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CÁLCULO

DIFERENCIAL E
INTEGRAL II

Professor Dr. Doherty Andrade


Professor Revisora técnica Me. Taís Saito

GRADUAÇÃO

Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Ivnna Gurniski
Design Educacional
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Isabela Agulhon Ventura
Distância; ANDRADE, Doherty.

Iconografia
Cálculo Diferencial e Integral ll. Doherty Andrade. Amanda Peçanha dos Santos
Reimpressão Ana Carolina Martins Prado
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018.
Projeto Gráfico
257 p.
“Graduação - EaD”. Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
1. Cálculo. 2. Diferencial. 3. Integral. 4. EaD. I. Título. Arte Capa
ISBN 978-85-459-0425-0
André Morais de Freitas
CDD - 22 ed. 515.5 Editoração
CIP - NBR 12899 - AACR/2 Matheus Felipe Davi
Revisão Textual
Hellyery Agda, Yara Martins Dias, Daniela
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Ferreira dos Santos
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Ilustração
Marta Sayuri Kakitani
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca
por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a
educação de qualidade nas diferentes áreas do
conhecimento, formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais
e sociais; a realização de uma prática acadêmica
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela
qualidade e compromisso do corpo docente;
aquisição de competências institucionais para
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade
da oferta dos ensinos presencial e a distância;
bem-estar e satisfação da comunidade interna;
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de
cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Diretoria de
transformamos também a sociedade na qual estamos
Planejamento de Ensino
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria Operacional
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
de Ensino
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores
e tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e
segurança sua trajetória acadêmica.
AUTOR

Professor Dr. Doherty Andrade


Pós-doutorado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica
(LNCC/1998). Doutorado em Matemática pela Universidade de São Paulo
(USP/1994). Mestrado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC-Rio/1984). Licenciatura em Matemática pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES/1980). É professor aposentado
da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
APRESENTAÇÃO

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II


APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo(a) à segunda disciplina de Cálculo. Neste texto, vamos estender


os conceitos e resultados apresentados na disciplina Cálculo I para funções de
várias variáveis. Essa extensão cria algumas dificuldades que vamos superá-las
com exemplos, interpretações físicas e geométricas. Não é o objetivo deste livro
apresentar as demonstrações de todos os resultados estudados aqui, em muitos
casos, procuraremos dar boas justificativas para eles.
Os exemplos e exercícios propostos estão distribuídos ao longo das unidades e
fazem parte do plano de estudos. Ao final de cada unidade, apresentamos uma
lista de atividades e suas respostas.
Muitos dos resultados abordados aqui podem ser estendidos para o espaço geral
Rn , mas nos limitaremos a enunciá-los e utilizá-los nos espaços R2 e R3 .
Na unidade I, estudaremos um pouco sobre curvas parametrizadas, funções reais
de variáveis reais e os três sistemas de coordenadas: polares, cilíndricas e es-
féricas. Para função de duas e três variáveis, vamos aprender a determinar seu
domínio e a esboçar as curvas de nível e quando possível, o seu gráfico. As curvas
de nível ajudam na tarefa de visualizar o gráfico e o comportamento da função.
Na Unidade II, apresentaremos as noções de limites e continuidade de funções
reais de duas e três variáveis reais. Veremos a definição de limite e apresentamos
as suas principais propriedades. Mostraremos, também, uma breve introdução aos
conceitos topológicos do plano e do espaço, tais como ponto interior, ponto de
acumulação e fronteira de um conjunto; conjuntos abertos e conjuntos fechados.
i
No estudo das funções contínuas, apresentaremos o conceito e suas principais
propriedades, bem como o teorema de Weierstrass, que garante a existência de, ao
menos, um ponto de máximo e de um ponto de mínimo para funções contínuas e
definidas sobre conjuntos limitados e fechados do R2 ou R3.
A terceira unidade é dedicada à noção de derivada parcial e suas aplicações. Apre-
sentaremos nesta unidade, a definição de derivada parcial, introduziremos as nota-
ções mais usuais, as propriedades da derivação que são as mesmas, basicamente,
do Cálculo I. Conheceremnos a regra da cadeia, que nos mostra como derivar
funções compostas, a noção de derivada direcional e o vetor gradiente. Estudare-
mos a determinação de planos tangentes ao gráfico de superfícies e de máximos e
mínimos para funções reais de duas ou três variáveis. Também estudaremos a
acumulação e fronteira de um conjunto; conjuntos abertos e conjuntos fechados.
No estudo das funções contínuas, apresentaremos o conceito e suas principais
APRESENTAÇÃO
propriedades, bem como o teorema de Weierstrass, que garante a existência de, ao
menos, um ponto de máximo e de um ponto de mínimo para funções contínuas e
definidas sobre conjuntos limitados e fechados do R2 ou R3 .
A terceira unidade é dedicada à noção de derivada parcial e suas aplicações. Apre-
sentaremos nesta unidade, a definição de derivada parcial, introduziremos as nota-
ções mais usuais, as propriedades da derivação que são as mesmas, basicamente,
do Cálculo I. Conheceremnos a regra da cadeia, que nos mostra como derivar
funções compostas, a noção de derivada direcional e o vetor gradiente. Estudare-
mos a determinação de planos tangentes ao gráfico de superfícies e de máximos
e mínimos para funções reais de duas ou três variáveis. Também estudaremos a
técnica dos multiplicadores de Lagrange que trata da determinação de máximos e
mínimos de funções com restrições impostas aos pontos do domínio.
Na unidade IV, trataremos do cálculo das integrais múltiplas. Por causa do te-
orema de Fubini, veremos que tudo se resume ao cálculo de integrais simples.
Iniciaremos com a integral dupla, apresentaremos suas principais propriedades e
alguns exemplos. Nesta unidade, aprenderemos a fazer mudança de variáveis em
integrais duplas. Como aplicação, vamos aprender utilizar a integral dupla para
calcular áreas e volumes de regiões bem gerais do plano e do espaço. Em se-
guida, estudaremos as integrais tiplas: mudança de variáveis em integrais triplas,
aplicações ao cálculo de volumes de regiões bem gerais do espaço.
Na unidade V, estudaremos um pouco de cálculo vetorial. Veremos um pouco
de campos vetoriais e apresentaremos três importantes teoremas: o Teorema de
Green, o Teorema da divergência de Gauss e o Teorema de Stokes. Aprenderemos
a integrar ao longo de uma curva e a integrar sobre uma superfície. Esses teoemas
são generalizações do teorema fundamental do Cálculo. Considero que essa é a
parte mais elegante do Cálculo.
Sugerimos fortemente que adote um sistema
ii de computação algébrica para exer-
citar o que foi apresentado nesta disciplina e aproveitar o máximo do que a tecno-
logia pode oferecer e contribuir no seu aprendizado.
Tivemos a preocupação constante de tornar este texto bem compreensível e espe-
ramos facilitar e contribuir para a sua aprendizagem. Bons estudos!
09
SUMÁRIO

UNIDADE I

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


VARIÁVEIS

15 Introdução

16 Vetores

19 Curvas Parametrizadas

29 Funções Reais de Variáveis Reais

37 Sistemas Especiais de Coordenadas

46 Considerações Finais

52 Referências

53 Gabarito

UNIDADE II

LIMITES E CONTINUIDADE

61 Introdução

62 Conceitos Básicos

65 Limites e Continuidade

75 Considerações Finais

79 Referências

80 Gabarito
10
SUMÁRIO

UNIDADE III

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS

85 Introdução

85 Derivadas Parciais

96 Regra da Cadeia

102 Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais

111 Derivadas Direcionais

119 Multiplicadores de Lagrange

123 Considerações Finais

127 Referências

128 Gabarito

UNIDADE IV

INTEGRAIS MÚLTIPLAS

135 Introdução

136 Integrais Duplas

178 Integrais Triplas

199 Considerações Finais

206 Referências

207 Gabarito
11
SUMÁRIO

UNIDADE V

CÁLCULO VETORIAL

211 Introdução

212 Campos Vetoriais

217 Integrais de Linha

231 Teorema de Green

234 Integrais de Superfícies

241 Teorema de Stokes

245 Teorema da Divergência de Gauss

250 Considerações Finais

254 Referências

255 Gabarito

256 CONCLUSÃO
Professor Dr. Doherty Andrade

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS

I
UNIDADE
VARIÁVEIS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Introduzir o conceito de curvas parameterizadas, funções reais de
várias variáveis reais, domínio, gráfico e curvas de nível.
■■ Introduzir os sistemas de coordenadas polares, cilíndricas e esféricas.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Vetores
■■ Curvas Parametrizadas
■■ Funções Reais de Variáveis Reais
■■ Sistemas Especiais de Coordenadas
15

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Esta unidade é, principalmente, dedicada ao estudo dos elementos básicos para
as funções reais, funções vetoriais de várias variáveis reais e questões de con­
tinuidade, diferenciabilidade e integrabilidade dessas funções que são assuntos
típicos do Cálculo Diferencial e Integral.
Como vamos trabalhar no plano e no espaço, precisaremos de vetores e operações
com vetores, tais como produto interno, produto vetorial, produto misto, norma de
vetores, distância entre pontos, retas e planos. Faremos, aqui, uma breve revisão
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

desses assuntos, mas você terá a oportunidade de pôr em prática o que estudou na
disciplina de Geometria Analítica.
Muitas curvas e superfícies que encontraremos nesta unidade já são conhecidas
de cursos de Geometria Analítica e de Cálculo, tais como circunferência, elipse,
parábola, esfera, cilindro, elipsoide e paraboloide. Uma revisão desse conteúdo o
ajudará no reconhecimento e na visualização de regiões com as quais trabalhare­
mos. Há uma pequena revisão sobre cônicas e superfícies quádricas na Leitura
Complementar.
Vamos aprender a parametrizar curvas e a determinar o seu comprimento e sua cur­
vatura. Apresentaremos o sistema de coordenadas polares, cilíndricas e o sistema
de coordenadas esféricas que são formas alternativas de representação de pontos
do plano e do espaço.
Como o nome diz, coordenadas polares são recomendadas para representar curvas
circulares, coordenadas cilíndricas que são mais indicadas para representar
objetos cilíndricos e as coordenadas esféricas, para representar objetos esféricos.
Essas coordenadas serão muito úteis na resolução de integrais múltiplas.
Vamos, então, dar início ao nosso plano de estudo.

Introdução
16 UNIDADE I

1 V ETORES E CURVAS PARAMETRIZADAS


VETORES
A noção de vetor é uma ferramenta útil no estudo do cálculo diferencial e integral
de funções de várias variáveis. Um vetor é um elemento de um espaço vetorial,
aqui, os espaços vetoriais mais usados serão JR. 2 e JR. 3 .
Os vetores do JR. 2 são representados por v = (x,y) e os vetores do JR. 3 são repre­

sentados por v = (x,y,z). O produto interno ou produto escalar entre os vetores

u = (x1,Y1,z1) e v = (x2,Y2,z2) é definido por:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
u · v = x1x2 + Y1Y2 + z1z2.

O comprimento ou norma de um vetor v = (x,y,z) é definido por:

Definição análoga para vetores do plano JR.2 , o comprimento ou norma de um vetor


v = (x,y) é definido por:

Teorema 1 (Cauchy-Schwartz). Se x, y E JR.2 , JR.3 são vetores, então:

lx·yl � llxll · IIYII-

A demonstração é bem instrutiva e vamos apresentá-la. Seja t E JR., então:

Logo, a equação quadrática tem no máximo uma raiz real e, portanto,

de onde obtemos a desigualdade desejada.


A seguinte desigualdade, conhecida como desigualdade triangular, será utilizada
muitas vezes nesse texto.

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


17

Teorema 2 (Desig. triangular). Se u1 v E IR.2 , ou IR.3 ou IR.n , então, vale a


seguinte desigualdade:

llu+vll S llull +llvll-

Você deve se lembrar que o produto interno entre dois vetores u = (x1 ,)'1 1 z1) e
v = (x2 1 y2,z2) é também dado por:

U• V = [ [ U [ [ [ [ V [ [ COS (8)'

em que e é o ângulo entre os vetoresu e v, medido em radianos, com O::; e ::; n.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Dizemos que dois vetores u e v são ortogonais se u · v = O. Note que os vetores da


base canônica do IR.3 , i = (1,0,0),j = (O, 1,0) e k = (0,0,1) são ortogonais entre
si e todos de norma igual a 1. Além disso, o vetor nulo é ortogonal a todos os
vetores.
O produto vetorial entreu = (x1 SI ,Zl) e v = (x2,Y2, z2) é dado pelo determinante
abaixo, observando as coordenadas i, j, k,

.l k
UXV= XI Yl Zl

x2 Y2 z2

Lembramos que o vetor resultante deu x v é um vetor ortogonal simultaneamente


a u e v.
Além disso, o produto vetorial entre u = (x1,Y1 ,z1) e v = (x2,Y2, z2) tem seu
comprimento dado por:

l[u x v[I = l[u[l l[v[I sen (8),


em que 0 é o ângulo entre os vetores u e v é medido em radianos, com O ::; 0 ::; n.
Se u e v são vetores não nulos e não paralelos, [lu x v[[ é a área de qualquer

paralelogramo determinado por esses vetores.

Vetores
18 UNIDADE I

Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores


Figura
Figura1: 1:Area
Areadodo
paralelogramo determinado
paralelogramo porpor
determinado esses
essesvetores
vetores
/
.... .,,..,. /
/ /
_,,..-.,,,.-·-
.... .,,..,..... .,,..,. / /

_,,..-.,,,._,,..-.,,,.
-·- -·-

u xv

v h

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o u
autor.
Fonte:
Fonte:o autor.
o autor.

Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para­
lelepf
Outro pedo
Outro determinado
resultado
resultadoque pelosusar
queiremos
iremos vetores
usarnesteu,texto
neste vtexto e que
e w, enao queonulos
ovolume e nao
volume dede paralelos
qualquer a um
qualquerpara­
para­
lelepf
mesmo pedo
lelepf plano,
pedo e dado pelopelos
determinado
determinado valor
pelosvetores
vetoresu, u,
absoluto vdeev w
w, (nao
e ·w, u nao
x v), istoe e,nao
nulos
nulos e onao paralelos
volume do apara­
paralelos um
a um
mesmo
mesmo
lelepf plano,
pedo e dado
plano, e dadopelo
determinado valor
pelo
pelos absoluto
valor u, v de
absoluto
vetores ew wew
de · dado
( u· (xu v),v),isto
xpor: e, e,o volume
isto o volumedodopara­
para­
lelepfpedo
lelepf determinado
pedo determinado pelos
pelosvetores
vetoresu, u,
v ev wewe dado
e dadopor:por:
V=lw·(uxv)I.
V=lw·(uxv)I.
V=lw·(uxv)I.

Figura 2: volume do paralelepfpedo


Figura
Figura2: 2:volume dodo
volume paralelepfpedo
paralelepfpedo

\:·-
Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores

\:\:·- ·- ...
..... .. ,�
.... .,,..,. /
/

uxv _,,..-.,,,.-·- ..... ........


� .�\�· .. ,�...
.. ,�

-·\
/'
� .�\�·
� .�\�·
-·\-·\ .
h 0
w
v
V

V V
/'/' .

... .

Fonte: o autor.
6
Fonte:
Fonte:o autor.
o autor.
6 6
FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS
Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para­
19

CURVAS PARAMETRIZADAS
1.1 CURVAS PARAMETRIZADAS
Suponha que urna partícula, representada por urn ponto, movimenta-se no espaço.
Suas coordenadas x, y e z variam corn o tempo t. Os matemáticos pensam no
movimento como uma função r que a cada instante t de um intervalo I e lR associa
uma terna (x(t), y(t); z(t)) E JR.3.
Note que a função r(t) é também pensada como um vetor, e podemos representá-la
por:
r(t) = x(t)i + y(t)j + z(t)k
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ou simplesmente por:
r(t) = (x(t),y(t);z(t)).
As funções do tipo r são chamadas de funções vetoriais de variável real. As
funções x(t), y( t) e z(t) são chamadas de funções componentes.
A extensão da noção de funções vetoriais de variável real para o espaço JR.n é
imediata.
Definimos o limite da função r quando t tende a to, t -+ to, tomando simplesmente
o limite das funções componentes:

limr(t)
t----J,to
= t----J,to
lirnx(t)i+ limy(t)J+ limz(t)k.
t----J,to t----J,to

Ou equivalentemente:

limr(t) = (limx(t). limy(t). limz(t)).


/�to f----J,lo f�to f----J,to

Isso nos permite definir continuidade de r em to. Dizemos que r é contínua em


to se existe r(to) e se:
lim r(t)
f----J,to
= r(to).
É claro que dizer que r é contínua em to equivale dizer que as funções compo­
nentes são contínuas ern to.

Curvas Parametrizadas
20 UNIDADE I

Também podemos definir a derivada der em to. Dizemos quer é derivável em to


se o seguinte limite existe:

' . r(to+h)-r(to)
r ( to ) = 11m .
h--+0 h
Ou equivalentemente:

' . r(to+h)-r(to)
r ( to ) = 11m
h--+0 h
_ (i·
- 1m
x(to+h)-x(to) . y(to+h)-x(to) . z(to+h)-z(to)
, 11m , 11m ------)
h--+0 h h--+0 h h--+0 h

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
= (x' (to),y' (to), z' (to)).

Podemos usar as seguintes notações r'(to) ou :/(to) para denotar a derivada de


uma curva no ponto to.
Se r está definida em um intervalo aberto I = ( a,b) e sua derivada r' é uma função
contínua em I, dizemos quer é uma função de classe C 1 . Quando o domínio der
não é aberto, dizer que ela é de classe C 1 significa dizer ela admite uma extensão
definida em um intervalo aberto que é de classe C 1 .
Finalmente, podemos definir curva parametrizada.

Definição 1. Uma curva parametrizada é uma função r: I-+ ]Rn de classe c 1 , em


que n = 2,3, ....

As curvas são úteis para descrever o movimento de uma partícula no espaço. O


traço da curva parametrizada r : I -+ ]Rn é a imagem da curva parametrizada, isto
é, é o conjuntor(I). O traço é também chamado de curva.

• Exemplo 1

(a) Parametrização de uma reta: uma reta fica completamente determinada


quando se conhece um de seus pontos e seu vetor diretor. Assim, se
A = (xo,Yo,zo) é um ponto e v = (a,b,c) é um vetor diretor da reta r, todo

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


21

ponto P = (x,y,z) da reta deve satisfazer P -A= tv, para algum real t. Ou

ponto P = (x,y,z) da(x,y,z)-


reta deve(xsatisfazer P -A= tv, para algum real t. Ou
o,Yo:zo) = t(a,b,c),

para algum escalar real t. Segue que:


(x,y,z)- (xo,Yo:zo) = t(a,b,c),
(x-xo i Y-Yo,z-zo) = t(a,b,c).
para algum escalar real t. Segue que:
Ou equivalentemente:
(x-xo i Y-Yo,z-zo) = t(a,b,c).
x= xo +ta
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ou equivalentemente: y = Yo+tb
x= xo +ta
z = zo + ct, t E R
y =parametricas
Essas sao as conhecidas equa96es Yo+tb da reta. Logo,
z = zo + ct, t E R
Essas sao as conhecidas equa96es parametricas da reta. Logo,
e uma parametriza9ao da reta.

(b) Parametriza<;ao do grafico de uma fun<;ao f : JR ---+ JR: consideremos coma


e uma parametriza9ao da reta.
exemplo a fun9ao f(x) = x3 ,x E [-1, l ]. Uma parametriza<;ao para a curva
Parametriza<;ao
(b)dada do egrafico
pelo seu grafico a(t) =de
(t, uma fun<;ao
t3), em E :[-1
que t f JR ---+ JR: consideremos coma
1 I].

exemplo a fun9ao f(x) = x3 ,x E [-1, l ]. Uma parametriza<;ao para a curva


Figurae a(t)
dada pelo seu grafico = (t, t3), em que t E= [-1
3: Tra<;odacurvaa(t) ((t13I].
)

1
Figura 3: Tra<;odacurvaa(t) = ((t 3 )

0,5
-0.5 0.5

-0.5
0
-1 -0,5 0 0,5 1
-0.5 0.5

-1

-0,5
-0.5

-1

Fonte: -1
o autor.

Fonte:9 o autor.

9 Curvas Parametrizadas
22 UNIDADE I

Em geral, uma parametrização para a curva dada pelo gráfico de uma função
f: (a,b)--+ � de classe C 1 é a(t) = (t,f(t)), onde t E (a,b).

(c) Parametrização da circunferência: a curva a(t) = (rcos(t),rsen (t)), com


r > O e t E� tem como traço a circunferência com centro na origem e raio r.
Para ver isso, basta verificar que x(t) = rcos(t) e y(t) = r sen (t) satisfazem
.x2 + y2 = -r2. Observamos que essa circunferência se enrola sobre si mesma
infinitas vezes no sentido horário, o intervalo [O, 21t] é suficiente para uma
volta completa.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que a(t) = (xo + rcos(t),yo + rsen (t)), com r > O e t E� tem como
traço a circunferência com centro no ponto (xo,Yo) e raio r.

(d) A equação paramétrica da elipse. A curva c(0) = (acos(0),bsen (0)),


0 E [O, 21t] e a, b > O é uma elipse. Para identificar a curva, observamos que
como x = acos(0) e y = b sen (0), temos que:

X
- = cos(0), r = sen (0).
a

Elevando cada uma das expressões ao quadrado e somando, obtemos:

que é uma elipse. Agora, fica mais fácil esboçar essa curva.

(e) A equação paramétrica da hélice circular de raio a > O é dada por:

r(t) = (acos(t),a sen (t),mt),t E�,m > O.

Seu traço é apresentado a seguir é a curva que se enrola no cilindro de


raio a> O.

10

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


23
Figura 4: Parte do tra<;o da helice circular
Figura 4: Parte do tra<;o da helice circular

Figura 4: Parte do tra<;o da helice circular


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
(f) A espiral logarítmica e a curva dada por a(t) = (et cos(t),et sen (t)),t ER
(f) A espiral logarítmica e a curva dada por a(t) = (et cos(t),et sen (t)),t ER
Seu tra<;o e apresentado a seguir:
Fonte: o autor.
Seu tra<;o e apresentado a seguir:

Figura 5:curva
Tra<;o da espiral tlogarítmica
(f) A espiral logarítmica
Figura e5:a Tra<;o dada por a(
da espiral ) = (et cos(t),et sen (t)),t ER
logarítmica
Seu tra<;o e apresentado a seguir:

Figura 5: Tra<;o da espiral logarítmica

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Propriedades 1. Sejam a e � curvas parametrizadas definidas em um mesmo


Propriedades 1. Sejam a e � curvas Fonte:parametrizadas
o autor. definidas em um mesmo
intervalo I. Sejam A e µ numeros reais. Valem as seguintes propriedades:
intervalo I. Sejam A e µ numeros reais. Valem as seguintes propriedades:
d
(a) d /11,a+µ�)(to) = 11,a'(to)+µW(to).
Propriedades
d
(a) /11,a+µ�)( 1.to)Sejam
= 11,a'(ato)e +µW(
� curvas
to). parametrizadas definidas em um mesmo
d
intervalo I. Sejam A e µ numeros reais. Valem as seguintes propriedades:
(b) : (a·�)(to) = �(to) · a'(to)+ a(to) · W(to).
t
(b) : (a·�) (to) = �(to) · a'(to)+ a(to) · W(to).
td
(a) d/11,a+µ�)(to) = 11,a'(to)+µW(to).
(c) dd (ax�) (to) = a' (to) x �(to)+ a(to) x W(to).
(c) dt(ax�) (to) = a' (to) x �(to)+ a(to) x W(to).
dt 11
(b) : (a·�)(to) = �(to) · a'(to)+ a(to) 11· W(to).
t
Curvas Parametrizadas
d
(c) (ax�) (to) = a'(to) x �(to)+ a(to) x W(to).
dt
24 UNIDADE I

Quando pensarnos em urna curva pararnetrizada r corno sendo o rnovirnento de


uma partfcula, a sua derivada r1 e a velocidade vetorial. A trajet6ria da partfcula
e o conjunto descrito pelas furn;oes componentes (x(t),y(t),z(t)). A velocidade
vetorial e tangente a trajet6ria da particula. Para ver isso, observe que o vetor
r(to + h) - r(to) tende a ficar tangente. A figura a seguir ilustra o processo de
limite para o vetor velocidade.

Figura 6: Vetor velocidade


r(t0 + h) - r(r0J
h tend· 1.ero limit h-0

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
h

Fonte: o autor.

Assim, velocidade e a derivada no tempo do vetor posic;ao. E acelerac;ao e derivada


no tempo do vetor velocidade.

• Exemplo 2

Uma partfcula se move ao longo da cubica y = x3 . Dete,mine a velocidade e


a acelarac;ao vetoriais, determine a velocidade e a acelerac;ao escalar no instante
t = 1. Observarnos que o vetor posic;ao da particula e dado por r(t) = (t 1 t3 ).
Assirn, suas velocidade e acelarac;ao vetoriais sao, respectivarnente,

v(t) r'(t) = (1,3t2 )


a(t) v' (t) = (0, 6t).

Quando t = 1 , temos que:

v(l) (1 1 3)
a(l) (0 1 6).

12

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


25

Já aa velocidade
Já velocidade escalar
Já a velocidade é: vv = é:llllvvv((l)
escalarescalar
é: =IIIIll=v(v'lÕ,
l) l)II =enquanto
v'lÕ, enquanto aa aceleração
aceleração
v'lÕ, enquanto escalarescalar
escalar
a aceleração éé é
l)IIII ll=a(v36
(l)
a= llllaa(a= l)II ==v36
66.. = 6.

1.2 Integração de curvas


1.2 Integração de curvas
A integral
A integral de uma
de umadefunção
A integral função real com
real
uma funçãocom valores
realvalores vetoriais
vetoriais
com valores éé definida
definida
vetoriais por analogia
por analogia
é definida ao
ao
por analogia ao
caso de
caso decaso
função
função real de
real
de funçãodereal
umade
uma variável
variável real, isto
real,
uma variável isto é, se
é,
real, se
istorr(t)
(t) = (x(t),y(t),z(t))
é, se (t) = (x(t),y(t),z(t))
r(x(t),y(t),z(t)) éé uma
uma é uma
curva parametrizada,
curva parametrizada, então, então,
então,
curva parametrizada,

t t (t (t t t t t
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

r(t)dt �
r(t)dt � x(t)dt,x(t)dt,
r(t)dt �x(t)dt, y(t)dt,y(t)dt,
y(t)dt, z(t)dt).
z(t)dt).
z(t)dt).

As condições
As condições para aa integrabilidade
para
As condições integrabilidade dessas funções
dessas
para a integrabilidade funçõesfunções
dessas recaemrecaem
recaem sobre aasobre
sobre integrabilidade
integrabilidade
a integrabilidade
de cada
de cadade
função
função componente.
componente.
cada função componente.
Mais adiante,
Mais adiante, vamos vamos
vamos
Mais adiante, retomarretomar
retomar as curvas
as curvas integrando
integrando
as curvas uma função
uma função
integrando ao longo
ao longo
uma função de
aode umade uma
uma
longo
curva. curva.
curva.

1.3 Comprimento de Arco


1.3 Comprimento de Arco
Dada uma
Dada uma curva
Dadacurva parametrizada
uma parametrizada (t) = r(x(t),y(t),z(t)),
rr(t)
curva parametrizada (t) = (x(t),y(t),z(t)),
(x(t),y(t),z(t)), oo comprimento
comprimento de arco
de arcode arco
o comprimento
entre os
entre osentre
pontos
pontos a) ee rr((b)
rr((a)
os pontos b)
a) éée por
por definição
r( b)definição dado por:
dado por:
é por definição dado por:
b b
ss = 1 s =lx'(t)
1 11 lx'(t)
lx'(t) + ly'(t)
22
ly'(t) + lz'(t)
1 +1 1 ly'(t)
2 22
1 +
lz'(t) dt.
1 1 dt.
2 22
lz'(t) 1 dt.
2

Como aaComo
Como velocidade
velocidade escalarescalar
escalar
a velocidade v(t) éé dada
v(t) dada épor
v(t) por llllvvllllpor
dada ,, isto
isto é,
llvé,
ll, isto é,

v(t) = llv(t)
v(t) (t)=IIII =
llvv(t) llv(t)lx'(t)l22
lx'(t)l + ly'(t)l
II = lx'(t)l
2 22
ly'(t)l + lz'(t)l
+ ly'(t)l + lz'(t)l2
2 22
lz'(t)l

segue que:
segue que:
segue que:
b b
ss = 1 sv(t)dt.
= 1 v(t)dt.
v(t)dt.

•• Exemplo
Exemplo 33
• Exemplo 3

13
13 13

Curvas Parametrizadas
Como a velocidade escalar v(t) é dada por llvll, isto é,

26 UNIDADE I
v(t) = llv(t)II = lx'(t)l2 + ly'(t)l2 + lz'(t)l2
segue que
b
segue que:
ˆ
s= b v(t)dt.
s= 1 av(t)dt.

• Exemplo 3
• Exemplo 3
Como exemplo, vamos determinar o comprimento de arco de uma volta da hélice
13
circular (de t = 0 até t = 2π), onde as componentes são

x(t) = a cos(t), y(t) = a sen (t), z(t) = mt, m > 0.

Usando a fórmula do comprimento de arco, temos:


ˆ b ˆ 2π 
s= |x′ (t)|2 + |y′ (t)|2 + |z′ (t)|2 dt = a2 sen 2 (t) + a2 cos2 (t) + m2 dt
a 0

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ˆ 2π   ˆ 2π 
= a2 + m2 dt = a2 + m2 1dt = 2π a2 + m2 .
0 0

Seja s(t) o comprimento de arco de uma curva parametrizada r do ponto inicial


r(a) até a um ponto arbitrário r(t). Logo, temos que:
ˆ t
s(t) = v(τ)dτ.
a

O Teorema Fundamental do Cálculo nos diz que:

ds(t)
= v(t).
dt

Em outras palavras, a velocidade escalar do movimento de uma partícula é a taxa


de variação no tempo do seu comprimento de arco.
Se v(t) > 0 para todo t, então, a função s(t) é estritamente crescente como função
de t e portanto admite uma inversa t(s). Substituindo t por t(s) na equação para-
métrica da curva, obtemos o que chamamos de parametrização pelo comprimento
de arco:
x = x(s), y = y(s), z = z(s).

• Exemplo 4 14
Como exemplo, consideremos a hélice circular com parametrização dada por
r(t) = (4 cos(t), 4 sen (t), 3t). Assim, a velocidade escalar v é dada por
  √
v = 42 sen 2 (t) + 42 cos2 (t) + 32 = 42 + 32 = 25 = 5.

De onde segue que:


ds
= 5.
FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS dt
s
Integrando, supondo que s = 0 quando t = 0, obtemos que s = 5t e portanto t = .
5
27

De onde segue que:


ds
= 5.
dt
s
Integrando, supondo que s = O quando t = O, obtemos que s = 5t e, portanto, t =
5.
Quando substituímos t por t(s) na expressão da curva, temos:

x(s) = 4cos (í), y(s) = 4 sen (í), z(s) =


3s
5,
a parametrização da curva pelo comprimento de arco.
Seja C uma curva parametrizada por r(t), dizemos que a parametrização é suave
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

no intervalo I se r' for contínua e r' (t) #- O no intervalo I.


A curva C é dita suave se admite uma parametrização suave. Como o nome diz,
as curvas suaves não têm bicos e seu traço é suave.
Se C é uma curva suave com parametrização dada por r(t), definimos o vetor
tangente unitário T(t) dado por:
r'(t)
T(t) = .
llr'(t)II
Esse vetor é tangente ao traço da curva em cada ponto e indica a direção dela.
Define-se a curvatura de uma curva em um ponto como sendo a medida de quão
rapidamente a curva muda de direção nesse ponto. Essa medida é dada por:

T (t)
K(t) = II ' II .
llr'(t)li
Observamos agora que, como IIT(t)II = 1, então, T(t) · T(t) = IIT(t)ll 2 = 1 e de-
rivando, obtemos que:
2T(t) · T'(t) = O.

Segue que o vetor T'(t) é ortogonal ao vetor T(t). Esse vetor T'(t) sugere definir
o vetor normal unitário principal N(t), como:

T'(t)
N(t) = ·
II '(t) 11
T

15

Curvas Parametrizadas
28 UNIDADE I

Tendo o vetor tangente unitário T(t) e o vetor normal unitário principal N(t),
definimos o vetor binormal B(t) dado por:

B(t) = T(t) x N(t),

esse vetor é ortogonal a ambos T(t) a N(t).


O conjunto dos três vetores T(t),N(t) e B(t) é chamado de triedo de Frenet.
Conhecendo-se o triedro de Frenet determinamos completametne a curva que os

possm.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Exemplo 5

(a) Vamos calcular a curvatura do círculo r(t) = (acos(t),a sen (t)).

Como a curvatura é dada por K(t) = li'1�g]i'i', vam


os determinar T'(t) e r'(t):

r'(t) (-a sen (t),acos(t))

llr' (t) li J a2 sen 2 (t) + a2 cos2 (t) = a


r'(t)
T(t) = (- sen(t), cos(t)).
llr'(t)II
Logo, T'(t) = (- cos(t), - sen (t)). Assim,
'(t)II 1
K(t) = IIT
llr'(t) li = �-
Observe que a curvatura é constante em cada ponto e, quanto menor o raio da
circuferência, maior é a curvatura e quanto maior o raio, menor é a curvatura.

(b) Determine a curvatura da hélice circular dada por r(t) = ( acos(t),a sen (t),mt),
l
onde m >O.Novamente, como a curvatura é dada por K(t) = i' ::gJi'i', vamos
1
determinar T'(t) e r'(t):

r'(t) (-a sen (t),acos(t),m)

llr' (t) li J a2 sen 2 (t) +a2 cos2 (t) + m2 = Ja2 + m2


r'(t) -a a m
T(t) = ( v' sen(t)'
v'a2 + m2 cos(t)' v'a2 + m2 ).
11r'(t) 11 a2 + m2
Note que como:
16
-a -a
T'(t) = ( ,Ja2+m2 cos(t), ,Ja2+m2 sen (t),O)
temos que:
FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS
a2 2 (t) +
a2
IIT'(t)II cos sen 2 (t)
a 2 +m 2 a 2 +m 2
29
Note que como:
Note que como: -a -a
Note que como: T'( ) = cos(t), sen (t),O)
t (
-a ,Ja +m 2 2 -a ,Ja +m22
T'(t) = ( 2 -a cos(t), -asen (t),O)
temos que: T'(t),Ja = (+m22 2 cos(t), ,Ja2+m2 sen (t),O)
,Ja +m ,Ja2+m2
temos que:
temos que: a2 2 (t) +
a2
IIT'(t)II cos sen 2 (t)
a2 a 2 +m 2
a 2 a 2 +m 2
IIT'(t)II 2 2 (t) +
acos 2 2 (t)
asen

-
+aa 22+m 2 sen 2 (t)
v�
IIT'(t)II a 2 +m 2 a 2 +m
cos2 (t)
a�
2 +m 2

Logo,

v� -
v�-U+m2
� 2
a ,Ja2+m2"
,Ja +m2"
2
a
,Ja +m2"
a
Logo, K(t) - IIT'(t)II -
Logo,
K(t) - IIT'(t)II U+m2U+m2
llr'(t)II
IIT'(t)II
va 2 +m 2 a a 2
a
+m 2·
K(t)llr'-(t)II
- va-2+m 2 a +m ·
va2+m2 a2+m2·
2 2
llr'(t)II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

#REFLITA#
#REFLITA#
Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere­
#REFLITA#
Entre as
cemgrandezas
aasnossa escalares
atern ;ao e ae devida
grandezas vetoriais,
reflexao sobre.existem diferern;as que mere­
Entre grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere­
cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre.
cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre.

2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS


2 FUNÇÕES
2FUN(;OES
FUN(;OES
REAISDE
REAIS DE VARIA.VEISREAIS
REAISVARIÁVEIS
DE VARIA.VEIS REAIS
REAIS
0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real
0 conceito de variavel
func;ao real
real de variaveis reais estende o conceito de func;ao dereal
0de uma
conceito de func;ao ja visto
real no Calculo
de variaveis I. Assim,
reais estendeuma func;ao
o conceito real duasreal
de func;ao vari­
de umaaveis
de uma reais e uma
variavel real
variavel
ja visto no Calculo I.fAssim,
realcorrespondencia
ja visto no Calculoque, a uma func;ao
cada uma
I. Assim,
realdedeum
par (x,y)
func;ao
duas vari­
subconjunto
real de duas vari­ D
de JR.e2 ,uma
aveis reais correspondencia
associa f que, areal
um unico elemento cada E usual
z. par (x,y)representar z por z =Df(x, y).
de um subconjunto
aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D
2,
de JR. Chamamos
associa umouni counto
conj elemento
D de oreal z. E usual
dominio f, x e yzsao
representar
da func;ao z = f(x, y).
porchamados de varia­
de JR.2 , associa um unico elemento real z. E usual representar z por z = f(x, y).
Chamamos o conjunto D de
veis independentes ode
e zD dominio dadependente.
func;ao f, x e y sao chamados de varia­
Chamamos o conjunto devariavel
o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia­
veis independentes
Doindependentes e z de variavel
mesmo modo, edefinimos dependente.
umadependente.
func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No
veis z de variavel
Do mesmo
Docaso modo,
de tres
mesmo
definimos
variaveis,
modo, definimos e uma
uma func;ao real de tres (ou
umacorrespondencia
mais)avariaveis
f que,
func;ao real de tres
reais.
cadavariaveis
(ou mais) tema No
(x,y,z)
reais.de
Noum
caso desubconjunto
tres variaveis,
D dee uma um unicofelemento
correspondencia
JR. e, associa
3 que, a cada tema de ume usual
(x,y,z)antes,
caso de tres variaveis, uma correspondencia f que,real w. tema
a cada Como (x,y,z) de um
subconjunto
representar w3 por
D de JR. w = um
, associa f(x,y,z).
unico elemento
Chamamos realo w. Como D
conjunto de oe usual
antes, domfnio da
subconjunto D de JR.3 , associa um unico elemento real w. Como antes, e usual
representar w f,
func;ao
representar
pore w
w x,
pory= ewf(x,y,z).
z=sao Chamamos
chamados
f(x,y,z).
o conjunto
de variaveis
Chamamos
D de o domfnio
independentes
o conjunto D de eo w dedavariavel
domfnio da
f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel
func;aodependente.
func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel
dependente.
dependente.

Funções Reais de Variáveis Reais


30 UNIDADE I

Representamos por f : D e JR.2 ----+ lR. para significar que f é uma função de duas
variáveis reais com domínio D e com valores reais. Representação semelhante
para funções de três variáveis.
O trabalho com funções reais de várias variáveis reais fica mais fácil quando se
conhece explicitamente uma expressão da função. Por exemplo, z = x2 -y2 ou

z= �.
Quando não mencionamos explicitamente o domínio de uma função, o seu domínio
fica subentendido como sendo o maior conjunto possível. No exemplo, z = �,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o domínio é o conjunto de pares (x,y) tais y- x � O ou y � x. Geometricamente, o
domínio é conjunto do plano JR.2 que inclui a reta bissetriz y = x e os pontos acima
dela. Ou seja,
D= {(x,y) E JR.2 ;y � x}.

O gráfico de uma função real f : D e JR.2 ----+ lR. de duas variáveis reais x e y é o
conjunto dado por:

Graf(f) = {(x,y,f(x,y)) E JR.3 ; (x,y) E D}.


Observe que essa definição é uma extensão da definição de gráfico de função real
de uma variável real visto na Cálculo 1.
Embora possamos estender esse conceito para funções com mais de duas variáveis
reais, a sua utilidade é restrita porque não conseguimos enxergar além da terceira

dimensão: o gráfico de uma função real f : D e JR.3 ----+ lR. de três variáveis reais

x, y e z é o conjunto dado por:

Graf(f) = { (x,y,z,J(x,y,z)) E JR.4 ; (x,y,z) E D}.


• Exemplo 6
(a) A função dada por z = y'a2 - x2 - y2 onde a > O tem como domínio o con-
junto

18

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


31

0 seu grafico e a parte superior da esfera com centro na origem e raio a > 0,
o hemisferio superior.

(b) A furn;ao z = xy e chamada de sela de cavalo. 0 seu grafico e apresentado a


segmr.

Figura 7: Parte do grafico de z = xy


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.

(c) A furn;;ao z = .x2 + y2 tern como domfnio todo o plano �2 . Para tra<;;ar o seu
grafico, observe que, se y = 0 obtemos no plano xz uma parabola e, se x = 0,
obtemos no plano yz tambem uma parabola. Alem disso, para cada z � 0
fixado, obtemos uma circunferencia de centro em (0, 0, z) e raio vz. Assim, o
grafico e um parabol6ide circular. Veja a ilustra<;;ao do grafico.

19

Funções Reais de Variáveis Reais


32 UNIDADE I

Figura Figura
8: Parte8:do grafico
Parte do paraboloide
do grafico z = x2 +z =
do paraboloide
y2x2 + y2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• y• -:Z y -:Z

Fonte: Fonte:
o autor.o autor.

2.1 Graficos e Curvas


2.1 Graficos de nivel
e Curvas de nivel
Um conj
Um unto que
conj e util
unto quenoe tra<;;ado de graficos
util no tra<;;ado e o conjeunto
de graficos deunto
o conj nfvel.
deConsideremos,
nfvel. Consideremos,
inicialmente, a fun<;;ao
inicialmente, z = f(x,y).
a fun<;;ao z = f(x,y).
0 conjunto de pontos
0 conjunto do domfnio
de pontos def nos
do domfnio def nos

quais fquais
assume o mesmo
f assume o mesmo e chamado
valor kvalor k e chamado
de conjunto de nfveldek.nfvel
de conjunto Parak.fun<;;5es
Para fun<;;5es
z = f(x,y),
z = f(x,y),
esse conjunto pode ser
esse conjunto umasercurva,
pode uma um conjunto
curva, vazio ou
um conjunto um ou
vazio ponto.
um ponto.
Por isso,
Porchamamos esse conj
isso, chamamos unto
esse deunto
conj curva
dede nfveldek nf
curva davel
fun<;;ao.
k da fun<;;ao.
Geometricamente, a curvaade
Geometricamente, de z =k f(x,y)
nfveldek nfvel
curva e o conjunto
de z = f(x,y) e o conjunto
de pontos obtidosobtidos
de pontos
interceptando
interceptando = k com
o planoozplano z = ok grafico de f e projetando-os
com o grafico sobre osobre
de f e projetando-os domfnio
o domfnio
de f, no f, noxy.
deplano Vejaxy.a ilustra<;;ao
plano do grafico.
Veja a ilustra<;;ao do grafico.

20 20

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


33

Figura
Figura 9:9: Ilustra<;;ao
Ilustra<;;ao da
da curva
curva de
de nivel
nivel
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte:
Fonte: oo autor.
autor.
No caso dew= f(x,y,z),
No caso dew= f(x,y,z), o conjunto de pontosdo
o conjunto de pontos dodomfnio
domfnioque
quesatisfazemf(x,y,z)
satisfazemf(x,y,z)=
=
kk ee uma
uma superficie
superficie de
de nf
nfvel,
vel, mas
mas continuamos
continuamos aa chamar
chamar de
de curva
curva de
de nf
nfvel.
vel. Por
Por e­

xemplo, se f(x,y,z)
xemplo, se f(x,y,z)== x+y+z-5,
x+y+z-5, aa curva
curva de
de nfvel = 00 ee oo conjunto
nfvel kk= conjunto de
de pontos
pontos
(x,y,z) quex+
x+y+
y+z- seja, x+y+z que ee um
3
(x,y,z) EE ��3 tais
tais que z-55=
= 0,
0, ou
ou seja, x+y+z== 5,5, que um plano.
plano.

As
As curvas
curvas de
de nfvel
nfvel nos
nos ajudam
ajudam aa esbo<;;ar
esbo<;;ar oo grafico
grafico de
de uma
uma fun<;;ao.
fun<;;ao. Por
Por exemplo,
exemplo,
oo parabol6ide
parabol6ide circular,
circular, aa seguir,
seguir, ver
ver figura,
figura, tern
tern como
como curvas
curvas de
de nfvel
nfvel cfrculos
cfrculos
concentricos.
concentricos.

Figura
Figura 10:
10: Paraboloide
Paraboloidecircular.
circular. Figura
Figura 11:
11: Curvas
Curvas de
de nf
nfvel.
vel.

Para
Para
constr!Jir
constr!Jir
aasuperf ii
superfde, de,
cadacUJ
cadacUJV VBB
f{x, y J=ke
f{x,yJ=ke
colocadana
colocadana
altura
altura k,k,

Fonte:
Fonte: ooFunções
autor.
autor. Reais de Variáveis Reais
Fonte:
Fonte: oo autor.
autor.
21
21
colocadana
altura k,

34 UNIDADE I

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
21
(a) Consideremos
• Exemplo 7 a func;ao f dada por f(x,y) = x2 -y2 . Suas curvas de nfvel sao
(a) Consideremos a func;ao f dada por f(x,y) = x2 -y2 . Suas curvas de nfvel sao
dadas por x2 - y2 = k. Ou, de outro modo,
dadas por x2 -ayfunc;ao
(a) Consideremos
2
= k. Ou, de outro
f dada modo,= x2 -y2 . Suas curvas de nfvel sao
por f(x,y)
dadas por x2 - y2 y=±�.
= k. Ou, de outro modo,
y=±�.
Quando k = 0 temos um par de retas y = x e y = -x.
y=±�.
Quando k = 0 temos um par de retas y = x e y = -x.
Note que as curvas de nfvel da func;ao sao hiperboles. Ilustramos algumas
Note quek =
Quando as0curvas
temos deumnfvel
par dedaretas y = sao
func;ao = -x.
x e yhiperboles. Ilustramos algumas
curvas de nfvel e a superficie.
curvasque
Note de as
nfvel e a superficie.
curvas de nfvel da func;ao sao hiperboles. Ilustramos algumas

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
curvas Figura
de nfvel12:
e a Ilustrac;ao
superficie.das curvas de nivel do parabol6ide hiperb6lico
Figura 12: Ilustrac;ao das curvas de nivel do parabol6ide hiperb6lico

Figura 12: Ilustrac;ao das curvas de nivel do parabol6ide hiperb6lico

1 1

0,5
0,5
1
1
0,5
1 0
1 -1 -0,5 0 0,5 1

-0,5
-0,5

1
-1
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Fonte: o autor.
(b) Consideremos a func;ao f dada por f(x,y) = 25 -x2 -y2 . Suas curvas de
(b) Consideremos a func;ao f dada por f(x,y) = 25 -x2 -y2 . Suas curvas de
nfvel sao dadas por x2 + y2 = k- 25. Ou, de outro modo, se k 2: 25 temos
nfvel sao dadas por
(b) Consideremos x2 +fydada
2
= k- = 25
25. Ou, de outro modo,
-y2 . seSuas
k 2: 25 temos
circunferenciasa concentricas
func;ao de por
raio f(x,y) k = 25,curvas
temosdeo
2
r = Jk- 25.-xQuando
circunferencias
nfvel
pontosao dadas
(0,0). por x2k +
Quando <y25,=ask-
concentricas
2 de raio r = Jk- 25. Quando k = 25, temos o
25. Ou,
curvas de outro
de nfvel modo, se vazios.
sao conjuntos k 2: 25 temos
ponto (0,0). Quando k < 25, as curvas de nfvel sao conjuntos vazios.
circunferencias concentricas de raio r = Jk- 25. Quando k = 25, temos o
22
22 de nfvel sao conjuntos vazios.
ponto (0,0). Quando k < 25, as curvas
22

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


35

(b) Consideremos a função f dada por f (x, y) = 25 − x2 − y2 . Suas curvas de


2 + y2 = k − 25. Ou, de outro modo, se k ≥ 25 temos
nível são Figura 13: xIlustrac;ao
dadas por das curvas de nfvel e do paraboloide

circunferências concêntricas de raio r = k − 25. Quando k y= 25, temos o
Figura 13:
13: Ilustrac;ao dascurvas
curvasde de nfvel
e doesão
do paraboloide
ponto (0,Figura
0). Quando Ilustrac;ao
k < 25, das
as curvas nfvel
de nível paraboloide
conjuntos vazios.
y y
Figura 13: Ilustração das curvas de nível e do parabolóide

x
x
x
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.
Fonte:
Fonte: o autor.
o autor.

Esboçar o gráfico de função pode nãooser


Fonte: tarefa simples. Por isso, devemos co-
autor.
Esboc;ar
nhecer os oográficos
Esboc;ar grafico
graficodedefunc;ao
das podepode
func;ao
funções nao nao
mais ser tarefa simples.
ser tarefa
comumente Por isso,
simples.
utilizadas devemos
Por
em isso, devemos
cálculo. Além
conhecer os
conhecer os graficos
graficos dasdas func;oes
func;oesmaismais comumente
comumente utilizadas em calculo.
utilizadas emexemplo,
calculo.
disso, observar as translações do gráfico ajuda no seu traçado. Por
Alem
Esboc;ar odisso,
grafico observar
de as
func;aotranslac;oes
pode do
nao grafico
ser ajuda
tarefa no
simples.seu trac;ado.
Por isso, Por
devemos
Alem disso,
quando o gráfico observar
da função as translac;oes
y = f (x) é do grafico ajuda
transladado no seupara
h unidades trac;ado.
a direita Pore
exemplo,osquando
conhecer graficos o grafico
das da func;oes y = f(x)
func;ao mais e transladado
comumente h unidadesem
utilizadas paracalculo.
k exemplo,
unidades quando
para cima, o grafico
o gráfico func;ao yé=obtido
daresultante f(x) substituindo
e transladadox por h unidades
x − h e yparapor
Alem a direita
disso,e kobservar
unidades para cima, o graficodo
as translac;oes resultante
graficoe obtido
ajudasubstituindo x por x
no seu trac;ado. Por
y a−-direita
h e y pore ky-
k. unidades
k. para cima, o grafico resultante e obtido substituindo x por x
exemplo,
-Assim, quando
h e yapor y-k.
o grafico da func;ao y = f(x) e transladado h unidades para
Assim, afunção
func;ao yy ==xx2 2-− 4x4x++ 12 12
pode pode ser escrita
ser escrita como ycomo = (x -y2)=2 (x+ 8−que2)2e + 8 que é
a direita e k unidades para cima, o grafico resultante e obtido substituindo x por x
Assim,
igual 88 == (x
iguala ayya−-func;ao (x-y−2) =2)2x2sendo
2
sendo +claramente
- 4xclaramente
12 pode uma serparabola
escrita
uma voltada
parábola y = cima
como voltada
para 2) 2 +
(x -para
com cima8 que
come
- h e y por y-k.
verticea V(2,
igual
vértice Vy(2, 88),=transladada
- 8), (x - 2) 2 2sendo
transladada
unidades para a direita
claramente
2 unidades para uma
e 8parabola
a direita
unidades voltada
para cima.
e 8 unidades para para cima
cima.com
Assim, a func;ao y = x2
Do mesmo modo, a func;ao z = x2 + y -4x
- 4x + 12 pode
2 ser
- 6yescrita
+ 12 como
pode y
ser = 2) 2 + 8 que e
(x -como
escrita
Do vertice
mesmo V(2,modo,8), transladada
a função 2 zunidades = x2 + ypara 2 − 4x a direita
− 6y +e14 8 unidades
pode ser para escritacima.como
igual y - 822=
z =a (x-2) + (y-(x -3)2)2 +22 1sendo claramente
que e claramente um uma parabola
paraboloide de voltada
vertice C para
(2, 3, cima
-1 ), com
z Do
= (xmesmo
− 2) + modo,
(y − 3) a func;ao
+ 1 que z =éx2claramente
+ y2 -4x- um + 12 pode ser
6yparabolóide escritaC(2,
de vértice como 3, 1),
um parabo1oide
vertice V(2, 8), padrao
transladada transladado 2 unidades para direita em
2 unidades para a direita e 8 unidades para cima.x, 3 unidades a
um zdireita
=parabolóide
(x-2)em ye+uma
2
(y-
padrão
2
3) +transladado
unidade 1para
quebaixo
e claramente
em2z.unidades um paraboloide
para direita de em
vertice
x, 3Cunidades
(2, 3, -1 ),a
Do mesmo modo, a func;ao z = x2 + y2 -4x- 6y + 12 pode ser escrita como
um parabo1oide
Outro
direita ponto
em umapadrao
y eimportante unidade transladado
e observar
para acima 2em
simetria: unidades
uma func;ao
z. paray direita
= f(x) eem ditax,par3 seunidades a
z =direita
(x-2) 2
em
f(-x)ponto
+ ye
= f(x), (y- uma
Vx
3) 2
+ 1
unidade
E JR;
que e claramente
para baixo
issoésignifica
um
queaesimetria:
seu
paraboloide
z. uma
emgrafico e simetrico
de vertice
com
C
relac;ao
(2, 3, -1 ),
Outro importante observar função y= f (x)aoé dita par se
umOutro
parabo1oide padrao transladado 23
2 unidades para direita em
e1xo y. y =x,f(x) 3 unidades para seao
f (−x) =ponto f (x),importante
∀x ∈ R; isso e observar
significaa que simetria:
é seuuma gráfico func;ao
é simétrico e dita
com relação
direita
Umaem ye uma
func;ao unidade
y = f(x) e ditapara
fmparbaixo em z.= -f(x),Vx E JR; isso significa que
se f(-x)
f(-x)
eixo y. = f(x), Vx E JR; isso significa que e seu grafico e simetrico com relac;ao ao
Outro ponto importante e observar a 23 simetria: uma func;ao y = f(x) e dita par se
e1xo y.
Uma função y = f (x) é dita ímpar se f (−x) = − f (x), ∀x ∈ R; isso significa que
Uma=func;ao
f(-x) f(x), Vx y =E f(x)
JR; isso significa
e dita fmparque e seu grafico
se f(-x) = -f(x),Vxe simetrico
E JR; com
isso relac;ao
significaaoque
seu
e1xo y. gráfico é simétrico com relação a origem, isto é, se já temos o gráfico de f
23
para x 0 obtemos o gráfico inteiro girando 1800 grausEem
Uma func;ao y = f(x) e dita fmpar se f(-x) = -f(x),Vx
≥ JR; torno da origem.
isso significa que Para
23 a simetria com relação aos eixos x e y.Reais
funções de duas variáveis, observamos Funções Reais de Variáveis

Outra observação que ajuda no esboço de gráficos é a multiplicação por uma cons-
36 UNIDADE I

seu grafico e simetrico com rela<;ao a origem, isto e, se ja temos O grafico def
seu grafico e simetrico com rela<;ao a origem, isto e, se ja temos O grafico def
para x 2: 0 obtemos o grafico inteiro girando 180º graus em torno da origem. Para
para x 2: 0 obtemos o grafico inteiro girando 180º graus em torno da origem. Para
fun<;5es de duas variaveis, observamos a simetria com rela<;ao aos eixos x e y.
fun<;5es de duas variaveis, observamos a simetria com rela<;ao aos eixos x e y.
Outra observa<;ao que ajuda no esbo<;o de graficos e a multiplica<;ao por uma cons­
Outra observa<;ao que ajuda no esbo<;o de graficos e a multiplica<;ao por uma cons­
tante c real. Se e c > 1 real, entao,
tante c real. Se e c > 1 real, entao,
1. y = cf(x) alonga verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
1. y = cf(x) alonga verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
2. y = - f(x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo x.
2. y = - f(x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo x.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. y = f(cx) comprime horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
3. y = f(cx) comprime horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
4. y = f( -x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo y.
4. y = f( -x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo y.
5. y = if(x) comprime verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
5. y = if(x) comprime verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
6. y = JG) alonga horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
6. y = JG) alonga horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c.
Essas observa<;5es ajudam no esbo<;o do grafico de uma fun<;ao de duas variaveis.
Essas observa<;5es ajudam no esbo<;o do grafico de uma fun<;ao de duas variaveis.
Por exemplo, a fun<;ao z = .x2 + 4x + y2 - 6y + 12 pode ser escrita como
Por exemplo, a fun<;ao z = .x2 + 4x + y2 - 6y + 12 pode ser escrita como
z = (x + 2) 2 + (y - 3) 2 - 1 tern como superficie um paraboloide transladado duas
z = (x + 2) 2 + (y - 3) 2 - 1 tern como superficie um paraboloide transladado duas
unidades a esquerda em x, 3 unidades a direita em y e uma unidade para baixo em
unidades a esquerda em x, 3 unidades a direita em y e uma unidade para baixo em
z.
z.
Figura 14: Ilustra<;ao de transla<;ao de superficies
Figura 14: Ilustra<;ao de transla<;ao de superficies

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

24
24

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


37

#SAIBA MAIS#
#SAIBA MAIS#
#SAIBA
Aqui MAIS#
estão alguns comandos do software Maple para plotar o gráfico de funções.
Aqui estão alguns comandos
Aqui estão alguns do software
comandos Maple para
do software plotar
Maple paraoplotar
gráficoo gráfi
de funções.
co de funções.
> with(plots) :f: =ax->x"2;
> with(plots) :f: =ax->x"2;
> with(plots) :f: =ax->x"2;
> plot({f(x),f(x+l) },x = -2.. 2);
> plot({f(x),f(x+l)
> c: =2; plot},x
> plot({f(x),f(x+l) = -2 .. 2);(1/c
},x = -2
({c*f(x), .. 2) ;
)*f(x) },x = -3.. 3);
(1/c)*f(x) = -3.. 3=);
> c: =2; plot
> c: 2;({c*f(x),
plot ({c*f(x), (1/c)},x
> =plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x *f(x)
=-2},x
..2); -3.. 3);
> plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x =-2 ..2);
> plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x =-2 ..2);
> g: =x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x =-2 .. 4);

> g: =x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x
> g:>=f:"" =
x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x
(x,y) -> (x"2+5*y"2)-2 .. 4);
=-2 .. 4);
/ (x"2+2*x"2+ 1);
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

> f:"" (x, y)


> f:"" (x, (x"2+5*y"2)
-> y) / (x"2+2*x"2+
-> (x"2+5*y"2)
> plot3d(f(x,y) ,x=-2 .. 2,y=-2 1);
/ (x"2+2*x"2+
..2); 1);
> plot3d(f(x,y) ,x=-2 ..,x=-2
> plot3d(f(x,y) 2,y=-2 ..2); ..2);
.. 2,y=-2
Mais sobre o Maple, consulte: <www.dma.uem.br/kit>.
Mais sobre
Mais osobre
Maple,
Fonte: consulte:
ooautor.
Maple, <www.dma.uem.br/kit>.
consulte: <www.dma.uem.br/kit>.
Fonte: Fonte:
o autor.o autor.

