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Sistemas de Informações Geográficas

com ArcGis for Desktop 10.4 nível 1

Prof.ª Dra. Elaine Barbosa da Silva.


Prof. Adriano Silva de Faria (mestrando
em Ciências Ambientais).

Goiânia, 2016
Objetivo:

Propiciar aos alunos aprendizagem de atividades básicas em um sistema de


informações geográficas, incluindo a aquisição, a manipulação de dados e a elaboração
de mapas temáticos no software ArcGis.

Conteúdo Programático:

1. Introdução ao Sistema de Informações Geográficas (SIG)

Conceitos Cartográficos

Projeções Cartográficas

Estrutura e formato de dados

Principais fontes de dados

Introdução ao ArcMap 10.4

2. Elementos básicos para edição vetorial

Aquisição de dados em diferentes bases

Ferramentas para edição de dados vetoriais

Edição de dados vetoriais

3. Tabela de atributos

Criar e exportar

Módulo de edição

Criar e excluir linhas e campos

Manipular “Field calculator”

4. Elaboração de mapas

Elementos de um mapa temático

Ferramentas básicas de Layouts

Como exportar e utilizar os mapas


Introdução ao Sistema de Informações Geográficas (SIG) - Precursores

Representar o espaço em que se habita - o espaço geográfico, sempre foi


uma necessidade humana. Nossos ancestrais que habitavam em cavernas,
nelas expressavam, demonstrando por meio de desenhos e símbolos nos locais
por onde andavam suas observações. Posteriormente, quando o ser humano
deixou de ser nômade, o registro do espaço passou a ser feito em argila, papiros,
madeira e outros (figura 01).

Cavernas Argila Papiro


Figura 1 – Representações espaciais antigas, obtidas no Google Imagem.

Posteriormente, por volta do século XV e XVI, o ser humano tem a


necessidade de conhecer novos espaços, marcando esse período como a época
das grandes navegações, que impactaram fortemente a era do Renascimento e
o início das relações capitalistas. Nesse período a cartografia passou por um
grande avanço, aprimorando as técnicas de elaboração dos mapas (figura 2).

Figura 2 – Representação de mapas elaborados com técnicas


aprimoradas, obtida no Google Imagem.
Adiante, por volta do século XVIII ocorre a ampliação das instituições
acadêmico-científica. Neste contexto, nasce a cartografia temática, que além de
localizar apresenta temas significativos do espaço geográfico (vegetação, rios,
cultivos etc).

Mapa localização - base Mapas temáticos


Figura 3 – Mapa de localização e mapas temáticos. Obtidos no Google Imagem

Recentemente, a partir da década de 1960, com a revolução da


informática, os dados geográficos começam a ser manipulados em sistemas
computacionais. Nesse período surgiu o precursor do Sistema de Informação
Geográfica (SIG), o Canada Geographical Information System (CGIS). Neste
cenário destaca-se também o Harvad Laboratory for Computer Graphics
(HLCG), que desenvolveu os programas Synsagraphic Mapping System
(SYMAP) especifico para trabalhar com dados raster e, posteriormente, o
software ODISSEY, pioneiro do sistema vetorial. Porém, nesse período os
recursos computacionais ainda não eram capazes de suportar grandes
processamentos de dados (MATOS, 2008).

Outros elementos fundamentais para o aprimoramento da manipulação


da informação geográfica foi o Sensoriamento Remoto orbital, com o lançamento
da série de satélites Landsat em 1972 e o Sistema de Posicionamento Global
(GPS) em 1986. Com esse conjunto de dados foi possível obter imagens para
estudos de uso e cobertura das terras, com abrangência global, e localização
com alto nível de precisão de qualquer lugar do planeta.

A evolução da informática, principalmente em relação ao aprimoramento


de hardwares a partir da década de 1990, possibilitou o desenvolvimento de
softwares e do potencial dos mesmos, possibilitando processar um volume maior
de dados, tornando assim os SIGs mais acessíveis.

Então, nas duas últimas décadas e a partir de toda a evolução tecnológica,


a sociedade vivenciou um aparato de recursos geotecnológicos que facilitam o
acesso, a manipulação e elaboração de dados geográficos. Tais recursos são
compostos pela Cartografia, pelo Sensoriamento Remoto e pelo
Geoprocessamento.

