.655.091/ SP, Relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, 3ª
Turma, DJe 26.4.2018).

119) FORO COMPETENTE. AÇÃO REVISIONAL DE


ALIMENTOS. DOMICÍLIO DO ALIMENTANDO. 1.
Conforme jurisprudência assente nesta Corte, a regra de
competência prevista no artigo 147 do Estatuto da Criança
e do Adolescente, que tem por objetivo a proteção do
interesse do menor, é absoluta e deve ser declarada de ofício,
mostrando-se inadmissível sua prorrogação. 2.
Ademais, tendo em conta o caráter absoluto da
competência ora em análise, em discussões como a
dos autos, sobreleva o interesse do menor
hipossuficiente, devendo prevalecer o foro do
alimentando e de sua representante legal como o
competente tanto para a ação de alimentos como para
aquelas que lhe sucedem ou lhe sejam conexas. 3."A
competência para processar e julgar as ações conexas de
interesse de menor é, em princípio, do foro do domicílio do
detentor de sua guarda"(Súmula 383/STJ). 4. Agravo
regimental não provido. (STJ, AgRg no AREsp 240.127/SP,
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,
julgado em 03/10/2013, DJe 14/10/2013).

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