3 SISTEMAS ESPECIAIS DE COORDENADAS


3SISTEMAS
3 SISTEMAS ESPECIAIS
ESPECIAIS
SISTEMAS DE COORDENADAS
DE
ESPECIAIS COORDENADAS
DE COORDENADAS
3.1 Coordenadas Polares
3.1 Coordenadas Polares
3.1 Coordenadas Polares
Urna maneira familiar de representar urn ponto no plano ou na espaço é especifi­
Urna maneira
Urna familiar
maneira
cando de coordenadas
representar
familiar
as suas urn ponto
de representar urnno plano
ponto
retangulares noou
(x,y) na
plano
no espaço é espaço
especifi
ou enanoespaço
plano ­ (x,y,z).
é especifi
por ­
cando as suas
cando coordenadas
Ou as suas
seja, meioretangulares
porcoordenadas (x,y)
de no
de umretangulares
sistema plano
(x,y)
eixos no eplano
no espaço por (x,y,z).
e no espaço
perpendiculares. por (x,y,z).
Ou seja,Ou
por meio
seja,
Em pordemeio
algumas umsituações,
sistema de eixosde
de um sistema
é mais perpendiculares.
eixos perpendiculares.
adequado localizar um ponto do plano por meio de
Em algumas situações,
Em suas
algumas é mais
situações,
coordenadas adequado
é mais As
polares. localizar
adequado um polares
ponto
localizar
coordenadas umdodeplano
ponto
umdo por meio
plano
ponto porademeio
dão de
sua posição
suas coordenadas
suasem polares.
coordenadas
função de umAsponto
coordenadas
polares. As polares
coordenadas
referencial de um ponto
polares
O chamado de
deum dãoe adesua
ponto
polo umposição
dão araio
suachamado
posição de
em função de um
em eixo
função ponto
de um
polar referencial
ponto
corn O chamado
referencial
origem ern de polodee de
O. O chamado ume raio
polo de umchamado de
raio chamado de
eixo polar
eixocorn origem
polar ern O. ern O.
corn origem

25
25 25

Sistemas Especiais de Coordenadas


38 UNIDADE I

Figura 15: Polo e eixo polar

L 0

Fonte: o autor.

Por conveniencia, tomamos o polo O como sendo a origem do sistema retangular


.xy e o eixo polar como sendo o eixo nao negativo das abscissas. 0 ponto P com
coordendas polares re 0, escritas como o par ordendo (r, 0), e localizado como

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
segue: primeiro determinamos angulo 0 medido em radianos, sendo que o lado
inicial e o eixo polar e o lado terminal do angulo e obtido levando em conta que
o angulo e medido positivamente no sentido anti-horario. Se r � 0, o ponto e
localizado no lado terminal do angulo a uma distancia r do polo. Se r < 0, o
ponto esta no raio oposto do lado terminal a uma distancia lrl do polo.
Note que um ponto P do plano tern infinitas representac;oes polares. De fato, se
(r,0) sao as coordenadas de P, entao, (r,0+2krc),k E Z e (-r,8+1t) tambem o
representam.
Para converter coordenadas polares em coordenadas retangulares, usamos as re­
lac;oes basicas:
x = rcos(0), y = rsen (0).

Para a conversao oposta, tem-se:

Para evitar que um ponto do plano tenha mais do que uma representac;ao restringi­
mos as variac;oes do angulo 0, consideramos:

r � 0,0 E [0,21t).

• Exemplo 8
26

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


39

1. Dado um real a > 0, a equação em coordenadas polares r = a representa um


círculo de centro na origem e raio a. De fato, elevando ao quadrado, temos
r2 = a2 e disso segue que x2 + y2 = a2 .

2. Dado um real a, a equação em coordenadas polares θ = a representa uma


reta que passa pela origem com inclinação tg (a). De fato, como tg (θ) = xy ,
segue que y = tg (a)x.

3. Esboçar o gráfico da cardióide r = 2 − 2 cos(θ). Para esboçar o gráfico,


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

devemos atribuir a θ vários valores no intervalo [0, 2π) e obter os corres-


pondentes valores de r, depois marcar cada ponto no plano polar. Nesse
exemplo, organizamos uma tabela contendo os valores de θ e de r para fa-
cilitar a marcação dos pontos.

Tabela 1: Dados para a cardióide


θ r θ r

0.0 0.0 . .
0.1 π 0.098 1.1 π 3.902
0.2 π 0.382 1.2 π 3.618
0.3 π 0.824 1.3 π 3.176
0.4 π 1.382 1.4 π 2.618
0.5 π 2.0 1.5 π 2.0
0.6 π 2.618 1.6 π 1.382
0.7 π 3.176 1.7 π 0.824
0.8 π 3.618 1.8 π 0.382
0.9 π 3.902 1.9 π 0.098
1.0 π 4.0 2.0 π 0.0

Fonte: o autor.

Veja o gráfico da cardióide a seguir.

27

Sistemas Especiais de Coordenadas


Figura Figura 16: Cardioide
16: Cardioide r = 2-2cos(0)
r = 2-2cos(0)
40 UNIDADE I

Figura 16: Cardioide r = 2-2cos(0)


Figura 16: Cardioide r = 2-2cos(0)

4 4

2 2

y0 y0

-2 -2

-4 -4

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x
Fonte: Fonte:
o autor.o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

4. Transforme
4. Transforme a equa<;ao y = ax+
a equa<;ao
4. Transforme y 3=em
x+
equa<;ao 3x+em
uma
y= uma
umaequa<;ao
3equa<;ao
em polar
polar polar
equa<;ao da forma
da forma =
da rforma r = f(0).
r =f(0).
f(0).
4. Transforme a equa<;ao y = x+ 3 em uma equa<;ao polar da forma r = f(0).
Fazemos
Fazemos Fazemos
isso, = rcos(0)
isso, substituindo
substituindo
isso, substituindo = yrcos(0)
x =xxrcos(0)
= reesen = rrsen
eyy = sen(0), logo,
(0), logo,
Fazemos isso,xsubstituindo =ercos(0) y =(0), logo,
r sen (0), logo,
r sen (0) = rcos(0) + 3.
r sen (0) =r rcos(0)
r sen sen
(0)(0) + 3. ++3. 3.
==rcos(0)
rcos(0)
3
De onde segue que r( sen (0)-cos(0)) = 3 e portanto, r = 3-cos(0) .
De onde segue que r( sen (0)-cos(0)) = 3 e portanto, r = sen ( 0)
3.
De ondeDesegue
ondeque
segue
A r( r(
que(0)-cos(0))
sen r =sen (0)-cos(0)) = 3 euma =circunferencia
3 e portanto,
portanto, = (0)3(0,-cos
rsen
r = de centro (0)
1) e raio . .
5. equa<;ao 2 sen (t) descreve
5. A equa<;ao r = 2 sen (t) descreve uma circunferencia desen ( 0)(0,-cos
centro
sen ( 0) -cos
(0) (0)
1) e raio
r = 1 quando t varia nos numeros reais. De fato,
5. A equa<;ao r = 2rsen
5. A equa<;ao r=
= 2 sen
1(t)
quando t(t)
descreve descreve
varia nos
uma numeros uma circunferencia
reais. De fato,de centro
circunferencia de centro
(0, 1) e(0, 1) e raio
raio
r = 2 sen (t), multiplicando ambos os lados por r,
r = 1 quando
r = 1 quando t varia tnos varia r nos numeros
= 2 sen
numeros reais.
(t), reais.
De fato,De
multiplicando fato,
ambos os lados por r,
r2 = 2rsen (t), usando as rela<;5es polares,
r 2= 2rsen
2
(t), usando as rela<;5es polares,
x + y2 = 2y, completando o quadrado,
r = 2 sen r =(t),
2 sen 2 +(t),
y 2 multiplicando ambos os lados por r,
xmultiplicando
= 2y, ambosoos
completando lados por r,
quadrado,
x2 + (y- 1) 2 = 1.
2 + (y- 1) 2 = 1.
r = 2rsen
2 r = (t),
2 x
2rsen (t), usando
usando as rela<;5es
as rela<;5es polares,polares,
3.2 Comprimento
2 de arcos em coordenadas polares
x2 + yComprimento
3.2 2x + y = 2y, completando o quadrado,
= 2y, completando
2
de arcos o emquadrado,
coordenadas polares
Suponha que tenhamos uma curva parametrizada dada pelas coordenadas polares:
x2 (y-
+
Suponha x2 1tenhamos
que + =
) (y-
2
1.1uma =
) 2 curva
1. parametrizada dada pelas coordenadas polares:
r = r(t),0 = 0(t),a:::; t:::; �
r = r(t),0 = 0(t),a:::; t:::; �
3.2 3.2 Comprimento
Comprimento de arcos
de arcos em coordenadas
em coordenadas polares
polares
28
28
Suponha
Suponha que tenhamos
que tenhamos umaparametrizada
uma curva curva parametrizada dadacoordenadas
dada pelas pelas coordenadas
polares:polares:

r==
r = r(t),0 r(t),0 = 0(t),a:::;
0(t),a:::; t:::; � t:::; �

28 28

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


41

com o parâmetro t. Queremos determinar o comprimento dessa curva no intervalo


dado. Passando para coordenadas retangulares, temos:

x(t) = r(t) cos(0(t)), y(t) = r(t) sen (0(t)), a:::; t:::; �-

Como:

x' (t) cos(0(t))r' (t) - r(t) sen (0(t))0' (t)

y' (t) sen (0(t))r' (t) + r(t) cos(0(t))0' (t),

!; ) + ( i,)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2 2
substituindo em ds = ( e simplificando segue que:

Logo, o comprimento da curva no intervalo é:

(!;) + (i,)
2
'd,

+(
dr 2 d0 2
( ) r ) dt .
dt dt

No caso em que a curva é dada de forma explícita por r = f(0), usamos a parametriza­
ção 0 =ter=f(t) e usamos a expressão acima, obtendo:

s = J: (�)'+r2 dt= J: 2
./(J'(t)) +(f(t)) dt.
2

• Exemplo 9
Como exemplo, vamos calcular o comprimento da cardioide r = 1 + cos(0), 0 E
[0,21t].

29

Sistemas Especiais de Coordenadas


42 UNIDADE I

Logo, Logo,
temos temos
a parametrização 0 =te0r(t)
a parametrização =te 1 + cos(t),
= r(t) com t com
= 1 + cos(t), E [O, t21t].
E [O,Segue
21t]. Segue
que: que:

S
J: J:(�)'(�+ )'+
S r r dt= (
( �r =
( �r
(-sen
dt J( -)sen+(t)
J((t)
2 r 2 )dt
2 +r 2 dt

fo Jfo(-21tsenJ(t)
21t
s s (- )sen+(t)
2 cos(t)
(1 )+ + (1 + )cos(t)
2 2 dt )2 dt

sfo Jfosen 2J
21t 21t
s (t)sen 2(t) +
+ cos 2(t)cos + 2cos(t)dt
+ 1 (t) + 1 + 2cos(t)dt
2

s fo21t Jfo2(121t+Jcos(t))dt
s = fo = fo
2(1 +cos(t))dt
21t 21t
4cosdt(&)dt
4cos (&) 2 2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
21t
s sfo 2 lfocos21t(&)
2 lcosdt(&) dt =2cos 2cosdt(&) dt
2 !o (&)
re re
1 = 2!o1

s s8 sen (&)
8 sen1: (&) 1: = 8 unidades
= 8 unidades de comprimento.
de comprimento.

3.3 3.3
Coordenadas Cilíndricas
Coordenadas Cilíndricas
O sistema de coordenadas
O sistema cilíndricas
de coordenadas é uma égeneralização
cilíndricas do sistema
uma generalização de coorde­
do sistema de coorde­
nadas polares. As coordenadas
nadas polares. cilíndricas
As coordenadas (r, 0,z)(r,
cilíndricas de0,z)
um ponto
de um no espaço
ponto são uma
no espaço são uma
composição de coordenadas
composição de coordenadas ( r, 0) de( r, um
polarespolares ponto
0) de um no plano
ponto no .xy e o .xy
plano usoe da
o uso da
mesmamesma
coordenada retangular
coordenada retangular
z. z.
Esse sistema é mais éadequado
Esse sistema para descrever
mais adequado superfícies
para descrever cilíndricas.
superfícies Por exemplo,
cilíndricas. Por exemplo,
a equação r = e ( er =
a equação >Oe (constante) descreve
e > O constante) um cilindro
descreve de raiode
um cilindro e. raio e.

30 30

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


cooordenada esferica <j> e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's.
Assim, podemos escolher <j> sempre no intervalo [O,1t]. Finalmente, 8 e o angulo
familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q 43

com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje<;;ao vertical do ponto P
Figura Figura
17: Sistema de coordenadas
17: Sistema cilfndricas
de coordenadas cilfndricas
sobre o plano xy. Podemos sempre escolher 8 no intervalo [0,21t]. Ambos, <j> e 8
sao medidos em radianos.
E importante notar Figura
a ordem17:
emSistema
que as de coordenadas
coordenadas esfcilfndricas
ericas de um ponto sao
apresentadas: (p,<j>,8).
z
Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas

P (r, (} P, z)
(r, P
(} (r,
, z) θ,
P(p,,.., /J)
z)
z z
z
P (r, (} , yz)
r y
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

θ z
X X
x X Fonte:
Fonte: o autor.o autor.
Fonte: o autor.
X
Por meio
Pordameio
figura 17, podemos
da figura concluirconcluir
17, podemos que: que:
Fonte: o autor.
Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa<;;ao
= rcos(0),
p = c, (c > 0xconstante), y = rsen
x = rcos(0),
descreve =(0),
yuma rsen
esfera=dez, raio
z(0), z =czcentrada
, na origem.

em queemDa0Por
r�
meio
figura 18,datemos
figuraque:
17, podemos concluir que:
quee r0�E 0[O,e 021t).
E [O, 21t).

x= = (rcos(0),
p sen (<j>)xcos y =(<j>rsen
8),y = p sen (8) e zz =
) sen(0), = zp, cos(<j>),
• Exemplo 10
• Exemplo 10

1. A.x2 +p y�r2 .x2


+
emem queque � z02 E
1. A esfera esfera
0,8
+ ey=20[0,21t
a+E2ztern
2[O,=
) 21t).
eequa<;;ao
a<j>2 tern
E [0,1t].
em coordenadas
equa<;;ao cilfndricas
em coordenadas dada por
cilfndricas dada por
r +z r= +z
2 Essas
2 2 equa<;;5es
a . = a2 . nos dao:
2 2
• Exemplo 10
2 = .x2 + z2 =por z2dada
2. 0z cone
2. 0 cone y2 .x2
2 =
1. A zesfera tern
.x2++yequa<;;ao
2 2 ema2coordenadas
+ zequa<;;ao
y tern 2= cilfndricas
emequa<;;ao
tern coordenadas dada por
cilfndricas
em coordenadas dada
cilfndricas = por
r2 ou seja z
• Exemplo
2 = +zz2==±r.
±r.
2 11
r ou rseja a2 .
32
3. 0 paraboloide z = .x2z2+
2. 0 cone
3. 0 paraboloide y2.x2.x2
z== ++yy2 2tern
equa<;;ao em coordenadas
equa<;;ao
equa<;;ao emem cilfndricas
coordenadas
coordenadas e dadoepor
cilfndricas
cilfndricas por z2
dada por
dado =
z= r2. z= r2. 2
r ou seja z = ±r.

3. 0 paraboloide z = .x2 + y2 equa<;;ao em coordenadas cilfndricas e dado por


3.4 Coordenadas
z= r2Esfericas
3.4 Coordenadas
. Esfericas
A figuraA 18 ilustra
figura 18 oilustra
sistema de coordenadas
o sistema esfericas
de coordenadas (p,ricas
esfe <I>, 0)(p,
de<I>,um
0) ponto
de umPponto
do P do
espa<;;o.espa<;;o.
A primeira componente
3.4A primeira
Coordenadas pe Esfericas
a medida
componente da origem
pe a medida ao ponto
da origem ao P, a segunda
ponto P, a segunda

31de coordenadas
A figura 18 ilustra o sistema 31 esfericas (p, <I>, 0) de um ponto P do
espa<;;o. A primeira componente pe a medida da origem ao ponto P, a segunda
Sistemas Especiais de Coordenadas
31
44 UNIDADE I

cooordenada esferica <j> e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's.
Assim, podemos escolher <j> sempre no intervalo [O,1t]. Finalmente, 8 e o angulo
familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q
cooordenada esferica <j> e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's.
cooordenada
com o eixo dosesferica
x's, em <j> eque
o angulo
Q e o entre
pontoentre OPdae proje<;;ao
obtido o serni-eixo positivo
vertical dos z's.P
do ponto
Assim, podemos escolher <j> sempre no intervalo [O,1t]. Finalmente, 8 e o angulo
Assim,
sobre o podemos
plano xy. escolher
Podemos<j> sempre
sempre escolher
no intervalo
8 no[O, 1t]. Finalmente,
intervalo 8 e o angulo
[0,21t]. Ambos, <j> e 8
familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q
familiar das coordenadas
sao medidos em radianos. cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q
com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje<;;ao vertical do ponto P
E importante
com o eixo dosnox's,
tar aem que Qeme oque
ordem ponto obtido da proje<;;ao
as coordenadas vertical
esfericas de umdoponto
pontosaoP
sobre o plano xy. Podemos sempre escolher 8 no intervalo [0,21t]. Ambos, <j> e 8
sobre o plano xy.
apresentadas: Podemos
(p,<j>,8). sempre escolher 8 no intervalo [0,21t]. Ambos, <j> e 8
sao medidos em radianos.
sao medidos em radianos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E importante
E importante notar a ordem
notarFigura
a ordem 18: em em quedeascoordenadas
Sistema coordenadas
que as coordenadas esf
esfericas de um ponto sao
esfericas
ericas de um ponto sao
apresentadas: p,<j>,8).
apresentadas: (p,(<j>,8).
z
P(p,,.., /J)

Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas


Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas
P (ρ, φ, θ)
φ y
P(p,,.., /J)
P(p,,.., /J)
z = ρcosφ
X r y
y
θ
y

Fonte: o autor.

x X
X

Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa<;;ao


Fonte: o autor.
p c, (c > 0 constante), descreveFonte:
= o autor.
uma esfera de raio c centrada na origem.

Da figura 18, temos que:


Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa<;;ao
Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa<;;ao
p = (c
c, (c >x =
0 constante), descreve
p sen (<j>)descreve
cos = uma
(8),yuma senesfera
(<j>)de
p esfera de(8raio
sen zc =
centrada(<j>na
p cosna
raio)cecentrada ), origem.
p = c, > 0 constante), origem.
Da figura 18, temos que:
Da
em figura
que p 18, temos
� 0,8 que: ) e <j> E [0,1t].
E [0,21t
Essas equa<;;5esxnospdao:
sen <j>) cos(8),y = p sen (<j>) sen (8) e z =cos
x = p=sen (<j>)(cos
p cos(<j>),
(8),y = p sen (<j>) sen (8) e z = p (<j>),
em que � 0,8 E [0,21t e <j> E [0,1t].
em que p �p 0,8 E [0,21t) e )<j> E [0,1t].
• Exemplo 11
Essas equa<;;5es nos dao:
Essas equa<;;5es nos dao:
32

• Exemplo 11
• Exemplo 11
32
32
FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS
x = p sen (<j>) cos(8),y = p sen (<j>) sen (8) e z = p cos(<j>),
45
em que p � 0,8 E [0,21t) e <j> E [0,1t].
Essas equa<;;5es nos dao:

• Exemplo 11
32
1. A esfera x2 + y2 + z2 = a2 , a > O tem equação em coordenadas esféricas
dada por p = a.

2. A equação <I> = e em que O < e < � ou � < e < 1t descreve a parte superior
do cone ou inferior do cone, respectivamente.

3. A equação <I> =�descreve o plano xy. Note que p � O e 8 são quaisquer.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

4. Esboce o gráfico da equação esférica p = 4 cos(<j>). Para facilitar o esboço


podemos passar para coordenadas retangulares. Multiplicando por p, obte­
mos p2 = 4p cos(<j>). De onde segue que:

x2 + y2 + z2 = 4z,

o que pode ser reescrito como x2 + y2 + (z- 2)2 = 4, que é uma esfera com
centro em (0,0,2) e raio r = 2.

33

Sistemas Especiais de Coordenadas


46 UNIDADE I

CONSIDERAÇÕES
CONSIDERAÇÕESFINAIS
FINAIS
Chegamos ao final da nossa primeira unidade. Fizemos uma breve recapitulação
sobre vetores e suas operações, introduzimos curvas parametrizadas, funções re-
ais de várias variáveis reais e gráficos de superfícies. Aprendemos a derivar e a
integrar curvas, aprendemos a calcular o comprimento de uma curva e a repara-
metrizar uma curva pelo comprimento de arco. Esses são conceitos importantes
que serão usados em todo o restante desse texto.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vimos, também, como as curvas de nível nos ajudam a esboçar gráficos de su-
perfícies. É como se elas estivessem sido empilhadas no domínio e, para compor
o gráfico de uma função, devemos levantá-las, cada uma delas na sua altura cor-
respondente. A figura 11 ilustra bem isso. Esboçar o gráfico de uma superfície
pode não ser tarefa simples e, depois do computador, os gráficos feitos à mão não
ficam bons. Sugiro que aprenda a utilizar um software de matemática e, em caso
de dúvida, recorra ao computador para auxiliá-lo no esboço do gráfico.
Algumas superfícies e curvas, ao usarmos as coordenadas cartesianas para expressá-
las, se tornam expressões complicadas. Daí a importância de novos sistemas de
coordenadas e, por isso, introduzimos os sistemas de coordenadas polares, co-
ordenadas cilíndricas e as coordenadas esféricas, que são sistemas alternativos ao
sistema usual de coordenadas retangulares. Deduzimos a expressão para o cálculo
do comprimento de arco para curvas expressas em coordenadas polares. Esses
sistemas, como visto, simplificam as expressões e as representações de curvas e
superfícies.
Agora estamos prontos para seguir adiante. Na próxima unidade, trataremos de
limites e continuidade de funções reais de duas ou três variáveis reais.

34

FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS


47
48

LEITURA COMPLEMENTAR
Curvas Cônicas
Uma curva cônica no plano é um conjunto de pontos cujas coordenadas em relação
a base canônica satisfaz a equação geral do segundo grau nas variáveis x, y:

Ax2+Bxy+Cy2+Dx+Ey+F =0, (1)

em que A ou B ou C é diferente de zero.


Esta expressão envolve uma forma quadrática:

Q(x,y) =Ax2+Bxy+Cy2,

e uma forma linear L(x,y) = Dx+Ey e uma constante F. Vamos revê-las:


Exemplos:

(a) Circunferência: x2 + y2 = r2 .
. x2 y2
(b) Ehpse: ª 2
+ b2 = 1.

(c) Hipérbole: � - ;: = 1.

(d) Parábola: y2 - Dx = O.

As expressões a), b) e c) são chamadas de formas reduzidas das cônicas. A


equação (1) pode resultar em casos chamados degenerados. Vejamos algumas
destas situações:

x2 y2 b
1. Um par de retas concorrentes: 2 - b 2 = O resulta em y = ±-x, aqui a=/=- O;
a a

2. Um par de retas paralelas: ax2 - b = O resulta em x =±�,aqui ab > O.

3. Uma reta: x2 = O.

36
49

4. Um ponto: x2 + y2 = O.

5. Um conjunto vazio: x2 + y2 = -1.

Superfícies Quádricas
Uma quádrica no espaço é um conjunto de pontos cujas coordenadas satisfazem à
equação geral do segundo grau nas variáveis x, y, z:

Ax2 + By2 + cz2 + Dxy+Eyz+Fxz+ Gx+Hy+Iz+J = O, (2)

em que A ou B ou C ou D ou E ou F é diferente de zero.


Como no caso das cônicas, essa expressão envolve uma forma quadrática:

Q(x,y,z) =Ax2 +By2 +cz2 +Dxy+Eyz+Fxz,

uma forma linear L(x,y,z) = Gx+Hy+Iz e uma constante J.


Exemplos: Quádricas em suas formas reduzidas.

(a) Esfera: x2 +y2 +z2 = r2 .


x2 2 2
(b) Elipsóide : 2 + Yb 2 + \ = 1.
a e
x2 y2 z2
(c) Hipérbóide de uma folha: aZ + b2 - c2 = 1.
z2
(d) Hipérbolóide de duas folhas: - ª
x2
2
y2
+ b2 - c2 = 1.

(e) Parábolóide eliptico: � + �: = cz2 .

01 e h"1perb'l"
(f) Para'bol'"d o 1co: - ª
x2
2
+ b2 = cz2 .
y2

(g)eone quad,.
x2
ratico: 2 ª + b 2 = z2 .
y2

37
50

. . x2 y2
e1íptlco : 2 +) 2 =1
a
2
(h) Cilindro: hiperbólico : 2 - y 2 = 1,
a b
parabólico : x = ky2 .

A equação (2) pode representar conjuntos de pontos que são denominados dege­
nerados:

1. Conjunto vazio: x2 = -1.

2. Um ponto: x2 + y2 + z2 = O.

3. Uma reta: x2 + y2 = O.

4. Um plano: z2 = O.

5. Dois planos paralelos: z2 = 1.

6. Dois planos que se cruzam: xy = O.

Notemos que tanto (1) como (2) podem ser escritas em uma forma matricial:

D F
A 2 2 X X

[ X y z ] D
2 B 2 E
y +[e H I ] y +1=0
F
2
E
2 e z z
Fonte: o autor.

Material Complementar #NA WEB#


O problema isoperimétrico

38
D F
A 2 2 X X

[ X y z ] 2MATERIAL
D
B 2 y +[e
E
H I ] y +1=0
COMPLEMENTAR
F
2
E
2 e z z
o autor.

erial Complementar #NA WEB#


O problema isoperimétrico

38

Material Complementar
52
REFERÊNCIAS
Referências Bibliográficas

[1] ANTON, H.; BI VENS, 1. ; DAVIS, S. Cálculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto


Alegre: Ed. Bookaman, 2007.

[2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome­


try. NJ: Prentice Hall, 1998.

[3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Cálculo com Ge­


ometria Analítica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

[4] LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. V. 1 e 2. 3. ed. São


Paulo: Ed. Harbra, 1994.

[5] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J.. Vector Calculus. New York: W. H.


Freeman and Company, 1981.

[6] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis.


New York: Springer, 1991.

[7] SIMMONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. V. 1. São Paulo:


Ed. MacGraw-Hill, 1987.

[8] STEWART, James. Cálculo. V. 1 e 2. 7. ed. São Paulo: Ed. Cengage


Learning, 2013.

40
53
ATIVIDADES
GABARITO DE ESTUDOS- GABARITO
ATIVIDADESDE
ATIVIDADES DEESTUDOS-
ESTUDOS-GABARITO
GABARITO
1. 0 dominio de f(x,y) = � e dado pelos pontos (x,y) do plano em
ATIVIDADES DE ESTUDOS- GABARITO
0dominio
1.1. 0que dominio
y 2: x2 . de Lde f(x,y)
f(x,y)
ogo, ==!
Dom( �)� ee
= { (x,y) dado
dado pelos
E �2pelos
;y x2pontos
2: pontos (x,y)dodoplano
}. (x,y) planoem
em
2 2 2
2x .
1. 0que
que y y2: 2:x2x. 2de
dominio ogo,DD
L. ogo,
Lf(x,y) om(
om(
= )!=
!� { (x,y)
)={ (x,y) E E��
e dado ;y;y2: 2:xpontos
pelos }. } (x,y) do plano em
que y 2: x2 . Logo, Dom(!)= { (x,y) E �2 ;y 2: x2 }.

2. 0 domfnio de f(x,y) = xy -0.5 -1 0.5 1


edado pelos pontos (x,y) E �2 em
-
y'9 xyxxy y
2 - 2
2 2 em
2.2. 00domfnio
domfniodedef(x,y)
f(x,y) == ee dadopelos
dado pelospontos
pontos(x,y)
(x,y)E E�� em
9-
y'y' 9-x 2x-2 -2 2
y y 2 < 9
que 9-x -y > 0. Ou seja, xy
2 2
pelos pontos (x,y) E � tais que x + y 2
2 2
,
2. 0 domfnio de f(x,y) = edado pelos pontos (x,y) E � em <
que9-x
que 9-x2
-y2 2 2
-y > >0.0.de
OuOuy' 9 -
seja,pelos
seja, -
xpelos
2 2
y pontos
pontos (x,y)
(x,y) 2
E E�3.�tais
2 quex x++
taisque 2 2 2 <
y y 9, ,
2 9
que ea bola aberta centro na origem e raio r=
que9-x
que eaeabola
2bola
-y > 0.deOu
2aberta
aberta decentro
centro naorigem
seja, na origem
pelos e eraio
pontos raior=
(x,y) rE=�
3.3.
2
tais que x2 + y2 < 9,
que ea bola aberta de centro na origem e raio r= 3.
2

0
-4 -2 0 2 4

-2
diagrama<;;ao - Pintar o interior da circunferencia e pontilhar a borda.
3. Para esbo<;;ar as -curvas
diagrama<;;ao
diagrama<;;ao - Pintarde
Pintar nf vel da
o ointerior
interior superficie
dada circunferencia
circunferencia +pontilhar
z = 4xe 2epontilhar
9y2 observamos,
a aborda.
borda.
3.3. Para
inicialmente
esbo<;;arque
Paraesbo<;;ar
diagrama<;;ao
zcurvas
= 4x de
asascurvas
- Pintarde
2
+nf9ynf2
vel
o interior
vel 0 superficie
da
2:dada para
superficiez=
quaisquer
circunferencia
x,4xy+E+9y
z =4x 2 2 2
z= k= 0,
�-9ySe observamos,
2
e pontilharobservamos,
a borda.
z 2 2 + 9y 2 2 2: 0 para quaisquer x,y E �- Se z = k= 0,
3. inicialmente
inicialmente
obtemos
Para 4x que
esbo<;;ar
2
asque
+ 9y z==4x0de
2
curvas= 4x e,+nf9yvel2:da0a para
assim, curvaquaisquer
de nível
superficie z = 4xx, y2 +
zero Ese9y 2 Se z =
�-reduz aokponto
= 0,
observamos,
obtemos4x4xque
obtemos
inicialmente
(0, 0). Sek>
2
++0,9y9y
2
=
2
== 0 0e,+e,assim,
zobtemos
2
4x 2 assim,
a9y
2
elipse acurva
2: a0 4x curva
para dede=nível
2 nível
2 quaisquer
+ 9y x,zero
k. zero se
y Ese�-
Segue reduz
Seasz=
reduz
que aoao ponto
kponto
=
curvas 0,
de
obtemos
0,(0,
(nível 4x
).Sek>
0)0. saoSek>2
+0,9y
elipses
2
= 0 e, aassim,
0,obtemos
obtemos aelipse
concentricas elipse 4x 2 2 +de
4x + 9y9y
e a aorigem.
curva 2 2nível
== Segue
zero
k.k.Segue queasascurvas
seque
reduz curvas
ao dede
ponto
0,nível saoelipses
0).sao
(nível Sek> elipses concentricas
0, concentricas
obtemos a elipse 4x 2
+ 9y2 = k. Segue que as curvas de
e ea aorigem.
origem.
3
nível sao elipses concentricas e a origem.
2

0
-3 -2 -1 0 1 2 3

-1

-2

Jx + y observamos
-3
4. Para esbo<;;ar as curvas de nfvel da superficie z = 2 2

4.4. Paraesbo<;;ar
Para esbo<;;arque
inicialmente asascurvas
zcurvas
= 4xde+denfnf
2
9y vel
vel2:da0dapara
superficie
2 z=
superficie
quaisquer JJyx xE+�-+y ySeobservamos
z =x, observamos
2 2
z= k= 0, 2 2

4. inicialmente
inicialmente
Para esbo<;;ar queque z = 4x
z= 4x de
as curvas +
+ nf
2 29y 2: 0
0 para
9yvel2: da 2 2
para z = x,JyxE +�-y Seobservamos
quaisquer
quaisquer
superficie x, y E �- Se
z=z= k=0,0,
k=
2 2
41
inicialmente que z= 4x2 + 9y2 2: 41
0 para quaisquer x,y E �- Se z= k= 0,
41
41
54
GABARITO

obtemos Jx + y2 =0, ou seja, x2 + y2 =0 e, assim, a curva de nfvel zero


2

se reduz ao ponto (0, 0). Se k > 0, obtemos circunferencias x2 + y2 = k2


.

obtemos J
Segue que as + y2 =de
x2 curvas 0, nível + y2 =0 e, assim,
saox2circunferencias
ou seja, concentricas.
a curva de nfvel zero
se reduz ao ponto (0, 0). Se k > 0, obtemos circunferencias x2 + y2 = k2
.

Segue que as curvas de nível sao circunferencias concentricas.

5. 0 grafico da curva parametrizada dada por x(t) = ,J3t2 e y(t) = 3t- jt3 ,
onde t E [-3, 3] e o la<;o fechado ilustrado na figura a seguir. E o seu
comprimento e dado por:

1_: 1_:
l dada por x(t) = ,J3t e y(t) = 3t- jt ,
2 3
5. 0 grafico da curva parametrizada
S= ,j(x1 (t))2 +(y (t))2 dt= ,j(t2 +3)2 dt=36,
onde t E [-3, 3] e o la<;o fechado ilustrado na figura a seguir. E o seu
e dado por:
unidades de comprimento.
comprimento

S= 1_: l
,j(x1 (t))2 +(y (t))2 dt= 1_: ,j(t2 +3)2 dt=36,

unidades de comprimento.

6. Para esbo<;ar o grafico de r = 2 sen (8), podemos atribuir valores a 8 ou


observar que mulitplicando r = 2 sen (8) por r obtemos a expressao x2 +
y2 = 2y ou equivalentemente, x2 + (y - 1)2 = 1 que e um cfrculo com
6. Para
centroesbo<;ar e raio rde= r1.= 2 sen (8), podemos atribuir valores a 8 ou
em (0, o1)grafico
observar que mulitplicando r = 2 sen (8) por r obtemos a expressao x2 +
7. yPara
2
= esbo<;ar o grafico de r = 2x2++2cos(8)
2y ou equivalentemente, (y - 1)2dado
= 1em e um cfrculopolares
quecoordenadas com
precisamos atribuir valores
centro em (0, 1) e raio r = 1. a 8 e marcar os pontos no plano polar obtendo:

42
7. Para esbo<;ar o grafico de r = 2 + 2cos(8) dado em coordenadas polares
precisamos atribuir valores a 8 e marcar os pontos no plano polar obtendo:
6. = 2 sen (8), podemos atribuir valores a 8 ou
Para esbo<;ar o grafico de r
55
GABARITO
observar que mulitplicando r = 2 sen (8) por r obtemos a expressao x2 +
y2 = 2y ou equivalentemente, x2 + (y - 1)2 = 1 que e um cfrculo com

centro em (0, 1) e raio r = 1.

7. Para esbo<;ar o grafico de r = 2 + 2cos(8) dado em coordenadas polares


precisamos atribuir valores a 8 e marcar os pontos no plano polar obtendo:

42
4 4

2 2

y0 y0

-2 -2

-4 -4
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
x x

s� fo"' (��)' +r dt� fo2' ../(�2sen (t))2 +(2+ 2cos(t))2dt


2

2 lo2rc J2 + 2cos(t)dt = 16 unidades de comprimento.

8. Para determinar a parametrizac;ao pelo comprimento de arco da curva de­


vemos primeiramente determinar o comprimento s em func;ao de t:

s(t)
l (�)' + (�)' + ( ��)'du
2 2 2
z

J(4) +(-l2) +(3) du


t

s(t) lo
t
3.
s(t) lo �du = l t

Logo, t = /3 e, assim, temos que a parametrizac;ao da curva, pelo compri-


, 4s 12s 3s
mento de arco e dada por x(s) = 2 + 3, y(s) = 1 - 3
1 13 e z(s) = + 13.
9. Esboce o grafico das superficies (a) z = 4 +x2 , (b) z = x2 -y2 , (c) z = -,2,
(d) z = 9--t2 e (e) p = 2cos(<j>).

(a) Para cada y fixo, tem-se uma parabola no plano xz. Formando, assim,
um cilindro.

43
56
GABARITO

(b) Para a superficie z = x2 - y2 dada em coordenadas cartesianas, dese­


nhamos as curvas de nivel para auxiliar no seu trac;ado.

(b) Para a superficie z = x2 - y2 dada em coordenadas cartesianas, dese­


nhamos as curvas de nivel para auxiliar no seu trac;ado.

(c) Para a superffcie z = r2 dada em coordenadas cilindricas, substitufmos


r e obternos que z = x2 + y2 que e claramente urn parabo1oide.

(d) Para a superffcie z = 9- r2 dada em coordenadas cilfndricas, substituf­


mos r e obtemos
(c) Para quezz==r92 -
a superffcie dada que e claramente
x2 -emy2 coordenadas um paraboloide.
cilindricas, substitufmos
r e obternos
(e) Para a que z = x2 +py2=que
superficie e claramente
2cos( <p) dada urn
em parabo1oide.
coordenadas esfericas,
multiplicando ambosz =
(d) Para a superffcie os9-
lados por p,
r2 dada emsubstituindo
coordenadasos substituf­x2
valores, obtemos
cilfndricas,
mos
2 = 2x que
+ y r+ezobtemos
2
queresulta
z = 9- - y21 q) ue+eyclaramente
emx2(x- 2 2
+ z = 1 que
2
e uma esfera de
um paraboloide.
centro ( 1 , 0, 0) e raio r = 1.
(e) Para a superficie p = 2cos( <p) dada em coordenadas esfericas,
multiplicando ambos os lados por p, substituindo2 os valores,2 obtemos x2
10. Para esboc;ar a intersec;ao entre as superficies z = r e z = 8 - r , primeira­
+ y2 + z2 = 2x que resulta em (x- 1 ) 2 + y2 + z 2 = 1 que e uma esfera de
mente, precisamos deterrninar em que valor de r elas se crnzarn. Note que
centro ( 1 , 0, 0) e raio r = 1.
44
2 2
(c) Para a superffcie z = r2 dada em coordenadas cilindricas, substitufmos
57
GABARITO
r e obternos que z = x 2
+ y2 que e claramente urn parabo1oide.
(d) Para a superffcie z = 9- r2 dada em coordenadas cilfndricas, substituf­
mos r e obtemos que z = 9 - x2 - y2 que e claramente um paraboloide.

(e) Para a superficie p = 2cos( <p) dada em coordenadas esfericas,


multiplicando ambos os lados por p, substituindo os valores, obtemos x2
+ y2 + z2 = 2x que resulta em (x- 1 ) 2 + y2 + z 2 = 1 que e uma esfera de
centro ( 1 , 0, 0) e raio r = 1.

10.10. Para esboc;ar a intersec;ao entre as superficies z = r2 e z = 8 - r2 , primeira­


mente, precisamos deterrninar em que valor de r elas se crnzarn. Note que
r2 = 8- r2 apenas quando r2 = 4 ou seja, r = 2. Segue que a intersec;ao e
44
a regiao entre as superficies com r entre r = 0 e r = 2.

0
-2
Professor Dr. Doherty Andrade

II
UNIDADE
LIMITES E CONTINUIDADE

Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar os conceitos de limite e continuidade.
■■ Apresentar as principais propriedades de limites e das funções
contínuas.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceitos Básicos
■■ Limites e Continuidade
61

Introdução
INTRODUÇÃO
Nesta segunda unidade, apresentaremos a extensão dos conceitos de limite e de
continuidade para funções de duas ou três variáveis. Para isso, vamos precisar de
algumas definições. São os elementos básicos do que se chama de Topologia do
IR2 e IR 3 . Esses conceitos podem ser facilmente estendidos para o IRn .
Além dos conceitos de limite e de continuidade de funções, importantes para a
compreensão dos assuntos a serem tratados no futuro, destacamos o teorema de
Weierstrass. Esse é um dos resultados mais importantes sobre as funções contínuas,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ele garante a existência do ponto de máximo global e do ponto de mínimo glabai


para funções reais contínuas definidas sobre conjuntos limitados e fechados do IR2
ou IR3. Conjuntos limitados e fechados do IRn são também chamados de conjuntos
compactos. Muitos dos resultados apresentados aqui podem ser estendidos para
o espaço geral IRn , mas nos limitaremos a enunciá-los e utilizá-los nos espaços
IR2 e IR3.
Nesta unidade, vamos introduzir noções básicas, tais como ponto interior, ponto
de acumulação, conjunto aberto, conjunto fechado e fronteira de um
conjunto. Esses conceitos são ferramentas da linguagem matemática que tornam
possível a comunicação mais precisa, sem pairar dúvida sobre do que se fala.
Vamos ver que a noção de limite apresentada aqui, com pequenas mudanças, é a
mesma já estudada no Cálculo I. As propriedades se mantêm, mas serão
apresentadas novamente. Do mesmo modo, a noção de continuidade, vamos
apresentar suas principais propriedades e a continuidade de função composta.
Ao longo desta unidade, procuramos apresentar exemplos para tornar os
assuntos mais claros. Procure estudar todos eles, isso vai facilitar a sua
compreensão sobre os assuntos apresentados.

47

Introdução
62 UNIDADE II

1 CONCEITOS
CONCEITOS BA.SICOS
BÁSICOS
Uma bola aberta no piano JR2, com centro Po= (xo,Yo) e raio r > 0, e o conjunto,
denotado por B(Po, r), dado por:

Note que podemos expressar a bola aberta usando norma de vetores:

B(Po, r) = { (x,y) E IR2 ; IIPo - (x,y) II < r}.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Do mesmo modo, definimos bola aberta no espac;o JR3. Uma bola aberta no JR3,

com centro Po= (xo,Yo,zo) e raio r > 0, e o conjunto, denotado por B(Po, r), dado
por:

2 2
B(Po, r) = { (x,y,z) E JR3 ; (x-xo) + (y-yo) + (z-zo) 2 < r2 }.

Ou do mesmo modo,

B(Po,r) = {(x,y,z) E IR3 ;11Po-(x,y,z)II < r}.

Figura 1: Bolas abertas: no piano e no espac;o


,'
,-;"
,' '
'
Y, � - - ! _ - -:

'. '
'
� ·,-: � ''
.... • #,,

'•

Fonte: o autor.

A bola e dita fechada quando a desigualdade < e substituida por � na definic;ao.


Em outras palavras, uma bola fechada do JR 3, de centro Po e raio r > 0, denotada
por B[Po, r], e definida por:

B[Po,r] = {(x,y,z) E JR3 ; IIPo = (x,y,z)II � r}.

48

LIMITES E CONTINUIDADE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Conceitos Básicos
63
64 UNIDADE II

quando toda bola aberta de centro (x0 , y0 , z0 ) contém algum ponto de D, diferente
quando toda bola aberta de centro (xo,Yo,zo) contem algum ponto de D, diferente
de (x0 , y0 , z0 ). Ou seja,
de (xo,Yo,zo). Ou seja,
∀ε > 0, ∃(x, y, z) ∈ D; 0 < �(x, y, z) − (x0, y0 , z0 )� < ε.
VE> 0, :l(x,y,z) ED; 0 < II (x,y,z) - (xo,Yo,zo) II < £.
Sejam D ⊂ R2 e 2(x0 , y0 ) ∈ R2 um ponto de ponto de acumulação de D. Pela
Sejam D c JR. e (xo,Yo) E JR.2 um pontode ponto de acumulac;ao de D . Pela
definição, tomando ε = 1k , para cada k ∈ N, existe um ponto (xk , yk ) ∈ D tal que
definic;ao, tomando E = -k, para cada k EN, existe um ponto (xk,Yk) ED tal que:
1
0 < �((xk , yk ) − (x0 , y0 )� < .1
0 < II (x,y) - (xo,Yo) II <k k.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ou seja, existe uma sequência (xk , yk ) de pontos de D, com (xk , yk ) �= (x0 , y0 ), tal
Ou seja, existe uma sequencia (xk,Yk) de pontos de D, com (xk,Yk) =I= (xo,Yo), tal
que lim xk = x0 e lim yk = y0 . Isso permite estudar pontos de acumulação por meio
que limxk = xo e limyk = YO· Isso permite estudar pontos de acumulac;ao por meio
de sequências de números reais.
de sequencias de mimeros reais.
Mesma observação
Mesma valevale
observac;ao parapara
pontos de acumulação
pontos de de
de acumulac;ao conjuntos dodo
conjuntos espaço R3JR.. 3 .
espac;o

Teorema
Teorema 1. seja D ⊂DRc2 eJR.P
1. seja
2
2 0 = (x0 , y0 ) ∈ R . O
e Po=(xo,Yo) E JR.2 . ponto P0 Poe
0 ponto é ponto dede
ponto acumulação
acumulafao
de Ddese,Dese,
somente se, existe uma sequência (x ,
e somente se, existe uma sequenciak (xk,Yk)yk ) de pontos de D, com , yk ) �= =I=
(xk(xk,Yk)
de pontos de D, com
(x0 , y(xo,Yo),
0 ), tal que k = x0=exo
limxlimxk
tal que lim yk =
e lim yky=
0 . yo.
3 : seja
O mesmo ainda
0 mesmo valevale
ainda para conjuntos
para do R
conjuntos do JR. 3 D⊂
: seja c3JR.e3Pe0 Po=
DR , y0 , z0 ) ∈ R
= (x0(xo,Yo,zo) 3
E JR.. 3 .

O ponto P0 éPoponto
0 ponto de acumulação
e ponto de de
de acumulafao D se, e somente
D se, se,se,
e somente existe uma
existe sequên-
uma sequen­
ciak , y(xk,Yk
cia (x k , zk ),Zk)
de pontos de D,
de pontos comcom
de D, yk , zk ) �= (x
(xk ,(xk,Yk,Zk) , y0 , zo,zo),
=I= 0(xo,Y 0 ), taltal
que
quelimx k ==
limxk
x0 , lim yk =yky=
xo,lim 0 eYo k = z0=. zo.
e zlimzk
lim

#SAIBA
#SAIBA MAIS#
MAIS#

Teorema
Teorema 2 (Bolzano-Weierstrass).
2 (Bolzano-Weierstrass) Toda
. Todo conjunto
conjunto infinito
infinito X XdodoRnJR.n
e limitado
e limitado
tem tem um ponto
um ponto de acumulafao.
de acumulação.

Fonte:
Fonte: o autor.
o autor. #SAIBA
#SAIBA MAIS#
MAIS#

50 50

LIMITES E CONTINUIDADE
65

LIMITES E CONTINUIDADE
2 LIMITES E CONTINUIDADE
Estamos interessados em estudar funções com seguinte comportamento: f (x, y) se
aproxima de um número L quando (x, y) do domínio de f se aproxima de (x0 , y0 ).
Vamos estender a noção de limite já estudado para funções de uma variável.
Em termos matemáticos, definimos:

Definição 1 Seja f : D ⊂ R2 → R e (x0 , y0 ) ∈ D um ponto de acumulação de D.


Dizemos que
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lim f (x, y) = L
(x,y)→(x0 ,y0 )

se, para todo ε > 0, existe δ > 0 tal que

0 < �(x, y) − (x0 , y0 )� < δ, (x, y) ∈ D

implica que
| f (x, y) − L| < ε.

Definição análoga para funções de três variáveis: seja f : D ⊂ R3 → R e (x0 , y0 , z0 )


um ponto de acumulação de D. Dizemos que

lim f (x, y, z) = L
(x,y,z)→(x0 ,y0 ,z0 )

se, para todo ε > 0, existe δ > 0 tal que

0 < �(x, y, z) − (x0, y0 , z0 )� < δ, (x, y, z) ∈ D

implica que
| f (x, y, z) − L| < ε.

Note que o limite, quando existe, é único. De fato, se L e L′ são :limites, então,
dado ε > 0, existe δ > 0 tal que se 0 < |(x, y) − (x0 , y0 )� < δ tem -se

| f (x, y) − L| < ε, | f (x, y) − L′ | < ε.

51

Limites e Continuidade
66 UNIDADE II

Logo, temos
|L − L′ | ≤ | f (x, y) − L| + | f (x, y) − L′ | < 2ε.

Como ε é arbitrário, segue que L = L′ . 

• Exemplo 1

Seja f (x, y) = 2x + 5y. Afirmamos que lim f (x, y) = 12. Vamos usar a de-
(x,y)→(1,2)
finição de limite para provar esta afirmação. De fato, dado ε > 0 queremos deter-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
minar δ > 0 tal que se �(x, y) − (1, 2)� < δ, então, | f (x, y) − 12| < ε.
Notemos que | f (x, y) − 12| < ε é o mesmo que |2x + 5y − 12| < ε e �(x, y) −
(1, 2)� < δ é o mesmo que (x − 1)2 + (y − 2)2 < δ. Além disso, como


 
|x − 1| ≤ (x − 1)2 + (y − 2)2 < δ e |y − 2| ≤ (x − 1)2 + (y − 2)2 < δ,

temos que

|2x + 5y − 12| = |2(x − 1) + 5(y − 2)| ≤ 2|x − 1| + 5|y − 2| < 12δ.

Como queremos que |2x + 5y − 12| < ε e sabemos |2x + 5y − 12| < 12δ, então
ε
precisamos que 12δ < ε. Segue que devemos tomar δ < 12 .
ε
Assim, dado ε > 0 existe 0 < δ < 12 tal que se �(x, y) − (1, 2)� < δ então,
| f (x, y) − 12| < ε.
Portanto, pela definição de limite, temos que lim f (x, y) = 12.
(x,y)→(1,2)
Em geral, usar diretamente a definição de limite, como fizemos no exemplo an-
terior, pode exigir um certo trabalho. Por isso, é importante saber empregar as
propriedades de limite. As principais propriedades de limites são:

Teorema 3 (Propriedades de limite de funções) . Sejam D ⊂ R2 , f , g : D → R


funções, (x0 , y0 ) ∈ R2 um ponto de acumulação de D e c ∈ R. Suponha que

lim f (x, y) = L, e lim g(x, y) = M.


(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )

52

LIMITES E CONTINUIDADE
67

Então, valem as seguintes propriedades:


(1) lim(x,y)--+(xo,yo) [c· J(x,y)] = c·L.
(2) Regra da Soma: Iim(x,y)--+(xo,Yo) [J(x,y) ±g(x,y)] = L±M.
(3) Regra do P roduto: lim(x,y)--+(xo,Yo) [f(x,y) · g(x,y)] = L ·M.
f ,Y
(4) Regra do Quociente: lim t � = �' desde queM =I= 0.
(x,y)--+(xo,yo) g x,y M
(5) Regra da Potencia: lim IJ(x) Is = ILis, desde que o racional � =I= 0.
r r

(x,y)--+(xo,yo)

Observe que a furn;ao pode nao estar definida no ponto (xo,Yo) e, muitas vezes,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nao esta, pois como (xo,Yo) e apenas um ponto de acumula<;;ao de D, pode ocorrer
que (xo,Yo) (j_ D.
As propriedades apresentadas acima ainda valem no caso em que as fun<;;5es reais
estao definidas em domfnios do espa<;;o ffi.3 .

• Exemplo 2

y(x2 -1)
1. Seja f(x,y) = , Vx=I= l. Notemos que f nao esta definida em x =
x-l
1. Queremos investigar o limite lim J(x,y). Como x =I= l, podemos
(x,y)--+(1,1)
escrever J(x,y) como:

y(x2 -1) y(x-l)(x+1)


f(x,y) = = =y(x+l),x=I= 1.
x-l x-l

Logo, lim(x,y)--+(1,1)f(x,y) = lim(x,y)--+(1,1) y(x + 1) = 2.


xy
2. Seja f(x,y) =
Jx2 +y2
, Vx,y =I= 0. Notemos que f nao esta definida em
(0,0). Queremos investigar o limite lim(x,y)--+(O,o)f(x,y). Afirmamos que
limite lim(x,y)--+(O,O)f(x,y) = 0. Vamos passar para coordenadas polares,
x = rcos(0) e y = rsen (0):

xy r2 cos(0) sen (0)


= = rcos(0) sen (0),
Jx2 +y2 r

53

Limites e Continuidade
68 UNIDADE II

para r > 0. Como r = x2 + y2 segue que r → 0 quando x e y se aproximam




de zero. Assim, temos que

xy
lim = lim r cos(θ) sen (θ) = 0.
x2 + y2 r→0

(x,y)→(0,0)

xy
3. Seja f (x, y) = , (x, y) �= 0. Notemos que f não está definida em
x2 + y2
(0, 0). Afirmamos que limite lim(x,y)→(0,0) f (x, y) não existe. Se esse li-
mite existe, seu valor não pode depender do modo como as variáveis x e y

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se aproximam de zero. Então, vamos fazer (x, y) se aproximar de (0, 0) por
meio de dois caminhos diferentes:

(a) Quando y = x.

(b) Quando y = 2x.

Em (a), y = x, se x �= 0 obtemos que f (x, x) = 21 e, portanto, lim f (x, y) =


(x,x)→(0,0)
1
.
2
2
Em (b), y = 2x, se x �= 0 obtemos que f (x, 2x) = 3 e, portanto,

2
lim f (x, y) = .
(x,2x)→(0,0) 3

Como os limites em (a) e em (b) são diferentes, podemos afirmar que o


limite não existe. Voltaremos em breve a esse método.

Teorema 4 (Confronto ou Sanduíche) . Sejam f , g, h : D ⊂ R2 → R e (x0 , y0 )


ponto de acumulação de D. Suponha que f (x, y) ≤ g(x, y) ≤ h(x, y), ∀(x, y) ∈ D.
Se lim f (x, y) = lim h(x, y) = L, então, lim g(x, y) = L.
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )

Demonstração: como lim(x,y)→(x0 ,y0 ) f (x, y) = lim(x,y)→(x0 ,y0 ) h(x, y) = L dado


ε > 0 existe δ > 0 tal que se 0 < �(x, y) − (x0 , y0 )� < δ, então,

| f (x, y) − L| < ε e |h(x, y) − L| < ε.

54

LIMITES E CONTINUIDADE
69

Segue, da defini<;ao de modulo, que:

L-E < f(x,y) < L+E e, L-E < h(x,y) < L+E.

Em que, para (x,y) tal que O < II (x,y) - (xo,Yo) II < B, tem-se:

L-E < f(x,y) � g(x,y) � h(x) < L+E.

Isto e, lg(x,y) -LI < E para (x,y) tal que O < II(x,y) - (xo,Yo) II < B. Isso conclui a
demonstra<;ao do teorema. D
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Note que o teorema do confronto apresentado aqui para o caso de fun<;5es reais de
duas variaveis (x,y) continua valido se as fun<;5es que estiverem definidas em dominio
contido no espa<;o JR.3 .

• Exemplo 3

1
Consideremos a fun<;ao f(x,y) = xy sen ( ), vamos mostrar que:
X2 +y2
lim f(x,y) = 0.
(x,y)--+(0,0)

De fato, como I sen (x2�Y2) I � 1 observamos que valem as seguintes desigualdades:

Agora, usando o teorema do confronto, cada uma das extremidade tende a zero
quando (x,y) tende a zero, assim obtemos que, lim(x,y)--+(O,O) J(x,y) = 0.

Teorema 5 (Anulamento). Sejam f,g: D c JR.2 --+ JR e seja (xo,Yo) um ponto de


acumula�iio de D. Se lim f(x,y) = 0 e existe um aberto V(xo,Yo) contendo
(x,y)--+(xo,yo)
(xo,Yo) em que g e limitada, entiio, lim(x,y)--+(xo,Yo) f(x,y)g(x,y) existe, e, alem
disso, lim(x,y)--+(xo,Yo) J(x,y)g(x,y) = 0.

55

Limites e Continuidade
70 UNIDADE II

A extensão desse teorema para funções definidas em domínios contidos no R3 é


imediata.

• Exemplo 4

5x2 y
Calcule o limite lim . Note que a expressão pode ser escrita como
(x,y)→(0,0) x2 + y2
x2
f (x, y)g(x, y), em que f (x, y) = 5y e g(x, y) = 2 , sendo que g é limitada e
x + y2
f (x, y) → 0 quando y → 0. Logo, pelo teorema acima, o limite existe e vale zero:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5x2 y x2
lim = lim f (x, y)g(x, y) = lim 5y = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y2 (x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0) x 2 + y2

Limites por caminhos: em muitas situações pode ser difícil utilizar a definição
para mostrar que um determinado limite existe ou não. Se temos a impressão
que o limite não existe, podemos investigar essa suspeita por meio do cálculo do
limite por diferentes caminhos. Se o limite existe, ele independe do modo como
os pontos (x, y) se aproximam de (x0 , y0 ).
Vejamos um exemplo para ilustrar essa observação. Suponha que queremos deci-
dir se existe o limite
x 2 − y2
lim .
(x,y)→(0,0) x2 + y2

Tomemos x = 3y e fazemos y → 0, obtemos que:

9y2 − y2 8y2 4
lim 2 2
= lim 2
= .
(3y,y)→(0,0) 9y + y (3y,y)→(0,0) 10y 5

Tomemos agora x = 2y e fazemos y → 0, obtemos que o numerador da expressão


fica igual a 3y2 e, portanto, o limite nesse caso é:

4y2 − y2 3y2 3
lim = lim = .
(2y,y)→(0,0) 4y2 + y2 (2y,y)→(0,0) 5y2 5

Assim, ao realizarmos o limite utilizando dois caminhos diferentes, obtemos dois


resultados também diferentes. Isso mostra que o limite não existe.