Dadas essas considerações, surgem alguns questionamentos, como por


exemplo, o que são os SIGs? Esse termo é utilizado para designar um sistema
que contém informação georreferenciada, ou seja, que tenha dados da superfície
terrestre que podem ser localizados por coordenadas geográficas ou planas
(MATOS, 2008).

Por se tratar de um sistema, os SIGs permitem a espacialização e a


interação entre diversos elementos que compõem o espaço geográfico com a
combinação de várias bases de dados (figura 4).

Figura 4 – Esquemas representativos de SIGs. Obtidas no Google Imagem


1.1 - Conceitos cartográficos

Cartografia é a Ciência e também a Arte que se propõe a representar por


meio de mapas, cartas, plantas e outras formas gráficas, os diversos ramos do
conhecimento humano sobre a superfície e o ambiente terrestre. Portanto, o
campo de estudo da cartografia é a representação espacial das combinações e
interações dos fenômenos humanos e naturais, bem como suas alterações
temporais, por meio de símbolos e convenções cartográficas. Desta forma, fica
claro que o ambiente SIG é o único sistema que consegue abranger todas as
atribuições da cartografia (figura 5).

Ambiente SIG Ambiente SIG online

Figura 5 – Ambientes SIGs, imagens obtidas na internet e no Lapig.

Dentre as características básicas dos mapas, destacam-se a localização,


os atributos e a escala. A Localização refere-se à posição no espaço
(coordenadas). Os atributos são as qualidades ou variáveis da representação
(uso das terras, água, área urbana, clima, solos, relevo, densidade demográfica,
religiões etc.) (NOGUEIRA, 2009).
Quanto à escala, cabe dizer que os mapas são representações reduzidas
do mundo real, e nestes, a relação dimensional entre a representação gráfica e
a realidade é caracterizada como escala. A escala pode ser compreendida como
grande, média e pequena (Quadro 1).

A representação de elementos da superfície terrestre, em um plano


bidimensional, limitado, exige que suas proporções sejam reduzidas (figura 6).
Figura 6 – Escalas em diversas representações.

1.2 - Projeções cartográficas

As projeções cartográficas têm como objetivo representar uma superfície


esférica (a Terra) num plano bidimensional (o mapa), ou seja, é um sistema plano
de meridianos e paralelos sobre os quais pode ser desenhado um mapa.

Portanto, é necessário definir uma superfície para projetar a terra, que tem
forma Geoidal (semelhante à superfície do mar), em superfície onde seja
possível trabalhar matematicamente. A superfície de projeção
convencionalmente utilizada é o Elipsoide (figura 7).

Geoide Elipsoide
Figura 7 – Figuras representativas do formato da terra e do Elipsoide. Obtida na internet.
Qualquer sistema de projeção representará a superfície terrestre com
deformações, essas serão tanto maiores quanto mais extensa a área for. Para
tal, foram desenvolvidos sistemas para representar a área real grandeza, outros
para conservar a forma da área, outro para manter os comprimentos em certas
direções. Essas projeções são chamadas respectivamente de Conforme,
Equivalente e Equidistante (NOGUEIRA, 2009).

Além dos sistemas de projeção é preciso pensar no tipo de superfície de


projeção, tendo em vista que a superfície terrestre, ainda que representada por
uma esfera ou por uma elipse, não se desenvolve sobre o plano. Para tal,
criaram-se superfície auxiliares. Essas superfícies foram chamadas de superfície
de projeção. Essas superfícies são planas, cilindras ou cones e podem assumir
várias posições (figura 8).

Figura 8 – Superfícies de projeção, obtida no Google imagens.


Os SIGs mantêm em sua parte estrutura todos os sistemas de projeção,
tanto para dados locais, como regionais e globais. A compreensão desse sistema
e suas aplicações práticas serão abordadas na aula prática.

1.3 - Estrutura e formato de dados


Ao se trabalhar com dados geográficos é importante entender sua
estrutura e formato. Os dados geográficos, por sua natureza representam o
espaço geográfico e por isso estão vinculados a um sistema de coordenadas.

De forma geral, esses dados possuem dois formatos específicos o raster


e o vetor. O formato raster refere-se aos dados obtidos de forma remota, mais
especificamente por Sensoriamento Remoto. O raster também é conhecido
como imagem ou dado matricial. Os vetores (shapefile) são representados por
linhas, pontos e formas (figura 9).

