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Joseph

* Uma das coisas que eu havia acostumado a fazer nos domingos de manhã era ir até o parque
e observar a diversão das famílias ali, pensando em como teria sido se eu tivesse tido a chance
de envelhecer ao lado de outra pessoa. Hoje porém, por algum motivo, uma sensação de
haver algo errado me preenche com um medo primordial. Eu apenas havia sentido isso uma
vez e foi quando os lobos mataram meus pais. A minha frente haviam apenas as famílias felizes
brincando, ao redor não havia nada. Ou pelo menos era o que eu pensava. Assim que eu virei
algo atingiu minha nuca e tudo ficou negro.

_Horas depois_

_O que aconteceu?_ - pensei abrindo os olhos, sentindo uma sede que queima as minhas
entranhas. Focar em alguma coisa é um esforço tão grande que depois de um tempo deixa de
ser importante. Tentei levantar e uma dor intensa me fez ranger os dentes. Há tubos
vermelhos saindo de mim, levando a vida consigo. Escuto engrenagens, alguns corações fortes
distante. Perto haviam passos, mas havia uma sensação estranha de familiaridade me
preenche. _Eles são vampiros..._, pensei comigo mesmo. As conversas comuns de besteiras
diárias me dá um calafrio. _Mas não ir ao ajudar..._

* aos poucos meus olhos focavam no que estava acontecendo. Estavam pegando o sangue que
nos mantinha vivos para alguma coisa; deixando apenas essa fraqueza debilitante que começa
a consumir o próprio corpo atrás de nutrientes. As máquinas só me revelam o que eu já sei: há
muitos outros ali. Suas vozes, eram pequenos sussurros baixos em comparação aquelas
conversas entre as criaturas que nos mantém ali.

_O que eu fiz de errado para estar aqui?_, pensei levantando a cabeça com muito esforço.
Tudo parecia requerer um esforço extra, uma energia que eu não tenho em mim.

* os outros pareciam desacordados, pelo menos eu acho. Não entendo como algo assim podia
ser possível; _Estávamos em guerra? Quando foi que a perdemos?_ Tento me lembrar de ter
ouvido sobre algo, mas não havia nada em minha mente.

Local: Abatedouro

Raça: vampiro

Contagem: 01

Cena: evento, cena 01/02

Joseph

* Ao chegar no fim da esteira, removeram aqueles tubos do meu corpo, empurrando em


direção a enorme fila que havia ali. Cai vários passos da fila, a fraqueza ligada a remoção de
quase todo o volume de sangue que havia em minhas veias me fez querer ficar no chão.

- _Levanta._

* uma bota de couro me acerta no estômago, seguido de outras que me acertam nas costas e
pernas. Eles nem mesmo estavam me dando tempo para tentar me levantar.
- _Anda parasita. Levanta._

* deram mais uns chutes antes de se afastar, rindo. Com muito esforço, consigo levantar.
Todos os meus músculos pedem para que eu ficasse no chão, mas não havia uma escolha.
Iriam me bater até eu apagar, não sinto que demoraria muito. Alguns passos foram dados na
fila e um dos guardas davam chutes e batiam cassetetes em alguns da fila. Uns rosnados
misturados as risadas anunciavam o que eu já sabia: _Lobos_. Levantei o olhar para ver onde
estávamos indo e um cassetete me acertou antes que eu o tivesse visto.

- _Ta olhando o que sanguessuga?_

*a minha falta de resposta me rendeu um murro e um bando de risadas da parte de nossos


carcereiros. Ao final da fila, pareciam distribuir algo com um conta gotas. Aquilo me fez sentir
um calafrio. Eu sei o que é aquilo. Quando me mandaram abrir a boca eu o fiz e uma gota de
sangue foi pingada em minha língua. Não consigo conter a reação de minhas presas, ali havia
sangue e eu preciso muito. Ambas se estenderam, famintas por mais sangue. O que me rendeu
um chute para fora da fila.

