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- Definição
Modalidade terapêutica, onde utilizamos agentes térmicos como princípio de
tratamento.
Divide-se em:
HIPOTERMOTERAPIA → crioterapia
HIPERTERMOTERAPIA → superficial
→ profundo
- Calor
Resultado de um movimento vibratório. A nível anatômico são choques
intermoleculares, ou seja, energia molecular. Na física é a energia cinética ou
vibração molecular que está presente sempre que a temperatura for acima de 0
grau kelvin ou acima de 273 graus centígrafos. O frio é a supressão do
movimento vibratório.
Já a temperatura é o grau de agitação térmica de um corpo. Isto nos dá o
quanto de energia o corpo possui; para tal, temos que quantificar esta energia.
A mensuração da temperatura se faz através do termômetro, que é um
dispositivo que se presta à apreciação das variáveis termelétricas. Existem
vários tipos de termômetro: clínico, laboratório, de máxima e de mínima.
- banho quente
artificiais
- bebidas aquecidas
- alimentos energéticos
- agasalhos
- exercícios ou movimentos
- aumento de temperatura local
- Termodinâmica
É a parte da física que estuda a mudança de calor em trabalho.
1o. Princípio: “Se um sistema recebe energia esta deve ser armazenada
ou fornecida ao ambiente sob forma de trabalho.”
2o. Principio: “O calor passa espontaneamente dos corpos de maior
temperatura para a de menos temperatura.” (Clausius). Só é possível
transformar calor em trabalho quando se dispõe de duas fontes de calor em
temperaturas diferentes.
- Transferência de calor
Calor superficial
São consideradas modalidades de calor superficial os que limitam à
região cutânea, alcançando a profundidade de 1 a 3 cm tendo como resposta
aquecimento local.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
* Calor superficial transmitido por condução:
1. Compressas quentes
Três toalhas embebidas em água quente, utilizadas em domicílio.
Podem ser aplicadas em forma de pack (rocambole)
Usando uma toalha seca para proteção contra queimaduras
38° a 45°
1 cm de profundidade terapêutica
30 minutos
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
3
INDICAÇÕES
Mialgia Furúnculos
Entorses Traumatismos
Torcicolos Espondilalgia
Cãimbras Artralgia e etc
CONTRA-INDICAÇÕES
Edema
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
Feridas abertas
Distúrbios de sensibilidade
Dermatites
Processos hemorrágicos e etc
INDICAÇÕES
Artrose Artrite (fase crônica)
Artralgia Anquilose
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
Paresia Contraturas
Bursite (fase crônica) Pós-imobilização
Mialgia Miogelose
Entorse (fase crônica) Pré-cinesioterapia
Prevenção de aderências Retrações
Fibrose
CONTRA-INDICAÇÕES
Quadro agudo
Doenças vasculares periféricas
Distúrbios da sensibilidade
Processos hemorrágicos
Feridas abertas
Temperatura:
32°C – tonifica os músculos
37 a 38°C – relaxamento muscular
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
38 a 40°C – vasodilatação; aumento da circulação sanguínea; diminuição
da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e
analgésico.
Abaixo de 25°C – pode ser usado no tratamento de regiões edemaciadas.
A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulado para mais ou para
menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização
de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.
Tipos de turbilhão:
Para membros inferiores, para membros superiores e de meio decúbito.
Materiais e acessórios:
O gabinete que contém a água pode ser de aço inoxidável, de fibra de
vidro, ou cimento revestido com azulejo.
Deve possuir uma válvula para entrada e saída da água
Termômetro
Termostato
Adaptações para posicionar o paciente
Cadeira giratória
Jato turbilhonável (com regulagem)
Resistência elétrica para aquecimento da água
Tempo de tratamento:
Em torno de 20 a 40 minutos
Técnica de tratamento:
Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao paciente que faça
uma ducha antes do tratamento
Direcionar o jato em toda a extensão do segmento, mudando sua posição
por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante
todo o período de tratamento.
Deve-se fornecer meios ao paciente para que possa enxugar a região
após tratamento
É recomendável que se junte à água uma substância anti-séptica. Na falta
de uma droga mais adequada, pode ser usada uma solução de
permanganato de potássio, bem diluída.
É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo dia de trabalho
e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento.
Pode ser usados o turbilhão com água com gelo, onde há associação da
crioterapia e da massagem de turbilhão.
CUIDADOS E PRECAUÇÕES
Observar o estado geral do paciente durante o tratamento, principalmente
nos turbilhões de meio decúbito.
Evitar deixar o paciente sozinho
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
Não ligar a resistência com o aparelho sem água
Evitar que o paciente toque na resistência
Evitar anti-sépticos espumantes
Evitar pacientes com doenças contagiosas
O piso da área deve ser antiderrapante.
INDICAÇÕES
Artralgia Distensão
Artrite Espasticidade
Anquilose Hipertonia
Contusão Fibrose
Contratura Pré cinético
Coto doloroso Mialgias e etc.
CONTRA-INDICAÇÕES
Estado febril
Processo inflamatório agudo
Edema
Doenças dermatológicas
Feridas abertas e etc
EFEITOS
Relaxante
Analgésico
Calor superficial
Descontraturante
Aumento da circulação
Favorece a regeneração
Aumento do metabolismo
Vasodilatação (por interferência do SNC
INDICAÇÕES
Artralgia Espondilite
Artrose Fibrose
Artrite (f. crôn) Fibromialgia
Anquilose Lombalgia
Braquialgia Mialgia
Contratura Tendinite (f.crôn)
Contusão Pós-gesso
Ciatalgia Pré-cinésio
Distensão (f. crôn) Transtornos tróficos leves
Entorse (f.crôn) Tendinite(f.crôn)
CONTRA-INDICAÇÕES
Edema
Flebite
Isquemias
Estados febris
Gestante (r. lombar)
Áreas anestesiadas
Perda de sensibilidade
Período menstrual (r. lombar)
Processo inflamatório agudo
Deficiência circulatória grave
Infecção renal e urinária (r.
lombar)
CUIDADOS
Com a temperatura
Com a resistência
Com a sensibilidade
Em peles sensíveis (usar toalha seca)
Em peles ressecadas (usar toalhas úmidas a 38°C)
Com a freqüência cardíaca, respiratória e PA
Com crianças e idosos
Observar sempre a largura e altura do Forno de Bier
Conceito:
São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido
humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz.
Esta ação mecânica (pressão), sofre o cristal, provoca a emissão de
ondas ultra-sônicas com freqüência igual à corrente recebida ou corrente que
incide sobre o cristal dentro do transdutor (efeito piezoelétrico).
Produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter
freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais
superficial).
Características biofísicas
PROPAGAÇÃO – As ondas sonoras necessitam de um meio para se
propagarem. Não se propagam no vácuo.
Princípios:
↑ de temperatura = ↑ de absorção
↑ da freqüência = ↑ de absorção (quanto maior a freqüência,
menor o comprimento de onda, maior será a absorção
superficial
OBS: A absorção no ultra-som de 3Mhz é maior por que o tempo de
relaxamento das estruturas à passagem das ondas ultra-sônicas é menor,
conseqüentemente absorvem maior quantidade de energia.
↑ da freqüência → o efeito térmico é ainda maior
(superficialmente).
CONTÍNUO
Ondas sônicas contínuas
Sem modulação
Efeito térmico
PULSADO
Ondas sônicas pulsadas
Modulação em amplitude
Efeitos térmicos minimizados (quanto menor o tempo de pulso, menor o
calor produzido.)
- 1/5 → sub agudo
- 1/10 → agudo
- 1/20 → muito agudo
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Efeito mecânico
Aumento da permeabilidade da membrana
Efeito térmico
Aumenta a síntese de colágeno
Aumenta a atividade enzimática das células
Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos
em colágeno
Vasodilatação
Aumento do fluxo sanguíneo
Aumento do metabolismo
Ação tixotrópica
Ação reflexa
Liberação de substâncias ativas farmacológicas
Aumento da taxa da síntese de proteína.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Antiinflamatório
Analgésico
Fibrinolítico
Destrutivo
Reflexo
Aumento da mobilidade articular e cicatricial
Regeneração óssea
Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles
DOSIMETRIA
A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do
tratamento
Ao aplicar a energia ultra-sônica deve-se ter em mente:
- possibilidade de tratamento com duas freqüências
- possibilidade de interrupção periódica da oscilação. Dentro do
mesmo período, o US pulsado conduz a uma dose menor que o
contínuo.
- Na maioria dos aparelhos, a intensidade se expressa como
potência por área superficial (W/cm²).
- Uso de cabeçotes de tratamento com tamanhos diferenciados. A
dosagem também é diferente.
- Deve-se entender sempre que a “área efetiva de radiação” (ERA)
não deve ser considerada como a área física do cabeçote
transdutor.
TABELA DE DOSIFICAÇÃO
Corresponde aos valores de dosificação com que cada estrutura tecidual
pode ser tratada, de acordo com as características da enfermidade, já
descontando as atenuações ocorridas nos tecidos adjacentes.
Quanto mais agudo menor a intensidade, quanto mais crônico maior a
intensidade que deve chegar aos tecidos.
Nervo 0,8 a 1,2 W/cm²
Músculo 0,6 a 1,0 W/cm²
Cápsula 0,5 a 0,8 W/cm²
Tendão 0,4 a 0,7 W/cm²
Bursa 0,3 a 0,5 W/cm²
TÉCNICA DE APLICAÇÃO
É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o
cabeçote e a pele do paciente, utilizando uma substância que apresente
uma impedância acústica próxima à do tecido humano, do contrário irá
persistir uma delgada lâmina de ar, imperceptível ao olho desarmado,
entre o cabeçote e a pele, formando uma interface que irá refletir, quase
que totalmente, o feixe ultra-sônico.
É padronizado mundialmente que o US contínuo deve ser usado até 2
W/cm² pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. E o US
pulsado só poderá ser usado até 3 W/cm², para não causar lesão
tecidual.
INDICAÇÕES
Após 24 à 36 horas trauma agudo (danificar vasos sanguíneos em
recuperação.
Fraturas
Lombalgias, lombociatalgias, cervicobraquialgias
Espondilites, tendinites, bursites, artrite, capsulite
Hipertrofia muscular reflexa
Processo fibróticos
Pós amputação
Processos calcificados
Distensão
Entorses
Neuralgia, neurite
Úlcera de decúbito (pulsado e 3Mhz)
Traumatismos em órgãos internos
Anomalias da pele
Contratura de Dupuytren
“feridas abertas”
celulite (3 Mhz)
CONTRA INDICAÇÕES
Áreas isquêmicas
Aplicações a nível dos olhos
Útero grávido ou menstruação
Sobre área cardíaca
Alguns tecidos moles
Tumores malignos
Epífises férteis
Testículos/gônadas
Prótese com metilmetacrilato
Sobre varizes, principalmente trombosadas
“osteoporose” grave
inflamação séptica
lesão pós traumática aguda
diabetes melitus (relativa) qdo grave- ↑ glicose, fadiga.
“tecido em fase de regeneração” (relativo)
CONCEITO:
É uma corrente de alta freqüência, cerca de 30 Mhz (27,33 Mhz), e
produz ondas eletromagnéticas com um comprimento de 11 metros. Seu
funcionamento é com um pêndulo, pois os elétrons ora se movem para um lado,
ora para outro. A polaridade muda de posição tão rapidamente que não chega a
estimular os nervos motores.
CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS:
1. Fenômeno D’Arsonval - D’Arsonval pegou várias correntes elétricas, e
aplicando num segmento corpóreo, foi aumentando a freqüência seletivamente.
