Sei sulla pagina 1di 39

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE/EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ADJAILSON DE ARAUJO SILVA

POSSIBILIDADES PARA O TRATO PEDAGÓGICO DO


ESPORTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL

FEIRA DE SANTANA-BA.
2017
ADJAILSON DE ARAUJO SILVA

POSSIBILIDADES PARA O TRATO PEDAGÓGICO DO


ESPORTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL

Monografia apresentada como trabalho de


conclusão do curso de Licenciatura em
Educação Física da Universidade Estadual
de Feira de Santana, sob a orientação do
Prof.º Me. Jaderson Silva Barbosa.

Feira de Santana – BA
2017
ADJAILSON DE ARAUJO SILVA

POSSIBILIDADES PARA O TRATO PEDAGÓGICO DO


ESPORTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL

Monografia apresentada como trabalho de


conclusão do curso de Licenciatura em
Educação Física da Universidade Estadual
de Feira de Santana, sob a orientação do
Prof.º Me. Jaderson Silva Barbosa.

Aprovada em _____de______________de_________

Banca Examinadora:

_________________________________________
Prof. Dr. João Danilo Batista de Oliveira
Examinador UEFS

___________________________________________
Prof. Me. Jaderson Silva Barbosa
Orientador

Feira de Santana - BA
2017
Dedico este trabalho às pessoas que em
muito contribuíram durante meu processo
formativo, em especial a minha esposa Lívia
Lobo, a minha filha Júlia Lobo e a minha
Sogra Eva Lobo, que me deram apoio e
motivação para continuar e concluir esta
etapa. Aos meus Mestres, que se doaram
em me ensinar, com paciência e
compreensão diante das minhas
peculiaridades; aos meus colegas
IMORTAIS, em especial Matheus, Jades,
Uillas e Ramon, pois sempre colaram
comigo e aos colegas da Policia Militar que
sempre me auxiliaram para que eu perdesse
o mínimo de aula possível, durante estes
anos de curso.
AGRADECIMENTOS

Em nossas vidas nada acontece por acaso, tudo é propósito de Deus para um
fim específico. Dito isto, agradeço inicialmente a Deus, por me proporcionar
momentos de encontros e reencontros, vivencias e aprendizados neste período da
graduação.
Agradeço, também, às pessoas que fizeram parte desta caminhada, desde a
minha aprovação no vestibular à conclusão e aprovação. A minha família que
sempre me apoiou, em especial, a minha esposa (Lívia), filha (Julia) e sogra (Eva),
Irmãos (Adjael, Adjane e Junior, Rebeca, Uriel e João), Pai (Evandir) e mãe (Adina –
IM); aos meus colegas de curso (IMORTAIS) em especial à Matheus, Jades, Uillas e
Ramon, pois estavam sempre comigo; Aos mestres, pois se doaram a me ensinar,
entendendo as minhas limitações e especificidades e me ajudando a superá-las; ao
meu orientador Professor Jaderson, que teve paciência e boa vontade durante o
processo de construção deste trabalho e por fim à Universidade Estadual de Feira
de Santana por nos proporcionar este espaço tão importante para a formação
humana e profissional.
“A teoria tem a capacidade de antecipar
ações práticas, mas é a partir, também, de
propostas práticas concretas que o
desenvolvimento teórico pode tomar novo
impulso”.
(Elenor Kunz, 2004)
RESUMO

Este trabalho científico tem como proposta investigar sobre as possibilidades para o
trato pedagógico do Esporte na Educação Básica do Brasil, a partir de produções
cientificas publicadas do ano de 2010 à 2016. Desta forma, ela se trata de uma
pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e caráter exploratório. Esta pesquisa
não tem o intuito de discutir concepções teóricas e/ou pedagógicas. O embasamento
teórico se dá a partir de obras de autores renomados da área como Elenor Kunz,
Sávio de Assis, Coletivo de Autores, Valter Bracht e Caparroz, além de documentos
norteadores produzidos pelo Ministério da Educação como os Parâmetros
Curriculares Nacionais e a Base Nacional Curricular Comum. Os resultados nos
apontam que existe um entendimento que o esporte tem um caráter educativo, pois
este é conhecimento cientifico cultural e social, devendo, portanto, fazer parte das
aulas de Educação Física nas escolas no Brasil, diferenciando apenas na forma de
trato pedagógico uma vez que isso depende da concepção pedagógica de cada
autor/professor. Conclui-se que as propostas apresentadas destacam que este
conteúdo, no âmbito escolar, deve ser tratado de forma ampla, considerando seus
aspectos sociais, históricos e técnico/táticos e a realidade da sociedade onde ele
está inserido, promovendo adaptações ou transformações, buscando uma melhor
adequação deste. Elementos como a exclusão, preconceitos, entre outros, devem
ser abordados enquanto conhecimentos a serem acessados, discutidos e criticados,
a fim de que se possa promover uma superação destes.

Palavras-chave: Pedagogia do esporte. Trato pedagógico. Esporte escolar. Esporte


educacional. Escola e esporte.
ABSTRACT

This scientific paper aims at investigating the possibilities concerning the pedagogical
method of Sports in Brazil’s Basic Education, based on scientific material published
between 2010 and 2016. Therefore, it’s a bibliographic research, of qualitative nature
and exploratory approach. This research has no intention of discussing theoretical
and/or pedagogical concepts; its theoretical base comes from renowned authors,
such as Elenor Kunz, Sávio de Assis, Coletivo de Autores, Valter Bracht and
Carrapoz, besides reference documents produced by the Brazilian Ministry of
Education, such as the Parâmetros Curriculares Nacionais and the Base Nacional
Curricular Comum. The results indicate that there is an understanding that sports
have an educational character, for it’s a scientific, cultural and social field.
Consequently, it should be present in Physical Education classes in Brazilian
schools, varying only in its pedagogical method, once that depends on each
teacher’s or author’s pedagogical background. In summary, the proposals suggest
that schools should make sports part of their curricula with a broad approach at its
social, historical, technical and tactical aspects, as well as the status of where it’s
inserted, promoting improvements and changes. Issues, such as exclusion,
prejudice, among others, must be tackled as subjects of discussion and scrutiny, in
order for them to be overcome.

Keywords: School sports. Sports pedagogy. Sports pedagogical method.


Educational sports.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO ................................................................................................... 10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 12

2.1 PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES COM O ESPORTE: HISTÓRIA E CONCEITOS


12
2.2 O TRATO PEDAGÓGICO DO ESPORTE E SUAS COMPREENSÕES
CRÍTICAS.................................................................................................................. 15

3 METODOLOGIA ................................................................................................. 21

4 DISCUSSÕES E ANÁLISES DOS DADOS ....................................................... 24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 34

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
10

1 INTRODUÇÂO

Desde o primeiro semestre do curso da nossa graduação passamos a


acessar conhecimentos referentes ao esporte. Durante este período realizamos
estudos e tercemos debates a respeito do tema para compreender a
importância que se tem e a que se dá ao conteúdo, como também identificar as
possibilidades no trato pedagógico deste.
O esporte é fruto da produção humana, portanto, é moldado pelo
contexto histórico e cultural e, sendo assim, é conhecimento indispensável para
a formação do sujeito social, e, enquanto prática esportiva, possibilita o
aprendizado em múltiplas dimensões, dentre elas o conhecimento sobre esta
manifestação da cultura corporal.
Esta temática é estabelecida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(1997) enquanto conteúdo da Educação Física escolar, que por sua vez é
legalmente definida, no Artigo 26, parágrafo 3º da lei nº 9.394 de dezembro de
1996, onde diz que “...integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da educação básica...” (BRASIL, 1996).
Ao reconhecer a importância do esporte na formação histórica e social
do ser humano, surge uma inquietação, quando nesses estudos constatamos
que, em alguns espaços, esse tema é negado enquanto conteúdo. Este é o
principal motivador desta pesquisa e é decorrente da certeza de que ao negar
este conhecimento na formação do indivíduo, negamos a possibilidade de um
desenvolvimento pleno. Enfatizamos, porém, que não atribuímos ao esporte à
responsabilidade de dar conta da formação humana de forma isolada, mas o
entendemos como parte necessária neste processo.
É interessante compreender o esporte em sua amplitude, enxergando-o
além dos limites que lhe foram impostos, e analisar o seu contexto social e
histórico, para, a partir daí, entender como abordá-lo pedagogicamente, e neste
caso, dentro do espaço escolar.
Por outro lado, esta pesquisa também tem sua relevância social, uma
vez que tematiza o esporte num período tão peculiar para a população
brasileira, pois grandes eventos esportivos (Olimpíadas e Copa do Mundo)
foram realizados em nosso país, colocando-o em evidência na mídia, em
11

projetos sociais e nas escolas, neste sentido, faz-se necessário uma análise
critica das ações para então apontar caminhos para o trato pedagógico nestes
espaços. Desta forma, esta pesquisa também poderá contribuir na formação do
professor de Educação Física que atua no campo escolar e contribuir para o
debate sobre o esporte nesta área de conhecimento dentro da Educação
Básica.
O contexto favorece a discussão e garante sua pertinência, podendo
impactar sobremaneira a qualidade do ensino da educação física nas escolas
brasileiras, especialmente quando nestes espaços podemos formar sujeitos
críticos-reflexivos a partir de um dos conteúdos da cultura corporal: o esporte.
A partir do que foi elencado acima, surge o problema que é o ponto de
partida deste estudo: O que as produções científicas recentes nos apontam
como possibilidades no trato pedagógico do esporte no Ensino Básico do
Brasil?
O objetivo geral desta pesquisa é identificar e compreender o que as
recentes produções científicas nos apontam como propostas sobre o trato
pedagógico do esporte na educação básica do Brasil.
O presente trabalho está organizado em forma de capítulos onde o
primeiro corresponde ao segundo tópico, onde está presente a fundamentação
teórica que embasa os nossos estudos, abordando aspectos como o
entendimento do que é o trato pedagógico, história e contextualização do
esporte a partir de algumas concepções de autores renomados que discutem o
tema.
No segundo capítulo apresentamos a metodologia utilizada durante o
curso da pesquisa, o recorte temporal e os bancos de dados utilizados, bem
como a justificativa das escolhas destes. No terceiro capítulo trazemos os
achados científicos da pesquisa bem como as análises dos resultados, e por
fim, no quarto capítulo trazemos nossa conclusão, onde apresentamos nossas
concepções a respeito do resultado da pesquisa.
12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES COM O ESPORTE: HISTÓRIA E


CONCEITOS

Observando a história através das pesquisas e leituras sobre o tema,


vimos que o esporte é dividido em três fases: esporte antigo, que era marcado
por práticas preparatórias para batalhas ou afazeres do cotidiano como a caça
e pesca; esporte moderno, que é marcado pela institucionalização e criação
das normas e regras; e esporte contemporâneo, que é fruto absoluto do
sistema capitalista e suas expressões (BRASIL, 2010), ou seja, período em que
se explora a mercantilização do fenômeno esporte. Este último, talvez, seja o
grande responsável por influenciar de forma equivocada as concepções que
vão de encontro ao esporte escolar.
Como vimos, no esporte antigo, a função era de formar indivíduos
capazes de assegurar a sua sobrevivência, desde ter habilidade para caça e
pesca a estar apto para enfrentar o inimigo no campo de batalha. Em virtude
disso, não se pode negar que existia um caráter pedagógico nas práticas
esportivas da antiguidade, visto que a pedagogia visa à formação do indivíduo,
neste período era, também, utilizado em festas comemorativas e culto aos
deuses que eram venerados pela sociedade, principalmente nas cidades da
Grécia continental (TUBINO, 1999).
Não se pode negar também o cunho competitivo que o esporte desde a
antiguidade traz, mas é válido lembrar que isso ganha mais notoriedade com o
surgimento do esporte moderno em meados do século XIX, quando o inglês
Thomas Arnold inicia a institucionalização do esporte. A partir desse momento
o esporte passa a ter vários sentidos e objetivos, destacando-se o seu uso em
caráter político-ideológico na tentativa de demonstrar soberania entre as
nações e entre o capitalismo e o socialismo, trazendo consigo ações como
manifestações ideológicas e violência. É durante esse período também que
começa a se buscar a vitoria a qualquer custo, “o chauvinismo da vitória”,
através de artifícios fraudulentos como o doping (TUBINO, 1999).
Mas, é no esporte contemporâneo, a partir de meados do século XX,
que a competitividade atinge o seu ápice. É quando as ferramentas alienatórias
13

do capitalismo (principalmente a mídia) passam a tratar as conquistas do


esporte como mercadorias, disseminando a sobrepujança dos “melhores” sobre
os “piores” (DIAS JUNIOR, 2012), fazendo com que o esporte seja marcado
por características que o afasta da escola, quando se está em busca de
conteúdos voltados para formação humana numa perspectiva de superação da
realidade.
Vale ressaltar que a depender do Projeto Político e Pedagógico da
escola e da teoria educacional seguida pelo professor, o esporte enquanto
rendimento pode sim, ser considerado conteúdo da Educação Física escolar.
Inclusive debatendo sobre princípios que, em geral, perpassam esta dimensão
do esporte. Como por exemplo, a exclusão, valorização dos mais aptos,
valorização do produto final e não do processo de aprendizado.
Após conhecer a sua história, importante também contextualizar o
fenômeno esporte nas suas relações com a sociedade, com a intenção de
perceber suas influências no trato pedagógico na educação escolar básica.
O dicionário online Michaelis (2016), diz que o esporte é uma prática
metódica de exercícios físicos, que consistem geralmente em jogos
competitivos entre pessoas, ou grupos de pessoas.
Em outra definição, encontramos que o esporte é toda e qualquer
atividade física que tenha vínculo com federações e confederações que
estabelecem as normas e regras destas (BRANDÃO, 2010).
OS PCN’s da Educação Física (2000), que é um documento que orienta
o professor no que diz respeito ao trato pedagógico, bem como na escolha dos
conteúdos específicos da área, considera o esporte como:

(...) práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e


competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e
internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional.
(p. 43)

Para Machado (2014), o esporte é um fenômeno sociocultural, que traz


em suas características o aspecto educativo, quando em sua prática, este
recebe um tratamento pedagógico adequado, podendo contribuir
significativamente para a formação do cidadão.
Já para Marques (2007), a definição de esporte atinge um sentido mais
amplo, para ele:
14

(...) o esporte seria um fenômeno sócio-cultural que engloba diversas


práticas humanas, norteadas por regras de ação próprias,
regulamentadas e institucionalizadas, direcionadas para um aspecto
competitivo, seja ele caracterizado pela oposição entre sujeitos ou
pela comparação entre realizações do próprio indivíduo, que se
manifestam através da atividade corporal (p.229).

Tubino (1999) diz que o esporte possui diversas características que o


torna um “extraordinário instrumento” de paz, pois em seu caráter lúdico, tende
a promover a confraternização entre os seus praticantes. Porém enfatiza que,
do mesmo modo que as demais manifestações, ele possui diversos problemas
que devem ser superados.
Faz-se necessário também, trazer à discussão o debate sobre o esporte
na escola e o esporte da escola. Este debate permeia o ambiente científico no
que diz respeito às produções sobre o esporte.
Para tal, trazemos as concepções de Pires, Abreu e Franca (2016),
onde, enquanto esporte na escola, nos traz que:

Ao utilizar o termo “esporte Na escola” apropria-se de uma


abordagem fragmentada do esporte, na qual o professor se baseia
em uma perspectiva muito próxima a um treinamento para aplicar
este conteúdo em suas aulas, partindo da aprendizagem e repetição
(exaustiva) dos gestos técnicos, na busca pelo aperfeiçoamento dos
fundamentos da modalidade esportiva para então alcançar o jogo
competitivo visando que este possa ser o mais bem disputado
possível (s/p).

A partir deste entendimento, podemos afirmar que o esporte na escola,


nada mais é que uma reprodução deste fenômeno, da mesma forma que
acontece fora do espaço escolar, trazendo consigo valores como: a competição
exacerbada, a exclusão e quem sabe até aspectos como a violência.
No que diz respeito ao esporte da escola, Silva e Costa (2007) defende
que este deve ser fundamentalmente educativo, recreativo e com amplas
possibilidades de utilização sem a preocupação em ganhar ou perder, de forma
que capacite o aluno, a fim de que possa participar nas diversas manifestações
esportivas, bem como tratar de temas do cotidiano que permeiam o fenômeno
esportivo como gênero/sexualidade e violência.
Desta forma, o esporte para ser da escola deve passar por
transformações e/ou adaptações, visando atingir os objetivos educacionais de
forma que contribua para o desenvolvimento do aluno.
15

No entendimento de Oliveira (2000), a diferença entre o esporte na


escola e o da escola surge a partir da prática pedagógica do professor, sendo
que esta prática segue ao projeto político-pedagógico desta.
Não desprezando nenhuma das definições e concepções, podemos
concluir que enquanto conceito geral, o esporte é um fenômeno sociocultural,
construído ao longo das gerações, dotado de características que identificam
determinadas sociedades e suas ideologias, que reflete em toda prática
metódica de exercícios físicos, de caráter competitivo, norteada por regras de
ação próprias, que possuam vínculos com federações e/ou confederações,
praticada entre pessoas e/ou grupos. Tendo em suas características um
caráter lúdico, competitivo e educativo, desde que em sua prática, receba um
tratamento pedagógico adequado, contribuindo significativamente para a
formação humana.

2.2 O TRATO PEDAGÓGICO DO ESPORTE E SUAS COMPREENSÕES


CRÍTICAS
Para o entendimento sobre o trato pedagógico, devemos primeiramente
saber de que se trata a pedagogia. Para isso nos referenciamos em Libâneo
(2006), que nos aponta a pedagogia como sendo um campo de conhecimento,
com a proposta de investigar sobre a educação e suas finalidades, e os meios
apropriados para a formação dos indivíduos de determinada sociedade.
Nesse sentido, entende-se que a pedagogia é responsável pelo estudo
da formação do sujeito, garantindo métodos para que se atinja tal objetivo,
preparando-o para a vida em sociedade.
O termo “trato pedagógico” nos remete à forma com que o professor lida
com os conteúdos na sua prática educativa, as teorias seguidas, as
metodologias escolhidas para que se atinja o objetivo de sua ação. A partir
desta afirmação, entendemos que a ação pedagógica do professor nos diz
muito sobre o que este objetiva na formação do sujeito.

O caráter pedagógico da prática educativa se verifica como ação


consciente, intencional e planejada no processo de formação
humana, através de objetivos e meios estabelecidos por critérios
socialmente determinados e que indicam o tipo de homem a formar,
para qual sociedade, com que propósitos (LIBÂNEO, 2006, p.25).
16

A ação educativa tem suas características próprias que a legitima de


forma qualitativa no desenvolvimento de cada pessoa, e possui um objetivo.
Para Basso (1998) a ação pedagógica do professor tem a finalidade de
promover apropriação de instrumentos culturais básicos que auxiliarão na
compreensão da realidade social e no desenvolvimento individual, sendo ela de
caráter intencional e voltada pra um fim específico.
Junckes (2013) diz que o professor deve estar atento e envolvido
durante todo o processo educativo, pois a todo o momento a escola passa por
mudanças que influenciam no processo de ensino e aprendizagem.
Nesse trabalho, quando falarmos sobre trato pedagógico, estaremos nos
remetendo à forma de trabalhar com o conteúdo, aplicações de metodologias a
partir das diferentes concepções, com a intencionalidade para uma formação
do indivíduo.
Neste sentido a compreensão do conteúdo em sua amplitude é de
extrema importância, pois isso refletirá em seu trato pedagógico no que diz
respeito ao planejamento e aplicabilidade, de forma a atingir os objetivos
propostos.
Seguindo nessa direção, entendemos que o esporte é conteúdo
importantíssimo na formação e desenvolvimento do sujeito uma vez que, além
de ser conhecimento cultural produzido ao longo das gerações, possui
característica de método para o desenvolvimento de outras competências,
como afirma Galatti (2006):

O esporte, em função de sua dinâmica (na qual temos as questões


táticas e técnicas, regras e elementos emocionais) e quando
associado a um método de trabalho que privilegie a imprevisibilidade
e a oferta de diferentes situações-problema, nos parece poder
constituir um ambiente ótimo para o desenvolvimento das
inteligências múltiplas, considerando que é através da pedagogia que
se promove e organiza o ambiente, através de um planejamento,
estratégias e objetivos (p.21).

Para Tubino (2001) o esporte está classificado em três dimensões


sociais: esporte de participação, esporte de performance/rendimento e esporte
educacional. O esporte de participação é aquele, com caráter lúdico, que é
praticado nos momentos de lazer, por qualquer pessoa; o esporte rendimento é
aquele em que na sua prática o objetivo principal é o resultado e sua busca é a
17

todo custo; o esporte educacional é aquele que é utilizado enquanto conteúdo


fundamentalmente educativo da educação física escolar.
Em contrapartida, Pirez (2007) traz uma reflexão onde ele apresenta
uma tese na qual indica que não existe o esporte educacional como defendido
por Tubino (2001), na realidade há uma dualidade entre o esporte rendimento e
de participação, e estes são reproduzidos e reconstruídos dentro do espaço
escolar, trazendo assim o aspecto educacional, pois para ele toda
manifestação esportiva é educacional, tendo ou não essa intencionalidade.
Esta reflexão pode servir de embasamento para que o professores que
trabalham no campo escolar, venham a utilizar o esporte em suas aulas
apenas tratando sua parte prática, sem análises mais profundas que permitam
aos alunos criticar e ter uma compreensão maior sobre o tema.
Essa discussão, de prós e contras, fica mais evidente a partir da década
de 80, período que inicia um movimento de renovação de ideias para Educação
Física, especialmente, no âmbito escolar. Nesta conjuntura, o ensino do
esporte na escola, sofre diversas críticas, gerando conflitos, que por muitas
vezes, afastaram o conteúdo esporte das aulas de Educação Física escolar
(BRACHT, 2000). Situação que para este autor trouxe mal entendidos
históricos, no que diz respeito ao ensino do esporte na escola.
O primeiro mal-entendido citado pelo autor é de que quem crítica o
esporte é contra o esporte. No entanto a crítica serve para que se tenha um
real entendimento do fenômeno, a fim de melhor abordá-lo pedagogicamente.
O segundo é que ao tratarmos os esportes criticamente, estamos sendo
contrários ao ensino das técnicas esportivas. Porém a abordagem crítica do
esporte possibilita ao aluno uma compreensão que o permite a atribuir novos
significados ao esporte, para além da busca do alto rendimento.
O terceiro trata da oposição objetiva entre o alto rendimento e o lúdico,
onde no primeiro, estariam todos os defeitos e no segundo, todas as virtudes.
Para o autor, a crítica se estabelece no fato de existir uma hegemonia técnico-
instrumental em detrimento dos outros aspectos. Ou seja, o ensino do esporte
não deve ser reduzido a ter como objetivo apenas atingir a apreensão técnica
do conteúdo, devendo, portanto, buscar-se uma maior abrangência no que diz
respeito ao aprendizado.
18

O quarto é que quando se trata criticamente o esporte na escola,


despreza-se o ensino das técnicas e gestos esportivos para dar ênfase ao
discurso filosófico e sociológico sobre o esporte, quando na realidade, ambos
os aspectos devem ser abordados de forma que o aluno seja capaz de
conhecer e transformar estes movimentos técnicos.
Esta temática cabe uma discussão mais profunda, contudo, não é
objetivo do nosso estudo, mas vale citá-los a fim de compreendermos que
esses mal-entendidos permeiam a Educação Física escolar e colaboram para o
enfraquecimento no que diz respeito à importância pedagógica do conteúdo.
Diversos autores na área da Educação Física bem como documentos
institucionais utilizados nas escolas brasileiras como Base Nacional Curricular
Comum (BNCC) e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S), deixam claro
que, existe uma real possibilidade de trato pedagógico do esporte na escola.
Para isso ele deve ser ressignificado, adaptado ou reconstruído a partir das
especificidades do ambiente escolar ao qual o mesmo será inserido.
Como exemplo temos a posição de SOARES et al (1992). Os autores
entendem que o esporte é uma produção Histórico-cultural, elemento da cultura
corporal, que podem ser identificadas como formas de representações
simbólicas de determinada realidade, durante a vida da humanidade, portanto
conteúdo importante, quando tratado criticamente, para o desenvolvimento
intelectual, social e motor dos alunos.
Nesta mesma direção, Caparroz (2001) entende que o esporte é uma
produção histórica e cultural, porém enfatiza que da forma como ele se
desenvolveu, ele não possui características com potencial para auxiliar no
desenvolvimento efetivo do ser humano, necessitando assim ser resignificado.
Para Kunz (2004), a partir de uma concepção crítico-emancipatória,
entende o esporte como uma produção cultural e, portanto, elemento
importante para a emancipação humana. Para este autor, o seu trato
pedagógico deve ser através de encenações, por meio das transformações
didático-pedagógicas, e estas devem estar dotadas de intencionalidades que
promovam, ao aluno em formação, a possibilidade de emancipar-se, ou seja,
superação de condicionantes alienadores e opressores impostos pelo sistema.
No entendimento de Barbosa e Araújo (2015) o esporte não deve ser
personificado nem analisado de forma fragmentada e/ou isolada, visto que este
19

consiste em uma manifestação da cultura corporal, portanto, produto e


processo cultural, considerando o contexto histórico, político, econômico e
social.
Os PCN´S da Educação Física (1997) tratam os esporte como uma
produção da cultura corporal, incorporada pela Educação Física escolar
enquanto conteúdo, devendo se localizar os benefícios psicológicos, biológicos
e fisiológicos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de
comunicação, expressão, lazer e cultura. Ainda neste documento, destaca-se
que os alunos, após o processo formativo, devem ser capazes de:

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de


resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a
intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos
e verificando sua adequação (p.69).

Porém para o trato pedagógico do esporte, nos PCN’S da Educação


Física (1997), ele traz que:

Os esportes são sempre notícia nos meios de comunicação e dentro


da escola; portanto, podem fazer parte do conteúdo, principalmente
nos dois primeiros ciclos, se for abordado sob o enfoque da
apreciação e da discussão de aspectos técnicos, táticos e estéticos.
Nos ciclos posteriores, existem contextos mais específicos (como
torneios e campeonatos) que possibilitam que os alunos vivenciem
uma situação mais caracterizada como esporte (p.38).

O BNCC (2015), que é um documento norteador e mais recente, que


tem sido proposto pelo governo federal para orientar a prática de professores
nas escolas, em relação à Educação Física, em sua primeira versão, traz uma
organização por unidades temáticas, sendo que o esporte faz parte de uma
delas. Este documento afirma que o esporte é elemento da cultura corporal do
movimento, portanto, quando através de um tratamento enquanto fenômeno
cultural, dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório,
garante aos alunos a possibilidade de construção de conhecimentos essenciais
a uma “formação plena do cidadão”.
O ensino das unidades temáticas deve, portanto, permitir ao aluno o
desenvolvimento de diversas competências específicas da Educação Física
como mostra a figura abaixo.
20

(Fonte: BNCC, 2015, P.181)

Existem também referências curriculares utilizadas em algumas escolas,


que merecem destaque e que apontam possibilidades no trato pedagógico do
esporte no âmbito escolar como: O livro didático público de Educação Física do
Estado do Paraná, o Livro didático público de Educação Física de João
Pessoa-PB e o Referencial Curricular do Rio Grande do Sul, sendo que este
último terá um destaque mais adiante.
A partir desse marco teórico aqui apresentado, utilizando as recentes
produções da área em revistas conceituadas, iremos apresentar o que estas
trazem como possibilidades de trato pedagógico para com o conteúdo esporte
no âmbito escolar.
21

3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizamos a pesquisa


bibliográfica como delineamento para o referido estudo e que consiste em
coleta de dados em livros, artigos e/ou periódicos, através da leitura e análise
fiel do conteúdo publicado.

Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com


base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes
eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece
instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas
também pode esgotar-se em si mesma (MORESI, 2003, p. 10).

Optamos por também utilizar o método de pesquisa qualitativa, para


tratamento dos dados, que para Moresi (2003) significa interpretar os
fenômenos e atribuir significados a estes buscando uma relação dinâmica entre
o mundo real e o sujeito, caracterizando a indissociabilidade entre o mundo
objetivo e a subjetividade do sujeito, e isto não se pode quantificar.
Quanto ao objetivo da pesquisa, optamos por utilizar uma pesquisa de
caráter exploratória, que segundo Gil (2002) nos proporciona uma maior
familiaridade com o problema de forma a promover o aprimoramento de ideias
e/ou a descoberta de intuições.
Esta pesquisa obedeceu a um recorte temporal de 2010 à 2016, e
utilizou como banco de pesquisa três das principais revistas da área de
Educação Física e Esporte, a Revista Brasileira de Ciências do Esporte (Qualis
B1) 1 , a Revista Movimento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(Qualis A2)1 e a Revista Pensar a Prática (Qualis B2)1; a base de dados Scielo,
bem como também foram utilizadas produções científicas de outras bases de
dados como a Biblioteca de Monografias da Universidade de Brasília e revistas
como EFdeportes, Revista Educação e Pesquisa da Universidade de São
Paulo.
A escolha da Revista Brasileira de Ciências do Esporte deve-se à sua
importância no que diz respeito à construção e disseminação de conhecimento,
uma vez que está é publicada sob a responsabilidade do Colégio Brasileiro de
Ciências do Esporte (CBCE), entidade está caracterizada com uma das mais
1
Sistema de classificação de periódicos que leva em conta a qualidade científica. (CAPES, 2016)
22

importantes neste aspecto. Por sua vez, a Revista Movimento, que é uma
publicação científica da Escola de Educação Física da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, tem como característica, produções cientificas do campo da
Educação Física voltadas para os seus aspectos pedagógicos, políticos,
históricos e culturais, e por este motivo, também foi escolhida como base de
pesquisa. A escolha da revista Pensar a Prática se deu em virtude de ser uma
base de dados organizada e gerenciada pela Universidade Federal de Goiás
(UFG), que pra nós se traduz em uma revista de grande importância para o
meio acadêmico. A escolha da Base de Dados SCIELO, se deu por conta de
hoje ser uma das mais renomadas no que diz respeito à qualidade cientifica
das publicações.
As palavras chaves utilizadas para coleta de dados foram: Pedagogia do
esporte, trato pedagógico, esporte escolar, esporte educacional, escola e
esporte. Os resultados foram sistematizados em um quadro, contendo obras
encontradas durante a pesquisa, autores, ano e temática central abordada.
Após pesquisa no banco de dados através das palavras-chave,
passamos para a análise das obras encontradas no intuito de selecionar
aquelas que de fato respondia a nossa pergunta. Para tal, optamos por seguir o
método baseado em Gil (2002) que aponta a próxima etapa como sendo a de
leitura do material, e aponta as seguintes fases:
1– Leitura exploratória: fase em que é feita uma leitura superficial (leitura
de resumos, introdução, prefácio, etc.) apenas para ter uma visão global da
obra e de sua utilidade.
2 – Leitura seletiva: fase em que se aprofunda mais na obra, buscando
de fato saber se ela atende, ou não, ao objetivo proposto.
3 – Leitura analítica: nesta fase o pesquisador deve ler a obra de forma a
analisá-la como se fosse definitiva, a fim de ordenar e sumariar as informações
de forma que possa resolver o problema levantado na pesquisa. É nesta fase
que se deve começar a tomada de apontamentos.
4 – Leitura interpretativa: esta é a ultima fase desta etapa e consiste em
interpretar os dados relacionando-os com o problema a ser resolvido,
conferindo um sentido mais amplo aos resultados da fase anterior, visto que já
se possui outros conhecimentos obtidos por outras leituras.
23

