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HERMENÊUTICA

Professor Tiago Clemente Souza


Professor Franklin Marques Dutra
 Pesquisa na Graduação.

 Grupode Pesquisa – Filosofia Política e


Democracia.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Apresentação da disciplina, conteúdo
programático, bibliografia e avaliação.

2. Interpretação e Hermenêutica:
2.1. Conceitos de interpretação e hermenêutica (da
abstração à concretude);
2.2. Evolução histórica da interpretação;
2.3. Elementos da interpretação;
2.4. Interpretação e fonte;
2.5. Todas as normas necessitam de interpretação?
3. Espécies de interpretação:
3.1. Quanto à origem;
3.2. Quando ao método;
3.3. Quanto aos resultados;
3.4. Aplicação conjunta ou eleição de um único
método?

4. Sistemas ou escolas de interpretação:


4.1. Glosadores;
4.2. Escola da exegese;
4.3. Escola racionalista ou legalista;
4.4. Sistemas modernos de interpretação;
4.5. Sistema da evolução histórica;
4.6. Sistema da livre indagação;
4.7. Críticas;
4.8. Novas correntes.

5. Integração jurídica e as lacunas da lei:


5.1. Introdução;
5.2. Mecanismo de integração;
5.3. Métodos de integração.

6. O Direito Alternativo e seus desdobramentos.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BÁSICA
 DWORKIN, Ronald. O império do direito. São Paulo:
Martins Fontes, 2014.

 MACEDO JR, Ronaldo Porto. Do xadrez à cortesia:


Dworkin e a Teoria do Direito Contemporânea. São
Paulo: Editora Saraiva, 2013.

 MAGALHÃES FILHO, Glauco Barreira. Curso de


Hermenêutica Jurídica. São Paulo: Atlas, 2013.

 MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do


direito. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COMPLEMENTAR
 DURKHEIM, Emile. As regras do método
sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
 FRANÇA, R. Limongi. Hermenêutica Jurídica.
12ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
 GADAMER, Hans Georg. Verdade e Método II.
Trad. Enio Paulo Giachini Petrópolis: Vozes,
2004.
 KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad.
Joao Batista Machado. 8a ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2009.
 REALE, Miguel. O Direito Como Experiência:
Introdução À Epistemologia Jurídica. 2ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
PROVAS E ATIVIDADES AVALIATIVAS

 Módulo 1: 50 pontos
 1ª Prova: 35 pontos (19/03)
 1ª Atividade (Docente): 15 pontos

 Módulo 2: 15 pontos (30/04)


 2ª Atividade (Docente): 15 pontos

 Módulo 3: 35 pontos
 2ª Prova: 35 pontos (11/06)
 1° Trabalho – grupos de 3 pessoas

 Tema 1: O Giro-linguístico na filosofia da


linguagem.
 Tema 2: Positivismo inclusivo e exclusivo

 Trabalho deverá ser escrito de acordo com as normas


da ABNT e de forma individual.

 Prazo: 19 de março– improrrogável.

 Prazo: 30 de abril – improrrogável.

 O Trabalho será constituído de duas partes:


 1° - Revisão Bibliográfica – 5 pontos.
 2° - Crítica sobre o tema – 15 pontos.
2. Interpretação e Hermenêutica:
2.1. Conceitos de interpretação e hermenêutica (da
abstração à concretude);

- A Hermenêutica Jurídica tem por objeto o


estudo e a sistematização dos processos
aplicáveis para determinar o sentido e o alcance
das expressões do Direito.

O que é o Direito?

O que vincula o comportamento das pessoas?

Lei é Direito?
- O que é Norma Jurídica?

- Qual a diferença entre Lei e Norma?

- Qual a relação entre Norma e


Interpretação?

A hermenêutica jurídica apresenta-se de


fundamental importância nessa dinâmica não de
descobrir ou revelar o sentido do objeto
linguístico, mas de atribuir racionalmente seu
sentido.
- Existem textos extremamente claros que
não exigem interpretação?

Ex.: “É proibido entrar na Igreja com


chapéu”.