Na baixa freqüência tinha contração muscular, na média tinha um pouco de
contração e um pouco de efeito calórico, quando chegava na alta freqüência não
aparecia o efeito contrátil e somente se conseguia o efeito calório.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Produção de calor
Vasodilatação
Hiperemia
Aumento do fluxo sangüíneo
Aumento do oxigênio na área
Aumento do metabolismo
Aumento de substâncias metabolizadas
Diminuição da pressão sanguínea
Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
Diminuição de viscosidade
Influência sobre o sangue (aumento n leucócitos)
EFEITO TERAPÊUTICO
Ajuda na resolução da inflamação (pela produção de glob. Brancos e
aumento do exudato)
Regenerador, cicatrizante (aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso
profundo, o metabolismo, a produção das células mitose, a cicatrização)
Analgésico, sedante (alivia as dores pois aumenta o limiar de excitabilidade,
age no SNP)
Espasmolítico / diminui a rigidez articular (relaxa a musculatura dando mais
suprimento)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Tipos de eletrodos:
1. Capacitivos (Condensadores)
a)Placas capacitoras flexíveis: são placas revestidas com almofadas de material
de plástico, borracha, feltro ou espuma (são atualmente, os mais utilizados no
mercado). Possuem tamanhos variados e o espaçamento entre a pele e o
eletrodo é feito com toalha e cobertores.
b)Eletrodo schiliephake: são placas capacitoras acopladas a “braços” mecânicos
que permitem movimentos universais facilitando os posicionamentos dos
eletrodos no segmento a ser tratado. São cobertas com um envoltório de vidro,
plástico ou borracha. Estas coberturas mantém a distância entre a pele e a placa
capacitora (é ajustável). É fácil aplicação. É usado principalmente em superfícies
irregulares que dificultam o acoplamento das placas capacitoras flexíveis. Não
precisa de toalhas ou cobertores, mas a distância é de 30 cm da pele.
c)Eletrodos metálicos internos: Possui um formato especial que permite sua
introdução na vagina (abaixo do colo uterino, na porção superior do canal
vaginal) e no reto (próximo à próstata) com auxílio de lubrificante hidrossolúvel.
Um eletrodo largo, em forma de cinto, é colocado sobre o abdômem para fechar
o circuito. Os eletrodos internos devem ser os maiores possíveis para que haja
um contato completo com os tecidos ao redor. Se o contato for parcial, pode
ocorrer concentração de energia, que levará a queimaduras. É usado para
afecções nos órgãos pélvicos.
2. Indutivos (bobina indutiva):Utiliza-se uma bobina indutiva, que é colocada
em um recipiente plástico podendo ter dobradiças adaptáveis ao corpo. A bobina
promove um aumento de temperatura no tecido subcutâneo e muscular com
mesmo percentual. Existem também os eletrodos de cabo indutivo (cabo de
indução), que são aplicados sobre a região a tratar, ou enrolados em volta do
segmento. Esses eletrodos são pouco utilizados na diatermia por OC nos dias
de hoje no BR.
OBSERVAÇÕES
1. Para conseguir o máximo de profundidade térmica, devemos colocar os
eletrodos no sentido longitudinal e uma distância eletrodo e pele de 3 cm.
2. Na posição co-planar (eletrodos no mesmo plano) teremos aquecimento
mais superficial.
DOSEMETRIA (DOSE-POTÊNCIA)
A dosagem vai depender da escala de Schiliephake e também da
sensação de calor referida pelo paciente; da fase que se encontra a enfermidade
(aguda ou crônica). Entretanto, existe uma intensidade terapêutica que é usada
com freqüência no tratamento de OC, que gira em torno de 70mA durante 30
minutos (intensidade de segurança).
Podendo ser usada em casos crônicos usando calor médio e calor forte
por 15 à 20 minutos e na fase aguda usando calor muito débil e o calor débil por
5 a 10 minutos.
Escala de Schiliephake:
TEMPO DE TRATAMENTO
Fase aguda 10 à 15 minutos
Fase sub-aguda 15 à 20 minutos
Fase crônica 20 à 30 minutos
Dose Sensação da Indicações
temperatura
I Calor muito débil Traumatismo agudo, inflamação aguda,
redução de edema
II Calor débil Infamação subaguda
III Calor médio Síndromes dolorosas, espasmos
musculares, aumento da irrigação
sangüínea.
IV Calor forte Estiramento dos tecidos rico em
colágenos.
SINTONIA
No tratamento com OC, a sintonia do aparelho é de fundamental
importância pois a eficácia terapêutica está diretamente ligada a ela.
Devemos sintonizar o aparelho da seguinte forma:
Colocar os eletrodos a uma distância de 3cm da pele, levando em
conta o feltro,e toalha.
Elegemos uma potência segundo a escala de Schiliephake (dose), ou
a 70 mA.
Giramos o botão de sintonia (à direita ou esquerda) de modo que o
ponteiro do miliamperímetro vá se movimentando no sentido horário.
Quando o ponteiro atingir o máximo de deflexão, ele retornará
levemente no sentido contrário. Basta, neste momento, apenas girar o
botão da sintonia para o lado oposto inicial que o ponteiro voltará à
posição de máxima deflexão para a potência utilizada.
Alguns aparelhos possuem uma coluna de lâmpadas que ficará
totalmente luminosa ao ser sintonizado.
A sintonia deverá estar relacionada com a sensação de calor
desejado, por isso se não conseguirmos o calor desejado, tipo da
escala de Schiliephake, devemos mudar a posição dos eletrodos, seu
tamanho, observar a distância eletrodo-pele ou ainda a distância entre
os cabos.
Se mudarmos a posição dos eletrodos, o tamanho dos eletrodos, a
distância eletrodo-pele ou a dose, deveremos sintoniza-lo novamente.
PRECAUÇÕES
Evitar usar próximo a aparelhos de corrente galvânica;
Remova objetos metálicos do campo da aplicação;
Transtornos cardíacos;
Evitar gotas de suor na pele (usar toalhas);
Nas aplicações sobre a face deve-se retirar lentes de contato;
Aplicações sobre as gônadas devem ser evitadas;
Os implantes metálicos são contra-indicados, apenas se uma corrente
significativa alcançar o implante;
Período menstrual
O paciente não deve movimentar-se durante o tratamento;
Epífises férteis;
Presença de DIU, contra-indicado na região do baixo ventre;
Entre os cabos e a pele do paciente deve-se colocar uma toalha;
Evitar macas e cadeiras metálicas.
Utilizar o teste de Néon para verificar os vazamentos de corrente
OBS: As queimaduras de OC são bastante graves, pois atinge os estratos
mais profundos, quase sempre provocando fístulas de cicatrização bastante
lenta.
CUIDADOS
Com a sensibilidade
Com a sintonia
Com os obesos
Com as crianças e idosos
Com os testículos
Com os cabos e eletrodos
Com materiais metálicos
Com o tempo e a dose
Com a pele úmida (queimaduras)
Com a distância, inclinação e uniformidade dos eletrodos
Com mesas, cadeiras metálicas (isolar)
Não cruzar os cabos
Não aproximar demasiadamente os cabos (mínimo 10cm)
Não colocar os cabos diretamente sobre a pele do paciente
INDICAÇÕES
Afecções traumáticas
Afecções musculares
Afecções reumatológicas
Afecções otorrinolaringológicas
Doenças inflamatórias pélvica não infecciosa
Doenças gênito urinárias
CONTRA –INDICAÇÕES
Quadro inflamatório agudo
Supurações agudas não drenadas
Patologias com tendências hemorrágicas
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Gestantes
Tumores malignos
Marca-passo
Tuberculose
Alterações sensitivas
Tecidos expostos à radioterapia
Trombose / arteriosclerose
Doenças infecciosas
Estado febril
Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
CONCEITO:
Trata-se de uma forma especial de ondas curtas obtidas, através da
interrupção, da saída das Ondas Curtas contínuas.
São chamadas também de ondas atérmicas (ondas curtas sem efeito
térmico), entretanto há controvérsias com relação a isso, dependendo da
freqüência de pulso que se trabalha (mais elevada) podemos ter algum efeito
térmico.
MECANISMO DE AÇÃO
Embora o mecanismo biofísico e biológico das OC pulsáveis não estejam
claramente elucidados, parece que os efeitos se dão a nível da membrana
celular, e que estariam relacionados com a normalização dos potenciais de
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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INDICAÇÕES
Neuropraxia
Edemas
Feridas, rupturas
Fraturas
Contusão
Hematomas
Quadro inflamatório
Alteração de sensibilidade
Transtornos circulatórios periféricos
“implante metálico”
Queimaduras
Pós cirurgia plástica
CONTRA-INDICAÇÕES
Útero grávido
Marca-passo cardíaco, eletrofrênicos e cerebelares
Estimuladores de bexiga
Tumores
“implante metálico”
DOSIMETRIA
Se a duração do pulso é fixa, e a freqüência de pulso é baixa e a potência
de pico de pulso é pequena, a potência média será baixa. Pode-se ter aumento
da potência média aumentando-se um desses valores.
Quando se usa terapia por OC pulsátil o objetivo consiste em selecionar a
maior potência possível dos impulsos uma vez que gere a menor quantidade de
calor possível.
Uma medida de produção de calor é a potência média. Com uma potência
média baixa será produzido pouco calor durante o tratamento.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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HISTÓRICO
Quando partiram para condução das microondas, pensavam na
possibilidade de se utilizar de um recurso terapêutico que conseguisse uma
penetração maior que aquela que era alcançada pelas OC e que tivesse maior
unidirecionalidade, ou seja, que não uma forma de radiação ou vibração
eletromagnética, que não se espalhasse tanto, em função do que acontecia com
os geradores de OC, principalmente quando se utilizava técnicas como eletrodos
capacitivos, onde a articulação toda era submetida a um campo energético.
No entanto, o que se conseguiu em relação à penetração do microondas
foi que não se conseguiu atingir níveis de profundidade maior do que era
conseguido com as OC.
CONCEITO
Micro ondas são vibrações eletromagnéticas, cuja freqüência encontra-se
na faixa de 300 Mhz a 300 Ghz, com comprimento de ondas na faixa de 1mm a
1m
O micro ondas terapêutico trabalha com freqüência na faixa de:
2456 Mhz –com comprimento de ondas de 12,5 cm
915 Mhz – com comprimento de ondas de 37,2 cm
433,9 Mhz – com comprimento de ondas de 69 cm (não está disponível
para uso fisioterápico)
PROPRIEDADES
Uma revisão dos estudos que usavam diferentes freqüências sugere
fortemente que alguns dos aparelhos de MC usados atualmente não operam
freqüência mais efetiva. Eles foram introduzidos na terapia porque geradores
operando nessas freqüências estavam disponíveis para uso médico após a 2ª
Guerra Mundial e não porque 2456 Mhz foi considerada a melhor freqüência. Os
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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dados agora sugerem que a freqüência ideal é por volta de 900 Mhz ou abaixo,
minimizando o efeito do calor nos tecidos subcutâneos e aquecendo os tecidos
adjacentes mais adequadamente; o desenvolvimento de pontos de concentração
de calor como resultado de reflexão pelo osso é evitado em grande parte; e esta
freqüência tem uma melhor profundidade de penetração.
As micro ondas viajam à velocidade da luz, propagam-se no vácuo.
Ao atingir a superfície do corpo ou de qualquer outro material, a energia
radiante pode ser absorvida (pelo material encontrado), transmitida, refratada ao
atravessar a superfície, e refletida.
Absorção: as ondas que não são refletidas, são absorvidas. Ocorre em maior
intensidade nos tecidos com maior quantidade de líquidos, e menor nas
gorduras.
Refração: ocorre nos meios de densidade diferentes, quando a onda sai de um
para o outro. Há troca de direção ou velocidade.
OBS: As “curvaturas” da superfície cutânea podem promover a refração do feixe
de MC, produzindo uma convergência, que por sua vez, conduz a um aumento
da eficácia de aquecimento dos tecidos mais profundos, inclusive o músculo.
Reflexão: as ondas ao penetrar, são refletidas com maior intensidade ao nível
da pele e dos ossos. É menor quando se utiliza aparelhos com freqüência de
915 Mhz.
OBS: A reflexão de energia ao nível da junção de tecidos com diferenças
relativamente consideráveis nas propriedades dielétricas também influencia a
distribuição da absorção das microondas, e portanto influencia também a
distribuição do aquecimento. Existem três interfaces específicas deste tipo: pele,
ar, músculo e tecido adiposo suprajacente, e osso e qualquer dos tecidos moles
adjacentes. Cada uma destas superfícies comporta-se como um espelho,
fazendo com que uma parte das MC sofra reflexão, retornando aos tecidos
suprajacentes.
A penetração das MC é proporcional ao comprimento de ondas das
radiações, e portanto inversamente proporcional à freqüência. À medida que vai
aumentando o comprimento de ondas da radiação eletromagnética, a
penetração aumenta, e a absorção ocorre nos tecidos mais profundos.