56

LIMITES E CONTINUIDADE
71

#REFLITA#
#REFLITA#
Se,Se,aoaocalcularmos
calcularmoso olimite
limitepor
pordois
doiscaminhos
caminhosdiferentes,
diferentes,obtivermos
obtivermosvalores
valores
iguaispara
iguais paraososlimites,
limites,o oque
quesesepode
podeafirmar?
afirmar? O0limite
limiteexiste
existeououo olimite
limitenão
nao
#REFLITA#
existe?
existe?
Se, ao calcularmos o limite por dois caminhos diferentes, obtivermos valores
Fonte: o autor.
iguais para os limites, o que se pode afirmar? O limite existe ou o limite não
#REFLITA#
#REFLITA#
existe?
Fonte:
Fun�ao
Função oContínua:
autor.
Continua:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

#REFLITA# 1
Defini�ao 2. Seja f: D c ffi.2 ----+ R Dizemos que f e continua em (xo,Yo) ED
Definição 2 .1 Seja f : D ⊂ R2 → R. Dizemos que f é contínua em (x0 , y0 ) ∈ D
quando:
Função Contínua:
quando:
a) f esta de. finida em (xo,Yo), e
a) f está definida em (x0 , y0 ), e2
Definição 2 .1 Seja f : D ⊂ R → R. Dizemos que f é contínua em (x0 , y0 ) ∈ D
b) lim f(x,y) = f(xo,Yo).
b) (x,ylim )--+(xo,yof)(x, y) = f (x0 , y0 ).
quando:
modo, dizemos que f: DC ffi.3 3 ----+ ffi. e continua em (xo,Yo,zo) ED
(x,y)→(x0 ,y0 )
Do mesmo
Do
a) fmesmo
está definida modo, em dizemos
(x0 , y0que
), e f : D ⊂ R → R é contínua em (x0 , y0 , z0 ) ∈ D
quando:
quando:
b) lim f (x, y) = f (x0 , y0 ).
a) f esta0 ,ydefinida
(x,y)→(x 0) em (xo,Yo,zo), e
a) f está definida em (x0 , y0 , z0), e
Dob)mesmolim modo, fdizemos (x,y,z) =que f : D ⊂ R3 → R é contínua em (x0 , y0 , z0 ) ∈ D
f(xo,Yo,zo).
b) (x,y,zlim )--+ (xo,Yo ,zo) f (x, y, z) = f (x0 , y0 , z0 ).
quando:
(x,y,z)→(x0 ,y0 ,z0 )
Ou equivalentemente, f: D c ffi.2 ----+ ffi. e continua em (xo,Yo) ED quando:
Ou fequivalentemente,
a) está definida em (xf 0:, D y0 ⊂
, z0R),2e→ R é contínua em (x , y ) ∈ D quando
0 0
b) lim f (x, y, z) f y z
O; II (x,y) - (xo,Yo) II < o, (x,y) ED=? IJ(x,y) - J(xo,Yo) I < e.
= (x0 , 0 , 0 ).
Ve> 0,0 ,y:lo>
(x,y,z)→(x 0 ,z0 )
∀ε > 0, ∃δ > 0; �(x, y) − (x0 , y0 )� < δ, (x, y) ∈ D ⇒ | f (x, y) − f (x0 , y0 )| < ε.
Ou equivalentemente, f3 : D ⊂ R2 → R é contínua em (x0 , y0 ) ∈ D quando
No caso def: D c ffi. ----+ ffi., dizemos que f e continua em (xo,Yo,zo) ED quando
No caso de f : D ⊂ R3 → R, dizemos que f é contínua em (x0 , y0 , z0 ) ∈ D quando
V∀εe>>0,0, :lo> �(x, y) -
∃δ >O;0;II (x,y,z) − (xo, y0,z
(x0 ,Yo )�o)<II< δ, o, y) ∈ DED=?
(x,(x,y,y) ⇒ | f (x,
IJy) − f (x
(x,y,z) , y(xo,Yo,zo)
-0f 0 )| < ε. I< e.
∀ε > 0, ∃δ > 0; �(x, y, z) − (x0, y0 , z0 )� < δ, (x, y, y) ∈ D ⇒
No• caso
Exemplo de f :5D ⊂ R3 → R, dizemos que f é contínua em (x0 , y0 , z0 ) ∈ D quando
| f (x, y, z) − f (x0, y0 , z0 )| < ε.
(a) Se T:∀ε e dada
ffi. >----+0,ffi.∃δ
2 > 0;por�(x,Ty,(x,y)
z) − = (x0a,xy+b
0 , zy
0 )�
+c, δ, (x, y,e y)
< entao, ∈ D ⇒em todos os
continua
• Exemplo 5
pontos do dominio. De fato, T esta definida em todo ponto (xo,Yo) do plano
| f (x, y,(xz)
1 aqui supõe-se implicitamente
2 → R é dada por que
−0 ) f∈(xD0seja
0 , y=
, y0 , z0 )|ponto
< ε. de D.
(a) Se T : Rsupoe-se
1 Aqui, implicitamenteT (x,
quey)(xo ax + by +um c, então,deéacumulação
contínua em
,Yo) ED seja um ponto de acumula9ao de D.
todos os
pontos do5 domínio. De fato, T está definida em todo ponto (x0 , y0 ) do plano
• Exemplo
1R
2 . Além disso, 57
aqui supõe-se implicitamente que (x0 , y0 ) ∈ D seja um ponto de acumulação de D.
57
lim T (x, y) = lim (ax + by + c) = ax0 + by0 + c = T (x0 , y0 ).
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )

57 todos os pontos (x0 , y0Limites


Segue da definição que T é contínua em R2 .
e Continuidade
) do plano

2
72 UNIDADE II

(a) Se T : R2 → R é dada por T (x, y) = ax + by + c, então, é contínua em todos os


pontos do domínio. De fato, T está definida em todo ponto (x0 , y0 ) do plano
R2 . Além disso,
JR2 . Alem disso,
lim T (x, y) = lim (ax + by + c) = ax0 + by0 + c = T (x0 , y0 ).
(x,y)→(x0 ,y0 )
lim T(x,y)= (x,y)→(x lim 0 ,y0 )(ax+by+c )=axo+byo+c=T(xo,Yo).
(x,y)--+(xo,Yo) (x,y)--+(xo,yo)
Segue da definição que T é contínua em todos os pontos (x0 , y0 ) do plano R2 .
Segue da defini<;;ao que Te continua em todos os pontos (xo,Yo) do plano JR2 .
(b) Dizemos que f : D ⊆ R2 → R é Lipschitziana se existe K ≥ 0 tal que
(b) Dizemos que f : D � JR2--+ JR e Lipschitziana se existe K � 0 tal que:
| f (x, y) − f (z, w)| ≤ K�(x, y) − (z, w)�,
IJ(x,y) - f(z, w) I � KIi (x,y) - (z, w) II,
para todo par (x, y), (z, w) ∈ D. Toda função Lipschitziana é contínua.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para todo par (x,y) , (z, w) ED. Toda fun<;;ao Lipschitziana e continua.
De fato, se K = 0, a função é constante e, portanto, contínua em todo ponto. Se
De fato, seK = 0, a fun<;;ao e constante e, portanto, continua em todo ponto. Se
K > 0, dado ε > 0, tomemos 0 < δ < ε . Se �(x, y) − (x0 , y0 )� < δ, (x, y) ∈ D,

K > 0, dado E > 0, tomemos O < B < K Se II (x,y) - (xo,Yo) 11 < B, (x,y) ED,
então,
entao,
| f (x, y) − f (x0 , y0 )| ≤ K�(x, y) − (x0 , y0 )� < Kδ < ε.
IJ(x,y) - J(xo,Yo) I � KIi (x,y) - (xo,Yo) II <KB< E.
O que mostra que f é contínua em (x0 , y0 ).
0 que mostra que f e continua em (xo,Yo).
Se 0 ≤ K < 1, dizemos que f é uma contração.
Se O � K < 1, dizemos que f e uma contra<;;ao.

Teorema 6 (Construção de funções contínuas) . Sejam f , g : D ⊂ 2R2 → R e


Teorema 6 (Constrm;ao de fun�oes continuas). Sejam f, g : D c JR --+ JR e
(x y0o)) ED.
(x0o,,Y ∈ D. Se
Seff eeggsilo
sãocont
contínuas em(x
inuas em , yo)0e) ek kE∈JR,R,
(xo,0Y então,
ent valem:
iio, valem:
a) k f eé cont
a) kf contínua em ((x
inua em , yo)0.).
xo,0Y
b) ((f
b) f+ g) eé cont
+ g) contínua em (x
inua em (xo,0Y, yo)0.).
c) f
c) .g eé cont
f.g contínua
inua em em (x , yo)0.).
(xo,0Y
f
d) Se
d) Se g(
g(x y0o)) =I=
x0o,,Y �= 0,0,entiio, [_g eécont
então, contínua em(x
inua em (xo,0Y, yo)0.).
g
Resultado analogo
análogo para
parafun<;;5es
funçõesreais
reaiscom
comdomfnio
domíniocontidos
contidosem 3 3.
emJRR.

Teorema77(Continuidade
Teorema (Continuidadeda
dafun�ao
funçãocomposta).
composta) .Sejam X Xc ⊂
Sejam c⊂
JR2Re2 Ye Y f:f :
JR, R,
X →R
X--+ JR ee gg:
: Y Y--+ funções.
→ R JRfu nroes.Suponha
S uponhaquequef (X) ⊂ Yce Yassim
J(X) m◦ f(go
e ass (gi J) definida
) está es t
a
da em X. Se fem cont
defini inua em (xo,Yo) EX e g cont
inua em b
58
f(xo,Yo), ent
iio,
=
58
(gof) e cont
inua em (xo,Yo) E X.

LIMITES E CONTINUIDADE
73

Novamente, o resultado se mantern para func;oes reais com domfnio contidos em


�3 .

Seja X � �2 . Dizemos que ( xo,yo) e um ponto aderente a X se existe uma sequen­


cia (xn ,Yn ) de pontos de X que converge para (xo,Yo). Dizemos que o conjunto X
e fechado se contem todos os seus pontos de aderencia.
Note que todo x EX e ponto aderente ao conjunto X pois a sequencia constante
(x,x,x,x,...,) converge para x.
Dessa definic;ao, conclufmos que, seX e fechado e (xo,Yo) EX, entao, existe uma
sequencia (xn ,Yn ) de elementos deX tal que (xn ,Yn )-+ (xo,Yo).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ao conjunto de todos os pontos de aderencia de X, chamamos de o fecho de X e


denotamos por X. Note que todo ponto de acumulac;ao de X e tambem um ponto
de aderencia de X.

Um conjunto K � �2 , K � �3 ou K c �n e dito compacto, se for limitado e


fechado. As bolas fechadas B, B � �2 ou B � �3 sao exemplos de conjuntos
compactos.
Lembramos que um conjunto X � �2 (ou X � �3 ) e dito limitado se existe uma
bola de raio r > 0 contendo esse conjunto. Em outras palavras, X e limitado, se

II(x,y) II :S r para todo (x,y) EX.


Sao exemplos de conjuntos compactos: as bolas fechadas, B � �2 , B � �3 .
Os conjuntos compactos tern propriedades importantes no Calculo. 0 seguinte
teorema justifica isso. 0 resultado e geral para conjuntos compactos, mas o enun­
ciamos apenas para �2 e �3 . Esse teorema e tambem conhecido como princfpio
do Min-Max.

Teorema 8 (Weierstrass). Seja K � �2 ou K � �3 um conjunto compacto e


f: K-+ � umafunr;ao continua. Entao, existem pontos (xo,Yo) e (x1,Y1) em K e
numeros reais m e M tais que:
m = f(xo,Yo) :S f(x,y) :S f(x1,Y1) = M,\f(x,y) EK.

59

Limites e Continuidade
74 UNIDADE II

Em autras palavras, f assume valares maxima e minima glabais sabre a canjunta


K.

N ovamente, esse importante teorema se mantem para furn;oes reais com dominios
contidos no JR.n .

• Exemplo 6

Considere a func;ao continua f(x,y) = -x2 -y2 definida sobre a bola fechada K

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
= B[(O,O), 1]. Pelo teorema de Weierstrass, f assume o seu ponto de minimo
global em um ponto (xo,Yo) de Ke assume o seu ponto de maximo global em um
ponto (x1,Y1) de K. Note que, para pontos de K, temos que -1 � f(x,y) � 0. E
facil ver que (0,0) e ponto de Kem que f assume o valor maximo. Qualquer
ponto no bordo de K, isto e, pontos onde x2 + y2 = 1 satisfazem f(x,y) = -1,
esses pontos do bordo de K sao pontos nos quais f assume o seu valor minimo.

0 teorema de Weierstrass da condic;oes para a existencia de pontos de maximo e


minimo, mas nao da um metodo de determina-los. Em muitos problemas praticos e
importante conhecer esses pontos. Em geral, determinar os pontos de maximo e de
minimo de uma func;ao continua nao e simples. Veremos na pr6xima unidade
tecnicas envolvendo derivada que nos ajudam nessa busca.

CONSIDERA(:'.OES FINAIS
Nesta segunda unidade, estudamos Limites e Continuidade de func;oes reais de duas
e tres variaveis. Esses assuntos estendem os conceitos ja estudados no Calculo I.
Ao estendermos essas noc;oes para func;oes de duas ou mais variaveis, foi necessario
introduzir algumas noc;oes basicas de topologia, tais como ponto interior, conjun­
tos abertos, ponto de acumulac;ao,conjuntos fechados e conjuntos compactos.

60

LIMITES E CONTINUIDADE
minimo, mas nao da um metodo de determina-los. Em muitos problemas praticos e
importante conhecer esses pontos. Em geral, determinar os pontos de maximo e de
75
minimo de uma func;ao continua nao e simples. Veremos na pr6xima unidade
tecnicas envolvendo derivada que nos ajudam nessa busca.

CONSIDERA(:'.OESFINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta segunda unidade, estudamos Limites e Continuidade de func;oes reais de duas
e tres variaveis. Esses assuntos estendem os conceitos ja estudados no Calculo I.
Ao estendermos essas noc;oes para func;oes de duas ou mais variaveis, foi necessario
introduzir algumas noc;oes basicas de topologia, tais como ponto interior, conjun­
tos abertos, ponto de acumulac;ao,conjuntos fechados e conjuntos compactos.

60
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Considerações Finais
76

7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini<;ao com Ee<>


que lim f(x,y,z) = 10.
(x,y,z)--+(1,2,3)

x2 -y2
se (x,y) # (0,0)
2,
Verifique que a fun<;ao J(x,y) = { Jx + y
2
8.
0, se (x,y) = (0,0),
e continua no ponto (0,0)

LEITURA COMPLEMENTAR
0 Teorema do ponto fixo
0 teorema do ponto fixo das conta<;5es e um dos resultados mais importantes
da matematica. Apresentaremos a seguir sua versao no espa<;o ffi.n , onde n =
1,2,3,.. . N, N finito.
Lembramos que uma aplica<;ao T : C --+ C e uma contra<;ao se existe O ::; k < 1 tal
que: tal que
IIT(x) -T(y) II ::; kllx-yll,Vx,y EC.

Teorema 9 (Principio da Contra�ao em ffi.n ). Seja C subconjunto nao vazio, li­


n
Verifique que a fun<;ao J(x,y) = { Jx + y
2 2
8.
0, se (x,y) = (0,0),
77
e continua no ponto (0,0)

LEITURA COMPLEMENTAR
0 Teorema do ponto fixo
0 teorema do ponto fixo das conta<;5es e um dos resultados mais importantes
da matematica. Apresentaremos a seguir sua versao no espa<;o ffi.n , onde n =
1,2,3,.. . N, N finito.
Lembramos que uma aplica<;ao T : C --+ C e uma contra<;ao se existe O ::; k < 1 tal
que: tal que
IIT(x) -T(y) II ::; kllx-yll,Vx,y EC.

Teorema 9 (Principio da Contra�ao em ffi.n ). Seja C subconjunto nao vazio, li­


mitado e fechado do ffi.n e T : C--+ C uma contra(;ao. Entao, T tem um unico ponto

fixo em C, isto e, existe xo EC tal que T(xo) = xo.

Demonstra�ao: defina a plica<;ao f: C--+ ffi. dada por f(x)= llx-T(x) II- Note
que os zeros de f sao precisamente os pontos fixos de T . Observamos que:

IJ(x)-f(y) I ::; (1 + k) llx-yll-

Assim, f e Lipschitziana e, portanto, continua.


Tambem notamos que:

f(T(x))= IIT(x) -T(T(x)) II ::; kllx-T(x) II= kf(x),Vx.

Como Ce limitado e fechado, o prindpio Min-Max garante a existencia de p EC


62
tais que
f(p) ::; f(x)1 \Ix EC.

Em particular, f(p)::; f(T(p)) e, portanto,

f(p)::; f(T(p))::; kf(p).

Como k < 1 segue que f(p) = 0 e, portanto, T (p) = p. D

Este teorema tern varias aplicac;6es importantes, como o teorema de existencia e


unicidade de soluc;oes para equac;oes diferenciais e o metodo de Newton-Raphson
para soluc;ao numericia de equac;oes.
Fonte: Drager e Foote (1986).

Material Complementar #LIVRO#


MATERIAL COMPLEMENTAR

Cálculo - Volume 2
James Stewart
Editora: Cengage Learning, 2014.
Sinopse: O livro trata do conteúdo padrão disciplina de Cálculo ll.
O autor usa uma linguagem é simples e clara, apresenta inúmeros
exemplos e ilustrações.
79
REFERÊNCIAS
Referencias Bibliograficas

[1] ANTON, H.; BI VENS, I. ; DAVIS, S. Calculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto


Alegre: Ed. Bookaman, 2007.

[2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic


Geome­try. NJ: Prentice Hall, 1998.

[3] DRAGER, L. D.; FOOTE, R. L. The contraction mapping lemma and


the inverse function theorem in Advanced Calculus. The Teaching of
Mathematics, 1986.

[4] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Calculo com


Ge­ometria Analitica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

[5] LEITHOLD, L. 0 Calculo com Geometria Analitica. V. 1 e 2. 3. ed. Sao


Paulo: Ed. Harbra, 1994.

[6] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J.. Vector Calculus. New York: W. H.


Freeman and Company, 1981.

[7] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis.


New York: Springer, 1991.

[8] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo:


Ed. MacGraw-Hill, 1987.

[9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage


65
Leaming, 2013.

ATIVIDADES DE ESTUDOS - GABARITO


1. Para veriflcar que lim xy nao existe, tome os dois caminhos y =
(x,y)--+(0,0) X2 + y2
x e y = -x. Sohre o primeiro, o limite e i e sobre o segundo o limte e 21 .

x2 r (cos ( 8) - sen 2 ( 8))


.#+;z
2 2
2. Usando coordenadas polares, flea = r( cos2 ( 8)-
2

xZ +y z #'
r2
sen 2(8)). Quando (x,y)----+ (0,0), temos que r----+ 0, assim, limr(cos2(8)­
r--+O
sen 2(8)) = 0.

x4 +y 4
3. Usando coordenadas polares, flea
Jx2 +y 2
[9] STEWART, James. Cálculo. V. 1 e 2. 7 ed. São Paulo: Ed. Cengage Le-
80
arning, 2013.
GABARITO

ATIVIDADES DE ESTUDOS – GABARITO


xy
1. Para verificar que lim não existe, tome os dois caminhos y =
(x,y)→(0,0) x2 + y2
1
x e y = −x. Sobre o primeiro, o limite é 2 e sobre o segundo o limte é −1
2 .

2 r2 (cos2 (θ) − sen 2 (θ))


2
2. Usando coordenadas polares, √x −y
2
fica √ = r(cos2 (θ)−
x +y2 r2
sen 2 (θ)). Quando (x, y) → (0, 0), temos que r → 0, assim, lim r(cos2 (θ)−
r→0
sen 2 (θ)) = 0.

x 4 + y4
3. Usando coordenadas polares,  fica
x 2 + y2
r2 (cos2 (θ) − sen 2 (θ))

3 2
= r(cos4 (θ) + sen 4 (θ)).
r
Quando (x, y) → (0, 0), temos que r → 0, assim, lim r(cos4 (θ)+ sen 4 (θ)) =
r→0
0.

xyz
4. Vamos usar coordenadas esféricas para mostrar lim =
(x,y,z)→(0,0,0) x2 + y2 + z2
0. Passando para coordenadas esféricas, temos que
xyz
= ρ cos (θ) sen 2 (ϕ) sen (θ) cos (ϕ) .
x 2 + y2 + z2
Quando (x, y, z) → (0, 0), temos que ρ → 0, assim,

lim ρ cos (θ) sen 2 (ϕ) sen (θ) cos (ϕ) = 0.


ρ→0

x+y+z
5. Para mostrar que o limite lim não existe, bastar tomar
(x,y,z)→(0,0,0) x2 + y2 + z2
um caminho onde o limite não existe. Tome z qualquer tendendo a zero e
x = y = 0, obtemos que o limite não existe.

66
6. Tomemos a reta passando pela origem y = ax,a > 0. Entao, f(x,ax) =
2ax3 2ax
x4 +a --2 que tende a zero quando x -+ 0. Fazendo y = x2 ,
2x2 = x+a
2
f(x,x2 ) = x4 :� = 1, constante. Logo, o limite nao existe.

7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini<;ao com Ee o


que lim f(x,y,z) = 10.
(x,y,z)--+(1,2 ,3)
Dado E > 0 queremos determinar O > 0 tal que se ll(x,y,z)-(1,2,3)11 < O
entao IJ(x,y,z) -101 < £.
6. Tomemos a reta passando pela origem y = ax, a > 0. Então, f (x, ax) = 81
2ax3 2ax
GABARITO
x 4 + a2 x 2
=
x + a2
que tende a zero quando x → 0. Fazendo y = x2 ,
2x4
f (x, x2 ) = 4 = 1, constante. Logo, o limite não existe.
x + x4

7. Seja f (x, y, z) = x − 2y + 3z + 4. Verifique utilizando a definição com ε e δ


que lim f (x, y, z) = 10.
(x,y,z)→(1,2,3)
Dado ε > 0 queremos determinar δ > 0 tal que se �(x, y, z) − (1, 2, 3)� < δ
então | f (x, y, z) − 10| < ε.

Notemos que | f (x, y, z)−10| < ε é o mesmo que |x−2y+3z+4−10| < ε e


�(x, y, z) − (1, 2, 3)� < δ é o mesmo que (x − 1)2 + (y − 2)2 + (z − 3)2 <


δ. Além disso, como



|x − 1| ≤ (x − 1)2 + (y − 2)2 + (z − 3)2 < δ,

|y − 2| ≤ (x − 1)2 + (y − 2)2 + (z − 3)2 < δ

|z − 3| ≤ (x − 1)2 + (y − 2)2 + (z − 3)2 < δ,

temos que:

|x − 2y + 3z + 4 − 10| = |(x − 1) − 2(y − 2) + 3(z − 3)|

≤ |x − 1| + 2|y − 2| + 3|z − 3| < 6δ.

Como queremos que: |x − 2y + 3z + 4 − 10| < ε e sabemos |x − 2y + 3z +


4 − 10| < 6δ, então, precisamos que 6δ < ε. Segue que devemos tomar
0 < δ < 6ε .
ε
Assim, dado ε > 0 existe 0 < δ < 6 tal que se �(x, y, z) − (1, 2, 3)� < δ
então | f (x, y) − 10| < ε.

Portanto, pela definição de limite, temos que lim f (x, y) = 10.


(x,y,z)→(1,2,3)

67
Professor Dr. Doherty Andrade

DERIVADAS PARCIAIS E

III
UNIDADE
MÁXIMOS E MÍNIMOS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Introduzir a noção de derivada parcial.
■■ Apresentar a regra da cadeia: derivação de funções compostas.
■■ Estudar máximos e mínimos relativos e derivadas direcionais.
■■ Apresentar a técnica dos multiplicadores de Lagrande.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Derivadas Parciais
■■ Regra da Cadeia
■■ Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais
■■ Derivadas Direcionais
■■ Multiplicadores de Lagrange
85

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos iniciar o estudo das derivadas de funções com mais de uma
variável. Como já vimos, uma função real de duas variáveis reais (x, y) é uma
função com domínio D ⊂ R2 e com valores em R. Do mesmo modo, uma função
real de três variáveis reais (x, y, z) é uma função com domínio D ⊂ R3 e com
valores em R. Assim, é possível definir derivada com relação a cada uma das
variáveis x, y e z são as derivadas parciais.
Em geral, especificamos uma função apresentando uma expressão para o valor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

f (x, y) no caso de duas variáveis (x, y) ou f (x, y, z) no caso de três variáveis


(x, y, z), como já vimos. Essa expressão é o objeto de estudo dessa unidade no
que diz respeito a sua diferenciabilidade e quanto a existência de pontos críti-
cos para posterior classificação em pontos de máximos ou de mínimos. Vamos
apresentar o teste da derivada segunda para essa classificação e, então, seremos
capazes de classificar os pontos críticos.
Vamos aprender a derivar uma função na direção de um determinado vetor e intro-
duziremos o vetor gradiente de uma função. Aprenderemos que o vetor gradiente
de uma função aponta sempre para a direção de maior crescimento dela. Também
vamos apresentar o método dos multiplicadores de Lagrange, importante ferra-
menta, para otimizar uma função sujeita a restrições.
Vamos aprender a determinar o plano tangente ao gráfico de uma superfície e a
usá-lo como uma aproximação linear para função.

1DERIVADAS PARCIAIS
DERIVADAS PARCIAIS
Vimos derivadas para funções reais de uma variável real y = f (x) e definimos que

f (x + h) − f (x)
y′ (x) = lim ,
h→0 h

71

Introdução
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


III
UNIDADE
86
87

Usamos as seguintes nota<;5es para as derivadas parciais:

fx

Note que na derivada parcial com rela<;ao ax, mantemos a variavel y como cons­
tante. Ena derivada parcial com rela<;ao a y, mantemos a variavel x como cons­
tante. Assim, as tecnicas de deriva<;ao sao as mesmas ja estudas no Calculo I.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• Exemplo 1

Vamos determinar as derivadas parciais Zx e Zy das fun<;5es a seguir:

(a) z = x2 -y2 -.xy. Mantendo a variavel y como constante, obtemos Zx = 2x-y


e, mantendo x constante, obtemos Zy = -2y -x.

(b) z = e5xy . Mantendo a variavel y como constante, obtemos: Zx = 5ye5xy e,


mantendo x constante, obtemos Zy = 5xe 5xy
.

(c) z = cos(.xy) + sen (.xy). Mantendo a variavel y como constante, obtemos zx =


-y sen (.xy) + y cos(.xy) e, mantendo x constante, obtemos Zy = -x sen (.xy) +
x cos(.xy).

Interpreta«;ao geometrica das derivadas parciais: consideremos a fun<;ao real


f(x,y) de duas variaveis reais (x,y). 0 grafico def e uma superficie do espa<;o ffi.3 .
As derivadas parciais fx e fy sao as inclina<;5es das retas tangentes a certas curvas
particulares sobre a superficie z = f(x,y). A figura 1 ilustra essa afirma<;ao.

73

Introdução
88 UNIDADE III

Figura 1:1: Derivadas


Figura Derivadas parciais
parciais sao
sao inclina<;;oes
inclina<;;oes das
das retas
retas tangentes
tangentes aa certas
certas curvas
curvas

Figura 1: Derivadas parciais sao inclina<;;oes das retas tangentes a certas curvas
Figura 1: Derivadas parciais sao inclina<;;oes das retas tangentes a certas curvas

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: oo autor.
Fonte: autor.
Fonte: o autor.

A figura
A figura 11 ilustra
ilustra
A figura aa interpreta<;;ao
interpreta<;;ao
1 ilustra geometrica
a interpreta<;;aogeometrica de
geometrica de U.U.
de-¥x-¥xe ee A interpreta<;;ao
AA interpreta<;;ao
interpreta<;;ao
ge­ ge­
ge­
ometrica de -¥x de
ometrica
ometrica de corresponde
corresponde a inclina<;;ao
-¥x corresponde a inclina<;;ao
inclina<;;ao
Fonte: da reta
da reta
da oreta tangente
tangente
autor.
tangente aa curva
curva
a curva APB
APBAPB no ponto
no ponto
no ponto P,
P, P,
sendo
sendo que
que que a curvaAPB eintesec<;;ao
a intesec<;;aoda
da superficie
superficiecom comcom
o planoplano
perpendicu­
sendo aa curvaAPB
curvaAPB ee aa intesec<;;ao da superficie com
com com oo plano perpendicu­
perpendicu­

U.
lar ao eixo y passando por P.

UU
lar ao
ao eixo
eixo yy pass
passan
ando do por
por P.
P.
lar A figura 1 ilustra
Do mesmo corresponde a inclina<;;ao
modo , a interpreta<;;ao geometrica -¥x e a curva
de tangente
da reta A interpreta<;;ao
CPD no ge­
Do mesmo
Doometrica
mesmo modo
pontomodo
de
P, em
,
-¥x , que corresponde
corresponde
curva CPD
a inclina<;;ao
a inclina<;;ao
acorresponde inclina<;;ao
dada
e a intersec<;;ao
da
da
reta
reta tangente
reta tangente
tangente
superficie
a curva
a curva
coma ocurva
planoAPB
CPD
CPD
no
perpen­
no
no P,
ponto
ponto P,
ponto P, em que
em aa curva
curva CPD ee aP.
a intersec<;;ao
intersec<;;ao da
da superficie
superficie com
com o plano
plano perpen­
perpen­
sendo queque
dicular ao eixo
a curvaAPB CPD
x passan
edoa por
intesec<;;ao da superficie com com ooplano perpendicu­
dicular ao
dicular ao eixo
eixo x pass
passanando
do por
por P.P.
eixo yxpass
lar ao• Exemplo 2 ando por P.

Do mesmo
•• Exemplo
Exemplo modo , U
corresponde a inclina<;;ao da reta tangente a curva CPD no
22 zx(l,2) e Zy (l,2), onde z = sen (nxy). Temos que:
Determine
ponto P, em que a curva CPD e a intersec<;;ao da superficie com o plano perpen­
a
Determine
Determine (l,
zzxx(l,
dicular ao 2)xeepass
eixo2) (l,
ZZyy(l,
Z2),
x onde
an2),
do
= (sen
onde
por
OX P. =(nxy
zz = sen
sen
)) ( 1tycos(
(nxy
=
nxy). que:
nxy).). Temos
Temos que:

a
Substituindo x = 1 e y = 2, temos:
ZZxx = (sen (nxy)) =
= 1t cos(
y nxy).
• Exemplo 2 OX(sen (nxy)) 1tycos(nxy).
=

OX
Zx(l,2) = 21tcos(21t) = 21t.
Substituindo = 11 ee yy == 2,2, temos:
Determinexxz=
Substituindo temos:
x (l,2) e Zy (l,2), onde z = sen (nxy). Temos que:

a
(l,2)(sen
ZZxZxx(l,2)
= =
74
= 21tcos(21t)
21tcos(21t)
(nxy)) = == 21t.
1t 21t.
ycos(nxy).
OX

Substituindo x = 1 e y = 2, temos:
74
74

Zx(l,2) = 21tcos(21t) = 21t.

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


74
89

Como:
Como:
Como:
= (nxy)sen (nxy) = nxcos(nxy),
= sen = nxcos(nxy),
Zy ayZyay
= sen (nxy) = nxcos(nxy),
Zy temos:
substituindo x = 1 e y = 2, ay
substituindo x = 1 e y = 2, temos:
substituindo x = 1 e y = 2, temos:
Z (l,2 ) = l1tcos(21t) = 1t.
Zy (l,2 )y= l1tcos(21t) = 1t.
Zy (l,2 ) = l1tcos(21t) = 1t.

1.1 1.1
PlanoPlano Tangente
Tangente
1.1 Plano Tangente
Se z = f(x,y) tern derivadas parciais fx e fy contfnuas em uma vizinham;a con­
Se z = f(x,y) tern derivadas parciais fx e fy contfnuas em uma vizinham;a con­
Se z =of(x,y)
tendo ponto (tern
a, b)derivadas parciais
do dominio def, asfxduas
e fy retas
contfnuas em uma
tangentes vizinham;a
ilustradas con­1
na figura
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tendo o ponto (a, b) do dominio def, as duas retas tangentes ilustradas na figura 1
determinam
tendo oumponto um unico plano
b) doque
(a,plano que passaaspelo
dominio duaspontoP= (a,b,f(a,b)). Ana
esse plano,
determinam unico passa def,
pelo pontoP= retas tangentes
(a,b,f(a,b)). ilustradas figura
A esse plano, 1
chamamos de
determinam
chamamos de plano um plano
unicotangente
tangente plano a superfice
que passa
a superfice z =pelo
= f(x,y)
z pontoP=
f(x,y) no ponto
no ponto P(a,b,f(a,b)).
(a,b,f(a,b)). A esse plano,
P(a,b,f(a,b)).
Esse plano de
chamamos contem
planoas retas tangentes
tangente z = f(x,y) no ponto P(a,b,f(a,b)).
as curvas:
a superfice
Esse plano contem as retas tangentes as curvas:
Esse plano contem as retas tangentes as curvas:
zf(x,b),f(x,b), y = b fixo
z y = b fixo
zz f(x,b),
f(a,y), yx =
= ba fixo
fixo .
z f(a,y), x = a fixo .
z f(a,y), x = a fixo .
Da Geometria Analftica, sabemos que um plano nao vertical que passa pelo ponto
Da Geometria Analftica, sabemos que um plano nao vertical que passa pelo ponto
(a,b,c)
Da tern a forma:
Geometria
(a,b,c) tern a forma: Analftica, sabemos que um plano nao vertical que passa pelo ponto
(a,b,c) tern a forma:
A(x-a)+B(y-b)+C(z-c) =0,
A(x-a)+B(y-b)+C(z-c) =0,
A(x-a)+B(y-b)+C(z-c) =0,
em que C =/=- 0.
em que C =/=- 0.
Dividindo
em que por0. C, obtemos:
Dividindo porCC,=/=-obtemos:
Dividindo por C, obtemos:
(z - c) = p(x - a) + q(y - b),
(z - c) = p(x - a) + q(y - b),
(z - c) = p(x - a) + q(y - b),
em que p = - � e q = - �. 0 plano sera tangente a superficie desde que contenha
em que p = - � e q = - �. 0 plano sera tangente a superficie desde que contenha
as retas = as - �curvas
que ptangentes e qas=curvas
- �. 0definidas x = a e em y = b.
em
as retas tangentes definidasplano =em
em xsera
atangente
e em y =ab.superficie desde que contenha
Fazendo
Fazendo
as retas y = b, obtemos
y = b,tangentes
obtemos as
a reta (z - c)em
curvas
a reta (z -definidas
c) = p(x-a)
= p(x-a)
x= a e em
e assim
e assim
*y(a, b.*=(a,p.b)E,=fazendo
= b) p. E, fazendo
x = a, obtemos = q(y-b) a,b)==q.p. E, fazendo
obtemosya=outra = e,p(x-a)
a outra reta (z-c) e, assim, �*(a,b)
x = a, Fazendo b, obtemos a reta
reta (z-c) = (zq(y-b)
- c) assim, e�assim
(a,b) = (q.
x = a, obtemos a outra reta (z-c) = q(y-b) e, assim, �(a,b) = q.
75
75
75

Introdução
90 UNIDADE III

Segue que a equa<;ao do plano do tangente a superficie z = f(x,y) no ponto


P(a,b ,f(a,b )) e dado por:

z-f(a,b )
az a,b )(x-a) +
az a,b )(y-b ).
ax( ay(
(3)

Ou, equivalentemente,

z = f(a,b ) +
az a,b )(x-a) +
az a,b )(y-b ).
ax( ay(
(4)

Tambem podemos escrever o plano tangente como:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
az (a,b)(x-a)+ az (a,b)(y-b) - l(z- f(a,b)) = 0. (5)
ax ay

Do nosso conhecimento de Geometria Analftica, sabemos que o vetor normal ao


plano tangente e o seguinte vetor:

n=
(az (a,b),az (a,b),-1 ) .
ax ay

Assim, podemos escrever a equa<;ao do plano tangente dada pela equa<;ao (5)
acima por meio do produto interno:

(az (a,b),az (a,b),-1 ) · (x-a,y-b,z-f(a,b)) = 0. (6)


ax ay

Assim, conclufmos a demonstra<;ao do teorema a seguir:

Teorema 1. Seja S a superffcie dada por z = f(x,y) em que f tem der ivadas
par ciais fx e Jy cont fnuas em uma vizinhan�a do ponto (a,b ) do dom fnio de f. 0
plano tangente a superf{cie S no ponto P(a, b ,f(a,b )) e dado por:

(az (a,b),az (a,b),-1 ) · (x-a,y-b,z-f(a,b)) = 0. (7)


ax ay

76

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


91

• Exemplo 3

Seja S a superfície definida por f (x, y) = 4 − 2x2 − y2 , determine o plano tangente


a S no ponto P(0, 0, 4) e no ponto P(1, 2, 1).
∂f ∂f ∂f
Vamos precisar das derivadas parciais ∂x e ∂y no ponto (0, 0). Temos que ∂x =
∂f ∂f ∂f
−4x e ∂y = −2y. Substituindo o ponto (0, 0) temos ∂x (0, 0) = 0 e ∂y (0, 0) = 0.
Segue que a equação do plano tangente é z − 4 = 0, um plano paralelo ao plano
xy.
Agora, vamos determinar o plano tangente a S no ponto P(1, 2, 1).
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∂f ∂f
Vamos precisar das derivadas parciais ∂x = −4x e ∂y = −2y. Substituindo o ponto
∂f ∂f
(1, 2), temos ∂x (1, 2) = −4 e ∂y (1, 2) = −4.
Segue que, usando a equação do plano tangente dada pela equação (7), que

(−4, −4, −1) · (x − 1, y − 2, z − 1) = 0,

de onde segue que a equação do plano tangente é 4x + 4y + z = −13.

Aproximação linear: como vimos, uma superfície dada por z = f (x, y) que tem
derivadas parciais fx e fy contínuas em uma vizinhança do ponto (a, b) do domí-
nio de f tem um plano tangente no ponto (a, b, f (a, b)). Esse plano tangente é
uma aproximação linear à superfície no ponto (a, b, f (a, b)). Chamamos de apro-
ximação linear de f a função que tem esse plano tangente como gráfico.
Como o plano tangente à superfície no ponto (a, b, f (a, b)) é dado por

∂f ∂f
z = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b),
∂x ∂y

segue que a função que tem o plano tangente como gráfico é

∂f ∂f
L(x, y) = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b). (8)
∂x ∂y

Essa função é chamada de a aproximação linear de f (x, y) no ponto (a, b).

77

Introdução
z = f(a,b)+ (a,b)(x-a)+ (a,b)(y-b),
ax ay

segue que a func;ao que tern o plano tangente como grafico e:


92 UNIDADE III
a1 a1
L(x,y) = f(a,b)+ a (a,b)(x-a)+ a (a,b)(y-b). (8)
x y

Essa func;ao e chamada de a aproximac;ao linear de f(x,y) no ponto (a,b).

• Exemplo 4

Seja f (x, y) = xyex+y definida em todos 2


77os pontos do plano R , vamos determinar
uma aproximação linear de f no ponto (1, 2). Notemos que f (1, 2) = 2e3 e

fx (x, y) = yex+y + xyex+y , fy (x, y) = xex+y + xyex+y

fx (1, 2) = 4e3 , fy (1, 2) = 3e3 .

Logo,
L(x, y) = 2e3 + 4e3 (x − 1) + 3e3 (y − 2)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
é aproximação linear procurada.
Segue que, para pontos (x, y) próximos de P(1, 2), temos

f (x, y) ≈ e3 (2 + 4(x − 1) + 3(y − 2)).

Agora, vamos usar a aproximação linear obtida anteriormente para obter uma
aproximação do valor f (0.9, 2.1). Note que o ponto (0.9, 2.1) está próximo do
ponto (1, 2) no qual determinamos a aproximação linear L(x, y) para f . Segue que

f (0.9, 2.1) ≈ L(0.9, 2.1) = 38.1625.

Observe que f (0.9, 2.1) = 37.96166 é muito próximo do valor obtido.

Diferencial total: Chamando x − a de dx e y − b de dy, a aproximação linear


L(x, y) para f (x, y) dada pela equação (8) no ponto (a, b) pode ser escrita como:

L(x, y) = f (a, b) + f x (a, b)dx + fy(a, b)dy.

A expressão
d f = dz = fx (a, b)dx + fy(a, b)dy (9)

é chamada de diferencial total de f no ponto (a, b).

78

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


93

1.2 1.2 Derivadas


Derivadas de ordem
de ordem superior
superior
As derivadas
As derivadas parciaisparciais de primeira
de primeira ordem ordem x e J
fx e Jy fsao, y sao, tambem,
tambem, furn;oesfurn
de;oes
x e ydee,x e y e,
assim, assim,
podemospodemos
pensar pensar em deriva-las.
em deriva-las.
A derivada
A derivada parcialparcial
de fx (xde (x, yrelac;ao
, y )fxcom ) com relac;ao
ax, se ax, se existe,
existe, por : por :
e representada
e representada

x )x=
(Jx )x =(Jfxx
i: i: (!;) (!;)!:i·
= fxx =
=
:X
=
:X = =
!:i·
A derivada
A derivada parcialparcial
de fx (xde
, y )fxcom
(x, yrelac;ao
) com relac;ao
a y, se aexiste,
y, se existe, por : por :
e representada
e representada

i i (=aJ
2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

aJ aJx aJ a)f= a f . 2
fx
fx =( ffxxy)y== xy =
= ay (= ay)
a . aa x y x
( )y ay ay ax a yax

A derivada
A derivada parcialparcial
de Jy (xde
, y )Jycom
(x, yrelac;ao
) com relac;ao
ax, se ax, se existe,
existe, por : por :
e representada
e representada

A derivada
A derivada parcialparcial
de Jy (xde
, y )Jycom
(x, yrelac;ao
) com relac;ao
a y, se aexiste,
y, se existe, por : por :
e representada
e representada

E importante
E importante observar
observar fxy e a f
que a derivada
que a derivada xy e a derivada
derivada de segunda
de segunda ordem ordem de f com
de f com
x primeiro e, entao, com relac;ao a . Ja a derivada fyx e a derivada de
relac;aorelac;ao
x primeiro e, entao, com relac;ao a y. Ja ay derivada fyx e a derivada de
segunda ordem de f com relac;ao y primeiro e, entao, com relac;ao ax. Uma per­ per­
segunda ordem de f com relac;ao y primeiro e, entao, com relac;ao ax. Uma
gunta
gunta que quenaturalmente
surge surge naturalmente e sederivadas
e se essas essas derivadas
fxy e fyfxxy e fyx , chamadas
, chamadas de derivadas
de derivadas
mistas,mistas, sao iguais.
sao iguais. A resposta
A resposta e nao. eVejamos
nao. Vejamos um exemplo.
um exemplo.
Tomemos
Tomemos a seguinte
a seguinte func;aofunc;ao como exemplo
como exemplo que
que esta noesta
livrono2 livro 2 de Leithold
de Leithold (1994, (1994,
p. 959):p. 959): {
{ x2 -y2x2 -y2
se (x, y )#O
xy 2 xy2,X2 sey2,(x, y )#O
f(x, y )f(
=x, y ) =X + y +
0, 0, se (x, se) =(x0, .y ) = 0.
y
Vamos mostrar
Vamos mostrar que: que:

79 79

Introdução
94 UNIDADE III

Por definic;ao,
2
aJ = lim f(O +h,y) - f(O,y) = lim h y(h2 - y2 ) = -y.
(O,y)
ax h---+0 h h---+0 h ( h + y2 )
De onde se obtem que:
a2 1 = -1.
(O,y)
ayax
Em particular,
a2 1
(O, O) = -1.
ayax
Analogamente,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2
aJ . xk(x -k )
-a
2

(x,O) = hm ) =X.
y k---+0 k (X2 + k2

De onde se obtem:

Em particular,

De onde conclufmos que as derivadas mistas de ordem 2 sao diferentes no ponto


(0,0):

0 Teorema de Clairaut-Schwartz a seguir da condic;oes para que as derivadas mis­


tas sejam iguais. Esse resultado vale tambem para func;oes com mais de duas
variaveis.

Teorema 2 (Clairaut-Schwartz). Seja U c JR2 um conjunto aberto e f : U c


JR2 ----+ JR com fx,!y,fxy e fy x tambem definidas em U. Se as derivadas mistas de
segunda ordem Jxy e fy x sfio contfnuas em todo ponto (x,y) EU, entfio,

em todos os pontos de (x,y) EU.

80

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Introdução
95
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


REGRA DA CADEIA
III
UNIDADE
96
97

No cálculo I, a regra da cadeia surgia da composição de y = f (x) e x = g(t).


Assim,
dy dy dx
= .
dt dx dt
Ou equivalentemente,
( f ◦ g)′ (t) = f ′ (g(t))g′ (t).

Para duas ou mais variáveis, a regra da cadeia tem mais de uma extensão. Vamos
supor que w = w(x, y, z):
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(a) x, y e z são funções apenas da variável t.

(b) x, y e z são funções das variáveis u e v.

Caso (a): x, y e z são funções apenas da variável t:


Nesse caso, a função w depende apenas da variável t e, assim,
dw ∂w dx ∂w dy ∂w dz
= + + .
dt ∂x dt ∂y dt ∂z dt
• Exemplo 7

Seja w = x2 − y2 sendo que x = cos(t) e y = sen (t). Pela regra da cadeia, temos
dw ∂w dx ∂w dy
= +
dt ∂x dt ∂y dt
= −2x sen (t) − 2y cos(t)

= −2 cos(t) sen (t) − 2 sen (t) cos(t) = −4 cos(t) sen (t).

Caso (b): x, y e z são funções das variáveis u e v:


Nesse caso, a função w depende das variáveis u e v e, assim,
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z
= + +
∂u ∂x ∂u ∂y ∂u ∂z ∂u
e

∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z
= + + .
∂v ∂x ∂v ∂y ∂v ∂z ∂v

83

Regra da Cadeia
98 UNIDADE III

• Exemplo 8

w = .x2 -8y2 + 2z sendo que x


Seja• Exemplo = uv e y = u + v e z = u2 - v2 . Pela regra da
cadeia, temos:
Seja w = .x2 - y2 + 2z sendo que x = uv e y = u + v e z = u2 - v2 . Pela regra da
cadeia, temos: aw awax away aw oz
--+--+-­
au ax au ay au oz au
aw awax(-2y)l
away+2(2u)
--+--+-­
2xv+ aw oz
au ax au ay au oz au
2uv 2
2xv+ +(-2y)l
2u - 2v.
+2(2u)

2uv2 + 2u - 2v.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E
E

aw awax away aw oz
--+--+-­
avaw ax
awaxav away
ay av aw av
oz oz
--+--+-­ 1 + 2(-2v)
av ax +
2xu av(-2y)
ay av oz av
2xu + (-2y) 1 + 2(-2v)
2u2 v - 2u - 6v.
2u2 v - 2u - 6v.
0 modelo nuclear para a regra da cadeia, aqui apresentado, pode auxiliar na apli­
0 modelo nuclear para a regra da cadeia, aqui apresentado, pode auxiliar na apli­
ca<;ao da regra da cadeia. Aqui temos w = w(x,y,z) onde x = x(u,v),y = y(u,v) e
ca<;ao da regra da cadeia. Aqui temos w = w(x,y,z) onde x = x(u,v),y = y(u,v) e
z = z(u,v).
z = z(u,v).
Figura 2: Modelo nuclear para a regra da cadeia
Figura 2: Modelo nuclear para a regra da cadeia

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
84
84

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


99

Portanto, pela regra da cadeia,


aw awax away aw az
-=--+--+--
au ax au ay au az au .

A derivada parcial !: e a soma dos produtos parciais tomados ao longo de todos


os caminhos de w a u.
Do mesmo modo,
aw awax away awaz
-=--+--+--
av ax av ay av az av .
A derivada parcial �: e a soma dos produtos parciais tomados ao longo de todos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

os caminhos de w a v.

Derivac;ao implicita:
Em muitas situac;oes, precisamos derivary(x) em uma expressao daformaF(x,y) =
0. Se pudermos explicitar y como func;ao de x, isto e, escrever y = y(x), a derivada
y' (x) seria imediata. Mas escrever y = y(x) nem sempre e possfvel. 0 metodo
da derivac;ao implfcita nos ajuda a obter y' (x) sem a necessidade de escrever y
expliticamente como func;ao de x.
Suponha que F(x,y) = 0 define y implicitamente como func;ao de x e que F tenha
derivadas parciais contfnuas de primeira ordem. Entao, pela regra da cadeia,
temos
aF dx aF dy
--+--=
ax dx ay dx
O

de onde segue que :


aF
dy ax
dx -aF
ay
desde que Fy (x,y) seja diferente de zero.
Para a deduc;ao dessa expressao admitimos que F(x,y) = 0 define y como func;ao
de x. Mas quando F(x,y) = 0 define y implicitamente como func;ao de x? A
resposta a essa pergunta e dada pelo teorema da func;ao implfcita.

85

Regra da Cadeia
100 UNIDADE III

Teorema 4 (Teorema da fun�ao implicita). Consideremos a equarao F(x,y) =


0. Suponha que F esteja definida em um aberto D c JR2 e que ( a,b) E D e tal que
F ( a,b) = 0. Se as derivadas parciais Fx e Fy sao cont{nuas em D e Fy(a,b) -1- 0,
entao F(x,y) = 0 define y coma funrao de x em algum aberto contendo ( a,b ).

Nesse caso, a derivada :�(a) e dada por:

aF
dy (a,b) Fx(a,b)
ax
-(a)=-�- .
dx Fy(a,b)
�:(a,b)

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• Exemplo 9

+
Queremos determinar y'(x) se x4 y4 = 4.xy usando derivac;ao implftica.
Podemos escrever x +y = 4.xy comox4 +y4 -4.xy = 0 e, assim, temos F(x,y) =
4 4

0, em que F(x,y) = x4 +y4 -4.xy. Notemos que Fx(x,y) = 4x3 -4y e continua em
todo ponto de JR2 e que Fy(x,y) = 4y3 - 4x e continua em todo ponto de JR2 . Mas
Fy(x,y) = 4y3 -4x -1- 0 apenas quando y3 -1- x.
Assim, pelo teorema da func;ao implfcita, F(x,y) = 0 define y como func;ao de x

em todo ponto(x,y) com y3 #- x. Desse modo, para b #- a, temos que:


3

_ Fx(a,b) _ 4a3 -4b _ a3 -b


y'(a) = = =
Fy(a,b) 4b3 -4a b3 -a·

A discussao realizada ate aqui com duas variaveis x e y pode ser ampliada para
tres ou mais variaveis. No caso de tres variaveis, suponha que F(x,y,z) = 0 define
z como func;ao f de variaveis x e y. Como obter fx e fy ?
Vamos proceder de modo inteiramente analogo ao caso de duas variaveis. Supondo
que F(x,y,z) = 0 define z como func;ao f de x e de ye que as derivadas parciais
Fx ,Fy e Fz existem, temos pela regra da cadeia que:

aF dx + aF dy + aF az
= O.
ax dx ay dx az ax

86

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


101

dx dy
Como =1e = 0, a expressao acima fica reduzida a:
dx dx

Ou seja,
Fx
z
F'
desde que Fz(x,y,z) =/=- 0.
Enunciaremos, a seguir, o teorema da func;ao implfcita no caso em que F(x,y,z) =
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0.

Teorema 5 (Teorema da fun�ao implicita). Consideremos a equar;iio F(x,y,z) =


0. Suponha que F esteja definida em um aberto D C ffi.3 e que ( a,b,c) E D e tal que
F ( a,b,c) = 0. Se as derivadas parciais Fx ,Fy e Fz contfnuas em D e Fz ( a,b,c) =/=- 0,
entiio, F(x,y,z) = 0 define z coma funr;iio de x e de y em algum aberto contendo
(a,b,c).
Nesse caso, a derivada :: ( a,b) e dada por:
aF
az (a,b,c) Fx(a,b,c)
(a,b) = ax
ax - aF Fz(a,b,c) ·
(a,b,c)
az

Do mesmo modo, a derivada :; ( a,b) e dada por:


aF
(a,b,c)
az ay Fy(a,b,c)
(a,b) =
ay - aF Fz(a,b,c) ·
(a,b,c)
az

*
• Exemplo 10

Queremos determinar se x4 + y 4 + z4
= 4.xyz usando derivac;ao implftica.
Podemos escrever x4 + y 4 + z4 = 4.xyz como x4 + y 4 + z4 - 4.xyz = 0 e, assim, temos
F(x,y,z) = 0, em que F(x,y,z) = x4 + y 4 + z4 - 4.xyz. Notemos que Fx(x,y,z) =

87

Regra da Cadeia
102 UNIDADE III

4x3 -4yz, Fy(x,y,z) = 4y 3 -4xz e Fz(x,y,z) = 4z 3 -4.xy sao contfnuas em todos


os pontos de JR3 . Mas Fz(x,y,z) = 4z 3 -4.xy =I= 0 apenas quando z 3 =I= xy.
Assim, peloFteorema
4x3 − 4yz, y (x, y, z)da
= func;ao implfcita,
4y3 − 4xz y, z) = 4z=3 −
e Fz (x,F(x,y,z) 0 define
4xy sãoz como func;ao
contínuas emdetodos
x
eosdepontos
y em todo 3 . Mas
de Rponto (x,y,z) z) =z 34z=I=3 xy.
Fz (x, y,com Desse
− 4xy �= 0 modo,
apenaspara 3 �=temos
c3 =I=zab,
quando xy.
que:
Assim, pelo teorema da função implícita, F(x, y, z) = 0 define z como função de x
_ Fx z( a, - be
= _ 3modo, para
az (x, y, z) com b,xy.
3 �= 4a3 - 4bc _ ca33 �=
c) Desse
( a b c) =
e de y em pontos = 3 ab, temos que
ax '' Fz(a,b,c) 4c -4ab c -ab·
∂z Fx (a, b, c) 4a3 − 4bc a3 − bc
(a, b, c) = − =− 3 =− 3 .
∂x Fz (a, b, c) 4c − 4ab c − ab
MA.XIMOS E MINIMOS DE FUN(:'.OES REAIS

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES REAIS DE
3 Calculo
MÁXIMOS
VÁRIAS
No estudamosE
I,VARIÁVEIS MÍNIMOS DE FUNÇÕES
REAISde pontos
a determinac;ao REAIS
de maximo e mfnimos de
func;oes reais de uma variavel real. Nesta sec;ao, vamos estender aqueles resul­
No Cálculo I, estudamos a determinação de pontos de máximo e mínimos de fun-
tados. Inicialmente, vamos considerar apenas func;oes de duas variaveis reais.
ções reais de uma variável real. Nesta seção, vamos estender aqueles resultados.
Consideremos, entao, uma regiao R e f : R --+ JR uma func;ao real de variaveis reais
Inicialmente, vamos considerar apenas funções de duas variáveis reais.
x e y. Dizemos que f assume o seu valor maximo absoluto ou o seu valor maximo
Consideremos, então, uma região R ⊂ R2 e f : R → R uma função real de variáveis
global M sobre R, se existe um ponto (x1, Yl) E R tal que:
reais x e y. Dizemos que f assume o seu valor máximo absoluto ou o seu valor
f(x,y) f(x1 ,Y1) = M,\l(x,y) ER.
máximo global M sobre R, se:::; existe um ponto (x1 , y1 ) ∈ R tal que
Do mesmo modo, dizemos que f assume o seu valor minimo absoluto ou o seu
f (x, y)
valor minimo global m sobre (x1 , y1um
R,≤sefexiste M, ∀(x,
) =ponto (xoy),Y∈
o)R.
ER tal que:

m = f(x
Do mesmo modo, dizemos queo ,Yof )assume o seu
:::; f(x,y), valor
\l(x,y) ERmínimo
. absoluto ou o seu
valor
Em mínimo
outras globalo m
palavras, sobre
valor R, se existe
maximo globalum
e oponto
valor (x0 , y0 ) ∈global,
mfnimo R tal que
respectiva­
mente, sao atingidos por f em pontos de R.
m = f (x0 , y0 ) ≤ f (x, y), ∀(x, y) ∈ R.
0 Teorema de Weierstrass afirma que esses pontos sempre existem quando a

func;ao e continua
Em outras palavras, o valor
definida máximo
sobre global eR.o valor mínimo global, respectiva-
um compacto
mente, são atingidos por f em pontos de R.
Dizemos que f(a,b) e um valor maximo local def se existe uma bola aberta B
O Teorema de Weierstrass afirma que esses pontos sempre existem quando a fun-
com centro em ( a,b) inteiramente contida em R tal que:
ção é contínua definida sobre um compacto R.
f(x,y):::; f(a,b), (x,y) EB.
Dizemos que f (a, b) é um valor máximo \llocal de f se existe uma bola aberta B
com centro em (a, b) inteiramente contida
88 em R tal que

f (x, y) ≤ f (a, b), ∀(x, y) ∈ B.

88
DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS
103

E que f( c, d) e um valor minimo local def se existe uma bola aberta B com centro
em ( c, d) inteiramente contida em R tal que:

Os valores maximos e mfnimos locais tambem sao chamados de maximos e mfni-


mos relativos.
Note que, pelas definic;oes, os valores de maximo e de mfnimo locais sao valores
globais considerando apenas a bola aberta e nao todo o domfnio de f.
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• Exemplo 11

= x2 + y2 , para (x,y) E IR2 assume o seu valor


(a) A func;ao definida por f(x,y)
mfnimo global no ponto (O;O). De fato, 0 = f(O,O) � f(x,y),\f(x,y) E IR2 .
Essa func;ao nao tern valor maximo global.

Agora, vamos restringir a func;ao ao domfnio D dado pela bola fechada de


centro na origem e raio igual 2:

A origem (0, 0) e o ponto em que f assume o seu valor mfnimo global.


Nos pontos (x;y) ED tais que x2 +y2 = 4, pontos da fronteira de D, f assume
o valor 4. E claro que, no interior de D, a func;ao f tern valor menor do que
4. Assim, em qualquer ponto sobre a fronteira de D, a func;ao f assume o seu
valor maximo global.

= 4-x2 -y2 , para (x,y) E IR2 assume o seu valor


(b) A furn;ao definida por f(x, y)
maximo global no ponto (0,0). De fato, 4 = f(O,O) 2: f(x.y),\f(x,y) E IR2 .

(c) A func;ao definida por f(x,y) = x2 -y2 , para (x,y) E IR2 , nao tern nem valor
maximo global e nem mfnimo global em IR2 .

89

Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais


104 UNIDADE III

Figura 3: z = x2 + y2 z=4-x2 -y2 z=x2 -y2

+ y23:yz = x + yz=4-x
2 x +
3: z3:=zx=
2 2
Figura Figura2 2
2z=4-x2
-y2
Figura z=4-x-y-y
2
z=x 2 2
2 z=x -y
2 2
-y-y
2 2 2
Figura 3: z = x + y
2 2 z=x
z=4-x2 -y2 2
z=x -y 2

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Fonte: oFonte:
autor.
Fonte:
Fonte: o autor. o autor.
o autor.
Fonte: o autor.

Para Para ainvestigar


investigar a utiliza<;ao
autiliza<;ao de derivadas
de derivadas
derivadas apara a determina<;ao dedepontos de ma­
ParaPara investigar
investigar utiliza<;ao
a utiliza<;ao de de
derivadas apara
parapara determina<;ao
a determina<;ao
determina<;ao de de dedepontos
pontos
pontos ma­ma­de ma­
Para investigar a utiliza<;ao de derivadas para a determina<;ao
ximos oulocais,
mfnimos locais, vamos supor que ( ) de pontos de ma­
ximos
ximos
ximos ouou
ou mfnimos
mfnimos
mfnimos locais,
locais, vamos
vamos
vamos supor
supor queque
supor f(x,y
fque
(x,y (x,y )f assuma
)fassuma x,y um
) assuma assuma
valor
um valorum um valor
de de
de maximo
de valor
maximo
maximo
maximo
local ximoslocal
ou mfnimos
no pontolocais,
( a, b).vamos
Entao,supor
fazendo (x,y) assuma
que afintersec<;ao daum valor decom
superficie maximo
planos pa­
local
local nono
no ponto
ponto
ponto( a,( a,a,bb).
(b). Entao,
)Entao, fazendo
fazendo
. Entao, a intersec<;ao
a intersec<;ao
fazendo da superficie
da superficie
a intersec<;ao comcom planos
planos
da superficie com pa­
pa­planos pa­
local
ralelos noplanos
ponto
aosralelos aos( a,
xz e b).
planos Entao,
xz e yz,fazendo
yz, obtemos obtemos
graficosa de
intersec<;ao
graficos de da superficie
duas
duas fun<;5es defun<;5es com planos
de uma
uma variavel pa­ real,
variavel
real,
ralelos aos
ralelos aosplanos
planosxzxz
e yz, obtemos
e yz, graficos
obtemos de duas
graficos defun<;5es de uma variavel
duas fun<;5es de umareal,
variavel real,
ralelosque
aossao:
planos xz e yz, obtemos graficos de duas fun<;5es de uma variavel real,
queque
sao:sao:
que sao:
que sao:
J( )), b ), J(x, b ),
g(x
) ) J(x, bx,
g(xg(x
g(xg(x
) ) h(y) J(J(x,x,bb)J(a
),, y).
,
h(y)
h(y) J(a,y).
J(a,y).
h(y)
h(y) J(a,y).
J(a ,y).
ComoJ(aJ(a Como J(a
) e um ) e maximo
, b de
valor ummaximo
de valor delocal,
maximo entaolocal, entao
g(a)g(a)e h(ebh( bg)(a)
sao h( b ) valores
e tambem saovalores
tambem valores
Como , b ),eb um valor local, entao ) sao tambem
ComodeJ(a b ) e um valorDo
deI,maximo I,local, aentao g(a) e h(pontos
b ) sao tambem valores
Como
de maximoJ(alocais.
de maximo e ,um
maximo
, b )locais. Do
Dovalor
locais.
Calculo
Calculo
Calculo
sabemos
deI,maximo
sabemos queque
local, sabemos
entao que
derivada
a derivada aa)em
g(em derivada
e h( b )de
pontos
em
sao de pontos
maximo
tambem
maximo
de valores
maximo
de maximo
ou mfnimo oulocais locais.
mfnimo Do Calculo
locais
se anula, se anula,
entao, I, entao,
sabemos queque:
temos a derivada em pontos de maximo
ou maximo
de mfnimo locais
locais. se anula, entao,
Do Calculo I, temos
temos que:que: que a derivada em pontos de maximo
sabemos
ou mfnimo locais se anula, entao, temos que:
) =b=)0.=
ou mfnimo locais se anula,g'(a) entao,
= 0temos
g'(a) =e 0h'(
g'(a)
e bh'( que:0 e0.h'( b ) = 0.
g'(a) = 0 e h'( b ) = 0.
Ou Ou
seja,seja,
Ou seja, g'(a) = 0 e h'( b ) = 0.
Ou seja,
a1(aa1(a,b ) a1 ax0(a0, b ) 0
Ou seja, ax ax, ba1 )
a1(aa1(aax,b ) a1
(a , b )
ay0.(a0., b )
0
0.
a1
ay ay, ba1 )
(a ,
(a )
, ) 0 0.
a ay b b
0 mesmo 0argumento
mesmo argumentose aplica se x aplica de no mfnimo
caso de local.mfnimo0 local. 0 teorema
seguinte teorema
0 mesmo argumento se aplica no no
casocaso
a1 de mfnimo local. 0 seguinte seguinte teorema
resume0 mesmo argumento
resume a discussao
a discussao se aplica
acima. acima. ay (a
no ,caso
b ) de 0.
mfnimo local. 0 seguinte teorema
resume a discussao acima.
resume a discussao acima.
0 mesmo argumento se aplica no90caso 90
90 de mfnimo local. 0 seguinte teorema
90
resume a discussao acima.

