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Maldição do sangue

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Pilatos lavando as mãos.

1566-67. Por Tintoretto, atualmente na Scuola Grande di San Rocco, em Veneza.

A maldição de sangue é um evento relatado em Mateus 27:24-25. Após julgar Jesus, Pôncio
Pilatos condena-o à morte, mas antes lava as mãos e afirma que a culpa decorrente deste ato
recairá sobre a população (judeus). A maldição é a famosa frase onde, aparentemente, ocorre
a aceitação da responsabilidade pela morte de Jesus.

“ «O sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos.» (Mateus 27:25) ”

Neste trecho também está o famoso evento conhecido como Pilatos lavando as mãos.

Índice

1 Versões e citações

2 Sobre a maldição

3 Possíveis interpretações

4 Ver também

5 Referências

Versões e citações

"Ιδων δε ο Πιλατος οτι ουδεν ωφελει αλλα μαλλον θορυβος γινεται, λαβων υδωρ απενιψατο
τας χειρας απεναντι του οχλου, λεγων αθωος ειμι απο του αιματος του δικαιου τουτου; υμεις
οψεσθε. Και αποκριθεις πας ο λαος ειπεν, το αιμα αυτου εφ ημας και επι τα τεκνα ημων" -
Original grego.

"Videns autem Pilatus quia nihil proficeret sed magis tumultus fieret, accepta aqua lavit manus
coram populo, dicens innocens ego sum a sanguine iusti huius: vos videritis. Et respondens
universus populus dixit: Sanguis eius super nos et super filios nostros". - Versão latina da
Vulgata.

"Vendo Pilatos que nada conseguia, e que ao contrário o tumulto aumentava, mandando vir
água, lavou as mãos diante da multidão e declarou: Sou inocente deste sangue, isso é lá
convosco. Todo o povo disse: O sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos." - Na
Tradução Brasileira da Bíblia.
Caminho do Calvário, acima, e Pilatos lavando as mãos, abaixo.

1308-11. Por Duccio di Buoninsegna, atualmente no Museo dell'Opera del Duomo, em Siena.

"Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as
mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso. E,
respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos." - Na
Almeida Corrigida e Revisada Fiel.

"Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe
trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: Sou inocente do sangue deste
homem. Isto é lá convosco! E todo o povo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre
nossos filhos!" - Na Bíblia de Jerusalém.

Sobre a maldição

A maldição de fato é entendida como sendo o trecho "το αιμα αυτου εφ ημας και επι τα τεκνα
ημων", que teria uma tradução literal assim: "O sangue dele em nós e nos nascidos de nós".
Como pode ser facilmente percebido, não há um verbo na maldição de sangue original. A
Vulgata mantém isto, mas a maior parte das traduções adiciona algum verbo na sentença,
fazendo transparecer que há uma forma de "desejo" na frase, principalmente de que ocorra a
morte de Jesus. Além disso, a sentença adquire um sentido futuro que permite que ela seja
lida como uma profecia, o que altera uma mera aceitação de responsabilidade - que deveria
ser de Pilatos e expressada pelo "πας ο λαος" do autor - num "inegável testemunho bíblico" da
maldição.

Possíveis interpretações

É possível que Mateus, o autor do evangelho no qual estes versículos aparecem, entendia que
maldição seria um eco irônico de 24 8:, no qual Moisés espirra sangue do sacrifício em seu
povo após ter lido o Livro da Aliança como símbolo de sua ratificação. Interpretado desta
forma, a sentença seria na realidade uma expressão não intencional do desejo de ratificação
da Nova Aliança. Veja também Hebreus 9:11-22.

Outra possibilidade é que o trecho contrasta com os marinheiros pagãos que atiraram Jonas
(que Jesus citou profeticamente em Mateus 12:39-41) no oceano, rogando «Rogamos-te,
Jeová, que não pereçamos por causa da vida deste homem, e que não faças cair sobre nós o
sangue inocente» (Jonas 1:14).

Também é possível que o autor do evangelho tenha compreendido as palavras como um


sendo um eco irônico de Deuteronômio 21:6-9, no qual o código deuteronômico comanda que
os anciãos de uma cidade próxima à de uma onde uma vítima de assassinato foi encontrada
declarem «As nossas mãos não derramaram este sangue, nem os nossos olhos o viram.
Perdoa, ó Jeová, ao teu povo de Israel, que remiste, e não ponhas o sangue inocente no meio
dele.» (Deuteronômio 21:7-8) Na maldição de sangue, os anciãos, de forma similar, deixam a
expiação para o povo que, ironicamente, aceitam a responsabilidade coletiva pela morte de
Jesus. desta forma, a maldição de sangue seria a invocação de uma passagem do código.
Outra explicação é que autor tivesse como objetivo expressar a maldição de sangue como uma
maldição de fato, que teria se realizado com a destruição de Jerusalém em 70 d.C., como
forma de explicar o desastre e para colocar a culpa sobre os movimentos judaicos
concorrentes que levaram as massas à destruição. Vide também João 11:47-50.

Porém, na visão inversa, parece que esta maldição auto-infligida esteja em contradição com
diversas outras passagens do Antigo Testamento (Deuteronômio 24:16, II Reis 14:6, II Crônicas
25:4, Jeremias 31:29-30 e Ezequiel 18:20). Além disso, ela também contradiz a atitude
perdoadora de Jesus em Lucas 23:34 e o arrependimento demonstrado em Atos 2:22-41.

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