EQUIPAMENTO
1. Magnetron (Catodo central)
2. Cabo Coaxial
3. Guia de ondas
4. superfície refletora
1. PROCESSO DE OBTENÇÃO:
Há uma válvula, com um dispositivo que permite a passagem de elétrons
num só sentido. Esta válvula é especial, chamada MAGNETRON. Existe neste
Magnetron, um dispositivo que é o catodo central que uma vez aquecido passa a
emitir esses elétrons que vibram a uma freqüência pré determinada gerando
assim uma corrente de alta freqüência que é transmitida através do que
chamamos de cabo coaxial seguindo a direção do Guia de onda ou antena e a
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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partir daí, vão para uma superfície refletora e desta são transmitida para o
organismo.
A superfície refletora são os eletrodos, que podem ser de vários
tamanhos e formas, para várias áreas.
O equipamento deve ser capaz de elevar a temperatura tecidual a níveis
de tolerância e potencialmente superar o resfriamento resultante do aumento do
fluxo sanguíneo, e ser capaz de provocar uma resposta fisiológica com um
mínimo de radiação dispersada que afete órgãos sensíveis do paciente ou do
terapeuta.
2. ELETRODOS:
a) sem contato direto utilizados a uma distância de mais ou menos 10 cm.
Retangular – podem variar consideravelmente quanto ao tamanho, e geram
uma distribuição térmica ovalada, com maior intensidade no centro;
Circular grande/pequeno (Mônodo) – Existem modelos que geram um padrão
toroidal de distribuição de calor (em forma de “rosquinha”), ocorrendo mínimo
aquecimento na área central. Este dispositivo direcionador é o preferido para
tratamento de uma região com a protuberância óssea, ou de uma articulação
superficial, porque a parte central do dispositivo direcionador pode ser
posicionada sobre a área necessitando de menor intensidade de aquecimento.
b) contato direto alguns autores mencionam contato direto com a pele e
outros dizem que este contato até 1 cm de distância da pele. Estes eletrodos
proporcionam melhor acoplamento e menor dissipação de radiação. Podem ser
equipados com resfriamento a ar que assegura arrefecimento uniforme da pele e
elimina o aquecimento seletivo da superfície e das bordas do eletrodo.
Foram projetados para o tratamento de pequenas áreas, como a
articulação temporo-mandibular.
Aplicadores resfriados a ar, operando na freqüência de 915 Mhz, são
utilizados em contato com a pele, e são considerados como mais eficientes no
aquecimento profundo.
c) Eletrodo focal são eletrodos especiais em forma de foco, utilizados para
aplicação em pequenas áreas, de cerca de 1 a 2 cm de diâmetro.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Produção de calor
Hiperemia
Vasodilatação
Aumento do metabolismo
Aumento da circulação sanguínea
Diminui a pressão arterial
Aumento do oxigênio na área
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Regenerador tecidual
Analgésico
Antiinflamatório
Espasmolítico / relaxante
Ação reflexa
DOSIMETRIA
Depende da sensação subjetiva de calor referida pelo paciente e ainda da
fase em que se encontra a enfermidade, é baseada na escala de Schiliephake:
Calor muito débil – fase aguda
Calor débil – fase subaguda
Calor médio – fase subaguda
Calor forte – fase crônica
A maioria dos aparelhos possui um indicador de intensidade que nos permite
uma verificação da dosagem recebida pelo paciente: em doses pequenas de até
60 W, médias de até 120 W e grandes de até 180 ou 200 W.
TEMPO DE APLICAÇÃO
Calor muito débil e calor débil – 10 min
Calor médio e calor forte – de 15 a 20 min
Alguns autores mencionam o tempo de tratamento como uma média entre 10
e 20 minutos.
As modificações de sensibilidade durante o tratamento são freqüentes,
porém isto nunca deve ser motivo para que o terapeuta aumente a dose inicial.
Além disto, o paciente deve permanecer sempre sob controle durante o tempo
de aplicação.
São preferíveis os aplicadores refrigerados a ar porque eles evitam aumentos
indesejáveis de temperatura na pele e na gordura subcutânea.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Quanto de gerador: como nós trabalhamos com uma válvula, deve-se
esperar alguns minutos para que esta válvula (magnetron) se aqueça.
O paciente não faz parte do circuito (como no ondas curtas), devem estar
o mais relaxado possível.
A área de tratamento deve estar despida e seca.
Deve-se retirar objetos metálicos do campo de aplicação.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
25
INDICAÇÕES
Processos inflamatórios mioarticulares
Neuropatias
Traumatismos
Contraturas
Distensão musculares
Patologias reumatológicas
Espondilalgias
Amigdalites, etc
CONTRA-INDICAÇÕES
Quadro inflamatório agudo
Supurações agudas não drenadas
Patologias com tendências hemorrágicas
Gestantes
Tumores malignos
Marca-passo
Tuberculose
Alterações sensitivas
Tecidos expostos à radioterapia
Trombose / arteriosclerose
Doenças infecciosas
Estado febril
Artrose e/ ou artrite reumatóide deformante / crônica.
HIPOTERMOTERAPIA
HISTÓRICO
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
26
CONCEITO
É o resfriamento local dos tecidos ou regiões com finalidade terapêutica. Pode
ser definida também como terapia pelo frio ou terapia fria.
O frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento
molecular. O termo crioterapia é utilizado para descrever a aplicação de
modalidades de frio que têm uma variação de temperatura de 0°C a 18,3°C.
A crioterapia abrange uma grande quantidade de técnicas específicas que
utilizam o frio nas formas, líquida, sólida e gasosa com o objetivo terapêutico de
retirar calor do corpo.
OBJETIVO TERAPÊUTICO
O objetivo principal do uso da crioterapia é o de retirar calor do corpo.
A retirada de calor do corpo induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma redução da taxa metabólica local, promovendo assim, uma redução
das necessidades de oxigênio pela célula, preservando-a e permitindo que ela
possa ser recuperada sem lhe adicionar mais danos, do que aqueles já
instalados pela lesão primária.
Portanto, os objetivos da crioterapia referem-se à condição de
preservação da integridade da célula do tecido lesado, possibilitando assim uma
reparação mais rápida e com menos danos estruturais.
EFEITOS GERAIS:
1) Sobre a temperatura corporal:
A temperatura superficial cai imediatamente e de forma abrupta, quando a
modalidade fria é aplicada sobre os tecidos.
A temperatura profunda cai de forma muito lenta e progressiva durante a
aplicação do frio. Sendo que quanto mais profundo for o tecido, mais lenta é a
queda da temperatura.
A recuperação total da temperatura superficial, dependendo do local do
corpo, pode levar de 1 hora a 2 horas, mas entre 20 a 30 minutos sua
recuperação já permite uma nova aplicação do frio, sem que isso possa produzir
danos estruturais.
A recuperação da temperatura profunda não ocorre imediatamente após a
retirada do frio. Pelo contrário, ela continua a cair, quase que na mesma
proporção que apresenta durante o resfriamento.
Para que aconteça o resfriamento do tecido superficial podemos utilizar
somente uma aplicação de frio, e que para resfriar o tecido profundo podemos
utilizar o frio de forma intermitente.
Fisiologicamente devemos entender que o intervalo entre uma
reaplicação e outra do frio, tem por objetivo recuperar a temperatura da pele,
para que ela não sofra danos, enquanto continuamos com a queda da
temperatura profunda.
2) Sobre a circulação sanguínea:
Diversos pesquisadores confundiram-se na aplicabilidade clínica do frio,
na relação tempo versus VC e VD. Alguns defendiam 5 minutos, outros
defendiam 10 minutos, para que terminasse a VC e começasse a VD. Estas
confusões, com certeza limitaram os efeitos terapêuticos que poderiam ter
obtidos, se aplicassem corretamente o frio.
Tirou-se conclusões importantes do que foi discutido em pesquisa até
agora, sobre os efeitos circulatórios promovidos pela aplicação do frio. Eis
algumas:
a) Não há vasodilatação durante ou após aplicações do frio
b) Só há vasoconstricção, que ocorre durante a aplicação do frio e tem por
objetivo conservar o calor do corpo.
c) A literatura mostra que é maior o fluxo sangüíneo induzido por exercício
do que por frio ou calor.
3) Sobre o mecanismo neuromuscular:
a) O frio reduz o espasmo muscular por um mecanismo de reflexo
b) O resfriamento reduz a elasticidade do tecido conectivo e muscular.
4) Sobre a dor:
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS
Durante toda a evolução da crioterapia, diversas técnicas de resfriamento
foram se somando àquela já existentes, fazendo com que, inúmeras opções
2) Pacote químico
O pacote químico caracteriza-se por ser descartáveis e pó possuir no
interior do seu envoltório (bolsa de vinil) duas divisões, uma pequena e outra
maior adicionando em seus interiores duas substâncias químicas que irão
promover o resfriamento.
Pode iniciar a operação de resfriamento pelo pacote químico, apertamos
a bolsa menor até que ela se rompa e libere o seu fluido para bolsa maior. A
reação química dos componentes das duas bolsas reduz a temperatura da
mistura. A duração da terapia deve ser até 20 minutos; e o seu valor terapêutico
é indicado para o tratamento de lesões superficiais e profundas. Cuidados
devem ser tomados quando a possíveis vazamentos do fluido que podem
provocar queimaduras químicas.
3) Bolsa de borracha
A bolsa de borracha consiste na mistura de gelo e água, a mais ou menos
4°C, que para maior conforto do paciente, deve acompanhar o contorno da parte
do corpo sobre a qual está sendo aplicada.
Pode ser feita também, uma bolsa de borracha fria, diferente da bolsa de
borracha comum: juntar gelo moído com álcool (isopropil), numa razão de 2
partes de gelo, para 1 de líquido, colocar esta mistura em uma bolsa de
borracha. Este tipo de composição mantém por mais tempo a temperatura baixa,
em relação à bolsa de borracha comum, onde adicionamos gelo moído e água.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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5) Banho de contraste
O banho de contraste é o uso alternado do frio e do calor terapêutico,
onde a temperatura não é constante, e pode também ser chamado de banhos
parciais.
Os objetivos são vasomotores, ou seja, alterações circulatórias que o
quente e o frio promovem nos tecidos, sem reduzir o tônus muscular e o
vascular.
As principais indicações para o uso do contraste devem estar
relacionadas com os fatores:
a) Profundidade da lesão: é o primeiro fator mais importante a ser
considerado em relação ao tempo da aplicação da técnica de contraste.
Quando desejamos obter resultados a um nível superficial aplicamos a
técnica de 10 min a 15 min, em média. Quando desejamos trabalhar a um
nível mais profundo, aplicamos a técnica por 30 min em média.
b) Estágio da lesão: é o segundo fator mais importante a ser considerado. O
contraste não deve ser utilizado em lesões agudas articular, muscular e
circulatória.
Classificação das temperaturas as água e do tecido:
Gelo 0°C
Água gelada 1°C a 10°C
Água muito fria 10°C a 12°C
Água fria 12°C a 30°C
Água tépida 30°C a 34°C
Água morna 34°C a 38°C
Água quente 38°C a 40°C
Água muito quente 40°C a 45°C
São diversas as indicações para o uso desta técnica, mas um fator fisiológico
que deve sempre ser considerado, é aquele cuja técnica promove um verdadeiro
treinamento vasomotor.
O Banho de Contraste deverá terminar em 3 minutos de imersão
na água fria pois promove alterações vasculares intermitentes.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
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A duração do banho é de 27 min e mais 3 min no final da terapia que tem por
objetivo resfriar os tecidos e reduzir as necessidades metabólicas dos mesmos.
Água quente Água fria
temperatura tempo Temperatura tempo
40°C 5 min 15°C 1 min
45°C 1 min 10°C 1 min
45°C 1 min 5°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 1 min
45°C 1 min 1°C 3 min
6) Banho de Imersão
O banho de imersão é utilizado para imersão, em água gelada, de um
segmento corporal. Normalmente se usa um recipiente grande, que possa conter
o segmento a ser tratado, cheio de água, e onde são adicionadas as pedras de
gelo, até que chegue à temperatura desejada para a terapia; 1°C a 5°C para
áreas menores e 10°C a 15°C para áreas maiores. Normalmente utiliza-se 30
min de imersão para pequenas áreas e 20 min para áreas maiores.
9) Pacote de gelo
A técnica é produzida através da colocação de gelo dentro de um saco
plástico de textura fina. O gelo colocado dentro do saco plástico deve ser moído
ou triturado. Devemos evitar o gelo em cubo, pois dificulta a moldagem em
extremidades. Retiramos o ar de dentro do saco plástico, fechando-o em
seguida para a sua aplicabilidade.