Figura 9 – Exemplar de dados vetoriais e matriciais/raster


Ao formato raster/imagem, é empregado técnicas de processamento de
imagens e classificação e assim são gerados dados vetoriais que podem
configurar-se em mapas e informações estatísticas. Aos dados vetoriais também
é possível associar outros atributos espaciais e assim, gerar mapas temáticos e
de síntese. Na parte prática do curso serão abordadas mais especificações em
relação aos formatos dos dados raster e vetoriais.

Dentre as aplicações dos SIGs destacam-se:

Transportes;

Infra-estrutura;

Planejamento urbano;
Meio ambiente (desmatamentos, queimadas, APPs etc);

Agricultura;

Turismo;

Saúde etc.
1.4 - Principais fontes de dados

Os dados raster, que se referem às imagens tem como maior fonte de


dados a NASA, por meio da série Landsat que imageia os recursos terrestres
desde 1973 com periodicidade de 16 dias e de disponibilização gratuita. Essas
imagens podem ser obtidas no site da National Aeronautics and Space
Administration (Nasa) ou do Instituto de Pesquisa Espaciais (INPE).
(http://www.dgi.inpe.br/siteDgi/index_pt.php). Outra fonte de dados satelitários
é o Google Earth, que disponibiliza imagens de alta resolução, embora as
mesmas não sejam atualizadas com periodicidade.

Imagens de resoluções variadas podem ser adquiridas de forma


comercial. E são facilmente adquiridas em sites da internet.

Quanto aos dados vetoriais, o Brasil possui uma riqueza de base de dados
geográficos. Oficialmente o responsável pela elaboração desses dados é o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de base de dados
cartográfica o IBGE realiza um sistema de geração de dados referente à
estatística. Essas podem também ser agregadas a bases de dados vetoriais e
serem representadas espacialmente.

No estado de Goiás destaca-se também o Sistema Estadual de


Geoinformção (Sieg) (http://www.sieg.go.gov.br/). O Sieg disponibiliza diversas
informações geográficas referentes ao estado de Goiás, os dados variam desde
base cartográfica, imagens de satélite até dados de estatística georreferenciada.

Outra plataforma que merece destaque em relação à elaboração e


disponibilização de dados geográficos é site do Lapig. Em sua camada de dados
existem aproximadamente 8.000 dados geográficos que vão de locais a
nacionais. No site destaca-se ainda a ferramenta de séries temporais, que
permite analisar a evolução de dados a exemplo de precipitação ao longo do
tempo para uma determinada localidade. A ferramenta de inteligência espacial
que combina vários dados de uma mesma localidade em uma mesma base de
dados, configurando-se como um SIG online é outro destaque importante. Os
dados do IBGE, SIEG e do Lapig são de disponibilização gratuita.

1.5 - Introdução ao ArcMap 10.4

O ArcGIS é um conjunto de softwares comercial da Environmental


Systems Research Institute (ESRI) para a elaboração e manipulação de
informações geográficas (vetoriais e raster). Esse sistema disponibiliza em um
ambiente de SIG uma série de ferramentas de forma integrada e de fácil
utilização. Dentro do sistema ArcGis tem-se o ArcMap, usualmente chamado de
ArcGIS.

O ArcMap é um software de interface gráfica amigável, embora seja em


inglês. Nele é possível fazer a sobreposição de camadas de informação vetorial,
raster, tabulares, elementos gráficos etc. É possível ainda realizar correlação
entre dados, facilitando a análise espacial, criação e edição de dados.

Nesse momento iremos explorar a plataforma do ArcMap:

Barra de menus

Barra de ferramentas

Camada de dados
Área de
visualização
de dados
dados
Dentre as ferramentas do ArcMap destacam-se o ArcCatalog e o
ArcTollBox. O ArcCatalog permite o acesso a ferramentas de exploração,
pesquisa e gerenciamento de dados etc. Por meio do ArcTollBox tem-se acesso
a ferramentas de processamento de dados (geoprocessing) e elaboração de
rotinas (scripts).