- _"O suficiente para continuar vivo, mas muito pouco para ser forte."_

* um outro me bateu novamente, me jogando contra a parede. Percebi que mesmo que
estivessem me batendo, tomavam o cuidado de não machucar nenhum osso. Um sangramento
interno iria acabar com o que quer que estivessem fazendo com o sangue.

- _Acha que vai fazer o que com esses dentes?_

* outra pancada deixa minha visão turva, o senso de equilíbrio e direção deram uma viagem na
terra do nunca e eu cai assim que me soltaram. Levantei apoiando na parede, todo meu corpo
está dolorido. Escuto mais ofensas vindas da fila, gritos e choros e uma parte de mim se
desassocia daquilo. O cansaço me domina, assim como a sede e a dor. Eu só queria acordar e
ver que ainda estou na minha cama.

Local: Abatedouro

Raça: vampiro

Contagem: 02

Cena: Evento cena 02/02

Joseph

*Mal havia ficado de pé e um dos guardas gritou para alguém que eu não conseguia ver.

- "Os vampiros já se deleitaram com sangue, hora da desinfetação!"

_Desinfetação?_, pensei olhando para os guardas cansado. Meu estômago faz tanto barulho
que um dos guardas esta rindo todas as vezes que o barulho era mais alto que o anterior.
Fomos divididos em dois grupos, o meu ficou parado a frente de uma porta com uma inscrição.
- O general quer falar com vocês, apresentar as nossas instalações e quem sabe... achar uma
utilidade para sanguessugas inúteis.

* O guarda bateu na porta e a mesma abriu, revelando um escritório com mapas, vários papéis
e um lobo tão alto que cobria quase toda a visão da sala. Este logo saiu da frente, revelando
um homem baixo, vestido de general. O mesmo olhou cada um com uma expressão de
satisfação e nojo.

- _Espero que gostem das nossas instalações._-dissera o general, olhando o guarda que nos
trouxe aqui e sinalizando para o mesmo nos conduzir para onde ele queria. - _Estas salas que
irei lhes mostrar agora são as nossas instalações para reabilitar sanguessugas inúteis como
vocês._

-Ou nos matar. -comentei seguindo, cada passo mais excruciante que o anterior.

- _Acontece. Não temos por que pegar leve com sugadores de vida como vocês._ - deu
ombros, parando a frente de uma porta. - _Todos vocês são a escória, a sujeira da sociedade.
O único conhecimento que tem e passam para frente é a destruição de outros. Sendo assim,
devem se igualar a elas._

* atrás da porta Se ouvem gritos de agonia, pedidos de ajuda misturados a risadas e barulhos
de eletricidade. Olhar aquela porta me deu calafrios.

- Nem todos nós são homicidas escritos sabia?

* os lobos pararam de andar e se viraram para mim, as risadas se tornando mais altas e cheias
de deboche. O líder se aproximou, estendendo a mão para pegar um dos bastões e me acertar
na canela, me derrubando. A dor de apanhar novamente e não ter sangue para reparar todas
as feridas só me faz ter mais volta de de ficar no chão.

- _Nao lembro de ter dado permissão para falar._- meu gemido de dor o deixou bem intrigado.
- _Levante, sanguessuga. Ou está porta será a sua parada._

*escolho no chão, cobrindo minha cabeça com as mãos. Os outros guardas aproveitaram a
deixa para começar a se aproveitar da situação. Uns estavam apostando em qual sala iríamos
cair. Outros chutam vampiros mais próximos.

- _Levantem-no_.- dissera o general.

* dois lobos me puxaram pelos braços e cabelos até que eu estava de pé novamente.o general
se aproximou de mim,com um olhar de quem já fez sua escolha. Continuamos andando pelos
corredores, até chegarmos a outra porta.

- _Continuando... a segunda sala é o local onde vocês permanecerão imobilizados e vendados


enquanto nossos convidados pagantes se divertem da maneira que lhes for conveniente._

* não gosto muito dessa sala, por algum motivo sinto que ela vai levar de mim muito mais que
a privação sensorial. Os gritos daquela sala eram estranhos e confusos. Continuamos pelo
corredor cinza imundo até uma terceira porta. Risadas e batidas de copos podem ser ouvidos.