90
DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS
105

Teorema 6 (Condi�ao necessaria para extremos locais). Suponha que f(x,y)


tenha valor maxima ou minima local no ponto ( a,b) e que as derivadas parciais
fx(a,b) e fy(a,b) existem. Entiio,

fx(a,b) = 0 e fy(a,b) = 0.

As derivadas parciais nulas, fx(a,b) = 0 e fy (a,b) = 0, nos pontos de maximo ou


minimo locais, implicam que o piano tangente a superficie no ponto (a,b,f(a,b))
e horizontal. Note que e o caso analogo a func;ao y = f(x) de uma variavel real.
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• Exemplo 12

(a) Como vimos, o ponto (0,0) e um ponto no qual ocorre um valor minimo
local para f (x, y) = +
x2 y2 . Assim, pelo teorema anterior as derivadas parciais

nesse ponto sao nulas. De fato, fx(x,y) = 2x e fy(x,y) = 2y de onde segue que
fx(O,0) = 0 e fy (O,0) = 0.

(b) As condic;oes do teorema anterior nao sao suficientes para garantir a existencia
de pontos de maximo e mfnimos locais. De fato, a func;ao f(x,y) = x2 -y2
possui derivadas parciais fx(x,y) = 2x e Jy (x,y) = -2y que se anulam em
(0,0). Mas nesse ponto a func;ao nao tern nem maximo e nem minimo locais.
Esse ponto e chamado ponto de sela. Veja a figura:

Fonte: o autor.
Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais
91
106 UNIDADE III

Dos exemplos, podemos concluirque o pontoque anula as derivadas parciais pode


corresponder a um ponto de maximo local, a um ponto de mfnimo local para f ou
a nenhum desses.

Defini�ao 3. Seja f definida em D C JR.2 , dizemos que o ponto ( a,b) interior a D


e um ponto crftico da fun(;iio f se uma das seguinte alternativas ocorre:
1. As derivadas parciais fx e fy se anulam nesse ponto:

fx(a,b) = Jy(a,b) = 0.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2. Pelo menos uma das derivadas parciais fx(a,b) ou Jy(a,b) niio existe.

Observe que nao e verdade que todo ponto crftico e ponto de maximo ou de mini­
mo local.

• Exemplo 13

(a) Vamos determinar os pontos crfticos de f(x,y) = -x2 + y2 + y3 - !y4 . Pela


defini<;ao de ponto crftico, precisamos determinar os pontos que anulam as
derivadas parciais ou essas derivadas nao existem. Note que essa fun<;ao tern
como domfnio o plano JR.2 e possui derivadas parciais de todas as ordens em
todos os pontos:

fx -2x

fy 2y+ 3y 2- 2y 3 .

Segueque fx(x,y) =-2x= O implicaquex= 0 e fy(x,y) = 2y+3y 2-2y 3 = 0


implica que y(2 + 3y- 2y2 ) = 0. Ou seja y = O,y = -!,Y = 2. Segue que os
pontos crfticos sao P(O,0), Q(O, -!) e S(O, 2).

92

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


107

(b) A furn;;ao f(x, y) = Jx2 + y2 tern como grafico um cone circular com vertice
na origem. Como as derivadas fx (O,0) e fy(O,0) nao existem, entao, (0,0) e
Graficamente, vemos que a origem (0,0) e um ponto
um ponto crftico paraf.
de minimo local (e tambem global).

(c) Vamos determinar os pontos crfticos def(x,y) = x4 + y4 - 2x2 - 2y2 . Note que
essa furn;;ao tern como domfnio o plano JR2 e possui derivadas parciais de todas
as ordens em todos os pontos. Pela defini<;;ao de ponto crftico, precisamos
determinar os pontos que anulam as derivadas parciais fx e fy :
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

fx 4x3 -4x =4x(x2 - l) =4x(x- l)(x+ 1)


fy 4 y3 -4 y =4 y( y2 - l) =4 y( y- l)( y+ 1).

Segue que fx (x, y) = 0 implica que x = 0, x = 1 ou x = -1 e fy(x, y) = 0


implica que y = 0, y = 1 ou y = -1. Segue que os pontos crfticos sao

A(O,O), B(O,l), C(0,-1), D(l,O), E(l,l), F(l,-1), G(-1,0), H(-1,1) e


J(-1,-1).

Apresentamos, a seguir, um teste que classifica os pontos crfticos. Esse teste da


condi<;;oes suficientes para a existencia de extremos, e tambem chamado de teste
da derivada segunda.

Teorema 7 (Condi�oes suficientes para existencia de extremos). Seja f uma


fun(:tio de duas variaveis (x, y) com dom{nio De seja P(a,b) um ponto cr{tico
de f.
Suponha que as derivadas de primeira ordem e de segunda ordem sejam
cont{nuas em alguma bola aberta B com centro ( a,b) contida em D.
Enttio:

(a) ftem um valor de m{nimo local em ( a,b) se:

2
fxx (a,b)Jyy (a,b)- [Jxy (a,b)] > 0 e fxx (a,b) > 0 ou Jyy (a,b) > 0.

93

Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais


108 UNIDADE III

(b) f tem um valor de maxima local em (a,b) se:

fxx (a,b)Jyy (a,b ) - [Jxy (a,b )] 2 > 0 e fxx (a,b ) < 0 ou Jyy (a,b ) < 0.

(c) f nfio tem valor de maxima local e nem de mfnimo em ( a,b) se:

fxx (a,b )Jyy (a,b ) - [Jxy (a,b )]


2
< 0.

(d) Nada podemos afirmar se:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2
fxx (a,b )Jyy (a,b ) - [Jxy (a,b )] = 0.

0 fator fxx ( a,b )Jyy ( a,b) - [!xy ( a,b ) ] 2 e o determinante da seguinte matriz simetrica
H, chamada de matriz Hessiana,

fxx (a,b ) fyx(a,b ) ] ·


H= [
fxy (a,b ) fyy (a,b )

• Exemplo 14

(a) Vamos determinar e classificar os pontos crfticos da func;ao:

Os pontos crfticos def sao aqueles que anulam as derivadas:

fx -2x

Jy 2y+ 3y2 -2y3 .

Segue que fx(x,y) = -2x= Oimplica quex= 0 e Jy(x,y) = 2y+3y2 -2y3 = 0


implica que y(2 + 3y-2y2 ) = 0. Ou seja y = O,y = -!,Y = 2. Segue que os
pontos crfticos sao P(O,0), Q(O, -!) e S(O, 2).

94

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


109

A matriz Hessiana em um ponto generico (x,y) e:

A matriz Hessiana em um ponto genérico (x, y) é


 
−2 0
H = 
cujo determinante e -4-12y+ 12y02 . 2 + 6y − 6y2

Acujo
seguir, organizamos
determinante os−
é −4 dados em
12y + uma
12y 2 . tabela para facilitar a classifica<;ao:

A seguir, organizamos
Tabela 1:osClassificando
dados em uma tabela para
os pontos facilitar a classificação:
crfticos

I I I
P. Crftico fxx I
Tabela 1: Classificando os pontos críticos
fyy Conclusao
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2
(x,y) -2 2 6y-6y2 0 -4-12y+ 12y Aplicar o teste
P. Crítico fxx + fyy 2
fxy fxx fyy − fxy Conclusão
P(O,O) -2 2 0 -4<0 nao e extremo local
(x, y) −2 2 + 6y − 6y2 0 −4 − 12y + 12y2 Aplicar o teste
-2 -5 0 -5 <0 nao e extremo local
Q(O,-!)
P(0, 0) -2 2 0 −4 < 0 ponto de sela
S(0,2) -2 -10 0 20> 0 max local
Q(0, − 12 ) -2 −5
2 0 5>0 máximo local
Fonte: o autor.
S(0, 2) -2 −10 0 20 > 0 máx local

Fonte: o autor. Figura 4: f(x,y) = -x2 +y2 +y3 - !y4

Figura 4: f (x, y) = −x2 + y2 + y3 − 12 y4

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

O teorema acima pode ser estendido para funções reais com mais de duas vari-
0 teorema acima pode ser estendido para fun<;oes reais com mais de duas vari-
95
95

Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais


110 UNIDADE III

Fonte: o autor.

0 teorema acima pode ser estendido para fun<;oes reais com mais de duas vari-

95

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


111

4 DERIVADAS
DERIVADAS DIRECIONAIS
DIRECIONAIS
A noção de derivada direcional estende a noção de derivada parcial. Consideremos
a função z = f (x, y) diferenciável com domínio D e (x0 , y0 ) ∈ D.
A derivada direcional de f no ponto (x0 , y0 ) na direção do vetor unitário u = (a, b)
é definida por

f (x0 + ha, y0 + hb) − f (x0 , y0 )


Du f (x0 , y0 ) = lim ,
h→0 h

se esse limite existe.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Compare essa definição com as definições de derivadas parciais e observe que fx e


fy são derivadas direcionais, respectivamente, nas direções i = (1, 0) e j = (0, 1).
A fim de determinar explicitamente a forma da derivada direcional de f no ponto
(x0 , y0 ) na direção do vetor unitário u = (a, b), definimos a seguinte função g(t) =
f (x0 + ta, y0 + tb),t ∈ R. Como f é diferenciável, então, g também o é. Note que
g′ (0) é igual a Du f (x0 , y0 ), onde u = (a, b).
Note que podemos usar a regra da cadeia para obter g′ (0), pois x = x0 + ta e
y = y0 + tb são funções de t. Assim,

∂ f dx ∂ f dy 
g (0) =

+ = fx (x0 , y0 )a + fy (x0 , y0 )b.
∂x dt ∂y dt 

t=0

Logo,
Du f (x0 , y0 ) = fx (x0 , y0 )a + fy (x0 , y0 )b.

Assim, temos o seguinte teorema:

Teorema 8 . Sejam f : D ⊂ R2 → R função diferenciável no aberto D e


(x0 , y0 ) ∈ D. Então, para qualquer vetor unitário u = (a, b) tem-se

Du f (x0 , y0 ) = fx (x0 , y0 )a + fy (x0 , y0 )b.

97

Derivadas Direcionais
112 UNIDADE III

Definindo o vetor grad( f )(x0 , y0 ) por

grad( f )(x0 , y0 ) = ( fx (x0 , y0 ), fy (x0 , y0 ))

a expressão da derivada direcional fica como

Du f (x0 , y0 ) = grad( f )(x0 , y0 ).u,

no qual o ponto · representa o produto interno. O vetor grad( f ) é chamado de


vetor gradiente de f .

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No caso de três variáveis, f : D ⊂ R3 → R função diferenciável no aberto D e
(x0 , y0 , z0 ) ∈ D, podemos repetir o raciocínio e obter a derivada direcional no ponto
(x0 , y0 , z0 ) e na direção do vetor unitário u = (a, b, c):

Du f (x0 , y0 , z0 ) = fx (x0 , y0 , z0 )a + fy (x0 , y0 , z0 )b + fz (x0 , y0 , z0 )c.

No caso de três variáveis, definimos o vetor gradiente grad( f )(x0 , y0 , z0 ), por:

grad( f )(x0 , y0 , z0 ) = ( fx (x0 , y0 , z0 ), fy (x0 , y0 , z0 ), fz (x0 , y0 , z0 )),

a expressão da derivada direcional fica como

Du f (x0 , y0 , z0 ) = grad( f )(x0 , y0 , z0 ).u,

em que o ponto · representa o produto interno.


O vetor grad( f )(x0 , y0 , z0 ), definido acima, chamado de gradiente de f no ponto
(x0 , y0 , z0 ), é representado também por ∇ f (x0 , y0 , z0 ). Assim, a derivada direcio-
nal pode agora ser escrita com

Du f (x0 , y0 , z0 ) = ∇ f (x0 , y0 , z0 ).u .

De modo análogo, a expressão da derivada direcional fica como

Du f (x0 , y0 , z0 ) = ∇( f )(x0 , y0 ).u .

Os vetores ∇ f (x0 , y0 , z0 ) e ∇ f (x0 , y0 ) aparecem em diversas situações do cálculo.

98

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


113

Corolario 1. Se f e funr;iio diferenciavel no aberto D e Po E D, entiio, para


qualquer vetor unitario u tem-se:

Duf(Po) = Vf(Po) · u.

• Exemplo 16

(a) Considere f(x,y) =x2 + 3xy2 + 1. Determine a derivada direcional def no


ponto P(l,2) e na dire<;ao do vetor v= (1,1).

Primeiramente, note que o vetor v nao e unitario, o vetor unitario u na dire<;ao


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

de v e dado por u=
ll:II
= V:: (1,1). Assim, temos que:
fx = 2x+3y 2 :::;> fx(l,2)=14

fy = 6.xy =* fy(l,2)=12.

Segue que :

Duf(l,2)= Vf(l,2).u=(14,12) ·
v2
2 (1,1) =13v2.
(b) Considere f(x,y,z) = xyz. Determine a derivada direcional def no ponto
P( 1, 1,1) e na dire<;ao do vetor v=(1,2,2).

Primeiramente, note que o vetor v nao e unitario, o vetor unitario u na dire<;ao


de v e dado por u=
ll:II
= �(1,2,2). Assim, temos que:

fx=YZ =* fx(l,1,1)=1

fy = xz =* fy(l,1,1) =1
fz = X)I =* fz(l,1,1)=1.

Segue que Vf(xo,Yo,zo).u= (1,1,1) e, assim,

1 5
Duf(l, 1,1)= Vf(l, 1, 1).u=(1, 1, 1) · (1,2,2)= .
3 3
99

Derivadas Direcionais
114 UNIDADE III

Importancia do vetor gradiente: uma questao interessante a cerca da derivada


direcional e a seguinte: fixamos um ponto P(xo,Yo,zo) e calculamos as derivadas
direcionais Duf(xo,Yo,zo) em todas as dire<;5es u. As derivadas direcionais nos
dao as taxas de varia<;ao def em todas as dire<;5es. Pergunta-se: em que dire<;ao
u essa derivada direcional e maxima? Quale o seu valor maximo?
A resposta e obtida observando que:

Duf(xo,Yo,zo) Vf(xo,Yo,zo).u

IIVf(xo,Yo,zo)11 llull cos(8),

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em que 8 e o angulo entre o vetores Vf(xo,Yo,zo) e u. Como u e vetor unitario
segue que:
Duf(xo,Yo,zo) = IIVf(xo,Yo,zo)II cos(8).

Agora observe que essa ultima expressao e maxima quando cos(8) = 1, ou seja,
8 = 0, isto e, a derivada direcional Duf(xo,Yo,zo) e maxima quando u esta na
mesma dire<;ao do vetor gradiente Vf(xo,Yo,zo). E, nesse caso, o valor maxi­
mo e igual a norma do vetor gradiente 11 Vf(xo,y o, zo)11- Assim, demonstramos o
seguinte teorema:

Teorema 9. Seja f uma fun(;iio diferenciavel em um aberto D contendo o ponto


P, o valor maxima da derivada direcional Duf(P) e dada par IIVf(P)II e esse
ocorre quando u tem a mesma dire(;iio do vetor gradiente Vf(P).

• Exemplo 17

Suponha que a velocidade de uma partfcula no ponto (x,y,z) do espa<;o seja dada
por V(x,y,z) = SO , medida em metros por segundo. Em que dire<;ao
l+x2 +y2 +z2
no ponto P( 1, 1, 1) a velocidade aumenta mais rapidamente? Quale a taxa maxima
de aumento?

100

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


115

A taxa maxima ocorre na direc;ao do gradiente de V:

-160
VV(x,y,z) = (x,y,z).
(l + 2 +y 2 +z2)2
x

No ponto P( 1, 1, 1), o vetor gradiente e:

VV(l, 1, 1) = -10(1, 1, 1).

De acordo com o teorema anterior, a velocidade aumenta mais rapidamente na


direc;ao do vetor gradiente VV(l, 1, 1) = -10(1, 1, 1).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A taxa maxima e dada pela norma do vetor gradiente:

IIVV(l, 1, 1)11 = 11- 10(1, 1, 1)11 = 10v3,

isto e, 10y3 metros por segundo.

Plano Tangente a superficie de nivel: seja S a superficie de nfvel dada por


F(x,y,z) = k, em que Fe uma func;ao diferenciavel. Seja C uma curva dada por
r(t) = (x(t),y(t),z(t)) sobre a superficie S e que passa pelo ponto P(xo,Yo,zo) =
r(to). Como a curva esta sobre S, segue que F(x(t),y(t),z(t)) = k. Usando a regra
da cadeia, temos que:
dF dx + dF dy + dF dz
= O. (10)
dx dt dy dt dz dt
Como VF= (Fx ,Fy ,Fz) e r'(t) = (x'(t),y'(t),z'(t)), podemos escrever (10) do
seguinte modo:
VF-r'=O.

Quando t = to, temos:


VF(P) · r'(to)= 0.

Assim, mostramos que o vetor gradiente VF(P) e ortogonal ao vetor r'(to), para
qualquer curva C que passe pelo ponto Pe esta sobre a superficie de nfvel F (x, y, z) =
k.

101

Derivadas Direcionais
116 UNIDADE III

Se VF(P) #- 0, definimos o plano tangente a superficie de nfvel F(x,y,z) = k no


ponto P(xo,Yo,zo) como sendo o plano que passa por P(xo,Yo,zo) e tern vetor
normal VF(P). Da Geometria Analftica, sabemos que, com um ponto do plano e
com um vetor normal a esse plano, podemos determinar a equa<;ao geral do plano:

VF(P) · (x-xo,Y-Yo,z-zo) = 0. (11)

Figura 5: 0 vetor gradiente e normal a superficie de nfvel

VF "'1.ju,t.o)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
.Z

Fonte: o autor.

Teorema 10. Seja S a supeif{cie de nfvel dada par F(x,y,z) = k, em que F seja
fan(;tia diferenciavel. Seja C uma curva dada par r(t) = (x(t),y(t),z(t)) sabre a
supeif{cie S e que passa pela panta P(xo,Yo,zo) = r(to). Enttia, a vetar gradiente
VF(P) e artaganal aa vetar r'(to).

• Exemplo 18

Vamos determinar a equa<;ao do plano tangente ao elips6ide { + Y; + �� = 3 no


ponto P(2, 3, 5).
Primeiramente, observamos que o elips6ide e uma superficie de nfvel com k = 3

102
DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS
117

da furn;ao F(x,y,z) = :x2


4 + Y9 + �5 . Entao, vamos determinar o gradiente de F:
2 2

X
Fx(x,y,z) 2 = 2 =} Fx(2,3,5) = 1
da furn;ao F(x,y,z) = :x24 + Y9 + 2y �25 . Entao, vamos determinar o gradiente de F:
2
Fy (x,y,z) = =} Fy (2,3,5) =
da furn;ao F(x,y,z) = :x2
9 3
4 +FY9x(x,y,z)
+ �5 . 2zEntao,
2 X
= vamos 3,5)2= 1o gradiente de F:
2
determinar
Fx(2,
Fz(x,y,z) = 2=} =}Fz(2,3,5) = .
25X 2y
5 2
FxF(x,y,z) = = 9=} =}Fx(2,
y (x,y,z) (2,5)
Fy3, 5)1=
3,=
3
Segue que VF(2,3,5) = (1,�,�). Portanto, 2 a equa<;ao geral2 do piano tangente a
2z
3,5) = = .
2y 2
Fz(x,y,z)= = 25 Fz(2,3,5)
9 no=}pontoy P(2,3,5) 3e: 5
F (x,y,z) F (2,
=}
superficie de nfvel daday pelo eps6ide
2z 2
2 = 25 Portanto, = .geral do piano tangente a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Segue que VF(2,3,5) =2 (1,�,�).


Fz(x,y,z) =} Fz(2,3,5)
a equa<;ao
5
(1 - -)·(x-2 y-3 z-5)=0
superficie de nfvel dada'3' 5 eps6ide'no ponto
pelo ' P(2,3,'5) e:
Segue que VF(2,3,5) = (1,�,�). Portanto, a equa<;ao geral do piano tangente a
OU SeJa, 2 2
superficie de nfvel dada pelo (1 eps6ide
2 no2ponto
- -)·(x-2 y-3 P(2,3,5) e:
z-5)=0
'3' 5
x+-y+-z-6=0 ' ' '
2 2 3 5
OU SeJa,
#REFLITA#
(1 - -)·(x-2 y-3 z-5)=0
'3'5 ' ' '
2 2
Apresentamos como determinar o piano x+-y+-z-6=0 tangente ao grafico de uma superficie
OU SeJa, 3 5
z =#REFLITA#
f(x,y) em ( 1.1). Mas aprendemos, 2 2agora, como determinar o piano tangente
x+-y+-z-6=0
3 5
a uma superficie decomo
Apresentamos f(x,y,z) = ok. piano tangente ao grafico de uma superficie
nfvel determinar
#REFLITA#
z =que
Note f(x,y) emmodos
os dois ( 1.1). Mas
nao saoaprendemos,
diferentes:agora,
se z =como determinar
f(x,y), o piano
a superficie tangente
grafico de
Apresentamos como determinar o piano tangente ao grafico de uma superficie
a uma superficie
zf=e af(x,y)
superficie
em ( de
de nfvel
nfvel
1.1). Mask = 0f(x,y,z) = agora,
da fun<;ao
aprendemos,
k.g(x,y,z) = z-f(x,y). Reflita sobre isso.
como determinar o piano tangente
# Note que os dois modos nao sao diferentes: se z = f(x,y), a superficie grafico de
a uma superficie de nfvel f(x,y,z) = k.
Reta
f enormal a S: tendo
a superficie umkponto
de nfvel = 0 daP fun<;ao
da superficie
g(x,y,z) de=nfvel S dada por
z-f(x,y). sobre =
F(x,y,z)
Reflita isso.
Note que os dois modos nao sao diferentes: se z = f(x,y), a superficie grafico de
k e#o vetor normal a S nesse ponto que e o vetor gradiente VF(P), podemos
f e a superficie de nfvel k = 0 da fun<;ao g(x,y,z) = z-f(x,y). Reflita sobre isso.
determinar a retaanormal
Reta normal S: tendoa Sumpassando
ponto P por P. Da Geometria
da superficie Analf
de nfvel S dadatica, F(x,y,z) =
por sabemos
#
que essa reta tern as seguintes equa<;5es simetricas:
k e o vetor normal a S nesse ponto que e o vetor gradiente VF(P), podemos
Reta normal a S: tendo um ponto P da superficie de nfvel S dada por F(x,y,z) =
x-xo a S passando
determinar a reta normal y-y opor P. Da z-z Geometria
o Analftica, sabemos
k e o vetor normalFxa(xoS,Yo
nesse ponto que e o vetor gradiente VF(P), (12)
podemos
,z ) F (x , ,z o )
y o Yo simetricas:
o equa<;5es
que essa reta tern as seguintes
determinar a reta normal a S passando por P. Da Geometria Analftica, sabemos
• Exemplo 19 x-x y-y o z-zo
que essa reta tern as seguintesoequa<;5es simetricas: (12)
Fx(xo,Yo o,z ) F (x ,
y o Yo o ,z )
x-xo y-y o z-zo
• Exemplo 19 F (x , ,z ) F (x , ,z ) (12)
x o Yo o y o Yo o
103
• Exemplo 19

103

103 Derivadas Direcionais


Reta normal a S: tendo um ponto P da superficie de nfvel S dada por F(x,y,z) =
k e o vetor normal a S nesse ponto que e o vetor gradiente VF(P), podemos
118 determinar
U N I D A D aE reta
III normal a S passando por P. Da Geometria Analftica, sabemos

que essa reta tern as seguintes equa<;5es simetricas:

x-xo y-y o z-zo


(12)
Fx(xo,Yo,zo) Fy (xo,Yo,zo)

• Exemplo 19

Vamos aproveitar
Vamos o elipsoide
aproveitar dodo
o elipsoide exemplo anterior
exemplo para
anterior determinar
para a equac;ao
determinar dada
a equac;ao
reta
retanormal aoao
normal elipsoide {{
elipsoide + +Y: Y:+ + 103
= =3 no i� i�
3 noponto P(2,
ponto 3, 3,
P(2, 5).5).Pela expressao
Pela expressao
(12), temos:
(12), temos:
x-2
x-2 -(y-333 55
- -= = -(y-3 ) =) =-(z-5
-(z-5). ).
1 1 2 2 2 2
NoNo
caso emem
caso que uma
que superficie
uma S, S,e dada
superficie pelo
e dada grafico
pelo z=
dede
grafico z=
f(x,y),
f(x,y),definimos
definimos
F(x,y,z)
F(x,y,z)= =J(x,y) - z- ez temos
J(x,y) que
e temos SeSe
que a superficie dede
a superficie nfvel k=
nfvel k=
0 de F.F.Segue,
0 de Segue,
entao, quev'F(x,y,z)
entao,que = =(Jx(J,!xy,!,-
v'F(x,y,z) l) e equac;ao do plano tangente a S no ponto
y ,-l) e equac;ao do plano tangente a S no ponto

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(xo(x,Yo ,zo,z) oe) dada
o ,Yo por:
e dada por:

fx f
(xx o(x,Yo ) (x)-
o ,Yo xox) o+) J
(x- +y J(xy o(x,Yo ) (y)-
o ,Yo y oy) o-) -
(y - (z- zoz) o=) =
(z- 0. 0.

DeDe
maneira analoga,
maneira quando
analoga, consideramos
quando uma
consideramos func;ao
uma f de
func;ao duas
f de variaveis,
duas vetor
variaveis, vetor
gradiente def
gradiente e perpendicular
def a curva
e perpendicular dede
a curva nfvel J(x,y)
nfvel = =k ektambem
J(x,y) dada
e tambem a direc;ao
a direc;ao
dede
maior crescimento
maior dede
crescimento f. f.

Figura
Figura6: 6:0 0
vetor gradiente
vetor e normal
gradiente a curva
e normal dede
a curva nfvel f(x,y)
dede
nfvel ==
f(x,y) .x2.x2+ y+2y2

2
ƒ(-x1, y1) ƒ(x1, y1)
Δ Δ
1

0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

-1
c=1

-2
c=4
ƒ(-x2, -y2)
Δ
-3
ƒ(x3, -y3)
Δ
c=9
-4

Fonte:
Fonte:o autor.
o autor.

5 5 MULTIPLICADORES
MULTIPLICADORESDE
DELAGRANGE
LAGRANGE
DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS
Nesta
Nestasec;ao,
sec;ao,estamos interessados
estamos emem
interessados determinar osos
determinar extremos dada
extremos func;ao J(x,y)
func;ao J(x,y)
119

Fonte: o autor.

5 MULTIPLICADORES
MULTIPLICADORES DE LAGRANGE
DE LAGRANGE
Nesta sec;ao, estamos interessados em determinar os extremos da func;ao J(x,y)
quando os pontos (x,y) estao sobre a curva de nfvel g(x,y) = k. Nesse caso,
duas curvas J(x;y) = c e g(x;y) = k devem apenas se tangenciar em algum ponto
duas curvas J(x;y) = c e g(x;y) = k devem apenas se tangenciar em algum ponto
104 o valor de c. Isso significa que as duas
(xo,Yo), caso contrario poderfamos mudar
(xo,Yo), caso contrario poderfamos mudar o valor de c. Isso significa que as duas
curvas tern a mesma reta normal nesse ponto, isto e,
curvas tern a mesma reta normal nesse ponto, isto e,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

para algum A E JR. Ao escalar A, denominamos de multiplicador de Lagrange.


para algum A E JR. Ao escalar A, denominamos de multiplicador de Lagrange.

Figura 7: No ponto de tangencia, as duas cunras tern vetores gradientes paralelos


Figura 7: No ponto de tangencia, as duas cunras tern vetores gradientes paralelos

g(z, y) = k

f(x,y)
f(x,y) == 1010
(x.y) =
f(x,y) =
JJ(x.y) = 99 10
J(x.y)
f(x,y)
f(x,y) = =9
= 88
I(x.f(x,y) =8
I(x. V)
V) =
= 77
I(x. V) = 7

0 x
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Esse mesmo tipo de argumento pode ser aplicado a furn;oes de tres variaveis.
Esse mesmo tipo de argumento pode ser aplicado a furn;oes de tres variaveis.
Para tomar preciso esse argumento, consideremos a fun�ao f (x; )7; z) que queremos
Para tomar preciso esse argumento, consideremos a fun�ao f (x; )7; z) que queremos
determinar os extremos sujeitos a condi�ao g(x,y,z) = k. Suponha que f tenha um
determinar os extremos sujeitos a condi�ao g(x,y,z) = k. Suponha que f tenha um
extremo no ponto P(xo,Yo,zo) e seja r(t) = (x(t),y(t),z(t)) a curva passando por
extremo no ponto P(xo,Yo,zo) e seja r(t) = (x(t),y(t),z(t)) a curva passando por
P. Segue que existe to tal que r(to) = P(xo,Yo,zo). Como f tern um extremo
P. Segue que existe to tal que r(to) = P(xo,Yo,zo). Como f tern um extremo
relativo em P, segue que (Jo r) tern um extremo em to. Derivando pela regra da
relativo em P, segue que (Jo r) tern um extremo em to. Derivando pela regra da
cadeia, temos que ter derivada nula:
cadeia, temos que ter derivada nula:

J�(x o,Yo,zo)x'(to) + fv(xo,Yo,zo)y'(to) + !z.z. (xo;Yo,zo)z'(to) = 0.


J�(x o,Yo,zo)x'(to) + fv(xo,Yo,zo)y'(to) + !z. (xo;Yo,zo)z'(to) = 0.
Multiplicadores de Lagrange
Ou seja,
Ou seja,
determinar os extremos sujeitos a condi�ao g(x,y,z) = k. Suponha que f tenha um
extremo no ponto P(xo,Yo,zo) e seja r(t) = (x(t),y(t),z(t)) a curva passando por
UNIDADE
120 III
P. Segue que existe to tal que r(to) = P(xo,Yo,zo). Como f tern um extremo
relativo em P, segue que (Jo r) tern um extremo em to. Derivando pela regra da
cadeia, temos que ter derivada nula:

J�(x o,Yo,zo)x'(to) + fv(xo,Yo,zo)y'(to) + !z. (xo;Yo,zo)z'(to) = 0.

Ou seja,
Vf (xo 1 Yo, zo) · r'(to) = 0.

Assim, Vf(xo,}'o ;zo) e ortogonal ao vetor tangente r'(to). Como sabemos que
V g (xo;Yo,zo) e ortogonal a superffcie, tambem e ortogonal a r'(to), segue que
105

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


121

• Exemplo 20

Determinar as dimensões de uma caixa sem tampa para que tenha volume máxi-
mo, sendo que se pode usar apenas 12m2 de papelão.
O volume da caixa de dimensões x, y e z é dado por f (x, y, z) = xyz, função que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

deve ser maximada. A área de papelão empregada na confecção da caixa é dada


por g(x, y, z) = 2xz + 2yz + xy = 12, sem tampa, é a restrição.
Segue que ∇ f = λ∇g. E, assim,

yz = λ(2z + y)

xz = λ(2z + x)

xy = λ(2x + 2y)

A(x, y, z) = 2xz + 2yz + xy = 12.

Multiplicando a primeira equação por x, a segunda por y e a terceira por z, obtemos

xyz = λ(2xz + xy)

xyz = λ(2yz + xy)

xyz = λ(2xz + 2yz).

Note que, se λ = 0, então o volume seria nulo e portanto, a área g seria nula, o
que não queremos. Logo, λ �= 0. Do mesmo modo, x �= 0, y �= 0 e z �= 0. Como as
três equações acima são iguais, por exemplo, 2xz + xy = 2yz + xy segue que x = y.
Do mesmo modo, como 2yz + xy = 2xz + 2yz segue que y = 2z. De onde segue
x = y = 2z. Voltando em g = 12, temos que:

4z2 + 4z2 + 4z2 = 12

e, portanto, z = 1. Segue que as dimensões da caixa são x = 2, y = 2 e z = 1.


#SAIBA MAIS#
O método dos multiplicadores de Lagrange pode ser estendido para duas ou mais
Multiplicadores de Lagrange

107
xyz A.(2xz+2yz).

Note que, se A= 0, entao, o volume seria nulo e portanto, a area g seria nula, o
122 UNIDADE III
que nao queremos. Logo, A# 0. Do mesmo modo, x # 0, y # 0 e z # 0. Como as
tres equa<;oes acima sao iguais, por exemplo, 2xz+xy = 2yz +xy segue que x = y.
Do mesmo modo, como 2yz + xy = 2xz + 2yz segue que y = 2z. De onde segue
x = y = 2z.
Voltando em g = 12, temos que:

4z2 + 4z2 + 4z2 = 12

e, portanto, z = 1. Segue que as dimensoes da caixa sao x = 2,y = 2 e z = 1.


#SAIBA MAIS#
0 metodo dos rnultiplicadores de Lagrange pode ser estendido para duas ou mais
restri96es. Se queremos determinar os extremos de f(x,y,z) quando (x,y,z) es­
107
tao restritos a g(x,y,z) = k1 e h(x,y,z) = k2, o metodo dos multiplicadores de
Lagrange fica:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vf(x,y,z) = t..Vg(x,y,z) +µVh(x1 )\Z).
Fonte: o autor.
#SAIBA MAIS#

DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS


123

CONSIDERAÇÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FINAIS
Chegamos ao fim da terceira unidade e, agora, podemos fazer uma análise do
quanto já avançamos, de quanto de conteúdo foi visto. Nesta terceira unidade do
nosso plano de estudos, vimos a noção de derivada parcial, derivada direcional e
vetor gradiente, plano tangente. Em máximos e mínimos, estudamos o método
dos multiplicadores de Lagrange. Vimos que a derivada parcial goza das mesmas
propriedades da derivada ordinária.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Também vimos como realizar a derivação de uma função composta e aprendemos


a usar o modelo nuclear para auxiliar nessa derivação.
Definimos os pontos de máximo e mínimo locais e globais de uma função. In-
troduzimos os pontos críticos para funções de duas ou três variáveis, aprendemos
a determiná-los e a classificá-los, usando o teste da derivada segunda. Também
aprendemos que um ponto crítico não precisa ser ponto nem de máximo e nem de
mínimo.
Introduzimos a noção de derivada direcional e aprendemos que derivada direcio-
nal de uma função é de fato, a derivada da função na direção de um vetor unitário.
Mostramos que é na direção do vetor gradiente que a derivada direcional é má-
xima, sendo que esse valor máximo é igual a norma do vetor gradiente.
Aprendemos, também, o método de multiplicadores de Lagrange para otimizar
uma função f sujeita a alguma restrição g. Vimos que a ideia fundamental desse
método é que os vetores ∇ f e ∇g devem ser paralelos.
Vimos o quanto o vetor gradiente é importante, aparecendo em diversas situações
do nosso estudo: no plano tangente a uma superfície, na derivada direcional, no
estudo de máximos e mínimos de uma função e no método dos multiplicadores de
Lagrange.

109

Considerações Finais
124

ATIVIDADES DE ESTUDOS - Unidade III


1. Seja w = .x2 + y2 + zeY + sen (xz), em que x = t, y = t2 e z = t3 . Determine
dw
dt"
2. Determinar e classificar os pontos crfticos da furn;ao fx, y) = 3.x2 - 6xy +
y -9y.
3

,(2 y2
3. Determine e classifique os pontos crfticos da func;ao J(x,y) = xye _2_2.

4. Use multiplicadores de Lagrange para determinar os pontos de maximo e


de mfnimo def(x,y) = 3.x2y que satisfazem x2 + y2 = 1.

5. Determine as dimensoes de uma caixa de maior volume possfvel que se


pode colocar dentro do elipsoide � + Y : + Cz: = 1.
a b

6. A temperatura, medida em graus Celsius, em um ponto P(x,y,z) e dada


pela func;ao T(x,y,z) = 20+xy+xz+yz. A distancia entre o ponto e
origem e medida em quilometros. Determine a taxa de variac;ao da tem­
peratura no ponto P(l,3,2) e na direc;ao do vetor v = (1,-2,2). Em que
direc;ao a variac;ao e maxima? Qual e a variac;ao maxima?

7. Determine o plano tangente a superficie z 3 + 4xz - y2 = 1 em (1,3,2).

8. Um cilindro de gelo esta exposto ao sol. A altura h decresce mais rapi­


damente que o seu raio r. Se a altura decresce a 3cm por hora e o raio
decresce a 1 cm por hora quando r = 15cm e h = 40cm, qual a taxa de
variac;ao do volume naquele instante?

Sugestao: V = 1tr2 h ere h dependem do tempo t.

110
125

LEITURA COMPLEMENTAR
Função contínua sem derivada em ponto algum
Como sabemos, continuidade não implica diferenciabilidade. Mas, existem exem-
plos que surpreendem. Vejamos dois exemplos:
A. A função de Dirichlet:

1, se x é irracional

g(x) =
0, se x é racional,

g não é contínua em algum ponto da reta.


B. Apresentamos aqui um exemplo clássico de uma função contínua que não tem
derivada em ponto algum. Tudo começou com o botânico escocês Robert Brown
(1773-1858) que notou que os grãos de pólen de uma certa flor em suspensão
na água apresentavam um rápido e desordenado movimento. A esse movimento
chamou-se, mais tarde, de movimento browniano. A trajetória desse tipo de movi-
mento é uma curva contínua sem tangente em ponto algum, como provou Wiener
(1894-1964).
Bolzano (1781-1848) foi o primeiro a dar um exemplo de função contínua sem
derivada em ponto algum, mas seu exemplo ficou desconhecido, cabendo a Wei-
erstrass (1815-1897) apresentar um exemplo em um artigo para a Academia de
Berlim em 1872. O que apresentaremos a seguir é uma ligeira modificação do
trabalho de Weierstrass.
A função de Weierstrass dada por:
∞ � �n
3
g(x) = ∑ 4 | sen (4nx)|
n=0

é contínua em R, mas não é derivável em ponto algum de R.


Fonte: Hardy (1916).

111
MATERIAL COMPLEMENTAR
127
REFERÊNCIAS
Referências Bibliográficas

[1] ANTON, H.; BIVENS, I. ; DAVIS, S. Cálculo. V. 1 e 2. 8 ed. Porto


Alegre: Ed. Bookaman, 2007.

[2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome-


try. NJ: Prentice Hall, 1998.

[3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Cálculo com Ge-


ometria Analítica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

[4] HARDY, G. H. Weierstrass’s nondifferentiable function. Trans. Amer.


Math. Soc., 17(1916), 301–325.

[5] LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. V. 1 e 2. 3 ed. São


Paulo: Ed. Harbra, 1994.

[6] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J.. Vector Calculus. New York: W. H.


Freeman and Company, 1981.

[7] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis.


New York: Springer, 1991.

[8] SIMMONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. V. 1. São Paulo:


Ed. MacGraw-Hill, 1987.

[9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage


Leaming, 2013.
113

ATIVIDADES DE ESTUDOS
1. Pela regra da cadeia, temos:

dw dwdx dwdy dwdz


--+--+-­
dt dx dt dy dt dz dt
(2x+zcos(xz))l + (2y+zeY)2t+ (eY+xcos(xz))3t 2
2
2t + 3t3 cos(t 4 ) + et (3t 3 + 4t 3 ).

2. Os pontos crftico de f(x,y) =3x2 -6.xy+y 3 -9y sao: A(-1,-1) e B(3,3).


Pelo teste da derivada segunda A e ponto de sela e B e um de ponto de
minimo local.
[9] STEWART, James. Cálculo. V. 1 e 2. 7 ed. São Paulo: Ed. Cengage Le-
128
arning, 2013.
GABARITO

ATIVIDADES DE ESTUDOS– Gabarito


1. Pela regra da cadeia, temos:

dw dw dx dw dy dw dz
= + +
dt dx dt dy dt dz dt
= (2x + z cos(xz))1 + (2y + zey )2t + (ey + x cos(xz))3t 2
2 2
= 2t + 4t 3 + 3t 2 et + 2t 4 et + 4 cos t 4 t 3 .
 

2. Os pontos crítico de f (x, y) = 3x2 −6xy+y3 −9y são: A(−1, −1) e B(3, 3).
Pelo teste da derivada segunda A é ponto de sela e B é um de ponto de
mínimo local.

x2 y2
3. Os pontos críticos de f (x, y) = xye− 2 − 2 são A(0, 0), B(1, 1), C(1, −1),
D(−1, 1) e E(−1, −1). Pelo teste da derivada segunda, A é ponto de sela,
B e E são pontos de máximo locais, C e D são pontos de mínimo locais.

4. Pela técnica de multiplicadores de Lagrange, devemos resolver o seguinte


sistema de equações não lineares:

∇ f (x, y) = λ∇g(x, y),

em que g(x, y) = x2 + y2 − 1 é a restrição. Isto é,

fx = 6xy = 2λx = gx

fy = 3x2 = 2λy = gy

x2 + y2 = 1.

114
129
GABARITO
130
GABARITO

Daqui, vemos que λ tem que ser diferente de zero, caso contrário, o volume
2λx2 2λy2 2λz2
seria nulo. Assim, 2 = 2 = 2 implica que
a b c
x2 y2 z2
2
= 2 = 2.
a b c
x2 y2 z2
Substituindo na restrição, temos que: 3 2 = 1, 3 2 = 1 e 3 2 = 1. Ou seja,
a b c
a b c 8abc
x = √ , y = √ e z = √ . Segue que o volume máximo é V = √ .
3 3 3 3 3
v
6. Basta calcular Du T (P) = ∇T (P) · u, onde u = �v� , obtemos Du T (P) = 1
graus Celsius por quilômetro.

A variação é máxima na direção do vetor gradiente e seu valor máximo é



�∇ f (P)� = 5 2.

7. Para determinar o plano tangente no ponto (1, 3, 2) à superfície z3 + 4xz −


y2 = 1, precisamos de zx e zy , vamos usar a derivação implícita. Logo,

∂z ∂z
3z2 + 4z + 4x = 0
∂x ∂x

e
∂z ∂z
3z2 + 4x − 2y = 0.
∂y ∂y
∂z ∂z 3
Quando substituímos x = 1, y = 3 e z = 2, obtemos que ∂x = −1
2 e ∂y = 8 .
Assim, a equação do plano tangente é z − 2 = − 21 (x − 1) + 3
8 (y − 3) que
resulta em 4x − 3y + 8z = 11.

8. Seja o volume V = πr2 h, em que r e h dependem do tempo t. Note que


dr dh
dt = −1 e dt = −3. Como

dV dV dr dV dh
= +
dt dr dt dh dt

116
dz dz
3z2 - 4x--2y=0.
dy + dy

Quando substitufmos x = 1, y = 3 e z = 2, obtemos que � = -:} e � = i.


131
GABARITO
Assim, a equa<;;ao do plano tangente e z - 2 = - � (x - 1) + i (y - 3) que
resulta em 3x - 3y + Sz = 10.

8. Seja o volume V = 1tr2 h, em que re h dependem do tempo t. Note que


dr dh c
dt = - l e dt = -3 . omo:

dV dV dr dV dh
-=--+-­
dt dr dt dh dt

segue que :
116
dV dr 2 dh
dt =21trh dt +nr dt =21tx 15x40x (-l)+n(15)2 x (-3) =-5890,49
cm3 por hora.

117
Professor Dr. Doherty Andrade

IV
UNIDADE
INTEGRAIS MÚLTIPLAS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender o conceito de integração múltipla.
■■ Identificar qual mudança de variável realizar na integral dupla e tripla.
■■ Calcular áreas e volumes usando integrais múltiplas.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Integrais duplas
■■ Integrais triplas
135

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, veremos que podemos estender a ideia de integral definida para
funções de duas ou mais variáveis. Iniciamos com integração de funções reais
de duas variáveis reais, assim, a região de integração é uma região do plano R2 .
Geometricamente a integral dupla de z = f (x, y) sobre uma região R pode ser in-
terpretada como sendo o volume do sólido situado abaixo do gráfico de f e acima
da região. O Teorema de Fubini desempenha um papel importante no cálculo das
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

integrais duplas, transformando-as em duas integrais simples. Portanto o teorema


fundamental do cálculo é a base de todo o processo de integração dupla.
Funções reais de duas ou mais variáveis são, geralmente, integradas sobre regiões
bem gerais. Para muitas dessas regiões de integração, precisaremos utilizar as
coordenadas polares para efetuar o cálculo da integral dupla. Nesse ponto, o teo-
rema de mudança de variáveis é uma ferramenta importante e mostra como a nova
integral, nas novas variáveis, deve ser reescrita.
O próximo passo é abordar a integração de funções w = f (x, y, z) de três variáveis,
as integrais triplas. Novamente, o Teorema de Fubini transforma uma integral
tripla em três integrais simples, ou, como dizemos, integrais iteradas (repetidas).
Assim, a base da integração tripla é o teorema fundamental do cálculo. Como no
caso da integral dupla, o cálculo de muitas integrais triplas pode exigir descrever
a região em coordenadas cilíndricas ou em coordenadas esféricas. Novamente,
também nesse caso, o teorema de mudança de variáveis nos mostra como a nova
integral deve ser reescrita.
Objetivamente, quando usamos coordenadas polares, coordenadas cilíndricas e
coordenadas esféricas para calcular integrais, estamos utilizando uma mudança
de variáveis. Assim, encerramos esta unidade estudando o importante teorema de
mudança de variáveis em integrais múltiplas.

119

Introdução
136 UNIDADE IV

1 INTEGRAIS
INTEGRAIS DUPLAS
DUPLAS
Iniciamos esta seção recordando o teorema fundamental do Cálculo que desem-
penhará um papel muito importante no estudo das integrais múltiplas. Assim, é
importante relembrar o seu enunciado. Este resultado será usado exaustivamente
em todo o restante do texto.

Teorema 1 (Teorema Fundamental do Cálculo) : seja f : [a, b] → R uma função


contínua. Então, vale a seguinte igualdade:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ˆ s
(a) F(s) = f (x)dx é uma primitiva de f , onde a < s < b.
a
ˆ b
(b) f (x)dx = F(b) − F(a), para qualquer primitiva F de f .
a

1.1 Integrais Duplas sobre Retângulos

Consideremos uma função f (x, y) de duas variáveis definida em um retângulo R


e suponhamos, inicialmente, que f (x, y) ≥ 0 e limitada em R. Mais precisamente,
seja R limitado e fechado:

R = [a, b] × [c, d] = {(x, y) ∈ R2 ; a ≤ x ≤ b, c ≤ x ≤ d} (1)

e f definida sobre R. Queremos determinar o volume do sólido S limitado in-


feriormente pelo retângulo R e superiormente pelo gráfico de f . Veja a figura a
seguir.

120

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
137

Figura 1: Sólido de base R e altura z = f (x, y).


Figura 1: Sólido de base R e altura z = f (x, y).

Figura 1: Sólido de base R e altura z = f (x, y).


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.

Primeiramente, vamos subdividir os lados horizontais do retângulo R em m subin-


b−a
tervalos iguais, de comprimentos ∆ x = . Do mesmo modo, subdividimos os
m
d −c
Fonte:
Fonte: o o
lados verticais de R em n subintervalos autor.
iguais,
autor. de comprimentos ∆ y =
n
. As
subdivisões são dadas pelos pontos

Primeiramente,
a = x0 < xvamos
1 < x2subdividir
< . . . < xmos=lados
b ehorizontais < y2 < . .R. em
c = y0 <doy1retângulo < ymn= subin-
d.
Primeiramente, vamos
tervalos subdividir
iguais, de comprimentos os∆ xlados
=
b − ahorizontais
. Do mesmo modo, retânguloosR em m subin-
dosubdividimos
mretas paralelas aos eixos coordenados, o
Traçando por esses pontos segmentos de b−a d −c
tervalos iguais,
ladosde comprimentos
verticais ∆ x
de R em n subintervalos = Do mesmo
iguais, de. comprimentos ∆ ymodo,
=
n 2, . subdividimos
. As os
subdivisões são dadas pelos pontos
m
retângulo R fica subdividido em sub-retângulos Ri j , i = 1, 2, . . ., m e j = 1, . ., n,
cada um deles com área ∆ x ∆ y. Tomemos em cada sub-retângulo Ri j um ponto d −c
lados verticais de R em n subintervalos iguais, de comprimentos ∆ y = . As
Pi ja==(xx0i j ,<yixj ),
1< como
x2 <ilustra
. . . < xamfigura
= b 2.e c = y0 < y1 < y2 < . . . < yn = d. n
subdivisões são dadas pelos pontos
Traçando por esses pontos segmentos de retas paralelas aos eixos coordenados, o
retângulo R fica subdividido em sub-retângulos Ri j , i = 1, 2, . . ., m e j = 1, 2, . . ., n,
a = x0 <cada
x1um x2 <com
< deles . < ∆xxm∆ y.=Tomemos
. . área b e em ccada y0 < y1 <Ry2um<ponto
= sub-retângulo . . . < yn = d.
ij

Pi j = (xi j , yi j ), como ilustra a figura 2.


Traçando por esses pontos segmentos de retas paralelas aos eixos coordenados, o
retângulo R fica subdividido em sub-retângulos Ri j , i = 1, 2, . . ., m e j = 1, 2, . . ., n,
cada um deles com área ∆ x ∆ y. Tomemos
121 em cada sub-retângulo R um ponto
ij

Pi j = (xi j , yi j ), como ilustra a figura 2.


Integrais Duplas
138 UNIDADE IV

Figura 2: Subdivisao do retangulo

ll
d········�- r--
-;j �
-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
, r YJ ········-------;-----+--- (Xij,Yi/1
;:. y,1
'Yj-1 ........ .

IL 1:1 I; I 1·, b L
• y ,

Fonte: o autor.

Assim, podemos aproximar a parte de S que esta acima de cada Ri.i por uma
caixa retangular de base Rij e altura f(xij, )1ij), Seu volume e aproximado por:
f(xij,Yij) · �x�y, como mostra a figura 3.

Figura 3: Volume da caixa retangular


z z
:z = f(x,y)
z = ƒ(x, y)

Altura /-..
.f(x,;s,,) 1

Altura
ƒ(xij, yij) Area
c -6.x!:iy d
b ------ -- -�'---+�� y
0
:i: a (X;j,}'ij)
Área
∆x∆y
b
x (xij, yij)
Fonte: o autor.

Procedendo desse modo para todos os sub-retangulos e somando os volumes das


INTEGRAIS MÚLTIPLAS
caixas correspondentes, obteremos uma aproxima<;:iio do volume total de S. Em
122
- - --
:i: (X;j,}'ij)

139

Fonte: o autor.

Procedendo desse modo para todos os sub-retangulos e somando os volumes das


caixas correspondentes, obteremos uma aproxima<;:iio do volume total de S. Em
outras
outras palavras,
palavras, 122
L
LL
m n
L
m n
V
V�� J(xij,Yij)AxAy.
J(xij,Yij)AxAy. (2)
(2)
i=l
i=l j=l
j=l

L
LL
m n
L f(xij,Yij) AxAy ee chamada
m n
A
A soma
soma f(xij,Yij)AxAy chamada de
de soma
soma dupla
dupla de
de Riemann.
Riemann.
i=l j=l
i=l j=l
Ao
Ao repetir
repetir esse
esse processo
processo realizando
realizando mais
mais subdivisoes
subdivisoes de
de R, isto e,
R, isto e, fazendo
fazendo com
com
que os comprimentos e as larguras Axe Ay dos subretangulos sejam menores, aa
que os comprimentos e as larguras Axe Ay dos subretangulos sejam menores,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

isso
isso chamamos
chamamos de de refinar
refinar as
as subdivisoes,
subdivisoes, observamos
observamos que
que aa aproxima<;ao
aproxima<;ao obtida
obtida
para
para oo volume
volume do s6lido ee melhor
do s6lido melhor ee se
se aproxima
aproxima do
do real
real valor
valor do
do volume.
volume.

Figura
Figura 4:
4: Quando
Quando refinamos
refinamos melhoramos
melhoramos aa aproxima<;ao
aproxima<;ao do
do volume.
volume.

Fonte:
Fonte: oo autor.
autor.

Quando
Quando osos comprimentos
comprimentos ee as
as larguras AxeAy
larguras Axe Ay dos
dos subretangulos
subretangulos da
da base
base tendem
tendem
aa zero, ou seja, m,n-+ oo, entao, obtemos no limite, o volume do s61ido S.
zero, ou seja, m,n-+ oo, entao, obtemos no limite, o volume do s61ido S.

m n
m n
V=
V lim
lim �
= m--+oo � �
m--+oo J....i
J....i J....i
J....i
f(xij,Yij)AxAy ..
� f(xij,Yij)AxAy ((3
3))
n--+oo i=l
n--+oo i=l j=l
j=l
Esse
Esse processo
processo sugere
sugere aa seguinte
seguinte defini<;ao:
defini<;ao:

Defini�ao
Defini�ao 1.
1. Define-se
Define-se integral
integral dupla
dupla de
de ff sabre
sabre oo retangulo
retangulo limitado
limitado ee fechado
fechado

�"J: t, t,
R coma:
R coma:
JL
Integrais Duplas

(x,y) d A=
ff (x,y) ff (xij
(xij,y
,y;;jj ))!i.x!i.y,
dA = !i.x!i. y, (4)
(4)
Quando os comprimentos e as larguras Axe Ay dos subretangulos da base tendem
140 UNIDADE IV
a zero, ou seja, m,n-+ oo, entao, obtemos no limite, o volume do s61ido S.

m n
V = m--+oo
lim J....i
� � f(xij,Yij)AxAy .
J....i (3)
n--+oo i=l j=l
Esse processo sugere a seguinte defini<;ao:

Defini�ao 1. Define-se integral dupla de f sabre o retangulo limitado e fechado

�"J: t, t,
R coma:
JL f (x,y) dA = f (xij,y;j )!i.x!i.y, (4)

se
A esse
A defini<;ao 1 limite
defini<;ao 1existe.
significa
significa que:todo
que: para paraE todo dado, N
E > 0 existe
> 0 dado, existe N natural,
natural, tal que,talpara
que, para
A
m,n, 2: m defini<;ao 1 significa que: para todo E > 0 dado, existe N natural, tal que, para
Ne,n,qualquer
2: Ne qualquer
escolhaescolha de (xij,Yij)
de (xij,Yij) 123em
em Rij, Rij, tem-se:
tem-se:
m,n, 2: Ne qualquer escolha de (xij,Yij) em Rij, tem-se:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dizemos Dizemos que a fun<;ao
que a fun<;ao f e integravel
f e integravel sobre osobre o retangulo
retangulo R, fechado
R, fechado e limitado,
e limitado, se se
Dizemos
existe oexiste que
limiteo dado a fun<;ao
limitenadado f e integravel
na defini<;ao
defini<;ao sobre
1. Pode-se
1. Pode-se o retangulo
mostrarmostrar R, fechado
quefun<;ao
que toda e
toda fun<;ao limitado,
continua f,
continua se
f,
existe
sobreo um
definida
definida limite
sobre dado nalimitado
defini<;ao
um retangulo
retangulo 1. Pode-se
limitado R, emostrar
e fechado
e fechado que toda fun<;ao continua f,
R, e integravel.
integravel.
definida sobre um retangulo limitado e fechado R, e integravel.
1. Sup1.
Proposi«;ao
Proposi«;ao onhaSupque
onha f equeg sejam sejam fun(;8es
f e g fun(;8es integraveis
integraveis sabre osabre
retanogulo
retan gulo
up onha que f e g sejam fun(;8es inte raveis sabre o retan ulo
S guinte propriedades: g
g
Proposi«;ao
limitado 1.
e feRchado
e sejaR ce Eseja c E iiJR.o, Ent
limitado e fe chado JR. Ent iio, as
valem valem as sepropriedades:
seguinte
limitado e fe chado R e seja c E JR. Entiio, valem as seguinte propriedades:
( ) fl(a[J(x,y)+g(x,y)
a ) fl[J(x,y)+g(x,y) ]dA= ]fl dA= fld!(x,y)
!(x,y) A+flg dA+ flg(x,y)dA
(x,y)dA . .
(a) fl[J(x,y)+g(x,y)]dA= fl!(x,y)dA+flg(x,y)dA.
(b ) fl(bcf
) (x,y) A = cd
fl cfcd(x,y) c fl c fldA
A =J(x,y) . dA.
J(x,y)
b
( ) fl cf cd
(x,y) A = c fl J(x,y)dA.
c) S e J(x,y)
( c) S e (J(x,y) � gent
� g(x,y), iio, ent
(x,y), o, flcd
fliiJ(x,y) A � cd
J(x,y) fl Ag� fldA
(x,y) . dA.
g(x,y)
( c) S e J(x,y) � g(x,y), entiio, fl J(x,y)cdA � flg(x,y)dA.
A defini<;ao
A defini<;ao anterioranterior tern interesse
tern interesse apenasapenas
te6rico,te6rico, para avan<;armos,
para avan<;armos, precisamos
precisamos
A
ser capazes defini<;ao
ser capazes anterior tern
de integrar
de integrar interesse
fun<;oesfun<;oes apenas
em regioes
em regioes te6rico, para
mais egerais
mais gerais avan<;armos,
e sermos
sermos precisamos
capazescapazes
de cal­de cal­
cular oser capazes
cular o mais
limite de
limite integrar
mais fun<;oes em regioes mais gerais e sermos capazes de cal­
facilmente.
facilmente.
cular o limite mais facilmente.