Por se tratar de um curso introdutório, focado na prática, as principais


ferramentas do ArcGis 10.4 serão utilizadas de forma didático-interativa,
conforme proposto no plano do curso.
Quanto à metodologia, os processos a seguir serão de extrema
importância para o andamento do curso. A base de dados vetorial (shapefile) é
proveniente da base de dados Raster (imagens), por meio de processos
trabalhados no decorrer do curso. Será feita a aquisição de Imagens Landsat 8
– OLI pela plataforma do Serviço Geológico Norte-Americano (USGS), na
plataforma do Sistema Estadual de Geoinformação de Goiás (SIEG). Serão
obtidos dados vetoriais (shapefile) de drenagem e de municípios de Goiás e na
plataforma do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento
(LAPIG/IESA/UFG) serão baixados arquivos de desmatamento, queimadas e
mapa de uso e cobertura da terra (TerraClass Cerrado).

O objetivo deste curso consiste na compreensão e manipulação das


principais ferramentas do ArcGis. Assim, o aluno poderá utiliza-las em outras
demandas.

Na perspectiva didática, os procedimentos adotados nesse curso tem


como foco a utilização de dados adquiridos para análises ambientais. A temática
recorre a grande importância de se pensar os problemas ambientais ocorridos
no bioma Cerrado. Portanto, será feito aquisição e manipulação de dados de
desmatamentos e processamentos que permitam fazer a análise de correlação
desses dados com áreas de queimadas; a análise dessas áreas com os cursos
d’ água e ainda, a análise dos usos das áreas desmatadas. Desta forma,
pretende-se utilizar as principais ferramentas do ArcGis para a compreensão do
uso das terras de maneia a contribuir na gestão das propriedades e
governamentais.

Os procedimentos abrangeram a aquisição, tratamento e elaboração de


mapa temático.

2. Aquisição de dados em diferentes bases

No curso, trabalharemos com diferentes arquivos, de diferentes fontes,


sejam eles imagens (raster) ou vetor) shapefiles. Após as aquisições, daremos
início as funcionalidades do ArcMap 10.4 para que possamos obter o produto
final (mapa).

Primeiramente faremos aquisição da imagem de satélite Landsat 8,


sensor OLI na plataforma do Serviço Geológico Norte-americano denominado
Earth Explorer – USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/).

Na plataforma USGS é necessário fazer o registro de usuário e senha,


para acessar clique no canto superior direito “Register”.

Após realizar o cadastro, o próximo passo é escolher o sensor para


download das imagens. Na aba “Data sets” clique na opção “Landsat Archive” e
selecione a opção “L8 OLI/TIRS”.
A seguir, clique na aba “Search Criteria” e na camada “Address/Place”
tem a opção de escolher a imagem por endereço (ex. Goiânia). Na opção
“Path/Row” é possível escolher diretamente a imagem desejada, basta obter a
órbita e ponto da imagem (orbita 222 e ponto 71).

Após encontrar a localização da imagem desejada clique na aba


“Results”. No lado esquerdo da tela aparecerá uma lista com todas as imagens
disponíveis para aquisição.
Ao escolher a imagem, clique na opção de download e
posteriormente escolha a última opção da janela que abrirá:

Após aquisição das imagens necessárias, iremos realizar o download dos


arquivos de desmatamento e queimadas (vetores) na plataforma do Lapig
(https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/).

A plataforma Lapig, conta com mais de 8 mil camadas de dados


disponíveis, sejam eles produzidos pelo laboratório, quanto aos de outros órgãos
para facilitar o acesso de dados. Clicando na opção de “mapa interativo”, abrirá
uma nova aba com o mapa interativo. Clicando na opção “Camadas” no canto
superior esquerdo, o usuário tem acesso a milhares de dados. Os arquivos
baixados serão da pasta “Desmatamento”, “Alertas de Desmatamento no
Cerrado 2003 – 2015” baixaremos todos os arquivos de 2003 a 2015. Nos dados
da pasta “Queimadas”, “Áreas queimadas do Brasil”, baixaremos os arquivos de
2002 a 2014, na pasta “Uso do solo” selecione o “Uso do solo do Cerrado”.
Posteriormente, selecione um arquivo de cada vez e clique na opção de
download ao lado da opção de “camadas”.

No site do SIEG (http://www.sieg.go.gov.br/), baixaremos os shapes de


Municípios 2016 e Drenagens. Clique na opção “SIG-Shapefile” abaixo de
“Download” para acessar os arquivos a serem baixados.
Na opção “Assunto” selecione “Base Cartográfica”, em “Tema” selecione
o dado desejado (Municípios 2016 e/ou Drenagem) e no “Assunto” selecione a
opção: “Estado de Goiás”, depois clique em “baixar”.

