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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAGAO PRO-REITORIA DE EXTENSAO PASTA QA EDUCACAO, COMPLEXIDADE E ACAO SOCIAL Projeto de extensdo apresentado a Faculdade de Educacéo da Universidade Federal da Bahia, como elemento constituinte do plano de trabalho. %, ie ‘ MAURICIO MOGILKA 7 a Salvador +e \ 3 \ © Janeiro 2018 \v {N w \ f v A esperanca sempre foi uma das forcas dominantes das revolucées e das lutas -sociais; eu ainda sinto a esperanga como a minha concepedo de futuro. Jean-Paul Sartre Precisamos assumir uma posiedo, se pretendemos permanecer humanos, Do romance "Oamericano trangiiilo’, de Grahan Greene e UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAGAO_ PRO-REITORIA DE EXTENSAO PROJETO DE EXTENSAO Titulo: EQUCACAO, COMPLEXIDADE E AGAO SOCTAL, Areas teméticas: Educagto popular; movimentos sociais; educagie e direitos; educagdo e ‘organizacéo popular; promogtio da vida humana; democracia participativa. Periodo de realizagiio: julho 2016 a junho 2019. Piblico-alvo: coordenadores, equipe e estudantes que atuam em projetos de extensdo, em grupos de pesquisa ligados & Grea social e em ACCS da UFBA; pessoas que atuam em movimentos sociais e lideranca comunitéria: organizacées néo-governamentais (ONG's); trabalho comunitério e pastorais; saiide comunitéria; projetos sociais. Coordenador e mediador: Mauricio Mogilka (mmoqilka@ufba,br) Lustificativa: Muito se tem falado e questionade quanto a validade, natureza e reais resultados clcancados pelas atividades de extensio universitéria, Como qualquer campo de atividade humane, elas também estéo sob questionamento e anélise constante, inclusive porque estes questionamentos representam um dos mais importantes fatores para a reflexdo e o avango das ages sociais, E justamente este constante questionamento que permite aos grupos que atuam neste campo trabalhar para superar problemas persistentes na drea, entre os quais poderiamos citar como os mais urgentes: 1. Baixo financiamento estatal e insuficiéncia de politicas pablicas ra érea; 2. Assistencialismo: 3, Aco sem apoio tedrico e reflexive: 4. Despreocupacio com 0 desenvolvimento subjetive dos envolvides: 5, Auteriterismo na relagto com os grupos populares; 6. Tdealizagio das comunidades e da cultura popular. °F |A educacdo popular e os movimentos socicis apresentam uma enorme riqueza de situagBes, pr € contradigBes para as qucis as préprias préticas niio podem preparar integralmente. Por isto as atividades de extensdo universitéria sdo potenciais oportunidades para ‘ompliar a capacitagio profissional, expandir a consciéncia critica sobre os dilemas da prética e desenvolver mais amp| habilidades educativas. Estas atividades sto momentos onde é el oprofundar temas especificos, nascidos da experiéncia prética, mas ndo esgotéveis por Por esta capacidade singular, de unir teoria, prética e sensibilidade, a érea de extenstio tem sido cada vez mais valorizada, seja como instrumento de contribuigéo social por parte da universidade, seja como momento de reflextio tedrica na prética. Além disto, a extensiio também enriquece a prépria universidade, pois os participantes das comunidades externas, ao interagir com os alunos e profissionais da instituicéo, trazem importantes questées e probleméticas de quem jé estd na prética hé alguns anos. Por isto, este projeto pretende se constituir em um férum permanente de desenvolvimento de agentes sociais,' e assim contribuir para que a universidade publica realize a ‘sua vocagéio potencial para ser um espace de participagdio democrdtica.* Ou seja, um local piiblico ‘onde as pessoas possam se reunir para debater idéias, dialagar sobre questées sociais e elaborar cltemnatives de ago, ao mesmo tempo que desenvolvem suas subjetividades e sua consciéncia critica.’ Nestes espacos, o debate pode freglientemente se estabelecer fora do controle do poder instituido, de tal forma que o logos coletivo seja poiético, iste é, capaz de gerar acdio criativa € no rotineira, Deste modo, as coletividades podem gerar novos sentides e novas solugies para as contradicées sociais vividas no duro cotidiano capitalista, bem como novas formas de enfrentamento com os poderes conservadores. Se revitalizedos, estes espacos de participactio democrdtica podem desempenhar um Papel importante na luta contra diferentes formas de exclusto. Estes espacas podem se converter em verdadeiros centros de imaginagéo social, onde se desenvolvam modalidades cltemnativas de interpretar e recriar as relacdes e as préticas sociais.' Através do exerctcio da ¥ Agente social é entendido aqui come todo voluntério, militente ou profissional que atua continua e sistematicamente com grupos populares: este é 0 agente social direta au priméria, O agente social secundério € oquele cujo trabalho impacta e & necessério ao trabalho dos agentes socicis primérios gestores da Grea social (estatal ou ndo-governamental), formadores de ogeftes sociais primérios e pesquisadores de temas sociais, que produzem material teérico-analitico au teérico-metodolégico para 0 agente social primério. ? Democracia aqui neste projeto refere-se aos processos e ds propostas de democracia participativa e direta, endo & manutengio do model elitiste e anti-participative de democracia representativa dominante ras sociedades copitalistas; nem tampouco se refere no modelo supostemente participative vigente nos regimes de socialismo bureerético, pertidério e ultra-centralizade 20 desenvolvimento da consciéncia critica é um dos fenémenos mois importagies gp educagéo populer Sendo complexo, rifo pode ser definide por um conceite apenas. Por isto pi § definir consciéncia critica como aquela que: 1. Coloca discursos e préticas em questao, superando a ingenuidade: 2. Estebelece relagées de causa ¢ efeito; 3. Compreende amplamente ¢ ndo apenas focalmente: 4, Busco a cousalidade remota dos ccontecimentos locais; 5. Permite a tomada de conscincia da situago real viva pelo grups. “Neste projete de extensio, alternative significa aquilo que no asié ligado cos valores e 8s préticas de reprodugao do capitalism ou a outras prepostas opressivas de q za Az imaginagao social, as coletividedes encontram um local ¢ um momento para construir possibilidades de sociedades mais justas, humanas, igualitdrias e ético: ° edescobrir quais seriam ‘05 caminhos ¢ lutas pare que estas sociedades sejam possiveis. Trabalhando com fundamento nas teorias politicas mais engajadas, os centros de itmaginagde social reinem diferentes sujeitos, como educadores, artistas, académicos ¢ ativistas social: , de modo a explorar possibilidades de reforma e de transformacdo em diferentes espacos sociais. Para isto, neste projeto a educagte popular e seu enfoque complexo da politica ¢ da aco social seré um instrumento para compreendermos mais profundamente 0 momento que vivemas e contribuir para que os movimentos sociais superem os impasses em que estamos, com um forte avanco das forcas neoliberais e retrocesso nas pautas de cidadania. A complexidede se mostra como um imperative para a transformacéo da realidade. Enfrentamentos baseados em cosmovisées simplistas, reducionistas e hierérquicas, herdadas da prépria modernidade, mesmo que progressista, tem sido dominados pela eficiente méquina politica neoliberal, Em funcio destas quest8es, um dos objetivos deste projeto é estimular a imaginagéo criadora dos participantes, inclusive 0 mediador, para pensar os subsidios de um projeto de pals para o Brasil, Obviamente o objetivo aqui é pensar este projeto fora dos marcos neolibercis, mas também superando os limites do pensamento da esquerda mais ortodoxa e verticalista, ¢ sua enorme dificuldade de dialogar com 0 povo. Neste Ultimo caso os projetos tem sido mais reatives ao neoliberclismo do que propositivos. Ou entdo tem sido elaborados a pertir de uma rigida leitura da teoria de estado marxista, e mais fregiientemente, leninista. Tais projetos tem pouca chance de responder aos dilemas atuais de uma América Latina marcada pela agenda excludente das politicas neoliberais. Um outro objetivo deste projeto & que 0s encontros se transformem em momentos onde o grupo exercite o pensar 0 novo, Ou seja, pensar e ultrapassar os limites (jd conhecidos sobre o trabalho social e sobre as grandes questBes sociais no Brasil e na America Latina. Assim os porticipantes encontram estimulos para compreender ¢ deslocar estes limites, projetando © trabalho e os movimentos sociais para eutra potencia, outras fronteiras, outros patamares. Este projeto pretende entdo desenvolver um processo de conscietizacdo-capacitagdo cam agentes sociais secundéries, j6 em nivel de mestrade ou doutorado, ou agentes sociais 50 signticodal@brica, equ, rao se resume a seguir regras, leis ou norma socialmente institldas, mes diz respeito as acées e politicas que tém relacdo direta com o bem estar e os direitos de todos os seres humans, e se pautam por este principio em suas estratégias. primérios que jé estéo cursando a pés-graduaciio,* Assim estes agentes poderdo atuar como multiplicadores, desenvolvendo e influenciando agentes sociais primérios e os movimentes sociis onde estes atuam. Por estes motives o projeto aqui apresentado, Eaucacdo complexidade e acéo social, pretende contribuir para que a universidade publica, neste caso especifico a UFBA, possa expandir sua vocacéio para ser um desses espacos de participacdo democrdtica e de fortalecimento do trabalho social.” E © modo do projeto atuar nessa intencdo ¢ através da participagdo do seu coordenador-mediador, realizando palestras participativas, rodas de conversa, cursos de extenstio ou assessorias. Estas agdes ocorrertio em projetos de extensdo ou grupos de pesquisa voltados & érea social, da UFBA, ou em projetos, organizacBes e movimentos sociais externos & universidade. Informages mais especificas sobre como se dardo estas intervengdes constam no item metedologia desse projete. Objetivos + Potencializar o cardter politico e educativo de trabalho social * Auxilian os profissionais no processo de criar ou fortalecer espacos de reflextio sobre as préticas que realizam, cumentando a sua autoconfianga e a capacidade de superar coletivamente os desatios + Fortalecer 0 desenvolvimento de atividades comunitérias que impulsionem as iniciatives populares no campo das lutas por direitos e nos processos de democracia participative + Fortalecer a participacéo popular no controle social das politicas publicas + Contribuir para que os agentes sociais fortalecam os processes de auto-organizactio das comunidades + Ampliar 0 raio de acto da UFBA na érea social na grande Salvador, fortalecendo a integraczo da instituigdio com os educadores e os ativistas sociais © Agente social & entendido aqui como todo voluntério, militante ou profissional que afua continua sistematicamente com grupos populares: este é 0 agente social direto ou primério, O agente social secundério € aquele cujo trabalho impacta ¢ & necessério ao trabalho dos agentes sociais primérios: gestores da érea social (estatal ou ndo-governamental), formaderes de agentes sociais primérios ¢ Pesquisadores de temas sociais, que produzem material teérico-analitico ou teggico-metodolégico para 0 Gente socal pind iy 7 Trabalho social & definido aqui como aquele que se volta pora atender demandes piblices de setores da Populagdo, especialmente seus setores mais pobres, Envolve também processes de exclusio ndo necessariamente econémicos: exclusto étnico-racial, de género e sexualidade, geracioncl, cultural, Se desenvolve geralmente nos equipamentes das politicas piblicas ( 'S, CAPS, unidedes bésicas de saide, escolas piblicas), em ONS, em movimentos sociais, em proje sto universitérie, + Contribuir para a instrumentalizagtio da UFBA na érea da intervengio social + Explorar potencial analitico gerativo das teorias da libertagde, para compreendermos os impasses vivides no atual contexto neoliberal e aumentar nossa capacidade de propor alternativas + Estimular @ imaginagdo criadora dos participantes, ultrapassando os limites das nossas compreenstes sobre 0 contexto social ¢ politico atual + Refletin coletivamente sobre subs{dios para um projete de pais fora dos marcos nealiberai mas também superando os limites da esquerda mais ortodoxa e verticalista apoio tedrico do trabalho aqui proposto vird em parte das reflexdes sociais e tesricas e da experiéncia social do coordenador deste projeto, atuando como educador ¢ trabalhader social desde 1985, Outro suporte importante deste projeto vem do humanismo critico, Aqui este conceito é tomado para denominar uma abordagem ampla, € no apenas uma teoria, Assim, serdo utilizados diferentes autores ou correntes, desde que possuam caracteristicas do humanismo critico. Tais caracteristicas sdo: 1. A centralidade do bem-estar de todos os seres humanos do planeta, na definigaio de politicas, finalidades e ages; 2. A crenca na capacidade do ser humano, desde que encontre condi¢des minimas, se ‘cuté-governar coletivamente, néo precisando de um poder externo para comandé-lo (classe dominante, tirenos, tecnocracia, religides conservadoras; partidos); 3. A crenga na capacidade do ser humano, ao se humanizar, desenvolver valores & formas de convivéncia soliddrias, justas e identificadas com o bem comum e com as necessidades dos outros; 3 4, A ideia segundo a qual a realidade é transformével e néo estatica: 5. Trabalhar, na teoria e na prética, com os seres humenos concretos e no com uma esséncia abstrata e ideal de humanidade: 6. O principio de que @ transformacio da reslidade social € consequéncia da agdo coletiva, & nd discursos, pensamentos ou afetes; contudo, as praticas humanas ndo se convertem em Braxis sem o auxilio de discursos, ideias e afetos que transgridam de alguma forma 0 que estd estabelecido pelo sistema opressor: 7, As teorias precisam contribuir na transformagtio da realidade, beneficiando a qualidade de vida dos setores populares nas sociedades contemporaneas; para atingir este engajamento, os tedricos precisam ser simultaneamente ativistas sociais, inserides em algum projeto, comunidade ou movimento social com o qual se identifiquem; sem isto, fica comprometida aarticulagdo teoria-prética-sensibilidade. Em fungdo desses principios, 0 suporte tedrico aqui precisaré necessariamente fazer «as associagdes entre o trabalho social e estruturas sécio-politicas, com um horizonte tedrico mais extenso, em comparagdo com as correntes tedricas deterministas. Assim, podemos realizar as articulagées citadas sem incorrer em perspectivas reducionistas, que estabelecam uma hierarquia entre préxis € estruturas politicas: processos de libertacdo politica ndo estdo desvinculados do desenvolvimento pleno dos seres humanos, ou seja da humanizagéo.® Isto é condicdo fundamental para que transformagées efetivas na realidade sejam possiveis, e no se restrinjam aos aspectos econdmicos ou politices-estatais, produzindo, assim, nevas formas de opressii. Dentro desta abordagem geral, aqui denominada humanismo critic, a principal referéncia teérice-metodolégica usada neste projeto de extenstio sdo as teorias latino- americanas da libertagao, ou seja, a educagéo popular, a teologia, a sociologia, a psicologia ¢ a filosofia da libertagdo e 0 teatro do oprimido.® Estas teorias sto utilizadas em uma grande quantidade de paises do terceiro mundo, Contudo, ainda sdo insuficientes as oportunidades de copa extensiva a estas teorias. A demanda é muito superior ao que es univer: jagdio para os educadores e ctivistas sociais brasileiros terem acesso de forma intensiva e lades tém oferecido, Ainda mais quando estas oportunidades tém caréter formative e também de intervengdio na realidade, como é a intencdo deste projeto. As idéias principais ¢ as metodologias sugeridas pelas teorias da libertagio estéo claramente na contra-corrente das forcas politicas neoliberais e desumanizadoras da atval fase das sociedades capitalistas como @ nossa. Trata-se de um pensamento libertério, profundo, amoroso, radical, mobilizador, revolucionério, anti-colonialista. Suas contribuigdes so * Humenizagio é entendida a partir de duas caracteristicas: 1. 0 desenvolvimento do ser humano em todes as suas capacidades, dimensies ¢ possiblidades, desde que néo levem co sofrimento ou opresséo de si mesmo, de outros seres humanes ou outras formas de vida: 2, A obtengto do contexto social e cultural que Permite o exercicio pleno do ser humaro em seus direites e necessidades bésicas, como moradia, seide, trabalho digno, educago, culture, dreito a diferenca, * Libertagdo do ser humano significa: libertagtio de todas as pessocs de uma sdciedade, de todas as caréncies materiais, a ndo ser aqueles que atingem e todos, indistintamente: libertacdo de tedes as formas de opressto politica, de todos os privilégios e, por extensdo, das desigualdades socias:libertacéo de todas 4s limitagdes de acesso a cultura, 8 saide e & educago de qualidade: libertactio da escrovidéo mental, representada por preconceites de quolquer natureza e por que visam manter as pessoas, capectnerte ce rthohedores, presse rere de re tT me. inestiméveis no campo da alfabetizagtio, formacdo, intervengio social, auto-organizagio de comunidades. E imenso 0 seu valor para pensar as prdticas sociais e as idéias que fundaram o que chamamos de Brasil e América Latina, que séo a nossa origem, nosso caldo cultural e nosso horizonte de felicidade. ‘A educagdo popular, assim como as demais teorias da libertagtio, nasceu em plena modernidade, a partir do fim dos anos 50. Estas teorias-prdxis agregaram importantes elementos emancipatérios da medernidade, como a consciéncia critica e a democracia participativa, Contudo elas também incorporaram elementos que estdo além da modernidade, que a ultropassam ¢ « desestabilizam: incerteza, indeterminacée ¢ complexidade, por exemplo, Elas também estdo centradas na afetividade e na solidariedade como fundamentos da vida coletiva digna, rejeitendo ‘a competicdo e individualismo como orientadores da vida social."