Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
"Ouve Garcia o canto, e não atina De “O arco faz voar a aguda seta,
onde tanto prodígio, mas de Eulina A Que toca o peito da Lindóia, e fere
delicada face está patente: Fita os A serpente na testa, e a boca e os
olhos, e vê desde a corrente Lançar a dentes
mão à praia a Ninfa bela, Toma uma Deixou cravados no vizinho tronco.
areia de ouro, e já com ela Pulveriza os Açouta o campo côa ligeira cauda
cabelos: neste instante, O sonho de O irado monstro, e em tortuosos
Albuquerque o faz avante Passar, os
giros
braços abre, a Ninfa chama; Ela o vê, e
Se enrosca no cipreste, e verte
não teme, e já se inflama De amor por
ele: aos braços o convida, E abrindo o
envolto
seio o rio, uma luzida Urna de fino Em negro sangue o lívido veneno.
mármore os sepulta Recebendo-os em Leva nos braços a infeliz Lindóia
si: ficou oculta A maravilha a quantos o O desgraçado irmão, que ao
acompanham. Em busca de Garcia já se despertá-la
entranham Pelo matos mais densos; Conhece, com que dor! No frio rosto
mas perdida A esperança de achá-lo, e Os sinais do veneno, e vê ferido
recolhida Volta ao herói a esquadra Pelo dente sutil o brando peito.”
aventureira."
Bocage
Canto VI Texto I
“Vê os Pires, Camargos e “Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Pedrosos, Alvarengas, Godóis, Cabrais,
Cardosos, Lemos, Toledos, Paes, Que bom que soam, como estão cadentes!
Guerras, Furtados, E os outros, que Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
primeiro assinalados Se fizeram no
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
arrojo das conquistas, Ó grandes
sempre, ó imortais Paulistas! Embora Vê como ali, beijando-se, os Amores
vós, ninfas do Tejo, embora Cante do
Incitam nossos ósculos ardentes.
Lusitano a voz sonora Os claros feitos
do seu grande Gama; Dos meus Ei-las de planta em planta as inocentes,
Paulistas honrarei a fama. Eles a fome As vagas borboletas de mil cores.
e sede vão sofrendo, Rotos e nus os
corpos vem trazendo, Na enfermidade a Naquele arbusto o rouxinol suspira,
cura lhes falece, E a miséria por tudo Ora nas folhas a abelhinha pára,
se conhece."
Ora nos ares, sussurrando, gira: