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MATEMÁTICA BÁSICA II
Batatais
Claretiano
2014
© Ação Educacional Clare ana, 2014 – Batatais (SP)
Versão: dez./2014
510S233m
Santos,BeatrizConsueloKuroishiMello
MatemáticabásicaII/BeatrizConsueloKuroishiMelloSantos,JulianaBrassolatti
Gonçalves–Batatais,SP:Claretiano,2014.
180p.
ISBN:978Ͳ85Ͳ8377Ͳ254Ͳ5
1.Sequênciasnuméricas.2.Progressõesaritméticasegeométricas.3.Determinantes
matrizes.4.Sistemaslineares.I.Gonçalves,JulianaBrassolatti.II.Matemáticabásica.
CDD510
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cá a Aparecida Ribeiro Juliana Biggi
Dandara Louise Vieira Matavelli Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Elaine Aparecida de Lima Moraes Rafael Antonio Morotti
Josiane Marchiori Mar ns Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Lidiane Maria Magalini Talita Cristina Bartolomeu
Luciana A. Mani Adami Vanessa Vergani Machado
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera Projeto gráfico, diagramação e capa
Raquel Baptista Meneses Frata Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Sequências numéricas; Progressões Aritméticas e Geométricas; estudo e
aplicações de matrizes, determinantes e sistemas lineares.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Matemática Básica II oferece um conteúdo que é essencial
para formação do futuro professor.
Nos dias de hoje, os professores se deparam com alunos des-
motivados a aprender Matemática. Isso é fato, visto que a maioria
deles enfrenta problemas sérios nessa disciplina.
Tais dificuldades apontam para um alto índice de repetência,
principalmente no Ensino Básico. Portanto, os fracos resultados
obtidos por nossos alunos merecem atenção dobrada por parte
dos responsáveis, professores etc. Não podemos ficar "aplaudin-
do" esse baixo índice e não fazer nada. Temos que procurar so-
8 © Matemática Básica II
Abordagem Geral
Neste tópico, apresentamos uma visão geral do que será
estudado. Aqui, você entrará em contato com os assuntos princi-
pais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade
de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. Desse
modo, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento
básico necessário a partir do qual você possa construir um refe-
rencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no
futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência
cognitiva, ética e responsabilidade social. Vamos começar nossa
aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que
fundamentam este conteúdo.
Os conteúdos de Matemática Básica II levará você a conhe-
cer o que os Parâmetros Curriculares Nacionais e os autores con-
sagrados trazem sobre o ensino da de alguns tópicos da Álgebra,
refletindo sobre pontos importantes, como:
1) Como ensinar os conteúdos de sequência, progressões,
matrizes, determinantes e sistemas lineares?
2) Qual a forma mais adequada de ensinar tais conteúdos
nos dias de hoje?
3) Quais são as metodologias ou métodos de ensino para o
aprendizado desses conteúdos?
4) Existem aplicações de tais conteúdos em situações-pro-
blema? Quais?
5) Como avaliar o aluno de forma adequada?
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados na Matemática Básica II. Veja, a
seguir, a definição dos principais conceitos:
1) Comunicação matemática: é oferecer às pessoas a pos-
sibilidades de organizar, explorar e esclarecer seus pen-
samentos. O grau ou o nível de entendimento está rela-
cionado à comunicação bem sucedida desse conceito ou
ideia. A comunicação é a raiz da aprendizagem (BRASIL,
2000b, p. 13).
Matemática
Resoluçãode
Problemas
Álgebra Sequências
numéricasou
geométricas
Matrizes
Progressão
Aritmética(PA)
Determinantes
Progressão
SistemasLineares Geométrica(PG)
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de Matemática, pode ser uma
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se
preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso,
essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos
e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
© Caderno de Referência de Conteúdo 21
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada,
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto,
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas.
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLDRINI, J. L. Álgebra Linear. 3. ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
CALLIOLI, C. A.; DOMINGUES, H. H.; COSTA, R. C. F. Álgebra Linear e aplicações. 6. ed. São
Paulo: Atual, 1990.
DANTE, L. R. Matemática. Volume único. São Paulo: Ática, 2011.
DANTE, l. R. Matemática: contexto e aplicações. São Paulo: Ática, 2011.
DEMANA, F. D. et al. Pré-Cálculo. São Paulo: Addison Wesley, 2009.
HOWARD, A.; RORRES, C. Álgebra Linear com aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2001.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática elementar. 8. ed. São Paulo:
Atual, 2004.
KOLMAN, B. Introdução à Álgebra Linear com aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: s. n.,
1998.
LAY, D. C. Álgebra Linear a suas aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
LIMA, E. L. Álgebra Linear. 3. ed. Rio de Janeiro: Instituto de Matemática Pura e Aplicada,
CNPq, 1998.
LIPSCHUTZ, S. Álgebra Linear: teoria e problemas. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron
Books, 1994.
MACHADO, A. S. Matemática na escola do Segundo Grau. São Paulo: Atual, 1996.
PACHECO, A. T. Material dourado; blocos multibásicos. Educação Matemática em Revista,
ed. 4, p. 51-56, 2002.
RIBEIRO, J. Matemática: ciência, linguagem e tecnologia, 1: Ensino Médio. 1 ed. São
Paulo: Scipione, 2010.
STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Pearson Makron Books,
1987.
YOUSSEF, A. N.; FERNANDES, V. P.; SOARES, E. Matemática: volume único. São Paulo:
scipione, 2000.
© Caderno de Referência de Conteúdo 23
4. EͳREFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares
Nacionais de Matemática. Ensino Médio. Parte I: Bases Legais. 2000a. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 30 set 2013.
_______. Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática. Ensino Médio. Parte III:
Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. 2000b. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso em: 30 set. 2013.
______. PCN + – Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.
Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_CNMT.pdf>. Acesso em: 30
set. 2013.
CRATO, N. Melhorar o ensino da Matemática com ferramentas do século XXI. Disponível
em: <http://www.alfaebeto.org.br/Arquivos/Documentos/Nuno_crato_matematica.
pdf>. Acesso em: 30 set. 2013.
LENDO.ORG. A língua materna e o ensino nas escolas. Disponível em: <http://www.
lendo.org/a-lingua-materna-e-o-ensino-nas-escolas/>. Acesso em: 21 jan. 2013.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado. Proposta curricular do estado de São
Paulo – Ensino Fundamental ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2008. Disponível em:
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_MAT_COMP_
red_md_20_03.pdf>. Acesso em: 30 set. 2013.
1
Profª. Ms. Beatriz Consuelo Kuroishi Mello Santos
1. OBJETIVOS
• Retomar as características dos conjuntos numéricos.
• Entender o significado da "densidade" no conjunto dos
números reais.
• Reconhecer a regularidade apresentada na construção de
sequências numéricas ou geométricas.
• Relacionar a regularidade dos números naturais a outras
sequências numéricas e geométricas e identificar essa re-
gularidade a partir de uma equação matemática.
• Conhecer quem foi o italiano Leonardo de Pisa (Fibonac-
ci) e entender o processo de formação da sequência nu-
mérica chamada de Fibonacci.
• Solucionar problemas a partir de situações reais presen-
tes no cotidiano.
26 © Matemática Básica II
2. CONTEÚDOS
• Conjuntos numéricos e suas características.
• Sequências numéricas e/ou geométricas identificando as
regularidades apresentadas a partir de observação e ge-
neralização de padrões.
• Termo geral de sequências numéricas: construindo as se-
quências a partir do seu termo geral.
• A Sequência de Fibonacci.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nos primeiros anos do Ensino Fundamental (Ciclo 1) você es-
tudou a origem dos números naturais, mais conhecidos como os
"números para contar". O estudo dos números naturais foram se
expandindo no decorrer dos Ensinos Fundamental (Ciclo 2) e Mé-
dio. Mas, com certeza, esse não é o único conjunto numérico que
você conhece. Um conjunto muito conhecido e presente em nosso
cotidiano é o dos números inteiros (Z). É possível estabelecermos
uma relação no conjunto dos números inteiros (Z), por exemplo,
quando estudamos saldos bancários (negativos e positivos), ou
temperaturas abaixo de zero (negativas).
Embora você já tenha estudado o que diz respeito aos con-
juntos numéricos, retomaremos esse estudo a partir das principais
características que os mesmos apresentam. Para que possamos
dar um significado ao conhecimento acerca de "sequências e nú-
meros", é preciso que entendamos o que quer dizer a "densidade"
do conjunto dos números reais, e também resgatar a importância
da História da Matemática, revelada nessa unidade pelo estudo
sobre a "Sequência de Fibonacci" (Leonardo de Pisa). Além disso,
relacionaremos o estudo dessa sequência com outras áreas do co-
nhecimento, como Artes e Biologia.
Vale ressaltar a importância da resolução de problemas a
partir da observação de regularidades e padrões numéricos. De-
ve-se relacioná-los ao cotidiano do aluno para a construção do
conhecimento. Sob essa perspectiva, os alunos deverão traduzir
para a linguagem matemática exemplos descritos em linguagem
materna.
Portanto, é fundamental que, ao final do estudo desta uni-
dade, você seja capaz de classificar um número de acordo com o
conjunto ao qual pertence, entendendo que o conjunto dos nú-
meros reais é "denso", e de aplicar o conceito de sequências em
situações cotidianas, como, por exemplo, listas de chamadas, códi-
go de barras, ordem alfabética de um dicionário e sequências das
notas musicais.
No decorrer desta unidade, procuramos desenvolver esse
conteúdo de uma maneira detalhada, para que você possa nortear
o seu trabalho docente. Assim, é importante uma leitura atenta e
uma participação efetiva nas atividades e interatividades que são
sugeridas para esta unidade.
Vamos em frente!
© U1 - Números e Sequências 29
1 5
1, 618033989
2
Números reais
O conjunto dos números reais consiste em uma reunião do
conjunto dos números racionais (Q) e o conjunto dos números ir-
racionais (I).
De acordo com os estudos a respeito dos conjuntos numéri-
cos, existe uma correspondência que se faz entre os números reais
e os pontos da reta denominada "biunívoca". Isso quer dizer que,
a cada ponto da reta corresponde um único número real e vice-
-versa.
Em relação ao conjunto dos números racionais e reais, pode-
mos estabelecer o que se chama de "conjuntos densos". Entre dois
números racionais existem infinitos números racionais e entre dois
números reais existem infinitos números reais.
Com base nas características apresentadas até aqui, pode-
mos concluir que os conjuntos numéricos podem ser assim rela-
cionados:
•
• I
• I
• I
• I
A partir dos estudos sobre conjuntos numéricos e suas ca-
racterísticas, é possível identificar a relação entre tais conjuntos e
os estudos acerca de sequências numéricas ou geométricas.
6. SEQUÊNCIAS
Dando prosseguimento ao estudo sobre números e sequên-
cias, iremos elencar algumas situações em que estão presentes al-
guns conceitos como "ordem" e "padrão".
Exemplo 1
O conjunto A é formado por números inteiros positivos
maiores que 2 e menores ou iguais a 10. Como já dissemos, o con-
junto dos números inteiros é composto por "positivos ou negati-
vos”. Entretanto, devemos formar o conjunto A utilizando apenas
os números inteiros positivos de acordo com o intervalo, e não
esquecendo que o número dez fará parte do mesmo. Esse conjun-
to é finito.