° No plane politico as teorias da libertagto apostam no besismo e na horizontalidade ¢ néo no dirigismo verticalista de vanguardas intelectuais ou politicas. ‘Sto estas quolidades destas teorias que justificam sua presenca no suporte tedrico deste projeto de capacitacdo voltado para a educacdo popular e os movimentos socicis. Os Principais autores aqui utilizados sto Carlos Rodrigues Brando, Victor Valla, Paulo Freire, Enrique Dussel, Pablo Richard, Danilo Streck, Jodo Francisco de Souza, Contudo, outros autores de outras linhas teéricas também contribuem com este projeto, como Karl Marx ou John Dewey. Metodologi Um importante questionamento feito & extensdo, vindo tanto de fora come de dentro dos-préprios grupos da érea, diz respeito a legitimidade do ato de intervir, pois este poderia carregar secretamente aspectos paternalistas ou etnacéntricos, desrespeitando os valores € a cultura des comunidades. Contudo, tal temor é injustificado, pois toda interagtio humana intensa e genuina & modificadora, e para ambas as partes. O autoritarismo esté no modo como a intervencdo se dé, e nas concepedes politices subjacentes co trabalho, e ndo no fato de se provocar, junto com as coletividades, alguma mudanca. Por mais que um projeto de intervengtio social seja democrético-participativo, ele bretende produai agum tipe de avenge na qualidade da vida humane, Por mais que um grupo de "” Compete individualism so dois valores fundamentais da moral capitalist; as outros aio: consumismo, aienogdo politica e ética da esperteza, Sem a reproduc destes valores nas pessoas a base de sustentacio subjetiva do 1 4° momento: Novamente com 0 grupo disposto em circulo, ocerre o debate coletivo do texto, com as questées que cada grupo trés ec contribuicées e ampliagées trazidas pelo mediador; a partir dai séo trabalhadas e desenvolvidas as percepcdes do grupo sobre estas questdes e suas conexées com o que foi desenvolvido durante o curso e com a realidade sécio- politica atual, E 0 ditimo encontro do trabalho e 0 curso é concluido. Outra forma de intervengiio que se dard neste projeto é através de assessoria ao mesmo tipo de projetos ou organizacées citadas anteriormente. No caso de assessorias, o tema, a modalidade e 0 tempo de duracdo da intervenctio dependerdo des demandas e das caracteristicas do projeto atendido, Nas trés formas de intervenctio as atividades serdo gratuits, nao implicando em custo para 0 projeto atendido ou para os agentes. Duragiio de cada evento e periodicidade: Cada roda de conversa ou palestra perticipativa esté projetada para durar em média quatro horas, com uma periodicidade aproximada de quinze dias. Entre um evento e outro serdo realizadas as outras atividades preparatdrias citadas no item metodolagia deste projete. Os cursos de extensiio tem projetada uma fregiiéncia de um curso por ano, No caso das assessorias aos projetes a duragdo e a freqiiéncia dependerdo em cada caso da demanda do projeto atendido. Coordenador e mediador: ‘Mauricio Mogilka - trabalhador social e educador. Fez Licenciatura em Histéria pela Universidade Catdlica de Salvador (1994) e mestrado em Educagtio (1997) e doutorado em Educage (2003) ambos pela Universidade Federal da Bahia. Atua desde 1985 na érea social, inicialmente como voluntério, depois como militante e finalmente como profissional: desde 1992 em escolas; e desde 1995 em universidades, Atualmente professor adjunto de Didética da Universidade Federal de Bahia, Seus dois campos principais de atuagtio stio a drea de acto social e a formagdo de educadores, com @nfose nos seguintes fenémenos: 1. Educagto popular, desenvolvimento humano e movimentos seciais; 2, Modernidade, pés-modernidade, transmodernidade e abordagens complexas em ciéncias humanas; 3, Democracia participativa e governos progressistas na América Latina. Bibliografia: 1. Textos que auxilic ras prdticas: ANDREOLA, Balduino. Dindmica de grupo: jogo da vida e didética do futuro, Petrépolis: Vozes, 2003. ANTUNES, Celso. Manual de técnicas. Petrépolis, Vozes, 1995. 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