Alguns cuidados que devemos ter:
O tempo de aplicação não deve ultrapassar 60 minutos de terapia
continua, para evitarmos possíveis ulcerações na pele.
A Fixação do pacote ao local da aplicação pode ser feita por bandagens
elásticas ou ataduras de crepe, mas devem ser colocadas após 10 a 15
min do início da terapia e não exceder 80% de sua resistência tênsil.
O isolante (saco plástico vazio)entre o pacote e a pele nas primeiras
sessões para se prevenir o desconforto causado pelo frio direto sobre a
pele. Esse desconforto geralmente, acompanha as primeiras sessões de
terapia, por ainda não ter o local desenvolvido à adaptação ao frio. Isto
pode ou não ocorrer, varia de pessoa para pessoa e de região para
região do corpo.
A aplicação do pacote de gelo sobre áreas pouco vascularizadas (região
anterior tibial, na patela e nas extremidades ósseas), nestas condições
deve-se proteger a área com um isolante para que possamos reduzir em
pelo menos 30% a 40% a velocidade de resfriamento e prevenirmos
danos nos tecidos.
O pacote frio é o melhor indicado para o tratamento de lesões profundas,
mas na falta de outros recursos, podemos adapta-lo para o tratamento de lesões
superficiais, controlando a variável “tempo”.
A temperatura do pacote é de aproximadamente de 2°C a 4°C.
Tem indicação para diversas patologias de caráter profundo.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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10)Spray
O Spray é uma técnica de resfriamento que promove a redução da dor,
agindo como um contra-irritante, ou seja, modificando a entrada sensorial da
dor. Pode ser de dois tipos:
a) Spray-fluor-metano diclorodifluormetano (15%) e tricloromonofluormetano
(85%)
É um gás inerte, não é explosivo, inflamavel, tóxico nem anestésico geral,
como o etil-clorido.
Indicações: À aplicação tópica no controle da dor miofacial, movimento
limitado, espasmo muscular e controle de dor associado à aplicação de injeções,
dor lombar, torcicolos, espasmo muscular associado à osteoartrite, entorse do
tornozelo, rigidez dos ísquios-tibiais, espasmo do músculo masseter, alguns
tipos de dores de cabeça e dor reflexa devido a pontos desencadeantes.
Precauções: devemos tomar muito cuidado para minimizar a inalação de
vapores, especialmente em aplicações na cabeça e no pescoço. Evite o contato
com os olhos. O Flúor-metano não deve ser aplicado ao ponto de formação do
congelamento.
Reações adversas: pode ocorrer sensibilidade cutânea, mas parece ser
extremamente rara. A baixa temperatura (congelamento) pode ocasionalmente,
alterar a pigmentação (pele branca).
Contra-indicação: O Fluo-Metano é contra-indicado para indivíduos com
histórico de hipersensibilidade à substância ativa.
Dosagem e Administração: Ao aplicar o spray, inverta o frasco sobre a
área que está sendo tratada aproximadamente a 30 cm de distância do local da
aplicação.
b) Spray-etil-clorido (cloretano)
O Etil-Clorido é um vapor refrigerante destinado à aplicações tópicas para
controlar a dor.
Indicações: Anestesia em pequenas cirurgias, lesões no esporte,
anestesia pré injeção, dor mio-facial, etc.
Precauções: Sua inalação pode produzir efeitos narcóticos e anestésicos
gerais e anestesia profunda ou coma fatal, como parada cardíaca ou
respiratória. O Etil-Clorido é inflamável e nunca deve ser usado na presença de
uma chama em aberto, ou equipamento elétrico de cauterização.
Reações adversas: pode ocorrer sensibilidade cutânea, mas parece ser
extremamente rara. A baixa temperatura (congelamento) pode ocasionalmente,
alterar a pigmentação (pele branca).
Contra-indicação: o Fluor-Metano é contra-indicado para indivíduos com
histórico de hipersensibilidade à substância ativa.
Dosagem e administração: ao aplicar o spray, inverta o frasco sobre a
área que está sendo tratada aproximadamente a 30 cm de distância do local da
aplicação.
INDICAÇÕES
Traumatismo ou inflamação aguda
Dor aguda ou crônica
Queimaduras de primeiro grau, pequenas e superficiais
Edema e dor pós cirúrgica
Uso em conjunto com exercícios de reabilitação
Espasticidade que acompanha distúrbios do SNC
Espasmo muscular agudo ou crônico
Nevralgia
CONTRA-INDICAÇÕES
Envolvimento cardíaco ou respiratório
Ferimentos abertos
Insuficiência circulatória
Alergia ao frio
Pele anestesiada
Diabetes avançada
Fenômeno de Reynaud.
FOTOTERAPIA
Introdução
Luz- é toda e qualquer radiação eletromagnética.
Todos os corpos que conhecemos sobre a Terra estão animados por uma
vibração atômica. Essa vibração provoca no corpo a geração de calor. Todos os
corpos com uma temperatura acima de 0° Kelvin (-273°C) emitem radiação
infravermelha. Ou seja, até uma pedra de gelo emite radiação infravermelha.
O Sol é sem sombra de dúvida, a nossa maior fonte de radiação infravermelha.
É classificada como uma radiação termogênica.
Conceito
São vibrações eletromagnéticas emitidas a parte do aquecimento de um corpo,
cujo comprimento de onda situa-se na faixa de 7.000 a 150.000A . É uma faixa
ampla.
Propriedades
A radiação infravermelha é invisível aos nossos olhos. Quando utilizamos
uma lâmpada que a emite e que tem a cor vermelha, é porque a faixa de
freqüência que nos beneficia mais está bastante próxima à faixa de freqüência
de cor vermelha (visível), ficando difícil isolar completamente uma da outra.
A radiação infravermelha está relacionada com o calor transmitido por
radiação. Isto significa que não é preciso qualquer meio intermediário para
propaga-la, já que o Sol até a Terra temos aproximadamente 150.000.000 km de
puro vácuo (ondas eletromagnéticas). Entretanto a terapia por ondas
infravermelhas está enquadrada na modalidade terapêutica de conversão.
As experiências mais sugestivas e mais conclusivas a respeito da
absorção e de penetração das IV foram levadas a cabo tendo como campo de
observação a bochecha humana. Ficou provado que a absorção e a penetração
da radiação nesses tecidos processa-se melhor e com maior intensidade, se
forem usadas radiações de comprimento de onda mais curtas, compreendidas
entre 5.000 e 15.000 unidades Angstrom.
Atualmente, é conhecimento firmado que a radiação infravermelha mais
indicada para uso fisioterápico está compreendida entre 8.000 e 15.000 Å de
comprimento de onda.
Obtenção
Podem obter radiação infravermelha de três formas:
Pelo sol
Através de geradores luminosos (que também podem ser denominados
aquecedores radiantes) consistem de um filamento de tungstênio no interior
de um bulbo de vidro que contém um gás inerte sob baixa pressão. Estes
geradores emitem radiações infravermelhas e visíveis.
Através de geradores não luminosos, que consistem de um arame de
resistência espiralado, que pode ser enrolado em torno de um objeto isolante
de cerâmica, ou pode estar incrustado no objeto. Menos freqüente, o fio
metálico aquecido pode ser aplicado por detrás ou dentro de um tubo ou
proteção metálica. Portanto, a radiação infravermelha será emitida tanto pelo
fio metálico como pelos materiais aquecidos que circundam esta resistência, o
que resultará na emissão de radiações de diversas freqüências diferentes.
A água aquecida também emite Infravermelho não luminoso.
É importante saber que os raios Infravermelho se dividem em longos e curtos.
Penetração
Os longos têm uma penetração muito pequena, 0,1 a 2mm, e os curtos
têm penetração de 3mm a 10mm.
OBS: É errado colocar toalha entre a pele e o gerador infravermelho, pois
a toalha (molhada ou seca) impede que a radiação luminosa venha incidir sobre
a pele tornando os raios luminosos (curtos) em não luminosos (longos),
diminuindo sua penetração, e conseqüentemente a eficácia do tratamento.
Na prática, para a produção de radiação infravermelha, utilizamos
lâmpadas encontradas no comércio especializado e até em farmácias, que
podem ter potências que vão de 250 a 1.500Watts.
Efeitos fisiológicos
Produção de calor nos tecidos
Vasodilatação periférica
Hiperemia
Aumento da circulação sangüínea
Diminuição da viscosidade sangüínea
Sudorese
Aumento do metabolismo
Efeitos terapêuticos
Analgesia
Relaxamento muscular
Antiinflamatório
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Regenerador tecidual
Técnicas de Aplicação
A intensidade de radiação infravermelha é maior quando a superfície a
ser tratada está formando um ângulo reto com uma linha do gerador até aquela
superfície. À medida que os raios incidem numa direção oblíqua em relação à
superfície corporal, essa intensidade diminui.
Quando à distância do aparelho gerador ao segmento corporal, varia de
acordo com o tipo e a potência do gerador (medida em watt). Média de 50 a 75
cm, podendo ser menor ou maior. Entretanto esta distância padrão pode perder
sua importância nos aparelhos equipados com dimer.
Quanto ao tempo de utilização: em média de 20 a 30 minutos.
O paciente deve ficar uma posição cômoda e relaxada; somente a área a
tratar deve ficar exposta; deve sentir uma sensação agradável de calor.
Quanto ao aparelho: devemos escolher, de preferência, aparelhos
luminosos.
Em aplicações na face, deve-se proteger os olhos e lábios.
Como o Infravermelho não toca a pele do paciente, a terapêutica pode ser
usada quando uma pele sofreu solução de continuidade.
Indicações
Furúnculos
Acnes
Contratura muscular
Dermatites
Espondiloalgias
Sinusite/rinite
Sinovite de pequenas articulações, etc.
Contra-Indicações
Áreas isquêmicas
Distúrbios de sensibilidade
Hemorragias superficiais
Edemas
“Pele desidratada”
Aplicações sobre os olhos, etc.
Histórico / Introdução
A fundação da moderna fototerapia por radiação ultravioleta (UV) teve
início com o trabalho do médico dinamerquês Niels Finsen. Mas a primeira parte
do século XX presenciou a rápida expansão da helioterapia (que usa o Sol com
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fonte de radiação) e da actinoterapia (que usa lâmpadas com fonte) por toda a
Europa e EUA para o tratamento de muitas doenças da pele. Uma enorme
literatura sobre o assunto surgiu durante as décadas de 20 e 30.
Atualmente o ultravioleta é uma técnica que está deixando de ser
utilizada; praticamente vem sendo usada em algumas afecções de natureza
dermatológica; mais especificamente, às vezes, em alguns casos de tratamento
da psoríase.
O ultravioleta tem seu lugar na medicina porque produz reações
fotoquímicas diretas quando interage com o corpo.
Uma das fontes geradoras de radiação ultravioleta é o sol.
Conceito
São vibrações eletromagnéticas, produzidas através do aquecimento de
um corpo, cujo comprimento de ondas se situa na faixa de 1440 Å até 3900Å.
Classificação:
- UV-A (longo) – 3200 Å até 4000 Å (320 nm a 400 nm)
- UV-B (médio) – 2900 Å até 3200 Å (290 nm a 320 nm)
- UV-C (curtos) – 2000 Å até 2900 Å (200 nm a 290 nm)
OBS: As divisões entre as faixas diferentes de onda não estão rigidamente
fixadas, e algumas vezes 3150 Å é o escolhido como o limite entre UVA e UVB,
e 2800 Å com limite entre UVB E UVC.
Fundamentos
O fundamento da terapia UV se baseia em reações químicas, onde os
fótons da radiação UV podem causar transições eletrônicas e produzir átomos
excitados ou desassociados capazes de produzir essas reações químicas.
A absorção dos UV é muito pequena. Acredita-se que ela não ultrapasse
1 mm. Os raios UV não ultrapassam a epiderme.
UV-A
É importante devido à sua habilidade de produzir bronzeamento com o
mínimo de eritema de pele. Na verdade, ela pode produzir dois tipos de
bronzeamento: imediato e retardado.
O primeiro deles, bronzeamento imediato, ocorre em vários mas não em
todos os indivíduos, aparece na primeira hora de exposição e descora em
poucos dias. Este bronzeamento é devido provavelmente à oxidação da
melanina e não à mudança no número de melanócitos.