- _Aqui, apenas os mais sortudos de vocês ficam. Estarão fazendo todo o serviço para entreter
e deixar o público feliz._
*seguimos até o final do corredor, ali haviam correntes batendo e pulando em nossa direção,
mandíbulas se fechando e abrindo novamente. O fedor deste lugar é tão forte e incômodo que
eu tenho de desviar meu olhar da porta.

- _Aqui, estão aqueles que não conseguiram se tornar úteis e persistiram em seus vícios de
sugar vidas alheias. Todos que vem para cá é para morrer._

-Melhor do que servir a covardes. Nos pegando na encolha e nos deixando famintos.

* os lobos mais próximos me seguraram, enquanto o menor tirou o cinto e acertou minhas
costas 10 vezes. As minhas costas pulsam com a força usada e os vergalhões que se formavam.

Local: abatedouro

Raça:vampiro

Contagem : 03

Cena: evento parte 2 cena 01/02

: Joseph

* o homem baixo se aproximou de mim; mantendo uma distância segura para não ser
mordido. Não que eu tivesse consciência de ter tentado o morder, foi instintivo.

¬¬¬¬¬¬¬¬¬- ¬_Acho que vai gostar da nossa primeira sala, parasita_.- seu tom de voz parece
ser completamente de quem está adorando aquela oportunidade e que o faria ele mesmo. -
_Não pense que não notei sua reação com a sala dois. Eu notei, sanguessuga. E isso me intriga.
Por que um sanguessuga que reage a dor como um humano está com medo da sala dois?_

*fechei os olhos, virando a cabeça para o lado contrário. Eu jamais admitiria ao inimigo o
porquê de não querer ir para a sala dois. Não importa o que façam. ¬¬ Não iria dizer a eles o
que eu mais temia não era ficar na sala dois, extremamente vulnerável. Mas sim do que
poderia acontecer enquanto eu estivesse por la.

- _Vamos arrancar a resposta dele, não se preocupe senhor._

*os guardas me levaram de volta a sala um, atrás de mim posso ouvir os gritos de dor de
alguns vampiros que entraram por si só na quarta sala. Pude ver um braço esquelético
puxando um vampiro aterrorizado para dentro, os gritos que se seguiram me acompanharam
até a sala um.

_De volta a sala um._

* Assim que a porta abriu e a luz UV tocou minha pele foi a pior sensação possível. Parecia que
minha pele estava pegando fogo de dentro para fora. Fui levado para uma mesa com vários
objetos pendurados na parede que cheiram a diferentes vampiros. Minhas presas se estendem
de raiva ainda que eu não tenha forças nem para ficar em pé. Um deles fez um barulho com a
boca, balançando a cabeça.
- _Esta na hora de nos livrarmos desses dentes irritantes._

* dissera uma voz tranquila, pegando um alicate. Os outros lobos me seguram imóvel,
enquanto o dono do alicate remove minhas presas com um puxão forte. A dor de perder algo
tão necessário é tão forte que em um impulso de força tento me levantar, gritando fora de
controle. Tudo que consegui foi ser empurrado contra a superfície com mais força, sentindo
uma dor excruciante. Ouvi um chicote metálico fazendo barulho no ar, acertando nas minhas
costas com força. Minha mente ainda está meio chocada por perder as presa, as primeiras
chicotadas não são nada alem de leves arranhões. A pessoa que me batia começou a girar,
acertando braços, pernas e tronco. Quando as feridas nas minhas costas começam a arder e
meu precioso sangue me abandonar com uma velocidade alarmante, eu sinto o chicote contra
minha pele sendo cortada violentamente. A falta de sangue faz aquelas novas feridas arderam
e causar mais dor ainda, minhas veias pulsando querendo qualquer gota que eu pudesse
manter em meu corpo. Posso sentir a morte ali, há um palmo de distância. Meu sangue faz
uma poça pequena abaixo de meu corpo, à sensação de estar faminto e sendo consumido vivo
causa uma dor excruciante e constante. E foi então que ele começou a conectar dentro das
feridas objetos de metal, a dor estava se tornando uma segunda camada de pele. O pior de
todos foi os que colocaram onde estavam minhas presas. Então senti a água contra meu corpo,
um arrepio preenche todo o meu corpo ao perceber o que aconteceria. Eles se afastam e
giram uma alavanca e eu quase me arrependo de não ter dito o que queriam.

