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RESUMO
A psicomotricidade é uma ciência muito importante para educação infantil, pois os obstáculos
no aprendizado das crianças podem ter como causa um desenvolvimento psicomotor deficiente.
Este trabalho procurou apresentar quais as limitações do desenvolvimento psicomotor das
crianças na era cujas brincadeiras e as dinâmicas estão sendo substituídas pelo entretenimento
tecnológico. O objetivo geral do estudo é analisar a importância da psicomotricidade no
aprendizado desde o começo das vidas das crianças. A metodologia usada foi baseada em
revisões literárias, que englobam artigos e livros, e pesquisas online, utilizando sites e vídeos
relacionados com assunto. A pesquisa relaciona os mecanismos psicomotores realizando uma
conexão entre a psicopedagogia e a psicomotricidade. Com isso, percebeu-se que as
brincadeiras e os jogos são canais diretos que a criança usa para exprimir seus desejos e
emoções sendo ferramentas muito válidas durante as séries iniciais, podendo assim conseguir
uma boa evolução motora, psicológica, social e afetiva. Nessa linha de raciocínio, percebeu-se
a importância do profissional educador em estimular o aluno conforme a sua realidade,
objetivando o melhor desenvolvimento cognitivo deste. Dessa forma, conseguiu-se expor a
relação da psicopedagogia como um ramo que visa a solução dos problemas de aprendizado
referentes a influência do meio e que se associado a psicomotricidade, é capaz de auxiliar a
solução desses problemas através do treinamento motor do indivíduo desde as etapas iniciais
da vida.
*Graduada em Letras Inglês pela Universidade Ceuma. Pós-graduanda em Psicopedagogia Institucional e Clínica
pelo Centro De Avaliação, Planejamento E Educação do Maranhão - CAPEM.
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INTRODUÇÃO
dominante tem mais força muscular, mais precisão e mais velocidade, visto que é este que inicia
e executa as medidas mais importantes. O outro lado suporta esta ação e é igualmente
importante, mas complementar. Este aprendizado motor é realizado enquanto higiene pessoal,
caminhadas e força são realizadas. Quando em contato com os objetos de seu ambiente, a
lateralidade explora a criança, estimulando-a sobre as oportunidades para empregar
continuamente uma escolha (PAULA, 2016).
A psicomotricidade faz parte das diferentes atividades motoras das crianças, o que
contribui consideravelmente para o conhecimento e o domínio de seu próprio corpo. É um
método indispensável para o desenvolvimento global e uniforme da criança, participando
ativamente da construção das bases fundamentais da aprendizagem (ROSSI, 2012).
De uma forma conceitual, a psicomotricidade abrange toda ação realizada pelo
indivíduo; é a interação entre o psiquismo e a motricidade, obtendo um desenvolvimento global
focado nos aspectos afetivos, motores e cognitivos, levando o indivíduo a tomar consciência do
seu corpo por meio do movimento. Assim, o desenvolvimento da psicomotricidade faz-se
através da evolução da criança, na sua troca com o meio, onde aos poucos vai ampliando-se a
sua capacidade de se adaptar às necessidades comuns, fazendo-se necessário para isso, o espaço
físico, a diversidade de material, jogos lúdicos, um ambiente arejado e agradável (ARAUJO,
2013).
Por ser a ciência que estuda o movimento, a psicomotricidade é um meio que auxilia
um melhor desenvolvimento global, sendo diretamente relacionada ao afeto e à emoção. Por
isso, para que haja evolução nas crianças são imprescindíveis diversos fatores. Dentre alguns
fatores estão os metabólicos, os morfológicos, psicomotores, psicossociais e psicoemocionais.
O déficit no desenvolvimento de algum desses promove a dificuldade na aprendizagem
(WALLON, 2005).
O movimento é a primeira manifestação na vida do ser humano, visto que
desde a vida intrauterina há a aplicação de movimentos feitos pelo corpo, no qual vão
se estruturando e exercendo enormes influências no comportamento. Sendo assim,
considera-se que a psicomotricidade é um instrumento de enorme importância que auxilia a
promover preventivos de intervenção, proporcionando resultados satisfatórios em situações de
dificuldades no processo de ensino- aprendizagem (DOS SANTOS, 2015).
A evolução psicomotora possui três etapas: corpo vivido, corpo descoberto e corpo
representado. A primeira etapa compreende os primeiros anos de vida, de 0 a 3 anos, onde a
criança não possui consciência de si relacionada ao ambiente. A partir do momento que ocorre
o seu amadurecimento e sua vivência, a criança diferencia-se de seu meio, se descobrindo. A
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segunda etapa está integrada dos três aos sete anos, tendo como característica principal uma
maior coordenação da criança, onde já há uma certa consciência de seu corpo, sendo perceptível
a compreensão de conceitos como tempo/espaço, em cima/embaixo, dentre outros. Na terceira
etapa, dos sete aos doze anos, o desenvolvimento infantil não é mais centrado em seu próprio
corpo, tendo assim aperfeiçoamento de seus movimentos e de sua coordenação (LE BOULCH,
2007).
