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A questão chave, já delineada de princípio pela autora, é a idéia de continuidade na

transição de Colônia a Império, a partir de 1822. Segundo Dias, o principal neste processo é
que a separação política da metrópole não fora concomitante à consolidação da unidade
nacional, 1850, muito menos fora marcado por algum movimento nacionalista ou
revolucionário de libertação. Para Caio Prado Jr, seria a finalidade mercantil
do povoamento brasileiro que geraria uma organização dispersa e fragmentaria
faltando condições necessárias para a geração de forças autônomas e, portanto,
de consciência nacional.
Importante é salientar que os homens de costumes e ideais constitucionalistas e liberais
optariam pela continuidade do jugo metropolitano, submetendo-se às Cortes de Lisboa nos
anos 1820. Neste sentido, a separação pode ser colocada como um ato contrarrevolucionário,
com viés absolutista alarmante. O problema é o amadurecimento, em termos globais ou
europeus, do capitalismo industrial em luta com os interesses mercantilistas
coloniais.
A tese de Dias seria que a vinda da família real portuguesa em 1808 desencadeia
um processo que estaria longe de ter seu caminho claro pela frente. O que o deslancha
é o enraizamento dos interesses de quase 15.000 portugueses que desembarcam no Rio de
Janeiro naquele ano. Desenrola-se a chamada ‘interiorização da metrópole’ cujo centro
torna-se o Centro-Sul da antiga colônia. A revolução do Porto fora o estopim de
um processo já em grande parte consumado e marcado pelas divergências entre
portugueses e entre portugueses e nativos. Daí a separação política ser
intimamente referida aos conflitos domésticos do Reino português, especialmente
com o advento da Revolução Francesa e do bonapartismo entre 1789 e 1815.
A corte carioca transforma-se em verdadeiro parasita do renascimento agrícola
nordestino. Os impostos e taxas chegam a cobrir os gastos de iluminação pública da capital
do Império. Acentua-se, portanto as características regionais da dispersão, dificultando a
integração ao Centro Sul e criando tensões que culminariam nas diversas
revoltas federalistas pernambucanas, rebeliões populares baianas e liberais
paraenses.
A consciência nacional só ganharia contorno nas décadas de 1840-50, conseguida a duras
penas na luta pela centralização do poder no Rio de Janeiro. A dispersão e instabilidade da
realidade social e territorial do novo Estado requeriam a imagem de um governo
forte de instituições estáveis.
O processo se alavancou a partir do comércio de abastecimento à nova corte imperial A
partir disso, a inter-relação dos diversos interesses agrários e comerciais, os casamentos
entre portugueses e nativos, investimento em obras públicas,… A corte no Rio,
as colônias no Continente (Norte, Nordeste). Daí este processo ‘moderado’ de
emancipação política que não acompanha nenhum tipo relevante de mudança na
estrutura da sociedade – ao menos, nas três primeiras décadas de independência.
O sentido disso era, claro, o medo
das elites ‘acomodadas’ no ‘haitianismo’. A questão, hoje, ontem e amanhã é a
insegurança pública, fruto da existência de pobres, miseráveis, desempregados e
mestiços. Estes pareciam inquietá-los mais que qualquer escravo angolano ou
guines. As secas, o descaso, a REVOLUÇÃO. A CONTRA REVOLUÇÃO.
A figura carismática do príncipe
regente, aliada à atração à Corte Imperial coloria numa imagem quase messiânica
os tons do novo Império. Tanto para as submetidas quanto as dominantes, as
classes passaram a se identificar com a Corte. Seu problema era a falta de
coesão política e a necessidade de se colocar acima dos rivais.
A consciência nacional surge da confluência de quatro fatores. A integração
nacional, associada ao prolongamento da estrutura colonial e aos portugueses
adventícios + interesses dos nativos dependentes + interesses ingleses + insegurança nacional
=VONTADE DE SER BRASILEIRO.
A partir de 1808, conformam-se interesses legitimamente brasileiros. Promove-se o
povoamento. Criam-se estradas e comunicação. Desenvolve-se uma elite burocrática
ilustrada que definiria seu nacionalismo didático, integrador e progressista com uma
consciência nacional elitista e utilitária.

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