1.2 1.2 lntegrais


lntegrais iteradas
iteradas
1.2 lntegrais iteradas
0 Teorema
0 Teorema Fundamental
Fundamental do Calculo
do Calculo desempenha
desempenha um importante
um papel papel importante
na sim­na sim­
0
plifica<;aoTeorema
plifica<;ao Fundamental
do trabalho
do trabalho do Calculo
de calculo
de calculo desempenha
de integrais
de integrais um
simplessimples papel importante
de umadevariavel.
uma variavel. na sim­
Veremos
Veremos
plifica<;ao
nesta se<;ao, que do
nesta se<;ao, trabalho
que dasdeintegrais
o calculo
o calculo calculo de integrais
das integrais
duplas, simples
duplas, se ao
se reduz de ao
reduz uma
calculo devariavel.
calculo Veremos
de sucessivas
sucessivas
nesta
integrais se<;ao,
integrais
de uma de que ovariavel
uma
variavel calculo edas integrais
aplica<;oes
e aplica<;oes doduplas,
do Teorema se reduz
Teorema ao calculo de sucessivas
Fundamental.
Fundamental.
integrais de uma variavel e aplica<;oes do Teorema Fundamental.
SuponhaSuponha que fseja
que f(x,y) (x,y) seja integravel
integravel no retangulo
no retangulo limitado
limitado R dadoRem
e fechado
e fechado dado
(1).em (1).
Suponha que f(x,y) sejad integravel d no retangulo limitado e fechado R dado em (1).
FixadoFixado x E a[a,
x E [a, b], 1 1
b], a integral
integral d dJ(x,y)
J(x,y) dy depende
y depende do valor de x, vamos
x, vamos
dodevalor denota-lo
denota-lo
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
Fixado x E [a, b], a integral1 d
J(x,y) y depende do valor de x, vamos denota-lo
124 124
1.2 lntegrais iteradas

0 Teorema Fundamental do Calculo desempenha um papel importante na sim­


141
plifica<;ao do trabalho de calculo de integrais simples de uma variavel. Veremos
nesta se<;ao, que o calculo das integrais duplas, se reduz ao calculo de sucessivas
integrais de uma variavel e aplica<;oes do Teorema Fundamental.

Suponha que f(x,y) seja integravel no retangulo limitado e fechado R dado em (1).
d
Fixado x E [a, b], a integral 1 J(x,y)dy depende do valor de x, vamos denota-lo
por:
d
A(x) = 1124f(x,y)dy . (5)

Em seguida, se integrarmos a furn;ao A(x) em rela<;;ao a variavel x de x = a ate

t t [t
x = b, obtemos:

A(x)dx= f(x,y)dyl dx . (6)

A integral que aparece entre colchetes edo tipo considerada no Calculo I. Chamamos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

de integral repetida ou iterada a integral do lado direito do segundo membro de


(6).
Os colchetes, em geral, sao omitidos, pois e convencionado integrar primeiro a
integral mais interior. Desse modo, a integral iterada:
b d
11 f(x,y)dydx

significa que, primeiramente, integramos f(x,y) com rela<;;ao a y de c ated e,


depois, integramos a fun<;;ao resultante em rela<;;ao a x de a ate b. E, nessas inte­
gra<;;5es, usamos duas vezes o teorema fundamental do calculo.
Se f(x,y) � 0, a fun<;;aoA(x) dada em (5) representa a area de uma sec<;;ao transver­
sal do s61ido S em um piano x perpendicular ao eixo x. Note pela figura a seguir
que A(x) ea area da lamina abaixo do grafico de z = f(x,y) e acima da regiao R,
em que x emantido constante e y E [ c, d] :

Figura 5: Sec<;;ao transversal perpendicular ao eixo x


z = f(x,y)

Fonte: o autor.
125
Integrais Duplas
142 UNIDADE IV

b b d
Veja que o volume do s6lido e dado por: 1 A(x)dx = 1 1 f(x,y)dydx.
Analogamente, a integral iterada:

tt f(x,y)dxdy = t [t f(x,y)dx] dy

significa que, primeiro, integramos em rela<;ao a x (mantendo y constante) e, em


seguida, integramos a fun<;ao resultante com rela<;ao a y de y = c a y = d.
Se f(x,y) 2: 0, o mesmo argumento pode ser usado, agora, com uma sec<;ao
transversal perpendicular ao eixo y, como na figura a seguir:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 6: Sec<;ao transversal perpendicular ao eixo y

z=f(x,y)
d
, y
,
,
,

Fonte: o autor.

0 Teorema de Fubini nos da condi<;5es sob as quais o trabalho de calculo de inte­


grais duplas pode ser simplificado, expressando-as como duas integrais simples.

Teorema 2 (Teorema de Fubini) . Seja f continua no retangulo limitado e fechado


R = {(x,y); a :::; x :::; b; c :::; y :::; d}. Entiio, vale a seguinte igualdade:
b d d b
Jlt(x,y)dA = 11 f(x,y)dydx= 11 f(x,y)dxdy. (7)

• Exemplo 1:
INTEGRAIS MÚLTIPLAS

126
grais duplas pode ser simplificado, expressando-as como duas integrais simples.

Teorema 2 (Teorema de Fubini) . Seja f continua no retangulo limitado e fechado 143


R = {(x,y); a :::; x :::; b; c :::; y :::; d}. Entiio, vale a seguinte igualdade:
b d d b
Jlt(x,y)dA = 11 f(x,y)dydx= 11 f(x,y)dxdy. (7)

• Exemplo 1:

(a) Calcule a integral dupla fl 126 ) dydx em que:


( 3 y-2x
(a) Calcule a integral dupla fl fl
( 32y-2x2 ) dydx em que:
2

(a) Calcule a integral dupla ( 3 y-2x ) dydx em que:


R = {(x,y); -1 '.S x '.S 2; 1 '.Sy '.S 3}.
-1 '.S x-1
R = {(x,y);
R = {(x,y); '.S x1 '.S
'.S 2; '.Sy2;'.S1 3}.
'.Sy '.S 3}.

Vamos usar o Teorema de Fubini para passar de integral dupla para integral
VamosVamos
usar o usar o Teorema
Teorema de Fubinide Fubini para passar
para passar de integral
de integral duplaintegral
dupla para para integral
iterada:
iterada:iterada: 3
fl 1_: /
3(3y-2x22) dydx
fl fl 1_: / 1_: /
(3y-2x2 ) dydx = 3

ll l ll t [ tt [[
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(3y-2x
(3y-2x ) dydx =
2 2
) dydx = (3y-2x (3y-2x
2
) dydx ) dydx
= J_�[3 y dy-2x' dyl dx= �y 2 -2x 2 {] dx
l2y[3dy-2x
= J_� = J_�
[3
27 3
y dy-2xdy
' =l dx=�y -2x
' l dxdy 2 -2x
�y22{ ] dx{] dx
2

2=27-12 [3-
2
1 27 --3-( 2x 2 -3-2x 2) dx2= 2 [12-4x 2 ]dx.
1
= = - -- -
[ -(- 2x-
2 2-( 2x 2 -23-2x
-3-2x ) dx=
2]
) dx= -1 [12-4x
[12-4x ]dx. ]dx.
1 1
[ -1
2
] ] 1 1 2 2

Agora, continuamos como sabemos do Calculo I:


-1 2 2 2 2 -1 -1

Agora,Agora, continuamos
continuamos como sabemos
como sabemos do Calculo
do Calculo I: I:
f{(3y-2x2 ) dydx2=1 2 [12-4x 2 ]dx= l2x-�x 3 =24.
2 2

-1 [12-4x dx= l2x-�x


]dx=]l2x-�x
jjRf{(3y-2x
f{(3y-2x 2 2
) dydx=1 [12-4x
) dydx=1 2 2 3 -1 =24.
3 3 =24. 2
1
2

jjR
1

jjR -1
1

-1 3 -13 -1

(b) Calcular fl sen (x) cos(y)dA, onde R = [O, n/2] x [O, n/2].
(b) Calcular fl fl
(b) Calcular
sen (x) sen onde Ronde = [O,xn/2]
= [O,Rn/2] x [O, n/2].
[O, n/2].

t [tttI! [[ttla�
(x) cos(y)dA,
cos(y)dA,

fl sen (x)cos(y)dA = sen (x)cos(y)dx] dy


fl fl sen (x)cos(y)dA
sen (x)cos(y)dA = = sen (x)cos(y)dx
sen (x)cos(y)dx ] dy ] dy
la�la�
= cos(y) (-cos(x)) dy= cos(y) (-cos + cos O) dy
= la� 2 = cos(y) (-cos(x))
rr (-cos(x)) dy=
cos(y) I! I!la� la�
dy=cos(y) cos(y)
(-cos (-cos
+ cos O)+ cos
(i)
(i) (i)
dy O) dy

2rr=
rr
rr= 1 .
fo 2 cos( y ) · 1 dy= senrr (y)
cos( y ) · 1 dy= sen (y) = 1 . = 1 .
= fo cos( y ) · 1 dy= sen (y)
I�I�
I�
rr

= fo
1.3 Integrais Duplas sobre regioes gerais
1.3 1.3 Integrais
Integrais Duplas
Duplas sobresobre regioes
regioes geraisgerais
Considere, agora, que queiramos integrar f sobre a regiao geral D, porem limitada
Considere,
Considere, agora, agora, que queiramos
que queiramos integrarintegrar
f sobrefasobre
regiaoa regiao
geral D,geral
poremD, porem limitada
limitada
e fechada.
e fechada.
e fechada.

127
127 127

Integrais Duplas
144 UNIDADE IV

Figura 7: Exemplo de região D


Figura 7: Exemplo de região D

Figura 7: Exemplo de região D

Fonte: o autor.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos estender a noção de integral dupla para a região D. Como D é limitada,
existe R um retângulo, limitado e fechado, contendo D.
Fonte:
Fonte: ooautor.
autor.
Definição 2 . Sejam D um subconjunto limitado e fechado do plano xy e R =
[a, b] × [c, d] um retângulo que contém D. Suponhamos que f seja contínua em
Vamos estender a noção de integral dupla para a região D. Como D é limitada,
D. Definamos uma nova função F tal que
mos estender a noção
existe de integral
R um retângulo, duplacontendo
limitado efechado, para D. a região D. Como D é limitada
 f (x, y); (x, y) ∈ D

Definição 2 . Sejam DF(x,
ste R um retângulo, limitadoumey)subconjunto
fechado,
=
0;
 limitado e fechado do plano xy e R (8)
(x, y) ∈ R − D. D.
contendo =
[a, b] × [c, d] um retângulo que contém D. Suponhamos que f seja contínua em
SeDefinamos
D. F for integrável em R,função
uma nova então,Fdefinimos
tal que a integral dupla de f sobre D por:
finição 2 . Sejam D um subconjunto
¨  limitado
¨ e fechado do plano xy e R =
f (x,
 y)
 dAy);
f (x, = (x,F(x,
y) ∈y)DdA . (9)
b] × [c, d] um retângulo que contém D. RSuponhamos que f seja
F(x, y)D = (8) contínua em
0; (x, y) ∈ R − D.

A figura 8, a seguir, ilustra essa definição.

Definamos uma nova função F tal que


Se F for integrável em R, então, definimos a integral dupla de f sobre D por:
¨ ¨

f (x,
D
 y) dA = F(x, y) dA .
f (x, y); R (x, y) ∈ D
(9)

A figura 8,F(x, y)ilustra


a seguir, = essa definição. (8)
0; (x, y) ∈ R − D.

F for integrável em R, então, definimos a integral dupla de f sobre D por:


128
¨ ¨
f (x, y) dA = F(x, y) dA . (9)
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
D R

128
145

Figura 8: Grafico da furn;ao F(x,y)


z
F
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.

No caso em que f(x,y) � 0, podemos interpretar a integral dupla Jl f(x,y) dA


como o volume do s61ido que esta acima de De abaixo da superficie z = f(x,y).

No que segue, estudaremos as integrais iteradas sobre regioes gerais. Vamos con­
siderar regioes chamadas de tipo I e do tipo II.
Tipos de Regioes: para facilitar o calculo de integrais duplas, apresentamos, a
seguir, dois tipos de regioes de integrac;ao dupla.
Regiao do tipo I: dizemos que uma regiao D e do tipo I se for a regiao entre os
graficos de duasfunc;oes: D = { (x,y): a� x � b;g1 (x) � y � g2(x) }, comfunc;oes
g1,g2: [a,b]----+ JR. contfnuas.

129
Integrais Duplas
146 UNIDADE IV

Fonte: o autor.

Note que regiões de tipo I estão inscritas em faixas verticais.


Figura 9:
Região do tipo II: dizemos queExemplo de região
uma região do tipo
D é do tipo II
I se for a região pode
ser expressa da seguinte forma: D = {(x, y) : c ≤ y ≤ d; h1 (y) ≤ x ≤ h2 (y)}, com
y
g2(x)
funções h1 , h2 : [c, d] → R contínuas.
Figura 9: Exemplo de região do tipo I
Figura 10: Região do tipo II
Figura 9: Exemplo de região do tipo I
DD
Fonte: o autor.

g1(x)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que regiões de tipo I estão inscritas em faixas verticais.x
0
Região do tipo II: dizemos aque uma região D é do
Fonte: o autor. b tipo II se for a região pode
Fonte: o autor.
ser expressa da seguinte forma: D =Fonte:
{(x, y)o:autor.
c ≤ y ≤ d; h1 (y) ≤ x ≤ h2 (y)}, com
Note que regiões de tipo I estão
funções h , h : [c, d] → R contínuas. inscritas em faixas verticais.
1 2
Note que regiões
Região do tipodeII: tipo II estãoque
dizemos inscritas em faixas
uma região D é horizontais.
do tipo II se for a região pode
Note que regiões de tipo I estão inscritas em faixas verticais.
Noser
queexpressa
se segue,daDseguinte Figura
representará 10:
forma:uma Região
D =região do tipo
2
do: cR≤que
{(x, y) yII≤éd;união
h (y)de
≤ um
x ≤número
h2 (y)}, fi-
com
Região do tipo II: dizemos que uma região D é do tipo 1II se for a região pode
nito de regiões,
funções h1 , h2cada
: [c,uma
d] →delas, do tipo I ou do tipo II e que, além disso, quaisquer
R contínuas.
ser expressa da seguinte forma: D = {(x, y) : c ≤ y ≤ d; h1 (y) ≤ x ≤ h2 (y)}, com
duas regiões distintas, quando se intercectam, o fazem apenas em suas fronteiras.
funções h1 , h2 : [c, d] → R contínuas.
Figura 10: Região do tipo II
Essa restrição evitará situações de regiões patológicas.
y
A integral dupla tem as mesmas Figura 10: Regiãodadointegral
propriedades tipo II simples.
d
130
h1(y) o autor. h2(y)
Fonte:
D

Note que regiões de tipo II estãoc inscritas em faixas horizontais.


Fonte: o autor. x
No que se segue, D representará uma região do R2 que é união de um número fi-
0
Fonte:
nito de regiões, cada uma delas, do tipo I ouodoautor.
tipo II e que, além disso, quaisquer
Note que regiões de tipo II estão inscritas em faixas apenas
duas regiões distintas, quando se intercectam, o fazem horizontais.
em suas fronteiras.
Norestrição
Essa que se segue, Dsituações
evitaráde representará uma região
de regiões do R2 que é união de um número fi-
patológicas.
Note que regiões tipo II estão inscritas em faixas horizontais.
nito de regiões,
A integral dupla cada
tem uma delas, do tipo I ouda
do tipo2 II esimples.
que, além disso, quaisquer
No que se segue, Dasrepresentará
mesmas propriedades
uma região dointegral
R que é união de um número fi-
duas regiões distintas, quando se intercectam, o fazem apenas em suas fronteiras.
nito de regiões, cada uma delas, do tipo I ou do tipo II e que, além disso, quaisquer
130
Essa restrição evitará situações de regiões patológicas.
duas regiões distintas, quando se intercectam, o fazem apenas em suas fronteiras.
A integral dupla tem as mesmas propriedades da integral simples.
Essa restrição evitará situações de regiões patológicas.
A integralMÚLTIPLAS
INTEGRAIS dupla tem as mesmas propriedades
130 da integral simples.

130
Fonte: o autor.

Note que regi5es de tipo II estiio inscritas em faixas horizontais. 147


No que se segue, D representara um regiao do IR2 que e uniao de um mimero finito
de regioes, cada uma delas, do tipo I ou do tipo TI e que, alem disso, quaisquer
duas regioes distintas, quando se intercectam, o fazem apenas em suas fronteiras.
Essa restric;:ao evitara situac;:oes de regi5es patol6gicas.
A integral dupla tern as mesmas propriedades da integral simples.

Proposi�ao 2. Suponha que f e g sejam integraveis sabre a regiiio D (uniiio finita


130

de regioes do tipo I ou do tipo II) e c E R Valem as seguintes propriedades:

(a) 1l c f(x,y)dA = c 1lf(x,y)dA.

(b) 1l[f(x,y)±g(x,y)]dA= 1lf(x,y)dA ±1lg(x,y)dA.

( c) Se D = D1 U D2, em que D1 e D2 niio se sobrepi5em exceto, talvez, em suas


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fronteiras, entiio,

Figura 11: Exemplo de regiao D = D1 U D2

Fonte: o autor.

(d) Se m � f(x,y) � M, para todo (x,y) ED, entiio,

m · A(D) � 1lf(x,y)dA � M · A(D),

em que A(D) ea area da regiiio D.

0 teorema de Fubini e ainda valido para regi5es gerais D. A integral dupla de uma
func;ao f definida e continua sobre a regiao D do tipo I e dada por:

rr}} D f(x,y)dxdy = 1 [1g2 (x) f(x,y)dyl dx.


a
b

g1(x)
(10)

Analogamente, a integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao


D do tipo II e dada por:
Integrais Duplas
{{ f(x,y)dA = i { f(x,y)dxdy .
d h2(y)
(11)
}JD c lh (Y)
rr}} D f(x,y)dxdy = 1 [1g2 (x) f(x,y)dyl dx.
a
b

g1(x)
(10)

148 U N I D A D E IVa integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao
Analogamente,
D do tipo II e dada por:

{{ f(x,y)dA = i { f(x,y)dxdy .
d h2(y)
(11)
}JD c lh 1 (Y)
Resumimos essas informac;oes no seguinte teorema de Fubini.
Teorema 3 (Fubini). Seja f definida e continua sabre a regiiio D do tipo I:
131
D = { (x,y) : a :S x :S b;g1 (x) :Sy :S g2(x)}.

Entiio, vale a igualdade:

{{ f(x,y)dxdy=l
}} D a
b
[1g2((x)x)
g1
f(x,y)dyl dx.

Seja f definida e continua sabre a regiiio D do tipo II:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Entiio, vale a igualdade:
d h2
{{ J(x,y)dA = 11 (y) f(x,y)dxdy.
}JD c h1(Y)

Notemos que a integral Jl 1 dA, quando tomamos f(x,y) 1, o volume deter-


minado tern o mesmo valor numerico que a area de D, isto e,

A(D ) = fl 1 dA.

Para facilitar a determinac;ao dos limites de integrac;ao e usual inserir dentro da


regiao D um retangulo modelo. Se o retangulo estiver em posic;ao vertical, a
regiao e do tipo I. Se o retangulo estiver em posic;ao horizontal, a regiao e do tipo
II. Por isso, regiao do tipo I e tambem chamada de regiao simples vertical; regiao
do tipo II e chamada de regiao simples horizontal.

Figura 12: Regiao simples: vertical e horizontal

Fonte: o autor.

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
132
149

• Exemplo 2

(a) Esb0<;ar a2 regiao De determinar a sua area, em que:


• Exemplo

DDe
(a) Esb0<;ar a regiao = {(x,y) 2
a suax:::;
E JR. ,0:::;
determinar area,
2
y:::; x+ l}.
l,xem:::;que:

Observe que D e D = {(x,y) x:::; area:::;ey:::; x+


2 2
uma regiao do ,0:::;
E JR.tipo I. A sual,x dada l}.
por:
l
x+
Observe que D e uma regiao 111 ldydx
do tipo I. A sua .
area e dada por:
A= 0 x2

l
x+
111 ldydx .
A= 0 x 2

Figura 13: Regiao D = { (x,y); 0:::; x:::; 1; x2 :::; y:::; x+ 1}


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 13: Regiao D = { (x,y); 0:::; x:::; 1; x2 :::; y:::; x+ 1}

1.5

0.5

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


Fonte: o autor.

Fonte: o autor.
(b) Esb0<;ar a regiao D e determinar a sua area, em que:

(b) Esb0<;ar a regiaoD


D=e determinar sua y:::;
{(x,y) E JR. a,0:::; x:::; Jy}.
2
area,1em
,0:::;que:

Observe que D e uma


D =regiao
{(x,y)doE tipo II. Ay:::; ,0:::; ex:::;
2
JR. ,0:::; sua1area dada .
por:
Jy}

r 1 [vY ldxdy.
Observe que D e uma regiao
A do
= l
tipo o A sua area e dada por:
o lII.
r 1 [vY ldxdy.
133
A= lo lo
Integrais Duplas
133
150 UNIDADE IV

2
Figura 14: Regiao D = {(x,y) E JR. ,0:::; y:::; 1,0:::; x:::; Jy}
2
Figura 14: Regiao D = {(x,y) E JR. ,0:::; y:::; 1,0:::; x:::; Jy}
2
Figura 14: Regiao D = {(x,y) E JR. ,0:::; y:::; 1,0:::; x :::; Jy}
1

0.8

I
0.6
I
0.4
I
0.2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
(c) Calcular o volume abaixo do grafico Fonte: odeautor.
f(x,y) = xy e acima da regiao D =
(c) Calcular o volume abaixo do grafico de f(x,y) = xy e acima da regiao D =
D = {(x,y) E JR.2 ,0:::; x:::; 1,0:::; y:::; �}. Na figura a seguir, ilustramos
(c) Calcular o volume abaixo do grafico de f(x,y) = xy e acima da regiao D =
D = {(x,y) E JR.2 ,0:::; x:::; 1,0:::; y:::; �}. Na figura a seguir, ilustramos
a regiao D e a superficie.
D = {(x,y) E JR.2 ,0:::; x 1 y �}. Na figura a seguir, ilustramos
a regiao D e a superficie. :::; ,0:::; :::;
a regiao D e a superficie.
Figura 15: Regiao e volume
Figura 15: Regiao e volume
0.5
Figura 15: Regiao e volume
0.4

0.3

0.2

0.1

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


0.5
1

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
A regiao de integra<;ao e uma regiaoFonte:do tipo I, sendo a parte de um cfrculo situ­
o autor.
A regiao de integra<;ao e uma regiao do tipo I, sendo a parte de um cfrculo situ­
ada no primeiro quadrante. Logo, o volume do s6lido, limitado inferiormente
A regiao de integra<;ao e uma regiao do tipo I, sendo a parte de um cfrculo situ­
ada no primeiro quadrante. Logo, o volume do s6lido, limitado inferiormente
pela
adaregiao D e, superiormente,
no primeiro quadrante. Logo, volume do es6lido,
pelao superficie, dado por:
limitado inferiormente
pela regiao D e,ffsuperiormente, pela superficie, e dado
f\! por:! 3
!.
1
V = D e,
pela regiao xydA = 1[ {� xyd ydx= e dado x- x )dx=
ff D superiormente,
11 1 1 pela superficie,
f\O ! 2 ! por: 1
V= xydA = [ O {� O xyd y d x = x- x23 )dx= 8 !.
11
(d) EncontreVo=volume
D ff 1 11
[ {�
do =tetraedro
xydA O O xydypelos O
dx= planosx- x=
1
f2\! 2 ! 3 8
x )dx= = 0 e !.
11
D O 1 1 O
limitado
O 2 2 O,y = 0,z
1 8
(d) Encontre o volume do tetraedro limitado pelos planos x = O,y = 0,z = 0 e
x+y+z=2.
(d) Encontre o volume do tetraedro limitado pelos planos x = O,y = 0,z = 0 e
x+y+z=2.
x+y+z=2. 134
INTEGRAIS MÚLTIPLAS 134
134
151

As figuras ilustram a situa<;ao. A primeira quando z = 0 em x + y + z = 2


nos fornece a regiao D: 0 � x � 2 e O � y � 2-x. Na segunda, o tetraedro
limitado pelo plano x + y + z = 2 e pelos planos coordenados x = 0, y = 0 e
z = 0. Assim, a altura variavel do tetraedro e z = 2-x-y, depende de cada
ponto (x,y,O) da regiaoD.

Figura 16: Ilustra<;ao do exemplo (d)


z
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

y 2

Fonte: o autor.

Segue que o volume e dado por: V = fl (2-x-y)dA. Logo, temos:

2 -x
{2 2 -x {2
r y2
V = lo lo (2-x-y) dydx = lo ( 2y-xy- 2 ) dx

= fo2 [4-2x-2x+x - ( 4 4� )] dx
2 + +x
2

= lo [2-2x+ ] dx=2x-x +
2 x2 x3 2
2 �- 2
6 o
(e) Determine, por integra<;ao dupla, a area da regiao no plano xy, delimitada
pelas curvas y = x2 e y = 4x-x2 .

Inicialmente, esbo<;amos o grafico da regiao. Observe que as curvas y = x2 e


y = 4x-x2 se intersectam quando x = 0 e x = 2.

135

Integrais Duplas
152 UNIDADE IV

Figura 17: Regiao delimitada pelas curvas do exemplo (e)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0 1 2 3

-2

Fonte: o autor.

Pela figura, vemos O ::; x ::; 2 e .x2 ::; y ::; 4x - .x2. Logo, temos:

2 x x2 2 4x x
4 -
2

A(D) =g ldA = 11 ldydx = 1 y dx


D Ox2 x2
1
O

=
1
o
2 2 2
(4x-2x2 ) dx=x2 - -x3
3 o 1
8
= -.
3

(f) Invertendo a ordem de integrac;ao: Calcule a integral dupla:


1 1
I= [ / ycos(x5 )dx dy.
lo v'Y
Notemos que a integral do modo como foi apresentada nao pode ser calculada.
Vamos inverter a ordem de integra<;ao de dx dy para dy dx. Veja a figura a
segmr:

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
136
153

Figura Figura 18: Mudarn


18: Mudarn ;a na ordem
;a na ordem de integra<;ao
de integra<;ao
Figura 18: Mudarn;a na ordem de integra<;ao
1

0.8

0.6

0.4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

0.2

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


Fonte: Fonte:
o autor.o autor.
Fonte: o autor.

ObserveObserve
que dosque dos limites
limites de integra<;ao
de integra<;ao extrafmos
extrafmos a regiaoa D, regiao D, temos:
temos: 0::; y::;0::;
1 y::; 1
Observe que dos limites de integra<;ao extrafmos a regiao D, temos: 0::; y::; 1
e que Oe ::;
quex ::;
O ::;fi.
x ::;Afi. A regiao
regiao esta representada
esta representada na figura na acima.
figura acima.Portanto,Portanto,
e que O ::; x ::; fi. A regiao esta representada na figura acima. Portanto,
escrevendo
escrevendo como fun<;ao
y comoyfun<;ao de x, que
de x, temos temos
O ::;que
x ::;O ::; ::; 1Oe::;que
1 exque y ::;O .x2. ::; .x2. Logo,
::; yLogo,
escrevendo y como fun<;ao de x, temos que O ::; x ::; 1 e que O ::; y ::; .x2. Logo,
podemospodemos
reescreverreescrever a integral
a integral dupla
dupla do do seguinte
seguinte modo: modo:
podemos reescrever a integral dupla do seguinte modo:

Essa integral,
Essa integral, comordem
com nova nova ordem de integra<;ao,
de integra<;ao, pode
pode ser ser facilmente
facilmente calculada:
calculada:
Essa integral, com nova ordem de integra<;ao, pode ser facilmente calculada:
2
1 1 1 1 1 2 1 x

(ycos(x )dx dy )dx (dy {1 (ycos(x


1 / ycos(x
x

I = I ( =/1 5 5
= x {
2= ycos(x
5
)dy
5
dx )dy dx
I =lo lo ycos(x )dx dy
( v'Y/ v'Y 5 lo
= lo ( lo{ lo
5
ycos(x )dy dx
lo1 v'Y 2 1 lo lo 1
! !f !f
2
1
! [ il1 [cos(x 5 cos(x5 )dx = 41
x

xil = x45 )dx


cos(x5 )dx
x
)dx x cos(x
! 21o 0 o !f 21 40
2

210 [ il cos(x )dx 21 5


= 0 x cos(x5 )dx
_!_ 21 0_!_5 o1 _ 5sen 1_( 1 ) sen21( 1)0
sen 10
_!_ ) 15 (x1 _
(x sen ) 1 sen (. 1)
- 10
.
10 sen (x o)-1 o
10 .
10 o - 10
1.4 Integrais
1.4 Integrais duplasduplas em coordenadas
em coordenadas polares
polares
1.4 Integrais duplas em coordenadas polares
Consideremos,
Consideremos, agora, agora,
o caso oem
caso
queem que a regiao
a regiao de integra<;ao
de integra<;ao D seja D sejaem
dada dada em coor­
coor­
Consideremos, agora, o caso em que a regiao de integra<;ao D seja dada em coor­
denadas
denadas polares.polares.
denadas polares.

137 137
137
Integrais Duplas
154 UNIDADE IV

Iniciamos a nossa discussão considerando o caso de um retângulo polar dado por

R = {(r, θ); a ≤ r ≤ b, α ≤ θ ≤ β}.


Iniciamos a nossa discussão considerando o caso de um retângulo polar dado por
Iniciamos a nossa discussão considerando o caso de um retângulo polar dado por
Iniciamos a nossa discussão considerando o caso de um retângulo polar dado por
Como anteriormente, subdividimos
R = {(r, θ); a o ≤ rintervalo
≤ b, α ≤ θ [a, ≤ β}.b] em m subintervalos [ri−1 , ri ]
R = {(r, θ); a ≤ r ≤ b, α ≤ θ ≤ β}.
Iniciamos a nossa discussão b− a θ); a ≤ or ≤
R considerando casob, αde≤um θ ≤retângulo polar dado por
β}. n subintervalos
de larguraComoiguais a ∆r = subdividimos
anteriormente, e o intervalo
= {(r,
o intervalo[α, [a, b]β]em emm subintervalos [ri−1 , ri [θ ] j−1 , θ j ] de
Como anteriormente, subdividimos mb − a o intervalo [a, b] em m subintervalos [ri−1 , ri ]
de largura
Como iguais aβ∆r−
anteriormente, R==α{(r,
b −θ);ae ao ≤ ro ≤ b, α[α,
intervalo ≤β] θ[a,
≤emb]β}.
nem
subintervalos
m subintervalos , θi−1
j ] ,de
ri ]
= a ∆r subdividimos intervalo [θ [r
largura iguais
de larguraa ∆θ iguais = .m e o intervalo [α, β] em n subintervalos [θj−1 j−1 , θ j ] de
b m a
∆rnβ=

− α e o intervalo [α, β] em n subintervalos [θ , θ ] de
de largura
largura iguaisiguais
a ∆θa subdividimos
β −m α. intervalo [a, b] em m subintervalos [rj−1 i−1 , ri ]
Como anteriormente, j
. =o θ
=
largura iguais
Os círculos r = ri e os raios a ∆θ = n θ subdividem o retângulo polar em mn sub-
bβ−−naα j
de Os círculos
largura
largura iguais
iguais r= a ri =
∆θ
a ∆r e=os raios e. oθintervalo
= θ j subdividem
[α, β] em on subintervalos
retângulo polar
[θ em, θmn
j−1 j ] sub-
de
Os círculos r = ri e osmnraios θ = θ j subdividem o retângulo polar em mn sub-
retângulos Rcírculos
i j . R j . = ri βe−osα raios θ = θ j subdividem o retângulo polar em mn sub-
retângulos
Os
largura iguais aRi r∆θ
retângulos i j. = .

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
n
retângulos R .
Os círculos r =i jri e os raios θ = θ j subdividem o retângulo polar em mn sub-
Figura 19: Subdivisão do retângulo polar
retângulos Ri j . Figura 19: Subdivisão do retângulo polar
Figura 19: Subdivisão do retângulo polar
Figura 19: Subdivisão do retângulo polar

Figura 19: Subdivisão do retângulo polar

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

É fácil ver que a área de cada sub-retângulo


É fácil ver que a área de cada Fonte: o autor.RRi j éédada
sub-retângulo
por
i j dada por
É fácil ver que a área de cada Fonte: o Rautor.
1 sub-retângulo i j é dada por
∆Ai = 1(ri + ri−1 )(ri − ri−1 )∆θ = ri∗ ∆r∆θ,
∆Ai =2 (ri + ri−1 )(ri − ri−1 )∆θ = ri∗ ∆r∆θ,
É fácil ver que a área de 1sub-retângulo
2 Ri j é dada por∗
1 ∆Acada
i = (ri + ri−1 )(ri − ri−1 )∆θ = ri ∆r∆θ,
em que ri ∗= 1(ri + ri−1 ).
∗ 2
em que ri =2 (ri + ri−1 1 ).
É fácil ver quepara a∗ área de
12 ∆A i= cada (ri + ri−1 )(ri − ri−1 )∆θR=i jri∗é∆r∆θ,
sub-retângulo dada por
em que ri = (ri + ri−12). f (r, θ) ≥ 0, dada em coordenadas
Assim, uma função polares, e definida
Assim, para 2uma função f (r, θ) ≥ 0, dada em coordenadas polares, e definida
sobre uma 1região em1coordenadas
Rfunção f (r, θ) ≥ 0,polares, o volume abaixopolares,
do gráfico de f e
em Assim,
que
sobre =para(r
ri∗ uma uma
i + ri−1
região R ).
dada em
em coordenadas polares, o volume abaixo
coordenadas e definida
∗ do gráfico de f e
2 ∆Ai = (ri + ri−1 )(ri − ri−1 )∆θ = ri ∆r∆θ,
acima da
sobrepara
Assim,
região
uma região R R em2f coordenadas
é aproximadamente:
(r, θ) ≥ 0, dada polares, o volume abaixo do gráfico de f e
acima da uma regiãofunção
R é aproximadamente: em coordenadas polares, e definida
m n
acima
sobre uma 1daregião
regiãoR Rem é aproximadamente:
coordenadas ∑∑ m polares,
∑∑ n
f (ri∗ , θoj∗volume abaixo do gráfico de f e
em que ri∗ = (ri + ri−1 ). VV≈≈i=1 )ri∗ ∆r∆θ,
n f (ri∗ , θ j∗ )ri ∆r∆θ,

acima da 2região R é aproximadamente:
m j=1
V≈∑ ∑ i∗ j∗ i
i=1 j=1 f (r , θ )r ∗ ∆r∆θ,
Assim, para uma função f (r,mθ)i=1 n≥ j=10,138dada em coordenadas polares, e definida
V ≈ ∑ ∑ f (ri∗ ,138 θ j∗ )ri∗ ∆r∆θ,
em que (ri∗ , θ j∗ ) é o centro do retângulo polar Ri j .
sobre uma região R em coordenadas i=1 j=1 polares,
138 o volume abaixo do gráfico de f e
Pode-se mostrar que se f é contínua na região R, então, o limite dessa soma existe
acima daquando
região∆A
INTEGRAIS Rtende
é aproximadamente:
MÚLTIPLAS
138
a zero e será a integral dupla de f sobre a região R. Podemos,
i

então, escrever: m n
155

em que (ri∗ , θ j∗ ) é o centro do retângulo polar Ri j .


Pode-se mostrar que se f é contínua na região R, então, o limite dessa soma existe
quando ∆Ai tende a zero e será a integral dupla de f sobre a região R. Podemos,
então, escrever:
¨ m n

R
f (r, θ)rdrdθ = lim
m,n→∞
∑ ∑ f (ri∗, θ j∗)ri∗∆r∆θ.
i=1 j=1

Note que ri∗ converge para r quando m e n tendem a infinito. Além disso, em
coordenadas polares dA = rdrdθ = rdθdr.
Como no caso de coordenadas retangulares, o Teorema de Fubini é válido para
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

coordenadas polares.
¨ ˆ βˆ b ˆ bˆ β
f (r, θ)dA = f (r, θ)rdrdθ = f (r, θ)rdθdr.
R α a a α

A extensão da integral dupla em coordenadas polares para regiões mais gerais D


pode ser feita de modo inteiramente análogo ao caso para coordenadas retangula-
res.

Teorema 4 . Seja f (r, θ) contínua e definida sobre a região plana D limitada e


fechada. Se a região R é dada por: R = {(r, θ); α ≤ θ ≤ β, φ1 (θ) ≤ r ≤ φ2 (θ)},
em que φ1 , φ2 são contínuas, então,
¨ ˆ β ˆ φ2 (θ)
f (r, θ)dA = f (r, θ)rdrdθ.
R α φ1 (θ)

Se R é a região dada por R = {(r, θ); a ≤ r ≤ b, ξ1 (r) ≤ θ ≤ ξ2 (r)}, onde ξ1 , ξ2


são contínuas, então,
¨ ˆ bˆ ξ2 (r)
f (r, θ)dA = f (r, θ)rdθdr.
R a ξ1 (r)

• Exemplo 3
(a) Determine o volume do sólido situado no primeiro octante limitado pelo cone
z = r e pelo cilindro r = 3 sen (θ).

É claro que a região de integração é139


dada por:

π
R = {(r, θ); 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ r ≤ 3 sen (θ)}.
2

A função a ser integrada é f (r, θ) = r.


Integrais Duplas

Figura 20: Sólido dentro do cilindro e abaixo do cone


(a) Determine o volume do sólido situado no primeiro octante limitado pelo cone
z = r e pelo cilindro r = 3 sen (θ).
156 UNIDADE IV

É claro que a região de integração é dada por:

π
R = {(r, θ); 0 ≤ θ ≤ , 0 ≤ r ≤ 3 sen (θ)}.
2

A função a ser integrada é f (r, θ) = r.

Figura 20:
Figura 20:Sólido
S61idodentro
dentro do
do cilindro
cilindro ee abaixo
abaixo do
do cone
cone

Figura 20: S61ido dentro do cilindro e abaixo do cone


Figura 20: S61ido dentro do cilindro e abaixo do cone

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Fonte: o autor.
Assim, segue que:
Fonte:
21t 3seon(autor. 21t 3
fo lo fo
Assim, segue que:
V= fl!(r,8)rdrd8=
0)
r2
drd8=9 ˆ π sen (8)d8=6.
Assim, segue
¨ que: ˆ π ˆ 3 sen (θ)
2 2
V= f (r, θ)rdrdθ = 21t 3sen(0) r drdθ = 9 21t sen 3 (θ)dθ = 6.
2
Assim,
V= fl segue
(b) DetermineR!(r,8)rdrd8=
fo lo
que:da regiao delimitada
a area 0 0
2 sen( 2
por
r2 drd8=9 fo
uma folha da0 rosacea r = sen (38).
sen 3 (8)d8=6.
2 3
V= fl
fo lo fo
1t 3 0) 1t

(b) Determine !(r,8)rdrd8=


a área Figura 21:
da região Folha
delimitada da rosacea
por umar drd8=9
sen
folha
= (38)
da sen (8)d8=6.
rosácea r = sen (3θ).
(b) Determine a area da regiao delimitada por uma folha da rosacea r = sen (38).
r

(b) Determine a area da regiao delimitada por uma folha da rosacea r = sen (38).
Figura 21: Folha da rosacea r = sen (38)
Figura 21: Folha da rosacea r = sen (38)

140
Fonte: o autor.

Fonte: o autor.
Para o calculo da area, devemos tomar J(r,8) = 1 e assim, temos:
Fonte: o0) autor.

1
sen(3
A= J(r,8)rdrd8= l.rdrd8= - sen 2 (38)d8= -.
1 1t
Para o calculo
R da area, devemos
O tomar
O
lo j lo J(r, 8) = 1 e assim,
2 lo j temos:
O 12

1
Para o calculo da area, devemos sentomar J(r,8) = 11 e assim,2temos:
(3 0)
A= J(r,8)rdrd8= l.rdrd8= - sen (38)d8= -.
1t
140 2 loO j 12

1
R O j loO sen(30)
lo

A= J(r,8)rdrd8= l.rdrd8= - sen 2 (38)d8= -.


1 1t
2 12
140
R O
lo j loO O
lo j

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
140
157

1.5 Mudam;a de variaveis


1.5 Mudam;a em integral
de variaveis dupladupla
em integral

Em muitos casos, casos,


Em muitos assim como
assim no casonodacaso
como integral simples,
da integral o calculo
simples, da integral
o calculo da integral
dupla pode
duplaser dificil,
pode ou pelaoucomplexidade
ser dificil, da regiao
pela complexidade ou pelaoucomplexidade
da regiao da
pela complexidade da
func;ao.func;ao.
NessesNesses
casos, casos,
uma mudanc;a de variaveis
uma mudanc;a pode simplificar
de variaveis a expressao
pode simplificar da
a expressao da
func;aofunc;ao
e da regiao de integrac;ao.
e da regiao 0 objetivo
de integrac;ao. da mudanc;a
0 objetivo de variaveis
da mudanc;a na integral
de variaveis na integral
dupla edupla
facilitar o calculo
e facilitar da integral
o calculo ffn ffn
f(x,y)dA
da integral quando
f(x,y) o integrando
dA quando f ou a f ou a
o integrando
regiao regiao
D sao tais quetais
D sao a integral nao e simples.
que a integral nao e simples.
No Calculo de umadevariavel,
No Calculo voce viu
uma variavel, que,
voce viuusando o metodo
que, usando da substituic;ao
o metodo de
da substituic;ao de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

variaveis, podemos
variaveis, simplificar
podemos o calculo
simplificar de integrais:
o calculo sex=sex=
de integrais: g(u) ex varia
g(u) exde a de a
varia
ate b, uate
cresce (ou decresce)
b, u cresce de c ateded,c entao,
(ou decresce) ate d, entao,
b b d d
1 f(x)dx= 1 f(g(u))g'(u)du.
1 f(x)dx= 1 f(g(u))g'(u)du.
No caso
Nodacaso
integral dupla, dupla,
da integral passamos de umadeintegral
passamos ffn ffn
dupla dupla
uma integral f(x,y)dydx
f(x,y)em
dydx em

que D que
e uma
D eregiao do piano
uma regiao do xy paraxyoutra
piano paraintegral ffn. ffn.
dupla duplaF ( u,v)F
outra integral du dv,
( u, emdv, em
v)du
que D*que
e uma
D* regiao do piano
e uma regiao do uv.
piano uv.
Vejamos como fazemos
Vejamos isso. Sejam
como fazemos x e y func;oes
isso. Sejam definidas
x e y func;oes por: por:
definidas

x=x(u,v) e y=y(u,v),
x=x(u,v) e y=y(u,v),

em queem
xeye
que xsuas
eye primeiras derivadas
suas primeiras parciaisparciais
derivadas sao func;oes contfnuas
sao func;oes de u e v.
contfnuas de u e v.
Essas equac;oes devem devem
Essas equac;oes definir definir
uma aplicac;ao bijetorabijetora
uma aplicac;ao T que associa a cada aponto
T que associa cada ponto
(u,v) ED*
(u,v)doED*
piano
douv a umuvponto
piano a um (x,y)
pontoED doED
(x,y) piano
doxy. Istoxy.
piano e, Isto
T(D*) = D, com
e, T(D*) = D, com
inversainversa
continua, como mostra
continua, a figuraa afigura
como mostra seguir:
a seguir:

141 141

Integrais Duplas
158 UNIDADE IV

Figura 22: T associa cada ponto do plano uv a um ponto (x,y) do plano xy

υ y

x-x(u, υ) (x, y)
V
(u, υ) y=y(u, υ)y
_ ,.. . ------ ·-- ...
D* :i:-:i:(u,v)
D

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
y=y(u,v)

u x
0 u 0
T-1
0

Fonte: o autor.

Para essa aplicac;ao T, chamada de mudanc;a de variaveis, definimos o Jacobiano


da transformac;ao T como sendo o seguinte determinante:

ih ih
fr(u,v) = : dV
= XuYv -XvYu• (12)
oy
dV

Outra notac;ao bastante usual para o Jacobiano e que usaremos aqui tambem e:

o(x,y)
h(u, v) =
o(u, v).
Se o Jacobiano, fr ( u, v), e diferente de zero sobre a regiao D* e se F for integravel
em T(D*) = D, entao, a mudanc;a de variaveis na integral dupla e dada por:

fl F(x,y) dx dy = fl. F(x(u,v),y(u,v)) I:�:::� I dudv.


Aqui, I:�:::� I e o modulo do Jacobiano.
Esse e o teorema de mudanc;a de variaveis.

Teorema 5 (Mudan�a de variaveis em integral dupla). Sejam D uma regiiio do


piano xy e F: D--+ � continua. Sejam D* a regiiio do piano uv, T : D* --+ D

bijetora, tendo componentes x = x(u, v) e y = y(u, v) contfnuas e com derivadas


INTEGRAIS MÚLTIPLAS
142
Aqui, I:�:::� I e o modulo do Jacobiano.
159
Esse e o teorema de mudanc;a de variaveis.

Teorema 5 (Mudan�a de variaveis em integral dupla). Sejam D uma regiiio do


piano xy e F: D--+ � continua. Sejam D* a regiiio do piano uv, T : D* --+ D

bijetora,
de tendo
primeira componentes
ordem = um
contfnuas xem v) e y =
x(u,aberto y(u, v) contfnuas
contendo e com derivadas
D*. Se o Jabobiano de T,
de primeira ordem contfnuas em um aberto contendo D*. Se o Jabobiano de T,
��:'.�j 142
e diferente de zero na regiiio D*, entiio,
��:'.�j
y) d x dy = fl. F( x (u,v), y(u,v)) I �i:::� I du dv.
e diferente de zero na regiiio D*, entiio,

F(x,y) d x dy = fl. F( x (u,v), y(u,v)) I �i:::� I du dv.


fl
flF(x, (13)
(13)

• Exemplo 4 Calcule fl 1n(.x2 + y ) d x dy em que De a regiiio do primeiro qua­


• Exemplo 4 Calcule fl 1n(.x2 + y ) d x dy em que De a regiiio do primeiro qua­
2
2
drante situada entre as circunferencias .x2 + y = 1 e .x2 + y = 4.
2 2
drante situada entre as circunferencias .x2 + y2 = 1 e .x2 + y2 = 4.
A furn;;ao integranda e continua em todo ponto (x,y) =/=- (0, 0) do plano, a regiao de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A furn;;ao integranda e continua em todo ponto (x,y) =/=- (0, 0) do plano, a regiao de
integra<;;ao e a fun<;;ao exigem que mudemos as variaveis para coordenadas
integra<;;ao e a fun<;;ao exigem que mudemos as variaveis para coordenadas
polares. Considere T : JR.2 ----+ JR.2 dada por:
polares. Considere T : JR.2 ----+ JR.2 dada por:
T(r,0) = (x(r,0),y(r,0)) = (rcos0, r sen0).
T(r,0) = (x(r,0),y(r,0)) = (rcos0, r sen0).
Restringindo a tranforma<;;ao Tao retangulo D* = [1,2] x [O, �], isto e, 1::; r::; 2
Restringindo a tranforma<;;ao Tao retangulo D* = [1,2] x [O, �], isto e, 1::; r::; 2
e O::; 0::; �' temos que Te bijetora e T(D*) = D. Graficamente, temos:
e O::; 0::; �' temos que Te bijetora e T(D*) = D. Graficamente, temos:

Figura 23: Mudan<;;a de coordenadas


Figura 23: Mudan<;;a de coordenadas
Figura 23: Mudança de coordenadas
P�2-
P�2-

2
2
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Alem disso, as componentes de T sao contfnuas e tern derivadas parciais contf-


Alem disso, as componentes de T sao contfnuas e tern derivadas parciais contf-
143
143
Integrais Duplas
disso, as componentes de T são contínuas e têm derivadas parciais
160 UNIDADE IV 2

Fonte: o autor.

Alem disso, as componentes de T sao contfnuas e tern derivadas parciais contf-


143dessa transformac;ao:
nuas. Agora, vamos calcular o Jacobiano

ox ox
h(r,8) = cir d0 =
cos8 -r sen 8
nuas. Agora, vamos calcular ooy Jacobiano
oy dessa
8 transformac;ao:
dr d0 sen rcos8
ox 2 8ox+ sencos8
h(r,8) = cir d0 =
2
= r ·( cos 8)= r-r
=I= 0 . 8
sen
oy oy
Assim, I��;:;� I
=lrl
dr d0 sen 8 rcos8
= r, uma vez que r > 0. Portanto, substituindo o valor do
= r ·( cos2 8 + sen 28)= r =I= 0 .
modulo do determinante jacobiano em (11), resulta que a integral dupla com a

I��;:;� I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mudanc;a
Assim,de variaveis
=para
=coordenadas
rl
l r > e:0. Portanto, substituindo o valor do
polares
r, uma vez que

Jl
modulo 2do determinante
1n(x + y2 ) dxdy = fo2 2 2em
n
jacobiano
J
ln(r ) · rdrd8=2
mudanc;a de variaveis para coordenadas polares e:
fo
n
ln(r) ·rdrd8.J
(11), resulta 2que 2a integral dupla com a

Jl
Para resolver
+ y2 ) dxdy
1n(xa2 integral mais 2fo
n
J
=interior, ln(r2 )n(r)
2
j 2
·rdr,=usaremos
1 · rdrd8 2 fo
2 a integrac;ao por
n
ln(r) ·rdrd8.
r2
J 2

partes com u= ln(r) e dv= rdr. Isso nos da 2que du= f: dr, v= . Dessa forma,
Para resolver a integral mais interior,
obtemos:
2
j 2
1n(r) ·rdr, usaremos a integrac;ao por

rdr.·rdr
r2
partes com u= ln(r) e fdv=
ln(r) Isso=nos
2 ln(2) du=
- �.
da que f: dr, v= . Dessa forma,
11 4 2
obtemos:para integral dupla, obtemos:
Retornando
2
f ln(r) ·rdr=2 ln(2)- �.
Jl 1n('2 +y')dxdy =112 lo�
J\n r · rdrd0 = 2
4
lo� [2 ln 2- �] d0
Retornando para integral dupla, obtemos:

Jl = ( 4In2-
1n('2 +y')dxdy = 2 lo� D
de = ( 4In2-
J\n r · rdrd0 = 2
t lo� D
[2 lne 2- �] d0 I!
Dt D I!
1t 3 1t
=- ·4ln2--7t=-(8ln2-3).
2 4 4
= ( 4In2- de = ( 4In2-
#SAIBA MAIS# e
1t 3 1t
=-
Sempre que houver a expressao x2 +
2
·4ln2--7t=-(8ln2-3).
y2 na integral
4 dupla,
4 e grande a possibilidade
de usarmos
#SAIBAcoordenadas
MAIS# polares com exito.
Fonte: o autor.
Sempre #SAIBA
que houver MAIS# x2 + y2 na integral dupla, e grande a possibilidade
a expressao
de usarmos coordenadas polares com exito.
• Exemplo 5
Fonte: o autor. #SAIBA MAIS#

144
• Exemplo 5

144
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
=- ·4ln2--7t=-(8ln2-3).
2 4 4
#SAIBA MAIS#
Sempre que houver a expressao x2 + y2 na integral dupla, e grande a possibilidade
161

de usarmos coordenadas polares com exito.


Fonte: o autor. #SAIBA MAIS#

• Exemplo 5

144
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Integrais Duplas
162 UNIDADE IV

Figura 25: S61ido e regiao D a ser integrada

Figura 25: S61ido e regiao D a ser integrada

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.

Fonte: o autor.

Fazendo uso de coordenadas polares e lembrando que o Jacobiano da trans­


formac;ao e dado por r:
Fazendo uso de coordenadas polares e lembrando que o Jacobiano da trans­
formac;ao e dado por r:

Justificativa: no teorema de mudanc;a de variaveis, vimos que o Jacobiano aparece


na f6rmula. Vamos ver o porque dele aparecer e como afeta a integral dupla.
Justificativa: no teorema de mudanc;a de variaveis, vimos que o Jacobiano aparece
Iniciamos com um retangulo S no piano uv cujo vertice inferior esquerdo e o ponto
na f6rmula. Vamos ver o porque dele aparecer e como afeta a integral dupla.
(uo, vo) e dimensoes sao �u e �v. A transformac;ao X(u, v) = (x(u, v),y(u, v))
Iniciamos com um retangulo S no piano uv cujo vertice inferior esquerdo e o ponto
leva esse retangulo em um retangulo R, sendo um dos vertices o ponto (xo,Yo) =
(uo, vo) e dimensoes sao �u e �v. A transformac;ao X(u, v) = (x(u, v),y(u, v))
X(uo, vo).
leva esse retangulo em um retangulo R, sendo um dos vertices o ponto (xo,Yo) =
0 vetoresXu(uo, vo) = (xu(uo, vo),Yu(uo, vo)) eXv(uo, vo) = (xv(uo, vo),Yv(uo, vo))
X(uo, vo).
sao tangentes a S no ponto (xo,Yo).
0 vetoresXu(uo, vo) = (xu(uo, vo),Yu(uo, vo)) eXv(uo, vo) = (xv(uo, vo),Yv(uo, vo))
sao tangentes a S no ponto (xo,Yo).

INTEGRAIS MÚLTIPLAS

146
(u0 , v0 ) e dimensões são ∆u e ∆v. A transformação X(u, v) = (x(u, v), y(u, v))
leva esse retângulo em um retângulo R, sendo um dos vértices o ponto (x0 , y0 ) =
leva esse retângulo em um retângulo R, sendo um dos vértices o ponto (x0 , y0 ) =
X(u0 , v0 ).
X(u0 , v0 ). 163
O vetores Xu (u0 , v0 ) = (xu (u0 , v0 ), yu (u0 , v0 )) e Xv (u0 , v0 ) = (xv (u0 , v0 ), yv (u0 , v0 ))
O vetores XuFigura
(u0 , v0 )26: Elemento
= (x de area na mudarn;;a de variaveis
u (u0 , v0 ), yu (u0 , v0 )) e Xv (u0 , v0 ) = (xv (u0 , v0 ), yv (u0 , v0 ))
são tangentes a S no ponto (x0 , y0 ).
são tangentes a S no ponto (x0 , y0 ).
Figura 26: Elemento de área na mudança de variáveis
Figura 26: Elemento de área na mudança de variáveis
X(u,.v,,Hv)
υ y X(u0, υ0+Δυ)
r
u=u0
Av
X(u0, υ)
b
Δυ S ΔυXv
T R
R
(u0, υ0) Δu (x0, y0) X(u0, υ0)
X
υ=υ0 X(u, υ0) a X(u0, υ0) Δu u

Fonte:o oautor.
autor.
r(u0+Δu, υ0)
Fonte:
0 u 0 Fonte: o xautor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Podemos
Podemos aproximar
aproximar aa area
área de
de S por um paralelogramo
paralelogramo determimando
determimando pelos
pelos ve-
veto-
Podemos aproximar a área de S por um paralelogramo determimando pelos veto-
tores:
res
res
a= X(u0++Au,
a =X(uo ∆u,vo)
v0 )-−X(uo,
X(u0 ,vo) ≈AuT
v0 )� ∆uXu u
a = X(u0 + ∆u, v0 ) − X(u0 , v0 ) ≈ ∆uXu
bb==X(uo,
X(u0 ,vov0++Av)
∆v)-−X(uo,
X(u0 ,vo)
v0 )�
≈AvTv
∆vXv
b = X(u0 , v0 + ∆v) − X(u0 , v0 ) ≈ ∆vXv
Assim,
Assim, podemos
podemosaproximar
aproximaraaarea
áreadedeRRpor:
por
Assim, podemos aproximar a área de R por
A(R) =A(R) =×
bll �a
Ila X = IIXu
b�X≈ ii = AuAv
Xv∆u∆v�X llXu X Xvii
u × Xv �
A(R) = �a × b� ≈ ∆u∆v�Xu × Xv �
Porem, calculando o produto vetorial Xu x Xv,

Xu(uo,vo) x Xv(uo,vo) =
j k
Xu Yu 0
0
Xv Yv 147
ax ax 147
dU dv a(x,y)
ay ay a( u,v)
dU dv

Logo,
A(R) �AuAvllXu xXvll � la(x,y)I AuAv
a( u,v)

147

Integrais Duplas
164 UNIDADE IV

Assim, na soma dupla de Riemann, quando fazemos a mudarn;a de variaveis, cada


elemento de area Me transformado em I I �u�v. ��:'.�j
Assim, na soma dupla de Riemann, quando fazemos a mudarn;a de variaveis, cada
elemento de area
UmaAssim, naMe
somatransformado
consequencia da regra
dupla deda em I que
cadeia,
Riemann, facilita
quando ��:'.�j
I �u�v. o calculo do Jacobiano, e dada
fazemos a mudarn;a de variaveis, cada
peloelemento
seguinte de
teorema que transformado
area Me estabelece a relac;ao
em I entre os Jacobianos
I �u�v. e ��:'.�j ��:'.�j ���'.�j.
Uma consequencia da regra da cadeia, que facilita o calculo do Jacobiano, e dada
peloTeorema
seguinte teorema que estabelece
da regra daaecadeia,
6. Os Jacobianos
Uma consequencia ��:'.�j ���'.�j
relac;aosatisfazem
entre
que os Jacobianos ��:'.�j ���'.�j.
a oseguinte
facilita e
calculo rela(;iio:
do Jacobiano, e dada
a relac;ao entre os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j.
���'.�j satisfazem
Teorema 6. Os Jacobianos ��:'.�j ea(x,y)
pelo seguinte teorema que estabelece
. a(u, v) a seguinte rela(;iio:
= 1.
a(u, v) a(x,y)
��:'.�j ���'.�j

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Teorema 6. Os Jacobianos e v)
a(x,y) . a(u, satisfazem a seguinte rela(;iio:
• Exemplo 6 = 1.
a(u, v) a(x,y)
a(x,y) . a(u, v)
= 1.
• Exemplo 6 a(u, v) pelas
(a) Determine a area da regiao delimitada a(x,y)curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 =1
•ex
2
-y = 64.
Exemplo
2
(a) Determine a area da regiao delimitada pelas curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 = 1
Primeiramente, fazemos um esboc;o da regiao:
ex2(a) 2
= 4.
-yDetermine a area da regiao delimitada pelas curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 = 1
= 4. Figura
ex2 -y2fazemos
Primeiramente, um esboc;o
Figura
27:27: da
Regiaoregiao:
D aDser
Região a ser integrada
integrada
2 xy=3
Primeiramente, fazemos um esboc;o
xy=3 da regiao:
Figura 27: Regiao D a ser integrada
xy=3
Figura 27: Regiao D a ser integrada
xy=1
15 xy=3

1
. ..
. ..
0.5
. .. Fonte: o autor.
x2-y2=1 x2-y2=4

Fonte: o autor.
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Fac;amos a seguinte mudanc;a deFonte: variaveis u = .xy e v = x2 - y2 . Segue que
o autor.
1 :s; u :s; 3 e 1 :s; v :s; 4. 0 Jacobiano da transformac;ao, nao pode ser ��:'.�j,
Fac;amos a seguinte mudanc;a de variaveis u = .xy e v = x2 - y2 . Segue que
imediatamente calculado, pois x e y devem ser func;oes explfcitas de u e v, a
1 :s; u :s;Fac;amos
3 e 1 :s; av seguinte
:s; 4. 0 Jacobiano
mudanc;a de da variaveis u = .xy e v =nao
transformac;ao, x2 -pode ��:'.�j,
ser
y2 . Segue que
imediatamente
1 :s; u :s;calculado,
3 e 1 :s; vpois
:s; 4.x0e yJacobiano
devem serdafunc;oes
148
explfcitas de u nao
transformac;ao, e v, apode ser ��:'.�j,
imediatamente calculado, pois x e y devem ser func;oes explfcitas de u e v, a
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
148

148
165

menos que expressemos x e y dessa forma. No entanto,

d(x,y) 1
.
d(u, v) - o(u,v)
d(x,y)
Segue que:
d(u,v) y X 2y
= = 2v.
d(x,y) -y 1 X
X X

Assim,
d(x,y) 1
d(u, v) 2v·
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Nao esquecendo de incluir o modulo do Jacobiano, temos:


4 3
A = ff ldA = { { __!__dv du.
jjD 11 11 2v

0 calculo dessa integral dupla e imediato e vale � ln ( 3).

x-y
(b) Calcule {{ dA em que R e a regiao compreendida pelas retas x - y =
j}R x+y
O,x-y= 1,x+y= 1 ex+y=3.