Quando a lateralidade de uma criança não está bem estabelecida, a mesma
demonstra problemáticas de ordem espacial. Alguns exemplos são não perceber a diferença
entre seu lado dominante e o outro, não aprender a utilizar corretamente os termos direita e
esquerda, apresentar dificuldade em seguir a direção gráfica da leitura e da escrita, não
conseguir reconhecer a ordem em um quadro, entre outros transtornos. Problemas na
organização espacial produzirão dificuldades em distinguir letras que se diferem por pequenos
detalhes, como “b” com “p”, “n” com “u”, “12” com “21” (direita e esquerda, para cima e para
baixo, antes e depois), trombar constantemente nos objetos, não organiza bem seus materiais
de uso pessoal, não respeitar margens nem escrever adequadamente sobre as linhas. Uma
criança com estruturação temporal com desenvolvimento comprometido poderá não perceber
intervalos de tempo, nem o antes e o depois, não prever o tempo que gastará para realizar uma
atividade, demorando muito tempo nela e deixando, portanto, de realizar outras (CAMPOS,
2013).
Nesse sentido, o professor deve ter como base para a composição de seu trabalho o
entendimento de que a criança interfere no ambiente através do movimento; assim, é importante
conhecer e entender o desenvolvimento psicomotor e suas
etapas, propondo assim atividades consistentes e fundamentadas, criando projetos
para que as crianças brinquem, explorem, criem, sintam e, dessa forma, aprendam
(ARAUJO, 2013).
É pela psicomotricidade e pela visão que a criança descobre o mundo dos objetos, e é
manipulando-os que ela redescobre o mundo: porém esta descoberta a partir dos
objetos só será verdadeiramente frutífera quando a criança for capaz de segurar e de
largar, quando ela tiver adquirido a noção de distância entre ela e o objeto que ela
manipula, quando o objeto não fizer mais parte de sua simples atividade corporal
indiferenciada (OLIVEIRA, 2000, p.34).
O domínio afetivo deve ser concebido através das mais diversas práticas lúdicas
coletivas, buscando colocar de lado os atrasos de comunicação, a timidez, e o sentimento de
insegurança que muitos alunos detêm. Muitas crianças são carentes de modo afetivo ou
superprotegidas, sendo que normalmente há desinteresse pelos conteúdos ministrados em sala
de aula em virtude de problemas organizacionais da personalidade, advindo da afetividade
(SOUZA, 2007).
O domínio motor também pode ser entendido como psicomotor. Ele está
diretamente ligado ao aprendizado e a combinação de atos motores com cognitivos. Como
exemplos têm-se o andar de skate e o jogar basquete. O desenvolvimento harmônico destes três
tipos de domínios proporciona o desenvolvimento integral da pessoa (SILVA, 2013).
As habilidades motoras fundamentais iniciam a partir de dois anos. É nesta idade
as crianças já têm total domínio dos movimentos rudimentares que são a base para o
aperfeiçoamento dos padrões motores fundamentais. A fase do desenvolvimento de habilidades
motoras fundamentais é considerada a maior e mais importante dentre as outras fases iniciais.
Esta fase é considerada uma fase crítica e sensível, pois pode gerar mudanças que determinarão
como será o domínio motor do indivíduo (MARQUES, 2013).
O comportamento psicomotor começa a ser trabalhado com certa organização na
escola, principalmente nas aulas de Educação Física e na própria sala de aula, tornando-se assim
um espaço para o desenvolver o corpo, os movimentos, o dinamismo e a liberdade são vividos
pelas crianças. E alguns fatores acabam sendo influenciadores para as crianças com a mesma
idade, tendo esses comportamentos diferentes, como o meio, o ambiente familiar e as
possibilidades físicas. Por isso, percebe-se que há necessidade de que os educadores conheçam
e compreendam as capacidades de seus alunos, proporcionando o bem-estar, a felicidade e o
crescimento, dentro dos limites de cada um, pois cada criança é única (SISTO, 1996).
detecta-se o princípio da continuidade, onde o ser humano passa por diversas modificações
contínuas ao longo da vida (OLIVEIRA, 2002).
As capacidades motoras são componentes da capacidade física do indivíduo,
utilizadas nos mais diversos movimentos habituais. Essas capacidades acabam se integrando
em cinco capacidades específicas: resistência, força, velocidade, flexibilidade e agilidade
(RAIOL, 2010).
A resistência é posta como a eficiência na sustentação de esforços físicos e
psicológicos durante um período suficiente para o aparecimento da fadiga, ou seja, um esforço
de alta intensidade é realizado e mantido por um certo tempo, entretanto, não se podendo perder
a efetividade da execução (SANTOS, 2015).
Já a força entra como a aptidão de transpassar uma determinada resistência, usando-
se a contração muscular. É através da força que se consegue executar ações como saltar e
levantar (RAIOL, 2010).
A velocidade pode ser conceituada como a capacidade de executar ações de alta
intensidade em um espaço curto de tempo, sendo característica desta capacidade as atividades
intervaladas (SANTOS, 2015).
No âmbito da flexibilidade, tem-se o conhecimento desta como a capacidade de
amplitude do movimento, onde se estende uma articulação ou o conjunto delas. É através do
desenvolvimento da flexibilidade que se possibilita o melhoramento na execução técnica, o que
consequentemente previne lesões (SANTOS, 2015).
Por último, a agilidade está atrelada a aptidão de mudar de direção de modo
repentino, sendo vastamente utilizada durante brincadeiras e exercícios coletivos. A agilidade
está intimamente relacionada com a velocidade e a força, sendo delas dependente (RAIOL,
2010).
Para que a criança conquiste determinados níveis de padrões de movimento, é
necessário que haja estímulos por meio de informações e experiências vivenciadas no campo
psicomotor. Dessa forma, consegue-se organizar os conhecimentos adquiridos, sendo
estimulada de forma eficaz. É importante frisar que o domínio motor deve também ser
compreendido como psicomotor, pois por meio dessas diversas atividades realizadas pela
criança que há o desenvolvimento não só do aspecto motor, mas também dos aspectos
cognitivos (SOUZA, 2012).
Os movimentos fundamentais possuem uma importância gigantesca e devem ser
orientados visando a aquisição de habilidades, em um longo processo. Os movimentos
fundamentais são divididos pelos autores em três estágios. O estágio inicial está representado
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3 PSICOPEDAGODIA E PSICOMOTRICIDADE
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi possível observar as mais variáveis formas de relação entra a
psicomotricidade e a educação infantil. Esta relação tem como base tanto o movimento da
criança pelo simples fato de conhecer seu corpo, como também usar dessa atitude motora para
desenvolver habilidades que podem ser transcendidas ao longo de uma vida.
Os gestos motores combinados com o domínio do corpo proporcionam a formação
de uma espécie de esquema corporal, que está atrelado diretamente com simples atitudes
criativas e divertidas que devem ser incentivadas pelos profissionais educadores. Um exemplo
da aplicação desses gestos motores está nos jogos. Estes, quando aplicados de maneira didática,
facilitam a interação social das crianças, estimulando os diferentes tipos de aprendizagem
individual, buscando sempre prevenir os déficits na absorção do conhecimento.
Além disso, é importante destacar o papel do profissional educador como
estimulador do aluno conforme a sua realidade, objetivando o melhor desenvolvimento
cognitivo destes, pautados nos processos de aprendizagem. Isso mostra a importância da
integração geral e individual da pedagogia e da educação física no currículo básico, dando
ênfase ao desenvolvimento psicomotor. Isso terá como consequência a possibilidade da
manifestação de desejos diferentes como competição bem-intencionada, aventura, expressão, e
assim por diante por meio de várias experiências com o estabelecimento de imagem de corpo e
estabilidade psicológica.
A partir daí, pode-se entender como se dá o processo de desenvolvimento motor e
como são diferenciados os estágios desse desenvolvimento. Dessa forma, foi possível entender
que após passar por esses estágios, o indivíduo conseguiria ter uma melhor organização de
conhecimentos, chegando assim a um estágio de domínio psicomotor.
Ou seja, a meta da educação psicomotora busca bombear a confiança com
movimentos diferentes em diversas atividades. Isso entra como uma forma de usar o
desenvolvimento do movimento como o meio principal da formulação da sua autoidentidade.
Além disso, observou-se que isso traz uma melhora considerável da autoestima influenciando
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nos seus estudos durante o período da adolescência. A educação psicomotora aplica-se como
uma atividade do exercício da percepção do nervo antes do método de desenvolvimento da
consciência e aprendizagem como escrita, leitura e ditado. Esta proporciona que a criança
consiga vencer diversos obstáculos, encontrando-se dentro do meio social, visto que a
brincadeira desperta o desejo de descoberta e exploração, sendo canal direto para que a criança
possa exprimir suas mais variadas emoções
Portanto, conseguiu-se expor a relação da psicopedagogia como um ramo que visa
a solução dos problemas de aprendizagem referentes a influência do meio e que se associado a
psicomotricidade, é capaz de auxiliar a solução desses problemas através do treinamento motor
do indivíduo desde as etapas iniciais da vida.
ABSTRACT
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Andreza Santiago Gottgtroy de; SILVA, Eduardo Rodrigues da. As contribuições
da Psicomotricidade na Educação Infantil. Educação Pública: comportamento, 6 ago. 2013.
JOHNSON, M. The Body in the Mind: The Bodily Basis of Meaning, Imagination, and
Reason. Chicago: The University of Chicago Press.1987.
La TAILLE, Yves de (et al). Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
São Paulo: Summus, 1992
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2007.
RAIOL, Rodolfo de Azevedo; RAIOL, Paloma Aguiar Ferreira da Silva; ARAÚJO, Maikon
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crescimento e princípios do treinamento. EFDeportes, Buenos Aires, ano 15, n. 149, out.
2010.
SANTOS, José Maria dos. Documento de Apoio 2º Ciclo (Área dos Conhecimentos). Escola
Básica, set. 2015.