A = {3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
Exemplo 2
O conjunto B é formado por números inteiros menores do
que 8 e maiores do que -3. Nesse exemplo, fica evidente que tanto
o número 8 quanto o número -3 não poderão fazer parte dessa
sequência finita.
B = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
Exemplo 3
O conjunto C é formado por números naturais que, quando
dobrados e somados a 2, resultam em um número maior que 9.
Essa sequência é infinita.
C = {4, 5, 6, 7,...}
Exemplo 4
Observando a sequência infinita (6, 8, 3, 5, 1, 6, 8, 3, 5, 1, 6,
8, 3, 5, 1,...) é possível identificar o 30º termo? Embora essa se-
quência seja infinita, é possível estabelecermos uma relação entre
as posições que se repetem. Até o quinto termo, os números são
diferentes e, a partir do sexto termo, voltam a se repetir. Podemos
perceber que os números se "repetem em posições que são múl-
tiplas de cinco". Desse modo, como a posição que corresponde
ao 30º termo é um múltiplo de cinco, podemos concluir que essa
posição será correspondente ao número 1.
Exemplo 5
Hoje é quinta-feira. Preciso saldar a minha dívida exatamen-
te daqui a 60 dias. Em que dia da semana cairá o 60º dia? Sabemos
que uma semana corresponde a sete dias. Dividimos 60 por 7 e
verificamos que deixa resto 4; portanto, o 60º dia será o quarto
elemento dos dias da semana iniciada na sexta-feira. Logo, o 60º
dia será segunda-feira.
Exemplo 1
Considere a sequência (5, 5, 6, 7, 7, 5, 5, 6, 7, 7,...). Se essa
sequência não for alterada, quais serão os termos 45º e 159º? Para
identificarmos esses termos, é preciso que, ao observarmos a se-
quência, verifiquemos que os números se repetem a cada cinco
posições, ou seja, dividimos 45 por 5 e obtemos resto 0. Dividimos
159 por 5 e obtemos resto 4. Desse modo, podemos concluir que
os termos correspondentes são: a45 7 (é o número que corres-
ponde à quinta posição) e a159 7 (é o número que corresponde
à quarta posição).
Exemplo 2
Observe a sequência na Figura 1.
a
10 102 100,100 10 90
Exemplo 3
A representação da Figura 2 nos faz perceber que existe uma
relação entre a quantidade de "quadradinhos" e o número escrito
logo abaixo. Desse modo, podemos afirmar que a soma dos núme-
ros que estão escritos abaixo corresponde também a um número
quadrado perfeito.
1+3+5+7+9 = 25
Exemplo 4
Os números quadrangulares consistem em uma sequência
de números que é formada por pontos em uma região poligonal
denominada de quadrado. Para formar essa figura, basta elevar
ao quadrado o termo correspondente da sequência, conforme a
representação da Figura 3.
Exemplo 5
Os números triangulares consistem em uma sequência de
números que são formados por pontos em uma região poligonal
denominada triângulo, particularmente o triângulo equilátero. Ao
observar essa regularidade, é possível estabelecer a relação entre
esses números e a sequência que se forma. O primeiro termo tem
1 ponto, o segundo termo tem 3 pontos, o terceiro termo tem 6
pontos, o quarto termo tem 10 pontos e assim sucessivamente.
Portanto, podemos expressar a formação dessa sequência assim:
a1 1
a2 a1 2, a2 3
a3 a2 3, a3 6
a4 a3 4, a4 10
...
Lei de formação
Leis de formação são situações que exigem a ordenação dos
elementos. Essas leis nos mostram quais relações são estabele-
cidas. Com a lei de formação, podemos partir de um enunciado
algébrico para um contexto aritmético e, também, transformar a
linguagem materna em linguagem matemática. Vejamos alguns
exemplos.
Exemplo 1
De acordo com a sequência an 3n 2, n N * , calcule os
seis primeiros termos.
Atenção! Como n N * , não podemos iniciar pelo zero.
• Para n 1 , an 3n 2 : a1 3 1 2 ; a1 3 2 1 .
• Para n 2 , an 3n 2 : a2 3 2 2 ; a2 6 2 4 .
• Para n 3 , an 3n 2 : a3 3 3 2 ; a3 9 2 7 .
• Para n 4 , an 3n 2 : a4 3 4 2 ; a4 12 2 10 .
• Para n 5 , an 3n 2 : a5 3 5 2 ; a5 15 2 13 .
• Para n 6 , an 3n 2 : a6 3 6 2 ; a6 18 2 16 .
© U1 - Números e Sequências 41
Exemplo 2
A sequência infinita dos números quadrados perfeitos é for-
mada a partir do termo geral: an n 2 , n N * . Nesse sentido,
pode-se representar os cinco primeiros números quadrados per-
feitos.
• Se n 1 , a1 12 1 .
• Se n 2 , a2 22 4 .
• Se n 3 , a3 32 9 .
• Se n 4 , a4 42 16 .
• Se n 5 , a5 52 25 .
Nesse caso, trata-se de uma sequência finita de cinco termos
e é assim expressa: (1, 4, 9, 16, 25).
Exemplo 3
n ,n N
Sabendo-se que uma sequência é formada por ,
n 1
qual é o valor do 3º, 5º e 25º termos?
Atenção! Para calcularmos os termos solicitados, é preciso
substituir o valor de n pelos números 2, 4 e 24, que são as posições
que eles ocupam. De acordo com o conjunto numérico, o primeiro
termo da sequência é o a0 .
2 2
• n 2, .
2 1 3
4 4
• n 4, .
4 1 5
24 24
• n 24 , .
24 1 25
2 4 24
Portanto, a3 , a5 , a25 .
3 5 25
Sequência numérica
Uma sequência numérica é composta por números que es-
tão dispostos de acordo com uma ordem preestabelecida.
Exemplo 1
Em uma sequência numérica, o primeiro termo é igual a 4, e
os seguintes são obtidos pelo acréscimo do dobro do número 4 ao
termo imediatamente anterior. Nessa sequência, quais são os seis
primeiros termos?
Atenção! O dobro do número 4 é 8; portanto, devemos adi-
cionar a cada termo o número 8.
• a1 4 .
• a2 8 a1 ; a2 2 4 4 8 4 12 .
• a3 8 a2 ; a3 2 4 12 8 12 20 .
• a4 8 a3 ; a4 2 4 20 8 20 28 .
• a5 8 a4 ; a5 2 4 28 8 28 36 .
• a6 8 a5 ; a6 2 4 36 8 36 44 .
Os seis primeiros termos são: (4, 12, 20, 28, 36, 44).
Podemos observar que basta adicionar o número 8 a cada
termo anterior.
Exemplo 2
Os termos de uma sequência numérica são obtidos a partir
das seguintes sentenças:
• Elevar a posição do termo ao quadrado e adicionar ao ter-
mo, isto é, o primeiro termo é elevado ao quadrado e é
adicionado o número 1; o segundo termo é elevado ao
quadrado e é adicionado o número 2, e assim por diante.
© U1 - Números e Sequências 43
9. TEXTOS COMPLEMENTARES
Conhecer a história de Leonardo de Pisa (Fibonacci) e suas
contribuições para outras áreas do conhecimento é fundamental
para os estudos acerca de sequências numéricas. Nesse sentido,
ao ler o texto a seguir, tente interpretar e sintetizar as partes mais
importantes, pois poderão contribuir e modificar significativamen-
te a sua prática docente.
Pinhas
Da mesma forma, o número de espirais de Fibonacci pode ser encontrado
frequentemente em muitas outras formas vegetais como sejam: as folhas das
cabeças das alfaces, a couve-flor, as camadas das cebolas ou os padrões de
saliências dos ananases e das pinhas, como se pode ver nesta figura.
5) Hoje é segunda-feira. Tenho uma dívida com um banco que vencerá exata-
mente daqui a 30 dias. Em que dia da semana cairá o 30º dia?
an an1 1 n N *, n 1 e a1 4 .
3 3
9) Em uma sequência numérica, o primeiro termo é igual a 8 e os seguintes
são obtidos a partir do acréscimo de três unidades ao termo imediatamente
anterior. Nessa sequência, qual é o valor do a15 ?
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) e) 8.
3)
a) Azul.
b) 18 foram pintados de amarelo e os degraus pintados de amarelo foram
os de números 2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, 29, 32, 35, 38, 41, 44, 47,
50, 53.
4) 1 e 2.
5) Quarta-feira.
6)
a) 625;
b) 4n 4 4.10 4 44 .
7) 21.
4 2 1 1 2
8) ,1, , , 0, , .
3 3 3 3 3
9) 50.
11. CONSIDERAÇÕES
No estudo desta unidade, você teve a oportunidade de revi-
sar conceitos e conteúdos relacionados aos conjuntos numéricos,
entender o que quer dizer uma sequência numérica e, também,
observar as regularidades em algumas figuras geométricas. Esse
conteúdo deve ser trabalhado com os alunos do 1º ano do Ensino
Médio e deve-se procurar sempre fazer uma conexão com outras
áreas do conhecimento. O norte americano Lee Shulman (1986)
revela a importância das três vertentes do conhecimento do pro-
fessor: do conteúdo, didático do conteúdo e curricular. Nesse sen-
tido, em relação ao conhecimento didático do conteúdo, procure
© U1 - Números e Sequências 51
12. EͳREFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 4 A Sequência de Fibonacci. Disponível em: <http://www.bpiropo.com.br/
graficos/FPC20070108c.jpg>. Acesso em: 10 set. 2013.
Figura 5 Moluscos náuticos. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_70JElYVm91Q/
S1DxBwBpFDI/AAAAAAAACVE/XD0g5ZyLGmo/s400/Imagem1.jpg>. Acesso em: 10 set.
2013.
Figura 6 Ramos da planta. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2002/
icm101/images/ramos_de_troncos_de_arvores.gif>. Acesso em: 10 set. 2013.
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Orientações curriculares
para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, v.
2, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_
internet.pdf>. Acesso em: 9 set. 2013.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado. Proposta curricular do estado de São
Paulo. Matemática – Ensino Fundamental ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2008.
Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_
MAT_COMP_red_md_20_03.pdf>. Acesso em: 9 set. 2013.
UNIVERSIDADE DE LISBOA. Problema dos coelhos. Disponível em: <http://www.educ.
fc.ul.pt/icm/icm99/icm31/coelhos.htm> Acesso em: 10 set. 2013a.
______. A natureza e Fibonacci. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/
icm41/natureza.htm>. Acesso em: 10 set. 2013b.
1. OBJETIVOS
• Entender a história das progressões.
• Definir Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geomé-
trica (PG).
• Reconhecer o padrão de regularidade de uma Progressão
Aritmética (PA) e de uma Progressão Geométrica (PG).
• Classificar e reconhecer quando a Progressão Aritmética
(PA) ou a Progressão Geométrica (PG) é crescente, de-
crescente, constante ou alternante.
• Analisar e calcular o termo geral de uma Progressão Arit-
mética (PA) e a soma dos n termos de uma Progressão
Aritmética (PA) finita.
54 © Matemática Básica II
2. CONTEÚDOS
• A história das progressões.
• Definição e classificação de Progressão Aritmética.
• Fórmula do termo geral da Progressão Aritmética.
• Fórmula da soma dos n termos da Progressão Aritmética
finita.
• A Progressão Aritmética e suas aplicações na função afim
e quadrática.
• Definição e aplicação da Progressão Geométrica.
• Fórmula do termo geral da Progressão Geométrica.
• Fórmula da soma dos n termos da Progressão Geométrica
finita.
• Fórmula do limite da soma dos termos de uma Progres-
são Geométrica infinita.
• Situações problemas sobre PA e PG.
<http://www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_CNMT.pdf>.
Acesso em: 16 set. 2013.
2) Pesquise em livros ou na internet como ensinar Progres-
sões Aritméticas e Geométricas. Mostre ao aluno a im-
portância desse estudo, motivando-o sempre. Relacio-
ne-os com os conceitos sobre modelagem matemática e
também de resolução de problemas. Para complemen-
tar o seu estudo, é importante que acesse o site que se
encontra disponível em: <http://www.portaldoaluno.
org.br/public/webquest.htm.jsp>. Acesso em: 16 set.
2013. Vale ressaltar que nesse site existe a WebQuest
como recurso tecnológico e que pode transformar esses
estudos em atividades diferenciadas. Lembre-se de que
você é o protagonista deste processo educativo.
3) Alguns cálculos estudados aqui deverão ser realizados
em uma calculadora científica; caso não tenha uma, in-
dicamos uma calculadora on-line com maior capacidade
de dígitos, que pode ser encontrada no site disponível
em: <www.calculadoraonline.com.br>. Acesso em: 16
set. 2013.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Antes de iniciarmos nossos estudos acerca dos conceitos de
progressões, é importante conhecer o seu desenvolvimento histó-
rico, bem como a relação que é possível estabelecer com outras
áreas do conhecimento.
Você já estudou em outras obras como é possível transfor-
mar um conhecimento do conteúdo em conhecimento para a prá-
tica docente.
Iniciaremos nossos estudos conhecendo um pouco da Pro-
gressão Aritmética (PA), revelada por Gauss.
Carl Friedrich Gauss viveu de 1777 a 1855. Contribuiu para
todos os ramos da Matemática e, em particular, para a teoria dos
números. No que diz respeito aos estudos sobre Progressão Arit-
mética (PA), ele foi capaz de deduzir a fórmula dos "n" primeiros
termos de uma PA, quando teve que somar os "números de 1 a
100". Nesse sentido, faz-se necessário nos reportamos à História
da Matemática, pois a história da Matemática “[...] pode ser vista
como um elemento importante no processo de atribuição de sig-
nificado aos conceitos matemáticos” (BRASIL, 2006, p. 86). Corro-
borando esse pensamento, devemos resgatar a História da Mate-
mática, sobretudo nos estudos referente às progressões, para que
o aluno do Ensino Médio tenha um melhor entendimento.
Quando se pensa em Progressão Aritmética (PA), a primeira
coisa que vem à mente é a soma. Já ao tratarmos de Progressão
Geométrica (PG), é a multiplicação. Uma palavra muito comum
tanto em PA quanto em PG é razão, que terá dois significados di-
ferentes. Em PA, a palavra razão é identificada pela letra inicial mi-
núscula "r" e em PG, identificamos pela letra inicial minúscula "q".
Será possível, no decorrer desta unidade, estabelecermos
uma relação entre a Aritmética, que estuda os números e suas
operações, e a Álgebra, que estuda as equações. É a partir delas
que iremos calcular os valores das variáveis ou incógnitas, que são
representadas por letras.
Essa conexão pode ser vista sob duas perspectivas. Observe:
• Uma empresa produziu, em 2008, 5.000 unidades de com-
putadores. Sabendo que o aumento anual de produção
dessa empresa é de 15.000 unidades, quantas unidades
ela produzirá no decorrer de cinco anos? Você será capaz
de entender que essa relação que se dá entre a quanti-
dade produzida e o tempo de produção, nos remete aos
conceitos sobre sequência e Progressão Aritmética (PA).
• Agora imagine a seguinte situação: você é cliente de um
banco e tem um crédito pré-aprovado, denominado de
"cheque especial" e o banco cobra uma taxa de juros com-
posto correspondente a 12% ao mês sobre o valor utiliza-
do. Suponhamos que você tenha utilizado R$ 500,00 de
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 57
5. UM POUCO DE HISTÓRIA
Iniciar a aula de Matemática com uma breve introdução his-
tórica a respeito das progressões se faz necessário no cotidiano es-
colar. Os alunos não veem mais sentido nas aulas que se baseiam
em fórmulas e cálculos. Sendo assim, utilizar esse recurso se faz
necessário quando se trata de progressões.
Na Antiguidade, particularmente no Egito Antigo, são encon-
trados, no Papiro de Rhind, ou Ahmes (Figura 1), alguns indícios do
estudo desses conteúdos.
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 59
Observe a Figura 2:
Exemplo 1
Uma fábrica de roupas produz 60 camisetas no primeiro dia;
110 no segundo dia; 160 no terceiro dia; 210 no quarto dia e 260
no quinto dia. Ao final dos cinco dias, verificou-se que a quantida-
de de camisetas aumentou de acordo com a Tabela 1.
a2 a1 110 60 50
a3 a2 160 110 50
a4 a3 210 160 50
a5 a4 260 210 50
Exemplo 2
Uma pessoa foi ao médico e o mesmo prescreveu a ela que
aumentasse sua massa, pois ela se encontraria “abaixo do peso”.
a2 a1 40 38 2
a3 a2 42 40 2
a4 a3 44 42 2
a5 a4 46 44 2
a6 a5 48 46 2
a7 a6 50 48 2
Exemplos:
• A sequência (8, 13, 18, 23, 28, 33, 38) é uma PA finita de
sete termos, em que, ao subtrairmos o 2º termo do 1º,
obtemos 5, e assim por diante. Portanto, a razão é r = 5.
• A sequência (30, 20, 10, 0, -10, -20,...) é uma PA infinita
em que a1 30 e r = -10.
Atenção!
• (7, 7, 7, 7) é uma PA finita de razão r = 0.
Exemplo 1
Uma indústria de roupas está enfrentando alguns problemas
financeiros e a produção de saias vem caindo em 30 unidades por
dia. No 1º dia, essa indústria produziu 180 saias, no 2º dia, 150
saias, no 3º dia, 120 saias e assim por diante. Quantas saias essa
indústria produziu no 6º dia? Podemos afirmar que não haverá
mais produção de saias a partir do 7º dia?
De acordo com o enunciado, essa PA fica assim definida:
(180, 150, 120, 90, 60, 30, 0) e r = - 30. (r < 0)
Sendo assim, no 6º dia, a indústria produziu 30 saias e, no 7º
dia, não haverá produção.
• Constante: uma PA é constante quando todos os seus ter-
mos são iguais, ou seja, r = 0.
Exemplos:
(-3, -3, -3, ...) é uma PA infinita de razão r = 0.
(9, 9, 9, 9) é uma PA de quatro termos, em que a1 9 e a
razão é r = 0.
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 65
Observação
De acordo com a definição de PA, é necessário que, a partir
do segundo termo, tenhamos uma sucessão de números em que
a razão seja constante. Sendo assim, a sequência a seguir mostra
que não podemos classificá-la como uma PA de razão constante.
(2, -2, 2, -2, 2, -2,...)
O primeiro termo é igual a 2, o segundo termo é igual a -2;
ao subtrairmos os dois termos, chegamos ao seguinte resultado:
2 2 2 2 4
Se subtrairmos o terceiro termo do segundo termo, chegamos
a um resultado diferente do anterior, ou seja, 2 2 2 2 4 .
Portanto, a razão não é igual a zero e nem se caracteriza por uma PA.
a2 a1 r a2 a1 r
a3 a2 r a3 a2 r
• n = número de termos;
• r = razão da PA.
Veja alguns exemplos.
Exemplo 1
Considere a seguinte PA (7, 11, 15, ..., 123). Determine qual
é:
• O termo geral
Sabemos que, para utilizarmos a fórmula do termo geral,
precisamos conhecer o primeiro termo e a razão. O pri-
meiro termo está no enunciado da questão e a razão é
possível calcular subtraindo o segundo termo do primeiro
ou o terceiro termo do segundo. Dessa forma, a razão é:
r 11 7 ou r 15 11
r4
a1 7
Exemplo 2
Suponhamos que uma montadora de automóveis, ao final
do primeiro semestre, apresente uma produção mensal que vem
aumentando sucessivamente. Se, em janeiro, a empresa produziu
20.000 carros e, em junho, 120.000 unidades, quais foram as pro-
duções dos meses de fevereiro, março, abril e maio?
No contexto, temos que o primeiro termo é 20.000 unida-
des. E devemos formar uma PA, de seis termos utilizando a fór-
mula do termo geral, considerando o sexto termo como 120.000 e
também n = 6.
Substituindo os valores, temos:
a6 a1 6 1 r a6 20.000 5 r
120.000 20.000 5 r 100.000 5 r
100.000
r r 20.000
Exemplo 1
Em uma residência, a torneira da cozinha está danificada e
com isso está havendo um vazamento. O dono da casa resolveu
verificar quantas gotas de água caem por minuto, durante 5 mi-
nutos. Utilizando um cronômetro, foi marcando em uma folha de
Exemplo 2
Uma empresa de telefonia móvel demonstrou a sua produ-
ção anual de acordo com a Tabela 4.
Exemplo 3
Em uma PA, o primeiro termo é -15 e r = 4. Nessas condições,
quais são os quatro primeiros termos e a soma deles?
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 71
a2 a1 r a2 15 4 11
,
a3 a1 2r , a3 15 2 4 15 8 7
a4 a1 3r a4 15 3 4 15 12 3
,
Os quatro primeiros termos são 15, 11, 7, 3 . Quando
somamos esses termos, temos:
15 11 7 3 36
Exemplo 4
Uma PA tem a1 4 e r 2 . Determine a soma dos 15 pri-
meiros termos. Podemos fazer esse cálculo de forma direta, adi-
cionando 2 ao termo imediatamente anterior, para obter o segun-
do termo. O terceiro é obtido pela adição de 2 ao segundo termo
e assim por diante.
A representação desta PA é (4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20,
22, 24, 26, 28, 30, 32). Ao somarmos os valores, obteremos como
resultado 270.
Exemplos resolvidos
Se voltarmos ao problema da quantidade de gotas de água
que são despejadas em cinco minutos, utilizando a fórmula, te-
mos:
(a1 an ) n
Sn , r 15
2
a5 30 4 r ; a5 30 4 15 ; a5 30 60 90
S
30 90 5
5
2
120 5
S5
2
600
S5
2
S5 300
Já no que toca o problema referente à quantidade de
telefones celulares produzidas no final de 6 anos, podemos
inserir os dados na fórmula da soma finita dos n termos de uma
progressão aritmética. Nesse contexto, temos que:
(a1 an ) n
Sn , r 3.000
2
a1 12.000
a6 12.000 5 r ; a6 12.000 5 3.000 ; a6 12.000 15.000 27.000
S6
12.000 27.000 6
2
S6
39.000 6
2
234.000
S6
2
S6 117.000
Exemplo 1
Considere a função afim f x 4 x 2 e (6, 14,
22, 30,...), uma PA de razão igual a oito. Verifique que
f 6 , f 14 , f 22 , f 30 ... também é uma PA e determine
sua razão.