- Essa regra precisa ser interpretada ou ela é


clara por si só?
O QUE SE ENTENDE POR CHAPÉU?
PODE-SE ENTENDER “CHAPÉU” COMO
BONÉ?
BOINA É CHAPÉU?
GORRO É CHAPÉU?
ISSO É UM CHAPÉU?
CHAPÉU E LENÇO SÃO SINÔNIMOS?
OUTRA EXPRESSÃO IMPORTANTE NA REGRA É
“IGREJA”. O QUE SE ENTENDE POR IGREJA?
 As expressões podem ter clareza aparente, mas
sempre serão suscetíveis à interpretação. O
sentido que alcançamos a partir dos objetos
(brutos ou linguísticos) somente é possível a
partir da interpretação.

 Os textos normativos são objetos linguísticos, a partir


desses é possível alcançar as normas jurídicas, tais
como regras, princípios e metanormas.

 O fruto do processo legislativo (leis), e em alguns


casos do processo jurisdicional (súmulas, súmulas
vinculantes, orientações jurisprudenciais, coisa
julgada com efeito erga omnes) são expressões
abstratas.

 Crítica à ideia das Súmulas Vinculantes.


Logo, é tarefa do agente do direito buscar o
sentido racional do texto normativo, de forma a
permitir a aplicação da norma identificada ao
caso concreto, em um processo de interpretação,
criação e aplicação.

- A interpretação possui a sua técnica, os


meios para se alcançar aos fins colimados.

- Para tanto a Hermenêutica se utiliza dos


desenvolvimentos teóricos de outras áreas do
saber jurídico, tais como a Sociologia,
Antropologia, Filosofia do Direito.

- Art. 121, caput, CP.


- Art. 1°, III, CF.
UM CASO PROBLEMÁTICO – O CASO ELMER
“Elmer assassinou o avô por envenenamento em
Nova York, em 1882. Sabia que o testamento
deixava-o com a maior parte dos bens do avô, e
desconfiava que o velho, que voltara a casar-se
havia pouco, pudesse alterar o testamento e
deixá-lo sem nada. O crime de Elmer foi
descoberto; ele foi declarado culpado e condenado
a alguns anos de prisão.”

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A Hermenêutica se aproveita das
conclusões da Filosofia Jurídica; com o
auxílio dela e de outras áreas fixa novos
processos de interpretação.

Hermenêutica é a teoria científica da


arte de interpretar.
Rumpf informa que na Alemanha se
considera a Hermenêutica expressão antiquada.
Usavam-na, de preferência, os antigos
romanistas germânicos. A língua alemã é mais
precisa que as neolatinas.
O vocábulo Auslegung, por exemplo,
abrange o conjunto das aplicações da
Hermenêutica; resume os significados de dois
termos técnicos ingleses – Interpretation e
Construction; é mais amplo e ao mesmo tempo
mais preciso do que a palavra portuguesa
correspondente – Interpretação.
Demais, entre as expressões se tornou
comum o emprego de Hermeneutik e Auslegung,
como entre nós o de Hermenêutica e
Interpretação, na qualidade de sinônimos.
 Entretanto, não basta reconhecer quais serão as
regras aplicáveis para determinar o sentido e o
alcance dos textos. Parece necessário reuni-las e,
num todo harmônico, oferecê-las ao estudo, em
um encadeamento lógico.

Aqui se apresenta a ideia de Direito como


Integridade de Ronald Dworkin em sua obra “O
Império do Direito”.
 Descobertos os métodos de interpretação,
examinados em separado, um por um; nada
resultaria de orgânico, de construtor, se não os
enfeixássemos em um todo lógico, em um
complexo harmônico.

 A análise sucede à síntese. Intervém a


Hermenêutica, a fim de proceder à sistematização
dos processos aplicáveis para determinar o
sentido e o alcance das expressões do Direito.
 Aplicação do Direito: consiste no enquadrar
um caso concreto em uma norma jurídica
adequada.

 Submete às prescrições da lei uma relação da


vida real, procura e indica o dispositivo adaptável
a um fato determinado.

 A doutrina clássica fala em método subsuntivo de


aplicação (tenho a hipótese de incidência, tem um
caso concreto, subsumo o caso concreto à norma).