Todos os arquivos adquiridos devem ser armazenados em uma pasta


para facilitar o acesso. Devido a grande volume de dados, os arquivos devem
possuir nomenclatura em forma de metadados, com localização, data, sensor. A
nomenclatura dos arquivos não devem conter espaços, acentuações, barras,
parênteses, crase, dentre outros.

2.1 - Ferramentas para edição de dados vetoriais


As ferramentas utilizadas para edição de dados serão: “Merge”,
“Intersect”, “Editor”, “Buffer”, “Clip”, “Project” e “Field Calculator”.

2.2 - Edição de dados vetoriais


Primeiramente é necessário extrair todos os arquivos baixados e
organizá-los em pastas separadas, facilitando o acesso e organização. Abra o
programa ArcMap, anexado na área de trabalho.

Na opção “Add Data” carregue os arquivos baixados.


O município trabalhado no curso será Flores de Goiás, foi escolhido pelo
fato de ocupar o primeiro lugar no ranking dos municípios mais desmatados em
Goiás desde 2002. Abra a tabela de atributos do shape de municípios, selecione
Flores de Goiás.

Clique com o botão auxiliar (direito) do mouse sobre o arquivo (em layers)
selecione a opção “Data” “Export Data”.
Escolha o diretório, coloque o nome do município (não acentuar e
espaçar) e clique em “Save”, “OK” e “Sim”.

Abriremos a drenagem. Perceba que o ArcMap, mostra uma mensagem


avisando que a projeção é distinta ao dado de município. O Brasil atualmente
adota a projeção “SIRGAS 2000”, algumas plataformas já se adequaram, mas
alguns arquivos não foram compatibilizados. Todos os arquivos devem estar na
mesma projeção cartográfica e adequaremos os que estiverem com projeção
distinta.
Na opção “ArcToolbox” (caixa vermelha), clique na opção “Data
Management Tools”, “Projections and Transformations”, “Project”.

Na primeira opção insira o arquivo ao qual se deseja reprojetar, na


segunda opção ele preenche automaticamente a projeção atual do dado. A
terceira opção é o diretório ao qual se pretende salvar o dado e a quarta opção
é a nova projeção (SIRGAs 2000) e clique em “OK”.

Sempre que houver a diferença de projeção repita esse processo.


O próximo passo é extrair a drenagem apenas para Flores de Goiás. A
ferramenta utilizada é “Clip”. Em “ArcTollbox”, “Analysis Tools”, “Extract”, clique
em “Clip”.

Em “Input Features” selecione o dado a ser cortado (drenagem), em “Clip


Features” escolha o arquivo de máscara (Flores de Goiás) e em “Output Feature
Class” selecione o local de saída do arquivo e clique em “OK”.

Sempre que conveniente, remova os arquivos que não serão mais


utilizados do “Layers” para facilitar manipulação.
Após delimitarmos a hidrografia para o município desejado, abriremos
todos os dados de desmatamento (2003- 2015) na opção “AddData”.

Faremos a junção de todos os dados para termos o acumulado de


desmatamento pós 2002 para o município de Flores de Goiás. A função é
“Merge”.

Em “ArcTollbox”, “Data Management Tools”, “General”, clique em “Merge”.


Na opção “Input Datasets” selecione todos os arquivos para junção. Em “Output
Dataset” selecione o local de saída e nomeie o dado. Clique em “OK” para
executar a função “Merge”.
Após obtenção do total em área desmatada, fazemos a intersecção dos
dados de desmatamento com o limite do município. A ferramenta é “Intersect”.

Em “ArcToolbox”, “Analysis tools”, “Overlay”, clique em “Intersect”. Em


“Input Features”, selecione os arquivos de alertas de desmatamento e do
município Flores de Goiás. Em “Output Feature Class” determine o diretório e
clique em “ok”.

Na figura abaixo, perceba que o shape em roxo, resultado do processo


“intersect” é restrito apenas dentro do limite do município.
Repita o mesmo processo de “Merge” e “Intersect” para os dados de área
queimada de 2002 a 2014.
O próximo passo é realizar o “clip” no dado de uso e cobertura da terra
denominado de TerraClass Cerrado (MMA, 2015). Assim, teremos os dados de
uso e cobertura da terra para o município de Flores de Goiás.
Após cortar o mapa de uso e cobertura da terra para o município, foi
realizada a atribuição de classes para visualizar a distribuição de uso da terra,
assim como a quantidade de área verde que o município possui.