Substituindo os valores de x por 6, 14, 22 e 30, temos os no-
vos resultados, sendo eles uma sequência (22, 54, 86, 118,...), que
é uma PA de razão 32, ou seja, multiplicamos o coeficiente angular
(a) pela razão (r), ficando assim: a r 4 8 32 . Portanto, estabe-
lecemos uma relação entre PA e função afim, com domínio e ima-
gem no conjunto dos números reais e definida por: f x ax b .
Agora, retomando a definição de uma função quadrática, em
que o domínio e a imagem pertencem ao conjunto dos números
reais, suponha o seguinte exemplo.
Exemplo 2
Segundo Ribeiro (2010), temos uma função quadrática de-
finida por f x x 2 1 , e a PA (1, 2, 3, 4, 5, ...) com razão igual
a 1. Calculando f 1 , f 2 , f 3 , f 4 , f 5 ... , obtemos a se-
quência (2, 5, 10, 17, 26,...). Podemos verificar que essa sequên-
cia, pela definição, não é uma PA, pois não existe uma constante.
Entretanto, ao fazermos a diferença entre os termos consecutivos,
verificamos que é uma PA de segunda ordem, com razão igual a 2.
Sendo assim, temos:
5 – 2 = 3; 10 – 5 = 5; 17 – 10 = 7; 26 – 17 = 9...
a2
a2 a1 q q
a1
a3
a3 a2 q q
a2
a4
a4 a3 q q
a3
...
an an1 q an q
an1
Exemplos:
1 1
1) A sequência , ,... é uma PG infinita. Qual é a razão
2 6
e a taxa de crescimento dos seus termos?
De acordo com a definição anterior, para acharmos a ra-
zão, basta dividirmos o segundo termo pelo primeiro ter-
mo, portanto, q é:
1
a1
2
1
a2
6
1
a 1 2 2 1
q 2 q 6 q
a1 1 6 1 6 3
2
1
q
3
1 1 1
2
i 6 2 3 0, 66... 66, 66%
1 1 3
2 2
a2 a1 q 4 5 20
a3 a2 q 20 5 100
a4 a3 q 100 5 500
a5 a4 q 500 5 2500
Exemplo 1
Suponha que um grupo de estudantes está estudando o cres-
cimento de uma população de vírus em uma aula de Biologia. Eles
observaram que, ao final do primeiro minuto, havia uma bactéria;
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 77
Exemplo 2
Foi feita uma gincana em uma escola e os participantes ga-
nham pontos de acordo com a modalidade "perguntas e respos-
tas''. Foi estipulado pela comissão organizadora que são 5 pergun-
tas, sendo que a primeira resposta correta vale 10 pontos e que,
em cada resposta posterior, o número de pontos seria "dobrado".
A Tabela 5 a seguir evidencia a respeito.
a2 : a1 20 :10 2
a3 : a2 40 : 20 2
a4 : a3 80 : 40 2
a5 : a4 160 : 80 2
Classificação de uma PG
A classificação de uma Progressão Geométrica (PG) depen-
de do valor da sua razão (q), podendo ser crescente, decrescente,
constante ou alternante.
• Crescente: quando a razão é maior que 1 (q > 1) e os ter-
mos são positivos, ou quando a razão q está em um inter-
valo maior do que zero e menor do que 1 (0 < q < 1), e os
termos são negativos. Por exemplo:
(4, 8, 16, 32, 64,...), q 2.
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 79
1
(- 64, -32, -16, -8,...), q .
2
• Decrescente: quando a razão q está em um intervalo
maior que zero e menor que 1 (0 < q < 1) e os termos
são positivos, ou quando a razão é maior que 1 (q > 1)
e os termos são negativos. Observe isso nos exemplos a
seguir:
1
(243, 81, 27, 9,...), q .
3
(- 3, - 9, - 27, -81, - 243, ...), q 3 .
• Constante: quando q = 1. Pelos exemplos a seguir, é pos-
sível verificar que a razão vale 1 e os termos podem ser
positivos ou negativos:
(150, 150, 150,...), q = 1 e os termos são positivos.
(-8, -8, -8, ...), q = 1 e os termos são negativos.
• Alternante: sempre que a razão de uma PG for um número
negativo (q < 0), podemos classificá-la em alternante.
Nesse contexto, verifique o exemplo:
(2, -8, 32, -128,...), q = -4 (q < 0).
Observe outros exemplos a seguir e suas classificações.
Exemplos resolvidos
1
1) 4, 2,1, ,... : de acordo com a definição de uma PG, se
2
dividirmos o segundo termo pelo primeiro termo, o ter-
ceiro termo pelo segundo e assim por diante, é possível
1
concluir que q , ou seja, os termos da sequência são
2
positivos e 0 < q < 1. Portanto, é uma PG decrescente.
1 3 9 27
2) , , , ,... : segundo a definição de PG, se di-
4 4 4 4
vidirmos, por exemplo, o segundo termo pelo primeiro
termo e o terceiro termo pelo segundo, encontramos
um número constante e igual a -3, ou seja, q = -3. Desse
modo, a razão é um número negativo (q = -3) e os ter-
mos se alternam em números positivos e negativos.
3) 7, 42, 252, 1512,... : de acordo com a definição
de PG, esta é decrescente, pois q = 6 (q > 1) e os termos
são todos negativos.
4) 6, 6, 6,... : os termos são todos iguais; portanto, é
constante e q = 1.
5) 20, 20, 20,... : ao dividirmos o segundo termo pelo
primeiro termo, é possível notar que q = -1. Desse modo,
essa PG é alternante.
• an é o termo geral.
• a1 é o primeiro termo.
• n é o número de termos.
• q é a razão.
Exemplo 1
Sabendo-se que o quarto termo de uma PG é igual a 2 e o
nono termo vale 64. É possível calcular o sétimo termo, apenas
com esses dados?
n 1
Substituindo na fórmula do termo geral an a1 q , consi-
deramos que o termo a9 a4 q , pois, ao passar do quarto termo
5
64 2 q 5
64
q5
2
q 5 32
q2
a7 a4 q 3
a7 2 23
a7 2 8
a7 16
Exemplo 2
No primeiro semestre de 2010, a produção mensal de uma
empresa cresceu em PG. Como o gerente financeiro não pode re-
velar os valores de todos os meses, ele informou apenas que, no
mês de janeiro, a produção foi de 3.000 unidades e, no mês de
junho, foi de 729.000 unidades. Quais os resultados apresentados
pela empresa nos meses de fevereiro, março, abril e maio?
Esse enunciado é muito comum em avaliações externas e li-
vros didáticos. O primeiro passo é descobrir o valor da razão para,
posteriormente, calcular o segundo termo, terceiro termo, quarto
termo e quinto termo.
Portanto, fazendo as substituições:
729.000
a6 a1 q 5 729.000 3.000 q 5 q 5
3.000
q 5 243 q 5 243 q 3
a2 3.000 3 9.000
a3 3.000 32 27.000
a4 3.000 33 81.000
a5 3.000 34 243.000
(3.000,9.000,27.000,81.000,243.000,729.000)
Exemplo 3
Se as raízes da equação quadrática x 5 x 4 0 corres-
2
Exemplo 4
1
Numa PG temos que o primeiro termo é 512 e a razão q .
2
Qual é o valor do quinto termo?
Devemos substituir na fórmula do termo geral. Portanto, o
quinto termo é igual à multiplicação do primeiro termo pela razão
elevada à quarta potência. Desse modo:
1 1 512
a5 512 ( ) 4 a5 512 a5 a5 32
2 16 16
Exemplo 1
Se uma empresa produziu, no ano de 2008, 15.000 unidades
de um produto químico e a cada ano ela produz 30% a mais que no
ano anterior, quantas unidades desse produto ela produziu entre
2008 e 2011?
É evidente que se trata de um problema de soma dos termos
de uma PG. Desse modo, basta aplicar a fórmula do termo geral e
substituirmos o primeiro termo por 15.000, sendo q 1,30 30%
e n 4.
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 85
1 qn
Sn a1 ,q 1
1 q
1 (1,30) 4 1 2,8561
S 4 15.000 S 4 15.000
1 1,30 0,30
1,8561
S 4 15.000 S 4 15.000 6,187 S 4 92.805
0,30
Exemplo 2
Se a soma dos dez primeiros termos de uma PG é 1.024 e a
razão q = 2, qual é o valor do primeiro termo?
Devemos aplicar a fórmula da soma substituindo os valores
segundo o enunciado. Portanto,
Exemplo 3
Qual é a soma dos dez primeiros termos da PG (3, -6, 12,...).
Dividindo o segundo termo pelo primeiro, temos que o
primeiro termo é 3 e q = -2. De acordo com a fórmula:
(2)10 1 (1024) 1
S10 3 S10 3
2 1 3
1023
S10 3 S10 1.023
3
Sn
a1 q n 1
.
q 1
Quando temos essa tendência para o infinito, utilizamos, na
fórmula anterior, “zero” e, substituindo, ficamos com a seguinte
fórmula:
a1 (1 0) a1
lim S nlim S
n n 1 q n 1 q
Exemplo 1
Exemplo 2
6 12 24
Qual é a soma dos termos da PG infinita (3, , , ,...) ?
5 25 125
a1 3
6
2
q 5
3 5
3 3 5
S 3 S 5
2 3 3
1
5 5
Exemplo 3
1
Numa PG ilimitada decrescente, a razão é e o limite da
2
soma dos seus infinitos termos é 32. Qual é o primeiro termo desta
PG?
Segundo os dados do problema,
1
q
2
S 32
a1 a 1
32 32 1 a1 32 a1 16
1 1 2
1
2 2
9. TEXTO COMPLEMENTAR
Esse texto revela a relação que existe entre o jogo de xadrez
e a Progressão Geométrica.
7) Qual é o primeiro termo de uma PG cuja razão é -2 e seu 11º termo é 256?
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) 42 blusas.
2) 8 múltiplos.
3) 20 fileiras.
4) 60°.
5) q = 3 ou q = - 3.
6) 1268,24.
1.
7) q
4
8) 35 km.
9) S = 122.
11. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos história, conceitos, classificação e
as fórmulas do termo geral e da soma dos n termos de Progressões
Aritméticas (PA) e Progressões Geométricas (PG), mas vale desta-
car que é importante sempre estabelecer uma relação entre esses
conteúdos com o cotidiano do aluno do Ensino Médio. Também a
conexão com outras áreas do conhecimento pode resgatar dele o
interesse em aprender Matemática, particularmente PA e PG.
Vários exemplos foram apresentados no sentido de mostrar
que é possível motivar os alunos antes de iniciar uma aula sobre
progressões. Entender como e onde surgiu esse conteúdo talvez
seja o primeiro passo, revelando ao aluno o interesse pela Histó-
© U2 - Progressão Aritmética (PA) e Progressão Geométrica (PG) 93
12. EͳREFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Fragmento do Papiro de Rhind. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/
docentes/opombo/seminario/rhind/inicio.htm>. Acesso em: 16 set. 2013.