 Mas e no caso em que não possuímos uma


hipótese de incidência determinada (Ex.:
princípios constitucionais)?
 Relação entre Hermenêutica e Aplicação:

Primeiro eu Interpreto ou Aplico?

Há possibilidade de aplicação do nada, de


algo inexistente?

Algo somente surge a partir do momento que


interpretamos os objetos (brutos) ou linguísticos.
FORMAS DE APLICAÇÃO DAS ESPÉCIES
NORMATIVAS

 Espécies Normativas:
Robert Alexy
Teoria dos Direitos
Fundamentais

 Regras: Mandamentos Definitivos. Conflito resolvido


pela cláusula de exceção ou invalidação.

 Princípios: Mandamentos de Otimização. Conflito


resolvido pela “ Metanorma da Proporcionalidade”:
 Adequação.
 Necessidade.
 Proporcionalidade em sentido estrito.
Exemplo: Caso Ellwanger
 Espécies Normativas:
Ronald Dworkin
O Modelo de Regras I

 Caso Elmer
 Caso Henningsen

Direito = Regras Princípios


(origem) (conteúdo)
Aplicação Tudo ou Peso
Nada
Conflito Exclusão ou Prevalência
Exceção

E o Positivismo Jurídico (Hart)?


INDICAÇÃO DE LEITURA
 Blog prof. André Coelho (ótimo blog que trata de diversos
temas de filosofia e direito e maneira muito clara e
simples).

 Alexy:
 http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com.br/2007/06/alexy-e-sua-
teoria-dos-princpios.html

 Dworkin:
 http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com.br/2015/11/dworkin-e-o-
modelo-de-regras-i.html

 Hart:
 http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com.br/2015/12/respostas-
aos-mal-entendidos-de-o.html
2.3. Elementos da interpretação

 Interpretar, portanto, é explicar, esclarecer,


atribuir um significado ao vocábulo, atitude ou
gesto; representar por outras palavras um
pensamento exteriorizado; demonstrar um
sentido verdadeiro de uma expressão; alcançar da
frase, sentença ou texto normativo, toda sua
extensão possível.

 Pode-se procurar e definir a significação de


conceitos e intenções, fatos e indícios; porque
tudo se interpreta; inclusive o silêncio.
 A grande tarefa do hermeneuta se apresentará,
justamente, em realizar uma atividade
interpretativa em um nível superior de abstração,
quando estivermos diante dos hard cases (casos
mais difíceis).

 Vale ressaltar que a própria linguagem é


aberta, portanto, todo texto necessita de
interpretação. Entretanto, isso se torna mais
complexo quando estamos diante dos casos
difíceis, que inserem no texto legal elementos
morais (como, por exemplo, os direitos
fundamentais).
HERMENÊUTICA: SIGNIFICADO

 Ciência da Interpretação: conjunto de métodos


(caminhos) para se esclarecer o trabalho do
intérprete.

 Hermes: mensageiro dos deuses.

 Advertências:
 Distinção didática entre os elementos.
 Visão ampla e geral sobre os métodos de
interpretação.
ELEMENTOS CLÁSSICOS DA INTEPRETAÇÃO
CARLOS MAXIMILIANO

Gramatical ou Literal.
Lógico (em sentido próprio).
Lógico (em sentido social).
Sistemático.
Histórico.
Teleológico.
ELEMENTO GRAMATICAL OU LITERAL
 Entender a linguagem empregada nas normas
jurídicas.
 Compreensão dos significados das palavras.

 Alguns desafios:

 Diversos significados para a mesma palavra.


 Diferença entre sentido técnico e comum.
 Exemplo:

 No Código Civil, art. 1.267: A propriedade das


coisas não se transfere pelos negócios jurídicos
antes da tradição.
ELEMENTO LÓGICO

 Em sentido próprio: aplicação da norma jurídica


do conhecimento da Lógica: a consistência das
ideias contidas na norma.

 Exemplo:
 Silogismo Aristotélico (dedução).
 “Quem pode mais, pode menos”
 Em sentido social: adequação do texto da norma
ao contexto e às aspirações sociais em que ela
vigora, com atenção às consequências e a
efetividade da interpretação.