Durante a etapa de seleção de material, enquanto fatores de inclusão,


consideramos:
1 – Textos que apresentavam propostas para o ensino do esporte na
escola enquanto conteúdo da aula de Educação Física;
2 – Textos que apresentavam sistematização da proposta de ensino do
esporte.
Enquanto fatores de exclusão, consideramos:
1 – Textos que indicavam o esporte enquanto prática extracurricular;
2 – Presença apenas de crítica a metodologias aplicadas por terceiros;
3 – Texto que apresentavam apenas relato de experiência;
4 – Obras que indicavam o esporte apenas como metodologia e não
como conteúdo;
24

4 DISCUSSÕES E ANÁLISES DOS DADOS

Durante a pesquisa foram encontrados, entre livros, artigos, monografias


e periódicos, um total de trinta e oito (38) obras sobre o tema. No decorrer do
processo de análise, à medida que avançávamos nas leituras, íamos
qualificando as obras selecionadas através dos fatores excludentes, como
citado na nossa metodologia.
Ao final, ficamos com o total de oito (08) obras as quais foram
analisadas em busca dos dados. Segue abaixo um quadro informativo,
adaptado de Lima e Mioto (2007), contendo as caracterizações das obras
encontradas.

Título Autor Ano Tipo/Base Temática Central


O esporte como conteúdo de MORSCHBA 2011 Artigo/Rev. Ensino do esporte nas
ensino da Educação Física CHER, Caderno de aulas de Educação
Escolar: possibilidades e Márcia; Educação Física Física a partir da
proposições didático- MAURENTE, concepção crítico-
pedagógicas. Viviane emancipatório
Maciel
Machado
Um estudo do esporte na AQUINO, 2012 Monografia/Base Ensino do esporte nas
Educação Física Escolar, nas Daniel Vaz de de Monografias series finais do ensino
séries finais do ensino da Universidade fundamental
fundamental de Coromandel. de Brasília
O esporte como conteúdo da CARLAN, P.; 2012 Artigo/Revista O ensino do esporte a
Educação Física Escolar: estudo KUNZ, E.; Movimento partir da concepção da
de caso de uma prática FENSTERSEI teoria crítica
pedagógica “inovadora”. FER, P.E emancipatória
O Esporte como conteúdo da GONZALEZ, 2012 Artigo/Rev. A abordagem do esporte
Educação Física. N.M.; Digital enquanto fenômeno
PEDROSO, EFDeportes.com cultural
C.A.M.Q
O esporte na Educação Física MOURA, 2012 Monografia/ Proposições
Escolar: uma compreensão da Juliano da Base de pedagógicas do esporte
produção do conhecimento. Rosa de Monografias da a partir de três
UNIJUÍ concepções teórica
distintas
O ensino do esporte na Educação TORRES, 2012 Monografia/Base Abordagem do conteúdo
Física Escolar: Aspectos didáticos Célia Soares de Monografias esporte de forma ampla,
– metodológicos no ensino dos S. da Universidade abrangendo aspectos
fundamental de Brasília técnicos, históricos e
culturais.
O futebol como conteúdo das SILVA, 2014 Monografia/Base O ensino do futebol
aulas de Educação Física nas Timóteo Dias de Monografias (esporte) nas aulas de
escolas públicas de Piritiba/Ba. da da Universidade Educação Física
de Brasília
O esporte no contexto da escola: TAQUES, 2014 Artigo/ Base de O ensino do esporte
possibilidades por meio dos M.J.; FINCK, trabalhos do através da utilização dos
pressupostos teóricos da S.C.M CONFEP jogos coletivos como
pedagogia do esporte. metodologia.
Quadro informativo adaptado de Lima e Mioto (2007)
25

O entendimento acerca do ensino do esporte na escola perpassa por


concepções que retratam a visão de mundo e em consequência, o tipo de
homem que se pretende formar. Alem disso, cada professor, através de suas
experiências, desenvolvem características próprias no trato pedagógico.
Os dados encontrados durante a pesquisa nos apontam para o fato de
que, em sua maioria, muitos autores ao tratar sobre a pedagogia do esporte,
confundem a utilização do tema uma vez que sugere a utilização do mesmo
apenas para se atingir outros objetivos, utilizando o conteúdo esporte, como
metodologia, por exemplo, para trabalhar valores. Por muitas vezes se nega o
ensino do esporte enquanto conteúdo fundamental para o desenvolvimento
humano.
Reconhecemos que ao ensinar o esporte, aspectos de formação
humana mais ampla, para além da técnica, tática e regras é importante,
contudo, não devemos negar o ensino do esporte. Neste sentido, o esporte
como um conteúdo educacional pode e deve ser abrangido amplamente, como
sugerido por Pires e Silveira (2007), trazendo a possibilidade de educar
pelo/para o esporte, uma vez que isso possibilita ao aluno condições para a
aquisição de chaves conceituais e técnicas para a compreensão, apropriação e
reconstrução das práticas e dos conhecimentos sobre esporte.
Vale salientar que compreender o esporte e organizar o seu trato
pedagógico, são etapas fundamentais que todo professor de Educação Física,
comprometido com a formação do sujeito, deve seguir. É importante frisar que
esta compreensão é elemento individual de cada professor e surge baseado
em sua concepção de mundo e o seu trato pedagógico baseia-se no tipo de
sujeito que ele pretende formar.
As proposições a seguir trata-se de dados encontrados nas obras
pesquisadas e que sugere uma metodologia para o trato pedagógico do
esporte, que é o nosso objeto de estudo.
Morschbacher e Maurente (2011) traz uma proposta pedagógica
baseada na concepção crítico-emancipatório, referenciada nas obras de Elenor
Kunz, onde elenca, enquanto proposições didáticas, que se devem ampliar os
sentidos e significados do esporte, tratando desde os seus aspectos técnicos
até os códigos e princípios que o regem; que se deve tratar o esporte enquanto
temática a ser estudada, deixando de ser apenas uma atividade prática, mas
26

se localizando enquanto conhecimento teórico-prático; se deve conhecer


enquanto esporte de rendimento para que o aluno possa ter uma postura crítica
sobre ele; que possam vivenciar experiências de coparticipação e de
codeterminação, a fim de oportunizar aos alunos à possibilidade de tomada de
decisões coletivas no decurso da aula; estimular nos alunos ações autônomas
e reflexivas, de forma que o professor não se abstenha do seu papel, mas
direcione aos alunos a capacidade de tomada de decisões através da
coparticipação; fomentar o agir comunicativo tanto na forma de movimento
como de forma verbal, pois potencializa a compreensão e criticidade sobre o
fenômeno esporte.
O ensino do conteúdo esporte além de abordar conhecimentos técnicos,
táticos e regras, deve abordar também conhecimentos históricos e culturais,
pois entende-se que esses conhecimentos são fundamentais na formação
humana (SILVA, 2014; TORRES, 2012; AQUINO, 2012; GONZALES E
PEDROSO, 2012).
Gonzales e Pedroso (2012) entendem que o esporte é um fenômeno
cultural, e como tal apresentam diversas possibilidades de manifestação e que
cada possibilidade transmite valores diferentes, portanto deve-se adequá-lo
levando em consideração as características do ambiente social em que ele
será inserido. A partir deste entendimento, apresentam uma proposta onde ele
elenca alguns pontos importantes para o trato pedagógico do esporte. Sem
estabelecer hierarquia entre eles, os autores indicam que se deve:
 Priorizar o coletivo;
 Não buscar o alto rendimento enquanto objetivo final;
 Buscar práticas alternativas para a produção de conhecimentos
significativos sobre o esporte;
 Tratar de forma lúdica;
 Planejar levando em consideração os interesses dos alunos;
 Construir a aula coletivamente, respeitando as individualidades,
realidade histórica de cada aluno;
 Ensinar sobre a história dos esportes e suas modalidades;
 Ensinar sobre as regras, propondo e promovendo adaptações;
27

 Ensinar sobre as táticas e técnicas a partir da metodologia de


resoluções de problemas, para fomentar no aluno uma ação onde
ele possa analisar, criticar, sugerir e agir de forma autônoma.

