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A Ética é a Vida
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«O Padrinho»
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Estrutura do curso
I- Enquadramento valorativo
II- Ética na gestão das organizações
III- Problemas éticos na organização
IV- A Ética na vida real
Site da cadeira
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I- Enquadramento valorativo
Freedom of Speech
Norman Rockwell The Saturday Evening Post, 20/Fev/1943
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O aluno de Sartre 2/5
Compreendia perfeitamente que esta mulher não vivia
senão por ele e que o seu desaparecimento _e talvez
a sua morte_ a mergulharia no desespero. Tinha bem
a consciência que no fundo, concretamente, cada acto
que praticava em favor da mãe era justificável na
medida em que a ajudava a viver; ao passo que cada
acto que praticasse com o objectivo de partir e
combater, seria um acto ambíguo que poderia perder-
se nas areias, não servir para nada. Por exemplo,
partindo para Inglaterra, podia ficar indefinidamente
num campo de prisioneiros espanhol ao passar por
Espanha; ou podia chegar a Inglaterra ou a Argel e
ser metido numa secretária a preencher papéis. (...)
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O aluno de Sartre 4/5
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A Ética do MBA 1/2
Ao jantar com um grupo de estudantes bem-formados
e muito inteligentes de umas melhores universidades
da Califórnia, há pouco tempo, eu repeti uma história,
que se diz ser verdadeira, de um rapaz de dez anos
de uma das zonas mais difíceis de Brooklin. Um dia, a
caminho da escola, ele encontrou uma carteira cheia
de dinheiro e cartões de crédito. E estava tão cheia de
identificação que facilmente se encontraria o seu
dono. Levou-a consigo para a escola e não conseguiu
encontrar ninguém _nenhum professor nem
funcionário_ que lhe dissesse qual seria a “coisa
certa” a fazer com a carteira.
“Nós não te podemos dizer se deves ficar com ela ou
devolvê-la”, disseram eles no essencial, “porque isso
seria impôr-te os nossos valores...
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S. Tomás de
Aquino
(1225-1274)
1- Princípios da Ética
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Actos morais
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O Mal
2- Prática da Ética
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A Virtude é o justo equilíbrio
Virtudes teologais
• Fé (acreditar em Deus)
• Esperança (esperar em Deus)
• Caridade (amar a Deus)
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Virtudes intelectuais
Virtudes morais
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Virtude e Prudência
“No que toca ao fim que é devido, somos
justamente dispostos a ele pela virtude que
aperfeiçoa a parte apetitiva da alma, cujo
objecto é o bem e o fim. Mas, no que toca aos
meios ordenados a esse fim, é preciso que
sejamos directamente preparados por um
hábito da razão(...) Esta virtude é a
prudência. Assim, a prudência é uma virtude
necessária para bem viver”
S.Tomás de Aquino, Summa Theologiae I-II,57,5
3- Decisão Ética
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A Lei Natural
“A lei natural é idêntica para todos nos seus
primeiros princípios gerais, quer segundo a
sua rectidão objectiva, quer segundo o
conhecimento que delas se pode ter.”
S.Tomás de Aquino, Summa Theologiae I-II, 94, 4
Consciência e Livre-Arbítrio
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Bondade dos actos
“Assim, podemos considerar uma quádrupla
bondade da acção humana. Primeiro uma
bondade genérica, que lhe convém enquanto
acção pois, como dissemos, ela tem tanto de
bondade quanto tem de ser. Em segundo lugar,
uma bondade específica, que resulta do seu
objecto apropriado. Em terceiro lugar, uma
bondade que resulta das circunstâncias, que são
como os acidentes do acto. Em quarto lugar,
uma bondade que resulta do fim, como da sua
relação com a causa da bondade”
S.Tomás de Aquino, Summa Theologiae I-II, 18, 4
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Conclusão: Como ser ético
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II- Ética na gestão das organizações
Important Business
Norman Rockwell The Saturday Evening Post cover, 20/Set/1919
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S.Agostinho e o mercador 2/6
Mas dir-me-á o comerciante: «Eu trago de longe as
mercadorias, desde o lugar em que elas são feitas. Para
viver, peço como recompensa do meu trabalho o
excesso de preço em relação ao valor porque as
comprei. Disso hei-de viver, pois está escrito: “o
trabalhador merece o seu salário”. Mas se há mentira,
falso juramento, esse é o meu pecado, não do negócio,
pois se quisesse, poderia negociar sem esse vício. Eu,
comerciante, não passo a minha culpa para o negócio;
pois se minto, sou eu que minto, não o negócio. Poderia
dizer: “comprei-o por tanto e vendo-o por tanto, se te
convém, compra”. Nesse caso, ouvindo os compradores
essa verdade, não seriam repelidos, mas antes
acudiriam todos, pois gostariam mais da minha
fidelidade que da minha mercadoria.