Pela defini<;ao das retas que comp5em a fronteira da regiao R, e conveniente


usar a seguinte mudan<;a de variaveis: u = x + y e v = x - y.

Sendo assim, a luz das equa<;5es de fronteira:

x+y= 1,x+y=3,x-y=0,x-y= 1, (14)

temos:
u= 1,u=3,v=0,v= 1. (15)

A seguir, ilustramos a transforma<;ao definida em (14) e (15):

149

Integrais Duplas
eguir,166ilustramos
U N I D A D E a transformação definida em (14) e (15):
IV

Figura 28: Mudança de variáveis dadas em (14) e (15)


Figura 28: Mudarn;a de variaveis dadas em (14) e (15)
V

x+y = 3 x-y=�
g

Figura 28: Mudarn;a de variaveis dadas em (14) e (15)


x+y = 1 V

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
f1
x+y = 3 x-y=� Fonte: o autor.
g

Para calcular o Jacobiano, devemos isolar as variaveis x e y em (14), isto e, se:

x+y = 1 f1
{
(16)
v=x-y
Fonte: o autor.
Logo,
a(x,y) 1
Para calcular o Jacobiano, devemos isolar
a(u, v) as variaveis x e 2y em (14), isto e, se:
Fonte: o autor.
Estamos prontos para mudar as variaveis e calcular a integral:
1 vdvdu(16)
{ 1 x-y
v=x-y--dA=
Rx+y f!s8 v
u
- I --1 I dA= -1
2 2
li
1
3

-1
u 1
0
Logo, { ! v du = ! { ! du
=!
3 2 1 3

a(x,y) 2
11 u 2 1 0 1 4 11 u
a calcular o Jacobiano, devemos isolar as variáveis x e y em (14)
a(u,v) = -1 ln I u I 13 = -12 (ln 3 - ln 1) = -1 ln 3 .
4 4 4 1
Estamos prontos para mudar as variaveis e calcular a integral:
#SAIBA MAIS#
1 vdvdu

x-y 1 1_:
 Umau maneira
1
=Rx--dA= y
de calcular uintegral
a- 1 dA= 1
f!s8v 2 2 1u e-x dx e observando que1
impr6pria
1
3 2

x+y
+ I -- I - I=
-
 li

⇒ dux= !=I={ !2fodu(ue-x+dx.v) e y = (u − v) .


1 0=
essa furn;;ao e par, e, portanto,
= ! { !basta calcular
3 3 2
1

4 11 2 2
2
v
 v = x − y 2 11 u 2
 u 10

= -1 3 = -1
ln I u I 1 - = -1 (ln 3 ln 1) ln 3 .
4 1 4 150 4

#SAIBA MAIS#
UmaINTEGRAIS
maneiraMÚLTIPLAS
de calcular a integral impr6pria I= 1_: e-x dx e observando que
150
=
2

2
Estamos prontos para mudar as variáveis e calcular a integral:

x−y u  1  1 31 1
¨ ¨   ˆ ˆ
dA = − dA = v dv du
R x+y Sv 2 1 u 0
 2
167
1 3 1 v2 1 1 31
ˆ ˆ
=  du = du
2 1 u2 0 4 1 u
1 3 1
 1
= ln |u| = (ln 3 − ln 1) = ln 3 .
4 1 4 4

#SAIBA MAIS# ˆ ∞
2
Uma maneira de calcular a integral imprópria I = e−x dx é observando que
ˆ ∞−∞
2
essa função é par, e, portanto, basta calcular I = 2 e−x dx.
0
0 artificio agora e calcular o quadrado dessa integal, juntado em um integral du­
O artifício
0 artificio agora agora oé quadrado
e calcular calcular o dessa
quadrado dessa
integal, integal,em
juntado juntado em umdu­
um integral integral du-

(100 (100 (100


pla: pla, uma vez que as integrais são independentes:

41 00 la4100 la
00 00
(100
pla:
12 = 4 ˆ-∞ d )  ˆ -∞y2 d ) 
e .x2 −xx2 y2 e −yy2 = ˆ ∞ ˆe-∞(x2 +y2 ) dxdy.
2 2
12 = 4 2e-.x2 dx)
I =4 e dx e - d y ) =e dy = 4 (x +y ) dex−(x
e - dy2.+y2 ) dx dy .
0 0 0 0
Passando a coordenadas polares, isto e, x = r cos 8, y = rsen8, entao, -(x2 +
Passando aPassando
coordenadas polares, isto e, x = r cos 8, y = rsen8, entao,
a coordenadas polares, isto é, x = r cos θ, y = r sen θ, então, −(x2 +
-(x 2
+
y2 )2 = -r2 . Uma vez que x,y E [0, = ), assim, os valores de re 8 em que sao
y ) = -r .y2Uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2
) = −rvez
2 . que
Umax,y vezE que [0, =x,),y assim,
∈ [0, ∞), os assim,
valoresosdevalores
re 8 emde rque
e θsao em que são
positivos ocorrem quando r E [O, oo) e 8 E [O, n/2] (note que re sempre positivo
positivos ocorrem quando r E [O, oo) e 8 E [O, n/2] (note que re sempre
positivos ocorrem quando r ∈ [0, ∞) e θ ∈ [0, π/2] (note que r é sempre positivo positivo
e os valores de 8 em que x e y sao simultaneamente positivos se encontram no
e os valorese osdevalores
8 em que de θx eme y que
sao xsimultaneamente
e y são simultaneamentepositivos positivos
se encontram no
se encontram no
primeiro quadrante). Logo, temos que:
primeiro quadrante).
00 00quadrante).
primeiro Logo, temos Logo, que:temos que
00
12 00= 4 00f ˆf2 ˆe2-(x2 +y2 ) dxdy = 4 00{�ˆ 2fπ ˆe-r2 rdrd8 = 4 {�ˆ blim
b
2
∞ = 4 {� lim { 2e00
{ ˆe-r rdrd8.
12 = 4 f f loe-(lo x +y ) d
∞ ∞ xdy = 4 {� f e-r 2rdrd8
lo lo lo
π
-r
2
b� lordrd8−r
b .2
lo lo
I 2
= 4 e −(x2 +y2 )
lo lo
dx dy = 4 e −r2
r dr dθ = 00
lo b� lo b→∞-r20, em que
4 lim e r dr dθ .
Empregando0 o metodo 0 da substitui<;ao,0 na 0integral acima com0u2 =
Empregando o metodo da substitui<;ao, na integral acima com u = -r , em que
du=Empregando
-2rdr, resulta que I2 da
o método = 7t.substituição, na integral acima com u = −r2 , em que

1_: 1_:
du= -2rdr, resulta que I2 = 7t.
= Jn.
2
Portanto,
du = I= −2 r dr, e-x dxque
2 resulta I 2 = π.
Portanto, I= e-x dxˆ =∞ Jn.2 √
Segue que: I =
Portanto, e−x dx = π.
Segue que:
Segue que
−∞
1 1
00 1 2 00e-x
1 2
ˆ ∞ dx=l,
Ve-x
r,;;.
1t 1-oodx=l,−x2
Vr,;;.
1t -oo √ e dx = 1,
valor muito usando no calculo de probabilidades. π −∞151
valor muito usando no calculo de probabilidades.
Fonte:valor muito #SAIBA
o autor. usando noMAIS# cálculo de probabilidades.
Fonte: o autor. #SAIBA MAIS#
Fonte: o autor. #SAIBA MAIS#

1.6 Area de uma superficie


1.6 Area de uma superficie
1.6 Área de uma superfície
Nesta se<;ao estamos, interessados em calcular a area de uma superficie.
Nesta se<;ao estamos, interessados em calcular a area de uma superficie.
UmaNesta seção parametrizada
superffcie estamos, interessados
e uma em calcular
fun<;ao X dea classe
área deCuma
1 superfície.
tendo por dominio
Uma superffcie parametrizada e uma fun<;ao X de classe C 1 tendo por 1
dominio
uma Uma
regiaosuperfície
simples Dparametrizada
(do tipo I ou édouma II). X de classe C tendo por domínio
tipofunção
uma regiao simples D (do tipo I ou do tipo II).
Umauma região esimples
superficie D (do
a imagem M tipo I ou superffcie
de uma do tipo II).parametrizada,
Uma superficie e a imagem M de uma superffcie parametrizada,
Uma superfície é a imagem M de uma superfície parametrizada,
X: D ----+ JR.3
X: D ----+ JR.3
X(u,
: v) DH ((x(u, → R3v),y(u,v),z(u,v))
(u,v) H ((x(u, v),y(u, v),z(u,v))
(u, v) �→ ((x(u, v), y(u, v), z(u, v))
satisfazendo:
satisfazendo:
satisfazendo: 151
151
Integrais Duplas
• X é de classe C1 .
Uma superfície é a imagem M de uma superfície parametrizada,

168 UNIDADE IV
X: D → R3

(u, v) �→ ((x(u, v), y(u, v), z(u, v))

satisfazendo:

• X é de classe C1 .
• Xe de classe C 1 .
• X é injetora no interior de D e se q1 pertence ao interior de D e q2 ∈ ∂D,
• X e injetora no interior de D e se q1 pertence ao interior de D e q2 E av,
então
entao X(q1 ) �= X(q2 ).
X(q1) -/-X(q2).
• NX = Xu × Xv (vetor normal a M) não se anula no interior de D.
• Nx = Xu x Xv (vetor normal a M) nao se anula no interior de D.
Uma tal função X é chamada de uma parametrização de M.
Uma tal furn;ao Xe chamada de uma parametriza<;ao de M.
Seja X uma parametrização de M e p0 = X(q0 ) tal que NX(q0 ) �= 0. O plano tan-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seja X uma parametriza<;ao de Me po= X(qo) tal que Nx(qo) -/- 0. 0 plano tan­
gente a M em um ponto p0 é o plano que passa por p0 e tem NX(q0 ) como vetor
gente a M em um ponto Poe o plano que passa por Poe tern Na(qo) como vetor
normal.
normal. 0O plano
plano tangente
tangente de
de uma superfícieSSnonoponto
uma superficie pontop pE ∈S Se édenotado
denotadopor
por
Tp (S).

• Exemplo 7
152
(a) Seja f: D c JR2----+ JR uma fun<;ao de classe C1 . 0 grafico def e uma superficie
M. Afirmamos que:

X: D ----+ JR3

(x,y) H (x,y,f(x,y))

e uma parametriza<;ao para M.

De fato, notemos facilmente que X e de classe C 1 e injetora sobre D; alem


disso,
Nx = Xx x Xy = ( -fx ,-fy , 1) -/- 0.
(b) Seja f: D----+ JR uma fun<;ao de classe C 1 dada por f(x,y) = Jx2 +y2 , em que
D = { (x,y) E JR2 ;x2 + y2 :s; 4 }. 0 seu grafico e uma superficie parametrizada
por:

X: D ----+ JR3

(x,y) H (x,y, Jx2 + y2 ),

152

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
169

como vimos em (a).

Uma parametrizac;ao altemativa para M pode ser:

cr : D' ---+ JR.3


(r.8) H (rcos8,rsen8.r),

em que D' = [O; 2] x [O, 2rc].

Aqui vemos que:


CTr = ( cos8, sen8; 1)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

cre = (-rsen8,rcos8,0).
Assim, N = (-r sen 8, rcos8; r) -=/=- 0, se r > 0.

Vamos resumir:
Coordenadas Retangulares: podemos olhar o grafico de z = f(x,y), no qual f e
uma furn;ao C 1 definida sobre um domfnio D, como uma superficie parametrizada
com para.metros x e y. Basta tomar:

Coordenadas Polares: do mesmo modo, podemos olhar uma superficie dada


em coordenadas cilindricas como z = g(r1 8), como uma superffcie parametrizada.
Basta definir:
x=rcos(8), y=rsen(8)1 z=g(r,8).

Coordenadas Esfericas:Tambem podemos olhar uma superffcie dada em coor­


dendas esfericas p = h( <j>, 8) como uma superffcie parametrizada com parametros
<j> e 8. Basta definir:
x= h(<j>,8) sen (<j>)cos(8),

y = h(<j>,8) sen (<I>) sen (8),

z = h (<I>1 8)cos(<I>).

153

Integrais Duplas
ϕ e θ. Basta definir
x = h(ϕ, θ) sen (ϕ) cos(θ),
170 UNIDADE IV
y = h(ϕ, θ) sen (ϕ) sen (θ),

z = h(ϕ, θ) cos(ϕ).

Primeira Forma Quadrática

O produto interno do R3 induz em cada plano tangente Tp (S) de uma superfície


parametrizada S um produto interno, denotado por �., .� p . Se w1 e w2 pertencem a
Tp (S), então, �w1 , w2 � p é igual a �w1 , w2 � no R3 .
A primeira forma fundamental, I p , é a aplicação que a cada vetor w do plano
tangente Tp (S) da superfície S associa o número real �w, w� p . Se X é uma parame-
trização para S, então, podemos escrever I p em termos dos vetores tangentes Xu e
Xv : seja w = u′ Xu (p) + v′ Xv (p) ∈ Tp (S), então,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I p (w) = E(u′ )2 + 2F(u′ , v′ ) + G(v′ )2 ,

154

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
171

Segue que E = l,F = O,G= 1.

Parametriza�ao do Cilindro: o cilindro x2 + y2 = 1 e pararnetrizado por:

X(u;v) = ( cosu, senu, v)

em que (u,v) E [0,21t] x R Segue queXu = (- senu;cosu,O) eXv = (0,0, I)


e ass1m:
E = Xu · Xu= II(- sen u1 cosu,0) 11 2 = 1,

G = X1. ·Xv= 11(0;0, 1 )f = 1,


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

F =Xu ·Xv= 0.

Segue que E = l,F = O,G= 1.

Parametriza�ao da Helicoide: a helic6ide e "urna escada em espiral ", tern a


seguinte parametriza�ao:

X(u;v) = (vcosu;v sen u, au)

em que (u; v) E [O; 21t] x R Segue que:


Xu= (-vsen u, vcosu, a) eXv= ( cosu; sen u,0) e, assim,

E = Xu ·Xu= II (-vsen u, vcosu,a) 11 = v + a ,


2 2 2

G = Xv ·Xv= II (cosu; senu,O)11


2
= 1,
F =Xu ·Xv= O.

Segue que E = v2 +a2 ,F = O;G= I.

(b) Seja f: D --+ JR uma fun�ao de classe C 1 . 0 grafico de f e uma superficie M.


Ja vimos que:

X: D --+ JR.3

(u;v) r-+ (u;v,J(u;v))

155

Integrais Duplas
172 UNIDADE IV

e uma parametrizac;ao para M. Alem disso, e facil calcular:

Xu = (1,0,Ju ) eXv = (0, l,Jv ).

Assim,
E = Xu · Xu = 1 + //;,
G =Xv · Xv = 1 + /;,

F = Xu · Xv = fufv·

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Definic;ao 3 (.Area de uma superficie). Seja R c S uma regiiio limitada de uma
superf{cie com parametriza�iio dada par X : U C JR.2 ----+ S. Ao numero positivo,

chamamos de area de R.
Note que Q e o dom{nio da parametriza�iio X .

Como vale:

entao, temos que:


IIXu XXv ll = VEG-F 2 .

Assim, podemos reescrever:

Teorema 7. A area de uma regiiio limitada R de uma superf{cie S com parametriza�iio


dada par X: UC JR.2 ----+ S, com X(Q) = R, e dada par:

f
A(R) = lllXu xXvlldu dv = fl VEG-F du dv. 2
(17)

156

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
A(R) = �Xu × Xv �du dv = EG − F 2 du dv.
Q Q

Teorema 7. A área de uma região limitada R de uma superfície S com parametri-


173
zação dada por X : U ⊂ R2 → S, com X(Q) = R, é dada por
ˆˆ ˆˆ 
A(R) = �Xu × Xv �du dv = EG − F 2 du dv. (17)
Q Q

Nocaso
No casoem
emque
queaasuperficie S égrafico
superfícieSe gráficodadafurn
função z =f(x,y),
;ao z = f (x, y), temos
temos queque X(x, y)
X(x,y) ==
(x, y,f(x,y))
(x,y, f (x, y))eéuma
umaparametriza<;;ao
parametrizaçãopara
paraSeS IIeXxXxx×XyXy==(-(−
fx,fx-, −
fy ,f1)
y , 1)
e, e, portanto,
portanto,
J 2
IXxx I\×XXyy11�== 11++flfx+Ji.
2
+ fv . Obtemos,
Obtemos,assim,
assim,a aformula
fórmulaclassica
clássica para para a área
a area de de

I�X
uma
uma superficie.
superfície.

Corolário 1.1.AAarea
Corolario áreade
deuma
umasuperf{cie
superfícieS Sque
que é gráfico
egrafico da função
dafunr;iio z =z = f (x, y),
f(x,y), (x, y)
(x,y) E ∈
D é dadapor
Dedada por

A(S)==
A(S) Jfo
ˆˆ

D
11�X �dudvdv==
Xu ux×XXvllvdu Jl
ˆˆ 
V fl+
D
f;f+
fx2 + 2 ldx
y + dy.dy.
1dx (18)
(18)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

•• Exemplo
Exemplo99
(a) Calcule a área da esfera de centro O e raio a > 0.
(a) Calcule a area da esfera de centro O 157
e raio a> 0.
Seja X a parametrização da esfera
Seja X a parametriza<;;ao da esfera :
X(u, v) = (a sen v cos u, a sen v cos u, a cos v),
X(u,v) = (a sen vcosu,a sen vcosu,acosv),

em que 0 ≤ u ≤ π e 0 ≤ θ ≤ 2π.
em que O :::; u :::; 1t e O :::; 0 :::; 21t.

EÉ facil
fácil obter
obter que
que:

Xuu =
X senvvsenu,a
(−a sen
= (-a sen u, asen v cos u, 0)eeXXvv==(acosvcosu,acosv
senvcosu,O) (a cos v cos u, a cossen
v sen
u,u,
-a −a v),v),
sen
sen

segue que: EE =
segue que: = aa22sen
sen22v,
v,FF ==00, 2
, GG==aa2 . .

Logo, IXuu I\×XXvv11�==VEG
Logo, I�X EG-−FF2 2==aa2 2sen
senv.v.Portanto,
Portanto,

A(M) =
A(M) = Jl
ˆˆ 
VEG-F
D
EG − F22dudv
dudv== Jl
ˆˆ
2
a2asenvdudv
sen vdudv==4na
D
2 2
4πa. .

(b) Calcule
(b) Calcule aa area
área da da superficie
superfícieMMque
queeéoografico
gráficodadafun<;;ao
funçãof(x, y)y)== x2x+2 +
f (x,

y 2 y2J
comx
com
2
x2 ++y
2
:::; 4.
y2 ≤ 4.

Uma parametrização
Uma parametriza<;;ao para M eé dada
para M dadapor:
por

X(r, θ)==(rcos0,
X(r,0) (r cos θ,rsen
r sen0,θ,r),
r),
157
em que 0 ≤ r ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π.

É fácil obter que E = 2, G = r2 e F = 0. Segue que


ˆ ˆ √ √
A(M) = 2r2 drdθ = 4π 2. Integrais Duplas
D
174 UNIDADE IV

em que O :::; r :::; 2 e O :::; 0 :::; 21t.

E facil obter que E = 2, G = -,2 e F = 0. Segue que:


A(M)
em que O :::; r :::; 2 e O :::; 0 :::; = J
21t. L �drd0 = 41tV2.

(c) ECalcule
facil obter que
a area = 2,2x
doEplano G=+ y-,2+ezF==4 que
0. Segue que:
esta no interior do cilindro .x2 + y2 =
1.
A(M) = J L �drd0 = 41tV2.
Sejam Do disco .x2 + y :::; 1 e X: D-+ JR3 a parametriza<;;ao dada por:
2

(c) Calcule a area do plano 2x + y + z = 4 que esta no interior do cilindro .x2 + y2 =

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. X(x,y) = (x,y,4-2x-y).

Pode-se
Sejam disco .x2 +que
Dodeterminar y2 :::;E 1=e5,F = 2 eJRG3 =
X: D-+ 2. Logo,
a parametriza<;;ao dada por:

JL J JL
X(x,y) = (x,y,4-2x-y).

A(M) = EG-F2 dA = V6dA = V6 area de D = nV6.


Pode-se determinar que E = 5,F = 2 e G = 2. Logo,

(d) Calcule a area do toro. Uma parametriza<;;ao para o toro e dada por:

JL J
A(M) = X(<j>,0)
EG-F 2 = cosV6dA
acos<j>)
= ( (b +dA 0, (b + JL
V6 areasende0,Da=sennV6.
=acos<j>) <j>),

(d)emCalcule
que <j>,0 21t].toro. Uma parametriza<;;ao para o toro e dada por:
E [O,do
a area

X(<j>,0) = ( (b + acos<j>)
Figuracos29:
0, (bToro
+ acos<j>)sen 0,a sen <j>),

em que <j>,0 E [O,21t].

Figura 29: Toro

Fonte: o autor.

Vemos que (tomando b = 3 ea= 1),


Fonte: o autor.
X<I> = (- sen<j>cos0, - sen<j>cos0,cos<j>)

Vemos que (tomando b = 3 ea= 1),158

X<I> = (- sen<j>cos0, - sen<j>cos0,cos<j>)


158
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
Fonte: o autor.

175
Vemos que (tomando b = 3 e a = 1),

Xφ = (− sen φ cos θ, − sen φ cos θ, cos φ)

XXe= ( (b+
θ = ((3 +cos
acos<j>)
φ) sensen
θ,0,(3(b++ acos<j>)
cos φ) coscos 0, ,0),
θ, 0)

emem
queque temos
temos queque:

sen 0,G=(3+cos<j>)
2
Xe=( (bE=l, F=O,
+acos<j>) (b+acos<j>)cos.0, 0),
E = 1, F = 0, G = (3 + cos φ)2 .
em que temos
Logo, de M e dada por:
a area que:
Logo, a área de M é dada por21t 21t
A(M)E=l,
= fo fo
F=O,
ˆ 2π ˆ 2π 
V(3G=(3+cos<j>)
+cos<j>)2 d0d<j>.=121t2 .
2

M edodada
a area adeA(M) (3 + cos φ)2 dθdφ = 12π2 .
(e)Logo,
= por:
Determine area paraboloide z =x2 +y2 que esta abaixo do plano z =9.
0
21t 21t
0

Se z =9, entao, =
a equa<;;ao fo fo
V(3+cos<j>)
do paraboloide 2 d0d<j> = 121t 2 .
nos da como a regiao Do disco
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A(M)
x2 +y2 =9. Graficamente, temos:159
(e) Determine a area do paraboloide z =x2 +y2 que esta abaixo do plano z =9.
Figura
Se z =9, entao, 30: Paraboloide
a equa<;;ao abaixo
do paraboloide doda
nos plano
comoz=
a 9regiao Do disco
z
x2 +y2 =9. Graficamente, temos:

Figura 30: Paraboloide abaixo do plano z =9


z

Fonte: o autor.

Como z =f(x,y) =x2 +y2 , entao, Jx(x,y) =2x e fy (x,y) =2y. Logo,
Fonte: o autor.
A(S) =fl V(2x)2 + (2y)2 + 1dA

= fl J1
(19)
Como z =f(x,y) =x2 +y2 , entao, Jx(x,y)
+4x= 2x e2f
2 +4y y (x,y) =2y. Logo,
dydx.

A(S) = fl V(2x)2 + (2y)2 + 1dA


159
= fl J1
(19)
+4x2 +4y2 dydx.

159
Integrais Duplas
176 UNIDADE IV

obtemos: ¨ 
A(S) = 1 + 4x2 + 4y2 dy dx
D
ˆ 2π ˆ 3  (20)
= 1 + 4r2 · r dr dθ .
0 0
ˆ 3 3 √
(1 + 4r) 2 3 37 37 1

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como 1 + 4r2 · r dr =  = − .
0 12 0 12 12
A integral dada pode ser reescrita como:
2π ˆ 3   ˆ 2π
1  √
ˆ
A(S) = 1 + 4r2
· r dr dθ = 37 37 − 1 1dθ
0 0 12 0
1 √ 2π π √
    
= 37 37 − 1 θ = 37 37 − 1 .
12 0 6

1.7 Área de superfícies de Revolução

Uma maneira de obter uma superfície é girar um curva plana C em torno de uma
reta L no seu plano. Isso dá uma superfície de revolução com eixo L.

Definição 4 (Superfície de Revolução). Seja C uma curva plana e L uma reta no


mesmo plano da curva. A superfície obtida pela revolução da curva C em torno
da reta L é chamada superfície de revolução. A reta L é chamada eixo e a curva
C de geratriz.

A esfera pode ser gerada pela revolução de uma semi-circunferência.


O cilindro circular reto é obtido pela revolução de uma reta C em torno de uma
reta paralela L.

Teorema 8. Seja f : [a, b] → R uma função positiva com f ′ contínua em [a, b].
Se A é a área da superfície de revolução obtida girando-se a curva y = f (x) com
a ≤ x ≤ b, em torno do eixo OX, então, temos
ˆ b 
A = 2π | f (x)| [ f ′ (x)]2 + 1dx. (∗)
a
INTEGRAIS MÚLTIPLAS

161
177

a ::; x ::; b, em torno do ei


x o x, entiio, temos:

Seo grafico da curva y = f(x), a::; x::; be g ra


i do em torno do ei
x o y, temos:

Para deduzir (*), devemos dar uma parametriza<;ao de S. Defina a parametriza<;ao


por:
x = u, y = J(u) cosv, z = J(u) sen v
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

em que, a::; u::; b, 0 < v < 21t.


Agora, usando a expressao para a area de uma superficie parametrizada, obtemos
que:

A(S) Jl J[J(u)] 2 sen 2v+ [J(u)] 2 cos2 v+ [J(u)] 2 [J'(u)]2dvdu

Jbfo 2
if(u)IJl + [f'(u)] dvdu

1 fo2 IJ(u) I J1 + [J'(u)]2dvdu


1t

21t 1 IJ(u) I J1 + [J'(u)]2du.


b

• Exemplo 10

(a) Seja f: [O, 1] -----+ � dada por f(x) = Ji. Calcule a area da superficie S obtida
quando giramos o grafico de f em tomo do eixo x.

161

Integrais Duplas
178 UNIDADE IV

Figura 31: Rotac;ao de y = ,Ji em tomo do eixo x

Figura
Figura 31:
31: Rotac;ao
Rotac;ao de
deyy == ,Ji
,Jiem
emtomo
tomodo
doeixo
eixoxx

Figura 31: Rotac;ao de y = ,Ji em tomo do eixo x

Fonte: o autor.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Usando o teorema anterior, temos que:
b
Fonte:
Fonte: ooxautor.
A= 2n1 lf(x)IV[!'( )]autor.
+1dx
2

Usando
Usandoooteorema
2,c
teoremaanterior,
(.rx
anterior, temos
bb 1
c-;J
Fonte: o autor.
temos que:
que:
+ ldx�2" L + ldxf.rxJ
UsandoAAo== 2n
teorema 1
2n21t lf fo
(xx)IV[!'(
lf({[:x
1anterior, dxxx)]=
)IV[!'(
temos )] +
que:
22
(+1dx
1dx )
svs-1 i·
(.rx c-;J f.rxJ
b
(b) Sej a f :A
[ 0,=1] 2,c2n1 lf(x)IV[!'(x)] 2 +Calcule
------+ 1dx
2,c JR. dada por f (x) =++x.ldx�2" ldx�2" a area daL
superficie
L ldx S obtida
++ ldx

fo(.rx
21t c-;J
quando giramos o grafico de f em tomo do eixo x.
11
21t2,c {[:x
Usando o teorema anterior, temos que:
{[:xdx dx== ((svs-1 svs-1 i· f.rxJ
+ ldx�2" )) L + ldx

(b)
(b) Sej
Sejaa ff:: [ 0,
[ 0,1]1] ------+
------+fo
JR.
JR.
21t
A = 21t1
1 b
dada
dada {[:x
por
porlf dx
ff(((xx)
x))IV[! i·
'(Calcule
Calcule
==x.x.(svs-1 )aa area
x)] 2 +1dx area da
da superficie
superficie SS obtida
obtida
quando
quando giramos
giramosoo grafico grafico de de1 ffem emtomo tomodo doeixo
eixox.x. 1

Usando
fo
2n x�dx = 2nv2 fo
(b) Sej a f : [ 0, 1] ------+ JR. dada por f (x) = x. Calcule a area da superficie S obtida
xdx = n\/2.
quandooogiramos
Usando teorema
teoremaoanterior, grafico temos
anterior, temos
de f em que:
que:
tomo do eixo x.
bb
A
A =
Usando o teorema anterior,= 21t
21t11 lf (xx))IV[!
lf(temos IV[! '('(xx)])] 2+
que: +1dx
1dx
2

2 lntegrais Triplas 11 b 11
A = 2n
Nesta sec;ao, vamos estender ainda
fo
2n21t1x�dx lf(x)IV[!'(==x)]
x�dx fo2nv2+1dx xdx
2nv2
2
xdx== n\/2.
n\/2.
1 mais a noc;ao de integral, 1 vamos estudar inte­
gral tripla. A nossa experiencia fo
2n x�dx
com a integal fo 2nv2 vai xdx
= dupla, = n\/2.
facilitar muito o trabalho
INTEGRAIS
lntegraisTRIPLAS
22 lntegrais Triplas
Triplas
162
2 sec;ao,
Nesta
Nesta lntegrais
sec;ao, vamos Triplas
vamos estender
estender ainda
ainda mais
mais aa noc;ao
noc;ao de
de integral,
integral, vamos
vamos estudar
estudar inte­
inte­
gral
gral tripla.
tripla. AA nossa
nossaexperiencia
experienciacom
comaaintegal
integaldupla,
dupla, vai
vaifacilitar
facilitarmuito
muitoootrabalho
trabalho
Nesta sec;ao, vamos estender ainda mais a noc;ao de integral, vamos estudar inte­
gral tripla. A nossa experiencia com 162
a162
integal dupla, vai facilitar muito o trabalho
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
162
com a integral tripla.
Vamos iniciar com o caso mais simples em que a regiao de integrac;ao e um pa­ 179

ralelepfpedo. Consideremos Bum paralelepfpedo limitado (uma caixa retangular)


com a integral tripla.
do tipo:
Vamos iniciar com o caso mais simples em que a regiao de integrac;ao e um pa­
ralelepf pedo. B
com a integral
={(x,y,z);Bum
Consideremos
tripla.
a�x�b;c�y�d;r�z�s}.
paralelepfpedo limitado (uma caixa retangular)
do tipo: iniciar com o caso mais simples em que a região de integração é um pa-
Seja f uma furn;ao de tres variaveis (x:Y:Z) definida e limitada em B. Vamos
Vamos
B={(x,y,z); a�x�b;c�y�d;r�z�s}.
ralelepípedo.
subdividir Consideremos
B em caixas B um paralelepípedo
retangulares, fazemos issolimitado (uma caixa
subdividindo retangular)[a 1 b]
o intervalo
Seja f uma furn;ao de tres variaveis (x:Y:Z) definida e limitada em B. Vamos
do tipo
em l subintervalos [x,_ 1 , Xi] de comprimentos iguais a �x: o intervalo [c 1 d] estara
subdividir B em caixas retangulares,
B = {(x, y, z); a ≤ xfazemos
≤ b; c ≤isso
y ≤subdividindo o intervalo [a 1 b]
d; r ≤ z ≤ s}.
sendo subdividido em m subintervalos [Y_
;-1.y_;]de comprimentos iguais a �Ye,
em l subintervalos [x,_ 1 , Xi] de comprimentos iguais a �x: o intervalo [c d] estara
1
Seja f uma função de três variáveis (x, y, z) definida e limitada em B. Vamos
por fim, dividindo o intervalo [r, s] em n subintervalos de comprimentos iguais a
sendo subdividido em m subintervalos [Y_ ;-1.y_;]de comprimentos iguais a �Ye,
subdividir B em caixas retangulares, fazemos isso subdividindo o intervalo [a, b]
�Z- Apor
figura a seguir ilustra
fim, dividindo a subdivisao:
o intervalo [r, s] em n subintervalos de comprimentos iguais a
em l subintervalos [xi−1 , xi ] de comprimentos iguais a ∆ x, o intervalo [c, d] estará
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

�Z- A figura a seguir ilustra a subdivisao:


sendo subdividido em m subintervalos [y j−1 , y j ] de comprimentos iguais a ∆ y e,
Figura 32: Caixa B
[r, s] em
por fim, dividindo o intervaloFigura 32:n Caixa
subintervalos
B de comprimentos iguais a
∆ z. A figura a seguir ilustra a subdivisão:

Figura 32: Caixa B

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Observe que a caixa B está subdivida em l · m · n subcaixas Bi jk :
Observe que a caixa B esta subdivida em 1 · m · n subcaixas Bijk:
Bi jk = [xi−1 , xi ] × [y j−1 , y j ] × [zk−1 , zk ],
Observe que a caixa B esta subdivida em 1 · m · n subcaixas Bijk:
como mostrado na figura.
como mostrado na figura.
Cada caixa Bi jk tem volume dado por: ∆V = ∆ x · ∆ y · ∆ z.
Cada caixa Bijk tern volume dado por: � V = �x · �y · �z.
como mostrado na figura.
163
� V = �x · �y · �z.
Cada caixa Bijk tern volume dado por: 163

163 Integrais Triplas


180 UNIDADE IV

Agora,
Agora,escolhemos
escolhemosum
umponto arbitrárioPPiijkjk =
pontoarbitrário (ξii,,ηηjj,,µµkk))em
=(ξ emBBiijkjk.. Assim,
Assim,obtemos
obtemos
aa soma
soma de
de Riemann:
Riemann: ll mm nn
∑∑∑ ∑∑ ∑ ff(P
(Piijkjk))∆V.
∆V. (21)
(21)
i=1 i=1 i=1
i=1 i=1 i=1
Note
Note que, quando l,l,m,
que, quando m,nn →
→ ∞, valor ∆V
∞, oo valor → 00 ee aa soma
∆V → soma de
de Riemann
Riemann acima,
acima, pode
pode
ou
ou não
não existir.
existir.

Definição
Definição 55 Definimos
Definimos aa integral
integral tripla
tripla de
de ff sobre
sobre aa caixa
caixa BB como
como sendo
sendo
˚ ll mm nn
(x, y, z) dV = lim ∑ ∑
∑ ∑∑

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
˚
ff(x, y, z) dV = lim ∑ ff(P(Piijkjk))∆V
∆V ,, (22)
(22)
BB l→∞
l→∞ i=1 i=1 i=1
m→∞
m→∞ i=1 i=1 i=1
n→∞
n→∞

se
se esse
esse limite
limite existe,
existe, para
para qualquer
qualquer escolha
escolha dos
dos pontos
pontos PPiijkjk = (ξii,,ηηjj,,µµkk).). Nesse
= (ξ Nesse
caso,
caso, dizemos
dizemos que
que ff éé integrável
integrável sobre
sobre B.
B.

Pode-se
Pode-se mostrar
mostrar que, se ff éé contínua
que, se sobre B,
contínua sobre B, então,
então, aa integral
integral tripla
tripla
˚
˚
ff(x,
(x,y,y,z)
z)dV
dV
BB

sempre
sempre existe.
existe.
O
O teorema
teorema de
de Fubini
Fubini simplifica
simplifica oo cálculo
cálculo de
de integais
integais triplas.
triplas.

Teorema
Teorema 99 (Fubini).
(Fubini). Se
Se ff for
for uma
uma função
função integrável
integrável sobre
sobre aa caixa
caixa

BB = [a,b]
= [a, b]× [c,d]
×[c, d]× [r,s],
×[r, s],

então:
então: ˆˆ b ˆˆ d ˆˆ s
b d s
¨
¨
ff(x,
(x,y,y,z)dV
z)dV =
= ff(x,
(x,y,y,z)dzdydx.
z)dzdydx.
BB aa cc rr

No
No teorema
teorema de Fubini, todas
de Fubini, as outras variações
as outras na ordem
variações de integração
na ordem também
de integração são
também
válidas. Por exemplo:
são válidas. Por exemplo:
ˆˆ s ˆˆ b ˆˆ d ˆˆ d ˆˆ s ˆˆ b
s b d d s b
¨¨
ff(x, y, z)dV
(x, y, z)dV =
= f y, z)dydxdz
f (x, y, z)dydxdz =
(x, = ff(x,
(x,y,y,z)dxdzdy.
z)dxdzdy.
BB rr aa cc cc rr aa

164
165

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Integrais Triplas
181
182 UNIDADE IV

Assim,
Assim,Assim, se zff)(x,y,1,zzobtemos
se f(x,y,
se 1, obtemos fJL fJL
dV ee tambem
que que1 dV e 11tambem
(x,y, )) 1, obtemos que dV tambem oo volume
o volume volume R.
do s6lido
do s6lido
do R.
s6lido R.

1. Sejam
Propriedades
Propriedades
Propriedades Sejam
1. Sejam
1. ff ee gg fun(;8es
f e g fun(;8es fun(;8es integraveis
integraveis sabreregiao
sabre uma
integraveis sabre uma regiao
uma regiao arbitraria
arbitraria
arbitraria
R do
do espa(;o
R do espa(;o
R espa(;o
ecER ee ccEntao,
E R Entao, valem
valem valem
E R Entao, as as seguintes
seguintes
seguintes
as propriedades:
propriedades:
propriedades:

(a)(f+g
(a) JJL
(a) f+g dV=
dV=)JJL
JJL)((f+g tdV+ tdV+ JJLggdV.
JJL g dV.
JJLtdV+ dV.
JJL ) dV= JJL JJL

(b)cfJJL
(b) JJL
(b) cfcdV
dV = JJL cc JJL
==tdV. tdV.
JJLtdV.
JJL cf dV
(c)
(c) Se (c) Se
R =Se RUR2
R1R R1e UR2
== R1 UR2
R ee R
= R1 RnR2 R1tem
== R1 nR2 tem volume
volume
nR2 tem volume zero, entao,
zero, entao,
zero, entao,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JJL JJLf dV =ffJJL
1
URzdV =fJJL
dV =
1
dV +ffJJL
URz
1 URz
dV. ff dV.
dV +fJJL
dV + JJL
1
dV.
1
1
2 2
2

(d)
(d) Se (d) Sef(x,y,
m �Se m � zff)(x,y,
� Mzz,))para
Mtodopara todo
todoE(x,y)
R, entao, entao,
m ,, para(x,y)
�M R, entao,
� (x,y, � (x,y) E
ER,

m · V(m
D fl fl
V D f�(x,y)ffd(x,y)
m)· �
· V((D)) � A�M
(x,y) ddAA· V
�(M

V D),
D),· V
M · ((D),

em
em queem que V(D
D) ea
V(que D ea volume
volume da regiao
da regiao R. R.
V ( )) ea volume da regiao R.

2.1
2.1 2.1 Calculo
Calculo de integrais
integrais
de integrais
Calculo de iteradas:
iteradas: Teorema
Teorema
iteradas: de Fubini
Fubini
de Fubini
Teorema de
0 teorema
0 teorema
0 teorema de Fubini
de Fubini
de Fubini ee valido
e valido valido para integrais
integrais
para integrais
para triplas.
triplas.triplas. Antes
Antes Antes de apresenta-lo,
apresenta-lo,
de apresenta-lo,
de va­ va­va­
mos introduzir
introduzir
mos introduzir
mos alguns
algunsalguns tipos especiais
especiais
tipos especiais
tipos de regioes
de regioes
de regioes R do
R do espa<;;o
R do espa<;;o
espa<;;o
em queemem
nosque nos concen­
concen­
concen­
que nos
traremos.
traremos. Ha
Ha tresHa
traremos. tres possibilidades
possibilidades
possibilidades
tres de regiao
de regiao
de regiao de integra<;;ao.
integra<;;ao.
de integra<;;ao.
de

Tipos
Tipos Tipos especiais
especiais de regioes
regioes
de regioes
especiais de do espa�o:
espa�o:
do espa�o:
do apresentamos,
apresentamos, aa seguir,
a seguir,
apresentamos, seguir, as
as tresas tres possibili­
possibili­
possibili­
tres
dades
dades de de regioes
regioes
dades de regioes de integra<;;ao
integra<;;ao
de integra<;;ao
de tripla.
tripla. tripla.

(a) Primeira
Primeira
(a) Primeira
(a) possibilidade:
possibilidade: Tipo
Tipo ITipo
possibilidade: II aa regiao
a regiao regiao do espa<;;o
do espa<;;o
do espa<;;o
pode serpode ser expressa
expressa
expressa
pode ser como
como como

B== z{{);(x,y,
B = {(x,y, (x,y, zz);
(x,y) );E(x,y) E(x,y)
D e u1 D ee u1 z � u2
(x,y)
u1�(x,y) zz �
� (x,y)u2
� u2 (x,y)}
} (x,y)
B (x,y) E D � }

De
em
em queem que Deregiao
De
uma
que uma regiao
uma regiao do .xy
do plano
do plano
e as.xy
plano ee as
fun<;;5es
.xy u1 e u2u1
as fun<;;5es
fun<;;5es u1sao u2
ee u2 sao contfnuas
contfnuas
contfnuas
sao sobre
sobre sobre
D. D.
D.

166 166
166

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
183

Figura 33: Primeira possibilidade: Tipo I


z
Figuraz= u33:
(x,y)
Primeira possibilidade: Tipo I
2

z= u1 (x,y)

D
y
D
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

D
Fonte: o autor.
x

Fonte: o autor.

(b) Segunda possibilidade: Tipo II a regiao do espar;o pode ser expressa como
(b) Segunda possibilidade: Tipo II a regiao do espar;o pode ser expressa como

em que D e uma regiao do piano yz e as funr;oes u1 e u2 sao contfnuas sobre


D. que D e uma regiao do piano yz e as funr;oes u1 e u2 sao contfnuas sobre
em
D.
Figura 34: Segunda possibilidade: Tipo II
x =x и�1(y,z)
u 1 (y,z) possibilidade:
z
Figura
Figura 34:
33:Segunda
Primeira possibilidade:Tipo
TipoIII
x � u 1 (y,z)

x = и2X(y,z) D

x
Fonte: o autor.
Fonte:
Fonte: ooautor.
autor. y

(c) Terceira possibilidade: Tipo III a regiao do espar;o pode ser expressa como
(c)
(b) Terceira
Segundapossibilidade:
possibilidade:Tipo
TipoIII a regiao
II ED
B = {(x,y,z);(x:z) do espar;o
e u1 (x:z) pode ser expressa como
_<::'. y _<::'. u2(x,z)}

B = {(x,y,z);(x:z) ED e
167 u1 (x:z) _<::'. y _<::'. u2(x,z)}

em que D e uma regiao do piano y167


z e as funr;oes u1 e u2 sao contfnuas sobre
D.

Figura 34: Segunda possibilidade: Tipo II Integrais Triplas


x � u 1 (y,z)
184 UNIDADE IV

em que D e uma regiao do plano xz e as func;oes u1 e u2 sao contfnuas sobre


D.
em que D é uma região do plano xz e as funções u1 e u2 são contínuas sobre
Figura 35: Terceira possibilidade: Tipo III
D.

Figura 35: Terceira possibilidade:


y•u (x,z) Tipo III
1

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

Apresentaremos, a seguir, a integral tipla repetida em cada caso especial mostrado


Apresentaremos, a seguir, a integral tipla repetida em cada caso especial mostrado
anteriormente.
anteriormente.
(a) Primeira possibilidade: região do tipo I. Se a região do espaço é expressa
(a) Primeira possibilidade: regiao do tipo I. Se a regiao do espac;o e expressa
como:
como:
B = {(x,y,z); (x,y) ED e u1 (x,y) :::; z:::; u2(x,y)}
B = {(x, y, z); (x, y) ∈ D e u1 (x, y) ≤ z ≤ u2 (x, y)}

em queDDe uma
emque é uma região
regiao dodoplano xy,xy,
plano então,
entao, vale:
vale:

,y)
fd A. dA.
y, z)dVdV== {{ [ { z] y,dz)dz
¨ ˆ u2 (x,y)
{{{f (x,

f(x,y,z)
u2(x
˚

J}}B }JD ul1u(x,y)


1 (x,y)
(x,
B D

(b) Segundapossibilidade:
(b)Segunda possibilidade:regiao
região
dodo tipo
tipo II. II.
Se Se região
regiao do do e expressa
espaço
espac;o é expressa
como:
como:
= ={ (x,y,z);
BB (y,z)
{(x, y, z); (y, z)
ED u1 (y, z) x:::;
∈ eDu1e (y,z):::; ≤ x u2(y,z)}
≤ u2 (y, z)}

em queDDe uma
emque regiao
é uma região dodoplano yz,yz,
plano entao, vale:
então, vale:
(y, z)
d V z d d A .
{{{f (x, y, z)dV == {{ {
f(x,y,z) x]y, z)dx dA.
¨ ˆ u2u(y,z)
[
 

}}}
B B }}
˚

DD J f (x,
u1u1 (y, z)
(y,z)

168169
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
185

((c)
c) Terceira
Terceirapossibilidade:
possibilidade:regiao
regiãododotipo
tipoIII.
III.SeSeregiao dodo
região espac;o
espaçoe express a
é expressa
como:
como:
(x,y,y,z);z);(x(x,
BB=={{(x, ,z) z):::; ≤
∈ De eu1u(1x(x,
,z)z)ED y:::;
y≤ u2(ux2,(x,
z)}z)}

em queDDeéuma
emque umaregiao planoxz,xz,entao,
regiãododopiano então,vale:
vale:

(x, ) dy dA.
{{{ y,z)dV
f(y,x,z)dV = = }}{{D [1u1 2 f (x,
¨ ˆ u z
l z)dy dA.
u2 (x,z)
 

}}} B
˚

(x, z )
f (x, y,
B D u1 (x,z)

Em
Emcada
cadacaso,
caso,aaintegral
integraldupla sobreDDdeve
duplasobre deveserser
calculada como
calculada ja já
como visto ante­
visto ante-
riormente no estudo das integrais duplas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

riormente no estudo das integrais duplas.

• Exemplo 11
• Exemplo 11

(a) Calcule fJL


˚
6zdV em que Re o tetraedro s61ido determinado pelos pianos
x= O,y= 0,Rz= 0 ex+y+z = 1.
(a) Calcule 6z dV em que R é o tetraedro sólido determinado pelos planos
x = 0, y = 0, z = 0 e x + y + z = 1.
Esboc;amos a superficie S dada pelo piano z = 1 - x - y. A figura a seguir
Esboçamos a superfície S dada pelo plano z = 1 − x − y. A figura a seguir
mostra o tetraedro R.
mostra o tetraedro R.
Figura 36: Esboc;o do s61ido e regiao D
Figura 36: Esboço do sólido e região D

Fonte: oo autor.
Fonte: autor.

Na figura da esquerda, temos que O :::; z :::; 1 - x - y e, na figura a direita, a


Na figuradodas61ido
projec;ao esquerda,
sobretemos que
o piano ≤ z ≤que
xy,0 temos 1 −Ox −
:::; xy :::;
e, na1 e figura
O :::; y à:::; direita,
1 - x. a
projeção do sólido sobre o plano xy, temos que 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 1 − x.
169
170

Integrais Triplas
186 UNIDADE IV

Assim, o s6lido de integra<;ao R pode ser expresso como:

R = { (x,y,z); (x,y) ED e u1 (x,y) = 0:::; z:::; 1-x-y = u2 (x,y)}


que De
emAssim, uma regiao
o s6lido do planoR.xy,pode
de integra<;ao dadaserpor:
expresso como:

R = { (x,y,z)
D ;=(x{,y)
(x,y)
ED ;O:::; (x,y)
e u1x:::; 1 e= 0:::;y :::;
O:::; 1-x-
z:::;1-x }. y = u2 (x,y)}

Assim,
em que De uma
o s6lido de integra<;ao e do tipo
regiao do plano .xy, dada
da primeira
por: possibilidade visto anteri­

D = {(x,y);O:::; x:::; 1 e O:::; y :::; 1-x}.


ormente. Segue que:

Assim, o s6lido de integra<;ao e do tipo da primeira possibilidade visto anteri­

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
:::; f(x,y,z)dz] dA
d =Segue[ que:
jj]/ V ffv l l-x [6 l-x-y zdz] dydx.
)
ormente. =
Logo,

!fl dd == 6 fo[
jj]/6z VV ffv f fo::: f(x-x-
; fo zddyAdx
,y,yz)zddz] l l-x [6 l-x-y zddyz]dxdydx.
l l ) l l l
-x == 6 fo fo -x; ltx-y

y) 1-x-
= 61 1 (
1 1-x
dydx
2
Logo,

!fl 0 0
1
6zdV = 61 fo fo 3-x fo -x-1y zdzdy4dx1 = 61fo
l2

= (1-x) dx= --(1-x) 1 =-.


l l l

fo -x; ltx-y dydx


l

1-x 1-x- 4 y) 2
= 61 1 (
1
o 4
dydx
o
2 da regiao R que e limitada pelo cilindro

= z =(01-x
x = y e os planos
2

o
1 1
(b) Calcule por integra<;ao0 tripla
0 o volume
e x+ ==1. --(
) zdx
3
4
1 4
1-x) 11 =-.
o 4
1

Figura 37:
(b) Calcule por integra<;ao Esbo<;o
tripla do s61ido
o volume R que
e regiao
da regiao D e limitada pelo cilindro
z
x = y e os planos z = 0 e x + z = 1.
2

Figura 37: Esbo<;o do s61ido e regiao D


z

Fonte: o autor.
y

170
Fonte: o autor.

170
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
187

Note que z varia entre z = 0 e z = 1 - x. A projec;ao de R sobre o plano xy e a


Note D zlimitada
que
regiao por zx =
varia entre = 0y2e ex= - x. A projec;ao de R sobre o plano xy e a
z = 11.

SegueD
regiao limitada
que portripla
a integal ex=
x = ye2do tipo1.
da primeira possibilidade e pode ser escrita
como:que a integal tripla e do tipo da primeira possibilidade e pode ser escrita
Segue
uz y
( ,)
como:
}}JR }JD uu1z ( y,y)
ff
{{{ f(x,y,z)dV = {{ [1 x ldz] dA = 1 1 [ { -x ldz] dxdy.
- yz Jol
l

}}JR }JD u 1 ( ,y)


ff
{{{ f(x,y,z)dV = {{ [1 (xx, ) ldz] dA = 1 1 1 [ { -x ldz] dxdy.
- yz Jo

/JL L £ [la'-x £
x 1
Logo,

/JL 1 dV � L1£1 [la'-x 1dz ] dxdy � 2 fo' £ (1 -x) dx dy


1 dV � 1dz] dxdy � 2 fo' (1 -x) dx dy
Logo,

2 4

1 1
( - - y + -y ) dy = - .
1 8
=2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

o1 12 2 12 4
( - - y + -y ) dy = - .
15
8
=2
(c) Calcule a integral /JL Jo 2
x2 + z2 dV, em que R e o s61ido determinado pelo
2 15

(c) Calcule y = /JL


a integral
parabol6ide +z J
x2 2 2dV, yem
+ zplano
e xpelo 2
4. R e o s61ido determinado pelo
= que
parabol6ide y = x2 + z2 e pelo plano y = 4.
Figura 38: Esboc;o do s6lido e regiao D
Figura 38: Esboc;o do s6lido e regiao D

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

0 s6lido e determinado por y = x2 + z2 e pelo plano y = 4. Quando tomamos


2 y 2= x2 + z 2 e pelo plano y = 4. Quando tomamos
0y =
s6lido e determinado
4, obtemos + z = 4 e sendo a sua projec;ao no plano xz o disco,
o disco xpor
yisto a regiao oDdisco
= 4,e,obtemos e o disco
x2 + no
z2 = xz centrado
4 e sendo
plano a sua projec;ao
na origem raio rxz=o2.disco,
noeplano
isto e, a regiao D e o disco no plano xz centrado na origem e raio r = 2.
171
Integrais Triplas
171
Fonte: o autor.
188 UNIDADE IV

0 s6lido e determinado por y = x2 + z2 e pelo plano y = 4. Quando tomamos


y = 4, obtemos o disco x2 + z2 = 4 e sendo a sua projec;ao no plano xz o disco,
isto e, a regiao D e o disco no plano xz centrado na origem e raio r = 2.
Logo,
Logo, Logo,
!fl
!fl !fl Jx
Jx
Jx2 +z +z
22+z
2 dV =22dV
171
dV== fl [1:z [1:z
flfl [1:z 2
Jx2 2+z
2
Jx
Jx +z22dy]
22+z
2 dy] dAdy] dA
dA
4 4
= x{{2{{+JJ2xx2l2+
= {{ =J +zz ydA
4 22
yl l 22 2dA dA
}JD z
}JDy xx ++zz2

fl
x2 +z2
= fl fl
}JD
= 2 +Jx
=Jx Jx 22 +zz222((44-x
-x22 -z22
z2 (4+-x -z 2 -z
)dA )dA. .
)dA .
Nesseponto,
Nesse Nesse
ponto, ponto, percebemos
percebemos
percebemos queoocalculo
que o que
calculocalculo daintegral
da
da integralintegral edupla
maiseesimples
dupla dupla mais simples
mais simples
se se
se
passarmos
passarmos
passarmos paracoordenadas
para coordenadas
para coordenadas polares,
polares,
polares, xx==rcos(0),z
rcos(0),z
x = rcos(0),z = rsen==(0): (0):
rsen(0):
rsen

Jfl
Jfl JJfl xfl
fldV=J=fl

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
+ 44 z xx)dA
12 112rc 2212rc2rc
x +JJ
z xxdV
2++z=z dV
2
22 22
+Jz xx( 4+-zzx ((---
J 2 --zz ))dA
2
22dA 222 2
22 22

44r--rr22)r)rrd0d
r ( 4 - rrr2(() rr

12 112rc 2212rc2rc
= == d0d d0d
22 22
== 4r
4r 2 d0d4r d0drr-1
-1 1 d0drr
rcrcrrr44d0d
d0d rc r 41
2 2
r-1
22
= 1 d0d
1281t
1281t 1281t
---is-·
---is-· ---is-·
2.2 Mudam;a
2.2 2.2 Mudam;a
Mudam;a decoordenadas
de coordenadas
de coordenadas emintegrais
em integrais
em integrais triplas
triplas
triplas
Nesta se<;ao,
Nesta Nesta
se<;ao, se<;ao, apresentaremos
apresentaremos
apresentaremos oo teorema
o teorema teorema de mudan<;a
de mudan<;a
de mudan<;a de variaveis
de variaveis
de variaveis para integrais
para
para integraisintegrais
triplas.
triplas.triplas.
ComoComo Comoveremos,
veremos,veremos, aaformula
a formulaformula demudan<;a
de
de mudan<;a mudan<;a devariaveis,
de variaveis,
de variaveis, euma
umaextensao
e umaeextensao extensao natu­
natu­ natu­
raldo
ral do ral
caso dodacaso
caso daintegral
da
integral integral
dupla.dupla. dupla.
3 ----+ 33
Seja T: Seja
Seja
Uc T:JR.Uc
T: JR.3 ----+
----+ JR.
3Uc
JR.
3
JR.JR. aatransforma<;ao
a transforma<;aotransforma<;ao dadapor:
dada
dada por: por:

T(u,
T(u, v,Tw )(u, )==v,((xwx(u,
=v,v,(wxw)(u, (u,
), v,ww),
yv,(u, yy (u,
v,),w(u, v,wwv,
),zv,
(u,
z(u,
),),zw))
(u,v,v,w))
w))

emx que
em que xxyy ee zz sao
sao fun<;5es
fun<;5es que
que dependem
dependem das
das variaveis
variaveis u,vveeepossuem
ww ee possuem
possuem
em que ,y e z,,sao fun<;5es que dependem das variaveis u, v e u, w
derivadas
derivadas parciais
parciais de primeira
de primeira ordem
ordemordem contfnuas
contfnuas nosubconjunto
no subconjunto aberto
abertoaberto . JR. . .
3 CC JR.
U C JR.UU
33
derivadas parciais de primeira contfnuas no subconjunto
Define-ne
Define-ne oo Jacobiano
Jacobiano de Ttambem
de T, de ou tambem
T, , ou tambem chamado
chamado de Jacobiano
de Jacobiano de,u,
de em
v,v,ww, , em
Define-ne o Jacobiano ou chamado de Jacobiano de u, v, w u,
em
rela<;ao
rela<;aorela<;ao ax,
ax, y,zax, yy,z,zcomo
como comosendo
sendo osendo oodeterminante:
determinante:
determinante:
ax ax ax
ax axax axax ax
du dv
du dv dW
dW
a(x,y,aza)((xx,,yy,,zzay
du
)) dvayay dWayay ayay
ay du aydv (23)
(23) (23)
a()u,
a(u, v,a(
w u,v,v,ww du) ) dvdu dW
dv dW
dW
az az az
az azaz azaz az
du dv dW
du dvdu dWdv dW
172
172 172

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
189

O Jacobiano mede o quanto a transformação T deforma o seu domínio.

Teorema 11 (Mudança de variáveis). Seja T : D∗ → D uma transformação bije-


tora (T (D∗ ) = D) dada por

T (u, v, w) = (x(u, v.w), y(u, v, w), z(u, v, w))

em que x, y e z são funções que dependem das variáveis u, v e w e possuem de-


rivadas parciais de primeira ordem contínuas
 no subconjunto aberto U ⊃ D e

∂(x, y, z) 

Jacobiano não nulo sobre D∗ ,  �= 0. Então, para qualquer função
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

 
∂(u, v, w) 
contínua sobre D, f : D → R, temos:
 ∂(x, y, z) 
˚ ˚  
f (x, y, z) dxdy dz = f (x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w))   dudvdw,
∂(u, v, w) 

D D∗

 ∂(x, y, z) 
 
aqui   é o módulo do Jacobiano da transformação.
∂(u, v, w) 

Apresentaremos, a seguir, duas mudanças de variáveis bastante utilizadas no cál-


culo de integrais múltiplas.
Mudança de coordenadas cilíndricas: como vimos anteriormente, as coordena-
das retangulares e cilíndricas estão relacionadas da seguinte forma:

x = r cos θ, y = r sen θ, z = z, (24)

em que r ≥ 0, θ ∈ [0, 2π] e z ∈ R.