Na próxima etapa verificaremos se as áreas de preservação permanente


estão de acordo com a legislação. Pelo fato de não possuirmos a descrição
categórica no dado (rio, ribeirão, córrego, lago e lagoa) fazemos uma delimitação
de 30 metros em cada margem do curso hídrico.
Em “ArcToolbox”, “Analysis tools”, “Proximity”, clique em “Buffer”. Na
opção “Input Features” selecione a drenagem. Em “Output Feature Class”,
selecione a saída do arquivo. Em “Distance”, defina o valor (30) e ao lado em
“Decimal degrees” escola a unidade de medida (metros). Posteriormente clique
em “ok”.

O resultado do processo “Buffer” de 30 metros, é perceptível quando


aproxima (zoom) do curso hídrico. Devido a resolução espacial dos dados, ao
aproximar a visualização da hidrografia, ela apresenta baixa sinuosidade.
Os dados de drenagem do estado de Goiás estão em formato de linha,
portanto, os dados do “buffer” são polígonos gerados a partir de cada curso
hídrico. Utilizaremos a ferramenta: “Editor” para unificar todos os polígonos de
“buffer”, isso nos permite obter um único polígono para análises seguintes.

Abra a tabela de atributos do arquivo “drenagem_buffer_flores_goias”.

Clique na primeira opção do canto superior esquerdo, selecione a opção


“select all”.
No menu principal do ArcMap, clique em “Customize”, “Customize mode”.
Aparecerá uma janela de customização de ferramentas, ative a “Editor” e clique
em “close”.

Clique em “Editor” e posteriormente “start editing”, escolha o arquivo a ser


editado para iniciar o modulo de edição do arquivo.

Com todos os campos selecionados do arquivo ao qual deseja unificar as


informações ativo, clique em “Editor” novamente e perceba que a opção “merge”
estará habilitada, clique em “merge” na ferramenta “editor”. Posteriormente
pede-se para escolher o campo que servirá como base ao final do processo de
unificar os campos e depois clique em “ok”.
Perceba que na bifurcação da drenagem o arquivo não se intersecciona
como anteriormente. Este arquivo será utilizado para interseccionarmos com o
dado de uso e cobertura, assim, teremos como calcular a proporção de área
antropizada dentro da área onde deveria ser vegetação nativa.

Clique novamente em “editor” para salvar a edição do arquivo. Clique em


“Editor”, “Save edits”.
Clique em “Editor”, “Stop Edits”. Esse procedimento para a edição do
arquivo, evitando que acidentes aconteçam com os dados, que podem ser
irreversíveis.

Para obtermos os dados de intersecção do “buffer” e calcular a área


antropizada (desmatamento e uso e cobertura da terra), bem como de
queimadas, utilizaremos a ferramenta “intersect” nos arquivos de desmatamento
e queimada acumulados, e de uso e cobertura da terra (TerraClass Cerrado).
Após processamento dos dados, é necessário fazer alguns processos nas
tabelas de atributos. Trabalharemos com inserção e exclusão de colunas, cálculo
de área e edição de informação de tabela.

3. Tabela de atributos
Nas etapas anteriores já aprendemos a abrir a tabela de atributos e iremos
relembrar esse procedimento. Clique com o botão auxiliar do mouse sobre o
arquivo aberto na aba “Layers” e clique em “Open Attribute Table”.
3.1 Criar e exportar
No ArcMap, a tabela de atributos é criada no mesmo instante que o
shapefile. O ArcMap não reconhece arquivos shapefile que não possuem tabela,
o arquivo não abre, desta maneira, criaremos um arquivo shapefile para
demonstração. O arquivo criado não será utilizado no decorrer do curso, contudo
será aproveitada a oportunidade para demonstrar essa importante ferramenta.