O segundo, bronzeamento retardado, ocorre dois ou três dias após
exposição e se mantém por duas semanas. Este último bronzeamento está
associado a uma alteração na distribuição de melanina e a aumentos do número
e tamanho dos melanócitos.
O UV-A é usado comercialmente para bronzeamento, através de câmaras
chamadas “solários” e clinicamente para o tratamento da psoríase.
UV-B
UV-C
Ocupa a parte mais energética do aspecto UV terapêutico. Apesar do UV-
C ser fortemente dispersado quando passa pela atmosfera e estar ausente ao
nível do mar, ele é importante por ser bactericida. Fonte de UV-C têm sido
usadas para esterilização e para tratamento de micose fungóide e úlceras de
decúbito. Há pouca produção de eritema.
Fontes de Produção
A fonte artificial que mais se aproxima das qualidades radiantes da luz
solar é a lâmpada de arco de carvão. Entretanto, fica longe de igualar-se
completamente por causa das diferenças de temperatura. A temperatura do sol
é de aproximadamente 6 a 7 mil graus centígrados enquanto a do carvão é
3.600. Além disso, a lâmpada de carvão tem a desvantagem de consumir
rapidamente forçando a providência de freqüência substituições.
Inegavelmente, os queimadores de mercúrio constituem atualmente a
fonte mais larga usada.
Os queimadores (lâmpadas) mais utilizados são:
a) lâmpada de quartzo quente: operam com uma pressão de mercúrio
relativamente alta e produzem uma emissão de espectro de mercúrio
modificada, com as linhas de alta intensidade em 2967, 3025, 3660 unidades
Angstron. A dose do eritema mínimo de um queimador desses, situa-se ao nível
de 15 segundos de exposição, a uma distância de 75 cm.
b)lâmpada de quartzo frio: As lâmpadas de quartzo frio têm uma pressão de
mercúrio relativamente baixa e operam a temperatura de cerca de 60° C. A
radiação emitida situa-se na faixa de 2537 unidades Angstrom, que se encontra
no limite inferior do espectro de ação eritematosa.
c) lâmpada solar: Essas lâmpadas contêm um filamento de tungstênio que
aparece a lâmpada e vaporiza mercúrio, formado-se assim um arco de mercúrio
entre os eletrodos de tungstênio. Possui um envoltório de vidro que transmite ou
deixa-se atravessar pelos raios UV. A dose de eritema mínimo é medida em
minutos.
d)lâmpadas fluorescentes: Também chamadas de tubo fluorescentes. É uma
lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão, que possui um revestimento de
fósforo (que produz radiação fluorescente visível) aplicado no interior do tubo de
vidro. As lâmpadas fluorescentes atingem seu rendimento máximo dentro de um
minuto após terem sido acesas. À medida que a temperatura do local onde está
a lâmpada aumenta, a produção de radiação decresce, e este pode ser um
aspecto problemático nos aparelhos de irradiação que contêm grande
quantidade de lâmpadas fluorescentes dispostas muito próximas entre si (a
menos que haja um sistema de resfriamento por ar forçado).
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Efeitos fisiológicos
Produção de eritema:
- 1°grau: ocorre ligeira vermelhidão da pele sem irritação, que aparece
algumas horas depois da aplicação.
- 2°grau: vermelhidão cutânea moderada, ligeira descamação e desaparece
em 2 a 3 dias.
- 3°grau: vermelhidão cutânea mais intensa, a pele encontra-se quente e
dolorida, apresenta quadro de descamação, aparece em 24 horas após a
aplicação, e tem duração de 48 horas.
- 4°grau: vermelhidão dolorosa seguida de descamação de grande área e
formação de pequenas vesículas. Ocorre 24 horas após a aplicação e tem
duração de 72 horas.
- 5°grau: vermelhidão dolorosa seguida de necrose epidérmica com formação
de bolhas, visível em 24 horas após, permanecendo além de 72 horas.
Pigmentação
Estimula produção de vitamina D
Potencializa o metabolismo do cálcio e fósforo
Destruição celular
Hiperplasia epidérmica
Envelhecimento da pele
Efeitos terapêuticos
Efeito bactericida
Efeito imunizante (aumenta atividade da fagocitose)
Ação destrutiva
Estimula o crescimento da epiderme
Dosimetria
A dose de ultravioleta que produzirá em poucas horas um eritema mínimo
na pele é chamado Dose de Eritema Mínimo (DEM).
A maioria das doses das fontes de UV se desgasta e a DEM deveria ser
determinada, como rotina, duas ou três vezes ao ano: uma lâmpada desgastada
ou usada inconvenientemente pode emitir calor e luz visível porém mínimo UV.
Para se determinar a DEM utiliza-se o TESTE DE SAIDMAIN: Utiliza-se
um pedaço de cartolina (pano) com oito a dez furos, e coloca-se sobre a pele do
paciente. Posicione o UV a uma distância de mais ou menos 20 a 70 cm, com
incidência perpendicular sobre a cartolina que deverá estar com os furos
descobertos. Após 10 (ou 15) segundos cobre-se um furo: após 20 (ou 30)
segundos outro furo; após 30 (ou 45) segundos outro furo; e assim
sucessivamente. Examinar a pele 8 horas depois, ou de preferência após 24
horas.
OBS. Gutmann (1989) orienta deixar 1 minuto em cada furo.
De acordo com o aspecto da pele em cada furo, devemos classificar nos
graus de eritema segundo o objetivo do tratamento. O eritema mais discreto ou
mais reduzido será registrado como sendo a dose de eritema mínimo; a área
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41
Técnica de aplicação
O ângulo de incidência da radiação UV deve ser sempre de 90° .
A distância do aparelho até o paciente gira em torno de 50 a 75 cm, podendo
chegar a 1 metro, se o aparelho for potente.
O tempo de terapêutica varia de acordo com o grau de eritema desejado, no
teste de Saidman; podendo chegar a 2 min na primeira sessão, ou naquelas
que não adotar o método de manutenção ou de mudança de grau de eritema;
e a 5 ou 6 min no método de mudança e manutenção de eritema.
De modo geral e em muitas circunstâncias, não se usa o UV
diariamente por causa dos efeitos cumulativos que são produzidos
sobre a pele. O mais comum é fazer as sessões em dias
alternados, dependendo do grau de eritema.
Para se fazer mudanças no tratamento, deve-se levar em consideração o
1° grau de eritema:
De 1°grau para 2°grau → tempo do 1° x 2,5= ....seg (10x2,5seg)
De 1°grau para 3°grau → tempo do 1° x 5= ....seg (10 x 5 seg)
De 1°grau para 4°grau → tempo do 1° x 10= .....seg (10 x 10 seg)
De 1°grau para 5°grau → tempo do 1° x 20= .....seg (10 x 20 seg)
Para se fazer a manutenção do grau de eritema deve-se somar alguns
percentuais aos tempos dos graus de eritema:
Manutenção do 1°grau para 1°grau – tempo do 1°grau + 25% do tempo
do 1° grau (10 seg + 2,5 seg = 12,5 seg)
Manutenção do 2°grau para 2°grau – tempo do 2° grau + 50% do tempo
do 2° grau (20 seg + 10 seg = 30 seg)
Manutenção do 3° grau para 3° grau – tempo do 3° grau + 75% do tempo
do 3°grau (30 seg + 22,5 seg = 52,5 seg)
Manutenção do 4° grau para 4° grau – tempo do 4° grau + 100% do
tempo do 4° grau (40 seg + 40 seg = 80 seg)
Precauções
Usar óculos de proteção (tanto o paciente como o fisioterapeuta) ou proteger
os olhos do paciente com gazes úmida, pois a córnea absorve radiação.
As regiões das nádegas, genitália, seios, cicatrizes e pele atrófica devem ser
protegidos.
Orientar ao paciente para não utilizar produtos químicos sobre a região a ser
tratada.
A distância entre a fonte e o paciente deve ser sempre medida, e não
estimada.
Efeitos adversos
Podem ocorrer fototóxicas na terapia UV.
Fotoalergia
O UV pode causar carcinoma de células basais e escamosas, carcinoma
epidermoide e melanoma maligno.
Tuberculose pulmonar, lupus eritematoso, psoríase aguda e eczema agudo
ou dermatites podem ser exacerbados através da exposição à radiação.
Indicações
Acne
Seborréia
Psoríase
Alopecia Areata
Úlcera de tecido mole
Furunculose
Feridas infectadas
Raquitismo
Vitiligo
Desinfecção do ar
Queimaduras
Contra-Indicações
Tuberculose pulmonar ativa
Dermatose por luz
Dermatite generalizada
Albinismo
Pele atrófica e cicatrizes
História de fotosensibilidade
Carcinoma de pele.
Introdução/Histórico
Analisando o significado da termologia LASER (Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation) por parte,dizemos que a ampliação da luz
aporta alta concentração de energia conseqüente do grande número de fótons
dos quais é constituída, e o fenômeno da emissão estimada constitui-se da
emissão de luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de
energia aos átomos.
Reportando num breve histórico sobre o laser, iniciamos com Albert
Einstein, que em 1917 expôs o “Princípio Físico da Emissão estimulada”, sobre
o qual o fenômeno laser está apoiado. Seguindo, em 1953, Townes, Gordon e
Zeiger construíram o primeiro oscilador que operava na banda de ondas
milimétricas – MASER (amplificador de microondas pela emissão estimulada de
radiação). Ainda 1953, Townes e Schawlow demonstraram a possibilidade de
construir um laser; em 1955, Maiman construiu o laser a rubi; em 1961, no
Hospital Presbiteriano de Nova York, se realizou com êxito a primeira cirurgia a
laser; a extirpação de um pequeno tumor de retina. A partir desta e de outras
experiências cirúrgicas ficou evidenciado, de forma empírica, que a radiação
laser estimularia a cicatrização de maneira acelerada.
Em 1962, foi desenvolvido o primeiro laser semicondutor. Dois anos mais
tarde, o laser a gás e o primeiro laser molecular de dióxido de carbono. Sinclair e
Knoll adaptaram o laser à prática terapêutica.
1.Estímulo á microcirculação
2.Estímulo trófico celular Efeitos indiretos
(locais,regionais e gerais)
1.Efeito analgésico
2.Efeito antiinflamatório
Cláudia Paes Campos
3.Efeito antiematoso
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
4.Efeito cicatrizante
Universidade Estácio de Sá
46
Efeitos terapêuticos
Efeitos terapêuticos
A radiação a laser de baixa potência proporciona os seguintes efeitos
terapêuticos:
Antiinflamatório
Analgésico
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
48
Antiedematoso
Cicatrizante
Formas de aplicação:
Aplicação por pontos
Aplicação por zona
Aplicação por varredura
Forma de aplicação
O fato de não ser visível limita o laser As-Ga no que se refere às formas
de aplicação.
Não que aplicações por zona ou mesmo em varredura sejam contra-
indicadas, mas como não é possível ver a dimensão da zona que se está
irradiando, nem mesmo ter a idéia da dispersão que o afastamento da caneta
aplicadora apresenta quando de uma aplicação em varredura, é aconselhável
que, com este tipo de laser, se utilize apenas a aplicação por pontos encostando
a caneta aplicadora na pele do paciente pois ao afastarmos a caneta o feixe de
laser abre-se em forma de um leque perdendo-se concentração energética.
Dosimetria
1. Dosagem: a densidade energética é utilizada como forma de dosar a
quantidade de radiação que se administrará a um paciente, é medida em
joules/cm².
2. Tempo: O tempo de aplicação para uma certa quantidade de energia
numa determinada área é inversamente proporcional à potencia de emissão. Em
outras palavras, quanto maior a potência, menor é o tempo necessário para
aplicar uma certa quantidade de energia numa certa área.
3. Aparelhos: Alguns aparelhos já trazem o tempo de aplicação a partir da
simples manipulação de um botão, que determina quantos joules/cm² se vai
aplicar.