O Jacobiano da aplicação é
 
 cos θ −r sen θ 0
 
∂(x, y, z)  
=  sen θ r cos θ 0

∂(r, θ, z)  
 0 0 1
 

= r · (cos2 θ + sen 2 θ) = r > 0.

173

Integrais Triplas
190 UNIDADE IV

Logo, pelo teorema de mudança de variáveis, temos:


˚ ˚
f (x, y, z) dx dy dz = f (r cos θ, r sen θ, z) r dr dθ dz. (25)
D D∗

Mudança de coordenadas esféricas: como vimos anteriormente, as coordenadas


retangulares estão relacionadas com as coordenadas esféricas por

x = ρ sen ϕ cos θ, y = ρ sen ϕ sen θ, z = ρ cos ϕ, (26)

em que ρ ≥ 0, 0 ≤ ϕ ≤ π e 0 ≤ θ ≤ 2π.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Jacobiano da aplicação é
 
 sen ϕ cos θ −ρ sen ϕ sen θ ρ cos ϕ cos θ 
 
∂(x, y, z)  
=  sen ϕ sen θ ρ sen ϕ cos θ ρ sen θ cos ϕ = −ρ2 sen ϕ.
 
∂(ρ, θ, ϕ)  
 cos ϕ 0 −ρ sen ϕ 
 

Como sen ϕ ≥ 0, para 0 ≤ ϕ ≤ π, então,


 ∂(x, y, z) 
 
2
 ∂(ρ, θ, ϕ)  = ρ sen ϕ . (27)
 

Desse modo, temos que:


˚ ˚
f dx dy dz = f (ρ sen ϕ cos θ, ρ sen ϕ sen θ, ρ cos θ) · ρ2 sen ϕ dρ dθ dϕ.
D D∗

Justificativa: já vimos como a mudança de variáveis afeta a integral dupla. No


caso de integral tripla, podemos proceder de modo inteiramente análogo. Tome-
mos um paralelepípedo S no espaço uvw com dimensões ∆u, ∆v e ∆w, sendo o
vértice inferior à esquerda mais baixo dado por (u0 , v0 , w0 ). O volume de S é dado
por ∆V = ∆u · ∆v · ∆w. Tomemos a mudança de variáveis:

T (u, v, w) = (x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)).

175

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
191

Podemos aproximar o volume do s6lido R = T ( S) pelo produto misto entre os


vetores secantes: [a· (bx c)], em que:

a T(uo+Au,vo, wo) -T(uo,vo, wo)

b T (uo,vo+Av, wo) - T (uo,vo, wo)

c T(uo,vo, wo+Aw) -T(uo,vo, wo).

Como:

(ax dy az)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

du'du'du
(ax dy az)
dv'dv'dv
(ax ay
dw'dw'dw �)
esses sao aproximados por:

a= T(uo+Au,vo, wo) - T(uo,vo, wo) � TuAu

b = T(uo,vo+Av, wo) -T(uo,vo, wo) � TvAv

c = T(uo,vo,wo+Aw) - T(uo,vo, wo) � TwAw.

Resulta que o produto misto [a · ( b x c)] e dado por:

[Tu(uo,vo, wo), Tv(uo,vo, wo), Tw(uo,vo, wo)]AuAvAw =

Xu Yu Zu
Xv Yv Zv AuAvAw
Xw Yw Zw
ax ax ax
du dv dW
ay ay ay AuAvAw = d(x,y,z)) AuAvAw.
du dv dW d( u,v,w
az az az
du dv dW

175

Integrais Triplas
192 UNIDADE IV

Segue que o volume do s6lido R e aproximado por:


Segue que o volume do s6lido R e aproximado por:
d( x,y,z) A A A = d( x,y,z) AV
Vol(R) � I I u v w I I .
� d( x,y,z) d( x,y,z)
Vol(R) I ( u, v, w) IA A A = I d( u, v, w)IAV.
a
u v w
a( u, v, w) d( u, v, w)
Quando calculamos:
Quando calculamos:
JJLJJLf(x,y, z)dV "'"'titi
f(x,y, z)dV j
ti
j
ti
,,tt f(x;,yjj, z,)t.V
f(x;,y , z,)t.V
m n l
� �LLLL
m
LL
n
J(x(u i,Vj,
l
J(x(ui,Vj,wk),Yj(Ui,Vj,wk), k(ui,Vj,wk)) Id(x,y,
w k ),Yj(Ui,Vj, w k ), k (ui,Vj, w k ))
z
I
d(x,y, ) A A A .
d
) I u v w
( u, v, w)I AuAv Aw.
z
z

d ( u, v, w)
i=lj=lk=l z
i=lj=lk=l
Essa liltima soma de Riemann resulta na seguinte integral:
Essa liltima soma de Riemann resulta na seguinte integral:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
jt(x(u,
jt(x(u,v,v,w),y(u,
w),y(u,v, w),zz(u,
v,w), w))I I ::tt:;,;,�� ldlduuddv dw
v,w))
(u,v, . .
v dw
(( : ) )
0 Jacobiano mede
0 Jacobiano medeo oquanto
quantoaatransformac;ao
transformac;ao T deformaoovolume
T deforma volumedodoseu seudomfnio.
domfnio.

• Exemplo
• Exemplo1212

(a)(a)Calcule
Calcule 1ffs1ffsdxdyd zz em
z zdxdy d em que
que SS e o s61ido
s61ido limitado
limitadopelas
pelassuperficies
superficiesz =
z =

y'8-
y'8- 2 2 2 e 2z = x
+y2 . .
y y e 2z = x2 +y
x 2x--
2 2

Como
Como 2z2z==x2x++y2y eeum
umparaboloide,
paraboloide, usaremos
usaremos coordenadas
coordenadascilfndricas.
cilfndricas.Note
Note
2 2

que z = JJ
8 - x2 - 2 e o hemisferio norte de uma esfera centrada na origem
que z = 8-x2 - yy2 e o hemisferio norte de uma esfera centrada na origem
dede raio 2 ,J2. Graficamente, temos:
raio 2 ,J2. Graficamente, temos:

Figura 39: Superficie S


Figura 39: Superficie S

z= .,/B-x2 -y2
z= .,/B-x2 -y2

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
176
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
176
193

Veja pela figura anterior que:


x2 +y2
<z<.
__ - _ y!8-x2 -y2 . (28)
2

Agora, encontremos os pontos em que as superficies se interceptam. Para


tanto, vamos substituir a equa<;;ao do paraboloide .x2 + y2 = 2 z na equa<;;ao da
esfera z = J8- x 2 - y2 , ou seja,

z= J8-(x2 +y2 )

= v'8-2z
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

=} z2 = 8-2z.
Resolvendo a equa<;;ao do segundo grau z2 - 8z + 2 = 0, resulta que as rafzes
sao z = -4 e z = 2. Contudo o valor z = -4 nao e permitido, pois nao satisfaz
a equa<;;ao do paraboloide 2z = .x2 + y2 , senao terfamos .x2 + y2 = -8, o que
seria um absurdo.

Assim, substituindo z = 2 na equa<;;ao do paraboloide, vem que .x2 + y2 =


2 · 2 = 4. Isso nos diz que a regiao no plano xy e formada pela circunferencia
de equa<;;ao .x2 + y2 = 4:

Figura 40: Regiao D dada pela circunferencia .x2 + y2 =4

Fonte: o autor.

Por uma mudan<;;a de coordenadas cilfndricas dada em (24), temos que a

177

Integrais Triplas
194 UNIDADE IV

Fonte: o autor.

Por uma mudan<;;a de coordenadas cilfndricas dada em (24), temos que a


equac;ao da esfera e reescrita como:
177

e a equac;ao do paraboloide e dada por:


x2+ y 2 r2
z=---
2 2'
e temos por (28) que:
r2
--
2 - V8 -r .
<z< 2

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note, ainda, que, pela figura 40, obtemos que:

0 < 8 < 21t e O < r < 2.

Logo,
2 2 2 2
JJl{{{s zdxd ydz= { { 1C {� zrdzd8dr= { { 1C r {� zdzd8dr
lo lo lr,2 lo lo lr,2
4
2 2

2
r r
r- drd8=1 - 8-?-- ) d8dr
o 2(
2 2rc 2 2rc

=1 1 z 1
4
o o 2 1 -S-2 o

2 { 1 ( 8r-r3- r ) = { 2 1 ( 8r-r3- r )
= { 4 d8dr 4 elo dr
2rc 5 5 2rc

lo lo 2 lo 2
{2 r5 r2 r
1t 8r-r3-4 ) dr=1t ( 82-4- )
r6 2 4
( 4 o
=
lo 2
8 8 28
1

= l61t- 41t- -1t = 121t- -1t = -1t .


3 3 3
J Jv42 2
(b) Calcule
J
(x2+ y2)dzd ydx.
-x2

- 2 -v4-x2 #+Y2
Essa integral iterada e uma integral tripla sobre a regiao s61ida:

Perceba que z = x2 + y2 e a equac;ao do cone. Quando z =2, temos que


J
Jx2 + y2 ::; z = 2, isto e, x2 + 2 ::; 4, tendo no plano xy um disco D centrado
y

na origem e de raio 2 dada pela figura 40. A seguir, um desenho do cone:

178

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
195

Figura 41: Cone de equa<;;ao z = Jx 2 + y2


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.

Veja que, pela figura 41,y'x 2 +y 2 :::; z:::; 2.

Usando coordenadas cilfndricas, note que r = v1r2 = Jx 2 + y2 :::; z :::; 2. E,


ainda, observando a regiao D dada na figura 40, temos que:

0< 8 < 21t e O < r < 2.

Disso, vemos que:


2 2 2 21t 2
1 2 10f=x22 1 (x 2 +y 2)dzdydx= 1 1 1 r 2 · rdzdrd8
{ 2 { 21t 2 {2
- -v4-x � 0 0 r
21t
= lo lo r 3 zl drd8 = lo r 3 (2- r) elo
r
{2 2r 4 r 5 2
= 21t (2r 3 - r 4)dr = 21t (4 - 5 ) 1
lo o
64 16
= l61t- 51t = 51t.

(c) Calcule ffls e (x +y +z ) dV em que Se S = {(x,y,z); x2 + y 2 + z 2


2 2 2 312
:::; 1 }. Ini­
cialmente, esbo<;;amos o grafico tridimensional do s61ido S:

179
Integrais Triplas
196 UNIDADE IV

Figura 42: Superficie S dado pela esfera x2 + y2 + z2 :s; 1


Figura 42: Superficie
Figura S dado
42: Superficie pelapela
S dado esfera x2 +xy22++yz22 +:s;z1
esfera 2 :s;
1
Figura 42: Superficie S dado pela esfera x2 + y2 + z2 :s; 1

y
y y
y
X

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
X X

Fonte: o autor (2016.


X

Fonte: o autor
Fonte: (2016.
o autor (2016.
Fonte: o autor (2016.

Usando as coordenadas esfericas dadas em (26), isto e,


Usando as coordenadas
Usando esfericas
as coordenadas dadas
esfericas em (26),
dadas isto isto
em (26), e, e,
Usando
x =aspcoordenadas
sen <p cos 8, esfericas
y = p, sendadas em8,(26),
<p sen z = pisto
cose,8.
x = xp =senp <p
sencos
<p 8, = yp,=sen
cosy 8, p, <p
sensen
<p 8, = pz =cosp 8.
senz 8, cos 8.
= pvemos
Observando a figura x42, sen <pque,
cos 8, p, sen <p sen
y =representar
para 8, z = p coso8.s61ido,
integralmente
Observando
precisamos Observando
de: a figura 42, vemos
a figura que,que,
42, vemos parapara
representar integralmente
representar o s61ido,
integralmente o s61ido,
Observando a figura 42, vemos que, para representar integralmente o s61ido,
precisamos
precisamosde: de:
0 :s; precisamos
8 :s; 21t (8 ede:
a varia<;ao angular no plano xy do disco x2 + y2 = 1);

0 :s; <p 0:s;0:s;1t:s;08( 8pois


:s; 821t:s;z (8
:s; 21te (8
a varia<;ao angular
el]a )varia<;ao
:s; 21tE(8[-e1,a varia<;ao ; angularno plano xy do
no plano xydisco x2 +xy22+=y1
do disco )=
; 1);
2

angular no plano xy do disco x2 + y2 = 1);


:s;:s; <p1t (:s;pois
0 :=:; p 0:=:;0:s;1,:s;0<p(veja 1t (ppois
z=E0 z[- E1,(0,
[- ); l]0) )e; p = 1 quando atinge a esfera.
l] 1,
<p :s; 1tque ( pois z Eem 0,
[-1, l] );
0 :=:; 0p :=:;:=:; p1,:=:;(veja que que
1, (veja p = p0 = em0 (0, em0,(0,0)0,e 0)
p= e p1 =
quando atinge
1 quando a esfera.
atinge a esfera.
0 :=:; p :=:; 1, (veja que p = 0 em (0, 0, 0) e p = 1 quando atinge a esfera.
Segue que:
Segue que:que:
Segue
{{{ { 1t [ 21t r 1 2 'Z3 2
Segueeque: e (P ) p sen <pdpd8d<p
JJls +y +z) dV
2 2 2 3/2
(x = 1t [r 1 r 21 3 2 'Z3
{{{ {{{ 3/2 lo { lo[
2 2x2 2 23/2 2lo
1t { 21t
21t re1 (P e2'Z(Pp
21t
e
{{{ ( e ( 2 2 3/2 d
+y) +z)d V d
={V = { r ) 'Z ) 2sen
3 2 p2 <pdpd8d<p
sen <pdpd8d<p
(x+y +z
x
JJlsJJls { = 1t 1 [
e e p sen <pdpd8d<p
2 1t 21t
JJls +y +z)= V {lo1t {lo21t lo lo lolo 2 lo
e p sen cp) dpd8d<p
3 (P

lo lo lo1t 1t 21t{rlo 1 r1
P

{ 1t= ={ {{21t rr1e1P peP 2sen


21t
cpdpd8d<p
p2 sen cpdpd8d<p
3
2 3

=lo lo
sen lolo loeeP pp2 dpd8d<p.
sen dpd8d<p
3

cp
P
=
3

lo cp
{lo1t lo{lo1t lolo{ 21t {r21t1 r 1
= ={ 1tsen cpsen cp{ 21t re1P Ppe2Pdpd8d<p.
p2 dpd8d<p.
3 3

=lo losen cplo lolo loe p dpd8d<p. 2 3


1
Para resolver fo eP p2 dp, basta recorrer
3
lo dalosubstitui<;ao com u =
loao metodo
1 1
ParaPara
p3 . Logo, resolver
por (resolver 1 P pe2Pdp,
fo efo
c), resulta que: bastabasta
p2 dp, recorrer ao metodo
recorrer da substitui<;ao
ao metodo comcom
da substitui<;ao u=u=
3 3

Para resolver fo eP p2 dp, basta recorrer ao metodo da substitui<;ao com u =


3

p3 .3Logo, por (por


p3 . Logo, c), resulta que:que:
(c), resulta
p . Logo, por (c), resulta que: 180
180 180
180
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
197

rrr
JJls
e (x2
2 2 3/2
+y +z) dV = rl re sencp
r 2re r l

lo lo
eP p2 dpd8dcp
3

o
1 lo re 1 2re 3 1 1 2re lo re
=- sencp eP I dSdcp=-(e-1)81 sencpdcp
3 0 0 o 3 o 0
21t 41t
= - (e-1) (-coscp) I = - (e-1) .
re

3 o 3
( d) Calcule o volume do s61ido W, limitado superiormente pela esfera x2 + y2 +

(z - D
2
= � e limitado inferiormente pelo cone z = Jx 2
+ y2 .

De fato, veja que a esfera esta centrada em ( 0, 0, �) . Logo, o grafico de W e


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 43: S61ido W

Fonte: o autor.

Fazendo a mudarn;a de variaveis para coordenadas esfericas, temos:

z= Jx2 +y2
::::}p coscp= Jp2 sencp( sen 28 + cos28)

::::} p coscp=p sencp


::::} tgcp = 1.

Logo,cp= �-

181

Integrais Triplas
198 UNIDADE IV

Agora, ao usar a equac;ao da esfera, veja que:

(z - 21) = 41 =} x + y
2
2
x +y +
2 2 2
+ z2 = z =} p 2 = p sen <p =} p = sen <p.

Uma vez que O::; 0::; 21t, obtemos:

V = fffw l dV = fo
21t
la� la
cos<p

1 · p 2 sen <pdpd<pd0
21t p 1�08
21t 1
cp-
3
= lo lo� sen cp d<pd0 = lo - lo� cos3 <p sen <p d<pd0.
O O 3 O 3 O

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como
1
3
cos3 <p sen <p d<p = -
1
12
cos4 <p+C, segue que
1
3
fo � cos 3
<p sen <p d<p =
1
. Logo, temos que:
16

182

INTEGRAIS MÚLTIPLAS
199

CONSIDERAÇÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FINAIS
Nesta unidade, estudamos integrais múltiplas. Embora as ideias apresentadas aqui
possam ser estendidas para regiões em outras dimensões, nos concentramos nas
integrais duplas e triplas. Aprendemos a calcular área e volume utilizando inte-
grais dupla e tripla. Aprendemos que as integrais múltiplas possuem as mesmas
propriedades que as integrais simples.
Vimos o importante teorema de Fubini que simplifica o cálculo de integrais duplas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e triplas, transformamando-as em duas e três integrais simples, respectiamente.


Aprendemos, com o teorema de mudança de variáveis, a mudar de variáveis em
integrais duplas e triplas e vimos como o Jacobiano aparece na integral quando
fazemos essa mudança de variáveis. Vimos que, uma boa escolha de novas vari-
áveis, pode facilitar o cálculo dessas integrais. Aprendemos a usar as coordenadas
polares, as coordenadas cilíndricas e as coordenadas esféricas, que são sistemas
de coordenadas bastantes utilizados.
Como aplicações importantes, apresentamos o cálculo de áreas planas, cálculo de
volumes, cálculo de área de superfícies e de superfícies de revolução.

Atividades de estudos – Unidade IV


ˆ 2ˆ 2x
(1) Calcule a integral iterada xy3 dy dx.
1 0

(2) Determine, usando integral dupla, a área encerrada pelas curvas y = 2x2 − 1 e
y = x2 .
ˆ 2ˆ 2x ˆ x+y
(3) Calcule a integral iterada 2xyzdzdy dx.
1 0 0

(4) Determine, usando integral tripla, o volume do sólido limitado pelo elipsóide
x2 + 9y2 + 9z2 = 1 .

184

Considerações Finais
de coordenadas bastantes utilizados.
Como aplica<;;5es importantes, apresentamos o calculo de areas planas, calculo de 200

volumes, calculo de area de superficies e de superficies de revolu<;;ao.

Atividades de estudos - Unidade IV


2 2x
(1) Calcule a integral iterada J fo xy3 dy dx.

(2) Determine, usando integral dupla, a area encerrada pelas curvas y = 2x2 - 1 e
y=x2 .

r r 2x
2
(3) Calcule a integral iterada r+y 2:xyzdzdy dx.
Ji Jo Jo
(4) Determine, usando integral tripla, o volume do s6lido limitado pelo elipsoide
x2 + 9y2 + 9z2 = 1.
(5) Determine, usando integral tripla, o volume do s6lido limitado abaixo do

paraboloide z = x2 + y2 e acima do183


disco x2 + y2 = 4.
(6) Calcule a integral dupla,invertendo a origem de integra<;ao: fo 1 j� eY dydx.
2

(7) Calcule a integral tripla I= fJl 4(x-y)zdxdydz, em que D e a regiao do


espa<;o dada por:

D = { (x ,y,z);O::; x-2y+ 2z::; 1,0::; 3x-y+ z::; 5,0::; z::; 3}.

Sugestao: fa<;a a mudan<;a de variaveis: u = x-2y + 2z , v = 3x-y + z e w = z.


Use o teorema de mudan<;a de variaveis,calcule o Jacobiano da transforma<;ao
e obtenhaque o valor da integral.

(8) Use coordenadas polares para determinar o volume acima do plano xy e abaixo
do parabol6ide z = 4 - x2 - y2 .

(9) Calcule ffn xydA, emque D e o disco de centro na origem e raio 1.


(10) Calcule ffn .xydA,emqueDoquadrado de vertices (0,0),(1,0),(1,1),(0,1).
201

LEITURA COMPLEMENTAR
Massas e Momentos
LEITURA
Já vimos que, se COMPLEMENTAR
f (x, y, z) é a densidade de massa de um objeto que ocupa uma
região R no espaço (massa por unidade de volume), a integral de f sobre R,
Massas e Momentos
R f (x, y, z)dV , tem como interpretação física a massa do sólido R. Vamos ver
˝

isso, agora,que,
Já vimos em se
detalhes.
f (x, y, z) é a densidade de massa de um objeto que ocupa uma
Dividimos
região R no espaçoR(massa
o sólido em n elementos de de
por unidade massa mk , como
volume), na figura
a integral de af seguir, a
sobre R,
massa de cada elemento é aproximadamente f (x , yk , zk ) ∆V
R f (x, y, z)dV , tem como interpretação física ka massa
, o produto
doksólido da densi-
R. Vamos ver
˝

dade
isso, pelo seu
agora, emvolume.
detalhes.
Dividimos o sólido R em n elementos de massa mk , como na figura a seguir, a
Objeto dividido em n elementos de massa
massa de cada elemento é aproximadamente f (xk , yk , zk ) ∆Vk , o produto da densi-
dade pelo seu volume.

Objeto dividido em n elementos de massa

Fonte: o autor.

Uma aproximação para a massa do objeto é, então, dada pela soma da massa de
n
cada elemento: M ≈ ∑f (xk , yk , zk ) ∆Vk .
Fonte: o autor.
k=1
Tomando o limite, quando n → ∞,
Uma aproximação para a nmassa do objeto é, então, ˚ dada pela soma da massa de
M = lim
n
∑ f (xk , yk , zk ) ∆Vk = f (x, y, z) dV .
∑ k=1
cada elemento: M ≈n→∞ f (xk , yk , zk ) ∆Vk . D
k=1
Tomando
Outra o limite,
aplicação integraln tripla
daquando → ∞, é dada pelo cálculo do momento de inércia.
Fisicamente, se d(x, y, z) forn a distância do ponto (x, y, z) ∈ D a uma reta L, temos
˚
M = lim ∑ f (xk , yk , zk ) ∆Vk = f (x, y, z) dV .
n→∞ D
k=1
186
Outra aplicação da integral tripla é dada pelo cálculo do momento de inércia.
Fisicamente, se d(x, y, z) for a distância do ponto (x, y, z) ∈ D a uma reta L, temos

186
202

que o momenta de inercia da massa Amk= f(xk,Yk,Zk)


A VK em tomo da reta L
(veja a figura anterior) e aproximadamente Amk. 0 momenta
Ah= d2 (xk,Yk,Zk)
de inercia em relac;ao a L do objeto todo e:

L Ah= lim L d (xk,Yk,Zk)


n n
h = lim Amk 2
n---too n---too

t
k= 1 k= 1

lim
= n---too�l d2 (xk,Yk,Zk) AVk= {{{ d2 (x,y,z)
f(xk,Yk,Zk) f(x,y,zdV.
)
�D

Se L for o eixo x, entao, observando a figura a seguir, vem que d2 = y2 + z2 e

Ix = Jfl(y2 +z2 J
) (x,y,z)
dV.

Distancias de dV aos planos e eixos coordenados

X
Fonte: o autor.

Os Momentos de Inercia sao:

Ix = Jfl(y2 +z2 J
) dV
(x,y,z)

Iy = Jfl(x2 +z2 J
) (x,y,z)
dV

Iz = Jfl(x2 +y2 J
) (x,y,z)
dV.

Podemos obter os primeiros momentos em relac;ao aos planos coordenados de


modo semelhante. Os primeiros momentos em relac;ao aos planos coordenados

186
Ix = Jfl(y2 +z2 J
) dV
(x,y,z)
203
Iy = Jfl(x2 +z2 J
) (x,y,z)
dV

Iz = Jfl(x2 +y2 J
) (x,y,z)
dV.

Podemos obter os primeiros momentos em relac;ao aos planos coordenados de


modo semelhante. Os primeiros momentos em relac;ao aos planos coordenados
sao:
186
Myz = JJl xf(x,y,z)dV

Mxz = fJlyf(x,y,z)dV

Mxy = fJlzf(x,y,z)dV.

Centro de massa
Myz _ = Mxz _ = Mxy
i= ,y ,z .
M M M
Como exemplo, vamos determinar o centro de massa do s61ido de densidade
constante limitado pelo disco x 2 + y 2 :::; 4 ao piano z = 0 e pelo paraboloide
z= 4- x 2 -y 2.
A figura, a seguir, ilustra o s61ido S e a regiao R do piano.

S61ido S e a regiao D

Fonte: o autor.

Por causa da simetria do s61ido R e da densidade f = c constante em rela<;;ao


aos pianos yz e xz, podemos afirmar que Myz e Mxz sao nulos. De fato, se f =
constante, f e uma fun<;;ao par na variavel x, isto e, f(x,y,z) = f(-x,y,z), en-
tao, xf(x,y,z) e uma fun<;;ao fmpar na variavel x, ou seja, como xf(x,y,z) =
-xf(-x,y,z) = -xf(x,y,z), entao, 2xf(x,y,z) = 0 e, portanto, xf(x,y,z) =0

187
X
204
Fonte: o autor.

Por causa da simetria do s61ido R e da densidade f = c constante em rela<;;ao


aos pianos yz e xz, podemos afirmar que Myz e Mxz sao nulos. De fato, se f =
constante, f e uma fun<;;ao par na variavel x, isto e, f(x,y,z) = f(-x,y,z), en-
tao, xf(x,y,z) e uma fun<;;ao fmpar na variavel x, ou seja, como xf(x,y,z) =
-xf(-x,y,z) = -xf(x,y,z), entao, 2xf(x,y,z) = 0 e, portanto, xf(x,y,z) =0
Analogamente, f tambem e uma func;ao par na variavel y. Seguindo o raciocfnio
Mxz = 0. Resulta que x = y = 0. Isso nos
anterior, teremos que Mxz = 0 e Myz =187
diz que o centro de massa precisa estar sobre o eixo z.

Para encontrarmos z, primeiramente, calculamos:


4-x2 -y2
4 x2 y2
Mxy= /Lia- - zfdzdy dx= e JL; 0
dy dx

=
1 JL(4-x2 -y2 )dy dx.

Passando para coordenadas polares com O ::; 8 ::; 2n e O ::; r ::; 2, resulta que:
2 2
Mxy = :_ {{ (4-x2 -y2 )dy dx = :_ f 1t f (4-r2 ) rdrd8
2 }JR 2 lo lo
2 2 { 2n
=:_ { n[_!(4-r2 )3] d8 = 16e d8 =
32ne_
2 lo 6 0 3 lo 3
De modo analogo, temos que:

M= rr f
}JR Jo
4-x2 -y2
fdzdy dx= Sen.

Portanto,
32en
_ = Mxy = -3- = 4
z - -- -
M Sen 3
e o centro de massa e:
(x,y,z) = ( o , o , i).
Fonte: Adaptado de Leithold (1994).

Material complementar # NA WEB#


A formula de Pick
0 teorema de Pick apresenta uma formula para o calculo de areas de polfgonos.
A home page, a seguir, trata deste teorema, disponfvel em:
<http://www.dma.uem.br/kit/textos/pick/pick.html>.

188
}JR Jo
Portanto,
32en
_ Mxy = -3- = 4
z= - -- -
M Sen 3
MATERIAL COMPLEMENTAR
e o centro de massa e:
(x,y,z) = ( o , o , i).
Fonte: Adaptado de Leithold (1994).

Material complementar # NA WEB#


A formula de Pick
0 teorema de Pick apresenta uma formula para o calculo de areas de polfgonos.
A home page, a seguir, trata deste teorema, disponfvel em:
<http://www.dma.uem.br/kit/textos/pick/pick.html>.

188

Material Complementar
206

RefREFERÊNCIAS
erencias Bibliograficas

[1] ANTON, H.; BI VENS, I. ; DAVIS, S. Calculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto


Alegre: Ed. Bookaman, 2007.

[2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome­


try. NJ: Prentice Hall, 1998.

[3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Calculo com Ge­


ometria Analitica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

[4] LEITHOLD, L. 0 Calculo com Geometria Analitica. V. 1 e 2. 3. ed. Sao


Paulo: Ed. Harbra, 1994.

[5] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J.. Vector Calculus. New York: W. H.


Freeman and Company, 1981.

[6] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis.


New York: Springer, 1991.

[7] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo:


Ed. MacGraw-Hill, 1987.

[8] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage


Learning, 2013.

189
207
REFERÊNCIAS
GABARITO
Professor Dr. Doherty Andrade

V
UNIDADE
CÁLCULO VETORIAL

Objetivos de Aprendizagem
■■ Introduzir o conceito de campo vetorial.
■■ Apresentar condições para um campo vetorial ser conservativo.
■■ Introduzir as integrais de linha e integrais de superfície.
■■ Apresentar os Teoremas de Green, Gauss e Stokes.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Campos Vetoriais
■■ Integrais de Linha
■■ Teorema de Green
■■ Integrais de Superfícies
■■ Teoremas de Stokes
■■ Teoremas de Divergência de Gauss
211

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos nos dedicar ao estudo de três importantes teoremas: o teo-
rema de Green, o teorema da divergência de Gauss e o teorema de Stokes. Esses
teoremas são generalizações do teorema fundamental do cálculo.
São inúmeras as aplicações desses teoremas no campo das engenharias, física e
na própria matemática. Vamos ter a oportunidade de apresentar algumas dessas
aplicações.
O teorema de Green que substitui o cálculo de uma integral de linha sobre uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

curva fechada, encerrando uma região D por uma integral dupla sobre D.
O teorema de stokes é um importante teorema que estabelece uma igualdade entre
a integral de superfície de um campo vetorial sobre uma superfície S com uma
integral de linha sobre a curva C que é fronteira de S.
Nesta unidade, estudaremos o Teorema da divergência de Gauss. Esse importante
resultado estabelece uma igualdade entre uma integral de superfície do campo F
e uma integal tripla do divF sobre sólido E que tem S como bordo.
A fronteira de um sólido é uma superfície fechada. O teorema mostra que o
fluxo através de tais superfícies pode ser expresso em termos do divergente do
um campo vetorial.
Nesta unidade, vamos utilizar os conceitos e operações com vetores, curvas e
superfícies parametrizadas já vistos anteriormente.

1 CAMPOS VETORIAIS
Um campo vetorial, ou campo de vetores, é basicamente uma função que associa a
cada ponto do espaço um vetor desse espaço. Como exemplo de campo, podemos
citar o campo de velocidade do ar, o campo magnético, campo elétrico, campo de
velocidade de escoamento de um fluido, campo de forças e o campo gravitacional

193

Introdução
212 UNIDADE V

CAMPOS VETORIAIS

da
da Terra.
Terra.
da Terra.
MaisMais
Mais precisamente:
precisamente:
precisamente:
33 3
Defini�ao
Defini�ao
Defini�ao 1.
1. Seja
1. SejaSeja
D umD um
um conj
D conjuntounto
conj unto
em Rem
em3 . R
RUm .. Um
Um campo
vetoveto
campo
campo rial rial
veto rial sob
sobIB.re
sobre re3 IB. ee uma
eIB.3uma uma

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
aplica�ao:
aplica�ao:
aplica�ao:

(x1 y(x 1 y1 z) H F(x,y,z).


1 z)1 y1 z)
(x H H F(x,y,z).
F(x,y,z).
2
Mesma
Mesma
Mesma definirao
parapara
definirao
definirao para campo
campo
campo vetorial
do Rdo
vetorial
vetorial 2 R
do 2:
:R :

n
Campos vetoriais podem ser n , mas, nesse texto,
Campos
Campos vetoriais
vetoriais podem
podem ser definidos
ser definidosdefinidos em
em qualquer
qualquer
em qualquer espa�o
IB.n , IB.
espa�o
espa�o IB.
mas, , mas, nesse
nesse texto,
texto,
2 3
vamos 2 3e IB. 3 .
vamos nos nos
vamos nos concentrar
concentrar
concentrar em
em
em IB. 2 IB.
eIB.IB. e. IB. .

Figura
Figura
Figura 1:
1: Campo
1: Campo Campo de
de vetores
vetores
de vetores normais
normais
normais aa uma
a uma uma supetffcie
supetffcie
supetffcie ee campo
e campocampo de
de vetores
tan­tan­
vetores
de vetores tan­
gentes
gentes
gentes aa uma
a uma uma cunra
cunra
cunra

,/�,,//�

\\

\\
I
I
\
I
II
I

\
\
\

\
\
\
\\
); /I
/I /I
);
);
I
I I

_,,/"_,,/"
_,,/"

Fonte:
Fonte:
Fonte: oo autor.
autor.
o autor.

•• Exemplo
CÁLCULO
1 11
VETORIAL
Exemplo
• Exemplo
/I
\ );

_,,/" 213

Fonte: o autor.

• Exemplo 1
(a) F(x, y) = (−y, x) é um campo vetorial.
194
−c
(b) F(x, y, z) = 3 (x, y, z), em que r = x2 + y2 + z2 e c é uma constante, é um

r
campo vetorial muito semelhante ao campo gravitacional da terra.
(a) F(x, y) = (−y, x) é um campo vetorial.
(c) Seja f uma−cfunção real de duas ou três variáveis e diferenciável. Já definimos
(b) F(x, y, z) = 3 (x, y, z), em que r = x2 + y2 + z2 e c é uma constante, é um
r
o vetor gradiente de f : ∇ f (x, y, z). O campo vetorial F(x, y, z) = ∇ f (x, y, z)
campo vetorial muito semelhante ao campo gravitacional da terra.
é chamado de campo gradiente de f . Decidir se um dado campo vetorial é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

umf campo
(c) Seja uma função real édeuma
gradiente duasquestão
ou trêsimportante
variáveis e que
diferenciável. Já definimos
será abordada ainda nesta
o vetor gradiente de f : ∇ f (x, y, z). O campo vetorial F(x, y, z) = ∇ f (x, y, z)
unidade.
é chamado de campo gradiente de f . Decidir se um dado campo vetorial é
Já provamos que, se temos uma superfície de nível S dada por f (x, y, z) =
um campo gradiente é uma questão importante que será abordada ainda nesta
c com f diferenciável com derivadas parciais de primeira ordem contínuas,
unidade.
então, o vetor gradiente ∇ f (P) é ortogonal a S no ponto P.
Já provamos que, se temos uma superfície de nível S dada por f (x, y, z) =
Vamos ver, agora, como representar graficamente um campo de vetores. Para fa-
c com f diferenciável com derivadas parciais de primeira ordem contínuas,
cilitar, tomemos um campo vetorial definido no plano R2 : F(x, y). Desenhamos o
então, o vetor gradiente ∇ f (P) é ortogonal a S no ponto P.
vetor F(x, y) junto ao ponto (x, y). Por exemplo, para o campo dado por F(x, y) =
Vamos ver,desenhamos
(−y, x), agora, comoalguns
representar
de seusgraficamente
vetores. um campo de vetores. Para fa-
cilitar, tomemos um campo vetorial definido no plano R2 : F(x, y). Desenhamos o
vetor F(x, y) junto ao Figura 2: y).
ponto (x, Campo vetorial F(x,
Por exemplo, paray) x) por F(x, y) =
= (−y, dado
o campo
(−y, x), desenhamos alguns de seus vetores.

Figura 2: Campo vetorial F(x, y) = (−y, x)

Fonte: os autor (2016).

195(2016).
Fonte: o autor

Campos Vetoriais

196
214 UNIDADE V

Por exemplo, F(l,O) = (0, 1), logo, desenhamos o vetor (0, 1) com origem no
ponto (1, 0). Do mesmo modo, desenhamos F (0, 1) = ( -1, 0) com origem no
ponto (0, 1). E assim sucessivamente. Com ajuda do software Maple, plotamos
alguns vetores desse campo.

• Exemplo 2

0 campo vetorial F(x,y) = (2xy,x2-2y) e um campo gradiente, pois Vf(x,y) =


F(x,y), emquef(x,y) =x2 y-y 2 .

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Defini�ao 2. Um campo vetorial F e dito um campo vetorial conservativo se
existe umafunr;ao f tal que F = Vf . Nesse caso, dizemos que f e umafunr;ao
potencial de F.

• Exemplo 3

Considere o campo gravitacional entre dois corpos de massa m e M:

em que (x,y,z) e a posi<;;ao do objeto de massam eM, por exemplo, seja a massa da
Terra e, ainda, G a constante gravitacional. Esse campo vetorial F e conservativo.
mMG
De fato, a fun<;;ao f(x,y,z) = e tal que Vf = F.
Jx 2 +y 2 + z 2

A palavra conservativo vem da Ffsica e se refere a campos vetoriais em que o


princfpio da conserva<;;ao de energia e valido.
Um potencial eletrico e uma fun<;;ao escalar cujo campo gradiente e um campo
eletrico. Um potencial gravitacional (veja o exemplo anterior) e uma fun<;;ao es­
calar cujo campo gradiente e um campo gravitacional e assim por diante.
#SAIBA MAIS#

196

CÁLCULO VETORIAL
215

0 software Maple pode plotar campos vetoriais em duas ou tres dimensoes. Veja
os comandos
O software Maplepara dois
pode campos:
plotar campos vetoriais em duas ou três dimensões. Veja
os comandos para dois campos:
> with(plots):
> fieldplot([-y,x],x=-1..1,y=-1..1,thickness=3);
> with(plots):
> fieldplot3d([x,y,z],x=-1..1,y=-1..1,z=-1..1, thickness=3);
> fieldplot([-y,x],x=-1..1,y=-1..1,thickness=3);
Fonte: o autor. #SAIBA MAIS#
> fieldplot3d([x,y,z],x=-1..1,y=-1..1,z=-1..1, thickness=3);
Divergencia
Fonte: de um campo
o autor. #SAIBA MAIS# vetorial:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

seja F(x,y,z)
Divergência = (v1(x,y,z),v
de um 2(x,y,z),v3(x,y,z)) um campo vetorial com func;oes
campo vetorial:
componentes v, v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contfnuas.
seja F(x, y, z) = (v1 (x, y, z), v2 (x, y, z), v3 (x, y, z)) um campo vetorial com funções
Chamamosv de
componentes v eo vdivergente de F a seguinte
tendo derivadas parciais func;ao:
de primeira ordem contínuas. Cha-
, 2 3
_ av1 av2 av3
d.IVF - afunção
mamos de o divergente de F à seguinte .
x + ay + az
∂v1 ∂v2 ∂v3
• Exemplo 4 divF = + + .
∂x ∂y ∂z
• Exemplo
0 campo4 vetorial F(x,y,z) = (xy,yz,zx) tern divergente igual a divF(x,y,z) =
av1
d.X + dy
O campo vetorial y+y,z +
+ dZ =F(x,
av2 av3
z)x.= (xy, yz, zx) tem divergente igual a divF(x, y, z) =
∂v1 Uma ∂v3 elegante de representar o divergente de um campo e por meio do
∂v2 forma
∂x + ∂y + ∂z = y + z + x.
Umagradiente com o produto
forma elegante interno entre
de representar o vetor V =de( :x,
o divergente um :campo
, :z) eéopor
campo F. do
meio Isto
y
e, se F(x,y,z)
operador nabla ∇ =
∂ ∂
= ((v1 (x,y,z),

, , v)2(x,y,z),
(um vetorv3(x,y,z) ), entao,
simbólico). Se o campo é F(x, y, z) =
∂x ∂y ∂z
. y, z),
(v1 (x, y, z), v2 (x, a a a av 1 av2 av3 o campo
d1vF = vV3 (x,
·Fy,=z)),
(a então
' a ' a
divF
) · (vé1o, vproduto
2, v3) = interno
a +
de ∇ com
a + az ·
x y z x y
F:
Observamos que se F =∂Vf,∂ entao, ∂ div(F) = div(V ∂vf)
1
=∂v,�.f,
2 ∂v3 /if = fxx+
onde
divF = ∇ · F = ( , , ) · (v1 , v2 , v3 ) = + + .
fyy + fzz e chamado de o∂x ∂y ∂z def.
Laplaciano ∂x ∂y ∂z
Observamos que se F = ∇ f , então, div(F) = div(∇ f ) = ∆ f , onde ∆ f = fxx +
f +
yy
lnterpreta�ao
f é chamadofisica
zz de o para de f . se F(x,y,z) e um campo de velocidades
o divergente:
Laplaciano
de um fluido, entao, divF(x,y,z) mede a taxa de variac;ao total, com relac;ao ao
Interpretação físicade
tempo, da massa para o divergente:
fluido escoando dose F(x,(x,y,z)
ponto y, z) é um
por campo
unidadededevelocidades
volume.
de um fluido, então, divF(x, y, z) mede a taxa de variação total, com relação ao
197
tempo, da massa de fluido escoando do ponto (x, y, z) por unidade de volume.

198

Campos Vetoriais
216 UNIDADE V

Se divF = 0, dizemos que o fluido é incompressível. Os líquidos, são, geralmente,


incompressíveis. Já os gases, compressíveis.

Rotacional de um campo vetorial:


seja F(x, y, z) = (v1 (x, y, z), v2 (x, y, z), v3 (x, y, z)) um campo vetorial com funções
componentes v1 , v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contínuas. O
rotacional de F é definido como sendo o produto vetorial simbólico entre o vetor
∇ e o campo F. Isto é,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
∂ v3 ∂ v2 ∂ v1 ∂ v3 ∂ v2 ∂ v1
 
rotF = ∇ × F = − , − , − .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y

Interpretação física para o rotacional:


se F(x, y, z) é um campo de velocidades de um fluido, partículas próximas de
(x, y, z) no fluido tendem a girar em torno de um eixo que aponta na direção de
rotF(x, y, z). O comprimento desse vetor é a medida de quão rápido as partículas
do fluido giram em torno desse eixo.
Se rotF = 0, dizemos que o campo é irrotacional.

• Exemplo 5

Vamos determinar rot F, em que F(x, y, z) = (xz, xyz, −y2 ). Temos que

− → − →

i j k
∂ ∂ ∂
rot F = ∇ × F =
∂x ∂y ∂z
x z x y z −y2
= (−2 y − x y, x, y z) = (−y (2 + x), x, y z) .

• Exemplo 6

199

CÁLCULO VETORIAL
1
rot F VxF=
a a a
ax ay az
xz xyz -y2 217
(-2y- xy,x,yz) = (-y(2+x),x,yz) .

• Exemplo 6

198
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

INTEGRAIS DE LINHA

Integrais de Linha
218 UNIDADE V

Defini�ao 3. Sejam C uma curva em JR.3 parametrizada par r(t) = (x(t),y(t),z(t)),


t E [a,b] e de classe C 1 e F(x,y,z) = (F1(x,y,z),F2(x,y,z),F3(x,y,z)) um campo
vetorial continua definido em uma regiiio contendo a curva C.
Definimos a integral de linha ao longo de C par:
b
LF-dr= 1 F(r(t))·r'(t) dt . (1)

Aten�ao para a nota�ao: L F · dr representara uma integral de linha do campo


F sobre a curva C, como definido anteriormente.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A curva C e tambem chamada de caminho de integrac;ao: r( a) e o ponto inicial da
curva e r( b) e o ponto final. Assim, C e, agora, uma curva orientada. A medida
que o parametro t varia de a ate b, o ponto r(t) da curva varia de r(a) ate r(b).
Essa e chamada de a orientac;ao positiva da curva.
Se a curva C e fechada, isto e, r( a) = r( b), a integral de linha e denotada por
iF·dr.

A integral de linha definida acima pode ser representada como:

0 teorema a seguir afirma que o resultado obtido da integral de linha nao depende
da parametrizac;ao escolhida para a curva. Em outras palavras, quaisquer duas
representac;oes de C que mantem a mesma orientac;ao positiva de C, tern o mesmo
valor para a integral de linha.

Teorema 2. A integral de linha LF · dr niio depende da particular parametriza­


(;iio escolhida para a curva C.

• Exemplo 7

(a) Seja F(x,y,z) = (x,y,z) um campo vetorial e C a curva parametrizada dada


por r(t) = (sen t,cos t,t), t E [0,21t]. Calcule LF · dr.

200

CÁLCULO VETORIAL
219

Como r'(t) =(cost,-sent, 1) e F(r(t)) =F(sent,cos t,t) =(sent,cos t,t).


Usando a formula (1), temos:

[ F · dr = fo21tF(r(t)) .r' (t)dt


2rc
=fo (sent,cost,t)· (cost,-sent,l)dt
21t
=fo (sentcost- sentcost+t)dt
2
= fo tdt = 2n2
1C .
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(b) Seja F(x,y,z) =(z,x,y) um campo ve tori al e r(t) = (cos(t), sen (t),3t),t E
[O, 2n], a curva Ce parte de helice . Avali e [ F · dr.

Pela defini<;;ao de integral de linha, vamos precisar de r' ( t) =(- sen t,cos t,3)
e F(r(t)) =F(cos(t), sen (t),3t) =(3t,cost, sen t).

[ F · dr = fo21t F(r(t)) .r'(t)dt


2
=fo \3t,cost, sen t)· (- sen t,cost,3)dt
21t
=fo ( -3t sen t +cos2 t +3sen t) dt =71t.

Propriedades 1.

(a) Se a e b siio constantes reais, entiio,

[ ( aF + b G)· dr =a [F · dr+ b [ G· dr.

(b) Se Cadmite uma decomposiriio em um numero finito de curvas suaves C1, C2, ...Cn ,
isto e, C= C1 U C2 U ... U Cn , entiio,

kf F · dr =kf F · dr+ �f F · dr+ ...+ kf F · dr.


201

Integrais de Linha
exemplos de que o conceito de integral de linha pode ser estendido para um

propriedade
220
pode ser ilustrada pela figura a seguir, apresentand
número finito de curvas suaves.
UNIDADE V

Figura 3: Curvas decompostas por um número finito de curvas suaves


plos de que o conceito de integral de linha pode ser estendido p
ero finito de curvas suaves.
Essa propriedade pode ser ilustrada pela figura a seguir, apresentando dois
exemplos de que o conceito de integral de linha pode ser estendido para um

ura 3: Curvas
número
decompostas
Essafinito de curvaspode
propriedade suaves.
por um número finito de curvas suave
ser ilustrada pela figura a seguir, apresentando dois
exemplos de que o conceito de integral
Fonte: de linha pode ser estendido para um
um onúmero
autor.
Fonte: o autor.
Figura 3: Curvas decompostas por finito de curvas suaves
Essa propriedade
número pode suaves.
finito de curvas ser ilustrada pela figura a seguir, apresentando dois
exemplos de que opode
Essa′ propriedade conceito de integral
ser ilustrada de figura
pela linha pode ser estendido
a seguir, paradois
apresentando um
Figura
(c) Se 3: Curvas
C obtido decompostas
de C por reversão depor um número
orientação, finito de curvas suaves
então,
número
exemplosfinito de curvas
de que suaves.
o conceito
ˆ de integral deˆ linha pode ser estendido para um
número finito de curvas suaves. F · dr = − F · dr.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3: Curvas decompostasC por um número
C′ finito de curvas suaves

Figura 3: Curvas decompostas por um número finito de curvas suaves


do de C por reversão dede orientação,
Figura 4: Reversão orientação entre as curvas Centão,
Fonte: o autor.
eC ′

ˆ ˆ
Fˆ · dr = − F · dr.
Fonte: o autor.
(c) Se C obtido de C por reversão de orientação, então,

Fonte: ˆo autor.
C F · dr = − F · dr.
Fonte: oCautor. C ′
(c) Se C′ é obtido de C Fonte: o autor.
por Creversão de orientação, então,

ˆ Fonte: o autor.ˆ
F · dr = − F · dr.
Motivação para4:aReversão
Figura integral de Corientação
linha: sabemos
entre as curvas
C′ da C eoCtrabalho
física que ′
realizado
(c) Se C′ obtido de C por reversão de orientação, então,
por uma força F constante noˆ deslocamento ˆ de uma partícula ao longo de um
igura 4: Reversão de orientação entre as curvas C e C′
(c) Se C′ obtido de C por reversão
segmento deFigura
reta de4:comprimento
Reversão
F · dr = − F ·então,
de orientação,
d é igualˆCaentre
ˆCde orientação
dr.
′ F · d.
as Esse
curvasconceito
C e C′ de trabalho
obtido de C por reversão de orientação, então,
sugere definir o trabalho T realizado
C
F · dr
por=uma
− força
C′
F · dr.
variável F no deslocamento
Figura
de uma partícula ao longo deFonte:
4:ˆReversão o autor.
umadecurva
orientação
C. É oentre
que as curvasa C
ˆ faremos eC
seguir. ′

F ·Fonte:
dr202
Figura 4: Reversão de orientação
−entre asF · dr.
curvas C e C ′
=o autor.
Motivação para a integral C
de linha: sabemos da físicaCque o trabalho realizado

por uma força F constante no deslocamento


Fonte: o de uma partícula ao longo de um
autor.
segmento de reta
Motivação de comprimento
para d é igual
a integral de linha: a F · d.
sabemos da Esse
físicaconceito de trabalho
que o trabalho realizado
Fonte: o autor.
Figura 4: ReversãoFonte:
sugere
pordefinir
de orientação
o trabalho
uma força
entre
F constante
o autor. as
T realizado
curvas C e C ′
por uma força
no deslocamento devariável F no deslocamento
uma partícula ao longo de um
Motivação
de uma
segmento depara
partícula ao adeintegral
longo
reta de umadecurva
linha:
comprimento dC.ésabemos
Éigual da· física
o quea faremos
F aque
d. Esse o trabalho
seguir.
conceito de realizado
trabalho
por uma
sugere força
definir
Motivação oFtrabalho
para aconstante no deslocamento
T realizado
integral de linha: por uma de uma
força partícula
variável aodeslocamento
F no longo de um
202 sabemos da física que o trabalho realizado
segmento
de
poruma de reta
Faode
umapartícula
força comprimento
longo deno
constante uma d é igual
curva C. É oade
deslocamento que· d.
F uma Esse
faremos aconceito
seguir.
partícula de trabalho
ao longo de um
sugere definir
segmento o trabalho
de reta T realizadod por
de comprimento é203umaaforça
igual F · d.variável F no deslocamento
Esse conceito de trabalho
de VETORIAL ao longo de uma curva C. É o que faremos a seguir.
uma definir
CÁLCULOpartícula
sugere o trabalho T realizado por uma força variável F no deslocamento
de uma partícula ao longo de uma curva C. É o que faremos a seguir.
Fonte: o autor.

221
Motivação para a integral de linha: sabemos da física que o trabalho realizado
por uma força F constante no deslocamento de uma partícula ao longo de um
segmento de reta de comprimento d é igual a F · d. Esse conceito de trabalho
sugere definir o trabalho T realizado por uma força variável F no deslocamento
de uma partícula ao longo de uma curva C. É o que faremos a seguir.
Seja C a curva dada por r : [a, b] → R3 e F um campo contínuo de forças. Tome-
202
mos pontos sobre o intervalo [a, b] os pontos a = t0 < t1 < . . . < tn = b. Então, o
trabalho ∆Tm realizado por F(r(tm )) no deslocamento linear de r(tm ) até r(tm+1 )
é
∆Tm = F(r(tm )) · [r(tm+1 ) − r(tm )] ≈ F(r(tm )) · r′ (tm )∆tm ,

em que ∆tm = tm+1 − tm .


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A soma desses n trabalhos é Tn = ∆T0 + ∆T1 + · + ∆Tn−1 . Quando fazemos n → ∞,


Tn se aproxima da integral de linha (1). Essa integral existe por causa da nossa
hipótese F é campo contínuo e C suave por partes.
Se F é um campo vetorial contínuo e C é a curva r(t) suave por partes, o trabalho
T realizado por F no deslocamento de uma partícula ao longo de C é dado pela
integral de linha:
ˆ ˆ b
T= F · dr = F(r(t)) · r′ (t) dt . (2)
C a

• Exemplo 8

(a) Calcule o trabalho realizado pelo campo F(x, y) = (−y, x) ao deslocar uma
partícula ao longo da circunferência x2 + y2 = 4, no sentido anti-horário.

Uma parametrização para circunferência x2 + y2 = 4, no sentido anti-horário,


é dada por r(t) = (2 cos(t), 2 sen (t)),t ∈ [0, 2π]. Segue que:

ˆ ˆ 2π
F · dr = F(r(t)) · r′ (t) dt
C 0
ˆ 2π
= (−2sent, 2 cos t) · (−2 sen t, 2 cos t) dt
0
ˆ 2π
= 4 dt = 8 π.
0

204
Integrais de Linha
222 UNIDADE V

(b) Calcule o trabalho T realizado pelo campo de fon;as F(x,y,z)=(x,y,z) em


deslocar uma partfculaso bre a curva parametrizada C dada po r:

r(t)=(sent,cost,t), tE [0,21t].

co mo r'(t)=(cost,-sent, 1) e F(r(t))=F(sent,cos t,t)=(sent,cos t,t).


Usan do a formula (1), temos:

L fo2rc F(r(t)). r'(t)dt


F · dr=
2rc
=fo (sent,cost,t) · (cost,-sent,l)dt

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2rc 2rc
=fo (sentcost- sentcost+ t) dt=fo tdt=2n2.

(c) Calcule o trabalho realizado po r F(x,y,z)=(x,y,z) ao deslocar uma partfcula


so bre a curva r(t)=(t2 , t3 ,t4 ), t E [O,l].

Ago ra, temos que r'( t) =(2t, 3 t2 , 4 t3 ) e usan do a defini<;ao de in tegral de


lin ha:
L F · dr= fo 1 F(r(t)). r'(t)dt
1
= fo (t ,t ,t
2 3 4
(2t,3t ,4t )dt
) ·
2 3

= fo (2t +3t +4t dt= i·


1 3 5 7
)

(d) Avalie iy 2 dx-xydy, em que Ce a fro n teira da regiao Re dada po r: R =

{(x,y) E JR ;1 '.S '.S 2; 1 '.Sy '.S l+x2 }.


2
X

Primeiramen te, vamos esbo <;ar a regiao e parametrizar as curvas que co m­


poem o bo rdo de R.

204

CÁLCULO VETORIAL
223

Figura 5: Regiao R
Figura 5: Região R
y
5 --------

Figura 5: Regiao Rc,.


1

C2 R
5 --------
Figura
0 5: 1Regiao3

5 -------- Fonte: o autor.


2 c,. C2
R
1 C4
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1
0 campo Fe F(x,y) = (y2 ,-xy). Nesse Ccaso,
0 1 2 c,.
1 pela propriedade 2, temos que:
1
Fonte: o autor.
{ F . dr = { F . dr+1 { F2. dr+ { F . dr+ { F . dr
0
0 1 2 x

k � � � k
Fonte:Fonte:
{ 2 ,F-xy).
0 campo Fe F(x,y)== (y . dr+Nesse
k1
o autor
{ Fcaso,
.
o autor.
F·dr
. dr pela propriedade

2, temos . -1
F·drque:
-�
-1 -�
{ FFe
. dr = { =Fsao:
F(x,y)
As parametriza<;5es
0 campo 2 + { F . dr+ { F . dr+ { F . dr
,-xy). Nesse caso, pela propriedade 2, temos que:
. dr
(y
k � � � k
Caminho C1:=C1{ e Fo .segmento
{ F . dr = { F dr
k �
de reta y = 1,Flogo,
. dr++ {{ FF. dr
. dr+ { F ·

. dr -1� -1k
{ F F. dr
dr+uma parametriza<;ao
·dr. para
C1 e r1(t) = (t,l),t E [1,2].
-1 -1
k1 � -� -�
{ F . dr+ { F . dr
= sao: F·dr F·dr.
�de reta x =-�
e o segmento
As parametriza<;5es
Caminho C2 : C2k1 2, logo, uma -�
parametriza<;ao para
C2 e rC1:
Caminho 2 (t)C1= (e2o,t),t E [1,5]de
segmento . reta y = 1, logo, uma parametriza<;ao para
As parametriza<;5es sao:
r1(t) = (t,
C1 eCaminho l),t -C3
-C3: E [1,2]e uma
. parte da parabola cuja orienta<;ao deve obedecer a
Caminho C1: C1 e o segmento de reta y = 1, logo, uma parametriza<;ao para
Caminho 2 : C2 e o ou
flechaCindicativa reverterde
segmento reta x = 2,. logo,
a orienta<;ao r3(t)
Assim,uma = (t,t2 + 1),tpara
parametriza<;ao E [1,2].
C1 e r1(t) = (t,l),t E [1,2].
C2 eCaminho ,t),t -C4
r2 (t) = (2-C4: E [1,5]e o. segmento de reta r4(t) = (l,t),t E [1,2].
Caminho C2 : C2 e o segmento de reta x = 2, logo, uma parametriza<;ao para
Caminho -C3: -C3 eEuma parte da parabola cuja orienta<;ao deve obedecer a
C2 eAgora,
r2 (t) = (2,t),t
vamos calcular
[1,5]as
.
integrais de linha:
2 . Assim, r3(t) = (t,t + 1),t E [1,2].
2
flecha indicativa ou reverter a orienta<;ao
Caminho -C3: Ii= -C3 e{ uma F·dr= f
parte da parabola cuja orienta<;ao deve obedecer a
F(r1(t))·r�(t)dt
Caminho -C4: -C4 elei de reta r4(t) = (l,t),t E [1,2]

!
o segmento11
flecha indicativa ou reverter a orienta<;ao . Assim, r3(t) = (t, 2 t + 1),t E [1,2].
2 .

Agora, vamos calcular as integrais = J\1 ,-t)· (l,O)dt=


de linha: ldt=l.
Caminho -C4: -C4 e o segmento de reta r4(t) = (l,t),t E [1,2].
2
Agora, vamos { F·dr=
Ii=calcular as integrais de 205 f
F(r1(t))·r�(t)dt
linha:

!
lei 11
2 2
Ii= { F·dr= ,-t)· (l,O)dt=
f
= J\1F(r1(t))·r�(t)dt ldt=l.

!
lei 11
2
= J\1,-t)· (l,O)dt= ldt=l.
205
Integrais de Linha

205
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CÁLCULO VETORIAL
V
UNIDADE
224
225

(a) Seja F(x,y,z) = (x,z,y) o campo de velocidade de um fluido. Encontre o


escoamento E ao longo de parte da helice r(t) = ( sent,cost,t), 0::; t::; i·
Note que F(r(t)) = ( sen t,t, cost) e r'(t) =(cost, - sen t,1). Assim,
1t
2
F(r(t)) · r'(t)dt
(a) Seja F(x,y,z) = fo
E= (3)o
(x,z,y) o campo de velocidade de um fluido. Encontre
escoamento E ao longo de parte da helice r(t) = ( sent,cost,t), 0::; t::; i·
1t 1t 1t
1t

= fo\sent,t,cost) · (cost,- sent,I)dt


Note que F(r(t)) =2 ( sen t,t, cost) e r'(t) =(cost, -2sen t,1). Assim,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2
= fo 1tsentcostdt- fo tsentdt+ fo costdt.
2
E = fo F(r(t)) · r'(t)dt (3)
As integrais nao oferecem diculdades na solm;ao, logo:

1t1t 1t 1t
1t

=2 fo\sent,t,cost) · (cost,- sent,I)dt


1t

1t la ! 1t
E = fo F(r(t)) · r'(t)dt

-1 ( )
2 2 2
t 2 sentcostdt-2 fo tsentdt+
=2fo
sen fo costdt. 2
= - -tcostl - (- cost)dt +sentl
2

-2 0 0 0
As integrais nao oferecem diculdades na solm;ao, logo:
1 1
=--(0+1)+1=-.
2 21t 2

1t ( 1t la ! 1t
E = fo F(r(t)) · r'(t)dt
(b) Encontre a circula<;ao do campo F(x,y) = (x-y,x) ao longo da circunferencia
sen2 t 2
-1
= t E [O,-21t].
r(t) = (cost, sent),
-2 0
-tcostl -
2

0
2
(- cost)dt +sentl
2

0
)
1 1
=--(0+1)+1=-.
Figura 6:2 Circula<;ao
2 ///r��---- - - - � , , ' ' I 1
//rr�---- - - - - , , , , , 1 r

(b) Encontre a circula<;ao do campo F(x,y)


// / / / / ,. .- • • • • , ,
= (x-y,x) ao longo da circunferencia
, I I J / /

r(t) = (cost, sent),t E [O,21t].