As propostas apresentadas até aqui nos mostram possibilidades de trato


pedagógico através de resignificações e adaptações que vão desde a parte
técnica/tática à parte histórica/cultural. E quanto a isso, temos um aporte
teórico que parte desde as concepções de Caparroz (2001) em suas
perspectivas para Educação Física escolar, quando o mesmo aponta a
necessidade de se resignificar o esporte, e também as concepções de Kunz
(2004) através de sua obra: transformações didático-pedagógicas do esporte.
Carlan, Kunz e Fensterseifer (2012), trazem, enquanto possibilidade de
trato pedagógico, que existem algumas etapas a serem seguidas para o ensino
do esporte, sendo elas:
 Diagnósticos de conhecimentos técnico-táticos;
 Hierarquização dos problemas;
 Objetivos do ensino;
 Sequencia de temas;
 Definição do método;
 Abordagem técnico-tático e cultural.
A partir dessa proposição, entende-se que, para o autor, antes de se
definir os objetivos do ensino, deve-se realizar um diagnóstico a respeito dos
conhecimentos prévios dos alunos. Após realizar o diagnóstico, cabe ao
professor tecer uma relação de prioridades entre os problemas encontrados, e
então, definir os objetivos para o ensino, bem como as metodologias a serem
utilizadas.
Taques e Finck (2014), apresentam uma proposta, trazendo enquanto
metodologia, a utilização de jogos esportivos coletivos. Para os autores, a
utilização desta metodologia é uma proposta bastante interessante, uma vez
que as características do jogo auxiliam o professor, oferecendo condições para
uma sistematização dos conhecimentos em diferentes perspectivas. Deixando
claro que o desafio maior é fazer uma sistematização dentro de uma
“perspectiva crítica e transformadora da educação” (p.3).
28

Aquino (2012), também traz em sua proposta a possibilidade do uso do


jogo enquanto metodologia, porém ele enfatiza que o esporte deve ser
analisado em seus diversos aspectos para então se determinar qual deve ser a
abordagem pedagógica. Traz também que deve ser tratado enquanto esporte
da escola, o que nos remete a conteúdo de ensino, e não enquanto esporte na
escola, que traz a ideia de tão somente uma reprodução da modalidade
esportiva que é praticada nos espaços fora da escola.
Para isso ele traz que o esporte deve, então, receber um trato
pedagógico que estude, aprenda, analise e questione, os seus variados
aspectos, que vão desde a sua história, regras, até suas técnicas e táticas.
Torres (2012), enquanto proposta metodológica apresenta alguns
aspectos importantes a serem observados na sistematização do ensino do
esporte. Para ela, deve-se observar a realidade social dos alunos, seus
conhecimentos prévios, seus interesses e motivações, para então sistematizar
uma aula de forma lúdica, buscando sempre a contextualização.
A autora traz também que o mesmo esporte, além de ser conteúdo
fundamental da aula de Educação Física escolar, serve como metodologia para
o aprendizado e desenvolvimento de diversas competências, tanto pessoais
como sociais.
Esses achados científicos são importantíssimos para se justificar o
ensino dos esportes na escola, visto que estes, em suas características,
contemplam diversas possibilidades de desenvolvimento, seja ele biológico,
emocional ou social. No entanto, devemos ter a consciência de que para a aula
de Educação Física o esporte é conteúdo e deve ser abordado como tal,
entendendo que o desenvolvimento de outras competências através deste
conteúdo são consequências em virtude de sua característica polivalente.
Silva (2014) traz que é importante abordar o esporte além da prática,
observando outros aspectos, como por exemplo, suas regras e histórias, a fim
de possibilitar ao aluno uma compreensão mais ampliada sobre o conteúdo e
dessa forma, criar condições para que ele leve o conhecimento adquirido para
sua vida cotidiana, contribuindo para a sua formação sócio-cultural-profissional.
Uma vez que acessamos a história dos esportes e de suas modalidades
esportivas, identificamos traços culturais que podem indicar aspectos
29

importantes sobre a sociedade onde estes estão inseridos ou de onde se


originam. Estes aspectos variam desde crenças à aspectos políticos.
Acessar estes conhecimentos possibilita aos alunos um diálogo com a
realidade histórica, onde estes podem analisar, criticar e propor mudanças
baseados na realidade concreta da sociedade onde estão inseridos.
Moura (2012), em seu trabalho, apresenta três (03) propostas a partir de
diferentes abordagens pedagógicas. Baseado na proposição metodológica de
Elenor Kunz, abordagem crítico-emancipatória, apresenta uma proposta a qual
divide a sua metodologia em três elementos (trabalho, interação e linguagem);
três aspectos (conteúdo, métodos e objetivos) e três competências (objetivas,
sociais, comunicativas). De forma que deixa claro que não existe uma
dissociação entre eles, estando todos em relação harmônica.
O elemento trabalho está diretamente relacionado com a competência
objetiva, onde, em seus aspectos se direcionam ao conhecimento do saber
fazer o esporte (teoria e prática), ou seja, aprender sobre técnicas, táticas e
regras do mesmo. O elemento interação se relaciona com a competência social
e em seus aspectos abrangem os conhecimentos históricos de relação cultural
e de emancipação social. O último elemento, a linguagem, está relacionada
com a competência de comunicação, trazendo nos três aspectos conteúdos
que possibilitem o desenvolvimento e aprendizado dos diversos símbolos e
signos intrínsecos e que vão além da modalidade esportiva, como também
promover a capacidade de criação e transformação destas.
Enquanto proposta embasada pela teoria crítico-superadora, a partir da
concepção de Sávio de Assis, traz que existem quatro conhecimentos a serem
trabalhados no trato pedagógico do esporte (históricos, técnicos, táticos e
regras) e que todos devem permitir ao aluno a capacidade de se posicionar
criticamente, frente à realidade concreta.
Na abordagem dos conhecimentos históricos, os conteúdos devem ser
sobre os conceitos, história, classificações, relações sociais estabelecidas em
sua prática. Na abordagem das técnicas e táticas, deve-se desenvolver uma
compreensão onde o aluno entenda que ambas estão interligadas de modo
que dentro do jogo uma depende e é influenciada pela outra, podendo-se
trabalhar na perspectiva de resoluções de problemas, estimulando ao aluno
produzir conhecimentos que os ajude frente às situações específicas do jogo.
30

Para a abordagem das regras deve-se desmistificar o entendimento onde


apontam que as regras definem o jogo por elas mesmas, ampliando-o para um
entendimento onde as regras ajudam o delineamento do jogo regulando,
direcionando e dirigindo, tornando-a flexíveis para que o conteúdo possa ser
explorado dentro da escola, mas não desprezando as regras oficiais, enquanto
conhecimento a ser acessado.
A terceira e última proposta, está baseada no Referencial Curricular de
Educação Física do Rio Grande do Sul, Lições do Grande Rio de (2009),
embasada nos Parâmetros Curriculares Nacionais e na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96), organiza os conteúdos através
eixos de ensino, de acordo com o organograma representado na figura 1.1,
onde estão definidos os eixos e subeixos de cada conteúdo.