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S.Agostinho e o mercador 4/6
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S.Agostinho e o mercador 6/6
Conclusão
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A busca da ética
1.Querer ser ético
2.Colocar o problema como ele é
Não escamotear elementos relevantes
Não incluir aspectos alheios
Papel da Economia e do Direito
3.Decidir com critério
Quais critérios?
Seguir a consciência formada
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Casos maus Casos bons Casos maus
Intrumentos éticos
• Lei
• Códigos
• Consultores
• Relatórios
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Regras de eleição de S.Inácio de
Loyola
[184] SEGUNDO MODO PARA FAZER
UMA BOA E SÃ ELEIÇÃO
Compreende quatro regras e uma nota (...)
[186] 2º Regra - Pôr diante de mim um homem que
nunca vi nem conheci. E, desejando-lhe eu toda a sua
perfeição, considerar o que eu lhe diria que ele fizesse e
elegesse para maior glória de Deus nosso Senhor, e maior
perfeição de sua alma. Fazendo eu assim mesmo, guardar a
regra que para o outro proponho.
[187] 3º Regra - Considerar como se estivesse em artigo de
morte, a forma e medida que então quereria ter tido no
modo de [fazer] a presente eleição. Regulando-me por ela,
faça [eu] em tudo a minha determinação.
S.Inácio de Loiola (1523) Exercícios Espirituais
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1. Problemas de concorrência
2. Honestidade nos contratos
3. Questões de pessoal
4. Responsabilidade social
1. Problemas de concorrência
The Shiner
Norman Rockwell The Saturday Evening Post cover, 23/Mai/1953
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Cavalheirismo de Marshall 1/3
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Cavalheirismo de Marshall 3/3
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Lei portuguesa da concorrência
Lei nº 19/2012 de 8 de Maio
Artigo 9.º Acordos, práticas concertadas e decisões de associações de
empresas
a) Fixar, de forma direta ou indireta, os preços de compra ou de
venda ou quaisquer outras condições de transação;
b) Limitar ou controlar a produção, a distribuição, o desenvolvimento
técnico ou os investimentos;
c) Repartir os mercados ou as fontes de abastecimento;
d) Aplicar, relativamente a parceiros comerciais, condições desiguais
no caso de prestações equivalentes, colocando -os, por esse facto,
em desvantagem na concorrência;
e) Subordinar a celebração de contratos à aceitação, por parte dos
outros contraentes, de prestações suplementares que, pela sua
natureza ou de acordo com os usos comerciais, não têm ligação
com o objeto desses contratos..
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Lei portuguesa da concorrência
Lei nº 19/2012 de 8 de Maio
Artigo 37.º Notificação prévia
1 — As operações de concentração de empresas estão sujeitas a
notificação prévia quando preencham uma das seguintes
condições:
a) Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce
uma quota igual ou superior a 50 % no mercado nacional de
determinado bem ou serviço, ou numa parte substancial deste;
b) Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce
uma quota igual ou superior a 30 % e inferior a 50 % no
mercado nacional de determinado bem ou serviço, ou numa
parte substancial deste, desde que o volume de negócios
realizado individualmente em Portugal, no último exercício, por
pelo menos duas das empresas que participam na operação de
concentração seja superior a cinco milhões de euros, líquidos
dos impostos com estes diretamente relacionados;
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Publicidade enganosa
Publicidade enganosa
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Publicidade enganosa
Publicidade enganosa
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Publicidade degradante
Publicidade degradante
31
Publicidade degradante
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Lei Portuguesa da Publicidade
Decreto-Lei n.º 330/90 de 23 de Outubro
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Honestidade nos contratos
• Serviço a clientes
• Tratamento de fornecedores e
investidores
• Corrupção
• Impostos e falências
Corrupção
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Oskar Schindler
(1908-1974)
3. Questões de pessoal
Barbershop Quartet
Norman Rockwell The Saturday Evening Post cover, 26/Set/1936
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A liderança de Alexandre 1/3
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A liderança de Alexandre 3/3
4. Responsabilidade social
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«Connosco»
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Controvérsia de Brent Spar 2/2
Triple Self-Portrait
Norman Rockwell The Saturday Evening Post cover, 13/Fev/1960
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A Catedral de S.Luís
Um dia, o rei Luís IX, S.Luís de França, visitou
as obras da catedral de Chartres, em
reconstrução depois do seu incêndio em
1194 causado por um raio. O rei, passeando pela
construção, ia perguntando a cada um o que estava a
fazer. As respostas foram várias. Um carpinteiro
afirmou-lhe que estava a fazer um dos bancos da
nave central; um pedreiro lamentou-se que estava a
trabalhar para ganhar a vida e dar de comer aos
filhos; um escultor, apontando para um capitel a que
dava os últimos retoques, explicou que estava a
seguir as novas regras da arte gótica, criando uma
linha decorativa revolucionária. Depois de perguntar
a muita gente, e ter recebido respostas variadas, o
rei encontrou, num canto escuro, um velhinho
curvado varrendo aparas de madeira. Quando o rei
lhe perguntou o que estava a fazer, o velho
respondeu: "Estou a construir uma catedral !".
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