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio. Parte III: Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.
2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso
em: 16 set. 2013.
______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias. Brasília, v. 2, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf>. Acesso em: 16 set. 2013.
UNIVERSIDADE DE LISBOA. Papiro de Rhind. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/
docentes/opombo/seminario/rhind/inicio.htm>. Acesso em: 16 set. 2013a.
______. Resumo da biografia de Gauss. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/
docentes/opombo/seminario/gauss/gauss.htm>. Acesso em: 16 set. 2013b.
MATEMÁTICA. História, conceitos, e aplicações sobre PA e PG. Disponível em: <http://
matematica-online-clc.blogspot.com.br/2009/05/historia-conceitos-e-aplicacoes-sobre.
html>. Acesso em: 16 set. 2013.
PORTAL DO PROFESSOR. A origem do jogo de xadrez. Disponível em: <http://
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1578>. Acesso em: 19 set.
2013.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação do Estado. Proposta Curricular do estado de São
Paulo. Matemática – Ensino Fundamental ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2008.
Disponível em: <www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_MAT_
COMP_red_md_20_03.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2012.
SILVA, P. R.; ZAMBONI, R. R.; MARQUES, A. F. Evolução de Charles Darwin. Disponível em:
<http://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/evolucao-de-charles-darwin>. Acesso
em: 16 set. 2013.
SÓ BIOLOGIA. Ideias e pessoas que influenciaram Darwin. Disponível em: <http://www.
sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao16.php>. Acesso em: 16 set. 2013.
1. OBJETIVOS
• Refletir sobre quando e como surgiram as matrizes.
• Compreender o conceito de matrizes, sua terminologia e
propriedades.
• Conhecer os tipos de matrizes.
• Entender e refletir sobre as operações matriciais.
• Estudar as aplicações de matrizes em diversas áreas do
conhecimento.
96 © Matemática Básica II
2. CONTEÚDOS
• História das matrizes.
• Definição, notação e terminologia das matrizes.
• Tipos de matrizes.
• Operações matriciais e propriedades.
• Aplicações de matrizes.
tica-matrizes-e-determinantes-em-vdeos-completos-
-do-vestibulandia>. Acesso em: 19 set. 2013.
5) Para saber mais sobre Pixel, é importante acessar o site
disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.
php?option=com_content&view=article&id=2118:catid
=28&Itemid=23>. Acesso em: 19 set. 2013.
6) É importante que, durante a explicação da teoria, você
fique atento a todos os conceitos e exemplos resolvidos,
pois esse conteúdo será importante para sua formação,
além de ser utilizada na álgebra linear e em outras obras
do curso.
7) Serão colocados sempre em cada tópico vários exemplos
resolvidos passo a passo e, no tópico Questões Autoa-
valiativas, vários exercícios propostos para você fazer. A
ideia dos exemplos resolvidos e dos exercícios propostos
é tentar sanar as dificuldades encontradas no decorrer
da resolução dos exercícios, especialmente no que diz
respeito à resolução passo a passo, ou seja, a resolução
mecânica dos exercícios, que – não podemos esquecer –
é de fundamental importância na formação do professor
de Matemática.
8) Elencamos, a seguir, alguns sites que oferecem jogos
interativos, aulas e vídeos interessantes que os futuros
professores podem utilizar em suas aulas. São eles:
a) Matrizes e imagens binárias. Disponível em: <http://
www.uff.br/cdme/matrix/matrix-html/matrix_
boolean/matrix_boolean_br.html>. Acesso em: 19
set. 2013.
b) Matrizes e imagens em tons de cinza. Disponível
em: <http://www.uff.br/cdme/matrix/matrix-html/
matrix_gray/matrix_gray_br.html>. Acesso em: 19
set. 2013.
c) Matrizes e transição de imagens. Disponível em:
<http://www.uff.br/cdme/matrix/matrix-html/
matrix_morph/matrix_morph_br.html>. Acesso em:
19 set. 2013.
d) Aprendendo matrizes através de campeonatos
de futebol. Disponível em: <http://www.projetos.
unijui.edu.br/matematica/fabrica_virtual/matrizes_
futebol/Matrizes_Futebol/index.html>. Acesso em:
19 set. 2013.
e) Matrizes e determinantes. Disponível em: <http://
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=42960>. Acesso em: 19 set. 2013.
f) Música – Matemúsicas – Matriz (parte 1). Disponível
em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
fichaTecnicaAula.html?aula=18451>. Acesso em: 19
set. 2013.
g) Operando matrizes. Disponível em: <http://
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=1675>. Acesso em: 19 set. 2013.
9) Antes de iniciar os estudos desta unidade, pode ser inte-
ressante conhecer um pouco da biografia do matemáti-
co, cujo pensamento norteia o nosso estudo. Para saber
mais, acesse os sites indicados.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Sabemos que o ensino da Matemática de hoje mudou se
comparado com os métodos antigos, segundo os quais o professor
se preocupava simplesmente em cumprir o programa, usando giz
e lousa e despejando uma quantidade absurda de exercícios me-
cânicos sem nenhuma ligação com o mundo real ou com situações
interessantes do dia a dia. Atualmente, sabemos que o grande de-
safio é de ensinar Matemática em um mundo que está crescendo
cada vez mais, tal qual a tecnologia.
Pensando nisso, vem a pergunta: “Como ensinar matrizes,
conteúdo ensinado no 2º ano do Ensino Médio, de modo que o
aluno se sinta motivado com a aula e com aplicação significante do
assunto para sua vida?”.
Nesta unidade, além de apresentar o conteúdo, que é es-
sencial para formação do futuro professor de Matemática, discu-
tiremos, também, alguns caminhos que o professor poderá seguir
para que as aulas sobre matrizes fiquem mais atrativas para os alu-
nos.
Diante dos atuais desafios, buscaremos salientar as indaga-
ções que naturalmente surgem da prática e do estudo das diversas
maneiras de ensinar e aprender Matemática, em particular Matri-
zes e Determinantes, tais como:
1) Como surgiram as matrizes?
2) O que realmente o aluno precisa aprender sobre esse
assunto?
3) Qual é a melhor estratégia de trabalho para ensinar tais
conteúdos?
4) Onde posso aplicar os conceitos de matrizes?
Este estudo ajudará você a encontrar essas respostas e a
construir outra visão sobre o ensino das matrizes, mais contextua-
lizado, divertido e criativo.
Exemplo 1
3 5
Na matriz A :
2 1
• O elemento que está na 1ª linha e 2ª coluna é a12 5 .
• O elemento que está na 2ª linha e 2ª coluna é a22 1 .
• O elemento que está na 1ª linha e 1ª coluna é a11 3 .
A matriz A, do tipo m x n, será escrita, genericamente, do
seguinte modo:
a amn
m1 am 2 am 3
Com: 1 i m , 1 j n e i, j .
Exemplos resolvidos
1) A matriz 4 é de ordem 1 x 1, ou seja, ela tem 1 linha e
1 coluna (matriz um por um).
7. TIPOS DE MATRIZES
Existem algumas matrizes que levam nomes especiais, de-
pendendo de algumas características que possuem. Vamos conhe-
cer, a seguir, tais matrizes.
Matriz linha
A matriz linha é toda matriz de ordem 1 x n, onde n .
*
Exemplos
• A 1 2 : matriz linha de ordem 1 x 2.
• B 1 3 4 8 : matriz linha de ordem 1 x 4.
Matriz coluna
A matriz coluna é toda matriz de ordem m x 1, onde m .
*
Exemplos
0
• A 3 : matriz coluna de ordem 3 x 1.
6
9
4
• B : matriz coluna de ordem 4 x 1.
2
1
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 107
Matriz quadrada
De acordo com Dante (2011, p. 348):
A matriz quadrada é toda matriz onde o número de linhas é igual
ao número de colunas, ou seja, m = n. Portanto chamamos matriz
quadrada de ordem n toda matriz do tipo n x n.
Exemplos
8 1
0 4
• A : matriz quadrada de ordem 2.
9 1 2
2 2 : matriz quadrada de ordem 3.
• B 3
5 1 5
Segundo Machado (1996, p. 56), no caso das matrizes
quadradas, falamos em diagonal principal e diagonal secundária
para indicar os elementos dispostos como segue no caso de uma
matriz de ordem 3. Observe a Figura 2.
Matriz nula
A matriz nula é toda matriz que tem todos os elementos
iguais a zero. A notação da matriz nula será 0mxn .
Exemplos
0 0
• 022 : matriz nula de ordem 2 x 2.
0 0
0
0
• 041 : matriz nula de ordem 4 x 1.
0
0
Matriz diagonal
A matriz diagonal é toda matriz quadrada que tem todos os
elementos acima e abaixo da diagonal principal iguais a zero.
Exemplos
2 0
• C : matriz diagonal de ordem 2 x 2.
0 5
2 0 0
• D 0 4 0 : matriz diagonal de ordem 3 x 3.
0 0 5
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 109
Matriz identidade
A matriz diagonal que tem todos os elementos da diagonal
principal iguais a 1 é chamada de matriz identidade. Seu símbolo
é In .
Exemplos
1 0
• I2 é uma matriz identidade de ordem 2.
0 1
1 0 0
• I 3 0 1 0 é uma matriz identidade de ordem 3.
0 0 1
Matriz triangular
A matriz triangular é toda matriz quadrada que tem todos
os elementos acima ou abaixo da diagonal principal iguais a zero.
Exemplos
Matriz transposta
A matriz transposta é toda matriz obtida trocando-se orde-
nadamente as linhas pelas colunas. Sendo A uma matriz do tipo
t
m x n, indicaremos sua transposta por A que será uma matriz de
ordem n x m.
Exemplos
1 7 1 2
• Sendo A , sua transposta é At
7 4 .
2 4
0
2
• Sendo B , sua transposta é B t 0 2 3 4 .
3
4
Figura 4 Transposta.
Matriz simétrica
É uma matriz quadrada de ordem n tal que A A .
t
Exemplo
Considere a matriz quadrada de ordem 3 a seguir:
3 5 6
At 5 2 4
6 4 8
Matriz oposta
É a matriz -A obtida a partir de A, trocando-se o sinal de to-
dos os elementos de A.
9 5 9 5
Por exemplo, se A , então A 4 6 .
4 6
Matriz inversa
Segundo Dante (2011, p. 359):
Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, se X é uma matriz tal
que AX I n e XA I n , então X é denominada matriz inversa
1
de A e é indicada por A .
Exemplo
3 1 1 2 1
Sendo A , sua matriz inversa é A 5 3 ,
5 2
3 1 2 1 1 0
pois A A1 5 3 0 1 I 2 .
5 2
Exemplos resolvidos
Exemplo 1
0 1 3
2 4
Dadas as matrizes A e B 2 5 4 , escreva
5 6
0 1 3
os elementos da diagonal principal e secundária.
Resposta
• Os elementos da diagonal principal da matriz A são 2 e 6
e os elementos da diagonal secundária da matriz A são -4
e 5.
• Os elementos da diagonal principal da matriz B são 0, -5 e
3 e os elementos da diagonal secundária da matriz B são
3, -5 e 0.