Figura 1.1 - Organograma

(Fonte: Lições do Grande Rio: Referencial Curricular – 2009)

Enquanto eixos principais, a proposta trás os saberes corporais e


conceituais. O primeiro versa sobre os saberes produzidos através das
vivências práticas, enquanto o segundo se remete aos saberes produzidos a
partir do acesso de conceitos e reflexões para o entendimento do conteúdo.
Os subeixos apresentados são, dos saberes corporais, esportes para
saber praticar e esportes para conhecer, os nomes já são sugestivos, nos
possibilitando entender que o primeiro trás a ideia de um conhecimento prático
mais aprofundado enquanto o outro sugere um conhecimento mais superficial
31

dos saberes conceituais, conhecimentos técnicos e conhecimentos críticos. O


primeiro trata dos conhecimentos sobre técnicas, táticas e regras e o segundo,
sobre históricos e sociais que perpassam pelo conteúdo.
Ao trazer a metodologia na perspectiva do Referencial Curricular do Rio
grande do Sul, o autor apresenta uma possibilidade mais ampla, onde, leva-se
em consideração o nível de potencialidade de compreensão do aluno, que é
traduzido pelo ciclo escolar em que ele está inserido. Isto pode ser entendido
como uma escalada, onde o aluno acessa o conhecimento do mais simples ao
mais complexo, a depender de sua maturação de aprendizado.
Esta proposta está organizada através de um mapa de competências e
conteúdos, representado abaixo nas figuras 1.2 e 1.3, levando em
consideração o ciclo escolar, desde os conteúdos técnicos/táticos à conteúdos
críticos, do mais básico ao mais avançado.
Figura 1.2 – Mapa de Competências e Conteúdos

(Fonte: Lições do Grande Rio: Referencial Curricular – 2009)

A figura 1.2 apresenta um quadro dos saberes corporais, mais


precisamente os esportes, e está dividido em esportes para conhecer e esporte
para saber praticar. Esta figura nos mostra claramente qual conteúdo a ser
acessado, e enquanto objetivos da aula, quais competências se buscam a
atingir através destes conteúdos.
32

Figura 1.3 - Mapa de Competências e Conteúdos

(Fonte: Lições do Grande Rio: Referencial Curricular – 2009)

A imagem 1.3 traz um quadro organizacional onde apresentam os


conteúdos referentes aos saberes conceituais e estão divididos em
conhecimentos técnicos e conhecimentos críticos.
Do mesmo modo da imagem 1.2, é possível identificar uma progressão
nos conteúdos. Nota-se também a intenção de fomentar no aluno a capacidade
de análise dos conteúdos não ficando apenas na prática das modalidades.
Este documento leva em conta que a depender da série que o aluno
esteja, a sua capacidade de aprendizado é diferente, portanto deve-se
obedecer ao nível de maturação do aluno na escolha destes conteúdos.
No entanto, entendemos que existe uma característica importante no
que diz respeito à formação humana e que deve ser levado em consideração
que é a individualidade do sujeito seja ela intelectual, biológica ou social.
Em uma sala de aula existem varias pessoas, cada um com suas
realidades. Esse aspecto influencia diretamente no desenvolvimento individual.
Portanto, acreditamos ser muito perigoso definir níveis de maturação apenas
por séries ou ciclos escolares.
33

Analisando sob o olhar das dimensões propostas por Tubino (2001) e a


partir das análises das propostas apresentadas, podemos compreender que no
ambiente escolar devem-se enfatizar os aspectos educacionais, ou seja,
analisar o esporte enquanto conteúdo de conhecimento cultural, indispensável
para formação humana e não apenas como uma prática que se esgota em si
mesma.
34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino do esporte nas aulas de Educação Física no Ensino Básico


não deve ser apenas uma mera transmissão de conhecimento. Existe a
necessidade de um trato pedagógico que possibilite desenvolver no aluno a
capacidade de compreender, transformar e construir conhecimentos a partir de
sua realidade como defendido por Basso (1998) quando caracteriza a ação
educativa.
As propostas apresentadas a partir das obras encontradas refletem as
concepções e tendências pedagógicas seguidas por cada autor. Esta
afirmação parte do entendimento de que, segundo Libâneo (2006), a nossa
ação pedagógica indica o tipo de homem que buscamos formar e qual
propósito buscamos atingir.
Nosso objetivo não foi levantar a discussão a cerca das concepções, ou
apontar qual é a certa ou errada. Nesse estudo objetivamos apontar quais as
possibilidades no trato pedagógico, independente da teoria educacional ou
concepção pedagógica seguida pelos autores.
Neste sentido, ao analisarmos os achados científicos da pesquisa,
concluímos que a maioria dos autores entende que o esporte tem caráter
educativo, e, além disso, é conhecimento cientifico cultural e social e, portanto
tem lugar garantido nas aulas de Educação Física, de forma que, quando
acessado enquanto conteúdo da aula, proporciona ao aluno a capacidade de
participar de suas variadas expressões, como também, a sua vivência
proporciona o desenvolvimento de outras competências e valores.
Em se tratando de planejamento, a pesquisa nos traz que os professores
não deve ser alheios à realidade social dos seus alunos, bem como, deve levar
em consideração os seus interesses e suas necessidades pedagógicas. Desta
forma há uma necessidade de realização de um diagnóstico social com os
alunos, a fim de identificar os conhecimentos prévios, os problemas
pedagógicos, e a metodologia para resolvê-los.
As principais obras investigadas apontaram para possibilidades onde o
trato pedagógico do esporte no âmbito escolar deve ser de forma ampla,
considerando seus aspectos sociais, históricos e técnico/táticos e a realidade
da sociedade onde ele está inserido. Neste sentido deve promover adaptações
35

ou transformações, buscando uma melhor adequação do conteúdo na busca


dos objetivos propostos no planejamento.
Outros elementos que permeiam o esporte de rendimento como a busca
pelo resultado a qualquer custo, a exclusão, preconceitos, entre outros, devem
ser abordados enquanto conhecimentos a serem acessados, discutidos e
criticados, a fim de que se possa promover uma superação destes, que são
considerados problemas para o fenômeno esporte.
Em suma, a maioria das obras investigadas se assemelham no que diz
respeito à importância que o esporte tem para elas, bem como o que do
esporte se deve ensinar. O que difere uma obra da outra é o entendimento de
cada autor a respeito da melhor abordagem metodológica no trato pedagógico
do esporte. No entanto, isto serve para enfatizar a premissa de que cada
professor carrega consigo a sua visão de mundo, suas crenças e ideais e,
portanto em sua ação pedagógica definem o tipo de ser humano que
pretendem formar.
Durante a investigação do problema, identificamos, também, que o
interesse em pesquisar sobre este tema, tem se reduzido bastante ao longo do
tempo. Talvez isto se reflita no fato de, ainda, não termos chegado a
efetivamente garanti-lo como conteúdo na educação básica do Brasil. Em
virtude disso, o número de produções científicas recentes que abordam este
tema é muito pouco em relação ao grau de importância do tema no que diz
respeito à formação humana.
Alem disso, ao longo da pesquisa, surgiram temas que cabem uma
investigação mais profunda como, por exemplo, o que do esporte ensinar em
cada ciclo da Educação Básica?
Por fim, concluímos que não esgotamos todas as possibilidades para o
trato pedagógico, mas identificamos propostas que podem, de fato, nos nortear
para um melhor aproveitamento no que diz respeito à construção/reconstrução
de conhecimentos sobre o esporte no âmbito da educação básica no Brasil.
36

REFERÊNCIAS

AQUINO, Daniel Vaz de. Um estudo do esporte na Educação Física


Escolar, nas séries finais do ensino fundamental de Coromandel – MG.
2012. Monografia. 65f. Universidade de Brasília. Coromandel, 2012.