*Assim que a eletricidade atingiu o metal que colocaram em mim foi como se eu tivesse
tomado um raio por todo o meu corpo, só que muito pior. A água tornava a dor ainda, mas
forte, todos os meus músculos tremiam em sinais confusos e aleatórios. A dor de sentir a
eletricidade correndo por minhas veias faz os músculos se recusar a mover, a eletricidade
zanzando em meu cérebro foi tão forte que mal consigo registrar a dor de sentir o metal
conduzir a energia das feridas aos meus ossos do faz com que meu corpo se sacuda ainda mais
dentro da água. A dor é tão grande que chega a um ponto que não tenho mais voz, meus
músculos pareciam prestes a cozinhar. Várias queimaduras por todos os locais onde o metal
faz contato comigo se alastram a dor muito além do que eu já havia sentido na vida. Não
consigo registrar, mas todos ali estavam rindo das minhas reações e gritos, ate que não havia
mais voz da minha parte.

- _Merda, achei que esse ia durar mais..._- resmungou um deles, batendo em algo macio.
Como a própria perna.

- _Aposta é aposta._ - outra voz diz, rindo. - _Quer apostar quanto tempo ele dura antes de
apagar?_

- _Você me conhece. O dobro ou nada._

*risadas foram ouvidas, como se todos estivessem no mesmo clima de diversão e apostas.
Então alguém fez um barulho de silencio e todas as vozes estivessem sido silenciadas.

- _Acho que ele está pronto para nos dizer._

*tento mover meu corpo, a dor foi tão forte que eu sequer consigo concluir o pensamento
para permanecer imóvel. A eletricidade faz meu corpo se mover constantemente, o que me
faz afundar na água. Ainda que eu não precisasse tanto respirar, a entrada de água em meus
pulmões causa uma sensação tão forte de afogamento que eu nem mesmo consigo pensar
direito. Tento sair de dentro do tanque e a dor se alastra por cada músculo, mas meu cérebro
não registra a dor, respirar se torna a prioridade. Ainda que a eletricidade tenha confundido os
receptores de informação e as pontadas de dor se tornam marteladas contra os meus
músculos, meus pulmões gritam por ar. Outros objetos de metal foram presos pelo meu corpo,
eu não tenho forças nem para abrir os olhos, a sensação de estar se afogando em junção a
falta de energia súbita o fez cair de novo na água. A exaustão pela perda constante de sangue,
a falta de alimento e a dor me deixam num estado que não sinto vontade de me mover
novamente.

*Depois que terminaram de acrescentar mais objetos metálicos nos cortes; se afastaram de
mim e ligaram a máquina novamente. Meu corpo se inclinou, gritando sem voz. A dor da
eletricidade passando pelo meu corpo é tão intensa que minha mente não registra mais estar
conectada ao corpo, a água preenchia tudo, tornava o mundo ao redor negro. Ainda que, para
eles isso não fosse nada. A eletricidade continua correndo por meu corpo e os gritos que
deveriam sair por minha boca não são nada alem de tentativas vãs de usar a voz.

Local: abatedouro

Raça: vampiro

Contagem : 04

Cena: evento parte 2, cena 02/02

: Joseph

* Acordo muito tempo depois, dois guardas me arrastam da sala 1 para o lado de fora. Fecho
os olhos por um instante, inspirando fundo o cheiro "fresco" de floresta molhada. Há muito
tempo minha mente deixou de focar no que eu nao posso responder e passou a ficar um bom
tempo em algum lugar separado, deitado na grama com alguém fazendo cafunés em meus
cabelos. Os guardas me jogam contra a lama sem cerimônia alguma, me trazendo de volta ao
que havia se tornado o "normal". Um deles se levantou e começou a falar, aos poucos me
coloco de pé limpando o rosto.