4. Parâmetros: existe atualmente, uma linha de conduta no tocante a
parâmetros dosimétricos que giram em torno de um dose padrão, que refere-se
a 3 a 4 J/cm². E para que o profissional possa utilizar a dose ideal no paciente
seguindo a dose padrão deve-se observar algumas peculiaridades:
a) Parâmetro relacionado à evolução de enfermidade (agudo ou crônico)
b) Parâmetro relacionado a idade (Idosos, jovens ou crianças)
c) Parâmetro relacionado à nutrição e hidratação (desidratados e desnutridos
/ hidratados e nutridos)
d) Parâmetro relacionado ao condicionamento físico (sedentários e atletas)
e) Parâmetro relacionado à gordura (maior espessuras / menor espessuras)
f) Parâmetro relacionado à melanina (indivíduo claro / escuro)
5. Número de sessões e esquema de tratamento: Para evitar a somação de
estímulos e a redução de efetividade, deve-se intercalar as aplicações do laser
com pelo menos 24 horas. É de se esperar que até a 5 a. ou 6a. aplicação os
resultados sejam percebidos. Caso isto não ocorra, é indicada a substituição do
recurso fisioterápico.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
50
Terapêutica
Para conhecer o tempo de aplicação necessário para uma certa dose de
laser, o fisioterapeuta deverá: Saber qual dose (J/cm²) deseja aplicar;
Conhecer a potência de emissão utilizada (fornecida); Conhecer o tamanho da
área a ser irradiada.
T (s)= Dose desejada (J/cm²) X Área (cm²)
Potência (W)
Indicações
1. Laser em traumato-ortopedia (analgésico, antiinflamatório e cicatrizante)
EX: afecções na ATM, Torcicolos, Tendinite supraespinhoso, cervicalgia,
Lombalgia pós esforço, lombociatalgia, luxações e subluxações.
2. Reumatologia (bursite, artrose, artrite reumatóide)
3. Lupus eritematoso
4. Herpes-Zoster
5. Erosões benignas do colo do útero
6. otites
7. afecções na prótata
8. Neuralgia do trigêmeo
9. Ulcera de decúbito
10. Em estética (estrias, celulites acnes)
Contra-indicações ABSOLUTAS
Irradiação sobre massas neoplásticas ou pacientes portadores de
neoplasias, e carcinoma
Irradiação direta sobre a retina
Irradiação sobre o foco de infecção bacteriana
Áreas de hemorragia
Cuidados e Precauções
A irradiação em homens e mulheres em fase produtiva
A irradiação sobre gandulas hipo ou hiperfuncionantes
Paciente fazendo uso de corticoesteróides
Pacientes fazendo uso de drogas fotosensibilizadores
Nas aplicações em mamas, deve-se certificar que não há nódulos mamários
Pacientes e terapeutas devem estar protegidos com óculos de proteção
visual específicos para cada tipo de laser
PARÂMETROS DE DOSAGEM
Josep Colls, em seu livro La Terapia Laser, Hoy, descreveu um esquema
orientativo para critérios de doses:
Efeito analgésico → → → 2 a 4 J/cm²
Efeito antiinflamatório → 1 a 3 J/cm²
Efeito cicatrizante → → → 3 a 6 J/cm²
Efeito circulatório → → → 1 a 3 J/cm²
TEMPO-LIMITE DE TERAPIA
Sugere-se que terapias de tempo total superior a 40 ou 45 min sejam
evitadas. Após este tempo, tido como excessivo, há provável decréscimo da
efetividade da radiação em virtude da diminuição do contraste luminoso.
Unidade 4 – Eletroterapia
História
Tales de Mileto, no século VII a.C., conhecia a propriedade apresentada
pelo âmbar amarelo (resina fóssil de cor amarela empregada em joalheira e
ornamentação), de atrair corpos leves quando atritado por um pano (lã). Daí a
origem da palavra eletricidade; pois em grego, elektron significa âmbar.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
52
Modulação
É qualquer alteração que se faz na corrente original. Pode ocorrer devido
às variações de largura e amplitude de pulso, da freqüência da corrente ou em
trens de pulsos.
Freqüência
É a freqüência com que os elétrons passam na corrente elétrica. É
medida em Hertz. Divide-se em:
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
54
Resistência
É uma dificuldade oferecida pelo condutor à passagem da corrente
elétrica. Quando elétrons fluem através de um condutor, eles colidem com os
átomos existentes no material do condutor, transferindo energia para estes
átomos. Isto leva ao aquecimento do condutor. A unidade utilizada na
mensuração desta energia é o Joule.
Resistor é um dispositivo eletrônico capaz de oferecer uma resistência
pré-determinada à passagem da corrente elétrica.
Os resistores podem ser apresentados de diversas formas e tamanhos,
dependendo do fim a que se destinam.
A potência do resistor é medida em Watts (1 Joule/segundo).
Intensidade
A quantidade de fluxo de elétrons através de um condutor se conhece
como intensidade da corrente.
A unidade de quantidade de eletricidade é o Coulomb, e a quantidade do
fluxo de elétrons ou intensidade da corrente se mede em Coulomb por segundo
(1 Ampére).
O Ampére é a unidade de intensidade de corrente e é um fluxo de
elétrons de um Coulomb por segundo (1 A = 1 C/s).
Recursos eletroterapêuticos
1) CORRENTE GALVÂNICA
2) CORRENTE EXPONENCIAL
3) ELETROESTIMULAÇÃO FUNCIONAL (FES)
4) CORRENTE INTERFERENCIAL
5) CORRENTE RUSSA
6) TENS
7) MICROCORRENTE
8) CORRENTE DIADINÂMICA
9) CORRENTE FARÁDICA
Definição
É uma corrente contínua de fluxo de elétrons com direção e intensidade e
com efeitos polares.
É também conhecida como corrente direta, corrente constante, corrente
contínua, corrente voltaica, corrente unidirecional.
É uma corrente de baixa freqüência. (50 Hz)
O fluxo da corrente dentro da “bateria” se dá do negativo para o positivo.
Entretanto é sabido que no circuito elétrico externamente carregado, os íons
convencionalmente fluem do pólo positivo para o negativo.
Efeitos fisiológicos
Produção de calor: Efeito Joule. O transporte da corrente elétrica através de
íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência
específica do meio utilizado.
Eletrólise (Dissociação): Fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em
seus diferentes componentes químicos, pelo fato de que cada um deles leva
consigo uma carga elétrica diferente.
Fenômeno do eletrotônus: A corrente galvânica altera a excitabilidade e
condutibilidade do tecido tratado.
- Aneletrotônus (ocorre no pólo positivo): depressão da excitabilidade, que leva a
um alívio da dor.
- Cateletrotônus (ocorre no pólo negativo): aumento da excitabilidade, que
facilita as atividades específicas do tecido nervoso.
Vasodilatação: é devido à ação da corrente sobre os nervos vasomotores,
provoca uma hiperemia ativa. A hiperemia atinge também estruturas mais
Efeitos terapêuticos
Analgesia (pólo +)
Estimulação nervosa (pólo -)
Antiinflamatório
Transtorno circulatórios
Iontoforese
Indicações
Processos inflamatórios
Processos álgicos (pólo +)
Lesões de nervos periféricos (pólo -)
“alterações de sensibilidade”
Iontoforese
Transtornos circulatórios
Estimulação da irrigação sanguínea,etc
Contra-indicações
Quando o paciente apresentar cefaléia, vertigens durante o tratamento
Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea
Marca-passo
Implantações metálicas no campo de aplicação
Locais com solução de continuidade
Aplicações clínicas
-Artrite -ciatalgia -fibrose -tendinite
-Artralgia -lombalgia -neuralgia do trigêmeo -bursite
-Mialgia -distensão -Guillain-Barré -plegias
-Neuralgia -artrose -Paralisia facial -hipoestesia
Iontoforese
É um fenômeno físico que se caracteriza pela penetração de uma
substância terapêutica através da pele integra por intermédio da corrente
galvânica. É também conhecida como ionização, iontopenetração, dieletrólise,
dieletroforese, e jontoforese.
Técnica de utilização
- É de fundamental importância para prática de iontoforese, a determinação
do pólo negativo ou positivo dos eletrodos. O íon ativo se deduz na fórmula
química do medicamento e o pólo usado deve ser o mesmo íon ativo.
- Na iontoforese subaquática os eletrodos são representados por
recipientes contendo soluções eletrolíticas.
- Na iontoforese transcerebral o eletrodo ativo (com medicamento) é
colocado sobre um ou sobre dois olhos e o eletrodo passivo no “buraco” occipital
(forâmen magnum); -1 a 3 mA para um olho, e 4 a 5 mA para a técnica
binocular, com 30 a 40 min de duração.
- Os medicamentos devem estar contidos de partículas ionizáveis e em
concentração adequada, porque se estas não são ionizáveis, não penetrarão na
pele como desejamos. Concentração abaixo do normal não faz efeito desejado e
acima podem ser lesivos à pele e ao organismo.
- Geralmente são usados medicamentos em concentração de 1 a 2%,
colocados em esponja/algodão, sempre maiores que a placa para evitar
queimaduras.
- A dosimetria é semelhante à da corrente galvânica convencional,
tendo a preocupação com a sensibilidade do paciente para não haver lesão com
superdosificação.
- A forma de utilização dos eletrodos na iontoforese é similar à utilizada
na galvanização convencional.
- A penetração dos iontes e da própria corrente galvânica nos tecidos
humanos é um fenômeno comprovado e, portanto, fora de discussão.
Entretanto, existem alguns fatores que dificultam o processo de iontoforese:
Resistência da pele e dos tecidos; Apenas um pequeno número de
medicamentos tiveram comprovação experimental com a iontoforese; alguns dos
medicamentos, geralmente utilizados, contém íons de ambas as polaridades, o
que dificulta a introdução global do medicamento; A quantidade eficaz do
medicamento introduzido é de difícil mensuração.
Indicações
A iontoforese é indicada principalmente em afecções, onde a atuação da
eletricidade e do fármaco se fazem necessário, principalmente afecções
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
60
Conceito
É uma corrente estimulante de baixa freqüência que, comparada à
corrente farádica e neofarádica, se caracteriza por uma duração de pulso de
maior tempo de duração e pausa entre os impulsos. E, principalmente, uma
elevação de corrente que se introduz lentamente.
A duração do pulso varia de 0,01 a 2000 ms
Ações
Estímulo Neuromuscular: é uma ação comum às correntes excitomotoras, e
para as correntes exponenciais é uma estimulação neuromuscular seletiva nos
complexos neuromusculares denervados.
Aumento do fluxo sangüíneo
Hiperemia
Aumento do metabolismo
Aplicações
Eletroestimulação: efeitos excitomotores
Eletrodiagnóstico cronáxico (cronaxidiagnóstico)
O eletrodiagnóstico pode ser: clássico e cronáxico
Indicações
Estimulação de músculos denervados
Fortalecimento muscular
Edemas
Inibição da espasticidade
Transposições tendinosas
Contraturas musculares
Eletrodiagnóstico cronáxico
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
62
Pé plano
Hipertrofia por desuso
Lesões de nervos periféricos
Técnica de aplicação
Quando se fala em técnica monopolar ou bipolar, devemos observar a
área alvo, é a área onde se realiza o tratamento. A área alvo pode ser uma
articulação, um ponto motor do músculo, uma bolsa ou uma ferida.
Monopolar: utiliza-se com eletrodos de tamanhos diferentes. O eletrodo
menor é o estimulante ou ativo. O eletrodo grande é chamado de dispersivo ou
passivo.
Bipolar: os eletrodos normalmente têm o mesmo tamanho ou quando
diferentes são parecidos.
Neste caso, as respostas excitatórias são observadas sobre os dois
eletrodos, com a mesma intensidade.
História/conceito
Em 1925 Robinson utilizou folhas douradas carregadas de eletricidade
para prevenir cicatrizes de varíola.
Em 1977 comprovou um auxílio na aceleração de consolidação óssea
com o uso de microcorrentes.
Em 1982 Cheng iniciou um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação
das microcorrentes, onde demonstrou o aumento da concentração de ATP,
aumento da síntese de proteína, aceleração do transporte através da membrana
celular e outros efeitos a nível intracelular.
Em 1983 Alvarez demonstrou a biosíntese de colágeno dérmico e
epidérmico em porquinhos de laboratório (yorkshire) com o uso das
microcorrentes.
Em 1993 pesquisadores mostraram efeitos das microcorrentes na
terapêutica antitumoral, que podem ser potencializados quando associados com
a terapia de interleucina-2 e bleomincina.
Em 1994 Pleniscar mostrou resultado efetivo na redução de massa
tumoral em lesões cutâneas de melanoma humano, e provável diminuição
metástica.