Exemplo 2
Escreva as matrizes:
a) I4
b) 042
Resposta
1 0 0 0
0 1 0 0
a) I4
0 0 1 0
0 0 0 1
0 0
b) 0 0 0
42
0 0
0 0
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 113
Exemplo 3
2 x
Sabendo que a matriz A é diagonal, quais os
y 4 5
valores de x e y?
Resposta
Como a matriz é diagonal, então os elementos a12 e a21 são
iguais a zero, logo x 0 e y 4 0 . Portanto, x 0 e y 4 .
Exemplo 4
Qual a matriz transposta de:
2 3 6
a) A
1 4 2
3 2
b) B 1 0
6 2
Resposta
2 1
a) At 3 4
6 2
3 1 6
b) Bt
2 0 2
Operações matriciais
Igualdade de matrizes
Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, são iguais se, e
somente se, todos os elementos que ocupam a mesma posição
são iguais.
Segundo Dante (2011, p. 350),
Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, têm o mesmo tipo
A aij
e seus elementos correspondentes são iguais. Assim, se
e B bij , então A B aij bij para todo 1 i m e
1 j n.
Exemplo
2 4 3 6 4 1
As matrizes A e B são iguais, pois
0 7 0 7
ambas são do tipo 2 x 2 e os elementos correspondentes são iguais.
Adição
Segundo Demana et al. (2009, p. 207), "somamos ou
subtraímos duas matrizes de mesma ordem pela soma ou subtração
de seus elementos correspondentes”. Ou seja, matrizes de ordens
diferentes não podem ser somadas ou subtraídas.
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 115
A B C
Exemplos
Observação: A + B existe se, e somente se, A e B forem do
mesmo tipo.
1 4 2 1 1 2 4 (1) 3 3
0 7 0 2 0 0 7 2 0 9
2 3 0 3 1 1 2 3 3 1 0 1 5 4 1
0 1 1 1 1 2 0 1 1 (1) 1 2 1 0 1
Propriedades
Sendo A, B e C matrizes do mesmo tipo (m x n), temos as
seguintes propriedades para a adição:
1) Comutativa: A B B A .
2) Associativa: A B C A B C .
3) Elemento neutro: A 0 0 A A , sendo 0 a matriz
nula m x n.
4) Elemento oposto: A A A A 0 .
Subtração
Dadas as matrizes A aij mxn e B bij mxn , chamamos de
diferença entre essas matrizes a soma de A com a matriz oposta
de B:
A B A B
Observe:
3 0 1 2 3 0 1 2 3 1 0 2 2 2
4 7 0 2 4 7 0
2 4 0 7 2 4 5
B
Propriedades
Sendo A e B matrizes do mesmo tipo (m x n) e x e y números
reais quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) Associativa: x yA xy A .
2) Distributiva de um número real em relação à adição de
matrizes: x A B xA xB .
3) Distributiva de uma matriz em relação à adição de dois
números reais: x y A xA yA .
4) Elemento neutro: xA A , para x 1 , ou seja, A A .
Multiplicação de matrizes
A seguir, vamos continuar estudando uma das operações de
matrizes, a multiplicação. É muito importante ficar atento a quan-
do a multiplicação de matrizes pode ser realizada!
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 117
da j-ésima coluna B.
1 2 1 3
Vamos multiplicar as matrizes A e B para entender
como se obtém cada Cij : 3 4 4 2
• 1ª linha e 1ª coluna
• 1ª linha e 2ª coluna
• 2ª linha e 1ª coluna
• 2ª linha e 2ª coluna
7 7
Assim, A B .
13 17
Observe que:
2 3
1 2 3
Vejamos outro exemplo com as matrizes A 0 1 e B .
1 4 2 0 4
2 3 2 1 3 2 2 2 3 0 2 3 3 4 4 4 18
1 2 3
A B 0 1 0 1 1 2 0 2 1 0 0 3 1 4 2 0 4
2 0 4
1 4 1 3 4 4 9 2 13
1 1 4 2 1 2 4 0
2 3
1
B A
2 3
1 2 2 0 3 1 1 3 2 1 3 4 1 17
0 1
2 0 4 1 4 2 2 0 0 4 1 2 3 0 1 4 4 8 10
Exemplo 1
Segundo Dante (2011, p. 345), a computação é uma das
áreas em que as matrizes são utilizadas devido à necessidade de
se guardar muitas informações.
As matrizes tornaram-se uma ferramenta de grande importância na
área da computação. Para se ter uma ideia, basta saber que aquilo
Figura 4 Pixel.
Exemplo 2
A Computação Gráfica é uma área interessante para apre-
sentar aos alunos, pois está em alta no mercado e é muito impor-
tante.
Lay (2007, p. 91) comentando sobre a Computação Gráfica
em projetos de automóveis (projetos assistidos por computador –
CAD – Computer-aided design), diz especificamente que:
Inicialmente adotados pela Ford no início dos anos 70, CAD e CAM
(produção assistida por computador) revolucionaram a indústria
automobilística. Hoje, a computação gráfica é o coração, e a álge-
bra linear a alma, de projetos de carros modernos.
Matriz inversa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Encontrar a matriz inversa de uma matriz conhecida é um processo que envolve
multiplicação e igualdade de matrizes. Vejamos como ocorre este processo
partindo da definição de uma matriz inversa.
Seja A uma matriz quadrada de ordem n, e X uma matriz tal que A X In e
X A In (onde I n é a matriz identidade). Caso isso ocorra, denominamos a
1
matriz X de matriz inversa de A, tendo como notação A .
Portanto, para encontrar a inversa de uma matriz dada, deveremos resolver a
igualdade de matrizes ( A X I n ). No caso em que sejam dadas duas matrizes
e que seja pedido para verificar se uma matriz é a inversa da outra, basta efetuar
a multiplicação destas duas matrizes. Se o resultado desta operação for a matriz
identidade, afirmaremos que se trata de uma matriz inversa.
Para aqueles que já sabem calcular o determinante, existe um modo prático
para descobrir se uma matriz possui uma matriz inversa ou não. Basta calcular
o determinante da matriz: caso o determinante dê igual a zero, não existe matriz
inversa para ela.
Exemplo:
1 2 1
A , det A 0 , com isso a matriz A não possui inversa. A
2 4
A parte principal para matriz inversa é a parte onde se deve encontrá-la tendo como
base uma matriz dada. Vejamos como proceder.
Exemplo:
Encontre a matriz inversa da matriz A.
2 3
A
2 5
1
Sabemos que a matriz A inversa será uma matriz quadrada de mesma ordem.
Explicite uma matriz inversa com elementos quaisquer. Sendo assim, usaremos
letras para representar estes elementos.
a b
A1
c d
Sabemos que ao multiplicarmos estas duas matrizes, obteremos a matriz identidade
1 0
In
0 1 .
Por fim, teremos a seguinte igualdade:
2 3 a b 1 0
A A1 I n
2 5 c d 0 1
2a 3c 2b 3d 1 0
2 a 5c 2b 5 d 0 1
1) 2a 3c 1
2a 5c 0
2b 3d 0
2)
2b 5d 1
Em situações como estas devemos resolver estes sistemas de equações com duas
incógnitas.
Resolvendo o sistema 1) pelo método da adição.
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 125
2a 3c 1
2a 5c 0
1
2c 1 c
2
1 5
2a 3c 1 2a 3 1 a
2 4
Resolvendo o sistema 2) de forma análoga, obteremos os seguintes valores para
as incógnitas:
3 1
b d
4 2
Como encontramos os valores para os elementos da matriz inversa, vamos
esboçá-la:
5 3
4
1
A 4
1 1
2 2
Neste primeiro momento verificaremos se de fato esta matriz corresponde à matriz
inversa:
5 3 5 3 3 3
2
2 3 4 4 4 2 2 2 1 0
2 5 1 1 55 3 5 0 1
2 2 2 2 2 2
De fato, a matriz obtida corresponde à matriz inversa, pois o produto das duas
matrizes resultou na matriz identidade.
Como vimos, o estudo da matriz inversa abarca diversos conceitos da matemática,
desde operações básicas até a resolução de sistemas com duas incógnitas.
Compreender todos estes conceitos é importante, pois ao resolver equações
envolvendo matrizes será requerido tal aprendizado (OLIVEIRA, 2013).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1 2
0 3
a) 5 0 ;
6 1
0 3
b) 5 9 ;
2
1
0
c) 5 .
4
2) Adaptado de Dante (2011, p, 347): Observe a tabela a seguir e responda às
seguintes questões.
Português Física MatemáƟca
Juliana 6 5 8
Pedro 7 3 5
Clara 7 4 7
Eduardo 8 4 6
2 4 15
3) Na matriz A , identifique os elementos a12 , a22 , a23 ,
a .
11 5 3 6
4) Adaptado de Dante (2011, p. 348): Obtenha os elementos da matriz
A aij tal que aij 2i j 3 .
2 x3
0 2 3
5 7 9
a) A ;
2 1 6
4 3 2
7 1 2
b) A ;
4 3 2
c) A 0 1 ;
0 0 1
d) A 1 0 3 .
2 1 0
6) Indique os elementos da diagonal principal e os elementos da diagonal se-
cundária de cada uma das seguintes matrizes quadradas:
1 3
a) A
4 5
3 0 0
b) A 4 2 5
1 3 1
7) Escreva as matrizes:
a) I 5 ;
b) 0 .
34
1 0 x y
0 é diagonal, quais os valo-
8) Sabendo que a matriz A 0 3
res de x e y?
x y 0 4
9) Qual a matriz transposta de:
0 3
a) A ;
4 6
b) B 9 4 5 3 .
5 a 5b
10) Determine a, b, c e d para que se tenha 1
6 c .
d
2 10 3
11) Calcule:
1 0 3 4 2 1 2
a) ;
2 3 1 1 1 0
2 3 5 4
b) ;
3 0 0 1
3 5 1 2
7 3 5 ;
c) 2
4 0 1 1
11 6 10 5 .
d)
9 4 6 2
2 3 0 5 C 1 3
12) Considere as matrizes A , B 2 1 e 4 2 .
Determine A B C . 1 4
1
b) A.
2
14) Determine, se existirem, os produtos:
2 1 143 2 ;
a)
4 3 0 11 3
4 3 1 1 ;
b)
2 5 0 2
4 2
2 1 .
0 3 3 5
c)
5 2
3 1
0 1 4
15) Considere as matrizes A 0 2 , B e C 1 . Deter-
mine, se existir: 1 3
1 4
a) A B ;
b) B A;
c) A C ;
d) B C .
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1)
a) 5 x 2;
b) 1 x 2;
c) 6 x 1.
2)
6 5 8
7 3 5
a) A
4 7
;
7
8 4 6
b) 4 x 3;
c) 5, 3, 4, 4;
d) 7, 4, 7;
e) 6;
f) 5.
3)
a12 4 ;
a22 3
;
a23 6 ;
a11 2 .
4 3 2
4) A .
6 5 4
5)
a) Matriz 4 x 3;
b) Matriz 2 x 3;
c) Matriz linha 1 x 2;
d) Matriz quadrada 3 x 3.
6)
a) Diagonal principal: 1, -5; Diagonal secundária: 3, 4.
7)
1 0 0 0 0
0 1 0 0 0
a) I 0 0 1 0 0 ;
5
0 0 0 1 0
0 0 0 0 1
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 131
0 0 0 0
b) 034 0 0 0 0 .