 Exemplos:
 No Código Civil, art. 113: Os negócios jurídicos devem
ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar
de sua celebração.
 No STF, a ADPF 132 – união estável homoafetiva.
ELEMENTO SISTEMÁTICO

 Exame do ordenamento jurídico como um sistema, ou


seja, como um conjunto de normas coerente.

 “Não se pode ler a constituição em fatias” – Eros


Roberto Grau

 Por esse método, normas se relacionam criando regra


e exceção.
 Esse é o método comum de relação entre normas
da parte geral e da parte especial.

 Exemplo:
 Na parte especial do Código Penal, art. 121: Matar
alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
 Na parte geral do Código Penal, art. 25: Entende-se
em legítima defesa quem, usando moderadamente os
meios necessários, rompe injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de outrem.
ELEMENTO HISTÓRICO

 Análise do contexto de produção da norma


jurídica e da evolução de suas alterações ao longo
do tempo.

 Por este meio, procura-se entender o contexto


histórico do qual a norma foi produto.

 Instrumentos de análise comuns:


 Anais da Constituinte
 Documentos do Processo Legislativo
 Exposições de Motivos
 Exemplo:
 Na parte especial do Código Penal, art. 121, § 1º: Se o
agente comete o crime [homicídio] impelido por
relevante valor social ou moral (...), o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.

 Exposição de motivos, nº 39. Por “motivo de relevante


valor social ou moral”, o projeto entende significar o
motivo que, em si mesmo, é aprovado pela moral
prática, como, por exemplo, a compaixão ante o
irremediável sofrimento da vítima (caso do homicídio
eutanásico), a indignação contra um traidor da pátria
etc.
ELEMENTO TELEOLÓGICO
 Interpretação da norma à luz da sua
finalidade (da norma).
 Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos
fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum.
 Em grego, ‘telos’ significa propósito, objetivo,
finalidade.
 Exemplos:

 Proibida a entrada de cachorros (Frederick


Schauer) – Posso entrar com gatos?
 Proibido estacionar carros no parque (H. L. A.
Hart) – Posso estacionar carruagens?
2.4. INTERPRETAÇÃO E FONTE
 Fontes do Direito

Fonte do Direito é aquilo que designa a


origem do direito posto, pensando desde
os órgãos que são responsáveis pela
elaboração dos textos normativos e
principalmente os próprios pontos de
partidas normativos (leis, princípios,
costumes, doutrina, jurisprudência etc.)
 Fonte material: via hábil para a produção do
direito, criando os textos normativos. Exemplo: o
artigo 22, I, da constituição federal estabelece
que a União é a fonte de produção do direito
penal, o que quer dizer que os estados e os
municípios não detêm o poder de legislar sobre a
matéria.

 Quem pode revelar o Direito a partir da


manifestação legislativa?

 Quem pode criar o Direito? Quem pode criar


fontes do Direito que vinculam diretamente os
comportamentos humanos?
 Fontes Formais: são aquelas que permitem o
conhecimento do direito, proporcionando a
exteriorização das normas.

 Dividem-se em:
 Imediatas: são as leis em sentido estrito, criadoras e
revogadoras de normas;
 Mediatas: que são os costumes, princípios gerais de
direito, auxiliadores do processo de interpretação e
aplicação da lei.

 E a Jurisprudência?
 Os costumes e fontes do Direito.

 O costume não serve para criar ou revogar lei, a


despeito de servir para o processo de interpretação.

 Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o


caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.

 Assim, em que pese a evolução social da atualidade,


com a constante liberação dos comportamentos, não
se pode considerar “revogado”, por exemplo, o art.
215 CP (violação sexual mediante fraude), a pretexto
de que os costumes estariam a indicar não haver
mais possibilidade de uma pessoa ser ludibriada por
outra, a fim de consentir numa relação sexual.
CLASSIFICAÇÃO DOS COSTUMES
 - Praeter legem: esse costume desempenha um papel
de complementação do ordenamento jurídico,
disciplinando matéria desconhecida pela lei, através
de eventuais omissões do legislador.

 - Secundum legem: tal costume é aquele que age


conforme a lei, que a concretiza sendo aplicado de
modo subsidiário. A lei reconhece a eficácia jurídica do
costume.