Efeitos fisiológicos
Síntese de ATP (Adenosina Tri Fosfato)
Transporte ativo de aminoácidos
Síntese de proteínas
Restabelecimento da bioeletricidade tecidual
Aumenta o transporte de membranas
Efeitos terapêuticos
Analgesia
Aceleração do processo de reparação tecidual
Reparação de fraturas / aumento da osteogênese
Antiinflamatório
Bactericida
Características
Os aparelhos de microcorrentes podem vir equipados com correntes
alternadas ou contínuas (pulsadas ou não).
Os aparelhos de microcorrentes normalmente possuem freqüências que
variam de 0,5 Hz a 900 Hz e corrente de 10 a 1000 microampéres.
A corrente contínua provê efeitos polares à estimulação, e seu uso consiste
em complementar ou reforçar os potenciais de corrente endógena. Assim esta
corrente exógena estimulará o processo de reparação tecidual.
O plano de atuação das microcorrentes é profundo, em nível muscular, com
imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.
Em comparação o TENS, a terapia das microcorrentes além de diminuir ou
eliminar a dor acelera o processo curativo.
As microcorrentes têm características subsensoriais não causando
desconforto ao paciente.
1 miliampére – 1000 microampéres
Técnica de Aplicação
Um grande erro é utilizar os aparelhos de microcorrentes do mesmo modo
que se utiliza os aparelhos de TENS. Por exemplo, o TENS pode ser aplicado
sobre o outro lado da coluna num tratamento de uma dor nas costas. Isto não
funciona com a tecnologia das microcorrentes, que deve ser aplicada
preferencialmente sobre o local da dor.
As altas freqüências tem, algumas vezes, melhores resultados nos
primeiros minutos de tratamentos em problemas de inflamação articular.
Os efeitos microcorrentes são cumulativos, normalmente devem ser
tomadas muitas doses para que sejam alcançados os resultados finais de cura,
embora resultados iniciais possam ser vistos durante ou após as primeiras
sessões.
Num processo de cicatrização o pólo negativo de uma corrente direta
deve ser colocado sobre a ferida por sua ação bactericida. Quando a ferida
deixar de ser infectada inverte-se a polaridade do eletrodo sobre a mesma, para
que o pólo positivo possa fazer a promoção de reparo.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
64
Indicações
Cicatrizes
Rupturas miotendinosas
Tendinites, tenossinovites
Pós operatório imediato
Úlceras de decúbito
Síndromes dolorosas
Fraturas
Estética
Recuperação de queimaduras
Contra-indicações
Alergia ou irritação à corrente elétrica
Sobre útero grávido
Eixo cardíaco
Eixo de marca-passo
Conceito
São correntes alternadas de baixa freqüência (sinusoidais/farádicas) de
50 a 100 Hz com retificação em semionda (MF) ou onda completa (DF) (São
correntes contínuas obtidas a partir da corrente alternada). Elas são
interrompidas com alternância rítmicas, podem trocar continuamente de
freqüência, ou ainda, combinarem-se em defasagem com uma corrente contínua
de base.
As correntes diadinâmicas são MF, DF, CP, LP e RS; sendo as três
últimas formadas das duas primeiras.
São também chamadas de Correntes moduladas ou correntes de
Bernard.
OBS:
1) Em todas as correntes (MF/DF/CP/LP), exceto RS, quando se
trabalha com diadinâmica utiliza-se uma corrente de base, que é uma corrente
Efeitos
Analgésico
Diamógeno ou efeito estimulante
Circulatório
Espasmolítico
Técnica de aplicação
Dosimetria
A intensidade de corrente se eleva em geral pouco a pouco, e deve causar
uma sensação forte, porém, não dolorosa. É preferível elevar o umbral de
excitação sensitiva (formigamento) e, às vezes, mais tarde, o da excitação
motora (contração), com a influência da corrente.
Em geral, se ajusta o componente de corrente contínua (base); com
intensidade suficiente de 2 a 3 mA. Logo se eleva pouco a pouco a intensidade
do componente diadinâmico respectivo.
Em geral, a intensidade de todas as formas de onda diadinâmicas não supera
os 12 a 15 mA.
Tempo
O tempo terapêutico de um modo geral não deve exceder a 12 minutos. O
tempo programado de uso da corrente, pode trazer lesões provenientes do
componente galvânico da corrente (cauterização).
Inversão de polaridade
Quando o tratamento for superior a 3 minutos, em cada tipo de corrente,
podemos inverter a polaridade na metade do tratamento, para evitar um
desequilíbrio eletrolítico, devido à passagem da corrente que carregará
eletrólitos para outra direção e/ou os atrair para proximidades dos eletrodos, que
poderá provocar lesões.
Deve-se diminuir Base, Dose e invertendo a polaridade. Aumenta-se a Base
depois Dose novamente.
Formas de Aplicação
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
67
Indicação
1. Afecções do aparelho locomotor
Distensões (luxações, subluxações) – CP
Contusões – CP
Distensões musculares – DF e CP
Periartrite umeroescapular – CP
Mialgias – DF e LP
Torcicolos, lumbagos – LP, CP e DF
Atrofias musculares – RS
Epicondilite – DF, LP e CP
Artrose articulares (extremidades) – LP, DF e CP
Osteocondrose da coluna vertebral – CP
Síndrome de sudeck (inicia o tratamento com DF, com pólo positivo na região
supraclavicular e o positivo na borda posterior do ECOM) – DF e LP
2. Transtornos circulatórios
Enfermidade de Raynaud – DF e CP
Transtornos circulatórios endageíticos (angeíte obliterante) e
arterioscleróticos – DF, CP e LP
Acrocianose - CP
Varicose – DF
Hemicrania e outras cefalgias (cefaléias) vasomotoras – DF
Estado pós-congelamento e queimaduras – CP
Edemas – CP
Contra-indicação
Pacientes portadores de marca-passo
Endopróteses ou próteses endógenas
Conceito
É uma corrente de excitação de baixa freqüência, 50 – 100 Hz, com
duração de pulso de 0,1 a ms e com intervalos de 20 ms que tem fins
terapêuticos e diagnósticos.
A corrente farádica original era uma corrente alternada de freqüência
muito irregular. Esta irregularidade foi a causa da rápida modificação da forma
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Representação gráfica
Farádica
t
Neofarádica
t
Efeitos fisiológicos
Estimula os nervos motores e sensitivos
Ocasiona contração do músculo, estimulando-o
Favorece o retorno venoso
Aumenta o aporte sanguíneo
Provoca ação metabólica
Efeitos terapêuticos
Aumento do tônus muscular
Manutenção da integridade da placa motora
Recuperação da capacidade de contração muscular
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Descongestionante
Indicações
Estimulação de nervos e músculos
Paresia
Hipertrofia por desuso
“Fraturas”
Edemas
Transplante tendinoso
Contra-indicações
Áreas cardíacas
Neuromas
Espasticidade
Varizes trombosadas
Marca-passo
Técnica de aplicação
A contração muscular não deve causar dor ou desconforto ao paciente.
Utiliza-se a corrente farádica para eletrodiagnóstico clássico.
A freqüência de estímulos normalmente utilizada é de 20 contrações por
minuto (na técnica bipolar).
Método de aplicação:
٠ Aplicação bipolar
٠ Aplicação unipolar
٠ Aplicação subaquática
٠ Bomba farádica
٠ Caneta eletroestimuladora
Deve-se ter cuidado com as alterações de sensibilidade, pois pode
administrar uma dosagem alta e lesionar estruturas mioneurais.
Conceito
É o fenômeno que ocorre quando se aplicam duas ou mais oscilações
simultâneas no mesmo ponto ou série de pontos de um meio.
As correntes que dão origem às correntes interferenciais são correntes
alternadas (senoidal) de média freqüência compreendidas numa faixa de 2000
Hz a 4000 Hz.
Biofísica
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
71
Propriedades fisiológicas
1. Freqüência portadora: É a freqüência das correntes de média freqüência
que irão gerar a corrente interferencial. Normalmente a freqüência de corrente
interferencial gerada gira em torno de 0 a 150 Hz.
2. Finalidade do uso das correntes de média freqüência para obtenção da
corrente interferncial:
a) Obter efeito de profundidade: Quanto maior a freqüência, menor é
a resistência capacitiva tecidual, portanto com as correntes de média
freqüência utilizadas para obtenção da corrente interferencial, consegue-se
atingir níveis de profundidade maiores que na utilização direta das correntes
de baixa freqüência no modo convencional.
b) Produção de corrente de baixa freqüência no interior dos tecidos:
Como a corrente interferencial propriamente dita é uma corrente de baixa
freqüência e é gerada a partir de duas correntes de média freqüência
consegue-se a produção de uma corrente de baixa freqüência no interior dos
tecidos.
3. Evitar efeitos eletrolíticos: por ser uma corrente despolarizada (alternada)
não possui efeitos eletrolíticos, por isso podemos utilizar por maior tempo e com
intensidades mais altas.
Efeitos gerais
Analgesia
Estimulação muscular (freqüência menor que 75 Hz)
Melhora da circulação
Relaxamento muscular
Diminuição da reação inflamatória (diminuindo a dor, o edema e o espasmo
muscular)
1. AMF
Nada mais é que uma variação de freqüência de uma das correntes em
Hz, pois a outra corrente vai permanecer com freqüência fixa (diferença entre
duas correntes de média freqüência).
Parâmetros para eleger a amplitude modulada de freqüência:
a) AMF baixa:
- a sensação: mais agradável
- Variação: 75 a 150 Hz
- Utilização: transtornos agudos (dor intensa, hipersensibilidade,
aumento de volume por edema significativo)
b) AMF baixa:
- a sensação: vibração mais intensa e mais profunda (pode haver
contração muscular)
- Variação: 25 a 75 Hz
- Utilização: transtornos subagudos e crônicos podendo provocar
contração muscular.
Acomodação: Na terapêutica com a corrente interferencial pode ocorrer o efeito
de acomodação (mascarando os efeitos desejados). Para evitarmos a
acomodação podemos variar a freqüência ou aumentar a intensidade.
O uso de uma AMF baixa pode evitar uma acomodação, pois o paciente a
sente como vibração mais intensa.
2. ESPECTRO
Alguns aparelhos possuem um recurso de variar a freqüência na
terapêutica, chamado de Espectro ou ΔF. (50% da freqüência)
O Espectro (ΔF) é a variação acrescentada à AMF no sentido de evitar a
acomodação durante a aplicação. Automaticamente e ritmicamente o paciente
experimenta as freqüências deste intervalo.
Variação do Espectro (ΔF): 0 a 100Hz. Sendo que, para transtornos
agudos as variações de 50 a 100 Hz, e para transtornos subagudos e crônicos
variações de 25 a 50 Hz.
OBS: Na prática clínica, normalmente, trabalha-se com 50% da AMF.
3. SLOPE
É a técnica utilizada, em que o tempo da oscilação do espectro pode ser
ajustado no aparelho.
Exemplos de 3 programas básicos de utilização de Slope, e cada
programa podem ser destinados a uma fase da lesão, pois estes podem ser
mais suaves ou mais agressivos.
Programas: a) 1/1 b) 1/5/1 c)6/6
O programa a é o mais agressivo, onde a variação de AMF é feita de
forma súbita e mantendo-se na freqüência base por 1 seg e na mais alta por 1
seg. Este programa só é utilizado em problemas subagudos e crônicos onde não
haja hipersensibilidade.
Os programas b e c têm uma forma mais suave, destinados a casos
agudos.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Intensidade da corrente
Toma por base a sensação subjetiva da corrente na pele pelo paciente.
Fase aguda: dose mínima (mínima intensidade sentida na pele) – início da
sensação
Fase subaguda: dose normal (sensação clara da corrente) – sensação
agradável.
Fase crônica: dose forte – no limite da tolerância.
OBS:
À medida que a intensidade aumenta, o paciente sentirá uma sensação de
formigamento. Com uma intensidade maior, ocorrerá uma contração muscular.
Se a corrente for aplicada a uma intensidade suficiente elevada, o paciente
poderá sentir desconforto, ou dor. É provável que os efeitos sensitivos originem-
se entre 4 e 10 mA, e as respostas motoras entre 8 e 15 mA.
1. Parâmetro: intensidade com contração muscular ou não:
- agudo: AMF alta / Espectro (ΔF) amplo (sem contração muscular)
- subagudo: AMF baixa / Espectro (ΔF) amplo (pode haver contração
muscular ou não)
- Crônico: AMF baixa / Espectro (ΔF) baixo (há contração muscular)
2. Se a AMF for alta e o Espectro baixo pode não haver mudanças
perceptíveis ao sistema nervoso, causando com facilidade a acomodação.