O arquivo shapefile é criado numa plataforma auxiliar do ArcGis


denominada de “Catalog”. Essa plataforma nos permite trabalhar com
funcionalidades mais avançadas do ArcGis como grande volume de dados em
formato de banco de dados. No menu principal do ArcMap, clique em
“Windows” e posteriormente em “Catalog”.
Primeiramente escolha o diretório do banco de dados do curso que esteja
em uso (D: \Geocurso_ArcGis) escolha ou crie uma pasta para salvar o arquivo.
Clique com o botão auxiliar do mouse em cima da pasta desejada, “New” e
“Shapefile”.

Na janela que abrirá em “name”, determine o nome do arquivo


(Flores_goias). Em “Feature type” escolha o tipo de arquivo que deseja trabalhar
(ponto, linha, polígono) e em “Spatial Reference” clique em “Edit”, selecione a
projeção padrão dos dados, que em nosso caso utilizamos SIRGAS 2000 e
clique em “ok”.
Abrindo a tabela de atributos do arquivo recém-criado (Flores_goias),
percebemos que a tabela abre com três campos (FID, Shape e Id) que são
padrões. Nosso shapefile criado não possui forma, por isso a tabela não
apresenta linhas. Coloque o shape em edição e delimite uma área na imagem,
verá que surge uma linha na tabela. Onde podemos inserir informações.
Com o shapefile em edição, delimitou-se uma área agrícola. Na tabela
criou-se uma linha, as informações podem ser inseridas de acordo com o
pretendido.

Após a conclusão da edição do arquivo, recomenda-se salvar e parar a


edição para evitar que aconteçam acidentes, tais como, apagar colunas ou
linhas, campos, ou até mesmo excluir algum polígono ou todo o arquivo,
tornando o shapefile um arquivo sem informação (vazio).

Abriremos a tabela do shapefile de uso e cobertura da terra para exportar


e abrir em algum programa de edição de tabela (Excel; LibreOffice).
Escolha o diretório para salvar a tabela, e escolha o formato de saída
“dBASETable”, esse formato é mais aceito nos programas se SIG. Clique em
“save” e “ok”.
Marque “sim” para a tabela ficar na aba de “Layers” e posteriormente abra
a tabela clicando com o botão auxilar do mouse e clique em “Open”.

Para exportar a tabela e abri-la em programa editor de tabela, clique em


“ArcToolbox”, “Conversion Tools”, “Excel” e clique em “Excel to Table”.
Em “Input Table” selecione a tabela desejada. Em “Output Excel File”
indique o diretório a ser salva a tabela e clique em “ok”.

Abra o programa editor de tabela, busque o diretório nas pastas do


Windows onde a tabela foi salva e abra.
3.2 - Módulo de edição
Para editar a tabela do arquivo shapefile é necessário colocar o arquivo
em edição. Clique em “Editor” e posteriormente “Start Editing”, selecione o
arquivo desejado e clique em “ok”.

Para editar as informações da tabela, clique dentro da célula desejada e


reescreva. Não tente editar o nome da coluna (campo).
Após editar o necessário, clique em “Editor”, “Save Editing” e depois “Stop
Editing”. É muito importante não deixar o dado em edição para evitar editar algo
e não perceber, editando e salvando algo não planejado, uma vez salvo, o
processo é irreversível.

3.3 - Criar e excluir linhas e campos


Abra a tabela de atributos. Abriremos a tabela que salvamos na
demonstração para exportar, evitando mudança nos dados que trabalhamos.

Para criarmos campos na tabela, clique na primeira opção do canto


superior esquerdo da tabela de atributos e clique em “AddField”.
Em “name” escolha o nome do arquivo (o ArcGis suporta apenas 13
caracteres e não acentue). Se a informação do campo estiver em formato
textual, escolha o “type” tipo text. Se for numeral, escolha “Double” facilita em
operações estatísticas da tabela. Existem outros tipos de campo, más para
nosso curso os exemplos citados são os mais comuns. Em “Field Properties” há
opção de quantidade máxima de caracteres na célula da tabela.

Criaremos um campo “Area_ha” com formato “Double”para cálculo de


área.
Para deletar campo, clique com o botão auxiliar do mouse e selecione a
opção “Delete Field” e “sim”.
Para criar linha em uma tabela, coloque-a em edição. Selecione a linha
que deseja apagar, clique com o botão auxiliar do mouse no quadradinho cinza
(extremo lado esquerdo da tabela) e clique em “Delete Selected”.