- "E agora a corrida começará, escolham suas armas e mostrem as suas performances, a plateia
dará seus pontos, seus esforços cegos serão contados... opa, não quis tocar no ponto fraco..."

*mal o lobo líder terminou de falar e dois guardas seguram meus braços, os amarrando com
força. Um terceiro aparece com uma faca velha e tento me soltar, mas minha força agora é
semelhante a um humano. Ele cravou a mesma em meus olhos, a dor de perder a única coisa
que me tranquilizava, faz com que instintivamente tente morder o mais próximo de mim. O
que me rendeu uma ameaça sussurrada. _Vai ver só depois._ Não ver o que está ao meu redor
me deixa desnorteado, a dor de perder a visao me deixa tonto. Ainda que não tenha nada em
meu estômago, sinto que estou vomitando algo. Os lobos nos empurram na lama de novo,
mas desta vez em vez de levantar, deixo o frio daquela lama acalmar o meu estômago.
Começou a chover, os guardas continuaram a nos cegar um por um e logo em seguida uma voz
grita em algum lugar a esquerda:

- "Levanta seu sanguessuga miserável todos estão esperando! Corre agora!"

*me forço a ficar de pé, inspirando fundo. A chuva torna tudo bem mais difícil e escorregadio.
Uso esse instante inspirando para capturar o máximo de aromas, mantendo a cabeça baixa e
os ouvidos atentos aos lobos. Chutes vem de todos os lados enquando estou me levantando.
Algo me coloca de pé. É estranho ser movido para o nada, sentir o chão tocar meus pés e não
saber se vou cair ou acertar uma parede. Concentrando no som que a água faz ao acertar o
chão, começo a me afastar para dentro da floresta. _Como algo assim poderia ter acontecido
por tanto tempo e ninguém descobriu esse lugar?_

Local: Lado de fora, ~abatedouro~

Raça: vampiro

Contagem: 5

Cena: Evento, etapa 3 cena 01/02

15/01/18, 17:10 - Ruas: Joseph

* Aos poucos, os sons "revelam" um caminho seguro para seguir por, um do qual não aceitaria
as árvores de cara. Tropecei em uma raiz imensa, quase caindo de encontro ao chão. Uma
coisa macia anteveio a queda. Pelo aroma, percebo ser outro vampiro, mas ele não parecia
estar muito bem. _Algum de nós está?_ Escuto sua voz irônica em minha mente, me
empurrando para o lado. Rolei pela lama, usando o que eu acho ser uma árvore para ficar de
pé. A chuva diminui e com ela o dia começa a nascer. Os latidos estão a certa distância, como
se eles tivessem nos dado uma vantagem inicial. Começo a correr para frente, fazendo o que
acho ser um zigue zague, esbarrando em árvores e arbustos de vez em quando. A luz
certamente é um problema; uma parte de mim queria apenas acabar com tudo aquilo é deixar
o sol me levar, aí minha mente se lembra de Skyler e meu corpo se move sozinho para a parte
mais escura. Rolei mais na lama, para criar uma camada protetora entre a minha pele e o sol q
duraria míseros segundos. Mas que poderiam ajudar em alguma situação. Corri um pouco em
círculos, evitando a luz solar ao máximo, ainda que isso causasse inúmeros tropeços e sons de
galhos quebrando. Alguns animais pareciam assustados com a energia faminta que emano,
alguns porém tentam puxar briga. Ignoro-os procurando um local seguro da luz.