0 0 0 0
8) x = 0 e y = 0.
9)
a) 0 4 ;
3 6
9
4
b) .
5
3
10)
a 1 ,
1
b
6;
c 6;
d 10 .
11)
a) 5 2 5 2 ;
3 4 1
b) 7 7 ;
3 1
2 7
c) 5 2 ;
5 1
1 11
d) 15 6 .
1 11
12) A B C .
1 7
13)
3 33 9
a) 24 15 6 ;
1 11 3
b) 2 2 2 .
4 5 2 1
14)
a) 2 7 5 1 ;
4 19 15 17
b) 4 10 ;
2 8
c) Não existe.
15)
1 6
a) A B 2 6 ;
4 11
b) Não existe;
13
c) 2 ;
0
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 133
d) 1 .
7
12. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos conceitos, propriedades e ope-
rações sobre matrizes, mas vale destacar a importância do tópi-
co "Motivação", refletindo sobre como fazer Matemática, ou, em
particular, como ensinar matrizes utilizando-se de novas metodo-
logias.
Vários exemplos foram apresentados neste tópico no sentido
de mostrar aos futuros professores um caminho ou uma motivação
para iniciar uma aula sobre matrizes. Começamos mostrando que
um desses caminhos é a História da Matemática e depois refleti-
mos que para o aluno fica muito mais interessante saber que terá
que aprender como somar, multiplicar, entender as propriedades
sobre matrizes para resolver um problema. Portanto, apresentar
o problema primeiro pode tornar o "ensinar o conteúdo matemá-
tico” mais motivador, tanto para o professor como para o aluno.
Pense, por exemplo, num problema simples em que temos
que arrumar um brinquedo que foi totalmente desmontado e que
para isso precisamos de algumas ferramentas para consertá-lo.
Ensinar matrizes é a mesma coisa, ou seja, para resolver certos
problemas que aparecem na natureza, precisamos da ferramenta
“matrizes”.
É claro que esta unidade traz apenas alguns tópicos impor-
tantes e cita apenas alguns exemplos; portanto, cabe aos futuros
professores pesquisarem sempre, procurando novos caminhos
para sua prática docente.
Na próxima unidade, vamos estudar o determinante de uma
matriz e os sistemas de equações lineares. Também, vamos refletir
sobre alguns exemplos de aplicação que são motivadores no ensi-
no dos sistemas lineares.
13. EͳREFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 2 Diagonais principal e secundária. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-
AdPcVAQsdOI/TbqHWh9_uKI/AAAAAAAAABk/7YcDiP8gTyk/s1600/imagesCAITO7ST.jp>.
Acesso em: 24 set. 2013.
Figura 3 Diagonal principal e secundária de uma matriz. Disponível em: <http://www.
brasilescola.com/upload/e/matriz11.JPG>. Acesso em: 24 set. 2013.
Figura 4 Pixel. Disponível em: <http://raquellima16.files.wordpress.com/2010/11/pixel.
jpg>. Acesso em: 24 set. 2013.
Figura 5 Resolução de imagens. Disponível em: <http://rodrigobaldaia.files.wordpress.
com/2012/10/resolucao-de-uma-imagem-dip.jpg>. Acesso em: 24 set. 2013.
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio. Parte III: Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.
2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso
em: 24 set. 2013.
______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias. Brasília, v. 2, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf>. Acesso em: 24 set. 2012.
DANTE, L. R. Currículo. Disponível em: <http://www.luizdante.com.br/curriculo.html>.
Acesso em: 24 set. 2013.
FREITAS, G. S. Métodos antigos para cálculo do determinante de matrizes. Disponível
em: <http://www.infoescola.com/matematica/metodos-antigos-para-calculo-do-
determinante-de-matrizes/>. Acesso em: 19 set. 2013.
MOTTA, C. D. V. B. M. Resumo: o papel psicológico da História da Matemática no processo
de ensino-aprendizagem. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 1. Anais... São
Paulo, maio 2005.
© U3 - Estudo e Aplicações de Matrizes 135
LIMA, E. L. Álgebra Linear. 3. ed. Rio de Janeiro: Instituto de Matemática Pura e Aplicada,
CNPq, 1998.
LIPSCHUTZ, S. Álgebra Linear: teoria e problemas. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
MACHADO, A. S. Matemática na escola do Segundo Grau. São Paulo: Atual, 1996.
PACHECO, A. T. Material dourado; Blocos multibásicos. Educação Matemática em Revista,
4. ed., p. 51-56, 2002.
STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P. Álgebra Linear. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1987.
YOUSSEF, A. N.; FERNANDES, V. P.; SOARES, E. Matemática: volume único. São Paulo:
Scipione, 2000.
© Anexo 137
Anexo
Editor Matemático
Prof.ª Ms. Juliana Brassolaƫ Gonçalves
1. OBJETIVOS
• Utilizar um editor matemático para a digitação de fórmu-
las, de modo que as atividades e interatividades enviadas
fiquem organizadas e bem editadas.
• Compreender o editor matemático Equation 3.0, disponí-
vel no Office.
2. CONTEÚDO
• Equation 3.0.
3. EQUATION 3.0
Ao trabalharmos com Matemática, precisamos digitar mui-
tos símbolos. Para isso, devemos recorrer a algum editor mate-
mático. Existem vários editores matemáticos, mas sugerimos o
Equation 3.0 do Office.
Para utilizá-lo, basta seguir os passos:
2) Clique em INSERIR.
© Anexo 139
1) x2 4
2) f ( x) 3 x3 5 x 2 10 x 6
3) 2 x 5 y 9
x 6 y 7
© Anexo 141
4 2 8
1 3 0
4)
1 3 6
5) 6
4
6) ln x dx
Seguem, também, algumas orientações importantes para
quando o Equation 3.0 não estiver na lista "Inserir o tipo de ob-
jeto”, disponíveis em: <http://support.microsoft.com/kb/228569/
pt-br>. Acesso em: 16 abr. 2013.
1. OBJETIVOS
• Refletir sobre quando e como surgiram os determinantes
e sistemas lineares.
• Compreender determinante e suas propriedades.
• Compreender o que é uma equação linear e um sistema
linear.
• Entender e refletir sobre as soluções e as classificações de
um sistema linear.
• Compreender o que é escalonamento e discussão de um
sistema linear.
• Estudar as aplicações dos sistemas lineares em diversas
áreas do conhecimento.
144 © Matemática Básica II
2. CONTEÚDOS
• História dos determinantes e sistemas lineares.
• Definição, notação e terminologia dos determinantes.
• Cálculo do determinante: Regra de Sarrus.
• Determinante de matrizes de ordem n: Teorema de La-
place.
• Propriedades dos determinantes.
• Equações lineares e sistemas de equações lineares.
• Solução, classificação, discussão e aplicações de um Sis-
tema Linear.
• Métodos de resoluções de um sistema (adição, compa-
ração, substituição, escalonamento e Regra de Cramer).
Gabriel Cramer
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, estudamos as matrizes, suas proprie-
dades, operações e aplicações que são essenciais para o desen-
volvimento da teoria sobre sistemas lineares. Nesta unidade,
discutiremos sobre os determinantes e sistemas lineares, duas
termos independentes (este determinante deve ser nulo). Para tanto, criou
até uma notação com índices para os coeficientes: o que hoje, por exemplo,
escreveríamos como a12 , Leibniz indicava por 12 .
A conhecida Regra de Cramer para resolver sistemas de n equações a n incógni-
tas, por meio de determinantes, é na verdade uma descoberta do escocês Colin
Maclaurin (1698-1746), datando provavelmente de 1729, embora só publicada
postumamente em 1748, no seu Treatise of Algebra. Mas o nome do suíço Gabriel
Cramer (1704-1752) não aparece nesse episódio de maneira totalmente gratuita.
Cramer também chegou à regra (independentemente), mas depois, na sua Intro-
dução à análise das curvas planas (1750), em conexão com o problema de deter-
minar os coeficientes da cônica geral A By Cx Dy Exy x 0 .
2 2
Exemplos
4 1 4 1
• det( A) det
5 6 5 6
0 1 4 0 1 4
• det( B) det 6 3 5 6 3 5
1 0 2 1 0 2
Exemplo
• det( A) det 2 2 2
• det( B) det 6 6 6
Assim:
Exemplo
Miranda (2013) dá um exemplo de determinante na ordem 3
x 3 aplicando a Regra de Sarrus. Confira:
1 2 5
Dado o determinante 0 1 3 de ordem 3x3, veja como
1 0 2
aplicar a Regra de Sarrus.
5 2 6 3
Exemplo 1
• O cofator do elemento 12 é:
A12 (1)1 2 D12 (1)3 a21
Exemplo 2
Considere A (aij ) nn uma matriz quadrada de ordem 3,
a11 a12 a13
a23 . Vamos determinar os cofatores dos
ou seja, A a21 a22
a31 a32 a33
elementos a11 e a12 .
a22 a23
A11 (1)11 D11 (1) 2
a32 a33
a21 a23
A12 (1)1 2 D12 (1)3
a31 a33
Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada A aij
nxn
de ordem n maior ou igual a 2 pode ser obtido pela soma dos
produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da
matriz A pelos respectivos cofatores. Assim, fixando j N , tal que
n
jn , temos: det A aij Dij ai1 Di1 ai 2 Di 2 ain Dn1
i 1
(STEINBRUCH; WINTERLE, 1987).
Exemplo
Vamos calcular o determinante de uma matriz de ordem
3 usando o Teorema de Laplace. Considere a matriz dada por
1 2 1
A 5 3 0 .
2 2 5
3
det A aij Dij a11 D11 a12 D12 a13 D13
i 1
Equações lineares
Segundo Kolman (1998, p. 3),
Uma equação do tipo ax b que expressa a variável b em ter-
mos da variável x e da constante a é chamada uma equação li-
near. O emprego da palavra linear se deve ao fato de que o grá-
fico desta equação é uma linha reta. Da mesma forma, a equação
a1 x1 a2 x2 a3 x3 an xn b , que expressa b em termos
das variáveis x1 , x2 , x3 , , xn e das constantes conhecidas
a1 , a2 , a3 , an é chamada uma equação linear.
b é um número real chamado termo independente (quando
b = 0, a equação recebe o nome de linear homogênea).
Veja alguns exemplos de equações lineares:
• x y 4
• 2x 5 y 7z 8
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 161
3 x 2 y z 0
Veja um exemplo: x 4 y 3 z 0
x y z 0
Veja alguns exemplos de sistemas de equações lineares:
x y 5
•
x y 3
2 x y 3 z 10
•
x y z 5
x 2 y z 0
• 2 x y z 1
x y z 8
Exemplo 1
2 x 3 y 13
O par ordenado (5,1) é solução do sistema , pois
3 x 5 y 10
2 5 3 1 13
satisfaz as duas equações simultaneamente, ou seja, .
3 5 5 1 10
Exemplo 2
x y 5
O par ordenado (3,2) não é solução do sistema ,
x y 3
3 2 5
pois não satisfaz as equações simultaneamente, ou seja, .
3 2 3
Obs.: A n-upla (0, 0, 0,..., 0) é sempre solução de um sistema
homogêneo com n incógnitas e recebe o nome de solução trivial.