Para adicionar linha, ao colocar tabela em edição, automaticamente surge


uma linha para edição no fim da tabela, digite as informações desejadas e outra
linha em branco surgirá abaixo.
3.4 - Manipular “Field calculator”

Para utilizar a opção “Field Calculator”, clique com o botão auxiliar do


mouse sobre o título do campo (Fonte) e selecione a opção “Field Calculator”.

Escreva entre aspas (shift + “) a fonte do arquivo (Ministério do Meio


Ambiente) e clique em “ok”.
Clique com o botão auxiliar do mouse sobre o campo “Area_ha”,
“Calculate Geometry” para fazermos o cálculo de área dos nossos polígonos.
Em “Property” selecione “área”, em “Units” selecione “Hectares” e clique
em “ok”.
Com o botão auxiliar do mouse, clique com o botão direito sobre o campo
de “classe_uso” e selecione “Summarize” para calcular a área de cada classe no
mapa de uso e cobertura de Flores de Goiás.

Na opção 1, selecione “classe_uso”, na opção 2, no campo “área_ha”


marque a opção “Sum”, na 3, selecione o diretório de saída da tabela.
Repetiremos os processos realizados anteriormente (cálculo de área e
sumarize) para os dados que interseccionamos (desmatamento, queimada e uso
e cobertura) para verificarmos o passivo ambiental dentro das áreas de Áreas de
Preservação Permanente do curso hídrico município de Flores de Goiás.

4. Elaboração de mapas
4.1 Elementos de um mapa temático
O mapa deve conter: Título, Legenda, Escala, Coordenadas geográficas,
rosa dos ventos e texto informativo (fonte, sistema de coordenadas, datum,
elaborador e outras informações pertinentes ao mapa).
4.2 Ferramentas básicas de Layouts
Na elaboração do mapa, trabalharemos no módulo de “Layout”. No menu
principal, clique em “View” e “Layout View”. Faremos o mapa com papel no
formato paisagem. Clique em “File” no menu principal e “Page and Print setup”.

Marque a opção de orientação “Landscape” e “ok”.

Redimensione a área de mapa com a folha. O próximo passo é inserir título.


Clique em “Insert” no menu principal e escolha “title”.
Na simbologia podemos mudar fonte, colocar negrito, margeado, dentre outras
opções. Em “insert”, selecionaremos a opção de “North arrow”, na aba que aparecerá,
escolha a rosa dos ventos e clique em “ok”.
Em “Insert” selecione “Scale bar” para inserir a escala de barras. Na janela de
escala de barras, clique em propriedades, marque em “Division Units” a unidade
“Kilometers”. Em “Label”, digite “KM” e “ok” e “ok”.

Em “Insert” selecione “Text”, colocaremos as informações do mapa (fonte,


sistema de coordenadas, datum, elaboração). Formate o texto e clique em “ok”.

Em “Insert”, selecione a opção “Legend”. Escolha os arquivos da legenda e


avance nas etapas, escolhendo forma, text, número de colunas, dentre outras
formatações. Para renomear as informações da legenda, renomeie os arquivos na aba
“Layer”.
Para finalizar, clique com o botão auxiliar do mouse dentro da área do mapa,
selecione “Properties”, selecione dentro da janela de propriedades a aba “Grids”, clique
em “New grid”, “Avançar”. Em “Appearence” marque “Labels Only” e “Avançar”,
“Avançar” e “Finish”. Para editar as coordenadas no mapa, novamente entre nas
propriedades do “Grids” e formate.
4.3 - Como exportar e utilizar os mapas
Para exportar o mapa, clique em “File” no menu principal e “Export map”.
Selecione o diretório e clique em “salvar”.
Referências
MATOS, João. Fundamentos de Informação Geográfica. 6 ed. Lisboa. Libel
2008.
NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia, comunicação e visualização de dados
espaciais. 3 ed. Florianópolis. Editora da UFSC, 2009.
OLIVEIRA, Ivaniton José de; ROMÃO, Patricia de Araújo. Linguagem dos
mapas: cartografia ao alcance de todos. Goiania. Editora da UFG, 2014.
PRADO, Renato. Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Disponível em: <
http://www.ctec.ufal.br/professor/crfj/Extensao/ArcGIS/Apostila+Renato+Prado+Vol+2.pdf>. Acesso
em jun, 2016.

Sites visitados:

http://www.esri.com/
http://www.ibge.gov.br/home/
https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/
http://www.sieg.go.gov.br/

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