/ / / ,,- .,. .- • , , • . , , I I I / /

/ / ,' I' ,r • , • • • , , I I ./ /

// / / ,1 ,1 , , , , . • , ,, ,, ,1 / / /
/ / ' t' ., , ....., ' • • • , ... ,, ,, ,, / / /

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/ I , , , , . . . .. .. .. .,. ,,. ,,. / ,/


I I I I I • • , • • • • ,. ,. _. .,. / //,/

Figura 6: Circula<;ao
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I //rr�---- - ----��///
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Fonte: o autor.
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I
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/ I , , , , . . . .. .. .. .,. ,,. ,,. / ,/


I I I I I • • , • • • • ,. ,. _. .,. / //,/
• • • • • • • - .... ..- ..- ..,. ///

Como F(r(t)) = (cost - sen t,cost) e rt(t) = ( -sent,cos t), em que t E


I I I
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I I I L • , • • - • ... .- ...- �//,//
1 1 1 , , , , - - - - ................... .,,,.,.,,.
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207o autor.
Fonte:

Integrais de Linha
Como F(r(t)) = (cost - sen t,cost) e rt(t) = ( -sent,cos t), em que t E
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UNIDADE
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226 V
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Fonte: o autor.

Como F(r(t)) = (cost - sen t,cost) e rt(t) = ( -sent,cos t), em que t E

207

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CÁLCULO VETORIAL
227

Além disso,
ˆ ˆ
F · dr = ∇ f · dr = f (B) − f (A). (4)
C C

O mesmo resultado se mantém para curvas e campos vetoriais definidos no espaço


Alem
R3 . disso,
L
F · dr = L
V f · dr = f(B)- f(A). (4)
A demonstração da parte final desse teorema é imediata da regra da cadeia. De
A demonstra<;ao da parte final desse teorema e imediata da regra da cadeia. De
fato,

L L
fato,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ˆ ˆ
F · dr = ∇ f · dr =
ˆF
C
b
· dr = C
V f · dr =
d
= [ f (r(t))] dt = f (r(b)) − f (r(a)) = f (B) − f (A).
a dt
1bd
[f(r(t))]dt = J(r(b))- f(r(a)) = f(B)- f(A).
a dt
Pela semelhança com o Teorema Fundamental do Cálculo, esse teorema é conhe-
Pela semelhan<;a com o Teorema Fundamental do Calculo, esse teorema e conhe­
cido como Teorema Fundamental para Integrais de Linha.
cido como Teorema Fundamental para Integrais de Linha.
Note que, no caso do campo F ser conservativo e a curva ser fechada, A = B,

L
Note que,
ˆ no caso do campo F ser conservativo e a curva ser fechada, A= B,
então, F · dr = f (B) − f (A) = 0 .
entao, C F · dr = f(B)- f(A) = 0.

Figura 7:7:Curva
Figura fechadaCC
Curvafechada

Fonte: o autor.
Fonte: o autor.

0 resultado a seguir nos da condi<;5es para que um campo vetorial definido no


O resultado a seguir nos dá condições para que um campo vetorial definido no
piano seja conservativo.
plano seja conservativo.

Teorema 4. Considere F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) um campo vetorial sabre uma


regiiio B aberta. Suponha que M e N tenham derivadas parciais de primeira
210
ordem cont{nuas e que

em toda regiiio B.
Integrais de Linha
Entiio, F e conservativo em B.
0 resultado a seguir nos da condi<;5es para que um campo vetorial definido no
piano seja conservativo.
228 Teorema
U N I D A D4.E Considere
V F(x, y) = (M(x, y), N(x, y)) um campo vetorial sobre uma
Teorema
região B 4. Considere
aberta. Suponha = (M(x,y),N(x,y))
F(x,y)que um campo parciais
M e N tenham derivadas vetorial sabre uma
de primeira
regiiio B aberta. Suponha que M e N tenham derivadas parciais de primeira
ordem contínuas e que
ordem cont{nuas e que
∂M ∂N
= , em toda região B.
∂y ∂ x em toda regiiio B.

Então, F é conservativo em B.
Entiio, F e conservativo em B.

• Exemplo 10 209

De acordo com o teorema anterior, o campo F(x, y) = (y2 + 2x + 4, 2xy + 4y − 5)


é conservativo. De fato,

M(x, y) = y2 + 2x + 4 e N(x, y) = 2xy + 4y − 5 . (5)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que
∂M ∂N
= 2y = ,
∂y ∂x
logo, F é conservativo.
Para encontrar uma função potencial f para o campo F, façamos o seguinte: como
F = (M, N) é conservativo, então, F = ∇ f , ou seja,

∂f ∂f
 
(M, N) = , (6)
∂x ∂y

Combinando (5) e (6), temos que

∂f
= y2 + 2x + 4 .
∂x

Integrando a igualdade acima em relação à x, resulta que


ˆ
f (x, y) = (y2 + 2x + 4) dx + g(y) (7)

= y2 x + x2 + 4 x + g(y) ,

em que g(y) é função constante com relação ao x.


Agora, derivando f dada em (7) em relação à y, vem que
211
∂f
= 2 x y + g′ (y) .
∂y
∂f
Em virtude de = N, da igualdade acima, obtemos:
∂y

2 x y + g′ (y) = 2 x y + 4 y − 5 (8)
ˆ
⇒ g(y) = (4 y − 5) dy = 2 y2 − 5 y + k. (9)
CÁLCULO VETORIAL
Logo, a função potencial para o campo F é:
Agora, derivando f dada em (7) em relação à y, vem que
∂f
= 2 x y + g′ (y) .
∂y 229
∂f
Em virtude de = N, da igualdade acima, obtemos:
∂y

2 x y + g′ (y) = 2 x y + 4 y − 5 (8)
ˆ
⇒ g(y) = (4 y − 5) dy = 2 y2 − 5 y + k. (9)

Logo, a função potencial para o campo F é:

f (x, y) = y2 x + x2 + 4 x + 2 y2 − 5 y + k.

A versão do teorema anterior para campos no R3 é apresentada a seguir:

Teorema 5. Seja F(x, y, z) = (M(x, y, z), N(x, y, z), P(x, y, z)) um campo vetorial
definido sobre uma região D ⊂ R3 aberta com fronteira suave por partes. Supo-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nha que M, N e P tenham derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D.


Se rot(F) = 0, então, o campo F é conservativo.

Note que:
∂P ∂N ∂M ∂P ∂M ∂N
rot(F) = 0 ⇔ = , = , = .
∂y ∂z ∂z ∂x ∂y ∂x
• Exemplo 11

O campo vetorial F(x, y, z) = (ex cos y+yz, xz−ex sen y, xy+z) é conservativo. De
fato, se F = (M, N, P), calculando o rotacional de F obtemos que rot(F) = 0, isto
é,
∂P ∂N
= =x
∂y ∂z
∂M ∂P
= =y
∂z ∂x
∂M ∂N
= = −ex sen y + z.
∂y ∂x

212

Integrais de Linha
Para determinar a função potencial f do campo F, façamos como no exemplo

230
anterior.
UNIDADE V
Temos que:
∂f
= ex cos y + y z
∂x
∂f
= x z − ex sen y (10)
∂y
∂f
= x y + z.
aJ ∂z
Integrando ax em relac;ao ax, temos que :
∂f
Integrando em relação a x, temos que
∂x
J(x,y,z) = e cosy+xyz+g(y,z).
x
(11)
f (x, y, z) = ex cos y + x y z + g(y, z) , (11)
Derivando (11) em relac;ao a y e comparando com (10), notemos que:
em que g(y, z) é função constante com relação a x.
og(y,z)
Derivando (11) em relação à y e +comparando
x
-e seny X Z = X Z - e com + notemos
x
seny(10), , que
Oy

ay y +-x zO ,= x z − ex sen y + ∂g(y,


og(y,z) _
::::}−ex sen ∂y
z)
,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
∂g(y, z)
portanto g e uma func;ao
⇒ = 0, apenas de z. Integrando og��z) com respeito
que depende
∂y
a y, vem que g(y,z) = h(z). Isso nos diz que:
∂g(y, z)
portanto g é uma função que depende apenas de z. Integrando com res-
∂y
f(x,y,z) = e cosy+xyz+h(z).
x
peito à y, vem que g(y, z) = h(z). Isso nos diz que

Por fim, para encontrar h(z), derivarnos a equac;ao acima com respeito a variavel
f (x, y, z) = ex cos y + x y z + h(z) .
z e, comparando com (10), temos:
Por fim, para encontrar h(z), derivamos a equação acima com respeito à variável
z e, comparando com (10), temos:
xy+h'(z) =xy+z
z2
::::} h(z) = +c.
x y + h (z) = x2

y+z
De onde segue que a func;ao potencial para zo2 campo F e:
⇒ h(z) = + c .
2
z2
J (x,y ,z ) = ex
cos y+xyz+ +c.
De onde segue que a função potencial para o campo2F é:
z2
f (x, y, z) = ex cos y + x y z + +c.
2

213
#SAIBA MAIS#

L
L
Teorema 6. A integral F · dr independe do caminho em um domfnio simples­

mente conexo com fronteira suave par partes D se, e somente se, F · dr = 0
para todo caminho fechado em D.

Fonte: Marsden and Tromba (1981) #SAIBA MAIS#

212

CÁLCULO VETORIAL
231

3 TEOREMA
TEOREMA DE GREEN
DE GREEN
Nesta se�ao, veremos o teorema de Green que substitui o calculo de uma integral
de linha sobre uma curva fechada encerrando uma regiao D por uma integral dupla
sabre D.
Uma curva e dita simples, se ela nao se intercepta; exceto nas extremidades no
caso de curva fechada.

Figura 8: Curvas simples e nao simples


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Curvas simples�sim� � CXJ


Curvas não simples
Curvas nfio simples

Fonte: o autor.

Para aplica�ao do teorema de Green, usamos a conven�ao de


orienta�ao positiva para curvas fechadas: sentido anti-horario com
parametriza�ao percorrendo a curva apenas uma vez. Assim, ao percorrermos a
curva fechada, a regiao interior a ela esta a nossa esquerda.

Figura 9: Orienta�ao de curva fechada

Fonte:o autor.

Teorema 7.[Green] Seja F = (M.


N) um campo vetorial e suponha que Me N
tenham derivadas parciais de primeira orclem cont(nuas em um aberto U C �2 .

213

Teorema de Green
Fonte: o autor.
232 UNIDADE V

Teorema 7 (Green). Seja F = (M, N) um campo vetorial e suponha que M e N


tenham derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um aberto U ⊂ R2 .
SeSeCCfor
foruma
umacurva
curvasimples, fechada,
simples, suave
fechada, porpor
suave partes, contida
partes, inteiramente
contida em em
inteiramente
UUe eseseDDfor
fora aregiiio
regiãodelimitada
delimitada C, C,
porpor entiio,
então,

iMM(x, dx+ N(x,y)


N(x,dy =fl(�: - �;)
¨ 
∂N ∂M
− dA.dA. em (12)(12)

(x,y)

Se C for uma curva simples, fechada,
y) dx + suave y)por
dy partes,
= contida
∂ x inteiramente
∂y
C D
U e se DSeforCafor uma delimitada
regiiio curva simples, fechada,
‰ C,
por entiio, suave por partes, contida inteiramente em
iMM(x,
=fl(�=fl(�
: - �;): - �;)
U e se para
Atem;ao
Atenção Dpara
foraaanota�ao:
regiiio (x,y)
delimitada
notação: d
por C, N
y)x+
dx + N(x,dy
(x,y)
entiio, representara
y) dy umauma
representará integral de de
integral
M(x,y)dacima N(x,y) dy calculada no sentidodanti-horario. (12)
A.anti-horário.
definidox+
idefinido
C
linha
linhacomo
como acimaemem(12),
(12), calculada no sentido
iM(x,y)dx+N(x,y)dy dA. (12)
• •Exemplo
Atem;ao 1212
para a nota�ao:
Exemplo iM(x,y)dx+N(x,y)dy representara uma integral de

i M(x,y)dno N(x,y)anti-horario.
dy representara uma integral de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
linha como definido acima
Atem;ao para a ‰ em (12),i
nota�ao: calculada x+sentido
1.1.Determine y 2
d2x - xydy, em que C e a fronteira da regiao R dada por
linhaDetermine
como definidoyacima dx −em xy dy,(12),emcalculada
que C énoa sentido anti-horario.
fronteira da região R dada por
• Exemplo R 12R=={(x(x,,y)y)E ∈ffi. R;21;:::; x:::; 2;2;1:::;1 ≤
y:::;y ≤ 1 + }.
l+x
C2 2
1≤ x≤ x2 .

i i
 
• Exemplo 12
1. Determine y2 dx - xydy, em Figuraque C 10:e Regiao
a fronteira
R da regiao R dada por
R= {(x 1. Determine y dx
,y) E ffi.2 ;1:::; x:::; 2;-1xy dy, em que2 }. C e a fronteira da regiao R dada por
y 5 y:::;
2
:::; --------l+x
R= {(x,y) E ffi. ;1:::; x:::; 2; 1:::; y:::; l+x2 }.
2

Figura 10: Regiao R


5

Figura 10: Regiao R


5 --------

a,
5 --------
0 1 2 C3

215
2 C2
a, R
0
Fonte:
1 2
C4
o autor.
1 a,
C1
0 1 2

0 1 2 x
Esse exemplo ja foi apresentado anteriormente e as contas foram muitas.
Fonte: o autor.
Mas, agora, vamos usar o teorema de oGreen,
Fonte: autor.em vez de calcular a integral de
linha sobre as curvas que fazem parte da fronteira da regiao, vamos calcular
Esse exemplo ja foi apresentado anteriormente e as contas foram muitas.
a integral dupla sobre a regiao R. Observando que M = y2 e N = -xy, e,
Essevamos
Mas, agora, exemplo
usarjao teorema
foi apresentado
de Green,anteriormente e as contas
em vez de calcular foram
a integral de muitas.
assim,
Mas,
linha sobre as agora,
curvasvamos usar
que fazem o teorema
dNparte de Green,
dMda em
da fronteira vez de
regiao, calcular
vamos a integral de
calcular
- =-y e y
= 2 , 2 eregiao,
dx fazem parte dadyfronteira
a integrallinha sobre
dupla sobreas curvas
a regiaoqueR. Observando que M = yda vamos
N = -xy, e, calcular
assim, a integral dupla sobre a regiao R. Observando que M = y e N = -xy, e,
2

assim, dN
- =-y e 214dM
d = 2 y,
dN
=-y y e dM
dx
-
dx d y = 2 y,

CÁLCULO VETORIAL
214
214
233

Resulta que:

{{ aN - aM dA
}JR (ax ay )
j y2 dx-xydy =
Jc
1 +x
2
2

= r r
(-y-2y)dydx
11 11
1 +x
2
163
ydydx = -10 ·
2

= -3 r r
11 11

2. Calcule Pc/x2 -y)dx+ (y2 +x)dy em que Ceo cfrculo x2 + y 2 = 4.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Observamos que o campo F tern componentes M = x2 - y e N = y 2 + x e


que a regiao encerrada pela curva e o disco D: x2 + y 2 :::; 4. Aplicando o
teorema de Green, temos que:

Pc/x2 -y)dx+ (y2 +x)dy = fl (1 + l)dA = 2A(D) = 2n22 = 81t.

Aqui, A(D)ea area do disco D.

Se, no teorema de Green, tivermos um campo F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) tal que


aN aM
= 1, entao, vale O segumte resultado:
ax - ay

iM(x,y)dx+N(x,y)dy =fl(�: - a �) dA = fl 1dA = Area(D).


a
Alguns exemplos de tais campos: F(x,y) = (O,x), F(x,y) = (-y,O) ou F(x,y) =
(-!y, !x).

Corolario 1. Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos:

Area(D) = !2 J xdy-ydx = J xdy = - J ydx.


Jc Jc Jc
#SAIBA MAIS#
Teorema de Green vale para regioes mais gerais

215

Teorema de Green
y,12!y,x).12 x).
(-!(−

234 U N Corolário
I D A D E V Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos:
Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos:
Corolario 1. 1.
1
=! J
‰ ‰ ‰
Area(D)
Área(D) = J
xdy − ydx = xdy = − ydx.
2 Cxdy-ydx = C xdy = - C ydx.
2Jc
J
Jc Jc
#SAIBA MAIS#
#SAIBA MAIS#
Teorema de Green vale para regiões mais gerais
Teorema de Green vale para regioes mais gerais
O teorema de Green que apresentamos aqui não permitia que a região D tivesse
215
buracos. Mas o teorema de Green pode ser estendido para essas regiões e a justi-
ficativa para isso é que a região com buracos pode ser dividida em partes em que
o teorema vale em cada parte.

Região com buracos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.

#SAIBA MAIS#
INTEGRAIS DE SUPERFÍCIES
216

Pij*
υ R ij

Δυ y
Δu 0
Sij
x

0 u

CÁLCULO VETORIAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Integrais de Superfícies
235
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CÁLCULO VETORIAL
V
UNIDADE
236
237

• Exemplo 14

Calcule 1fs (x + y + z)dS, em que Se a superficie dada por r(u, v) = (u + v, u-


v, 1 + 2u + v), com O :::; u :::; 2 e O :::; v :::; 1.
Usando o teorema 8, precisamos de 11ru x rv 11- Como ru = (1, 1, 2) e rv = (1,-1, 1)
temos que ru x rv = (3, 1,-2) e, assim llru x rv ll = J'I4.
Segue que:

fl J(r(u, v)) llru x rv lldA


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

fl (u+v+u- v+1+2u+v)J'I4dA

v14 fl (1+4u+v)dA
2
v14 1+4u+v)ddudv = llv14.
fo fo\

Superficie orientavel: chamamos uma superficie S de superficie orientavel se


existe um campo de vetores unitarios normais ,t sobre S que varia continuamente
com a posi<;ao. Convencionamos que ,t sobre uma superficie fechada aponta para
fora da superficie.
Um exemplo de uma superficie nao orientada e a Faixa de Mobius mostrada a
seguir. Se alguem resolvesse caminhar sobre a faixa de Mobius partindo de um
ponto P, ela terminaria sobre o "outro lado" da faixa com sua cabe<;a apontando
na dire<;ao oposta a de sua partida, mostrando que, se existe um campo de vetores
normais sobre essa superficie, ele nao seria contfnuo. Outro exemplo de superficie
nao orientavel e a garrafa de Klein.

219

Integrais de Superfícies
238 UNIDADE V

Figura 12: Faixa de Möbius e a garrafa de Klein


Figura 12: Faixa de Möbius e a garrafa de Klein

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o autor.

Fonte: o autor.
No que segue, consideraremos somente as superfícies orientáveis (com dois la-
dos). Agora, vamos definir o fluxo de um campo vetorial F através de uma super-
S.
No que fície
segue, consideraremos somente as superfícies orientáveis (com dois la-
Seja S uma superfície orientada com um campo de vetores normais →

n e submersa
dos). Agora, vamos definir o fluxo de um campo vetorial F através de uma super-
em um fluido com campo de velocidades F(x, y, z). É didático pensar em S como
fície S. uma superfície que não impede a passagem do fluido, como uma rede de pesca. O
fluido pode ser um campo elétrico, um campo magnético etc.
Seja S uma superfície orientada com um campo de vetores normais →−
n e submersa
Representaremos por ∆S um pequeno pedaço retangular de S. A quantidade de
em um fluido com campo de velocidades F(x, y, z). É didático pensar em S como
fluido que atravessa ∆S, por unidade de tempo, pode ser aproximada pelo volume
uma superfície que não impede
de um paralelepípedo a passagem
de base ∆S e de altura F do
·→
−n fluido, como
. Então, ∆v = (F uma
·→
− rede
n ) ∆S. A de pesca. O
figura a seguir expõe tal situação:
fluido pode ser um campo elétrico, um campo magnético etc.
Representaremos por ∆S um pequeno pedaço retangular de S. A quantidade de
fluido que atravessa ∆S, por unidade de tempo, pode ser aproximada pelo volume
de um paralelepípedo de base ∆S e de altura F · →

n . Então, ∆v = (F · →

n ) ∆S. A
figura a seguir expõe tal situação:
222
CÁLCULO VETORIAL
239

Figura 13: Superficie S com vetor normal ii submersa em um fluido com campo
de velocidades F
z

}-------�Y
0
X
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fonte: o autor.

Como Av representa a quantidade de fluido que atravessa S por unidade de tempo,


a integral de superficie e o volume do fluido que atravessa S, por unidade de
tempo. Representamos essa quantidade por <l>s.
Em outras palavras, o fluxo de F atraves de S e dado por:

(18)

Atem;ao para a nota�ao: lfs F · dS representara a integral de superficie do


campo vetorial F sobre a superficie S definida em (18).
Se Se uma superficie parametrizada por r(u, v), onde (u, v) ED, entao, um campo
de vetores normais sobre S e dado por:
r{ = ru X rv
llru X rvll"
Segue que a integral em (18) pode ser expressa como:

<l>s = lfs (F · rf) dS = lfs (F · ::: :: ) dS II II

fl F(r(u, v)) · ::: :: llru x rvlldA


II II

fl F(r(u, v)) · (ru x rv)dA.


221

Integrais de Superfícies
ru × r v
¨ ¨  
ΦS = (F · →

n ) dS = F· dS
�ru × rv �
240 UNIDADE V ¨S S
r u × rv
= F(r(u, v)) · �ru × rv �dA
�ru × rv �
¨D
= F(r(u, v)) · (ru × rv )dA.
D

Logo,
Logo,
fl F(r(u,
¨
ΦS==
<l>s F(r(u,v))
v))· (ru rv)rdA.
· (r x× )dA.
u v (19)
(19)
D
Quando aa superficie
Quando S égraflco
superfícieSe gráficodedefurn
função, porexemplo,
;ao, por z =g(x.y),
exemplo,z = g(x.y), (x, y)
(x,y) ∈ D,
ED,
então, aa equa<;ao
entao, equação(19)
(19)flea
ficaainda
aindamais
maissimples.
simples.De
Defato,
fato,seja r(r(x,
seja x,y)y)
==(x,(x, y, g(x,
y, g(x, y)),y)),
(x, y) ED
com (x,y)
com ∈ D aa parameteriza<;ao paraSSe eF(x,y,z)
parameterizaçãopara F(x, y, z)==(P, Q, R)umumcampo
Q,R)
(P, campodede

vetores. Comonn==rx
vetores. Como rx x×rryy==(-gx,
(−gx ,-g , 1),vetor
−gy,y1), vetorortogonal
ortogonalapontando
apontando para
para fora
fora
de S, temos
de S, temosque:
que

· n= (−gx , −gy,y ,1)1)==-Pgx

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F ·n
F (P, Q, R)· ·(-gx,-g
=(P,Q,R) −Pg- Q Qg
x− gy+ R.R.
y+

E
E aa equa<;ao
equação (19)
(19)flea:
fica:
¨ ¨
ΦS = F(r(u, v)) · (ru × rv )dA = (−Pgx − Qgy + R)dA. (20)
D D

•• Exemplo
Exemplo 15
15

Calcule 1fs
¨
Calcule FF ··dS, dS,em
emque
queFeF éoocampo
campodedevetores
vetoresdada
dadopor
porF(x,y,z) ==
F(x, y, z) (xy,yz,xz)
(xy, yz, xz)
S
ee SSeéaaparte do parabo16ide z = 4 - x2
-y
2
2
parte do parabolóide z = 4 − x − y sobre o retângulo [0, 1] × [0,U1].
sobre
2 o retangulo [ 0, 1] x [ 0, 1]. sare­
Usa-
mos a expressao
remos (20).
a expressão (20).
Uma parametriza<;ao para Se:
Uma parametrização para S é:

r(x,y) = (x,y,4-x2 -y 2
),
r(x, y) = (x, y, 4 − x2 − y2 ),

com O ::; x ::; 1 e O ::; y ::; 1. Sabemos que n = ( 2x,2y,1) e assim,

fl F(r(x,y)) · (-gx,-g224, l)dA y

fl(xy,y(4-.x2-y ),x(4-.x2-y )) · (2x,2y, l)dA


2 2

fl(2.x2y+2y (4-.x2-y )+x(4-.x2 -y ))dA


2 2 2

713
1111
o o
(2.x2y+2y2 (4-.x2-y2 )+x(4-x2 -y 2))dxdy = -.
180

222

CÁLCULO VETORIAL
ica96es importantes desse teorema estao no estudo de cam
241

lar, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos.


e9ao, vamos necessitar
5 TEOREMA
TEOREMA
do rotacional de um campo F. Vo
DE STOKES
DE STOKES

o de rotacional em (1 ).
Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta­
belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre

5uma TEOREMA
superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S.
DE STOKES
nsiderar que aTEOREMA
supetffcie
5 sentido,
Nesse DE
esse resultado Sgeneraliza9ao
seja orientada
STOKES
e uma do Teorema de Greenpositivamente
para tres e
Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta­
dimensoes.
vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz um Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta­
belece
Muitasuma igualdade
aplica96es entre a integral
importantes de superficie
desse teorema estao nodeestudo
um campo vetorial
de campos
belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre
sobre
vetoriais,
uma superffciena
em particular, S com uma
analise dointegral
movimento de linha sobre ados
de rota9ao curva C que e fronteira de S.
fluidos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

uma superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S.
curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva d Nesse sentido,
Para esta se9ao,esse resultado
vamos e umadogeneraliza9ao
necessitar rotacional dedo umTeorema
campo F. de Voce
Greenpode
Nesse sentido, esse resultado e uma generaliza9ao do Teorema de Green para tres
dimensoes.
pararever
tres

a defini9ao de rotacional em (1 ).
dimensoes.
dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a s
Muitas
Vamosaplica96es
considerarimportantes desseSteorema
que a supetffcie estao no
seja orientada estudo de campos
positivamente e que vetoriais,
tenha um
Muitas aplica96es importantes desse teorema estao no estudo de campos vetoriais,
em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos.
campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao
em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos.
Para estana
positiva se9ao,
curvavamos necessitar
C fronteira de S:do aorotacional de um campo
andar na orienta9ao F. Voce
positiva pode com
da curva revera
Para esta se9ao, vamos necessitar do rotacional de um campo F. Voce pode rever
acabe9a
defini9ao de rotacional
na dire9ao em de
e sentido (1 ).N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda.

Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada


a defini9ao de rotacional em (1 ).
Vamos considerar que a supetffcie S seja orientada positivamente e que tenha um
Vamos considerar que14: a supetffcie S Sseja orientada
fronteirapositivamente e que tenha um
campo de vetoresFigura
normais a Superffcie
S. A orienta9aocom positiva deorientada
S induz uma orienta9ao
campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao
positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a
positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a
cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda.
cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda.
Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada
Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada
Fonte: o autor.

Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja
fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um
Fonte: o autor.
campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em
Fonte: o autor.
cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte
Fonte: o autor.
Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja
Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja
fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um
223
fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um
campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em
campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em
cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte
cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte

9 (Stokes). Seja S uma superf{cie


223 orientada, suave po Teorema de Stokes
223
242 UNIDADE V

relariio:
*F · dr = lfs rotF · dS. (21)

Note que, se S1 e S2 sao duas superficies com mesmo bordo C, o valor das integrais
e o mesmo: lfs 1
rotF · dS = lfs
2
rotF · dS.

Fisicamente, se F for o campo de velocidades de um fluido, Pc F · dr mede a


circulac;ao de F em torno da curva fechada C e essa circulac;ao depende da curva
fechada e nao da superficie que a possui como bordo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Exemplo 16

Considere o campo de velocidades dado por F(x,y,z) = (-4y,2z,3x) e suponha


que S seja a parte do paraboloide z = 10- x2 - y 2 acima do plano z = 1.
Vamos usar o teorema de Stokes para calcular a circulac;ao i:F · dr. Note que
a fronteira da superficie e a curva intersecc;ao entre o parabo1oide com o plano
dado, isto e, a curva x2 + y 2 = 9 no plano z = 1. Veja, a seguir, o esboc;o de S e a
fronteira C:
Figura 15: S61ido S e a curva C

Fonte: o autor.

Como F(x,y,z) = (-4y,2z,3x), temos que rot F = (-2,-3,4). A superficie Se


grafico de z = f(x,y) = 10-x2 -y 2 , resulta que N = (- fx,-Jy ,1) = ( 2x,2 y,1)
e um campo de vetores ortogonais a S.
224

CÁLCULO VETORIAL
243

i
Pelo Teorema de Stokes, temos que:

F · dr =f!s rot F · dS
= f!s (-2, -3,4) · (2x,2y, 1) dS

= f!s (-4x-6y+4) dS .

Para calcular a integral de superficie, observamos que a regiao de integra<;ao e


D = {(x,y); .x2 + y :::; 9}. Utilizando coordenadas polares:
2

f!s (-4x-6y+4) dS =
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

iF · dr =

fo2rc la3 (-4rcos 0- 6rsen0+4)rdrd0 = 36 1t .


Escolhendo calcular a integal de linha i F · dr, temos que r(t) = ( 3 cos(t), 3 sen (t), 1),
t E [O, 2 1t] e uma parametriza<;ao da curva fronteira de S. Segue que:
iF · dr = fo2rc F(r(t)). r'(t)dt
fo2rc (-12 sen (t), 2, 9cos(t)) · (-3 sen (t), 3 cos(t), O)dt
fo2rc (36sen (t) + 6cos(t)) dt = 361t.
2

Obtendo, obviamente, o mesmo valor ja calculando usando rotF.

• Exemplo 17

Use o Teorema de Stokes para calcular iF · dr em que F(x,y,z) = (xz,xy,y 2) e


C e a fronteira orientada da superficie que consiste na parte do cilindro z = 4 - x2
no primeiro octante que e delimitada pelos planos coordenados e pelo plano y = 3.
Note que a fronteira de S e composta de diversas curvas e o calculo da integral
de linha flea trabalhoso. Entao, vamos preferir calcular a integral do campo rotF
sobre a superficie.

225

Teorema de Stokes
244 UNIDADE V

Como S e o grafico de z = f(x,y) = 4 -x , temos que N = (-fx,-fy , 1) =


2

(2x,O, 1) e um campo ortogonal de vetores. Vamos precisar de rotF = (2y,x,y).


Veja a seguir, um esbrn;o do s61ido S:

Figura 16: S61ido S e a curva C

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
[0, 2] × [0, 3]:
Fonte: o autor.
‰ ¨
F · dr = rot F · dS
C usar o Teorema
Agora, vamos ¨S de Stokes, observe que a regiao de integrac;ao e
[0,2] X [0,3]: = (2 y, x, y) · (2 x, 0, 1) dS
S
*F ˆ· dr=
2ˆ 3 1fs rotF · dS
= 1fs (2y,x,y) · (2x,O, l)dS
= (4 x y + y) dy dx = 45 .
0 0

Observação 1
= 12 13 (4xy+y)dydx = 45.

Figura 17: 17:


Figura Orientação
Orientac;ao
O Teorema Observac;ao
de Stokes 1ainda vale
0 Teorema
para superfícies comde Stokes ainda vale
buracos,
para superficies com buracos,
desde que cuidemos da orienta-
desde que cuidemos da orien­
ção das curvas que compõem o
tac;ao das curvas que compoem o
bordo. Devemos
bordo. orientar
Devemos a curvaa curva
orientar
de modo que,
de ao caminharmos
modo so-
que, ao caminharmos

bre ela comasobre ela, no


cabeça a supeficie deve per­
sentido da
manecer do nosso lado esquerdo.
normal, a supefície deve permane- Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
cer do nosso lado esquerdo.
226

Relação do CÁLCULO
Teorema de Stokes com o Teorema de Green. Se o campo for
VETORIAL

um campo vetorial plano, F = (M, N), o teorema de Stokes ganha uma versão
245

Rela�ao do Teorema de Stokes com o Teorema de Green. Se o campo for


um campo vetorial plano, F = (M,N), o teorema de Stokes ganha uma versao
chamada de Teorema de Green vetorial.
Note que uma superficie plana tem como campo ortogonal de vetores o n(x,y,z) =
• --c+ dN dM
(0,0, 1) e ass1m, rotF · k = - .
dx dy
Teorema 10 (Teorema de Stokes no piano). Seja F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) um
campo de vetores com componentes M e N tendo derivadas parciais de primeira
ordem contfnuas. Seja C uma curva simples, fechada e suave par partes e D no
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

seu interior. Entiio,

iF ·
• Exemplo 18

Use o Teorema de Stokes no plano para calcular dr, em que


F(x,y) = (Sy, 3x) e Cea elipse 4x 2
+ 9y2 = 1.
Note que
e

fazendo uso do Teorema de Stokes, resulta que

i:F·dr= Jl(3-8)dA=-5 Jl ldA=-5A(D) =-5i,


em que A(D) ea area da regiao elipse D.
0 sinal negativo no resultado da integral, mostra que a circulac;ao do fluido e no
sentido horario.

6 TEOREMA
TEOREMA DA DIVERGENCIA
DA DIVERGÊNCIA DE GAUSS
DE GAUSS
Nesta sec;ao, estudaremos o Teorema da divergencia de Gauss. Esse importante
resultado, estabelece uma igualdade entre uma integral de superficie do campo F
e uma integal tripla do divF sobre s61ido E que tern S como bordo.

227

Teorema da Divergência de Gauss


246 UNIDADE V

A fronteira de um s6lido e uma superficie fechada. 0 teorema mostra que o


fluxo atraves de tais superficies pode ser expresso em termos do divergente do
campo vetorial.
0 conceito de divergente de um campo vetorial pode ser revisto em (1). 0 di­
vergente de um campo de velocidades mede a maneira de como o fluido flui ou
afasta-se de um ponto.

Teorema 11 (Divergencia de Gauss). Seja E uma regiao s6lida do espar;o e S


a superf{cie fronteira de E, orientada positivamente (campo de vetores normais

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
apontando para fora). Seja F um campo de vetores cujas componentes tenham
derivadas parciais de primeira ordem cont{nuas em uma regiao aberta contendo
E. Entao, vale a seguinte igualdade:

<l>s = f!s F · dS = JJL div F dV .


Figura 18: Regiao s61ida Ede superficie S

Fonte: o autor.

• Exemplo 19

1. Determine o fluxo do campo F(x,y,z) = (x-y,y-x,x-y) sobre a esfera


x 2
+y +
2
z2 = 1. Para aplicar o Teorema da divergencia de Gauss, vamos
precisar de divF = ¥f- + � + ¥z = 1 + 1 + 0 = 2. Assim,

<l>p = f!s F · dS = JJL 2dV = 2Vol(S) = St,


228

CÁLCULO VETORIAL
247

em que Vol ( S) e o volume da esfera.

2. Calcule o fluxo ffsF · dS em que o campo F(x,y,z) = (yx2 ,y 2 ,xz) e Se o


cubo no primeiro octante limitado pelos planos x = l ,y = l ,z = 1 e pelos
planos coordenados.

Vamos usar o teorema da divergencia de Gauss:


em que Vol ( S) e o volume da esfera.
<l>p = 1fs lfl
F · dS = divF dV = lfl (2xy+2y+x)dV
2. Calcule o fluxo ffsF · dS em que o campo F(x,y,z) = (yx2 ,y 2 ,xz) e Se o
1 1 1
fo fo fo = 2.x = l ,y = l ,z = 1 e pelos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

cubo no primeiro octante


(2xylimitado pelos planos
+2y+x)dxdydz
planos coordenados.
3. Considere F(x,y,z) = (0,0,z) um campo de velocidades de um fluido e Se
Vamos usar o teorema da divergencia de Gauss:
a esfera x2 + y 2 + z2 = 16. Ache o fluxo de F atraves de S.
<l>p =
A figura a seguir 1fs
exibe a F
esfera lfl lfl
· dS x=2 + y 2 divF
+ z2 =dV1 =e o campo
(2xy+2 y+x)dV
de velocidades
1 1 1
fo fo fo (2xy+2y+x)dxdydz = 2.
F.

Figura 19: A esfera e o campo


3. Considere F(x,y,z) = (0,0,z) um campo de velocidades de um fluido e Se
a esfera x2 + y 2 + z2 = 16. Ache o fluxo de F atraves de S.

A figura a seguir exibe a esfera x2 + y 2 + z2 = 1 e o campo de velocidades


F.

Figura 19: A esfera e o campo

Fonte: o autor.

Fonte:
229 o autor.

Teorema da Divergência de Gauss


248 UNIDADE V

Com div F = 1, pelo Teorema da Divergencia de Gauss, temos:

<l>sf!s F · dS
=

Com div F = 1, pelo TeoremaJJL da Divergencia


divFdV = de = in.
Gauss,
V(E) temos:

= f!spelos
<l>s limitada
4. Seja Ruma regiao F · dS
planos z = 0, z = 3 e pelo cilindro + x2 y
2
=
1. Seja Sa superficie de JJL
R. SedivFdV
F(x,y,z)==V(E) calcule f!s F · dS
= in.
(x,y,z),

A figura ilustra a regiao E:


4. Seja Ruma regiao limitada pelos planos z = 0, z = 3 e pelo cilindro x2 + y2 =
f!s F · dS

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Seja Sa superficie de R. Figura 20: S6lido
Se F(x,y,z) E calcule
= (x,y,z),
A figura ilustra a regiao E:

Figura 20: S6lido E

Fonte: o autor.

Como div F = 3, pelo Teorema da Divergencia de Gauss, temos


Fonte: o autor.
<l>s = f!s F · dS = JJL div FdV = 3 JJL 1dV .
Como div F =desse
0 volume 3, pelo Teorema
cilindro da Divergencia
e igual a 31t, mas de Gauss, temos
e instrutivo usar coordenadas
cilfndricas <l>s f!s
para=calcular a integral:
F · dS = JJL
div FdV = 3
1
JJL3 1dV .
<l>s = 3 ldV = 31 fJL
0 volume desse cilindro e igual a 31t, mas
2rc

fo
fo r usar
e instrutivo
d d d0
z r coordenadas
1
cilfndricas para calcular a3integral: rz drd0=91t .
fo
2rc

1 l:
1
<l>s = 3 fJL ldV = 31
230
2rc

fo fo
3
rdzdrd0
1
31
fo rzl:drd0=91t .
2rc

230
CÁLCULO VETORIAL
cilíndricas para calcular a integral:
˚ ˆ 2π ˆ 1 ˆ 3
249
ΦS = 3 1 dV = 3 r dz dr dθ
R 0 0 0
ˆ 2π ˆ 1 
3
= 3 rz  dr dθ = 9 π .
0 0 0

5. Use o Teorema da Divergencia de Gauss para calcular a integral de superfi­


5. Use o¨Teorema da Divergência de Gauss para calcular a integral de super-

cie
fície lfs
S
F · ·dS,
F dS,em
emque SeSa éfronteira
que da superficie
a fronteira que é que
da superfície o hernisferio superior
é o hemisfério

da Use
5. esfera x2 + y2 +z
o Teorema =4e
da Divergencia
x2 +
de Gauss para calcular a integral de superfi­
2 2 2
superior da esfera 2 y + z = 4 e F(x, y, z) = (x , −2xy, 3zx) .

A figura lfs
cie ilustra
F · dS, em que
o sólido E,:Se a fronteira da superficie que é o hernisferio superior
F(x,y,z) = (x2 , -2xy, 3zx).

A figura ilustra
da esfera x2 +o ys6lido
+z2 E,:
=4e
Figura 21: S61ido
2

F(x,y,z) = (x2E, -2xy, 3zx).


A figura ilustra o s6lido E,:
Figura 21: S61ido E
233
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

X y
Fonte: o autor.
X
Como div F = 3x segue do Teorema
Fonte: o autor. da Divergencia de Gauss que

Como div F = 3x segue do Teorema da Divergencia de Gauss que

p sen <p cos e. p sen <pdpd<pd0


1t

lo !o lo
21t z 2
= 2

3
p sen <p cos 0dpd<pd0 = 0.
1t
= lo
!o lo
21t z 2

p sen <p cos e. p sen <pdpd<pd0


1t 3 2

3 lo !o lo
21t z 2
= 2

3
p sen <p cos 0dpd<pd0 = 0.
1t
= lo
!o loe Teorema de Gauss sao generaliza<;5es
#REFLITA# 21t z 2

Os teorema de Green, Teorema de Stokes


3 2

3
do #REFLITA#
Teorema Fundamental do Calculo?
Fonte: o autor. de Green, Teorema de Stokes e Teorema de Gauss sao generaliza<;5es
Os teorema
do Teorema Fundamental do Calculo?
#REFLITA#

Fonte: o autor.
#REFLITA#

2 1
3 Teorema da Divergência de Gauss

2 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

CÁLCULO VETORIAL
V
UNIDADE
250
251
10. Use o teorema da divergência de Gauss para determinar o fluxo do campo
252
F(x, y, z) = (z, y, x) sobre a esfera x2 + y2 + z2 = 1.

LEITURA COMPLEMENTAR
Sistema de Computação Simbólica – CAS
O progresso científico e computacional trouxe para o ensino e a aprendizagem
da matemática ferramentas, como computadores e softwares de manipulação al-
gébrica, que auxiliam na compreensão de conceitos matemáticos e na resolução
de problemas trabalhosos ou repetitivos. Mas, por outro lado, essas facilidades
podem trazer também a falta de habilidade do aluno em realizar operações mate-
máticas simples e corriqueiras. Como conciliar essas facilidades modernas com
as habilidades necessárias é o objeto de pesquisas e estudos em educação.
Um dos softwares mais conhecidos no trabalho com matemática é o Maple. Foi
desenvolvido nos anos oitenta na Waterloo University (Canadá) e é um software
236
que pode ser usado tanto para o ensino quanto para a pesquisa. Esse é um software
bastante versátil, além de ser uma linguagem de programação, ele também permite
que o usuário o configure para diversas áreas: Matemática, Engenharia, Ciência da
Computação, Estatística, Finanças, Ciência da Informação, Gráficos e Animação.
Existem outros softwares semelhantes ao Maple, como o MatLab, e mesmo gratui-
tos, como o Maxima, que você pode encontrar em <http://maxima.sourceforge.net>.
O estudante e o profissional modernos que utilizam matemática devem saber uti-
lizar um software de manipulação algébrica. Hoje em dia, é uma necessidade e
sugerimos fortemente que dedique algumas horas do tempo no aprendizado de
algum sotware de matemática.
Visite a homepage <www.dma.uem.br/kit> para ver lições de cálculo e material
didático produzido com o Maple.
Fonte: o autor.

MATERIAL COMPLEMENTAR#NA WEB#


O site a seguir oferece vários filmes sobre matemática.
<http://www.rtve.es/alacarta/videos/universo-matematico>

ATIVIDADES DE ESTUDOS
1. rotF(x, y, z) = (−2y − xy, x, yz).
sugerimos fortemente que dedique algumas horas do tempo no aprendizado de
algum sotware de matematica.

MATERIAL COMPLEMENTAR
Visite a homepage: <www.dma.uem.br/kit> para ver li.;;oes de calculo e material
didatico produzido com o Maple.
Fonte: o autor.

MATERIAL COMPLEMENTAR#NA WEB#


0 site a seguir oferece varios filmes sabre matematica.
Disponível em: <http://www.rtve.es/a1acarta/videos/universo-matematico>

234

Material Complementar
254

RefREFERÊNCIAS
erencias Bibliograficas

[1] ANTON, H.; BI VENS, I. ; DAVIS, S. Calculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto


Alegre: Ed. Bookaman, 2007.

[2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome­


try. NJ: Prentice Hall, 1998.

[3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Calculo com Ge­


ometria Analitica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

[4] LEITHOLD, L. 0 Calculo com Geometria Analitica. V. 1 e 2. 3. ed. Sao


Paulo: Ed. Harbra, 1994.

[5] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J.. Vector Calculus. New York: W. H.


Freeman and Company, 1981.

[6] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis.


New York: Springer, 1991.

[7] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo:


Ed. MacGraw-Hill, 1987.

[8] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage


Learning, 2013.

238
255
REFERÊNCIAS
GABARITO

Q(x,
,x, y)) basta
y), Q(x, verificar
y)) basta que Pque
verificar y �=PQ , e,Qassim,
y x�= o o
x , e, assim,

rvativo.
conservativo.
3. Não, se F(x, y) = (P(x, y), Q(x, y)) basta verificar que Py �= Qx , e, assim, o
vo. Basta
rvativo. verificar
Basta
campo nãoque
verificarrotF
podeque 0 e=usar
serrotF
= o teorema
0 e usar
conservativo. o teorema
é f (x, 2 z3 +2 k.3
ncial é y,f (x,
z) = xy=
y, z) xy z + k.
4. Sim, o campo3.3.é3.conservativo.
Não,
Não, 3.se
3.
Não,
se 3.se
F(x, Basta
Não,
F(x,
Não,y)=se
F(x,
Não,
y) se
y) F(x,
F(x,
se F(x,
=(P(x, y)
y)
verificar
y),
(P(x,
= y),
(P(x,y) que
Q(x,
y),
Q(x,
== rotF
Q(x,
y))
(P(x,
(P(x,
= (P(x,y),
y))y),
y))Q(x,
Q(x,
y),
basta
basta
= y))
y))
0Q(x,
everificar
usar
basta y))
verificarobasta
teorema
basta
basta verificar
que
verificar
que yP�=
verificar
que
P yP
verificar
�=QyQ
�=que
xque Q
, e,
que
, xe, P,yyassim,
xP P�=
e,
assim, QQoxQ
x,,oxe,
y assim,
�= �= e, assim,
oassim,
, e, oo o
assim,
um campo
nenhum vetorial
campo G.
vetorialSeG.
5. A sua função campoF 3.
Se
= F
potencial Não,
rotG,
= se
para
rotG,
f pode
é campo F(x,
algum
para
y,ser
z) y)
algum
xy= (P(x,
2 z3 ser y), Q(x, y))
k.conservativo. basta verificar que Py =
� Q x , e, assim, o
campo
campo não
não campo
não
pode
(x,pode
campo não
não
ser pode
pode
ser
não ser
conservativo. conservativo.
conservativo.
pode +ser
conservativo.
= conservativo.
orema 1, div(F)
teorema = div(rotG)
1, div(F) = div(rotG)= 0. campo
=Mas,0. não pode
calcu-
Mas, ser conservativo.
calcu-
=
(F) z5.+=xzz +Não
�=xz é rotacional
0. �= 0. 4.4. 4.Sim, de
Sim, nenhum
Sim,4.ocampo
o4. 4.campo
o campocampo
Sim,
Sim,Sim, vetorial
éooconservativo.
ocampo
écampo
conservativo.
campo
é conservativo. é G.
éé conservativo.SeBasta
conservativo.
Basta
conservativo.
Basta F verificar rotG,
= verificar
verificar Basta
Basta Basta
que para
verificar
verificar
que que algum
rotF rotF
verificar
rotF == que
0que
0e=
que0rotF
erotF
usarusar
erotF
usar
o= 0oe0eteorema
oteorema
= = usar
0teorema
usar
e usaroo teorema
oteorema
teorema
4. Sim, o campo é conservativo. Basta 23xyverificar
3Mas,
2y, que
22zz323 + rotF = 0 e usar o teorema
campo ˆ 1 G, ˆ 1então,5.5. pelo
A5.Asua teorema
sua
A 5.
função
sua
função A
5.A1,
5.funçãoAsua
sua div(F)
sua
potencial função
função
potencial
potencial
função fdiv(rotG)
épotencial
fé(x,
é=potencial y,
z)z)
f (x,
potencial
(x, y, =éé=
y, éff(x,
z)=
xy 2f0.
xy
(x,
= z(x, y,
y,
z+ z)zk.3z)
z)
+ ==k.
+= xy
xy
calcu-
k.xy 3+
z+ k.k.
k.
3 3 2 3
· r (t)dt
r(t))′
· r lando,
′ = =temos
(t)dt 3
6t dt6t= 3
dt .= . 5. A sua função potencial é f (x, y, z) = xy z + k.
0 0
que2 div(F) 2 = z + xz �= 0.
5.5. ˆ5.Não Não Não 5.
é5. 5. Não
Não
érotacional
rotacional
é rotacional
Não ééde érotacional
rotacional
de nenhum
de nenhum
rotacional
nenhum de
de nenhum
nenhum
campo
de
campo campo
nenhum vetorial
vetorial campo
campo
vetorial
campo vetorial
G.G.vetorial
SeG.SeFSe F==
vetorial G.=
FG. Se
G.Se
rotG,
rotG, rotG,
Se FFpara
para F= rotG,
rotG,
=para algum
algum
= para
para
algum
rotG, para algum
algum
algum
1 ˆ 1
que
eta6.une A
que Basta
unea BAcalcular
éa parametrizado
B é parametrizado 5. por Nãor(t) é rotacional
por r(t) de
3teorema 3
nenhum campo vetorial G. Se F = rotG, para algum
campo
campo campo
F(r(t)) G,G, campo
rcampo
G,
′então,
·então, =
então,
campo
(t)dt pelo
= G,
(1
G, G,
pelo=−então,
então,
pelo teorema
então,
(1
teorema
6t − pelo
dtpelo =pelo teorema
1,1,teoremadiv(F)
1,
teorema
.div(F) div(F) =1, 1, div(F)
1,div(F)
div(rotG)
=div(rotG)
= div(rotG)
div(F) === =div(rotG)
div(rotG)
=0. 0.Mas,
0.Mas,
div(rotG)
= Mas,
=
= 0.0.
0.
calcu-
calcu-
= Mas,
Mas,
calcu- calcu-
Mas,calcu-
calcu-
0 0 2
tor(t)
é, =r(t) 3t,t, 2t),t2t),t
+ 3t,t, 1].[0, campo
Agora
1].temos G,
calcule
Agora então,
a que
calcule pelo teorema 1, div(F) = div(rotG) = 0. Mas, calcu-
(1= +(1 ∈lando,
[0,
lando,
∈lando, temos
temos lando,
lando,
lando,
que quetemos
temos
quediv(F) div(F)
div(F)
temos =que za +
que
= div(F)
z= + z xz
div(F)
div(F)
xz + �=xz =0.
�=0.
= �==zz+ 0.
+ z+ xz xzxz�=�=�= 0.0.
0.
35 lando, temos que div(F) z xz 0.
7. 3 . O segmento de reta que une ˆ ˆ1A1ˆa1B é ˆˆ parametrizado ˆ ˆ1 1ˆpor1 r(t)ˆˆ=
t.(t)dt. = + =

ˆ11 1 ˆ (1 −
3 3 3 3 131 1333 3 33 3
t)A + tB,t 6. ∈6.[0,6.1]. Basta
Basta Isto 6.
6.
Basta calcular
calcularr(t)Basta
Basta
é, calcular
6. Basta
= (1 F(r(t))
calcular
calcular F(r(t))
calcular
F(r(t))
+ 3t,t,
ˆ 1· 2t),t ′ ′
F(r(t))
F(r(t))
r· r(t)dt rF(r(t))

·(t)dt
∈(t)dt
=[0, ·r=
=·1]. r·(t)dt
′′
r6t ′
6tdt6t
Agora
(t)dt(t)dt dt
ˆ=
=== 1 .=6t
dt
calcule
= .6t6t.dtdt
adt === .. .
ˆ 1 0 0 0 00 0 ′0 0 0 200203 2 3 22 2
1 1 6. Basta calcular F(r(t)) · r (t)dt = 6t dt = .
x,
e y,f (x,
z) =y,integral
z)=  F(r(t) é uma· ré′ (t)dt.
função
uma potencial
função potencial 0 0 2
x2 + xy207.+7.yz27.+35z352 35
.3 .O 7.
7.
O.segmento
7.O 3535
35
segmento .. O
segmento .Ode segmento
Osegmento
desegmento
retareta
de
reta que que dede
que
une reta
reta
une
de une
reta
A que
Aaque aA
Bque une
Baéune éB une éAAparametrizado
Aaa B
parametrizado
parametrizado aB Béé parametrizado
éparametrizado
porr(t)
por por
parametrizado r(t) r(t)
==(1 por
por por
(1
= −
−(1r(t)
r(t)
r(t)
−= == (1(1
(1 −−

1 3 13 1 3 1 35 33 3
:ho T é:= Tf (B) f
= f (B) − f (A)
− (A) = −
2 = 13 .
− 13 . . O segmento de reta que une A a B é parametrizado por r(t) = (1 −
2 7.
t)At)A +t)AtB,t
+ tB,t
+3tB,t t)A
∈t)A t)A
∈[0, +
+1].
[0,
∈ tB,t
tB,t
1].
[0,
+ tB,t
1].
IstoIsto
∈ 1é,[0,
∈Isto
é,
[0,
[0,
∈ 1].
r(t)r(t)
1]. =Isto
Isto
é,1].r(t) =Isto
(1= (1é,
é,+é, +
(1r(t)
r(t) r(t)
3t,t,3t,t,
+= 2t),t
3t,t,
2t),t
= =(1(1(1 2t),t
++∈+ 3t,t,
3t,t,
3t,t,
∈[0, ∈1].
[0, 2t),t
2t),t
1].
[0,2t),tAgora
1]. ∈Agora
Agora
∈ ∈[0, 1].
1].
calcule
[0,[0, Agora
Agora
calcule Agora calcule
a a calcule
1].calcule a calcule aa a
8. Sim, é conservativo e f (x, ˆ ˆ1y,1ˆz)1=  ˆˆ ˆ11 1 é uma função potencial
t)A + tB,t ∈x′ [0, 2 + 1].
y 2+ Isto z 2′′é,′ r(t) = (1 + 3t,t, 2t),t ∈ [0, 1]. Agora calcule a
integralintegral
integral
integral F(r(t)
integralF(r(t)
integral
F(r(t) ′ ′
(t)dt.··1rr·(t)dt.
F(r(t)
F(r(t)
ˆ · 1r· r(t)dt.r F(r(t)
·(t)dt. r(t)dt.
(t)dt.
1
de F. Assim, o trabalho é:integral 0T 0 = 0 f (B) − 00 0f (A) =′ 2 − 13 .
F(r(t) · r (t)dt.
0
11 1 11 1
9. 184 8.8. 8.Sim,
Sim, 8.éconservativo
é8.
Sim, Sim,
Sim,éé conservativo
é Sim,
8.conservativoéconservativo
conservativo fe(x,
ef (x,
econservativo
y, y,
z)z)
f (x, eez)
y, f(x,
=ef(x,
= y,z)
y,
f (x, z)z)
y, === é éuma uma
é uma éé uma
função
função éuma
função função
função
potencial
uma potencial
funçãopotencial
potencial
potencial potencial
35 .
=
2+ 2+ 2221xz+ 22 + zzé22zuma
Sim, é conservativo e f (x, y, z) =  1 1 11 y1y y+ x
x 2x+ xy22y+ yz22zx 22 + 2+ 2
 
8. + + + função potencial
1= 11 1 11 11 1
F.Assim,
dedeF.de F. de
Assim, F.
oF.
dede Assim,
Assim,
F.
otrabalho
Assim, trabalho
o Assim, é:ooé:T
trabalho otrabalho
Ttrabalho
trabalho
é:
== Tf (B)
= é:
f (B)
é:
f−é:
(B)Tf T=
T− =−
(A)=ff(B)
f (A)= fx=
(B)
(A) 2−
(B)
2+

=2− yff13 f−
2(A)
2(A).(A)
+
13 z=
.132 .=
22 −−
2− 1313
13
26
.. .
4 1 1
10. 3 π. de F. Assim, o trabalho é: T = f (B) − f (A) = 2 − 13 .
184
184184
9.9. 9.184
3535
9..9. 184
. 9.
. 35 184
.. .
3535
35
184
9. 35 .
10. 4 4
10.10.43 π. π.10. 4343π.
10.
3 π.310.
4
π.
3 π.
4
10. 3 π.

238 238

238
256

CONCLUSÃO
CONCLUSAO DO LIVRO
Caro(a) aluno(a), parabens a voce que chegou ate aqui. Foram cinco unidades de
muito conteudo. Ao final deste texto, podemos, agora fazer uma analise sobre o
que foi estudado: curvas parametrizadas, limites, continuidade, deriva<;ao, inte­
grac;ao, calculo vetorial. Foram milenios de trabalho humano para atingirmos o
estagio atual. Muitos foram os obstaculos que tivernos que ultrapassar, alem da
linguagem maternatica, mas o rnaior deles talvez tenha sido dorninar a no<;ao de
limite.
Devernos destacar os resultados e teorernas que desempenharam papeis irnpor­
tantes no nosso estudo. Na parte da continuidade, o teorema de Weiestrass e, sem
duvida, o rnais importante resultado. Ele garante a existencia de maximo e mfn­
imo globais para todas as fun<;6es contfnuas com domfnio limitado e fechado do
JRll .
Na parte da deriva<;ao, a nor;ao de derivada parcial em si, a regra da cadeia e
um resultado muito importante. 0 teste da derivada segunda para classificac;ao
de pontos crfticos e o teorema dos multiplicadores de Lagrange sao importantes
ferramentas para otirnizac;ao de fun<;6es.
o Teorema Fundamental do Calculo e o Teo­
Na parte da integrac;ao, sem duvida, 0
rema de Fubini. Foi devido a esses teoremas que conseguimos calcular integrais
duplas e triplas. 0 teorema de mudan<;a de variaveis e outro importante teorema,
foi utilizando esse teorema que pudemos simplificar o calculo de algumas inte­
grais, duplas e triplas. As mudanr;as de variaveis mais usadas, coordenadas po­
lares, coordenadas cilfndricas e as coordenadas esfericas nos ajudam muito no
trabalho com as integrais.
No calculo vetorial, estudamos os tres teoremas mais importantes: Green, Gauss
e Stokes. Vimos que esses teoremas relacionam integrais de linha e integrais de

236
rema de Fubini. Foi devido a esses teoremas que conseguimos calcular integrais
duplas e triplas. 0 teorema de mudan<;a de variaveis e outro importante teorema,
foi utilizando esse teorema que pudemos simplificar o calculo de algumas inte­ 257
CONCLUSÃO
grais, duplas e triplas. As mudanr;as de variaveis mais usadas, coordenadas po­
lares, coordenadas cilfndricas e as coordenadas esfericas nos ajudam muito no
trabalho com as integrais.
No calculo vetorial, estudamos os tres teoremas mais importantes: Green, Gauss
e Stokes. Vimos que esses teoremas relacionam integrais de linha e integrais de

236

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