* correndo para o nada, deixei que os sons e o calor assassino do sol me indicassem onde era
seguro passar. Fazendo uma curva perto do rio, parecia-me haver 3 opções de caminho a se
seguir, mas não faço a mínima ideia de qual deles devo seguir. Sei que perto de rios costumam
haver cavernas, mas os lobos também sabem disso. Deixei os sons e o aroma me guiarem para
o *caminho 2*, onde com muitos galhos quebrados e escorregões eu cheguei a algum local
mais frio e escuro. Pela falta de mudança de percepção de iluminação, parecia ser escuro o
suficiente; mas não tenho pressa alguma de descobrir o que há aqui. Batendo em algumas
árvores e pedras, continuo correndo e me afastando ainda mais.

Local: floresta

Raça: vampiro

Cena: evento, etapa 3, cena 02/02

Contagem: 06
Joseph

*Aos poucos o cheiro de terra molhada se foi, em seu lugar grama recém cortada preenche
minhas narinas. Tudo ficou tão assustadoramente quieto que até mesmo minha visão voltou,
toda borrada; vários cenários alternativos. Um onde eu estava seguro em Riverpool; outros
onde eu corri e escapei; outros onde eu morri na fuga; um onde eu nunca havia sido
transformado e tinha realizado meu sonho de ter filhos e família. A euforia de ver que em
algum universo eu realizo meu sonho me preenche com uma euforia indescritível. Que passou
assim que dei de cara com uma árvore.

* Outros aromas também estão por ali, animais e plantas sendo a minoria. Uma dor começa a
martelar em minha cabeça, como se alguém estivesse pregando algo diretamente no meu
cérebro. De repente, aquela alegria de sentir o aroma fresco foi substituído com a visão
sinistra de várias pessoas do passado. Algumas delas nem mesmo pensava vais.

- _Joseph... vem conosco._ -murmura uma voz, um vulto apareceu a minha esquerda.

- _Por aquele caminho, anda._-diz outro vulto apontando um caminho diferente.

- _Olha só pra ele... que inútil. Nem consegue escolher um caminho_ -diz outra voz, rindo de
mim.

- _Tao inútil_

- _Tem_ certeza de que é um vampiro?_

*as vozes continuam a repetir todas ao mesmo tempo, se antes eu estava andando feliz, agora
eu estou correndo em pânico. A dor um componente crescente; minha cabeça foi tanto que
parece que vai explodir. As vozes continuam falando cada vez mais alto.

- _Tão idiota... olha só para ele._

- _VAI POR ALI... OLHA._ -diz uma tentando me ajudar, mas eu acabei tropeçando em raízes e
arranhando meu corpo em alguma coisa.

- _NAO... VEM PRA CÁ!_- gritou outra, a segui e acabei machucando meu ombro ao esbarrar
em uma árvore que surgiu do nada e eu bati com tudo de encontro com ela.

- _Eu sinto *nojo* de você.- murmura outra voz, com total desdém.

*quanto mais eu corro, mais alta as vozes ficam. Minha cabeça parece que vai explodir, acabei
caindo de cara no chão. Ao levantar, um tecido pegou o canto da sua visão. Uma mão lhe foi
estendida e ele a pegou, olhando para a dona da mesma. _Hanna_. Embora tudo ao redor
estivesse ficando piscando e girando.

_-Vai passar muito tempo aí Joseph?_ - dissera rindo. - _Por que não vem aqui me dar um
beijo...?_

*ao levantar, olhei para ela notando sua face derreter e ficar apenas uma caveira cheia de
bichos passeando por seu rosto. Afasto-me dela, a mesma vem em minha direção com os
braços abertos, seu vestido virando trapos rasgados quando seu esqueleto vem atrás de mim.
Tudo ao meu redor pisca em tons de preto, verde, vermelho e azul tornando impossível ver um
caminho até ser tarde demais.
- _Não precisa fugir dela Joseph._- meu pai dissera, sua aparência de quando eu o vi pela
última vez. Sua cabeça meio arrancada por uma mordida de lobisomem, seus braços
quebrados e meio comidos, suas roupas esfarrapadas pelas garras dos lobos que o matou. -
_Sempre a quis como esposa... para que está fugindo do compromisso agora?_

- _JOSEPH! VEM CÁ MEU AMOR..._ -gritou uma voz completamente desfigurada, usando as
roupas de Hanna.