BASSO, Itacy Salgado. Significado e sentido do trabalho docente. Cad. CEDES


Vol. 19 n. 44, Campinas, abr. 1998.

BARBOSA, Jaderson Silva; ARAÚJO, Miguel Almir lima de. Educação (Física)
e esporte: nas teias de uma pesquisa-ação extensionista em uma universidade
pública baiana. Revista Movimento, Porto Alegre, v. 21, n. 2., p. 391-403,
abr./jun. de 2015.

BRACHT, Valter. Esporte na escola e esporte de rendimento. Revista


Movimento, ano VI, Nº 12, UFRGS, Porto Alegre, 2000.

BRANDÃO, Thyerres. Diferenças entre jogo e esporte. Disponível em: <


http://thyerres.wordpress.com/2010/04/17/diferencas-entre-jogo-e-esporte/>
acesso em 15 de dez. 2013.

BRASIL, Presidência da Republica. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em
<<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>>. Acesso em 10 de jul.
de 2017.

________. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais,


Ensino Médio, Brasília – DF, 2000.

________. Parâmetros Curriculares Nacionais, Educação Física, Brasília –


DF, 1997.

________. Parâmetros Curriculares Nacionais, Introdução aos Parâmetros


Curriculares Nacionais, Brasília – DF, 1997.

________. Base Nacional Comum Curricular: Componente Curricular


Educação Física. 2015. Disponível em
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/conhecaDisciplina?disciplina=AC
_LIN&tipoEnsino=TE_EF>. Acesso em 21 de abr. 2016.

________. Classificação da produção intelectual. CAPES. 2016. Disponível


em <<http://www.capes.gov.br/avaliacao /instrumentos-de-apoio/classificacao-
da-producao-intelectual>>. Acesso em 14 de jul. 2017.

BRASIL, Ministério dos Esportes. Estudos brasileiros sobre o esporte:


ênfase no esporte-educação. Maringá: Editora Eduem, 2010.

CAPARROZ, Francisco Eduardo. Perspectivas em Educação Física Escolar.


Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), 2001.
37

CARLAN, P.; KUNZ, E.; FENSTERSEIFER, P.E. O esporte como conteúdo da


Educação Física Escolar: estudo de caso de uma prática pedagógica
“inovadora”. Revista Movimento. V. 18, nº 04, p. 55-25, Porto Alegre, out/dez.
de 2012.

DIAS JUNIOR, Elson Moura. Mas afinal, o que é esporte? História e


conceitos. UEFS, 2012.

GALATTI, Larissa Rafaela. Pedagogia do Esporte: o livro didático como um


mediador no processo de ensino e aprendizagem de jogos esportivos coletivos.
2006. 139f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)-Faculdade de
Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

GIL, Antonio Carlos. Como elabora projetos de pesquisa. 4ª ed. Editora Atlas
S.A, São Paulo, 2002.

GONZÁLEZ, F. J; FRAGA, A. B. Referenciais curriculares para a educação


física. In: RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado da Educação.
Referenciais curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: linguagens,
códigos e suas tecnologias. v. 2. p. 113-181. Porto Alegre: SE/DP, 2009.

GONZALEZ, N.M.; PEDROSO, C.A.M.Q. O Esporte como conteúdo da


Educação Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, Nº
166, Mar. de 2012.

JUNKES, Rosani C. A prática docente em sala de aula: mediação


pedagógica. Disponível em <http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/
linguagem/eventos/simfop/artigos_v%20sfp/Rosani_Junckes.pdf>, acesso em
03 de jun.2017.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. 6ª. Ed.


Editora Unijuí. Ijuí, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Editora Cortez, São Paulo, 2006.

MARQUES, Renato Francisco R.; ALMEIDA, Marco Antonio B. de;


GUTIERREZ, Gustavo Luis. Esporte: um fenômeno heterogêneo: estudo sobre
o esporte e suas manifestações na sociedade contemporânea. Revista
Movimento. Porto Alegre, v. 13, n. 03, p. 225-242, set./dez. de 2007.

____________ A transição do esporte moderno para o esporte


contemporâneo: tendência de mercantilização a partir do final da guerra. In: 1º
ENCONTRO DA ALESDE “Esporte na América Latina: atualidade e
perspectivas.” UFPR – Paraná, 2008. Disponível em <<
http://www.alesde.ufpr.br/encontro/trabalhos/9.pdf>>. Acesso em 14 de jul. de
2017.
38

MICHAELIS, Dicionário on-line da língua portuguesa. Disponível em:


<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 10 de
fev. 2016.

MORESI, Eduardo. Metodologia da pesquisa. Brasília- DF: UCB, 2003.

MORSCHBACHER, Márcia; MAURENTE, Viviane Maciel Machado. O esporte


como conteúdo de ensino da Educação Física Escolar: possibilidades e
proposições didático-pedagógicas. Caderno de Educação Física (ISSN 1676-
2533 | e-ISSN 1983-8883) Marechal Cândido Rondon, v. 10, n. 19, p. 85-93, 2.
sem., 2011.

MOURA, Juliano da Rosa de. O esporte na Educação Física Escolar: uma


compreensão da produção do conhecimento. 2012. Monografia. 68f.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ijuí, 2012.

OLIVEIRA, Sávio de Assis. Escola e Esporte: campos para ocupar, resistir e


produzir. Revista Pensar a Prática 3: 19-35, Jul./Jun. 1999-2000.

PIRES, Flávio Pereira; ABREU, José Roberto G.; FRANCA, Romário


Guimarães. Educação Física e esporte: o esporte na escola e da escola nas
aulas de Educação Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires,
ano 21, nº 219, 2016. Disponível em <<http://www.efdeportes.com/efd219/o-
esporte-na-escola-e-da-escola.htm>>. Acesso em 14 de jul. 2017

PIREZ, Giovani de Lorenzi; SILVEIRA, Juliano. Esporte educacional...


Existe? Tarefa e compromisso da Educação Física com o esporte na escola.
In: Esporte, Educação, Estado e Sociedade. Argus, Chapecó, 2007.

SANCHES, S.M.; RUBIO, K. A prática esportiva como ferramenta educacional:


trabalhando valores e a resiliência. Revista Educação e Pesquisa. V.37, nº
04, p. 825-842, dez. 2011.

SILVA, A. K. S.; COSTA, M. R. F. (s.d.). Repensando o esporte na escola e da


escola. Portal Dia a dia Educação. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr
.gov.br/portals/pde/arquivos/1758-8.pdf. acesso em 14 de jul. de 2017.

SILVA, Timóteo Dias da. O futebol como conteúdo das aulas de Educação
Física nas escolas públicas de Piritiba/Ba. 2014. 52f. Monografia.
Universidade de Brasília. Piritiba, 2014.

SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino de Educação Física. São


Paulo: Cortez, 1992.

TAQUES, M.J.; FINCK, S.C.M. O esporte no contexto da escola:


possibilidades por meio dos pressupostos teóricos da pedagogia do esporte.
2014. Disponível em <<www.conpef.com.br/anteriores/2015/artigos/52.pdf>>.
Acesso em 13 de mai. 2017.

TORRES, C. S. S. O ensino do esporte na Educação Física Escolar:


39

Aspectos didáticos – metodológicos no ensino fundamental. 2012. 51f.


Monografia. Universidade de Brasília. Porto Nacional, 2012.

TUBINO, Manoel José G. O que é Esporte. 2ª Edição Revista, Coleção


Primeiros Passos, Ed. Brasiliense, São Paulo, 1999.

___________. Dimensões Sociais do Esporte. 2ª Edição Revista, Coleção


Questões da Nossa Época, Ed. Cortez, São Paulo, 2001.

Potrebbero piacerti anche