 - Contra legem: o costume contra legem é de grande


impasse no meio jurídico, pois se trata de uma
prática contrária ao direito já codificado.
Diversas correntes doutrinárias.
QUEM SERÁ O PRÓXIMO PRESIDENTE DO STF?
 Art. 12. O Presidente e o Vice-Presidente têm mandato por
dois anos, vedada a reeleição para o período imediato.
 § 1º Proceder-se-á à eleição, por voto secreto, na segunda
sessão ordinária do mês anterior ao da expiração do mandato, ou
na segunda sessão ordinária imediatamente posterior à
ocorrência de vaga por outro motivo.
 § 2º O quorum para a eleição é de oito Ministros; se não
alcançado, será designada sessão extraordinária para a data
mais próxima, convocados os Ministros ausentes.
 § 3º Considera-se presente à eleição o Ministro, mesmo
licenciado, que enviar o seu voto, em sobrecarta fechada, que será
aberta publicamente pelo Presidente, depositando-se a cédula na
urna, sem quebra do sigilo.
 § 4º Está eleito, em primeiro escrutínio, o Ministro que obtiver
número de votos superior à metade dos membros do Tribunal.
 § 5º Em segundo escrutínio, concorrerão somente os dois
Ministros mais votados no primeiro.
 § 6º Não alcançada, no segundo escrutínio, a maioria a que se
refere o § 4º, proclamar-se-á eleito, dentre os dois, o mais antigo.
FAÇAM SUAS APOSTAS!?
- Princípios gerais do Direito: postulados éticos
que inspiram a formação de normas e a aplicação
da legislação ao caso concreto, sem expressa
previsão legal. Ex.: Ninguém pode beneficiar-se
da própria torpeza ou má-fé.
** Crítica: princípios como espécie normativa de
caráter obrigatório apresentam-se como fontes
materiais.

- Analogia: processo de integração da norma, por


um método de semelhança, voltado ao
suprimento de lacunas.
FONTE NEGOCIAL
 Contrato: cria direitos e obrigações que não existiam
até então e o Estado, por sua vez, se compromete a
assegurar o cumprimento desses novos direitos e
obrigações contraídas.

 Autonomia da vontade: possibilidade de cada um de agir


ou omitir nos limites da lei.

 Elementos (Miguel Reale):


 Manifestação da vontade de pessoas legitimadas a fazê-lo;
 Não contrarie o exigido em lei;
 Objeto lícito;
 Igualdade ou quando não paridade, pelo menos uma devida
proporção entre os partícipes da relação jurídica.

 OBS: Falta de elemento: abuso do poder negocial, a relação


jurídica pode sofrer com anulabilidade ou ineficácia.
 As fontes possuem um sentido e um conceito
próprio? Elas podem ser interpretadas?

 2.5. Todas as normas necessitam de


interpretação?

 3. Espécies de Interpretação (Hermenêutica


Clássica).
SISTEMAS OU ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO:
SISTEMAS TRADICIONAIS OU LEGALISTAS E
SISTEMAS MODERNOS

 O sistema tradicional ou legalista, que abrange


diferentes tendências "dogmáticas" ou
"legalistas", e ao qual se vinculam as escolas dos
Glosadores, da Exegese, e racionalistas em geral,
caracteriza-se inicialmente:

 a) por prender o direito aos textos rígidos, como


se fossem dogmas, e

 b) procurar aplicá-los rigorosamente de acordo


com a vontade do legislador.
 Em qualquer hipótese, o papel de intérprete se
reduz a aplicar precisa e mecanicamente a regra
querida pelo legislador, ainda que há 100 ou 200
anos antes.

 O uso excessivo do Direito Romano acompanhou


esse apego a um estilo cheio de regras e
brocardos.
 Esse fetichismo legal desenvolveu-se após a
promulgação do Código de Napoleão (1804), com
feição nova, Escola inspirada na concepção
racionalista de que todo racionalista o direito está
contido na lei e que esta, uma vez ou legalista
promulgada, tem existência e significação
próprias, independentemente do legislador que a
fez. O papel do intérprete é o de tirar dos textos
legais, através de processos lógicos e racionais, a
solução para todos os casos. Deve ficar
rigorosamente dentro da órbita das leis, sem
recorrer a outras fontes.
 Contra o exagerado legalismo dos sistemas
tradicionais – que consideravam o texto legal a
única fonte do direito Sistemas - sugiram críticas
e reações em diversos países, modernos de dando
origem aos chamados sistemas modernos
interpretação de interpretação.