Nesses casos é indicado utilizar freqüências de Espectro com valores maiores.
Eletrodos
Tamanho
Quando se trabalha com eletrodos de tamanho diferentes, há mudança na
interferência da corrente gerada.
Normalmente utiliza-se os de borracha de silicone ou os auto-adesivos
(próprios para articulações), entretanto podem ser utilizados os eletrodos de
lápis, para aplicações em pontos de dor, e a almofada de quatro pólos.
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Técnica de aplicação
Pontos dolorosos: Esta forma de aplicação de corrente interferencial é mais
adequada para se tratar pontos mais profundos, ou seja, quando o ponto
doloroso ou de aplicação se localiza em músculos, tendões, bursas, etc.
Tronco nervoso (aborda-se o trajeto da via nervosa): O método de dois pólos
é muito adequado para este fim. Ao aplicar esta técnica de tratamento é
importante que o paciente sinta a irradiação acima da parte afetada.
Paravertebral: Os eletrodos são colocados em volta da coluna vertebral ou
sobre ela, para os seguintes sintomas: dor local, dor cervical por compressão,
hipertonia dos músculos eretores do troco, etc.
Músculos: É usada quando a terapia pretende: tonificar a musculatura,
melhorar a circulação, fortalecer os músculos, relaxar a musculatura, etc (técnica
bipolar em origem e inserção)
Transregional (articular): Neste caso prefere-se o método de quatro pólos, e
se a dor for inespecífica ou difusa é proveitoso utilizar o modo “vetorar” (vetor
automático).
OBS: 1) A área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos, deve-se evitar que ela
fique sob os eletrodos, pois a ação da corrente e menor.
2) Se distanciamos demais os eletrodos, diminuiremos a eficácia da
corrente interferencial no ponto médio entre os eletrodos.
3) Os eletrodos devem ficar sempre um de frente para o outro tanto
na técnica bipolar como na tetrapolar
4) Na técnica tetrapolar, se um dos eletrodos desconectar, a interferência
deixará de existir, ou seja, se um dos eletrodos deixar de funcionar não teremos
uma das correntes de média, não teremos superposição, e não teremos
interferência. Os 4 eletrodos precisam estar íntegros.
5) Evitar deixar a área a ser tratada na região central da interferência,
pois nessa região não há efetividade da corrente.
Indicações
Dor (músculos, tendões, ligamentos, cápsulas, nervos)
Hipertonia / espasmos
Debilidade muscular
Transtornos circulatórios
Contra-indicações
Tromboses
Marca-passo
Estado confusional (paciente psiquiátrico; incompetente)
Febre
Tumores (sobre o tumor)
Tuberculose
Falta de colaboração (paciente indisposto)
Implante metálico, caso o paciente sinta sensações desagradáveis
Região abdominal de útero grávido
Conceito
A Eletroestimulação Funcional (FES) foi descrita como sendo a
estimulação de músculo, tanto lisos quanto estriados, que foram privados do
controle nervoso, com o objetivo de proporcionar contração muscular que
produza um movimento funcionalmente útil.
As contrações evocadas são obtidas a partir de vários pulsos elétricos de
pequena duração aplicados sob freqüência controlada. Estes trens de pulsos ou
envelopes de pulsos elétricos diferem das formas clássicas de
eletroestimulação, onde são empregados pulsos únicos com tempo de duração
variável, pois com os trens de pulso podem ser obtidos contrações em
condições mais fisiológicas, sem risco de queimaduras e o desconforto
produzido pela exposição mais longa à eletricidade.
O método é conhecido internacionalmente pela sigla FES, que é a
abreviatura da sua denominação na língua inglesa, Funcional Electrical
Stimulation.
Bases da excitabilidade
A técnica FES tem como base a produção de contração através de
estimulação elétrica, que despolariza o nervo motor, produzindo uma resposta
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
76
Sustentação:
É o tempo de contração efetiva (máxima eficácia). Se a sustentação for muito
grande pode levar à fadiga precoce. Entretanto existem trabalhos de isometria
que utilizam grandes períodos de sustentação.
Aparelho
Os aparelhos podem ser portáteis ou clínicos, e devem possuir controles
de ajustes de intensidade, ataque/descida, freqüência de pulsos, duração de
pulso, sustentação e repouso
Existem variedades nos modelos de interruptores, que podem ser
basicamente: interruptor automático (dentro do próprio aparelho); de palmilha; e
disparador manual.
Bases funcionais
- Inibição funcional: Os reflexos flexores e extensores não podem ser evocados
simultaneamente.
- Estimulação aferente: estimulação dos nervos sensitivos
- Estimulação eferente: estimulação dos nervos motores
- Princípio da substituição (Liberson): Substituição ortótica
Objetivos
- Diminuição da espasticidade
- Auxiliar a reorganização da atividade motora
- Acelerar a recuperação do controle voluntário
- Restituir por controle elétrico, movimentos simples e complexos
- Substituição ortótica
- Fortalecimento muscular
2. Graduação da espasticidade
Como a técnica FES tem objetivos funcionais, lança-se mão de uma
graduação baseada no efeito da espasticidade sobre a função a ser realizada,
existindo, desta forma, três níveis de graduação:
- Grau 1 – o aumento do tônus é percebido ao exame, porém não interfere na
função.
- Grau 2 – a espasticidade percebida ao exame interfere com a função.
- Grau 3 – a espasticidade impede o desempenho da função.
3. Critérios de avaliação das articulações
As articulações são avaliadas através da movimentação passiva e
quantificadas pela goniometria manual.
Indicações
Facilitação neuromuscular
Substituição ortótica
Controle da espasticidade
Paraplegias/paraparesias
Esclerose múltipla
Escoliose
Hipotrofia por desuso
Hemiplegia
Lesão medular
Paralisia cerebral (quanto à distribuição topográfica, os pacientes mais
beneficiados são os hemiparéticos e os paraparéticos).
Contra-indicações
Eixo do marca-passo
Sobre o seio carotídeo
Sobre a área cardíaca
Espasticidade grave
“lesão nervosa periférica”
FES
Hemiplegia
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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b) Metodologia
Recondicionamento Redução da Reorganização
De uma forma didática, a aplicação pode ser classificada de dois modos:
muscular espasticidade do padrão motor
- recurso de recondicionamento muscular
- recurso ortésico
com lesões abaixo deste nível, porém do tipo incompleto, podem ser incluídos
no programa se a resposta motora evocada a partir de gerador de correntes for
satisfatória.
As deformidades em flexão-adução dos quadris ou eqüinismo dos pés,
freqüentes nos pacientes com lesão medular, desde que moderadas, não são
fatores de inelegibilidade, assim como escaras em tratamento que não estejam
comprometendo o estado geral do paciente ou situadas em zonas de apoio na
posição ortostática.
b) Fases de tratamento
O programa de recuperação motora em pacientes com lesão medular é
dividido em quatro fases:
- recondicionamento muscular;
- transferência da posição sentada para a de pé;
- treinamento da posição ortostática;
- treinamento da deambulação.
Conceito
É uma corrente alternada (sinusoidal) de média freqüência, que pode ser
modulada por “rajadas”, e é utilizada com fins excitomotores. Este tipo de
corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100 mA.
UTILIZAÇÃO TERAPÊUTICA
1. Incremento da força muscular
2. Modificação do tecido muscular
3. Melhorar a estabilidade articular
4. Melhorar o rendimento físico em esporte de alto nível
5. Manter a qualidade e quantidade do tecido muscular
6. Aumentar a circulação sanguínea no músculo
7. Recuperar a sensação da contração nos casos de perda de
sinestesia.
OBS: Comparando-se a estimulação da musculatura com a utilização da
Corrente Russa e o FES, no tocante ao fortalecimento muscular observou-se
que a estimulação com a Corrente Russa era mais efetiva, pois por ser de média
freqüência a corrente penetra mais no tecido muscular estimulando um maior
número de fibras musculares que o FES (baixa freqüência – 190 Hz).
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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VANTAGENS
- Se consegue ativar 30% a 60% a mais das unidades motoras com a Corrente
Russa que nos exercícios comuns e tratamentos convencionais.
- O aparelho consegue trabalhar toda musculatura, inclusive zonas consideradas
difíceis de serem atingidas com eletroestimulação convencional, como os
glúteos e o reto-abdominal.
- Melhora à curto prazo
- Melhora da estabilidade articular durante a fase de mobilização
Riscos terapêuticos
Evitar dor muscular
Cuidado com a amplitude articular nas contrações isotônicas nos casos de
bloqueio articular
Certificar-se que não há lesão em músculos, tendões, ligamentos e fáscias
Cláudia Paes Campos
Professora de Eletro-Termo-fototerapia
Universidade Estácio de Sá
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Indicações
Fortalecimento em condições patológicas
Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como:
a) aumentar a capacidade de “sprint”
b) aumentar a capacidade de salto
c)aumentar a capacidade de resistência
Estabilização da coluna vertebral
Estabilização de articulações
Incontinência esfincteriana
Estética
Contra-indicações
Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absoluta)
Inflamações articulares em fase aguda
Fraturas não consolidadas
Espasticidade
Miopatologias que impeçam a contração muscular fisiológica
Lesão nervosa periférica
= TNS
Conceito
É uma técnica de neuroestimulação sensorial superficial, de
características não invasivas e não lesivas utilizadas no tratamento da dor.
É uma corrente alternada de baixa freqüência.
Monofásica retangular
Bifásica assimétrica
(retangular modificada)
Espícula modificada
(parece um pulso farádico)
Trem de pulsos
Intensidade:
Parâmetro subjetivo, que depende da sensibilidade do paciente. Não
existe uma escala. Trabalha-se com o limiar doloroso (varia de 10 a 80 mA)
Se mesmo com o controle na posição máxima de intensidade não houver
potência suficiente, deve-se aumentar progressivamente o controle de T.
Indicações
Dor aguda (F e I↓)
Dor crônica (F↓ e I )
Fraturas
Contra-indicações
Pacientes com marca-passo
Problemas cardíacos
Dores não diagnosticadas
Precauções
Grávidas
Aplicação sobre os olhos e boca
Aplicação sobre a parede anterior do tórax em pacientes com problemas
cardíaco
Sem nível intelectual
Crianças
Cabeça ou face
Técnica de aplicação
1. Eletrodos:
a) Eletrodos de borracha de silicone:
- deve-se trocar os eletrodos a cada 6 meses, pois altera a
propagação dos impulsos
- cuidado com a ruptura dos eletrodos
- deve-se utilizar gel ou algodão embebido, para melhorar a
condução elétrica. Aplicar de maneira uniforme.
b) Eletrodos auto-adesivos
- limpar a pele antes de acopla-lo
- umedece-los e guardar na geladeira após o uso
- não retirar-lo da pele puxando pelo fio
O posicionamento dos eletrodos é um dos fatores mais críticos que pode
influenciar no sucesso do tratamento. Para que uma área do corpo seja eletiva
para a estimulação, devemos saber que está área selecionada deve estar
anatomicamente ou fisiologicamente relacionada à fonte de dor.
2. Áreas de utilização dos eletrodos:
sobre os dermátomos
sobre os miótomos
sobre os pontos de acupuntura
sobre os pontos motores
sobre um trigger points
3. Disposição dos eletrodos:
a) Colocação geral dos eletrodos:
estimulação dos pontos motores, de acupuntura e gatilho.
Estimulação da região dolorosa
Estimulação do dermátomo
Estimulação da medula espinhal
Estimulação do trajeto do nervoso
b) Colocação particular:
Uni ou bilateral
Colocação proximal
Colocação distal
Colocação linear
Colocação cruzada
Miótomo relacionado á dor
Bracelete
Colocação trans-craniana ou transcerebral
Freqüentemente os eletrodos são colocados no próprio local da dor.
Algumas vezes o quadro doloroso pode ser delegado se a origem da dor estiver
na área sob os eletrodos. No entanto, podemos estar diante de uma dor referida;
ou seja, embora a dor seja referida pelo paciente em determinada área, seu
lugar de origem, na verdade, está à distância.
Mesmo que localizemos o verdadeiro local de produção da dor, o
tratamento terá um melhor rendimento se estimularmos todo o dermátomo.