- _Por que não vai até ela logo?_ - uma voz sussurra em meu ouvido.

- _Basta ir por aquele caminho._-diz outra voz, perto da sua outra orelha.

- _Vai ser rápido e indolor, por que não atravessa aquele arbusto?_ - sugeriu uma voz infantil.

- _ANDA LOGO_- dissera uma voz autoritária, demandando que eu faça o que ela diz.

- _JOSEPH!_-varias vozes familiares me chamam.

*quanto mais eu corro para fugir das vozes e dos cadáveres que falam comigo, mais difícil fica,
as árvores antes verdes estão agora completamente podres e destruídas, completamente
decadentes. Ao meu redor há uma mistura de animais grandes e mortos com o futum de
cadáveres, tudo fica mais e mais escuro. Apesar de que quando me aproximo tudo pisca em
varias cores tornado impossível identificar um alvo. Posso ouvir uma respiração atrás de mim,
como se a cada queda ela ficasse mais próxima. E uma risada enlouquecedora, junta a marreta
que parece quebrar cada pensamento são, o aroma de cadáver e sangue fresco ao meu redor,
as árvores que parecem estar se estendendo para me fazer tropeçar de proposito; todo o meu
corpo dói de correr sem necessidade, algo dentro de mim diz que se eu parar de correr um
deles vai me pegar e é o fim. Corri nas direções contrárias, vendo mais corpos e pessoas
mortas simplesmente pela minha presença em suas vidas e isso me enlouquece. Corri em
direção a respiração que vinha logo acima de mim, a dor tornando tão difícil de rastrear, as
vozes todas ao mesmo tempo, zombam de mim. Algumas são risadas macabras, outras apenas
dizem:

- _VAMOS LÁ! FAÇA!_ - uma voz grave me pedia pela milésima vez, repetindo de novo e de
novo.

- _OLHA SÓ PRA ELE... TÃO ESTUPIDO_- dissera uma outra mais sussurrada, como se estivesse
a milímetros da minha orelha, repetindo de novo e de novo.

- _VAMOS , FAÇA!_-outra voz me desafia, com tanto desdém e superioridade que as


anteriores, repetindo de novo e de novo.

- _INUTIL_- esta voz era uma voz feminina; que repetia com um tom de chacota.

- _Olha lá! TÃO IDIOTA_- esta voz era masculina, sua voz mais lenta e arrastada em clara
provocação.

- _SEM VALOR_- esta voz era a de uma mãe negando a reconhecer o filho, que repetia sobre
as outras.

- _Vai me ignorar assim Joseph? EU TE AMO!_- a voz de Hanna se juntou as outras, em um


desespero crescente.

- _Vampiro inútil... para isso que eu te criei?_- a voz do meu pai dizia de novo e de novo, o seu
tom de decepção e arrependimento.
- _SERA QUE ELE É? OLHA PRA ELE, É TÃO INÚTIL!_ -outra voz masculina disse em dúvida,
repetindo sua pergunta como se está fosse a única pergunta importante.

- _```Que nojo! Olha pra esse bastardo. Tão inútil. Nojento! Imundo!_``` - uma voz feminina e
arrogante, cheia de superioridade fica repetindo constantemente.

- _POR QUE NÃO SE MATA? TÃO INUTIL_- grita um voz sussurrada, sem se importar, repetindo
de novo e de novo junto as outras vozes.

- _VEM PRA MIM JOSEPH! EU TE AMO... EU TE AMO..._ - Hanna grita com desespero, como se
eu não tivesse ouvindo sua voz pedir pra mim escolher ela de novo e de novo.

- _Quem vai te amar? Ninguém te ama. Por que não aceita?_ - essa era a pior voz de todas,
sussurrando com tanta certeza é convicção que misturada as outras, nem mesmo parece vir de
uma pessoa.