Quando existem, as demais soluções são chamadas não triviais.
Matriz incompleta
É a matriz formada pelos coeficientes das incógnitas do sis-
tema.
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 163
Exemplo
2 x 3 y 15
A matriz incompleta associada ao sistema é
x 4 y 3
2 3
A
1 4
Matriz completa
É a matriz obtida acrescentando à matriz incompleta uma
última coluna formada pelos termos independentes das equações
do sistema.
Exemplo 1
2 x 3 y 15
A matriz completa associada ao sistema é
x 4 y 3
2 3 15
A
1 4 3
De modo geral, usando as operações de multiplicação e
igualdade de matrizes, podemos escrever um sistema na sua forma
matricial da seguinte forma:
Exemplo 2
7 x y 6
A representação matricial associada ao sistema
é: x 2 y 4
7 1 x 6
1 2 y 4
x y 8
Resolvendo o sistema , encontramos uma úni-
2 x y 1
ca solução: o par ordenado (3,5). Assim, dizemos que o sistema é
possível (tem solução) e determinado (solução única).
x y 8
No caso do sistema , verificamos que os pares
2 x 2 y 16
ordenados (0,8), (1,7), (2,6), (3,5), (4,4), (5,3),... são algumas de
suas infinitas soluções. Por isso, dizemos que o sistema é possível
(tem solução) e indeterminado (infinitas soluções).
x y 10
Para , verificamos que nenhum par ordenado
x y 10
satisfaz simultaneamente as equações. Portanto, o sistema é im-
possível (não tem solução).
Resumindo, um sistema linear pode ser:
• Possível e determinado (solução única).
• Possível e indeterminado (infinitas soluções).
• Impossível (não tem solução).
Método da adição
Exemplo
x y 8
Resolva o seguinte sistema pelo método da
adição. 2x 3 y 21
Vale lembrar que, nesse método, o objetivo é eliminar uma
das incógnitas ao somar as duas equações. Como isso nem sempre
é possível, precisamos fazer algumas operações elementares, se
necessário. Veja:
Vamos multiplicar a primeira equação por (-2), pois assim
será possível cancelar os termos -2x e 2x. Lembrando que todos os
termos da equação em questão deverão ser multiplicados por (-2).
2 x 2 y 16
x y 8 x y 8 (-2)
2x 3 y 21 y 5
2x 3 y 21 2x 3 y 21 0 x 1 y 5
Método da substituição
Exemplo
x y 8
Resolva o seguinte sistema pelo método da
substituição. 2 x 3 y 21
Regra de Cramer
A Regra de Cramer é muito usada e conhecida, mas nem
sempre é a ideal para resolver certos sistemas. Veja o que diz Dan-
te (2011, p. 393):
A regra de Cramer, uma das regras mais tradicionais para resolver
sistemas de equações lineares, apresenta vantagens e desvanta-
gens sobre outros métodos. A grande vantagem é que ela forne-
ce os valores das incógnitas diretamente como quociente de dois
determinantes. Mas, em comparação com o método do escalona-
mento, ela apresenta duas desvantagens. A primeira delas é que a
regra de Cramer só se aplica quando o determinante da matriz do
sistema é diferente de zero. A segunda é que geralmente é mais
trabalhosa, por exemplo, dá mais trabalho calcular quatro determi-
nantes do que escalonar um único sistema 3x3.
d1 b1 c1
D
Dx d 2 b2 c2 x x
D
d3 b3 c3
a1 d1 c1
D
Dy a2 d2 c2 y y
D
a3 d3 c3
a1 b1 d1
D
Dz a2 b2 d2 z z
D
a3 b3 d3
1 3 Dy 2
Dy 1 3 2 y 1
1 1 D 2
Portanto a solução do sistema é S (2,1) .
Sistemas escalonados
Os sistemas escalonados são muito simples de resolver; por-
tanto, é importante conhecer como transformar qualquer sistema
na forma escalonada.
Sistema escalonado, segundo Youssef, Fernandes e Soares
(2000, p. 250),
[...] é todo sistema no qual as incógnitas das equações lineares
estão escritas em uma mesma ordem; em cada equação há pelo
menos um coeficiente não-nulo e o número de coeficientes nulos
aumenta de equação para equação.
x 5 y 10
• ;
3 y 6
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 169
x y z 4
• y z 2 ;
z 1
Nem todo sistema linear está na forma escalonada, mas po-
demos obter um sistema equivalente (sistemas equivalentes são
sistemas que possuem a mesma solução) a ele que esteja escalo-
nado, por meio de algumas operações elementares.
As operações elementares aqui ressaltadas podem ser, por
exemplo, trocar as posições de duas equações; multiplicar uma
equação do sistema por um número real não nulo; somar a uma
equação do sistema outra multiplicada por um número real etc.
Vamos apresentar um exemplo para ilustrar tais operações
elementares e com elas obter um sistema escalonado.
Exemplo
3 x y 4
Vamos escalonar o seguinte sistema .
x 5 y 2
x 4 y 6
2 x y 5
x 5y 2
0 x 7 y 7
Exemplo 1
Veja, a seguir, uma aula interessante sobre a aplicação de
sistemas.
Exemplo 2
Outra aula interessante está disponível em: <http://portal-
doprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7204>. Aces-
so em: 27 set. 2013. Essa aula é interessante, pois, além de utilizar
matriz e sistemas lineares, também utiliza o Excel como ferramen-
ta auxiliar, mostrando a importância da utilização do computador
nas aulas de Matemática, o que é muito atrativo para o aluno.
Exemplo 3
Outra motivação interessante para apresentar aos alunos é a
aplicação dos sistemas lineares em outras áreas, como na Química.
Boldrini (1980, p. 29) comenta sobre a aplicação dos siste-
mas lineares numa reação química. Diz especificamente que:
Na natureza, as coisas estão sempre mudando, se transformando, e
o ser humano, para garantir sua sobrevivência e melhorar sua exis-
tência, precisa conhecer e dominar estes processos de mudança.
Um dos métodos encontrados para se descrever estas transforma-
ções foi o de procurar nestas o que permanece constante durante
a mudança.
Exemplo 4
Outro exemplo interessante é citado por Lay (2007, p. 1). Ele
comenta sobre a importância dos sistemas lineares aplicados na
economia.
Wassily Leontief, professor de Harvard em 1949, estava cuidadosa-
mente inserindo o último cartão perfurado no computador Mark II
da universidade. Os cartões continham informações sobre a eco-
nomia americana e representavam um resumo de mais de 250 000
itens produzidos pelo Departamento de Estatística do Trabalho dos
EUA após dois anos de trabalho intenso. Leontief dividiu a econo-
mia americana em 500 “setores”, como indústria de carvão, auto-
mobilística, comunicações e assim por diante. Para cada setor, ele
escreveu uma equação linear que descrevia como o setor distribuía
sua produção com respeito aos outros setores da economia. Como
o Mark II, um dos maiores computadores de sua época, não podia
lidar com o sistema resultante de 500 equações e 500 incógnitas,
ele precisou resumir o problema em um sistema de 42 equações e
42 incógnitas.
Exemplo 5
Outra forma de trabalhar, por exemplo, sistema linear com
os alunos de uma forma bem dinâmica é trabalhar com projetos
usando a modelagem matemática. Cito como exemplo o trabalho
desenvolvido por Walter Sérvulo Araújo Rangel intitulado Proje-
tos de modelagem matemática e sistemas lineares: contribuições
para a formação de professores de Matemática. Em particular
no Capítulo 5 deste trabalho, ele mostra, por meio da modela-
gem matemática, como montar um sistema linear pensando na
seguinte pergunta: Qual é a quantidade de carboidratos, lipídios
e proteínas de que uma pessoa sedentária necessita no café da
manhã, considerando que ela se alimentará de café com leite, pão
com manteiga e mamão papaia? É um trabalho bem interessante e
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 173
a) 5;
1
b) ;
4
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 175
c) 7 .
2) Calcule o valor de cada um dos determinantes abaixo:
2 5
a) ;
3 8
4 3
b) ;
2 1
3 2
c) .
5 1
3 7 2
a) 4 1 1 ;
2 2 3
1 1 1
b) 2 1 1 .
4 3 3 1 2 x
4) Resolva a seguinte equação: 1 x x 1 6 .
3 2 x
5) Calcule o valor de cada um dos determinantes abaixo usando o Teorema de
Laplace:
2 1 4
a) 1 3 5 ;
1 1 2
1 0 1 0
2 1 3 4
b) .
1 0 1 2
0 1 0 1
x y 1
(1, 2) é solução do sistema
6) Verifique se o par ordenado .
x y 3
7) Verifique se o par ordenado (1,1,1) é solução do sistema
x y 0
2 x z 1 .
3 x 4 y 3 z 2
8) Construa a matriz incompleta A e completa B de cada um dos sistemas:
x 4 y 2 ;
a)
x y 1
4 x 2 y z 0
b) 4 x 5 y z 1 .
x z 0
9) Resolva os seguintes sistemas, usando o método que achar conveniente:
x y 0
a) ;
2 x 3 y 4
5 x 3 y 8
b) ;
x 2 y 1
x y z 2
c) 2x-4y z 16 .
-x 5y 3z 10
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 177
Gabarito
1)
a) 5;
1
b) ;
4
c) 7.
2)
a) 1;
b) -10;
c) -7.
3)
a) 105;
b) 1.
4) x = 1.
5)
a) -3;
b) -2.
6) Sim, é solução.
7) Não é solução.
8)
1 4 1 4 2
a) A e B 1 1 1 ;
1 1
4 2 1 4 2 1 0
b) A 4 5 1 e B 4 5 1 1 .
4 4
a) S ,
5 5
b) S 1,1
c) S (1, 3, 2)
15. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, apresentamos a você, futuro professor, va-
liosas estratégias para o trabalho da Matemática em sala de aula
relativo ao ensino de determinantes e sistemas lineares.
Vimos definições, propriedades, operações, exemplos, dicas
de sites, jogos, vídeos, etc. que podem dar início a longa caminha-
da do professor de Matemática pesquisador.
Refletimos, também, sobre a importância da utilização da
resolução de problemas. Vale ressaltar que a resolução de proble-
mas de Matemática deve envolver muito mais aspectos do que
a simples aplicação de operações, pois sabemos que o ensino da
Matemática hoje deve estar voltado para o dia a dia do aluno, le-
vando-o a ser um cidadão crítico, responsável e pensante.
Acreditamos que o saber matemático se revela para o alu-
no como um conjunto de elementos aos quais pode recorrer para
resolver com sucesso diferentes tipos de situações-problema que
se apresentam a ele nas mais variadas situações, para tomar deci-
sões, para definir por esse ou aquele procedimento, e que não tem
sentido apenas em uma determinada ocasião de aula.
Por meio dos recursos e materiais didáticos, podemos com-
preender o planejamento do trabalho pedagógico em Matemática
e as possibilidades de organização de espaço e do tempo em sala
de aula.
16. EͳREFERÊNCIAS
DOMINGUES, H. H. Origem dos sistemas lineares e determinantes. Disponível em:
<http://www.somatematica.com.br/historia/sistemas.php>. Acesso em: 25 set. 2013.
© U4 - Determinantes, Sistemas Lineares e Aplicações 179