 Entre eles devem ser mencionados: - o sistema da


evolução histórica de Saleilles; - o sistema da
livre investigação de Geny.

 Sistema da evolução histórica: Diante da lei,


o intérprete deve observar não só o que o
legislador "quis", mas também o que ele
"quereria", se vivesse no meio atual. Deve
"adaptar-se a velha lei aos tempos novos", e não
abandoná-la. E, assim "dar vida aos Códigos".
 Sobre a doutrina da livre indagação, escreveu
Carlos Maximiliano: "Mais arrojada do que a
doutrina vitoriosa da escola histórico-evolutiva,
porquanto se no Sistema não se contentava com
interpretar amplamente os livre textos; ia muito
além, criava direito novo”.

 A lei é a fonte mais importante do direito, mas


não a única. Diante de uma lacuna na legislação,
o intérprete deve recorrer a outras fontes, e não
violentar a lei para forçá-la a dizer o que ela não
pôde ter previsto, como pretende a doutrina da
evolução histórica.

 Quais são essas "outras fontes"?


 O costume, a jurisprudência, a doutrina.
INTEGRAÇÃO JURÍDICA E LACUNAS DA LEI
Também devemos acrescentar que, em um
sentido técnico, seria um equívoco afirmar que
exista uma lacunado direito. Devemos sempre
precisar que a lacuna é da legislação, pois há a
falta de uma norma jurídica legal prevendo o
caso, mas não de uma norma jurídica em sentido
amplo.

O art. 5º, XXXV, da CF, afirma que “a lei não


excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito”.
 Mecanismos de Integração:

 Analogia significa comparar. Haverá analogia no


direito quando comparamos um caso não previsto na
legislação com outro previsto (ou outros). O critério do
caso previsto será aplicado para a resolução do caso
não previsto, desde que sejam semelhantes.

 Existe analogia legis quando se comparam dois


fenômenos. Primeiro, demonstra-se a semelhança
entre ambos. Essa semelhança deve ser fundamental
e não circunstancial, ou seja, a essência de ambos
deve ser parecida. Por exemplo, compara-se um
contrato celebrado presencialmente entre duas
pessoas e um contrato celebrado via internet. Há um
acordo de vontades em ambos. Além de fundamental,
a semelhança deve ser axiológica, ou seja, ambos os
fenômenos devem propiciar condições para a
concretização de valores semelhantes. No exemplo
citado, nos dois casos concretiza-se o valor da
autonomia da vontade.
 Costumes: práticas sociais reiteradas que
implicam uma sentido de obrigação aos seus
destinatários.

 Princípios Gerais do Direito x Princípios


Constitucionais.
 DIREITO ALTERNATIVO

 Direito alternativo é um movimento desviante em


face à legalidade estatal, que bebe nas fontes do
direito as quais não estejam ligadas ao Estado, às
normas legislativas. Não coincide (ou não
coincide de todo) o direito alternativo com a
legalidade do Estado, pois, de outro modo, não lhe
seria alternativa (não seria outro conteúdo: a
palavra “alternativo” vem do latim alter, isto é,
“outro”). Ou seja, direito alternativo só é tal pelo
desvio, pela não-identificação, pela
dessemelhança, em relação ao conteúdo da
legislação estatal (conteúdo que também lhe é
desviante e, portanto, lhe é também alternativo).
E AS CONSEQUÊNCIAS DA DECISÃO: PODE-SE
FAZER JUSTIÇA AINDA QUE O MUNDO PEREÇA?
 Na lei de ADI, nº 9.869/1999 (Modulação de Efeitos):
 Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

 Novíssima lei nº 13.655/2018, que altera a LINDB:


 Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se
decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que
sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
 Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou
judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas
consequências jurídicas e administrativas.

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