*Hanna grita junto com as outras vozes, era um couro tão difícil de ignorar, não consigo
silencia-las mesmo tapando meus ouvidos. Parecem estar todas dentro da minha cabeça ao
mesmo tempo que ao virar um caminho eu bati de cara com uma árvore e acabei perdendo as
forças; as vozes me enchiam de perguntas enquanto a minha consciência me abandonava. A
última coisa que eu vi foi o rosto de Skyler me encarando com um sorriso de bochechas
vermelhas, seus braços envolvem meu rosto e suas palavras ecoaram na minha mente por
muito tempo depois que a inconsciência me levou.

- _Vai ficar tudo bem, Joseph._

Cena: fechada

Local: floresta do evento, caminho 2

Núcleo: Riverpool, Austrália.

Raça: vampiro

Contagem: 7

Evento parte 3, cena 01/03

Joseph
*Acordei muitas horas depois, podendo ver novamente. Minhas feridas haviam sido
curadas, porém ainda me sinto tão cansado que nem mesmo quero levantar. Pouco
tempo depois; um lobo aparece me levando para a floresta. Meu ouvido dói todas as
vezes que tento ouvir algo distante de nós. Vários outros vampiros estavam ali também,
uns cortando a madeira e outros carregando a madeira para dentro. Depois de um tempo
os grupos revezavam. Quem falhava em cumprir sua parte era carregado para longe e
depois não aparecia mais. Vi que muitos rostos novos apareciam no decorrer da semana.
*uma coisa que me incomoda bastante é que alguns dos que ainda estão de pé estavam
passando tanto mal que eles desistiam e ele em levados. Gritos são ouvidos todos os
dias. Eles ainda me torturam para descobrir o que eu não disse a eles, mas naquele ponto
eu simplesmente me escondo em minha própria mente e me mantenho mudo. Minhas
presas haviam crescido um pouco, algo que não passou despercebido pelo lobo que me
torturava.
*nos fins de semana, os lobos simplesmente nos faziam limpar galpões ou lavar e
estender roupas. Num desses dias, ouvi o aviso de Axel para ficarmos unidos que
iríamos todos escapar juntos. Que iríamos ter nossas habilidades e que neste momento
era melhor escapamos como uma equipe, ou não iríamos conseguir sair.

Cena: fechada
Local: abatedouro
Raça:vampiro
Nucleo: Riverpool
Contagem: 8
Evento; etapa 3 cena 02/03
Joseph

*No horário combinado, aquela energia que nos deixava fracos e inúteis havia sumido. Axel
começou a falar a estratégia para sair dali; mas muitos dos vampiros que estavam perto de
mim simplesmente foram com tudo para atacar e destruir os lobos. Eu deixei a intangibilidade
ser completamente ativada e passei pelas paredes; usando minha velocidade para correr para
longe dali. Não me importo com a batalha ocorrendo atrás de mim, pessoalmente não tenho
condições nenhuma de participar e permanecer são para escapar. Meu corpo quer sangue,
minha mente quer vingança e eu não tenho energia para me vingar daqueles lobos sem noção.

*Ao tomar certa distância, percebi que não sou o único correndo para longe, outros vampiros
também tomam distância, alguns tropeçando, outros sendo ajudados. _Tao magros_;pensei
enquanto corria. Ajudo outro vampiro que havia caído e não conseguia mais levantar. Nenhum
de nós dois falou nada; eu apenas corri para longe; ignorando o peso que ele era. Depois de
muitos quilômetros de distância, já fora daquele sistema escroto dos lobos, eu o coloquei de
pé e o mesmo seguiu seu caminho. Olhei ao redor, correndo com o que resta de energia para a
mansão. Assim que entrei na mesma a consciência me abandonou.

***

*horas mais tarde ainda me encontro no mesmo lugar, olhando ao redor para ver se é
verdade. _Eu escapei?_, pensei correndo para o quarto e tomando uma ducha demorada,
deixando que a água levasse consigo toda aquela experiência embora. Depois eu troquei de
roupas e paguei algumas bolsas de sangue, acalmando o pior da minha sede.

Cena:fechada
Nucle: Riverpool

Raça: vampiros

Local: ~abatedouro~; mansão

Evento dos vampiros; cena 3/03

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